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AULA 2) QUÍMICA RADIOLÓGICA:

Outros Conceitos
A Temperatura:

- A temperatura ideal de uma câmara escura deve ser em torno de 18ºC a 24 ºC, pois esta
temperatura conserva melhor os filmes não revelados e facilita todo o processamento das
radiografias.
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A Iluminação
- A Câmara escura deve ter uma luz branca e uma luz de segurança. A luz branca deve existir
para a realização de todo o procedimento de limpeza dos tanques, preparação de produtos
químicos. Já a luz de segurança se faz necessária para todo o procedimento de revelação.
Seja qual for a luz de segurança, é necessário colocar um filtro para se obter a cor adequada
no ambiente. Os filtros devem ter uma cor âmbar verde amarelado, verde ou vermelho. A
distância da lâmpada para o balcão é de aproximadamente de 1,20m.
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Chassis:
- São caixas com a função de receber o filme virgem dentro da câmara escura. É dentro dele
que o filme é exposto aos raios X e dele é retirado para a revelação.
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Características do Chassi:
- Parte anterior: Esta face é de alumínio radiotransparente, por onde penetram os raios X.
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- Parte posterior: Esta face é revestida de lâmina de chumbo, que é a base antidifusora de raios
X, ou seja, onde os raios X são paralisados em torno da proporção de 95%.
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Limpeza do Chassi:
- Os chassis deverão ser limpos diariamente e, de preferência, sempre que utilizados nos
pacientes. Esta limpeza pode ser feita com álcool 70% e gaze.
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Tipos de Chassis:
- Os modelos de chassi variam entre esses:
* Plástico;
* Polietileno;
* Alumínio.
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A durabilidade de um chassi é superior há 3 anos.
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Écrans e Terras Raras:
- Introduzido em 1896, por Thomas Edison;
- O tungstato de cálcio era empregado em écran radiológico com com eficiência 3 a 5% de
conversão de raios X a luz.
- Foram desenvolvidos materiais de fósforo (terras raras) = elementos químicos naturais raros.
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- Elementos Químicos:
* Oxisulfeto de Gadolinium térbio ativado (Gd) = Gadolínio;
* Oxisulfeto de Lanthanum térbio ativado (La) = Lantânio;
* Oxisulfeto de Yttrium térbio ativado (Y) = Ítrio;
* Oxibrometo de Lanthanum.
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Vantagem do écran de terras raras sobre o écran convencional:
- O écran de terras raras tem a vantagem sobre o écran de tungstato de cálcio na questão da
velocidade e resolução da imagem. Adicionado a isso, dobra-se a vida útil da ampola.
Écran de terras raras = luminosidade verde-amarelada.
Écran de tungstato de cálcio = luminosidade azul.
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OBS:
- écran fluoroscópico:
formado por microcristais de sal de tungstato de cálcio ou de terras raras = gadolínio (funciona
como agente emissor de luz que são aplicados em base de cartão coberto com uma resina de
proteção sob uma camada com uma propriedade refletora a fim de emitir luz do écran no filme).
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Característica do Écran:
- Papelão;
- Plástico;
- Cartolina.
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Durabilidade do écran = 10 anos em média.
Durabilidade recomendável para uso do écran = 2 anos em média.
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Limpeza do écran:
- Lavagem com algodão com água e sabão de côco.
- Uso de algodão não encharcado para que a água não escorra em direção ao feltro do chassi.

AULA 3) QUÍMICA RADIOLÓGICA:


Écrans e Terras Raras e Filme
Radiográfico
ÉCRANS DE TERRAS RARAS e FILME RADIOGRÁFICO:

- Imagem latente = é uma imagem que ainda não foi revelada.


- Imagem real= é uma imagem que já está revelada.

Emulsão:

constitui-se de substâncias sensíveis à luz em suspensão em gelatina. Entre as substâncias


sensíveis à luz, os "HALETOS DE PRATA" são mais usados, porque possuem as melhores
qualidades para se deixar impressionar pela luz.

Introdução:

Os fótons de raios X que formam a imagem radiográfica não podem ser vistos pelo olho
humano. Então fez-se necessário usar receptores os quais convertam a radiação (informação)
em imagem visível. Podemos usar dois métodos:

1) Uma película fotográfica pode ser exposta diretamente aos raios X.


2) A energia dos raios X é convertida em luz visível para então serem convertidas em imagem
(ou impulso elétrico ou exposição na chapa).

Os raios X por terem um grande poder de penetração tornam-se difíceis de serem registrados.
Uma folha de filme radiológico absorve de 1 à 2% apenas do feixe do raios X. Assim introduziu-
se os ÉCRANS (os quais convertem os raios X em luz visível) que permitem reduzir a dose ao
paciente bem como o tempo de exposição, minimizando o movimento do paciente.

Écrans Fluorescentes:

Os raios X tem a habilidade de fazer que certas substâncias (fósforos) emitam luz e radiação
ultravioleta.

Luminescência:

É definida como a habilidade de uma substância absorver radiação de comprimento onda curta,
e convertê-la em radiação de comprimento de onda mais larga no espectro visível, assim como
no ultravioleta.
Fluorescência:

É a forma de luminescência na qual a luz que é emitida para tão logo quanto a radiação
excitante deixa de se expor ao material.

Fosforescência:

É quando a emissão de luz continua, por um tempo, depois de se remover a radiação excitante.
Nos ÉCRANS este é um efeito não desejado já que produz imagens múltiplas e até velar partes
do filme. Existem impurezas (killers) que são introduzidas na estrutura do fósforo para controlar
as áreas do cristal responsáveis pelo efeito fosforescente.

Fósforo:

Específico aos ÉCRANS: O fósforo é um sólido cristalizado natural ou artificial que exibe a
propriedade de luminescência quando exposto aos raios X. De acordo como o dicionário de
ciências, é uma substância que emite luz a temperaturas abaixo da temperatura na qual exibiria
incandescência.

