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Contabilidade para Contador-BNDES (itens 1, 2, 3, 7, 8 e 11)

Teoria e Exercícios
Aula 6 - Prof. Moraes Junior
Aula 6
Contabilidade Ambiental e Contabilidade Tributária

CONTABILIDADE AMBIENTAL: Conceito e objetivo. Os princípios


fundamentais de contabilidade e o meio ambiente. Ativo e passivo ambiental.
Receitas e custos ambientais. A evidenciação contábil dos aspectos ambientais.

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA: Tributos: conhecimentos básicos; Imposto


de Renda das Pessoas Jurídicas: Incidência. Base de cálculo: lucro real, lucro
presumido, lucro arbitrado. Formas de pagamento. LALUR: forma de
escrituração fiscal. Dedutibilidade: regra geral. Despesas e custos indedutíveis:
regra geral. Alíquota e adicional do Imposto de Renda. Contribuição Social
Sobre o Lucro: incidência. Base de cálculo. Formas de pagamento. Incentivos
fiscais. Ativos e Passivos Fiscais Diferidos: tratamento contábil das adições
temporárias e definitivas. Provisões tributárias (IRPJ – CSSL – PIS/PASEP –
COFINS). PIS/PASEP e COFINS: Integração entre as formas de tributação
sobre o lucro e os métodos cumulativo e não cumulativo; Regime Tributário de
Transição (RTT): Lei 11.941/09.
Conteúdo
6. Introdução . ................................................................................................................................ 4
6.1. Contabilidade Ambiental . ................................................................................................. 4
6.1.1. Conceito e Objetivo . ........................................................................................................ 4
6.1.2. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade e o Meio Ambiente . ............. 6
6.1.2.1. Princípio do Poluidor Pagador. ................................................................................ 7
6.1.2.2. Princípio da Entidade .................................................................................................. 7
6.1.2.3. Princípio da Continuidade . ....................................................................................... 7
6.1.2.4. Princípio da Oportunidade . ...................................................................................... 8
6.1.2.5. Princípio do Registro pelo Valor Original ............................................................ 8
6.1.2.6. Princípio da Competência.......................................................................................... 9
6.1.2.7. Princípio da Prudência .............................................................................................. 13
6.1.3. Ativo e Passivo Ambiental . ........................................................................................ 15
6.1.3.1. Ativo Ambiental ......................................................................................................... 15
6.1.3.2. Passivo Ambiental . .................................................................................................. 17
6.1.3.2.1. Obrigações Legais ................................................................................................ 19
6.1.3.2.2. Obrigações Implícitas. ........................................................................................ 19
6.1.3.2.3. Obrigações Construtivas .................................................................................... 19
6.1.3.2.4. Obrigações Justas (equitable) . ....................................................................... 20
6.1.3.2.5. Passivos Ambientais Normais . ........................................................................ 20
6.1.3.2.6. Passivos Ambientais Anormais ........................................................................ 20
6.1.4. Receitas, Despesas, Custos e Lucro Ambientais . ............................................. 20

