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1- INTRODUÇÃO
O ESG prima por práticas sólidas, custos mais baixos, melhor reputação e maior
resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades, de modo a se tornar totalmente
indispensável, a sua utilização, na atualidade, para a tomada de decisões em quaisquer
instituições, sejam públicas ou privadas, a realizar o binômio oportunidade e necessidades,
tudo para se buscar a potencialização do seu impacto positivo perante a sociedade.
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Artigo científico apresentado como trabalho de conclusão de Curso de Especialização lato sensu em Direito e
Processo Previdenciário pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) em São Paulo, em dezembro/2023,
avaliado com nota máxima e recomendada publicação.
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Com efeito, a gestão orçamentária ainda mais após a pandemia do coronavírus deve
ser primorosa e para tal, além de primar pela estrita legalidade, deve primar pelo serviço
público de qualidade, o que consequentemente, terá maior eficiência e fiscalização dos
recursos por parte do Poder Judiciário a fim de que sejam atendidos os ditames
constitucionais bem como o interesse público.
Inclusive o Poder Judiciário instituiu as metas nacionais, que foram traçadas pela
primeira vez em 2009, como uma forma de representar o compromisso dos seus tribunais
justamente com o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, a fim de que o serviço público
seja de qualidade, eficiência e mais célere.
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(...) Art. 7º São competências do Comitê Gestor Nacional:
I – consolidar e divulgar padrões e diretrizes para a execução dos trabalhos voltados ao desenvolvimento da
revisão, monitoramento e avaliação da Estratégia Nacional;
II – fomentar os trabalhos dos Comitês Gestores dos Segmentos, com vistas à revisão, execução, monitoramento
e avaliação da Estratégia Nacional do Poder Judiciário;
III – consolidar a proposta final de revisão da Estratégia Nacional do Poder Judiciário, a ser apresentada à
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ e aos presidentes dos tribunais
para aprovação;
IV - promover reuniões, encontros e workshops para desenvolvimento dos trabalhos;
V – estabelecer diretrizes para comunicação da estratégia;
VI – monitorar e avaliar os resultados da Estratégia Nacional do Poder Judiciário;
VII – apresentar à Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ os resultados
das propostas de revisão e avaliação da Estratégia Nacional e as informações sobre os trabalhos dos Comitês
Gestores dos Segmentos;
VIII – zelar pelo alinhamento estratégico de todos os segmentos de Justiça com a Estratégia Nacional do Poder
Judiciário;
IX – sugerir medidas preventivas e corretivas para o alcance dos resultados da Estratégia Nacional do Poder
Judiciário; e
X – zelar pela observância dos princípios participativos no processo de formulação da Estratégia Nacional, nos
termos da Resolução CNJ nº 221, de 10 de maio de 2016.
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órgãos: Comitê Gestor Nacional, Comitês Gestores dos Segmentos de Justiça 3 e Subcomitês
Gestores dos Segmentos de Justiça4.
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(...) Art. 12. São competências dos Comitês Gestores dos Segmentos de Justiça:
I – discutir aspectos essenciais do segmento, objetivando a revisão, execução e monitoramento da Estratégia
Nacional e do Plano Estratégico do Segmento de Justiça, quando houver;
II – zelar pela observância dos padrões e das diretrizes estabelecidas para a execução dos trabalhos voltados ao
desenvolvimento das propostas dos Planejamentos Estratégicos;
III – coordenar os trabalhos dos Subcomitês Gestores;
IV – consolidar as propostas apresentadas pelos representantes dos tribunais ou Subcomitês Gestores e
apresentar proposta consolidada ao Comitê Gestor Nacional;
V – aprovar propostas de revisões do plano estratégico para o segmento, quando houver;
VI – promover a interlocução entre o Comitê Gestor Nacional e os Subcomitês Gestores;
VII – propor diretrizes para comunicação da estratégia;
VIII – solicitar apoio técnico dos Subcomitês Gestores para auxiliar nos trabalhos do Comitê Gestor;
IX – sugerir medidas preventivas e corretivas para o alcance dos resultados do Plano Estratégico dos Segmentos
de Justiça, quando houver.