Classes de Fósforo:

Por muito tempo, os cristais de fósforo de maior uso nos ÉCRANS eram de Tungstato de
Cálcio (CaWO4), devido a sua emissão em ultravioleta e no azul do espectro, aonde a
sensibilidade natural do material que compõe a película (AgBr) é muito alta. Avanços recentes
na tecnologia resultaram na introdução de fósforos novos para os ÉCRANS. As terras raras
como o Lântano, Gadolínio, Itérbio, etc., são os novos elementos que se usa nos ÉCRANS.

Construção de um ECRAN:

Consiste de três capas diferentes:


1) Um suporte feito de cartão ou plástico;
2) Uma capa de fósforo microcristalino, fixo com uma cola apropriada, que é aplicado
uniformemente;
3) Uma capa protetora (plástico) a qual é aplicada sobre o fósforo para prevenir a eletricidade
estática, proteção física e permite a limpeza sem danificar a capa de fósforo.

Como Trabalha um ÉCRAN:

Um ÉCRAN opera seguindo um processo de 3 passos:


1- Absorção: os fótons incidentes de raios X são absorvidos no fósforo pelo Efeito Compton o
que resulta na emissão de elétrons livres;
2- Conversão: a energia que se obtém deste elétron é então convertida em fótons de luz
através do processo de Luminescência;
3- Emissão: os fótons produzidos pelo processo acima mencionado saem do fósforo e expõe a
película.

Intensificação:

Quando um fósforo absorve um fóton de raios X, emitem um resplendor de luz, isto acontece
aos milhões em cada milímetro quadrado da área do ÉCRAN. Dessa forma, quanto maior for a
intensidade dos raios X, maior será a intensidade de luz emitida. Assim sobre a superfície
inteira do ÉCRAN, as diferenças na intensidade dos raios X são convertidas em diferença na
intensidade da luz, a qual a película é sensível.

Os ÉCRANS intensificam o efeito fotográfico da radiação X porque, conforme já vistos, estes


são mais grossos e absorvem mais que as películas e a absorção de um único fóton de raios X
resulta em uma emissão de centenas de fótons de luz, os quais são facilmente absorvidos pela
película. A combinação dos ÉCRANS com as películas permitem que a exposição seja
reduzida por fatores 50 à 150 vezes menores, comparada a uma exposição direta sem ÉCRAN.
Então podemos concluir que fator de intensificação é o coeficiente de uma exposição requerida
sem ÉCRAN por uma requerida com ÉCRAN.

Os ÉCRANS também contém:

Uma capa fina entre o fósforo e o suporte. Pode ser uma capa para refletir ou absorver a luz;
Pigmentos ou tinta na capa de fósforo, aos quais, incorporados à cola da capa de fósforo,
absorvem luz. Ele(s) reduz(em) a borrosidade da imagem na película e, por suposição, também
reduzem a intensidade da luz.

Intensificação dos ÉCRANS:

Já sabemos que o ÉCRAN é capaz de converter os poucos fótons de raios X que são
absorvidos, em muitos fótons de luz. A eficiência com que o fósforo executa esta conversão é
chamada de eficiência intrínseca. Para o Tungstato de Cálcio este valor é cerca de 5%. Se a
energia do fóton de raios X, o comprimento de onda da luz emitida e a eficiência intrínseca do
material são conhecidas, torna-se fácil conhecer o número de fótons de luz gerados.
Por exemplo: uma radiação de 50 KeV é absorvida em um ÉCRAN de Tungstato de Cálcio que
emite a maior parte de sua luz em um comprimento de onda de +/- 430nm (nanômetros):

(nm) = 1,24 / (KeV)


430 = 1,24 / (KeV)
KeV = 1,24 / 430
KeV = 0,003
eV = 3

Se a eficiência intrínseca do Tungstato de Cálcio fosse de 100%, um fóton de raios X de 50


KeV produzirá cerca de:
50.000 / 3 = 17.000 ou seja, 17.000 fótons de luz de 3 eV.
A eficiência intrínseca do Tungstato de Cálcio é de apenas 5%, sendo assim: (17.000 x 5) / 100
= 180. Então temos na realidade 850 fótons de luz emitidos quando 1 fóton de raios X de 50
KeV é absorvido.

Velocidade dos ÉCRANS:

Vários fatores determinam a velocidade de um ÉCRAN. E podemos dizer que sua velocidade é
um produto da absorção e conversão:

Eficiência = Absorção x Conversão

A eficiência é um fator do:

1. Tipo de fósforo: Maior número atômico significa maior absorção de raios X;


-
2. Espessura do fósforo: Se a quantidade de fósforo for aumentada tornando mais grossa sua
capa, a absorção de raios X e a produção de luz aumentará por igual;
-
3. Qualidade do feixe de raios X: Está relacionada à: Kv, filtros, parte do corpo (geração de
raios dispersos), uso de grades;
-
4. Tamanho dos cristais do fósforo: É comprovado que a emissão fluorescente aumenta com o
aumento do tamanho do cristal;
-
5. A tinta absorvedora de luz: Os fótons de luz gerados a partir dos raios X que são absorvidos,
são emitidos em todas as direções. Uma tinta, ou pigmento, na cola da capa reduz a difusão
lateral e a intensidade da luz emitida pelo ÉCRAN. Dependendo do material absorvente
utilizado, estes ÉCRANS tem a tinta rosada ou amarelada;
-
6. Capa refletora de luz: Os fótons de luz gerados pelos raios X que são absorvidos são
emitidos em todas as direções. Cerca de metade destes vão até a parte traseira do ÉCRAN. Se
a capa entre o fósforo e o suporte contém um material refletor, a luz será redirigida; isto
aumenta a intensidade da luz que sai do ÉCRAN para expor a película;
-
7. Temperatura: Os ÉCRANS fluorescem melhor em baixas temperaturas. Sem erro, podemos
dizer que, na maioria das salas radiológicas, a variação da temperatura é muito pequena para
afetar significativamente a emissão do ÉCRAN.

Tipos de ÉCRAN:

São frequentemente divididas em três categorias dependendo de sua velocidade:


-
*Lentas: de detalhe, de alta resolução, de ultra detalhe, standard;
*Médias: universais, velocidade média, gerais, promédio, velocidade par;
*Rápidas: rápidas, alta velocidade, muito rápidas.