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6.1.4.1. Custos Ambientais ..................................................................................................... 20
6.1.4.2. Receitas Ambientais . ................................................................................................ 21
6.1.4.3. Despesas Ambientais. .............................................................................................. 21
6.1.4.4. Lucro Ambiental. ........................................................................................................ 22
6.1.5. A Evidenciação Contábil dos Aspectos Ambientais ........................................... 22
6.2. Contabilidade Tributária .................................................................................................. 24
6.2.1. Tributos: Conhecimentos Básicos. .......................................................................... 24
6.2.1.1. ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias
e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação) . ........................................................................................................................ 29
6.2.1.2. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) .............................................. 32
6.2.1.3. ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) . ............................... 35
6.2.2. Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas ............................................................. 37
6.2.2.1. Incidência . ..................................................................................................................... 37
6.2.2.2. Alíquota e Adicional do Imposto de Renda . .................................................... 38
6.2.2.3. Base de Cálculo: Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado.
Formas de Pagamento. . ........................................................................................................... 39
6.2.2.3.1. Lucro Presumido . .................................................................................................... 39
6.2.2.3.2. Lucro Arbitrado . ..................................................................................................... 41
6.2.2.3.3. Lucro Real . ............................................................................................................... 42
6.2.2.3.3.1. Dedutibilidade: Regra Geral .......................................................................... 43
6.2.2.3.3.2. Despesas e Custos Indedutíveis: Regra Geral . ..................................... 43
6.2.2.3.3.3. Adições, Exclusões e Compensações . ....................................................... 45
6.2.2.3.3.4. LALUR: Forma de Escrituração Fiscal. ....................................................... 46
6.2.2.3.3.5. Pagamento Mensal Por Estimativa .............................................................. 49
6.2.3. Contribuição Social Sobre o Lucro (CSSL) ........................................................... 51
6.2.3.1. Incidência e Base de Cálculo ................................................................................. 51
6.2.3.2. Formas de Pagamento . ........................................................................................... 52
6.2.3.3. Alíquota . ......................................................................................................................... 52
6.2.4. Juros sobre o Capital Próprio . .................................................................................. 53
6.2.5. Incentivos Fiscais ........................................................................................................... 54
6.2.6. Ativos e Passivos Fiscais Diferidos: Tratamento Contábil das Adições
Temporárias e Definitivas . ...................................................................................................... 56
6.2.6.1. Definição da Base Contábil e Fiscal . .................................................................. 56
6.2.6.2. Diferenças, Reconhecimento e Reversão ........................................................ 57
6.2.6.2.1. Reconhecimento de Passivos e Ativos Fiscais Correntes ...................... 57
6.2.6.2.2. Reconhecimento de Passivos e Ativos Fiscais Diferidos . ....................... 58
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6.2.6.2.2.1. Diferença Temporária Tributável . ............................................................... 58
6.2.6.2.2.2. Diferença Temporária Dedutível . ................................................................ 65
6.2.6. Provisões Tributárias (IRPJ-CSSL-PIS/PASEP-COFINS) ................................. 67
6.2.7. PIS/PASEP e COFINS .................................................................................................... 68
6.2.7.1. Métodos Cumulativo e Não Cumulativo . .......................................................... 68
6.2.7.2. Integração Entre as Formas de Tributação Sobre o Lucro . ...................... 72
6.2.7.2.1. Pis e Cofins Cumulativos ..................................................................................... 72
6.2.7.2.2. Cofins Não Cumulativa. ....................................................................................... 74
6.2.7.2.3. Pis/Pasep Não Cumulativo . ................................................................................ 78
6.2.8. Regime Tributário de Transição (RTT): Lei no 11.941/09 . ............................ 80
6.2.8.1. Reserva de Capital. ................................................................................................... 81
6.2.8.2. Reserva de Incentivos Fiscais . ............................................................................. 83
6.2.8.3. Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures . ...................... 84
6.3. Memorize para a Prova .................................................................................................... 84
6.4. Exercícios de Fixação. .................................................................................................... 100
6.4.1. Contabilidade Ambiental .......................................................................................... 100
6.4.2. Contabilidade Tributária. ......................................................................................... 102
6.5. Resolução dos Exercícios de Fixação. ...................................................................... 134
6.5.1. Contabilidade Ambiental .......................................................................................... 134
6.5.2. Contabilidade Tributária. ......................................................................................... 138

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6. Introdução

Prezado(a) aluno(a),

E aí? Pronto para a última aula do curso? Estou publicando a aula antes para
que tenha mais tempo para estudar. Bom, até agora, ajudei o Professor Egbert
Buarque nas aulas anteriores, com os comentários e resoluções da maioria dos
exercícios. Além disso, o Professor Egbert Buarque ficou responsável pelos
fóruns das aulas 0 (demonstrativa) a 5.

Contudo, nesta aula, a teoria e os exercícios comentados serão por minha


conta, assim como o fórum de dúvidas.

Espero que goste da aula e que ela possa ser útil na sua aprovação.

Vamos começar, pois a prova se aproxima.

