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Módulo 5

Sustentabilidade
no Poder Judiciário

Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Presidente: Ministro José Antonio Dias Toffoli


Corregedor Nacional de Justiça: Ministro Humberto Eustáquio Soares Martins
Conselheiros: Ministro Aloysio Corrêa da Veiga
Maria Iracema Martins do Vale
Márcio Schiefler Fontes
Daldice Maria Santana de Almeida
Fernando César Baptista de Mattos
Valtércio Ronaldo de Oliveira
Francisco Luciano de Azevedo Frota
Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva
Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior
André Luis Guimarães Godinho
Valdetário Andrade Monteiro
Maria Tereza Uille Gomes
Henrique de Almeida Ávila

Secretário-Geral: Carlos Vieira von Adamek

Secretário Especial de Programas,


Pesquisas e Gestão Estratégica: Richard Pae Kim

Diretor-Geral: Johaness Eck

Organização: Secretaria Especial de Programas,


Pesquisas e Gestão Estratégica e
Departamento de Gestão Estratégica

Arte e diagramação: Secretaria de Comunicação Social

2019
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
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Sustentabilidade
no Poder Judiciário

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Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
Módulo 4
Indicadores do Sistema de Estatística do Poder Judiciário

Conteúdos desta aula:


Objetivos...........................................................................................................................................1

PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL......................................................................................................1

Responsabilidade do Poder Público..................................................................................................1

Sobre a Resolução CNJ n. 201/2015...................................................................................................2

Comissões Gestoras.......................................................................................................................................................3

Unidades Socioambientais..........................................................................................................................................3

Planos de Logística Sustentável (PLS)......................................................................................................................3

Sistema PLS-Jud..............................................................................................................................................................4

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Objetivos
Neste vamos conhecer a visão do CNJ sobre o tema sustentabilidade, que foi organizada e
apresentada na Resolução CNJ n. 201/2015. Este normativo dispõe sobre a criação e definição das
competências das unidades socioambientais nos órgãos e conselhos do Poder Judiciário e da im-
plantação do Plano de Logística Sustentável (PLS).

Ao final desta unidade, espera-se que você seja capaz de:

• •dentificar as partes envolvidas na implantação e gestão da sustentabilidade no Poder


Judiciário;

• Reconhecer a importância do seu engajamento na disseminação das práticas adotadas


no seu órgão;

• Descrever os principais conceitos contidos na Resolução 201/2015;

• Conhecer a importância do Plano de Logística Sustentável.

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Plano de Logística Sustentável

A responsabilidade do Poder Público na defesa e preservação de um meio ambiente equilibrado


e saudável ao alcance de todos foi instituída pela Carta Magna, em seu artigo 225. Nesse sentido,
cabe, entre outras ações protetivas, o dever de planejar, ordenar e atuar em projetos de manejos,
educação ambiental, equilíbrio da relação entre produção e consumo, para que os bens ambientais
sejam sustentáveis e não pereçam para as gerações futuras..

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Responsabilidade
do Poder Público
Segundo dados divulgados em julho de 2018 pelo Instituto Akatau, a demanda da humanidade
por recursos da natureza, até o final desse ano, terá ultrapassado em 70% a capacidade de regene-
ração do planeta em um ano, ou seja, a humanidade terá consumido o equivalente a 1,7 planetas
Terra. As consequências desse uso descontrolado já são percebidas: aquecimento global, buraco na
camada de ozônio, escassez de água, mudanças climáticas etc.

Diante desse cenário nada promissor, a mudança de hábitos em casa ou no trabalho é inevi-
tável para garantir a sustentabilidade da vida no planeta. O consumo consciente e a produção
sustentável devem ser uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária.

A responsabilidade do Poder Público na defesa e preservação de um meio ambiente equilibrado


e saudável ao alcance de todos foi instituída pela Carta Magna, em seu artigo 225:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. ”

Nesse sentido, cabe, entre outras ações protetivas, o dever de planejar, ordenar e atuar em pro-
jetos de manejos, educação ambiental, equilíbrio da relação entre produção e consumo, para que
os bens ambientais sejam sustentáveis e não pereçam para as gerações futuras.

O Conselho Nacional de Justiça desde 2007 vem desenvolvendo iniciativas para a promoção de
responsabilidade social e ambiental no âmbito do Poder Judiciário, tendo como marco mais impor-
tante destas iniciativas a edição da Resolução CNJ n. 201, de 3 de março de 2015.

A instituição da referida Resolução foi um avanço no processo de amadurecimento do Poder


Judiciário Nacional na tratativa do tema socioambiental, determinando que os órgãos e conselhos
do Poder Judiciário, listados nos incisos I-A a VII do art. 2 da Constituição Federal de 1988, criem
unidades socioambientais, estabeleçam suas competências, implantem os seus Planos de Logís-
tica Sustentável (PLS) e adotem modelos de gestão organizacional e de processos estruturados na
promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social.

