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Integrantes: Matrícula:

Calil Bento Queiroz 11/0111508


Jéssyca Patrícia Sousa 12/0014157
Bruna Campos Figueiredo 12/0008289
Lucas Silva Lopes 11/0129482
Denise Louzada 09/0110919
Francinne Lisboa 12/0078414

Análise de Segurança de uma


Marcenaria

Brasília, 10 de novembro de 2015

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Sumário
1. Introdução ............................................................................................................ 3
2. Descrição da Atividade ........................................................................................ 3
3. Recomendações gerais ......................................................................................... 3
3.1 Recomendações gerais para uma marcenaria ................................................... 3
3.2 Recomendações específicas para cada equipamento ....................................... 4
3.2.1 Serra Circular ............................................................................................. 4
3.2.2 Furadeira..................................................................................................... 4
3.2.3 Desempenadeira e Desengrossadeira ......................................................... 5
3.2.4 Tupia........................................................................................................... 5
4. Análise de Riscos ................................................................................................. 5
4.1 Riscos ............................................................................................................... 5
4.1.1 Físicos......................................................................................................... 5
4.1.2 Químicos .................................................................................................... 5
4.1.3 Biológico .................................................................................................... 6
4.1.4 Ergonômicos............................................................................................... 6
4.1.5 Acidente ..................................................................................................... 6
4.2 Mapa de Riscos ................................................................................................ 6
5. Soluções propostas ............................................................................................... 7
5.1.1 Físicos......................................................................................................... 7
5.1.2 Químicos .................................................................................................... 7
5.1.3 Biológicos................................................................................................... 7
5.1.4 Ergonômicos............................................................................................... 8
5.1.5 Acidente ..................................................................................................... 8
6. Conclusão ............................................................................................................. 8
7. Bibliografia .......................................................................................................... 8
8. Figuras................................................................................................................ 10

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1. Introdução

O Brasil é o quarto país com maior índice de acidentes de trabalho. Isso é decorrente,
entre outros motivos, da falta de fiscalização e do não cumprimento das normas de segurança.
Principalmente em pequenas empresas o acesso às normas é dificultado, pois estas normas
são pagas. Esse cenário incentiva a negligência em relação a higiene e segurança no trabalho,
o que acarreta em graves situações, como a falta do uso dos equipamentos de proteção
individual (EPI) .
A indústria madeireira, em especial a marcenaria, não foge à regra. Neste trabalho
será avaliada uma microempresa que atua neste ramo. Serão avaliados os riscos referentes ao
ambiente, ao uso das máquinas, à ergonomia, entre outros. Será avaliado também se as
condições de trabalho se adequam às normas regulamentadoras vigentes (NR’s).
Após essa avaliação, serão elaboradas propostas para os problemas
encontrados e possíveis melhorias para este ambiente de trabalho.

2. Descrição da Atividade

A marcenaria, uma evolução da carpintaria, trata-se do trabalho de transforma


madeira em objetos uteis ou decorativos. O marceneiro se utiliza de instrumentos e
ferramentas manuais de corte, perfuração, aferição, medição, entalhe, raspagem, ajuste e
fixação, que devem ser cuidadosamente manuseados para evitar acidentes. Dessa forma, as
normas de proteção devem sempre ser respeitadas para se evitar acidentes.

3. Recomendações gerais

As normas técnicas que regulamentam os procedimentos, materiais e equipamentos


nas atividades de marcenaria e correlatas, bem como de segurança do trabalho, são, no
território brasileiro, regidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, pelo
Corpo de Bombeiros de cada estado, nos casos relacionados a incêndios e segurança, pelo
IBAMA e legislações estaduais e municipais nas questões ambientais de uso de madeiras e
descarte de resíduos sólidos, líquidos e gasosos.
 NBR-14048 Móveis ferragens e acessórios puxadores e espelhos e guias para
chaves;
 NBR-15164 Móveis estofados sofás;
 NBR-14033 Móveis para cozinha;
 Normas regulamentadoras.

3.1 Recomendações gerais para uma marcenaria

 Mantenha sempre o local de trabalho limpo, evite a presença de animais,


resíduos de alimentos, sobras de madeiras e estopas.
 Armazene corretamente os produtos químicos.
 Observe atentamente o profissional responsável e não inicie ou prossiga
qualquer atividade se tiver dúvidas.

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 Não acesse a área de máquinas fixas sem a presença ou autorização do
responsável pela oficina.
 A segurança individual e coletiva é responsabilidade de cada um e de todos da
equipe.
 Não fume na oficina.
 As máquinas que produzem serragem devem ser equipadas com sistema de
extração de pó. Se o sistema de extração é inadequado para eliminar a
serragem, devem ser fornecidas aos trabalhadores máscaras de proteção
adequadas ao pó.

