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Brasília – DF
Junho/2017
LISTA DE FIGURAS
1 Introdução .................................................................................................................. 3
4 Conclusões ................................................................................................................ 26
3
1 Introdução
Análises dinâmicas mais correntes utilizam domínio de respostas sobre o tempo, isto é,
a solução fornece a resposta de instante em instante da análise. A resposta através da
abordagem no domínio da frequência é obtida apenas no final da análise. Conforme Soriano
(2014), o método de análise no domínio do tempo é mais simples que aquele feito domínio da
frequência.
Os métodos de análise no domínio do tempo são mais intuitivos e simples,
principalmente em caso do denominado amortecimento viscoso. Já a análise através do
domínio da frequência é mais elaborada, e a resposta da estrutura só se torna aparente ao
final, em obtenção completa da solução. (SORIANO, 2014)
2𝜋
Sabendo que 𝜔
̅𝑛 = 𝑛 𝜔
̅𝑝 = , na qual, 𝑛 = 1, 2, 3 …, a força 𝑝(𝑡) em séries de
𝑇𝑝
E
𝑒 𝑖 𝜔̅𝑛 𝑡 + 𝑒 −𝑖 𝜔̅𝑛𝑡
𝑐𝑜𝑠 𝜔
̅𝑛 𝑡 =
2 (3)
̅ 𝑛𝑡
𝑒 𝑖𝜔
− 𝑒 −𝑖 𝜔̅𝑛𝑡
{ 𝑠𝑒𝑛 𝜔
̅𝑛 𝑡 =
2𝑖
(4)
∞
1
𝑝(𝑡) = 𝑎𝑜 + ∑((𝑎𝑛 − 𝑖 𝑏𝑛 ) 𝑒 𝑖 𝜔̅𝑛𝑡 + (𝑎𝑛 + 𝑖 𝑏𝑛 ) 𝑒 −𝑖 𝜔̅𝑛𝑡 )
2
𝑛=1
Ainda, fazendo:
𝐶0 = 𝑎𝑜
𝑎𝑛 − 𝑖 𝑏𝑛
𝐶𝑛 =
2 (5)
∗
𝑎 𝑛 + 𝑖 𝑏𝑛
{ 𝐶𝑛 =
2
Obtém-se:
∞
Assim, quando 𝑇𝑝 → ∞ a frequência deixa de ser uma variável discreta e se torna uma
variável contínua. Pode-se observar na expressão 8 que 𝐶𝑛 varia inversamente com 𝑇𝑝 . Logo,
𝐶𝑛 → 0 quando 𝑇𝑝 → ∞. Porém, o valor limite do produto 𝐶𝑛 𝑇𝑝 fica:
9
∞
𝑇𝑝 𝐶𝑛 → ∫ 𝑝(𝑡) 𝑒 −𝑖𝜔̅𝑛𝑡 𝑑𝑡 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑇𝑝 → ∞ (12)
−∞
Ainda,
lim (𝑇𝑝 𝐶𝑛 ) = 𝐹(𝜔
̅𝑛 )
𝑇𝑝 →∞ (13)
Δ𝜔→0
Assim, fazendo 𝜔
̅𝑛 = 𝜔, pois se trata de uma integral no lugar de um somatório,
obtém-se:
∞
ℱ{𝑝(𝑡)} = 𝐹(𝑖𝜔) = ∫ 𝑝(𝑡) 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡 (14)
−∞
−1 {𝐹(𝑖𝜔)}
1 ∞
ℱ = 𝑝(𝑡) = ∫ 𝐹(𝑖𝜔) 𝑒 𝑖𝜔𝑡 (15)
2𝜋 −∞
sendo estabelecida por uma sequência de valores discretos no tempo. Nesses casos, é
necessário o uso da transformada de Fourier discreta, que trabalha a partir de valores de
funções. Assim, a transformada discreta é equivalente a transformada contínua de Fourier
para funções conhecidas apenas em 𝑁 instantes separados por tempos amostrais 𝑇 (Roberts,
2003).