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(...) Art. 16. São competências dos Subcomitês Gestores:
I – discutir aspectos específicos do Subcomitê, objetivando a revisão, execução e monitoramento da Estratégia
Nacional e do Plano Estratégico do Segmento de Justiça, quando houver;
II – coordenar os trabalhos dos representantes dos tribunais no Subcomitê;
III – solicitar apoio técnico dos tribunais para auxiliar nos trabalhos do Subcomitê;
IV – consolidar as propostas apresentadas pelos tribunais e submeter proposta consolidada ao Comitê Gestor do
Segmento;
V – apresentar proposta de revisão do plano estratégico do Segmento de Justiça, quando houver, ao Comitê
Gestor do Segmento;
VI – promover a interlocução entre o Comitê Gestor do Segmento e os tribunais;
VII – propor diretrizes para comunicação da estratégia;
VIII – representar os tribunais que compõem o Subcomitê. (...)
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Mas que também cumpram os pilares do ESG que constituem um conjunto de práticas
fundamentais para a otimização dos recursos financeiros, preservação do meio ambiente,
responsabilidade com recursos humanos, além de que tudo tenha a transparência ínsita à
Administração Pública que possui o dever incontornável de dar a devida publicidade como
requisito de eficácia, existência e moralidade, consoante exigência expressa no texto
constitucional, como corolário do direito de informação, sob pena de sua invalidade6.
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(...) Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos:
I - universalidade de participação nos planos previdenciários;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;
IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente;
V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo;
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do
trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo;
VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional;
VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da
comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados.
Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII deste artigo será efetivada a nível federal, estadual e
municipal. (...)
(...) Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em
razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
i) (Revogada pela Lei nº 8.870, de 1994)
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
a) (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)
b) serviço social;
c) reabilitação profissional. (...)
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
Com efeito, o Poder Judiciário necessita realizar essa análise ampla acerca de sua
atuação, haja vista o propósito de atuação primordial consistir na prestação de serviços
públicos de acesso à Justiça a todos que a acionarem como concretização do direito de ação
que é consectário da proibição da autotutela, nos termos do artigo 5º, XXXV, da Constituição
Federal, que preconiza que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito”.
Registre-se que não há tão somente o enfoque do meio ambiente que se mostra mais
necessário cada dia mais, inclusive, mas também a estrutura física do trabalho jurisdicional
que já vem se modernizando diuturnamente, seja pela digitalização dos processos físicos em
processos virtuais nas recentes décadas, como o sistema processual PJe que é atualizado
constantemente contra ataques cibernéticos, especialmente, após o ocorrido durante a
pandemia que afetou todo o trabalho no âmbito do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
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DINAMARCO, Cândido Rangel. Execução civil. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 2002a, p. 356.
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Como podemos observar tal fato fora amplamente divulgado na mídia, bem como a
prisão do hacker pela Polícia Federal, conforme noticiado no sítio eletrônico do Consultor
Jurídico:
Com efeito, houve a constatação de que os referidos ataques foram graves, consistindo
no tipo Dynamic Deny of Service (DDoS), também conhecido como negação distribuída de
serviço, de modo que se tratava de uma sobrecarga produzida por meio do excesso de
demanda, que tem como resultado a indisponibilidade de websites, de modo que se referia ao
“ransomware” que é um tipo de código malicioso (malware) que cripto-grafa arquivos no
armazenamento local e de rede, além de máquinas virtuais e banco de dados.
Em meio a tudo isso, nota-se que a implantação de computadores modernos que além
de economizar energia elétrica, colaboram com a tramitação célere por parte dos servidores e
magistrados na análise dos processos de sua competência, de modo a tornar cada vez mais
eficiente o trato com o orçamento público e com o jurisdicional, o maior interessado no
melhor serviço público à sua disposição.
