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CONSULENTE: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA

NOTA TÉCNICA PROFERIDA PELO ESCRITÓRIO PIRONTI ADVOGADOS,


RESPONSÁVEL TÉCNICO PROF. DR. RODRIGO PIRONTI AGUIRRE DE CASTRO.
Advogado. Pós-Doutor em Direito pela Universidad Complutense de Madrid. Doutor e
Mestre em Direito Econômico e Social pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Especialista em Direito Administrativo pelo Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar
Filho e Especialista em Direito Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica do
Paraná. Diretor Executivo e Financeiro do Instituto Brasileiro de Direito Administrativo
– IBDA. Diretor Executivo do Instituto Paranaense de Direito Administrativo – IPDA.
Professor de graduação e pós-graduação da Universidade Positivo, da Escola Superior
de Advocacia, do IDRFBF-PR, da Universidade de La Plata-ARG, Michoacána-MEX e
Instituto Tecnológico de Monterrey - MEX. Autor das obras: Processo administrativo e
controle da atividade regulatória (Ed. Fórum), Sistema de controle interno: uma
perspectiva do modelo de gestão pública gerencial (Ed. Fórum), Ensaio avançado de
controle interno (Ed. Fórum); Compliance e gestão de riscos nas empresas estatais (Ed.
Fórum). Compliance nas Contratações Públicas (Ed. Fórum), Coordenador das Obras:
Direito administrativo contemporâneo: estudos em memória ao professor Manoel de
Oliveira Franco Sobrinho (Ed. Fórum); Serviços públicos, estudos dirigidos (Ed. Fórum)
Lei de Responsabilidade Fiscal (Ed. Fórum), Compliance, Gestão de Riscos e Combate
à Corrupção (Ed. Fórum), Compliance no Setor Público (Ed. Fórum) e Lei Geral de
Proteção de Dados: um novo cenário de Governança Corporativa (Ed. Fórum). Autor
de vários artigos jurídicos e conferencista em âmbito nacional e internacional.
Parecerista. Link para Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4975760816257175.

EMENTA: IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE INTEGRIDADE.


TREINAMENTO E COMUNICAÇÃO. ELABORAÇÃO DO
PLANO DE COMUNICAÇÃO.

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SUMÁRIO

I. ENTREGÁVEL ........................................................................................................................4
II. CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................................................................................4
III. METODOLOGIA EMPREGADA ........................................................................................6
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................8

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I. ENTREGÁVEL

A presente Nota Técnica foi elaborada com o objetivo de apresentar o

Plano de Comunicação sugerido ao Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia

(“TJRO”), em cumprimento ao item 7.1.1.10.1.3 do Contrato de Prestação de Serviços

firmado com esta Consultoria, no que tange à temática de Comunicação, nos seguintes

termos:

“7.1.1.10.1.3.1. A CONTRATADA deverá apresentar um plano

de comunicação com as ações de comunicação e divulgação que

será realizado durante toda a execução deste Contrato, para o

público interno e externo, com a inclusão de "Pílulas de

Integridade", divulgação nas redes sociais, entre outras, a serem

definidas com o CONTRATANTE.”

O Plano de Comunicação, anexo a esta Nota Técnica, contém as sugestões

de iniciativas e demais ações a serem adotadas pelo Tribunal para estruturação do

planejamento das comunicações envolvendo o Sistema de Integridade do órgão, pilar

fundamental de um Sistema de Integridade efetivo.

II. CONTEXTUALIZAÇÃO

Objetivando a efetivação material dos princípios constitucionais da

moralidade e da eficiência, que regem a Administração Pública, nos termos do art. 37,

caput, da Constituição Federal, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou a

Resolução nº 410/2021, que prevê as normas gerais e as diretrizes para a instituição

de Sistemas de Integridade no âmbito do Poder Judiciário.

A tendência à instituição de Programas de Integridade no Brasil foi

intensificada após a promulgação da Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), em

harmonia com o movimento de combate à corrupção e às práticas ímprobas, tanto no

âmbito privado quanto público.

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Ocorre que não basta a instituição meramente formal de um Sistema de

Integridade, é necessário garantir que ele seja efetivo e atinja os seus objetivos,

proporcionando um ambiente de trabalho íntegro e sustentável, em cumprimento das

regras e padrões éticos de conduta previamente estabelecidos.

Neste sentido, o art. 2º da Resolução-CNJ prevê que “Os órgãos do Poder

Judiciário poderão contar com sistemas de integridade, cujos principais objetivos

serão a disseminação e a implementação de uma cultura de integridade e a

promoção de medidas e ações institucionais destinadas à prevenção, à detecção e à

punição de fraudes e demais irregularidades, bem como à correção das falhas

sistêmicas identificadas.”

O Decreto nº 11.129/2022, que regulamenta a Lei Anticorrupção, também

dispõe que o Programa de Integridade tem como objetivo, dentre outros, “fomentar e

manter uma cultura de integridade no ambiente organizacional” (art. 56, II).

Por esta razão, o monitoramento permanente, o aprimoramento contínuo

e a capacitação são eixos estruturantes do programa (art. 2º, parágrafo único, IV, da

Resolução-CNJ), ao que se soma a ampla e efetiva participação dos membros e

servidores do Poder Judiciário enquanto diretriz de implementação (art. 3º, II, da

Resolução-CNJ).

