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DIREITO AMBIENTAL 2018
OAB
Prof. Frederico Amado
MEIO AMBIENTE
Artigo 3º, I, da Lei 6.938/81, “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
MODALIDADES: natural, cultural, artificial e do trabalho.
DIREITO AMBIENTAL
Ramo do direito composto por princípios e regras que regulam as condutas humanas que afetem, potencial ou
efetivamente, direta ou indiretamente, o meio-ambiente, quer o natural, o cultural, o do trabalho ou o artificial.
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
[...]
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico,
artístico e cultural;
[...]
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
[...]
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos
e minerais em seus territórios”.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
o
Art. 3 Constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no exer-
cício da competência comum a que se refere esta Lei Complementar:
I - proteger, defender e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, promovendo gestão descentra-
lizada, democrática e eficiente;
II - garantir o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico com a proteção do meio ambiente, observando a
dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais;
III - harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os entes fede-
rativos, de forma a evitar conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa eficiente;
IV - garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades regionais e
locais.
o
Art. 4 Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de cooperação institucio-
nal:
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autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, servi-
ços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos);
III - Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e Comissão Bipartite do Distrito Federal;
o
§ 2 A Comissão Tripartite Nacional será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental com-
partilhada e descentralizada entre os entes federativos.
o
§ 3 As Comissões Tripartites Estaduais serão formadas, paritariamente, por representantes dos Poderes Exe-
cutivos da União, dos Estados e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e
descentralizada entre os entes federativos.
o
§ 4 A Comissão Bipartite do Distrito Federal será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes
Executivos da União e do Distrito Federal, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e descen-
tralizada entre esses entes federativos.
o
Art. 5 O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuí-
das nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado
a executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente.
Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no caput, aquele que
possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das
ações administrativas a serem delegadas.
[...]
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico
e social;
[...]
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de
seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes
urbanos;
[...]
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e
seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação
do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa
e usos médicos, agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-
vida igual ou inferior a duas horas;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;”
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COMPETÊNCIAS MATERIAIS AMBIENTAIS
MUNICÍPIOS
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora
federal e estadual.
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição;
VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico”.
Atribuindo, a Constituição Federal, a competência comum à União, aos Estados e aos Municípios para proteger
o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, cabe, aos Municípios, legislar supletivamente
sobre a proteção ambiental, na esfera do interesse estritamente local.
A legislação municipal, contudo, deve se constringir a atender as características próprias do território em que as
questões ambientais, por suas particularidades, não contêm o disciplinamento consignado na lei federal ou estadual.
A legislação supletiva, como é cediço, não pode ineficacizar os efeitos da lei que pretende suplementar”.
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
PRIVATIVA DA UNIÃO
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1. PREVENÇÃO;
2. PRECAUÇÃO;
3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL;
4. POLUIDOR-PAGADOR OU RESPONSABILIDADE;
5. USUÁRIO-PAGADOR;
6. PROTETOR-RECEBEDOR;
7. COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS;
8. SOLIDARIEDADE INTERGERACIONAL OU EQUIDADE;
9. NATUREZA PÚBLICA DA PROTEÇÃO AMBIENTAL;
10. PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA OU CIDADÃ;
11. FUNÇÃO SOCIO-AMBIENTAL DA PROPRIEDADE;
12. INFORMAÇÃO;
13. LIMITE OU CONTROLE;
14. RESPONSABILIDADE COMUM, MAS DIFERENCIADA (INTERNACIONAL);
15. DO DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO;
16. DIREITO À SADIA QUALIDADE DE VIDA;
17. PROIBIÇÃO DO RETROCESSO ECOLÓGICO;
18. MÍNIMO EXISTENCIAL ECOLÓGICO.
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem
como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental,
constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação
da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais;
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de
assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente
e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio
ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;
III - órgão central: a “Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República”, com a finalidade de planejar,
coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas
para o meio ambiente;
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e
o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar
e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respec-
tivas competências; (Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e
pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental;
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas ativida-
des, nas suas respectivas jurisdições;
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou
potencialmente poluídoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA;
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências
ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim
a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respec-
tivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas
consideradas patrimônio nacional.
COMPETÊNCIAS DO CONAMA
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V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo
Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de fiananciamento
em estabelecimentos oficiais de crédito;
COMPETÊNCIAS DO CONAMA
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores,
aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente
com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.
INSTRUMENTOS – PNMA
Artigo 2.º, do Decreto 4.297/2002 - Instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na im-
plantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelecendo medidas e padrões de proteção ambi-
ental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversi-
dade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
De acordo com o artigo 3.º do regulamento, o ZEE tem por objetivo geral organizar, de forma vinculada, as
decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indire-
tamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos
ecossistemas.
A competência para a promoção do zoneamento ambiental foi tratada pela Lei Complementar 140/2011. Com-
petirá à União, na forma do seu artigo 7º, inciso IX, elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional.
Já aos estados terão a incumbência de elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade
com os zoneamentos de âmbito nacional e regional.