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Nesse sentido, ressalta o professor Marco Aurélio a relevância social dos direitos
previdenciários, ao afirmar que a: “a essência dos direitos sociais é o atendimento adequado
àquelas demandas coletivas e sociais, independentemente da realização de gastos públicos’’ 10
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Prevista no artigo 1º, inciso III da Constituição Federal.
9
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 4ed. São Paulo: Max Limonad,
2000, p. 54.
10
SERAU JÚNIOR, Marco Aurélio. Economia e seguridade social: análise econômica do direito: seguridade
social. Curitiba: Juruá, 2010, p. 49.
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Tudo isso, às vezes contribui para que os beneficiários ficam sem uma resposta
imediata e que pode causar uma morosidade a lhes jogar em uma espécie de limbo, falta de
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REIS, Silas Mendes dos. Direitos Humanos e Progressividade: a equivalência dos benefícios previdenciários
ao salário mínimo. São Paulo: Editora Dialética, 2022, p. 84.
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proteção, sem a salvaguarda dos dados em processos físicos já que tudo está concentrado
virtualmente, daí que os chamados backups e outras medidas ambientais devem ser pensadas
e colocadas em prática a fim de preservarmos a segurança jurídica constitucionalmente
assegurada no estado democrático de direito.
Diante desse panorama, além da importância dos pilares ambiental e social do ESG,
faz-se necessária também manter o foco no pilar da governança, vez que a gestão dos recursos
humanos (pessoal, seja servidores ou juízes) e financeiros (verbas orçamentárias) do Poder
Público deve ser eficiente, não apenas por uma determinação constitucional mas também pelo
caráter social dos benefícios que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade (doenças
incapacitantes relativas ou absolutas, por exemplo, que geram o direito aos auxílios-doença e
ou aposentadoria por invalidez).
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS
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MENDANHA, Marcos, Limbo Previdenciário e Trabalhista, 1. ed, São Paulo: JH Mizuno, 2019, p.16.
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Notamos que o custo da máquina que sustenta o Poder Judiciário está cada dia mais se
estendendo, seja pelo gasto com funcionários públicos seja com equipamentos estruturais,
preservação de dados dos sistemas processuais, investimentos em tecnologias contra ataques
cibernéticos, de modo que os gastos orçamentários devem primar por sua eficiência,
planejamento e controle para o melhor serviço público possível, preenchidos os requisitos
legais para a concessão dos benefícios previdenciários e atendidos aos planos de
gerenciamento e governança idealizados pelo Conselho Nacional de Justiça.
Entendemos ter alcançado os objetivos estabelecidos neste trabalho, seja porque que
observamos a importância do ESG que veio para ficar, sendo fundamental também no âmbito
do Poder Judiciário, ao atender toda a coletividade em nome do bem comum e da importância
social do serviço público prestado ao jurisdicionado que deve primar pela qualidade,
eficiência e celeridade e não se trata apenas de um mero serviço prestado por empresas
privadas que visam lucros.
Por conseguinte, a presente pesquisa não termina por aqui, ante o caráter dinâmico das
relações sociais que demanda uma atenção contínua para a melhor prestação possível aos
jurisdicionados em atendimento a eficácia absoluta dos preceitos constitucionais que veda o
retrocesso social, a fim de preservar os direitos e garantias fundamentais conquistados ao
longo da história do estado democrático de direito que requer a atenção constante e zelo por
parte dos cidadãos, servidores, magistrados e representantes dos Poderes da República.
5- REFERÊNCIAS
https://www.conjur.com.br/2023-set-18/hacker-suspeito-invadir-sistemas-trf-preso-pf/ acesso
em 15 de dezembro de 2023.
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/10/Relatorio-Final-INSPER_2020-10-09.pdf
acesso em 01 de novembro de 2023.
AMADO, Frederico. Curso de Direito e Processo Previdenciário. 11ª Ed. Salvador: Ed.
Juspodivm, 2019.
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