Conforme a Figura 3, supõe-se uma função discreta de período 𝑇0 que englobe os
instantes de definição, de 𝑡0 a 𝑡𝑓 , mais uma extensão Δ𝑇 que inclua valores nulos, de 𝑡𝑓+1 a
𝑡𝑁−1 . Utiliza-se essa extensão para tornar desprezível o efeito periódico introduzido com a
discretização da transformada de Fourier. Adota-se um número par de pontos de
discretização, de 𝑡𝑜 a 𝑡𝑁−1 , igualmente espaçados de (Δ𝑡 = 𝑇0 /𝑁), de maneira que o n-ésimo
instante é:
𝑛𝑇𝑜
𝑡𝑛 = 𝑛Δ𝑇 = , 𝑛 = 0, 1, 2, … 𝑁 − 1 (16)
𝑁
𝑁−1
Δ𝜔
𝑓(𝑡𝑛 ) = ∑ 𝐹(𝑖𝜔𝑚 )𝑒 2𝜋𝑖𝑚𝑛/𝑁 = ℱ𝜂−1 (𝐹(𝑖𝜔𝑚 )), 𝑛 = 0, 1, 2, … (𝑁 − 1) (18)
2𝜋
𝑚=0
E
𝑁−1
Na qual, 𝑊 = 𝑒 −2𝜋𝑖/𝑁 e 𝑊 = 𝑊 2𝑁 … = 1
Exemplo 1
Figura 4.
𝑓(𝑡) = 5 + 2 cos(2𝜋𝑡 − 90°) + 3 cos 4𝜋𝑡
13
Figura 4 – Função 𝑓(𝑡) (em linha azul cheia) do Exemplo 1. (Fonte: Roberts, 2003)
3
Considerando um intervalo de 4 tempos por segundo (𝑓𝑠 = 4𝐻𝑧) de 𝑡 = 0 para 𝑡 = 4.
𝑚
Os valores dos intervalos discretos, fazendo 𝑡 = 𝑚𝑇𝑠 = ,são dados por
4
π
𝑓[𝑚] = 5 + 2 cos ( 𝑚 − 90°) + 3 cos 𝜋𝑚
2
Assim:
𝑓(0) = 8, 𝑓[1] = 4, 𝑓[2] = 8 𝑒 𝑓[3] = 0, … (𝑁 = 4)
Então:
3 3
𝜋
𝐹[𝑛] = ∑ 𝑓[𝑚]𝑒 − 2 𝑖𝑛𝑘 = ∑ 𝑓[𝑚](−𝑖)𝑛𝑚
𝑚=0 𝑚=0
E
F [0] 1 1 1 1 f [0] 20
F [1] 1 i 1 i f [1] 4i
.
F [2] 1 1 1 1 f [2] 12
F [3] 1 i 1 i f [3] 4i
1 20
𝐹[0] = 20 implica um valor constante de 𝑁 𝐹[0] = = 5.
4
Isto é
2𝜋 𝜋
2 cos ( 𝑚𝑇 − 90°) = 2 cos( 𝑚 − 90°)
𝑁𝑇 2
Para cada uma das transformadas conforme equações 18 e 19, tem-se 𝑁 somatórios e
𝑁 2 multiplicações com variáveis complexas. Para valores de 𝑁 muito elevados, essas
expressões demandam demasiado gasto computacional. Pode-se evitar essas multiplicações
utilizando o seguinte artifício matemático, aplicado na expressão 19, sobre a forma:
disso, como (𝑁 = 2 ), (𝑁/2 = 2𝑛−1 ) são números pares, se torna possível a divisão de cada
𝑛
uma das referidas parcelas em duas outras, e assim sucessivamente, até que em casa parcela se
tenha uma única multiplicação de variáveis complexas. O mesmo princípio é análogo para a
transformada inversa discreta.
Assim, o número de multiplicações com variáveis complexas se reduz de 𝑁 2 para
(𝑁/2) ∙ log 2 𝑁. Na Tabela 1, é possível observar as porcentagens dessa redução para
diferentes valores de 𝑁.
Na qual:
𝑚: massa do objeto;
𝑘: rigidez da mola;
𝑐: constante de amortecimento do sistema;
𝑣(𝑡): deslocamento em função do tempo;
𝑝(𝑡): força externa aplicada.
Em que:
Em que:
𝑃𝑜 = 𝑎𝑜 ;
𝜔
̅: frequência de excitação da carga;
19
1
𝑃𝑛 = 2 (𝑎𝑛 + 𝑖𝑏𝑛 );
̅ 2 𝐺𝑒 𝑖𝜔̅𝑡 ) + 𝑐(𝑖𝜔
𝑚(−𝜔 ̅𝐺𝑒 𝑖𝜔̅𝑡 ) + 𝑘(𝐺𝑒 𝑖𝜔̅𝑡 ) = 𝑝𝑜 𝑒 𝑖𝜔̅𝑡
(27)
̅ + 𝑘)𝐺𝑒 𝑖𝑤̅𝑡 = 𝑝𝑜 𝑒 𝑖𝜔̅𝑡
̅ 2 + 𝑖𝑐𝜔
(−𝑚𝜔
Logo:
𝑝𝑜
𝐺(𝑖𝜔
̅) = (28)
̅2
−𝑚𝜔 + 𝑖𝑐𝜔
̅+𝑘
Fazendo 𝐺(𝑖𝜔
̅) = 𝐻(𝑖𝜔
̅)𝑝𝑜 , define-se a função complexa de resposta na frequência
𝐻(𝑖𝜔
̅), como sendo a resposta do sistema a uma carga harmônica complexa unitária na
frequência 𝜔
̅.