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No intuito de subsidiar a execução dessas determinações, a resolução traz orientações sobre as


competências das unidades, a estrutura do PLS, sobre o monitoramento por meio dos relatórios, os
temas, os indicadores, e demais tópicos pertinentes (Acesse a resolução aqui)

Destacamos que um dos valores da Estratégia Nacional do Poder Judiciário (2015-2020) previsto
na Resolução CNJ n. 198, de 1º de julho de 2014, refere-se à prática da responsabilidade socioam-
biental. A Estratégia Nacional também estabeleceu como um dos Macrodesafios para o Poder Ju-
diciário a Garantia dos Direitos de Cidadania, observando-se, para tanto, práticas socioambientais
sustentáveis e o uso de tecnologia limpa.

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Sobre a Resolução
CNJ n. 201/2015
Como visto nos itens anteriores, é a Resolução CNJ n. 201/2015 que traz as orientações para o
Poder Judiciário de como deve ser montada a estrutura de cada órgão, como deve ser elaborado
o Plano de Logística Sustentável - incluindo os indicadores mínimos que devem constar no referi-
do plano-, quais são os relatórios mínimos necessários para análise do desempenho dos planos,
apresenta sugestões de ações, define como o CNJ coletará os dados, via sistema PLS-JUD e orienta
sobre demais providências.

Nos tópicos seguintes serão apresentados os pontos principais tratados no normativo.

Comissões Gestoras
Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário devem constituir comissão gestora do PLS compos-
ta por no mínimo 5 (cinco) servidores, designados pela alta administração, dentre os quais deve
constar, obrigatoriamente, um servidor da unidade ou núcleo socioambiental, um da unidade de
planejamento estratégico e um da área de compras ou aquisições.

A atribuição da Comissão Gestora é elaborar, monitorar, avaliar e revisar o PLS-PJ do seu órgão.
Também avalia semestralmente e/ou anualmente os resultados alcançados na execução do PLS.

Unidades Socioambientais
As unidades ou núcleos socioambientais têm caráter permanente para o planejamento, im-
plementação, monitoramento de metas anuais e avaliação de indicadores de desempenho para
o cumprimento da Resolução, e devem, preferencialmente, ser subordinados à alta administração
dos órgãos tendo em vista as suas atribuições estratégicas e as mudanças de paradigma que suas
ações compreendem.

As referidas unidades têm também a responsabilidade de estimular a reflexão e a mudança

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dos padrões de compra, consumo e gestão documental dos órgãos do Poder Judiciário, bem como
do corpo funcional e força de trabalho auxiliar de cada instituição.

Fomentam ações que estimulem:

• o aperfeiçoamento contínuo da qualidade do gasto público;

• o uso sustentável de recursos naturais e bens públicos;

• a redução do impacto negativo das atividades do órgão no meio ambiente com a ade-
quada gestão dos resíduos gerados;

• a promoção das contratações sustentáveis;

• a gestão sustentável de documentos, em conjunto com a unidade responsável;

• a sensibilização e capacitação do corpo funcional, força de trabalho auxiliar e de outras


partes interessadas;

• e a qualidade de vida no ambiente de trabalho, em conjunto com a unidade responsável.

Em interatividade com as áreas envolvidas direta ou indiretamente com as contratações, devem


fomentar a inclusão de práticas de sustentabilidade, racionalização e consumo consciente.

Planos de Logística Sustentável (PLS)


O PLS é instrumento vinculado ao planejamento estratégico do Poder Judiciário, aprovado pela
alta administração do órgão e formalizado em processo administrativo, com objetivos e responsa-
bilidades definidas, ações, metas, prazos de execução, mecanismos de monitoramento e avaliação
de resultados, que permite estabelecer e acompanhar práticas de sustentabilidade, racionalização
e qualidade que objetivem uma melhor eficiência do gasto público e da gestão dos processos de
trabalho, considerando a visão sistêmica do órgão.

As práticas de sustentabilidade, racionalização e consumo consciente de materiais e serviços


devem abranger, no mínimo, os seguintes temas:

• Uso eficiente de insumos e materiais considerando, inclusive, a implantação do PJe e a


informatização dos processos e procedimentos administrativos;

• Energia elétrica;

• Água e esgoto;

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• Gestão de resíduos;

• Qualidade de vida no ambiente de trabalho;

• Sensibilização e capacitação contínua do corpo funcional, força de trabalho auxiliar e,


quando for o caso, de outras partes interessadas;

• Contratações sustentáveis, compreendendo, pelo menos, obras, equipamentos, combus-


tível, serviços de vigilância, de limpeza, de telefonia, de processamento de dados, de
apoio administrativo e de manutenção predial;

• Deslocamento de pessoal, bens e materiais considerando todos os meios de transporte,


com foco na redução de gastos e de emissões de substâncias poluentes.

O PLS-PJ poderá ser subdividido, a critério de cada órgão, em razão da complexidade de sua
estrutura.

Sistema PLS-Jud
O CNJ disponibiliza aos órgãos e conselhos do Poder Judiciário acesso ao sistema informatiza-
do para compilação das informações quanto ao PLS com o objetivo de padronizar o envio
e recebimento de dados e facilitar a análise dos indicadores que avaliarão o índice de sus-
tentabilidade das instituições. Cada órgão ou conselho informa no sistema o dado de cada
indicador, conforme definidos no Anexo I da resolução.

Os dados informados no sistema subsidiam a elaboração anual do Balanço Socioambiental


do Poder Judiciário. Acesse o balanço socioambiental Aqui.

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