Moraes Junior
moraesjunior@pontodosconcursos.com.br

6.1. Contabilidade Ambiental

6.1.1. Conceito e Objetivo

Com o desenvolvimento do mundo, principalmente a partir da Revolução


Industrial, começaram a surgir questões que impactam diretamente no meio
ambiente, com a crescente escassez de recursos naturais, além da degradação
e da destruição da natureza. O progresso trouxe e ainda traz inúmeros
benefícios, mas também degrada cada vez mais o meio ambiente.

Diante desse cenário, surgiu a Contabilidade e Gestão Ambientais. Assim como


a Contabilidade Geral, a Contabilidade Ambiental representa o registro de
bens, direitos, obrigações e as respectivas mutações quantitativas (receitas e
despesas) no patrimônio da entidade. O foco da Contabilidade Ambiental são
os bens, direitos, obrigações e mutações ambientais.

Portanto, a ideia é estimar as ações da entidade, em termos monetários,


visando à conservação do meio ambiente, e demonstrá-las aos usuários da
contabilidade de forma transparente.

O objetivo da Contabilidade Ambiental é fornecer informações aos usuários da


contabilidade, como os administradores, acionistas, governo, empregados,
entre outros, sobre os eventos ambientais que causaram modificações na
situação patrimonial da entidade, sempre representados em moeda, ou seja,
os eventos ambientais são registrados e quantificados em moeda.

Logo, a Contabilidade Ambiental deve registrar todas as transações da


entidade que afetem o meio ambiente e os seus efeitos.
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Há que se ressaltar que o registro dos bens, direitos e obrigações ambientais
deve seguir os Princípios de Contabilidade previstos na Resolução CFC n o
750/93.

São exemplos de vantagens da Contabilidade Ambiental:

- identificação e alocação dos custos ambientais, de modo que as decisões da


empresa para futuras expansões e investimentos também levem em conta tais
custos;

- controle de gastos dos recursos limitados de nosso planeta, como água e


energia;

- produção de relatórios e informações sobre a verdadeira efetividade das


ações ambientais tomadas pela entidade;

- transparência da entidade em relação aos impactos ambientais e as medidas


adotadas, com a publicação do balanço ambiental; e

- controle e acompanhamento contínuo das ações ambientais da entidade e de


seus impactos no meio ambiente.

Finalmente, sob o enfoque de Contabilidade Ambiental, a evidenciação


dos impactos ambientais e das medidas adotadas para evitá-los
permite:

- a apresentação da informação necessária para a operação eficiente


do mercado de capitais;

- a previsão da tendência futura, de acordo com a informação


apresentada (análise das demonstrações contábeis); e

- a realização de uma prestação de contas à sociedade de como o meio


ambiente está sendo afetado pela gestão ambiental de determinada
entidade.

Falando um pouco da gestão ambiental, esse modelo gerencial foi desenvolvido


com o objetivo de atender às necessidades de informação dos usuários da
contabilidade relacionadas às seguintes atividades de gestão ambiental:
Produção, Prevenção, Recuperação e Reciclagem.

Para guardar, repita comigo: P2R2 - PÊ DOIS ERRE DOIS, PÊ DOIS ERRE
DOIS, PÊ DOIS ERRE DOIS é um robô da Contabilidade Ambiental (Produção,
Prevenção, Recuperação e Reciclagem).

A atividade de produção é responsável pelo dano ambiental causado na


produção de bens e serviços (impacto ambiental negativo), ou seja, é a
degradação do meio ambiente produzida pela entidade.
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A atividade de prevenção tem a finalidade de proteger o meio ambiente
da ação da poluição e exige gastos com insumos que irão gerar
benefícios em períodos futuros (investimentos) e gastos com insumos
cujos benefícios ocorrem no momento de seu consumo (despesas).

A atividade de recuperação está ligada à recuperação do meio ambiente


e seu principal objetivo é que o meio ambiente retorne a mesma
condição ou a uma condição próxima daquela que existia antes de a
degradação ocorrer.

Finalmente, a atividade de reciclagem tem por finalidade permitir que os


resíduos das matérias-primas ou de outros materiais utilizados na
produção sejam reutilizados.