Qualidade dos ECRANS:

Apesar dos grandes benefícios do uso do ECRAN, temos também uma maior borrosidade nas
imagens radiográficas. Esta resulta da difusão da luz quando transita do cristal do fósforo à
película aonde é registrada. Os mesmos fatores que aumentam a velocidade do fósforo
aumentam, também, esta borrosidade. Isto inclui: Espessura da capa do fósforo: Uma capa
mais grossa aumenta a eficiência e a difusão da luz. Esta é a maneira principal de aumentar a
velocidade de um ECRAN à Tungstato de Cálcio, podemos então deduzir que existe uma
relação entre velocidade (ECRAN grosso) e nitidez (delgado).

Exceção:

Há uma exceção importante quanto a esta relação entre a velocidade do ECRAN e a difusão
da luz. As terras raras possibilitam aumentar a absorção dos raios X e a velocidade do ECRAN,
sem aumentar a difusão da luz. Isto faz as terras raras mais requeridas que o Tungstato de
Cálcio.

Nova Tecnologia dos Fósforos:

Os ECRANS de terras raras surgiram devido a grande necessidade de uma redução


substancial na dose de radiação. Esta terminologia apareceu devido a dificuldade de separar
estes elementos da terra e entre eles mesmos, não porque eles são “raros”.

As quinze terras raras tem dois elétrons externos. Na penúltima orbital tem oito ou nove
elétrons. A maior diferença está na órbita N. as terras raras são quase tão idênticas que sua
separação pode envolver milhares de passos. Os ECRANS originais de terras raras emitiam no
verde do espectro com uma emissão a freqüência de comprimento de onda por volta de
540nm, até surgir a nova geração, os quais emitem no azul e ou ultra violeta, nos quais são
sensíveis as películas convencionais de raios X.
-
A eficiência de conversão dos raios X à luz nestes ECRANS é significativamente maior que nos
de Tungstato de Cálcio (5%), já que são por volta de 20%. O aumento da absorção em um
fósforo de Tungstato de Cálcio é devido principalmente porque é usado uma capa mais grossa.
O aumento de absorção nos de terras raras é o resultado da melhoria nas características da
absorção do fósforo. Esta absorção se deve principalmente ao efeito Fotoelétrico , o qual é
mais propenso a ocorrer quando:
-
1. Usa-se elementos com número atômico alto. Um fósforo com número atômico mais alto
tenderia a uma maior absorção. CaWO4 (Z=74), está quase ao final da tabela periódica, de
maneira que o potencial de melhoria é limitado. Já os terras raras tem um número atômico
menor: Lantânio (La57) ou Gadolínio (Gd64).
-
2. Quando a energia dos fótons de raios X e a energia de ligação dos elétrons da órbita K são
quase iguais. Consideremos a interação de um fóton de raios X com estes elétrons: energia de
ligação para o tungstênio 69,5KeV, Gadolínio 50,2KeV, Lantânio 38,9KeV.
O ECRAN absorve cada vez menos com o aumento da energia de radiação, até que chega à
69,5KeV (camada K do Tungstênio). Até os 40KeV, o Tungstênio e o Lantânio, por exemplo,
absorvem quase o mesmo, mas a 38,9KeV o Lantânio mostra uma vantagem em relação ao
tungstênio que se estende até a borda K deste, 70Kev. A borda K das terras raras está muito
próxima (como Lantânio) deste feixe primário dos raios X.
-
Esta é a razão principal destes fósforos terem uma maior absorção dos raios X utilizados na
radiologia diagnóstica, comparada ao Tungstato de Cálcio.

Conclusão:

Os ECRANS são usados porque reduzem a dose de raios X a que é exposto o paciente e
porque ele permitiu a redução do tempo de exposição, reduzem também a borrosidade
produzida pelo movimento. O Tungstato de Cálcio era o fósforo mais usado na maioria dos
ECRANS, devido a necessidade de reduzir a dose de radiação surgiu os ECRANS de terras
raras.
-
A velocidade dos ECRANS de Tungstato de Cálcio está determinada pela espessura da capa
de fósforo, o que resulta na maior dispersão da luz.
A velocidade dos ECRANS de terras raras está determinada por sua mais alta absorção
(elétrons de órbita K) e por sua melhor conversão, sem aumento da difusão da luz.
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O filme Radiográfico:

É composto por uma ou duas camadas de Emulsão fotográfica unidas a uma Base. Está base
é feita de poliéster, de cor azulada, homogeneamente transparente, flexível, com espessura
uniforme de aproximadamente 180µ, é na base do filme, onde irão ocorrer as reações químicas
durante o processo de revelação. A emulsão fotográfica possui de 5 a 10 µ, tem na sua
composição uma mistura de Gelatina fotográfica com uma suspensão de Cristais de
halogeneto de prata. A gelatina fotográfica: veículo para manter o composto de prata na forma
de micro cristais de halogeneto de prata uniformemente, tem como funções distribuir
igualmente (sem acúmulo na base) e fixar os microscristais de halogeneto de prata na base,
permitindo, pela sua qualidade permeável (permeabilidade), a penetração e atuação dos
agentes químicos do processo de revelação. Os cristais de halogeneto de prata são produtos
químicos fotograficamente ativos, sensíveis á luz, compostos por brometo de prata com cerca
de 10% de iodeto de prata, de formas variadas. Técnicas de fabricação recentes permitem a
obtenção de cristais de forma tabular, denominados “Grãos–T” que apresentam uma superfície
maior de absorção de luz, com menor volume de cristais. Em filmes radiográficos com duas
camadas de emulsão fotográficas, a luz que atinge uma camada pode atravessar a base do
filme e atingir a camada de emulsão do outro lado oposto, reduzindo a nitidez da imagem. Esse
fenômeno é denominado cruzamento, ou cross-over. Com o objetivo de reduzir, ou mesmo
anular, esse fenômeno, um filtro colorido é incorporado entre cada camada de emulsão
fotográfica e a base do filme radiográfico. Esse filtro, também denominado camada anti-halo, é
eliminado no processamento do filme radiográfico (revelação). Os filmes radiográficos com
apenas uma camada de emulsão fotográfica, possuem na sua parte posterior uma camada não
refletora. Aderida à superfície da emulsão fotográfica encontramos a camada de proteção do
filme radiográfico.

