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ABSTRACT: This article discusses some issues relevant historical knowledge and discusses the
construction of an official historic date, and also discusses another possible construction of a fact. It is
questioning the September 7 date as the official historical memory and its unimportance as an
historical event.
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Doutor em história pela Universidade Estadual Paulista – campus de Assis. Professor da Finan
Nova Andradina/MS.
Revista Pitágoras – ISSN 2178-8243, v.4, n.4. FINAN - Nova Andradina/MS, dez/mar 2013 Página 1
12 de outubro: os limites do poder legislativo – Eduardo Martins – FINAN/FINAV/SED-MS
Revista Pitágoras – ISSN 2178-8243, v.4, n.4. FINAN - Nova Andradina/MS, dez/mar 2013 Página 2
12 de outubro: os limites do poder legislativo – Eduardo Martins – FINAN/FINAV/SED-MS
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Brasil. Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa (1823). Diário da Assembleia Geral, Constituinte
e Legislativa do Império do Brasil, 1823. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. Tomo III.
Fala do Sr. Carneiro da Cunha. p. 115.
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Idem p. 116.
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12 de outubro: os limites do poder legislativo – Eduardo Martins – FINAN/FINAV/SED-MS
Para o Sr. Almeida Albuquerque “Este artigo não pode passar como está”.
Este reitera que a questão do 12 de Outubro como, sendo esta a data da
Independência, para ele:
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Brasil. Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa (1823). Diário da Assembleia Geral, Constituinte
e Legislativa do Império do Brasil, 1823. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. Tomo III.
Fala do Sr. Montesuma. p. 116.
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Brasil. Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa (1823). Diário da Assembleia Geral, Constituinte
e Legislativa do Império do Brasil, 1823. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. Tomo III.
Fala do Sr. Almeida Albuquerque. p. 116.
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12 de outubro: os limites do poder legislativo – Eduardo Martins – FINAN/FINAV/SED-MS
A questão que deve ser feita nesse ponto do discurso é a respeito da escolha
da data. Interroguemos o porquê da preferência pelo dia 12 de Outubro e assim
podemos problematizar esta passagem da história do Brasil com um olhar
diferenciado daqueles oferecidos pela consagrada historiografia.
Vamos continuar a observar os acontecimentos em busca de possíveis
soluções para nosso problema; que é o de saber se a data escolhida pela
Assembleia, 12 de Outubro, para marcar o momento máximo da Independência
refere-se ao jogo de poder ou, se se trata de uma explícita demonstração de força
ao Imperador devendo ser entendido como a sobreposição do poder Legislativo
perante o Executivo.
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Brasil. Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa (1823). Diário da Assembleia Geral, Constituinte
e Legislativa do Império do Brasil, 1823. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. Tomo III.
Fala do Sr. Lopes da Gama. p. 117.
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Brasil. Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa (1823). Diário da Assembleia Geral, Constituinte
e Legislativa do Império do Brasil, 1823. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. Tomo III.
Fala do Sr. Carvalho e Mello. p. 117.
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12 de outubro: os limites do poder legislativo – Eduardo Martins – FINAN/FINAV/SED-MS
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Brasil. Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa (1823). Diário da Assembleia Geral, Constituinte
e Legislativa do Império do Brasil, 1823. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. Tomo III.
Fala do Sr. Carvalho Mello. p. 117.
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12 de outubro: os limites do poder legislativo – Eduardo Martins – FINAN/FINAV/SED-MS
Nada nos é revelado com relação a isso, salvo que o deputado fala em
“época da Independência” e não no dia da Independência. O deputado nos
esclarece mais um pouquinho sobre suas nebulosas ideias. Assim ele continua
discorrendo na mesma fala ainda: “Eu quero que se entenda que a época da
Independência deve ser considerada respectivamente à declaração de cada uma
das Províncias; porque, aliás, cairíamos no absurdo de reconhecer já por Cidadãos
Brasileiros a muitos que ainda não deram o menor indício de aderirem ao nosso
Pacto”.
Assim o entendemos que se trata da Independência em um plano geral, no
plano das províncias, da declaração que cada presidente de província fez de adesão
a monarquia Brasileira. Nunca devemos desconsiderar a vontade de republicanismo
nas chamadas guerras de independência que assolou o território brasileiro de norte
a sul10.
A Comissão de Constituição eleita após votação na sessão do dia 5 de maio
de 1823. Composta de 7 deputados, assim disposta: Antonio Carlos Ribeiro de
Andrada, com 40 votos, Antonio Luiz Pereira da Cunha, com 30 votos, Pedro de
Araújo Lima, com 20 votos, José Ricardo da Costa Aguiar, com 19 votos, Manoel
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Brasil. Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa (1823). Diário da Assembleia Geral, Constituinte
e Legislativa do Império do Brasil, 1823. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. Tomo III.
Fala do Sr. Alencar. p. 118.
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Para tanto o caráter militar enérgico de D. Pedro se fez valer, contanto com o serviço de
mercenários, dentre eles o mais importante o Almirante inglês Lord Cochrane, que teria feito
barbaridades na Província do Pará. Não é por menos que Cochrane será condecorado por D. Pedro I
o título de Marquez do Maranhão, após ter expulsado dali os portugueses desejos de República.
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12 de outubro: os limites do poder legislativo – Eduardo Martins – FINAN/FINAV/SED-MS
Ferreira da Câmara, com 18, Francisco Moniz Tavares, com 16 votos, José
Bonifácio de Andrada e Silva, com 16 anos.
É justamente um dos autores do Projeto da Constituição que tece sua rede de
argumentos no sentido de demonstrar aos seus colegas a razão da escolha da data
do 12 de outubro. Daremos então a palavra a ele:
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Brasil. Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa (1823). Diário da Assembleia Geral, Constituinte
e Legislativa do Império do Brasil, 1823. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. Tomo III.
Fala do Sr. Pereira da Cunha. p. 119.
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REFERÊNCIAS
Revista Pitágoras – ISSN 2178-8243, v.4, n.4. FINAN - Nova Andradina/MS, dez/mar 2013 Página 9
12 de outubro: os limites do poder legislativo – Eduardo Martins – FINAN/FINAV/SED-MS
Revista Pitágoras – ISSN 2178-8243, v.4, n.4. FINAN - Nova Andradina/MS, dez/mar 2013Página 10