Também não há que se confundir a Contabilidade Ambiental, responsável pelo


registro e pela evidenciação da geração e distribuição da riqueza da entidade,
com a Auditoria Ambiental, que é responsável para avaliação dos impactos
ambientais causados pela entidade, bem como pela identificação das
responsabilidades por tais impactos.

6.1.2. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade e o Meio Ambiente

Meus cursos de Contabilidade Geral sempre começam com os Princípios de


Contabilidade e isso tem toda a lógica, não acha? Se são “princípios”, têm que
ser vistos no “princípio” do curso! Risos. Tudo bem, sei que a piada não foi
boa, mas foi só para descontrair.

Vamos relembrar os princípios de contabilidade e seus principais conceitos.

São princípios de contabilidade:

- Princípio da Entidade;
- Princípio da Continuidade;
- Princípio da Oportunidade;
- Princípio do Registro pelo Valor Original;
- Princípio da Competência; e
- Princípio da Prudência.

Para a prova, vamos memorizar da seguinte maneira: ECOPRC (repita


comigo: “ECO PÊ ERRE CÊ”, eu vou ter que saber, para a questão não perder.
Tudo bem, não sou bom rapper mesmo. Risos).

Entidade
Competência
Oportunidade
Prudência
Registro pelo Valor Original
Continuidade
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Antes de começar a estudar os Princípios de Contabilidade propriamente ditos,
vamos estudar um princípio intimamente relacionado com a Contabilidade
Ambiental, denominado Princípio do Poluidor Pagador.

6.1.2.1. Princípio do Poluidor Pagador

Este princípio estabelece que a entidade poluidora deve ser responsável


pelos custos de reparação do dano causado ao meio ambiente. É o
famoso bordão: “Quem deve paga”.

Portanto, se uma entidade, em sua produção de bens e serviços, poluir ou


causar qualquer tipo de dano ao meio ambiente, deve arcar com os custos da
reparação do referido dano.

6.1.2.2. Princípio da Entidade

O conceito principal do Princípio da Entidade é a autonomia do patrimônio a ela


pertencente. A autonomia tem por corolário o fato de que o patrimônio de uma
entidade jamais pode confundir-se com aqueles dos seus sócios ou
proprietários.

Trazendo para a Contabilidade Ambiental, o Princípio da Entidade está


diretamente relacionado ao Princípio do Poluidor Pagador. Se a
entidade causou o dano a meio ambiente, é ela que é a única
responsável para reparação do dano e pelos custos envolvidos nessa
reparação.

Sob o enfoque da Contabilidade Ambiental, poderíamos conceituar entidade


contábil como aquela que tem o controle sobre o uso dos recursos
naturais.

6.1.2.3. Princípio da Continuidade

De acordo com o Princípio da Continuidade, o patrimônio da entidade depende


das condições em que, provavelmente, se desenvolverão as operações da
entidade.

A suspensão das atividades da entidade ou a queda de suas operações podem


provocar efeitos em determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de
seu valor.

A situação-limite na aplicação do Princípio da Continuidade é aquela em que há


a completa cessação das atividades da Entidade.

Postulado da Continuidade das Entidades: “Para a Contabilidade, a


entidade é um organismo vivo que irá viver (operar) por um longo
período de tempo (indeterminado) até que surjam fortes evidências em
contrário...”
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Sob o enfoque ambiental, o Princípio da Continuidade está ligado à
continuidade dos recursos naturais à disposição da entidade.

De acordo com o Postulado da Continuidade, a entidade deve produzir e


crescer por um período de tempo indeterminado. Contudo, os recursos
naturais são finitos e o crescimento e produção sem controle podem gerar o
esgotamento de tais recursos.

Portanto, o Princípio da Continuidade, sob o enfoque ambiental, deve


considerar que há uma utilização limitada dos recursos naturais no
crescimento da empresa, pois eles são finitos.

6.1.2.4. Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade exige o registro e o relato de todas as variações


sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrerem
e é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio
da entidade, relativas a um determinado período.