3.2 Recomendações específicas para cada equipamento

3.2.1 Serra Circular

A serra circular é um equipamento que exige em sua operação o máximo de cuidado


para que o operador não aproxime, involuntariamente, seus dedos dela.
Cuidados:
 Verifique se o protetor superior da serra está devidamente colocado;
 Evite usar pulseiras e colares, roupas com mangas compridas e largas, roupas soltas,
enfim, todo o tipo de roupa ou adorno que fique pendente e possa tocar na lâmina;
 Use óculos de proteção;
 Use um calço para empurrar a peça de madeira a ser cortada, evitando que seus dedos
se aproximem da serra;
 Para fazer qualquer tipo de ajuste nas guias, réguas e no disco de serra, desligue a
máquina.
 Ao introduzir o material em uma serra de bancada, as mãos devem ser mantidas fora
da linha de corte.
 A lâmina da serra deve situar-se de modo que sobressaia o mínimo possível acima do
material. Quanto mais baixo está a lâmina menor será a possibilidade que se produza
um retrocesso.
 É sempre perigoso serrar sem apoio. O material deve ser apoiado em uma guia de
alinhamento.
 É perigosa a prática de retirar a capa de proteção devido a pouca distância entre a
serra e a guia de alinhamento.
 Deve-se utilizar uma escova ou outro instrumento para limpar a serragem e os
pedaços que sobraram das madeiras serradas.

3.2.2 Furadeira

Na operação da furadeira, verifique se a broca está fixada corretamente no mandril.


Cuidados:
 Verifique se a broca está devidamente fixada ao mandril para que não escape durante
a operação;
 Pare a máquina sem segurar o mandril;

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 Fixe as peças a serem perfuradas com os dispositivos oferecidos pela máquina para
este fim;

3.2.3 Desempenadeira e Desengrossadeira

A desempenadeira deve ser operada com muita concentração, pois se trata de


equipamento com grande poder de corte.
Cuidados:
 Utilize dispositivos para empurrar as peças a serem aplainadas, evitando aproximar os
dedos da lâmina;
 Evite usar pulseiras e colares, roupas com mangas compridas e largas, roupas soltas,
enfim, todo o tipo de roupa ou adorno, que fique pendente e possam tocar na lâmina;
 Utilize sempre o dispositivo de proteção superior das lâminas;
 Faça todas as regulagens com a máquina desligada.

3.2.4 Tupia

A tupia é considerada um dos equipamentos mais perigosos, porque suas serras e


fresas operam em altíssimas rotações.
Cuidados:
 Antes de iniciar a operação, verifique se as ferramentas estão devidamente fixadas no
eixo porta-ferramentas;
 Utilize os dispositivos existentes para proteção dos dedos durante a operação
(principalmente, peças pequenas);
 Nunca opere a tupia sem os protetores de ferramentas;
 Evite desbastes mais volumosos, que podem causar lasqueamento.

4. Análise de Riscos

A atividade de marcenaria envolve muitas etapas que podem apresentar risos ao


trabalhador. Equipamentos utilizados para cortar ou perfurar a madeira, por exemplo,
apresentam riscos de acidentes, enquanto a poeira proveniente das serras coloca o trabalhador
sob risco químico.

4.1 Riscos

Abaixo encontram-se os riscos detectados na oficina, bem como os grupos nos quais
cada um deles é classificado de acordo com a NR-5:

4.1.1 Físicos

 Ruído produzido pelas máquinas.


 Vibrações produzidas pelas máquinas.

4.1.2 Químicos

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 Poeira oriunda da raspagem e serragem de madeira.
 Fumaça liberada na serragem de metais.
 Tintas, tiners, agua-raz, colas, seladores e outros produtos químicos utilizados
no tratamento de madeira.

4.1.3 Biológico

 Fungos presentes nas madeiras.

4.1.4 Ergonômicos

 Esforço físico intenso na operação das máquinas.


 Levantamento e transporte manual de ferramentas pesadas para utilização na
bancada.
 Monotonia e repetitividade ao serrar madeira, por exemplo.
 Altura inadequada das bancadas.

4.1.5 Acidente

 Não utilização de nenhum tipo de EPIs.


 Não utilização de roupas e calcados apropriados.
 Presença de uma única saída do ambiente.
 Passagem obstruída por ferramentas, máquinas e peças de madeira.
 Risco de queda das peças de madeira apoiadas nas paredes.
 Desnível e buracos no chão que podem causar tropeços.
 Área de trabalho aberta, que favorece a entrada de animais e insetos e caixas
de papelão abertas onde eles podem se esconder.
 Armazenamento inadequado das peças de madeira, ferramentas, parafusos,
máquinas e produtos químicos.
 Ausência de uma instalação elétrica apropriada o que torna necessário o uso de
extensões elétricas de outros locais da casa.
 Fios encapados expostos nas paredes, tomadas e interruptores.
 Risco de incêndio devido aos materiais inflamáveis mal armazenados, faíscas
que podem ocorrer durante operação das máquinas e cabos energizados
pendurados.
 Risco de queimaduras em serras, brocas, esmerilhadeiras, e máquinas
superaquecidas e faíscas.
 Iluminação inadequada devido à presença de apenas uma lâmpada pouco
centralizada no ambiente.
 Como muitas máquinas desta marcenaria foram adaptadas de máquinas
manuais para máquinas de bancada, elas não passaram pelos mesmos testes
rigorosos de segurança e controle de qualidade que máquinas industriais.