Contudo, inexiste previsão expressa na LC 140/2011 para que os municípios promovam zoneamentos ambien-
tais locais, sendo apenas elencada a competência de elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambi-
entais (artigo 9º, inciso IX)
INSTRUMENTOS – PNMA
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal,
tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas;
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
NOVO CFLO - Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema Nacional de Informação
sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis
rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base
de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
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Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Reno-
váveis - IBAMA:
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para registro obrigatório de
pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à
indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras;
INSTRUMENTOS – PNMA
INSTRUMENTOS – PNMA
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambi-
entais.
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Reno-
váveis - IBAMA:
o
Art. 9 -A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento público ou
particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua
propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo
servidão ambiental. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
o
§ 2 A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal mínima exigida.
(Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
o
§ 3 A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a
mesma estabelecida para a Reserva Legal. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
o o
Art. 9 -B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou perpétua. § 1 O prazo mínimo da
servidão ambiental temporária é de 15 (quinze) anos.
LICENÇA AMBIENTAL
“Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de
controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar,
ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou po-
tencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental” (artigo 1º,
inciso II, da Resolução CONAMA 237/97).
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
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“Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, amplia-
ção e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, conside-
rando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso” (artigo 1º, inciso I, da Re-
solução CONAMA 237/97).
LC 140/2011
o
Art. 2 Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se:
Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendi-
mento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infra-
ções à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada.
o
§ 1 Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento
ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação
ao órgão a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia.
o
§ 2 Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver
conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediata-
mente ao órgão competente para as providências cabíveis.
o
§ 3 O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de
fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores
de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por
órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput.
STJ - 3. O pacto federativo atribuiu competência aos quatro entes da federação para proteger o meio ambiente
através da fiscalização.
4. A competência constitucional para fiscalizar é comum aos órgãos do meio ambiente das diversas esferas da
federação, inclusive o artigo 76 da Lei Federal n. 9.605/1998 prevê a possibilidade de atuação concomitante dos
integrantes do SISNAMA.
5. Atividade desenvolvida com risco de dano ambiental a bem da União pode ser fiscalizada pelo IBAMA, ainda
que a competência para licenciar seja de outro ente federado. Agravo regimental provido” (AgRg no REsp
711.405/PR, de 28.04.2009).
Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças:
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade apro-
vando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especi-
ficações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e
demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;
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III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do
efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a operação.
Art. 19 – O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as
medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:
LC 140/2011
Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente
federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar.
o
§ 1 Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou auto-
rização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.
o
§ 4 A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte)
dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado
até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.
Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na
autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:
I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a
União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação;
II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desem-
penhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e
III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União
deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos.
Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico,
administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação.
Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos
termos desta Lei Complementar.
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d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Prote-
ção Ambiental – APAs;
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles
previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar nº 97, de 9 de junho
de 1999;
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em
qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN; ou
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite
Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, e consi-
derados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento”;
XIV – observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o
licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respec-
tivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da
atividade; ou
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental
– APAs”;
“Art. 8º São ações administrativas dos Estados:
(...)
XIV – promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambien-
tais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, res-
salvado o disposto nos arts. 7º e 9º”;
o o
Art. 10. São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8 e 9 .
APA’S - Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
e para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidor da unidade de
conservação não será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Parágrafo único. A definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e autorização a que se refere o
o
caput, no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7 , no
o º.
inciso XIV do art. 8 e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9
5. Se não é possível considerar o projeto como inviável do ponto de vista ambiental, ausente nesta fase proces-
sual qualquer violação de norma constitucional ou legal, potente para o deferimento da cautela pretendida, a opção
por esse projeto escapa inteiramente do âmbito desta Suprema Corte. Dizer sim ou não à transposição não compete
ao Juiz, que se limita a examinar os aspectos normativos, no caso, para proteger o meio ambiente. 6. Agravos
regimentais desprovidos” (ACO-MC-AgR 876, de 19.12.2007).
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ESTUDOS AMBIENTAIS
“São todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, ope-
ração e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença
requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diag-
nóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco” (artigo
1º, inciso III, da Resolução CONAMA 237/97).
EIA - Incumbe ao Poder Público “exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publi-
cidade” (artigo 225, §1º, IV).
Sinteticamente, o conteúdo mínimo do EIA será: 1) o diagnóstico ambiental da área de influência do projeto; 2)
a análise dos impactos ambientais e suas alternativas; 3) a definição das medidas mitigadoras dos impactos nega-
tivos; 4) a elaboração do programa de acompanhamento; 5) o monitoramento.
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Dispositivo de constituição estadual que submeta o RIMA ao crivo da Assembleia Legislativa viola o Princípio da
Separação dos Poderes. STF (ADI 1505).
EIA-RIMA: possibilidade de audiência pública, Resolução 09/87 – CONAMA, sob pena de NULIDADE. A critério
do órgão ambiental, MP, entidade civil ou 50 cidadãos.
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