O Princípio da Oportunidade abarca dois aspectos distintos, mas


complementares: a integridade e a tempestividade, sendo também conhecido
como Princípio da Universalidade.

A integridade diz respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas


na sua totalidade, isto é, sem qualquer falta ou excesso. Por outro lado, a
tempestividade obriga a que as variações sejam registradas no momento em
que ocorrerem, mesmo na hipótese de alguma incerteza.

A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da


informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância. Por isso, é
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação.

Sob o enfoque ambiental, o Princípio da Oportunidade determina que os


eventos ambientais devam ser registrados de maneira íntegra
(refletindo a realidade) e tempestiva (no momento oportuno), de
forma a refletir a integridade do patrimônio da entidade e as suas
mutações relativas aos impactos ambientais.

6.1.2.5. Princípio do Registro pelo Valor Original

O Princípio do Registro pelo Valor Original ordena que os componentes do


patrimônio tenham seu registro inicial efetuado pelos valores ocorridos na data
das transações havidas com o mundo exterior à Entidade.

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No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação com o
mundo exterior, com efeito quantitativo e qualitativo sobre o patrimônio. Como
a doação resulta em aumento do Patrimônio Líquido, cabe o registro pelo valor
efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor de
mercado.

A expressão do valor dos componentes patrimoniais em moeda nacional


decorre da necessidade de homogeneização quantitativa do registro do
patrimônio e das suas mutações, a fim de se obter a necessária
comparabilidade e se possibilitarem agrupamentos de valores.

Além disso, há a possibilidade de atualização monetária, pois a moeda, embora


aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade
constante em termos do poder aquisitivo. A atualização monetária não
representa nova avaliação.

Sob o enfoque ambiental, o Princípio do Registro pelo Valor Original


estabelece que os impactos ambientais devam ser registrados pelos
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a
valor presente na moeda do país.

Além disso, há que se ressaltar que o reconhecimento da alteração do


poder aquisitivo da moeda nacional (atualização monetária) é
fundamental quando se trata de registro de eventos econômicos que
afetem o meio ambiente, tendo em vista que as questões ambientais
são, na maioria das vezes, questões que envolvem vários exercícios
sociais.

Nota: Até a publicação da Resolução CFC no 1.282/10, que alterou a Resolução


CFC no 750/93, havia o Princípio da Atualização Monetária, ou seja, era mais
um princípio além dos atualmente existentes. Contudo, com a publicação da
referida Resolução, o Princípio da Atualização Monetária foi revogado e se
tornou um item do Princípio do Registro pelo Valor Original.

6.1.2.6. Princípio da Competência

A compreensão do Princípio da COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao


entendimento das variações patrimoniais e sua natureza.

As variações patrimoniais são de duas grandes classes: variações que somente


modificam a qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem
repercutirem no montante do Patrimônio Líquido (qualitativas), e variações
que modificam o Patrimônio Líquido (quantitativas)

A competência é o princípio que estabelece quando um determinado


componente deixa de integrar o patrimônio, para transformar-se em elemento
modificador do Patrimônio Líquido.

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Da confrontação entre o valor final dos aumentos do Patrimônio Líquido
(receitas) e das suas diminuições (despesas), surge o conceito de “resultado
do período”, que será positivo, se as receitas forem maiores do que as
despesas; ou negativo, quando ocorrer o contrário.

O Princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou


pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas
incorridas no período (fato gerador das receitas e despesas pelo Princípio da
Competência).

As receitas consideram-se realizadas:

– nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento


ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura
na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, quer
pela fruição de serviços por esta prestados;
Exemplo: venda de mercadoria a prazo (o dinheiro ainda não foi recebido,
mas a receita considera-se realizada, pelo princípio da competência, no
momento da entrega da mercadoria).

– quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que


seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de
valor igual ou maior;
Exemplo: a empresa possuía um determinado tributo a pagar, mas o governo
fez uma remissão, ou seja, não há mais a necessidade pagamento por parte da
empresa. Portanto, houve a extinção de um passivo (tributo a pagar) sem o
desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior.

