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PROCEDIMENTOS PARA DEMOLIÇÃO ASSISTIDA

1- Introdução
A história da CONSTRUÇÃO começou no período em que as tribos primitivas
deixaram de ser nômades surgindo a necessidade de locais com abrigos
eficientes para se protegerem. Com o decorrer do tempo, as construções foram
ficando maiores e mais complexas devido ao grande crescimento populacional.
Assim, grandes obras surgiram a mais de quatro mil anos na Mesopotâmia, com
a construção de templos e canais de irrigação, e a construção da primeira ponte
de pedra sobre o rio Eufrates (HANSEN; ZENOBIA, 2011).

Para as construções antigas, quando necessário, se aplica a reabilitação, ou


seja, alterações que a fazem atender as exigências atuais para uso. Para os
casos em que parte da estrutura está em um elevado grau de deterioração existe
a possibilidade da reconstrução, para isso é necessário a demolição parcial
(GUERREIRO, 2010).

Quando não é possível a aplicação de reabilitação e reconstrução, chegando ao


fim da vida útil da construção, se aplica a DEMOLIÇÃO (THOMSEN;
SCHULTMANN; KOHLER, 2011).

O termo demolição é definido como “pôr abaixo” por completa ou parcialmente


uma estrutura ou elemento construído, sendo definida, por condenação
estrutural, por um responsável técnico, onde não hà possibilidade de
reabilitação. Atualmente, no Brasil NÃO SE TEM UMA NORMA VIGENTE sobre
o assunto, pois no ano de 2008 foi cancelada a NBR 5682/1977, tendo como
motivo para o cancelamento, a falta de utilização desta no setor da construção
civil. Assim, quando necessário a aplicação de demolição deve-se se basear em
legislações nacionais/internacionais para a execução.

Segundo Mascarenhas (2008) apud Sá (2015), verifica-se que a demolição é


crucial perante as necessidades crescentes de remodelação ou substituição de
uma edificação existente condenada para ampliações ou reabilitações urbanas.

As atividades de demolição, em muitos casos, são vistas como atividades sem


necessidades técnicas e sem dificuldade, onde apenas é necessária uma
máquina de grande porte para pôr a baixo um edifício ou parte dele. Porém, a
Lei 102/2009 Cap. 5
IV- Art. 79º, considera a demolição como uma atividade de risco elevado,
devendo ser executada por entidades competentes e experientes para que se
garantam os parâmetros de segurança desejados e o resultado final pretendido.

Além disso, a demolição está se tornando um processo complexo com uma


legislação mais exigente, principalmente para o reuso e descarte do material
proveniente da demolição. Assim, os custos para o processo foram crescendo,
criando dificuldade para assim formar também a documentação necessária para
a execução do processo (BRYDON,1991).

Em alguns casos, a demolição tem uma imagem negativa quando se necessita


derrubar patrimônios históricos, sendo questionada juntamente com legislações,
pressões comerciais e ambientais como método não sustentável. A realidade é
que a mesma acompanha o ser humano desde a sua origem, através da
necessidade de extrair elementos naturais como rochas e árvores para a
ampliação de habitações e centros urbanos (SANTOS, 2013).

De acordo com Torgal e Jalali (2010), a indústria da construção constitui um dos


maiores setores em todo planeta. E está sofrendo uma grande evolução, por
isso, necessitando de uma crescente extração de recursos naturais. Para reduzir
o impacto ambiental gerado pela contínua recolha de novas matérias primas, se
faz necessária a criação de procedimentos para a gestão de resíduos.

Com o avanço tecnológico, os resíduos gerados na demolição estão sendo


utilizados para construções de novas edificações, como por exemplo, agregados
miúdos. Assim, o planejamento é necessário antes de se iniciar a demolição,
sendo conhecida como desconstrução, utilizando como principal conceito a
reutilização dos resíduos. Os resíduos que não podem ser reutilizados devem
ser descartados de forma correta, pois muitas vezes são apenas descartados
nos aterros sanitários (COUTO et al, 2006).

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