Revestimento:

Camada protetora para diminuir a danos na superfície do filme, composta de gelatina


transparente muito fina, cuja função é de proteger a emulsão fotográfica. Os filmes
radiográficos podem ser classificados em função da sua sensibilidade ao espectro de luz, os
que possuem uma sensibilidade espectral muito limitada são os não cromatizados, onde está
limitação é da faixa que vai do ultravioleta ao azul, sendo a sensibilidade máxima no azul. O
cromatizados (ortocromático ou pancromáticos) apresenta sensibilidade espectral na faixa do
verde-amarelo (ortocromático) ao infravermelho (pancromático). Está faixa de sensibilidade
espectral é estendido ás radiações de maior comprimento de onda (do verde ao infravermelho)
por meio de adição de corantes de cor azulada fixados sobre os cristais da emulsão
(adsorção), que agem como captadores que absorvem a energia luminosa emitida pelos écras
reforçadores, transmitindo-a ao cristal que recobrem. Dependendo da taxa de absorção de luz
no filme radiográfico, ocorrerá um grau de enegrecimento que é a Densidade óptica (Do), e
esse grau de enegrecimento depende das camadas de emulsões fotográfica presente do filme.
Uma radiografia bem feita deve apresentar densidades ópticas entre 0,4 e 2,0. Um filme
radiográfico não exposto (virgem) e processado (revelado) possui uma densidade óptica
ligeiramente superior a zero, que corresponde ao Véu de base do filme. Esse véu de base
ocorre em função do tipo de emulsão, da base e das condições do processamento do filme
radiográfico, e deve possuir uma densidade óptica inferior a 0,15. O enegrecimento do filme
radiográfico depende também da taxa de exposição em função da natureza da fonte
sensibilizadora da emulsão fotográfica (raios X ou energia luminosa). Nos filmes radiográficos
exposto diretamente aos raios X, sem o uso de écrans, fica sinalizado que o feixe de radiação é
de pouca absorção, e a densidade óptica máxima que pode ser obtida depende apenas da
quantidade de prata contida na emulsão fotográfica, e esses filmes possuem camadas de
emulsão fotográfica mais espessa, com o objetivo de absorver uma maior quantidade de
radiação do feixe. Devido à sensibilidade do filme radiográfico não exposto (virgem), a fatores
físicos, químicos e biológicos, o filme carece de alguns cuidados que deve ser observada na
armazenagem, de suas caixas onde estão fechadas e que devem ser estarem na vertical, em
um local impermeável (blindado) á radiação, a umidade relativa do ar do local de
armazenamento deve estar entre 30 a 50%; a temperatura do local de armazenamento não
deve sofrer variações bruscas e deve estar entre 10 e 21°C; as caixas não podem ter contato
com nenhum tipo de líquido como exemplo, água ou substancia químicas.

AULA 4) QUÍMICA RADIOLÓGICA:


Filme Radiográfico II
Filmes Radiográficos:
Também chamados de películas radiográficas, se dividem em 2 tipos:
- Filme comum: Emulsão dos 2 lados;
- Filme especial: Emulsão de um só lado
(Filmes para mamografia, tomografia e ressonância)

Composição do Filme Radiográfico:


- Gelatina (protege o filme, criando uma capa externa)
- Emulsão (gelatina + cristais de sais de prata)
- Substrato (região de maior concentração de sais de prata)
- Poliéster (material de composição do filme)

- Os filmes de raios X são basicamente iguais a um filme fotográfico coberto por uma emulsão
de componentes de prata, que sofre decomposição química quando exposto à radiação. Após
sofrer tratamento com revelador e fixador (substâncias específicas), ocorre o enegrecimento do
filme.

Filmes para raios X:

- cobertos por emulsão dos 2 lados.


- consequência = maior rapidez na exposição, maior contraste e menor tempo de
processamento.

Sensibilização química:
- tratamento dos cristais pela interação de substâncias especiais que aderem à superfície dos
mesmos, durante a revelação do filme.

Filmes virgens:

- devem ser armazenados abaixo de uma temperatura de 10ºC a 20ºC e a umidade relativa do
ar deve oscilar entre 30% e 50%. As caixas não devem ser empilhadas, sob o risco de danificar
a estrutura do filme, podendo gerar eletricidade estática (Posição correta de armazenamento
dos filmes = vertical).

- Tamanhos dos filmes = os tamanhos variam entre:

* 13/18
* 18/24
* 24/30
* 30/40
* 35/35
*35/43
*chapão

Verbetes sobre os Filmes Radiográficos:

- Densidade Óptica = grau de enegrecimento do filme.


(falta ou excesso de densidade que prejudica o contraste)
- Sensibilidade = relação entre a resistência do filme e o tempo de exposição à radiação.
(quanto mais sensível o filme, menor o tempo de exposição à radiação)
- Tempo de Exposição = Fator radiológico expresso em segundos.
- Véu de Base = densidade óptica onde é aderida a emulsão do filme onde há pouca
transparência.
- Fog = densidade produzida em áreas não expostas.
- Imagem latente = imagem ainda não revelada.
- Imagem real = imagem que já foi revelada.
- Velocidade = tempo de sensibilização do filme pela radiação.
- Contraste = diferença entre 2 densidades da radiografia.
- Definição = Nitidez da imagem concernente aos seus contornos.
- Tamanho do grão = define a qualidade da imagem radiológica.

Premissas:

* Quanto menor o grão de prata decomposto, maior e melhor a definição da imagem.


* A velocidade é diretamente proporcional ao tamanho do grão.
* O contraste e a definição são inversamente proporcionais ao tamanho do grão.
* O enegrecimento do filme é diretamente proporcional à quantidade de grãos sensibilizados.
* Quanto maior a quantidade de radiação absorvida pela emulsão radiográfica, maior o grau de
enegrecimento do filme.