Repare que, se houvesse o pagamento o tributo, sumiria o passivo (tributo a


pagar) e haveria o desaparecimento de um ativo (dinheiro) no mesmo valor.
Neste caso, não é receita.

– pela geração natural de novos ativos independentemente da


intervenção de terceiros;
Exemplo: nascimento de bezerro em uma empresa de pecuária. Ou seja, não
houve a intervenção de ninguém (exceto do boi e da vaca. Risos), mas a
empresa ganhou um novo ativo (bezerro).

– no recebimento efetivo de doações e subvenções.


Exemplo: doação de um terreno, pelo governo de determinada localidade,
para que a empresa construa uma fábrica (é uma forma de desenvolvimento
da região) ou, subvenção de determinado tributo, por um período de tempo,
para a empresa se instalar em uma região específica (a empresa pagará uma
alíquota diferenciada – menor - daquele tributo).

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Consideram-se incorridas as despesas:

– quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por


transferência de sua propriedade para terceiro;
Exemplo: Na venda de mercadorias para terceiros, há a saída da referida
mercadoria do estoque e, com isso, o custo destas mercadorias é uma despesa
incorrida no período.

– pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;


Exemplo: A legislação permite que determinados bens sejam depreciados ao
longo de sua vida útil em virtude de desgaste ou obsolescência. Esta
depreciação é uma despesa incorrida no período (o valor econômico do ativo
sofre uma redução, pois, é calculado como: Custo de Aquisição – Depreciação
Acumulada).

– pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.


Exemplo: Ao pagar uma dívida com atraso (após o vencimento), há a
incidência de juros e multa, ou seja, surgiram novos passivos sem os ativos
correspondentes.

De acordo com a Contabilidade Ambiental, o Princípio da Competência


estabelece que os fatos geradores relativos aos eventos ambientais
que resultarem em receitas realizadas ou despesas incorridas devem
ser incluídos na apuração dos resultados no período em que
ocorrerem.

Epa, epa, epa, professor! Que papo é esse de evento ambiental? Vamos ao
conceito:

Evento ambiental: é qualquer interação da entidade com o meio ambiente


que ocasione consequências econômicas presentes ou futuras.

Exemplos:
- Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos;
- Pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias; e
- Treinamento de empregados para adoção de métodos menos poluentes.

Ou seja, o evento ambiental pode ser considerado como o nosso conhecido


fato administrativo. Não lembra? É aquele da Contabilidade Básica! Vamos
relembrar:

Fatos Administrativos: Quando ocorrem, provocam modificações no


Patrimônio da empresa, sendo, portanto, sujeitos à contabilização, através
de Contas Patrimoniais ou de Resultado, podendo ou não alterar o Patrimônio
Líquido. Estão divididos em três categorias: permutativos, modificativos e
mistos.

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Vai me dizer que também está esquecido(a) em relação aos conceitos de fatos
permutativos, modificativos ou mistos? Não há problema. Vamos relembrar
estes conceitos também:

Fatos Permutativos: como o próprio nome já te induz a pensar, os fatos


permutativos representam permutas entre contas do Ativo, Passivo ou entre
ambos, ou entre contas do Patrimônio Líquido (alterações qualitativas) sem
provocar alterações no Patrimônio Líquido.

- Entre contas do Ativo


Exemplo: Compra de mercadorias à vista.
Mercadorias (aumenta o Ativo)
a Caixa (diminui o Ativo)

- Entre contas do Passivo


Exemplo: Retenção do imposto de renda dos empregados.
Salários a Pagar (diminui o Passivo)
a Imposto a Recolher (aumenta o Passivo)

- Entre contas do Ativo e Passivo


Exemplo: Compra de mercadorias a prazo.
Mercadorias (aumenta o Ativo)
a Fornecedores (aumenta o Passivo)

- Entre contas do Patrimônio Líquido


Exemplo: Constituição de Reserva Legal
Lucros Acumulados (diminui o Patrimônio Líquido)
a Reserva Legal (aumenta o Patrimônio Líquido)

Fatos Modificativos: os fatos modificativos ou quantitativos provocam


alterações quantitativas e podem ser classificados em modificativos
aumentativos (aumentam o patrimônio líquido) e modificativos diminutivos
(diminuem o patrimônio líquido).