Assim, a realização de comunicações se apresenta como pilar fundamental

de um Sistema de Integridade, vez que busca promover maior entendimento sobre

temas importantes relacionados à ética e integridade, visando a disseminar a cultura

de ética no ambiente institucional e as melhores práticas ao público interno e externo.

Nesse sentido, a Controladoria-Geral da União (CGU), através do Manual

para Implementação de Programas de Integridade – Orientações para o setor público,

destaca que “a mera publicação de códigos e procedimentos não se presta a mudar o

comportamento dos agentes e estimular uma cultura de integridade de maneira

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efetiva. É necessário prever ações de comunicação eficazes, que possam atingir todo

o público-alvo do órgão ou entidade através de mensagens claras e diretas.”1.

Ademais, o Decreto nº 11.129/2022 prevê que a existência de

treinamentos e ações de comunicações periódicos sobre o Programa de Integridade é

um dos parâmetros para a avaliação do Sistema de Integridade implementado (art. 57,

IV), o que acentua a importância da temática.

Por esta razão, foi elaborada a sugestão de Plano de Comunicação anexo,

que objetiva conscientizar e informar os servidores e magistrados do Tribunal de

Justiça sobre as melhores práticas que devem ser adotadas na prestação do serviço

jurisdicional à sociedade, prevenindo a concretização de riscos de integridade.

Além disso, a comunicação com o público externo sobre os mecanismos de

Integridade que estão sendo empregados pelo órgão jurisdicional tem o condão de

fomentar a adesão dos jurisdicionados a estas práticas e, consequentemente,

aumentar o sentimento de confiança no Poder Judiciário de Rondônia.

Ressalta-se que a comunicação com o público externo também está de

acordo com o princípio da publicidade (CF, art. 37, caput) e com o dever de

transparência decorrente das determinações da Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à

Informação).

III. METODOLOGIA EMPREGADA


Para a realização das comunicações, foi sugerida no Plano de Comunicação

a adoção da metodologia Hero Hub Help (HHH), utilizada pelo Google para

comunicação e engajamento de audiências.

O principal objetivo desta metodologia é a diversificação dos formatos de

comunicação a serem realizadas, visando a atingir cada pessoa envolvida pontual e

1
CGU. Manual para implementação de programas de integridade: orientações para o setor
público, 2017, p. 46. Disponível em: <https://www.gov.br/cgu/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/integridade/arquivos/manual_profip.pdf>. Acesso em 19 abr. 2023.
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continuamente, ao invés da concentração em um único formato. Assim, cria-se

proximidade com o público a ser atingido e gera-se maior engajamento.

Além disso, a metodologia de comunicação foi dividida em 4 (quatro)

desdobramentos táticos (online, offline, interno e externo), como forma de otimizar o

encaminhamento de comunicações aos diversos públicos-alvo, de forma direcionada,

para tornar mais efetiva a absorção do conteúdo.

Também foram sugeridas diversas medidas de comunicação, como a

realização de chamada para eventos públicos relacionados ao Sistema de Integridade

do TJ/RO (direcionada ao público externo); a promoção de e-mails institucionais

periódicos aos servidores, com a disseminação de conhecimento sobre o Sistema

(direcionados ao público interno); entre outras.

Para que as comunicações atinjam o objetivo de criar um ambiente de

integridade no órgão jurisdicional, sugeriu-se a adoção de um planejamento e

cronograma inicial, com comunicações periódicas (o que é imprescindível para a

criação de uma cultura de integridade).

Por fim, ressalta-se que os materiais de comunicação deverão observar o

padrão estabelecido pelo Tribunal de Justiça, através do seu Manual da Marca (Anexo

Único do Ato nº 384/2022), com a sugestão de que seja criada uma identidade visual

própria para as comunicações do Sistema de Integridade do órgão, visando à sua

efetividade também através de aspectos visuais.

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IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta Nota Técnica e o Plano de Comunicação anexo foram elaborados por

profissionais especializados em Compliance e Gestão de Riscos. Portanto, recomenda-

se que sejam analisados pelos membros do Grupo de Trabalho que acompanham a

execução do Projeto e pelos servidores responsáveis pela realização das respectivas

divulgações, para aprovação e posterior execução, visando à efetividade do Sistema

de Integridade do TJRO e a melhor prestação dos serviços jurisdicionais pelo Tribunal.

É a presente Nota Técnica opinativa.

Curitiba-PR, em 19 de abril de 2023

Rodrigo Pironti Aguirre de Castro

Pós-Doutor em Direito Público, PhD.

Professor de Direito Administrativo. Parecerista. Advogado.

CEO do Pironti Advogados.

Chief Operating Officer (Diretor Operacional) responsável pelo projeto: Eduardo B. Moura

Diretora de Compliance e Proteção de Dados responsável pelo projeto: Mariana Keppen

Gerente de Compliance e Proteção de Dados responsável pelo projeto: Marcela Macedo Féder

Advogada de Compliance e Proteção de Dados responsável pelo projeto: Maria Vitória de Araújo

Advogado de Compliance e Proteção de Dados responsável pelo projeto: João Transmontano

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