1 1
𝐻(𝑖𝜔
̅) = (30)
𝑘 (1 − 𝛽 2 )2 + 𝑖2𝜉𝛽
20
1 ∞ 1 ∞
𝑣(𝑡) = ∫ 𝐻(𝑖𝜔 ̅)𝑒 𝑖𝜔̅𝑡 d𝜔
̅)𝑃(𝑖𝜔 ̅= ̅)𝑒 𝑖𝜔̅𝑡 d𝜔
∫ 𝑉(𝑖𝜔 ̅ (37)
2𝜋 −∞ 2𝜋 −∞
21
Na qual 𝑉(𝑖𝜔
̅) é a resposta no domínio da frequência de um sistema SDOF sujeito a
uma excitação não periódica 𝑝(𝑡). Assim:
∞
𝑉(𝑖𝜔
̅) = 𝐻(𝑖𝜔 ̅) = ∫ 𝑣(𝑡)𝑒 𝑖𝜔̅𝑡 d𝑡
̅)𝑃(𝑖𝜔 (38)
−∞
Com isso, uma força com magnitude 𝑝 aplicada em um instante 𝜏 pode ser escrita
como:
∞
𝑝(𝜏) = ∫ 𝑝(𝑡)𝛿(𝑡 − 𝜏)𝑑𝜏 (41)
−∞
Como 𝑉(𝑖𝜔
̅) = 𝐻(𝑖𝜔
̅)𝑃(𝑖𝜔
̅) e com a primeira expressão de 42, obtém-se que
𝑉(𝑖𝜔
̅) = 𝐻(𝑖𝜔
̅), o que significa que a resposta no domínio da frequência a um impulso
unitário (com condições iniciais nulas) é a própria função complexa de resposta na frequência,
ou seja, é a transformada de Fourier direta:
∞
̅) = ∫ ℎ(𝑡)𝑒 −𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡 = ℱ{ℎ(𝑡)}
𝐻(𝑖𝜔
−∞
∞
(44)
̅)𝑒 −𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡 = ℱ −1 {𝐻(𝑖𝜔
ℎ(𝑡) = ∫ 𝐻(𝑖𝜔 ̅)}
−∞
Na qual:
𝑴: matriz de massas;
𝑪: matriz de amortecimento;
𝑲: matriz de rigidez;
𝑓(𝑡): Vetor de forças;
𝑑̈ (𝑡), 𝑑̇(𝑡) e 𝑑(𝑡), são os vetores de aceleração, velocidade e deslocamento,
respectivamente.
𝑌𝑗̈ (𝑡) + 2𝜔𝑗 𝜉𝑗 𝑌𝑗̇ (𝑡) + 𝜔𝑗2 𝑌𝑗 (𝑡) = 𝜑𝑗𝑇 𝑓𝑜 𝑓(𝑡) (52)
4 Conclusões
5 Referências Bibliográficas
BATHE K.J. Finite element procedures in engineering analysis. Englewood Cliffs, New
Jersey: Prentice-Hall. 1982
CLOUGH, R. W.; PENZIEN, J. Dynamics of structures. 3. ed. Berkeley, CA. Computers &
Structures, Inc. 2003.
HUMAR, J. L.; XIA, H. Dynamic response analysis in the frequency domain. Earthquake
engineering and structural Dynamics. John Wiley & Sons, Ltd. 12 p. 1993.
LIU, F.; LU, H.; JI, C. A general frequency-domain dynamic analysis algorithm for
offshore structures with asymmetric matrices. Ocean Engineering. ELSEVIER. 13 p. 2016.
ROBERTS, S. Signal processing & filter design. Lecture Notes. Somerville College, UK.
2003. Disponível em: <http://www.robots.ox.ac.uk/~sjrob/Teaching/sp_course.html>. Acesso
em: 22 de junho de 2017.
YAO, J. ELG 3120-Signals and Systems. Lecture Notes. University of Ottawa, Canada.
2016. Disponível em: <http://www.site.uottawa.ca/~jpyao/courses/E3125B_Fall_2016.html>.
Acesso em: 22 de junho de 2017.