4.2 Mapa de Riscos

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5. Soluções propostas

As soluções propostas para os riscos descritos na seção 3.1 encontram-se a seguir,


também classificadas de acordo com a NR-5:

5.1.1 Físicos

 Utilização de protetores auditivos.


 Utilização de luvas, que minimizam os danos que as vibrações podem causar,
além de formas de amortecer as vibrações, quando possível.

5.1.2 Químicos

 Utilização de máscara filtradora, além instalação de equipamentos de extração


de pó nas máquinas.
 A máscara filtradora também pode ser utilizada para minimizar os riscos
relacionados a inalação de fumaça, junto com a possível instalação de
exaustores.
 Com relação aos produtos químicos, também é sugerida a utilização da
máscara filtradora e possivelmente de um sistema de exaustão. O melhor
armazenamento das substâncias químicas utilizadas também é recomendado.

5.1.3 Biológicos

 Recomenda-se a retirada dos fungos com lixas, seladores e verniz, o que torna
a madeira imune a este tipo de risco.

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5.1.4 Ergonômicos

 Substituir as máquinas e bancadas por equipamentos que exigem menos


esforço físico, quando possível.
 Criação de local especifico para cada ferramenta ou máquina, o que evita a
necessidade de transporte.
 Evitar longas jornadas de trabalho e programar pausas regulares, para se evitar
a monotonia e repetitividade.
 Substituição por bancadas mais altas ou ajuste da altura das bancadas.

5.1.5 Acidente

 Utilizar as EPIs adequadas, como luvas de proteção, abafadores de ruído,


óculos de proteção, máscaras filtradoras, entre outros.
 Utilizar as roupas e calcados apropriados.
 Criação de outras saídas no ambiente.
 Melhor organização e armazenamento dos equipamentos, de forma que eles
não obstruam as passagens. A criação de um depósito também é recomendada.
 Nivelar o piso ou indicar com pacas possíveis desníveis.
 Fechar, armazenar e rotular de forma adequada as caixas de papelão.
 Melhoria das instalações elétricas por meio da adição de mais tomadas e
fontes de luz.
 Isolamento dos fios expostos.
 Utilização de equipamentos de proteção contra as faíscas e a correta
armazenagem das substancias químicas.

6. Conclusão

O trabalho de marcenaria deve ser considerado um trabalho de alto risco, pois possui
muitos equipamentos de corte, furadeiras, substâncias tóxicas, entre outros. Por isso, suas
normas de execução devem ser atendidas. Porém, analisando um caso prático, verificou-se
que essas medidas são negligenciadas pelo difícil acesso às normas.
No trabalho de marceneiro, as medidas necessárias para se manter a segurança
são inúmeras, o que também dificulta a regulamentação de oficinas caseiras, como é o caso
analisado. Por isso, foram feitas diversas recomendações de forma a tornar o trabalho mais
seguro.
Por fim, deve-se conscientizar empresários que estão começando que as normas foram
elaboradas a fim de se atender à segurança do trabalhador e não somente como uma questão
de fiscalização.

7. Bibliografia

Freitas, Luciana Morais de. “Agentes de Risco.” 13 de Setembro de 2015. Aprender UnB.
Web. 8 de Novembro de 2015.

8
Oliveira, Andrea. “Marceneiro: segurança no trabalho.” s.d. Centro de Produções Técnicas .
Web. 9 de Novembro de 2015.
Souza, Telmo Camilo de. “Prevenção dos Riscos Laborais nas Marcenarias e Carpintarias.”
2004. Seguranca e Trabalho Online. Web. 7 de Novembro de 2015.
Vale, Riverson Tobias. Técnicas de Marcenaria. 5 de Fevereiro de 2013. Web. 8 de
Novembro de 2015.
Venturoli, F. “Análise Ergonômica do Ambiente de Trabalho em Marcenarias do Distrito
Federal.” Brasilia, 2002. Web.

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8. Figuras

Fios encapados expostos Madeira apoiadas nas paredes

Passagem obstruída Máquina de esforço físico elevado

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Não cumprimento das recomendações estampadas nas próprias máquinas da marcenaria.

Ausência de instalação elétrica adequada, o que força o uso de extensões de outros locais.

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Diversos produtos químicos

Produtos inflamáveis

Armazenamento inadequado

Armazenamento inadequado

Pó de serragem

Armazenamento inadequado

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Abrigo para bichos
Armazenamento inadequado

Cabos pendurados sobre máquinas


Caixas de papelão

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Visão geral da marcenaria

14
Visão geral da marcenaria

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