Cuidados Necessários na Manipulação do Filme Radiográfico:

*Inadequada manipulação do filme


= alteração ou deterioração do produto.
*Um aumento significativo do Fog
= escurecimento por acúmulo de prata em áreas do filme com incidência de luz

AULA 5) QUÍMICA RADIOLÓGICA:


Estudo Dirigido I
Estudo Dirigido:
-
01) Conceitue câmara clara.
02) Conceitue câmara escura.
03) Como se divide a câmara escura ?
04) Quais os tipos de revelação e os respectivos processos ?
05) Quais os elementos que compõem as partes da câmara escura ?
06) O que são colgaduras ?
07) Quais os aparelhos essenciais que compõem a câmara escura ?
08) O que é película ?
09) Como podem ser os acessos à câmara escura ?
10) Como deve ser a temperatura na câmara escura ?
11) Como deve ser a iluminação na câmara escura ?
12) O que são chassis ?
13) Quais as características principais dos chassis ?
14) Como deverão ser limpos os chassis ?
15) Quais os tipos de chassis existentes ?
16) Quais os tipos de écrans existentes ?
17) Como é composto o écran de terras raras ?
18) Cite as vantagens do écran de terras raras ?
19) Quais as características dos écrans convencional e terras raras ?
20) No que consiste o écran fluoroscópico ?
21) Qual a durabilidade dos chassis e écran ?
22) Como se faz a limpeza do écran ?
23) Qual a diferença entre imagem real e latente ?
24) No que consiste a emulsão ?
25) Qual a função dos écrans ?
26) No que consiste a luminescência ?
27) No que consiste a fosforescência ?
28) Quais os tipos de écrans existentes ?
29) Quais os tipos de filmes existentes ?
30) Qual a composição do filme radiográfico ?
31) Qual a vantagem que o filme comum oferece num exame ?
32) O que é sensibilização química ?
33) Como devemos fazer para cuidar dos filmes virgens ?
34) Quais os tamanhos de filme existentes ?
35) Conceitue:
* densidade óptica;
* véu de base;
* tamanho do grão;
* fog.
36) Qual a relação entre a sensibilidade do filme e o seu tempo de exposição à radiação ?
37) Qual a relação entre o tamanho do grão de prata e a definição e o contraste da imagem ?
38) Qual a relação entre a quantidade de grãos sensibilizados e o enegrecimento do filme ?
39) Qual a relação da quantidade de radiação absorvida pela emulsão e o enegrecimento do
filme ?
40) Quais os cuidados necessários na manipulação do filme radiográfico ?
=====

Respostas:

01) A câmara clara é parte da sala de exames onde transitam os técnicos, os pacientes,
médicos, onde ficam os laudos, a recepção...Enfim: Consiste no espaço físico onde não ocorre
a revelação do filme radiográfico.
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02) A câmara escura é parte da sala de exames onde encontramos higroscópio, negatoscópio,
luz de segurança, tanque de revelação...Enfim: Consiste no espaço físico onde ocorre a
revelação do filme radiográfico.
-----
03) A câmara escura se divide em parte seca e parte úmida. Na parte seca, encontram-se
filmes virgens, colgaduras, chassis e etc.; Na parte úmida, encontram-se tanques de revelação,
luz de segurança, torneira e etc.
-----
04) A revelação pode ser:
*manual (revelação/lavagem/fixação/lavagem)
*automática (revelação/fixação/lavagem/secagem)
-----
05) Os elementos que compõem a câmara escura são:
-
* na parte úmida:
- tanques de revelação;
- fixação;
- lavagem;
- luz de segurança;
- torneira.
-
* na parte seca:
- filmes virgens;
- colgaduras;
- chassis.
-----
06) São suportes de aço inoxidável com a função de prender as películas radiográficas para a
revelação manual.
-----
07) Os aparelhos são:
- negatoscópio = para leituras de radiografias com imagens reais;
- higroscópio = para leituras da umidade relativa do ar (que não deve ultrapassar 50%);
- relógio alarme = para alarmar o tempo selecionado de revelação em tempos.
-----
08) A Película possui uma capa protetora gelatinosa para evitar que os filmes colem uns nos
outros. A eletricidade estática é um dos elementos que fazem com que as películas sejam
aderentes.
-----
09) Os acessos se apresentam em 4 sistemas:
-
* - Sistema de Porta Única:
Sistema onde só há uma porta separando a câmara escura do ambiente claro; É um sistema
"menos seguro", mas muito utilizado em "atendimentos ambulatoriais". Exemplo: Clínicas de
Diagnóstico

- Sistema de Porta Labirinto:


Sistema de porta em que há a formação de um labirinto para se chegar à câmara escura;
pouquíssimo usado, porém bastante seguro, tendo pouco espaço para transitar.

- Sistema de Porta Giratória:


Sistema de porta em que há várias portas fixadas por um eixo central, onde havia um sistema
de travamento da porta para segurança da revelação da película. Um sistema muito antigo.

- Sistema de Porta Paralela:


Sistema de porta onde existe um bloqueio entre elas, ou seja, é necessários que se abram
duas portas para se chegar à câmara escura (neste caso, a câmara clara fica dentro da câmara
escura).
As entradas têm essa variação porque os filmes são muito sensíveis e muitas alternativas de
se preservar as películas são feitas, no sentido de preservá-los.
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10) A temperatura ideal de uma câmara escura deve ser em torno de 18ºC a 24 ºC, pois esta
temperatura conserva melhor os filmes não revelados e facilita todo o processamento das
radiografias.
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11) A Câmara escura deve ter uma luz branca e uma luz de segurança. A luz branca deve
existir para a realização de todo o procedimento de limpeza dos tanques, preparação de
produtos químicos. Já a luz de segurança se faz necessária para todo o procedimento de
revelação. Seja qual for a luz de segurança, é necessário colocar um filtro para se obter a cor
adequada no ambiente. Os filtros devem ter uma cor âmbar verde amarelado, verde ou
vermelho.
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12) São caixas com a função de receber o filme virgem dentro da câmara escura. É dentro dele
que o filme é exposto aos raios X e dele é retirado para a revelação.
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13) As características principais são:
- Parte anterior: Esta face é de alumínio radiotransparente, por onde penetram os raios X.
- Parte posterior: Esta face é revestida de lâmina de chumbo, que é a base antidifusora de raios
X, ou seja, onde os raios X são paralisados em torno da proporção de 95%.
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14) Os chassis deverão ser limpos diariamente e, de preferência, sempre que utilizados nos
pacientes. Esta limpeza pode ser feita com álcool 70% e gaze.
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15) - Os modelos de chassi variam entre esses:
* Plástico;
* Polietileno;
* Alumínio.
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16) Os écrans podem ser de:
- tungstato de cálcio era empregado em écran radiológico com com eficiência 3 a 5% de
conversão de raios X a luz.
- terras raras foram desenvolvidos materiais de fósforo = elementos químicos naturais raros
(gandolínio, lantânio, ítrio).
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17) O écran de terras raras é composto de:
* Oxisulfeto de Gadolinium térbio ativado (Gd) = Gadolínio;
* Oxisulfeto de Lanthanum térbio ativado (La) = Lantânio;
* Oxisulfeto de Yttrium térbio ativado (Y) = Ítrio;
* Oxibrometo de Lanthanum.
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18) O écran de terras raras tem a vantagem sobre o écran de tungstato de cálcio na questão da
velocidade e resolução da imagem. Adicionado a isso, dobra-se a vida útil da ampola.
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19) As caracterísitcas do écran convencional:
Écran de tungstato de cálcio = luminosidade azul.
As características do écran de elementos químicos raros:
Écran de terras raras = luminosidade verde-amarelada.
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20) écran fluoroscópico: formado por microcristais de sal de tungstato de cálcio ou de terras
raras = gadolínio (funciona como agente emissor de luz que são aplicados em base de cartão
coberto com uma resina de proteção sob uma camada com uma propriedade refletora a fim de
emitir luz do écran no filme).
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21) Essa grandeza varia nas seguintes proporções:
Durabilidade do écran = 10 anos em média.
Durabilidade recomendável para uso do écran = 2 anos em média.
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22) A lavagem deve ser feita com algodão, água e sabão de côco.
- Uso de algodão não encharcado é recomendado para que a água não escorra em direção ao
feltro do chassi.
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23) A imagem real é aquela que já passou pelo processo de revelação. A imagem latente ainda
não foi revelada.
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24) Emulsão= constitui-se de substâncias sensíveis à luz em suspensão em gelatina. Entre as
substâncias sensíveis à luz, os "HALOGENETOS DE PRATA" são mais usados, porque
possuem as melhores qualidades para deixar impressionar pela luz.
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25) os ÉCRANS convertem os raios X em luz visível, que permitem reduzir a dose ao paciente,
bem como, o tempo de exposição, minimizando o movimento do paciente.
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26) É definida como a habilidade de uma substância em absorver radiação de comprimento de
onda curta e convertê-la em radiação de comprimento de onda mais larga no espectro visível.
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27) É definida como a emissão de luz contínua, depois de se remover a radiação excitante.
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28) Os écrans podem ser de:
- tungstato de cálcio, que era empregado em écran radiológico com com eficiência 3 a 5% de
conversão de raios X a luz.
- terras raras, que foram desenvolvidos materiais de fósforo = elementos químicos naturais
raros (gandolínio, lantânio, ítrio).
São freqüentemente divididos em três categorias dependendo de sua velocidade:
*Lentos: de detalhe, de alta resolução, de ultra detalhe, standard;
*Médios: universais, velocidade média, gerais, promédio, velocidade par;
*Rápidos: rápidos, alta velocidade, muito rápidas.
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29) Também chamados de películas radiográficas, se dividem em 2 tipos:
- Filme comum: Emulsão dos 2 lados;
- Filme especial: Emulsão de um só lado (Filmes para mamografia, tomografia e ressonância).
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30) O filme é composto de:
- Gelatina (protege o filme, criando uma capa externa)
- Emulsão (gelatina + cristais de sais de prata)
- Substrato (região de maior concentração de sais de prata)
- Poliéster (material de composição do filme)
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31) O filme comum maior rapidez na exposição, maior contraste e menor tempo de
processamento.
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32) Sensibilização química = tratamento dos cristais pela interação de substâncias especiais
que aderem à superfície dos mesmos, durante a revelação do filme.
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33) Os filmes virgens devem ser armazenados abaixo de uma temperatura de 10ºC a 20ºC e a
umidade relativa do ar deve oscilar entre 30% e 50%. As caixas não devem ser empilhadas,
sob o risco de danificar a estrutura do filme, podendo gerar eletricidade estática (Posição
correta de armazenamento dos filmes = vertical).
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34) os tamanhos variam entre:
* 13/18
* 18/24
* 24/30
* 30/40
* 35/35
* 35/43
*chapão
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35) Os conceitos pedidos são:
-Densidade Óptica = grau de enegrecimento do filme.
(falta ou excesso de densidade que prejudica o contraste)
-Véu de Base = densidade óptica onde é aderida
a emulsão do filme onde há pouca transparência.
-Tamanho do grão = define a qualidade da imagem radiológica.
- Fog = densidade produzida em áreas não expostas.
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36) Quanto mais sensível o filme, menor o tempo de exposição à radiação.
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37) Quanto menor o grão de prata decomposto, maior e melhor a definição da imagem.
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38) O enegrecimento do filme é diretamente proporcional à quantidade de grãos sensibilizados.
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39) Quanto maior a quantidade de radiação absorvida pela emulsão radiográfica, maior o grau
de enegrecimento do filme.
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40) Alguns problemas surgem quando há:
*Inadequada manipulação do filme
= alteração ou deterioração do produto.
*Um aumento significativo do Fog
= escurecimento por acúmulo de prata em áreas do filme com incidência de luz.
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-
QUESTÕES SUGERIDAS PARA
A PROVA DE CÂMARA CLARA E ESCURA:
1- Quais os sistemas de entrada existentes para a câmara escura?
2- Qual a diferença entre imagem latente e imagem real?
3- Qual aparelho mede a umidade relativa do ar dentro da câmara escura?
4- Quais os elementos que compõe o filme radiográfico?
5- Como se divide a câmara escura?
6- Qual a localização ideal para a câmara escura?
7- Como é feita corretamente a limpeza do chassis?
8- Quais os itens necessários para montagem de uma câmara escura?
9- Quais os tipos de terras raras encontrados na natureza?
10- Existem dois tipos de écrans: os de terras raras e os de tungstato de cálcio. Como
identificar cada um deles?
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Respostas:
1- São eles:
sistema de porta única,
sistema de labirinto,
sistema de porta giratória e
sistema de porta paralela.
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2- A diferença está em:
Imagem real = imagem revelada
Imagem latente = imagem não revelada.
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3- Medidor da umidade relativa do ar
dentro da câmara escura = hidroscópio.
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4- Elementos que compõem o filme:
gelatina
emulsão
substrato
poliéster.
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5- A câmara escura se divide em:
parte seca
parte úmida.
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6- A localização ideal para câmara escura
é no centro de todas as salas para melhor acesso.
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7- Esta limpeza pode ser feita com álcool 70% e gaze.
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8- Negatoscópio, hidroscópio, relógio de alarme,
tanque de revelação,luz branca, luz de segurança, filmes virgens...
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9- Os écrans podem ser de:
* tungstato de cálcio;
* terras raras.
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10) Eles podem ser diferenciados pela coloração:
Écran de tungstato de cálcio = luminosidade azul.
Écran de terras raras = luminosidade verde-amarelada.

AULA 6) QUÍMICA RADIOLÓGICA:


Revelação do Filme Radiográfico
Revelação do Filme Radiográfico

É a reação química que transforma a imagem latente em uma imagem real, reduzindo os
halogenetos de prata afetados pela luz, que são transformados em prata negra metálica. A
revelação é uma combinação de substâncias químicas.

Fases do Grau de Revelação

Diluição:

Atividade da solução reveladora que diminuirá se a diluição for efetuada em quantidade


superior à recomendada pelo fabricante.

Temperatura:

Quanto mais baixa for a temperatura, mais lentamente atuarão as substâncias reveladoras. Por
outro lado, temperaturas superiores em 28ºC para processamento manual e 37ºC para
processamento automático amolecem acentuadamente a gelatina da película. Desta forma, a
temperatura ideal para:
-
processamento manual = 28ºC
processamento automático = 37ºC

Tempo:

É inútil prolongar a revelação além do ponto para melhorar o contraste.


Tempo ideal: 90 a 102 seg. (2 a 3 min.)

Agitação:

A gelatina é algo semelhante a uma esponja que se embebe do agente revelador contido na
solução se não agitar o filme os agentes reveladores esgotam-se rapidamente.
O filme deve ser colocado no processador longitudinal economizar produto químico.
-
76 litros = volume universal
20 litros: A
2 litros: B
2 litros: C
de revelador em 52,800 litros de água.

Lavagem dos tanques de revelação e fixação:


a cada 30 dias ou 1200 filmes.

Cuidados:

ingestão ou contato com os olhos;

contato com a pele (lavar abundantemente).

Exercício de Fixação:

1) Defina Revelação:

É uma reação química que transforma imagem latente em imagem real.

2) O que pode interferir na revelação de um filme ?

Diluição, temperatura, tempo e agitação.

3) Qual a temperatura ideal para a revelação automática ?

A temperatura ideal é 37ºC.

4) Qual a temperatura ideal para o processamento manual ?

A temperatura ideal é 28ºC.

5) Defina Gelatina:

É uma capa protetora da película radiográfica.

6) Que tempo de revelação dos filmes das processadoras automática ?

O tempo ideal é de 90 a 102 seg. (2 a 3 min).

AULA 7) QUÍMICA RADIOLÓGICA:


Processadoras Automáticas de
Filmes Radiográficos
Aqui, pode-se visualizar todas as máquinas e equipamentos
utilizados na realização do trabalho do técnico em radiologia:

http://www.delgrandi.com.br/br/buscador.asp?modo=categoria&id_categoria=2

- Quando se retira da solução o filme que contém uma imagem de prata metálica negra, os
grãos de halogenetos de prata que, tendo recebido ondas magnéticas insuficientes, ainda se
conservam e dão à imagem um aspecto leitoso de revelador ativo, que continua absorvido pela
gelatina. Portanto, é necessário interromper o processo de revelação porque permite o controle
do tempo de revelação.

- A fixação é uma ação que transforma a imagem revelada em imagem permanente,


transformando 0 halogeneto de prata que se mantém na emulsão em sais de prata.
- Existem várias máquinas para processamento de filmes radiográficos. O processamento de
uma maneira geral é feita com variações de tempo com variações também na temperatura,
compondo 3 tanques e um secador, um motor condutor com um conjunto de racks termostatos
de controle de temperatura e de circulação de movimento de fluxo de processamento.

- Na parte de dentro da câmara escura, encontra-se a gaveta onde são colocados os filmes
para o início do processamento. Os mesmos são impulsionados pelos roletes dos racks
colocados nos tanques que transportam os filmes em tempos controlados automaticamente na
revelação-fixação-lavagem-secagem, demorando em média cerca de 90 a 102 segundos, ou
seja, 2 a 3 minutos.

- Os tanques são colocados em ordem crescente; primeiro o revelador com temperatura entre
28ºC e 38ºC, dependendo do tempo, com circulação constante regeneração, de acordo com o
tamanho dos filmes que estão sendo processados. O filme deve ser colocado longitudinalmente
a fim de ser totalmente processado. A preparação dos químicos é um volume universal de 76
litros após diluição apresentando:
-
para o revelador:
* 20 litros da parte A;
* 2 litros da parte B;
* 2 litros da parte C
* diluindo-se em 52 litros de água.

Já para o fixador:
*20 litros da parte A;
* 3.2 litros da parte B;
* diluindo-se em 52.800 litros de água.

- Quando há necessidade de preparação em escala menor, deve-se manter a proporção entre


as quantidades. Ex.: Tanque de reserva de 38 litros, usar 50% dos componentes

AULA 8) QUÍMICA RADIOLÓGICA:


Cuidados e Componentes
A Conservação e Limpeza das Processadoras:

- A conservação da processadora deve obedecer uma rigorosa e sistemática limpeza dos racks
e dos tanques. Diariamente, após terminado o trabalho, a tampa deve permanecer aberta até o
dia seguinte no início do trabalho. Os racks devem ser lavados com água comum a cada 30
dias ou 1200 filmes processados. A lavagem deve ser completa, usando-se detergente próprio
do limpador de sistemas. Coloca-se o produto diluído em 1/10 nos tanques de revelação e 1/20
nos tanques de fixação, previamente esvaziados, deixando-se, em seguida, enxaguar os
roletes e os tanques, fazendo circular água em todo o sistema de circulação do revelador.
---
- Após o preparo dos banhos do revelador e do fixador nos tanques internos e nas quantidades
originais dos mesmos, todos os tanques possuem uma divisória que determina o limite de
imersão. Após recolocar os racks e os demais componentes, liga-se a processadora até atingir
a temperatura ideal, passando-se alguns filmes para limpeza dos racks enxaguados de
químicos.
---
- Os tanques reservas para fluxos são normalmente de 100 e de 50 litros, para preparar 76 e
38 litros respectivamente, para a revelação de novos filmes.
---

A Troca de Soluções das Processadoras:


- Esta troca de soluções depende da quantidade de filmes que são processados diariamente.
Recomenda-se que as soluções sejam renovadas a cada um ou dois meses. Contudo, este
tempo pode variar para mais ou para menos, dependendo da forma de uso e da quantidade de
filmes revelados.
-----

Cuidados do Técnico de Radiologia:

- Evitar ingestão, inalação ou contato da solução com os olhos (em caso de acidentes,
consultar imediatamente o médico);
- Em caso de contato com a pele ou com as roupas, lavar imediatamente com água em
abundância;
- Conservar o produto químico fora do alcance de qualquer pessoa, especialmente das
crianças.
-----

Importante:

- As partes A, B, C são soluções concentradas. Em épocas de frio, pode ocorrer precipitação


em forma de cristal. Neste caso, após retirar a parte líquida do frasco, a parte sólida deve ser
adicionada a um pouco de água morna a fim de dissolvê-la e, em seguida, destinar a solução
obtida para o uso. É bom ressaltar que estas soluções são preparadas em tonéis destinados a
suprir a quantidade em litros desejados.
-----

Componentes do Revelador

- Metol: Redutor suave que dá nitidez = 3,5g/litro;


- Hidroquinona: Redutor responsável pelos contrastes fortes = 9g/litro;
- Sulfito de Sódio: Previne a oxidação dos redutores com função de conservar e estabilizar a
solução = 60g/litro;
- Carbonato de Sódio ou Potássio: Alcaliniza a solução e reforça o poder dos redutores,
controlando a velocidade da revelação e abrindo os poros da gelatina = 40g/litro;
- Brometo de Potássio: Evita o velamento pela hidroquinona, das partes transparentes; e age
como um retardador;
- Água pura ou destilada: Componente universal (solvente).
-----

Componentes do Fixador:

- Hipossulfito de Sódio: Dissolve a prata não precipitada, tornando transparentes as partes


irradiadas = 250g/ litro;
- Sulfito de Sódio: Conserva e estabiliza a solução = 30g/litro;
- Ácido acético glacial: Acidifica a solução, parando imediatamente a revelação 45g/litro;
- Alúmen de cromo ou de potássio: Substância empregada para endurecer a gelatina =
15g/litro;
- Água: Componente universal (solvente).
------

Processamento Radiográfico:

*Revelação = O revelador age sobre os cristais de emulsão fotográfica, depositando no filme,


grãos de prata metálica. As regiões da emulsão afetadas pela ação da radiação, quando
submetidas à ação do revelador, transformam-se em prata metálica, sendo proporcional à
radiação recebida pelo filme. Há, portanto, porções mais ou menos decompostas, formando a
imagem sombreada do objeto e eventuais descontinuidades. Dois fatores são de grande
importância na revelação: Tempo e Temperatura do revelador.
*Fixação = Dissolve os cristais de prata não afetados pela radiação original, impossibilitando
qualquer ação futura de luz ou radiação sobre o filme. O tempo de fixação é normalmente o
dobro do tempo de revelação para garantir a perfeita fixação do filme.
*Lavagem = Tem a finalidade de limpar bem o filme de depósitos restantes dos processos
anteriores que, sob a ação do tempo, ar e umidade, poderiam apresentar reações químicas e
prejudicar a qualidade da imagem formada.
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Exercícios:
01. No que consiste a revelação ?
02. Quais as condições que interferem no grau de revelação ?
03. Quais as quantidades de químicos para preparo do revelador e do fixador ?
04. Quais os cuidados que o técnico de radiologia deve ter no manuseio das soluções ?
05. Quais os componentes do revelador e do fixador?
06. Qual a função dos roletes dos racks ?
07. Quais os componentes comuns no revelador e no fixador ?
08. Qual a temperatura ideal para a revelação ?
09. Quais os dois fatores de grande importância na revelação ?
10. Como os racks devem ser lavados ?
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Respostas:
01. A revelação consiste na reação que transforma a imagem latente em imagem real,
reduzindo quimicamente os halogenetos de prata afetados pela luz, que são transformados em
prata negra metálica, por um processo de combinação de substâncias químicas.
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02. Diluição, temperatura, tempo, agitação.
---
03. Revelador: 20 litros de parte A, 2 litros de parte B, 2 litros de parte C, diluídos em 52 litros
de água. //Fixador: 20 litros de parte A, 3.2 litros de parte B, 2 litros de parte C, diluídos em
52.800 litros de água.
---
04. Evitar a ingestão ou contato da solução com os olhos (em caso de acidentes, consultar
imediatamente o médico).
- Em caso de contato com a pele ou vestuário lavar imediatamente com água abundante.
- Conservar em local fora do alcance de crianças.
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05. Componentes do revelador: metol, hidroquinona, sulfito de sódio, carbonato de sódio ou
potássio, brometo de potássio, água pura ou destilada; // Componentes do fixador: hipossulfito
de sódio, sulfito de sódio, ácido acético glacial, alúmen de cromo ou de potássio e água.
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06. Transportar os filmes em tempos controlados automaticamente na revelação, fixação,
lavagem e secagem.
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07. Sulfito de sódio e água.
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08. É de 28 graus Celsius (28ºC).
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09. Tempo e temperatura do revelador.
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10. Devem ser lavados com água comum a cada 30 dias ou 1.200 filmes processados.

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