- Modificativo Aumentativo
Exemplo: Receita de Prestação de Serviços recebida à vista ou a prazo.
Caixa ou Clientes (aumenta o Ativo)
a Receita de Serviços (Receita - aumenta o Patrimônio Líquido)

- Modificativo Diminutivo
Exemplo: Apropriação de Salários
Despesas de Salários (Despesa - diminui o Patrimônio Líquido)
a Salários a Pagar (aumenta o Passivo)

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Fatos Mistos: os fatos mistos ou compostos também provocam alterações
qualitativas e quantitativas. Uma “parte” do fato é permutativa e outra “parte”
do fato é modificativa. Por isso é que são chamados de fatos mistos. Além
disso, podem ser classificados em mistos aumentativos (aumentam o
patrimônio líquido) e mistos diminutivos (diminuem o patrimônio líquido).

- Misto Aumentativo
Exemplo: Recebimento de Duplicatas com juros
Caixa (aumenta o Ativo)
a Diversos
a Juros Ativos (Receita - aumenta o Patrimônio Líquido)
a Duplicatas a Receber (diminui o Ativo)

- Misto Diminutivo
Exemplo: Recebimento de Duplicatas com desconto
Diversos
a Duplicatas a Receber (diminui o Ativo)
Caixa (aumenta o Ativo)
Descontos Concedidos (Despesa - diminui o Patrimônio Líquido)

Finalmente, há que se ressaltar, ainda, que, pelo Princípio da Competência,


deve ser feita a confrontação das receitas com as despesas relacionadas à
obtenção da receita. Portanto, se a entidade vende de um produto, ela deve
reconhecer, no momento da venda, a receita relativa à venda e também o
custo de degradação ao meio ambiente causado para produzir esse produto.

6.1.2.7. Princípio da Prudência

A aplicação do Princípio da Prudência, de forma a conseguir um menor


Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos
alternativos de avaliação, está restrita às variações patrimoniais posteriores às
transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão
decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição
destes.

Essa é a razão pela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorrerá


concomitantemente com a do Princípio da Competência, quando resultará,
sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é, redutora do
Patrimônio Líquido.

A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo


registrados no patrimônio por determinados valores, surge uma dúvida sobre o
valor deles. Havendo mais de uma forma de se calcularem os novos valores,
deve-se considerar aquele que for menor do que o inicial, no caso de ativos, e
maior, no caso de passivos.

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A provisão para créditos de liquidação duvidosa constitui exemplo da aplicação
do Princípio da Prudência, tendo em vista que sua constituição determina o
ajuste, para menos, de valor decorrente de transações com o mundo exterior,
das duplicatas ou de contas a receber. A escolha não está no reconhecimento
ou não da provisão, indispensável sempre que houver risco de não
recebimento de alguma parcela, mas, sim, no cálculo do seu montante.

O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no


exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de
incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que
passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade
ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

Sob o enfoque ambiental, o Princípio da Prudência estabelece que um


dano causado ao meio ambiente deve ser registrado na contabilidade
da entidade caso cause risco ao seu patrimônio.

Já caiu em prova!(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-


2008-Cesgranrio) Sob o enfoque humano, o princípio fundamental de
contabilidade (*) da oportunidade aplicado à contabilidade ambiental indica
que

(A) é focado na indeterminação do prazo, prevendo o crescimento da entidade,


sendo que seus gestores devem fazê-la crescer, produzir mais, ganhar mais
mercado, e a falta de limites deve ser encarada, do ponto de vista ambiental,
com restrições, pois os recursos naturais são finitos.
(B) informações ambientais devem ser registradas e disponibilizadas no tempo
oportuno para permitir ação ambiental de preservação do meio ambiente,
refletindo a integridade do patrimônio da entidade e suas mutações relativas
aos impactos ambientais.
(C) os fatos geradores relacionados ao meio ambiente, que resultarem em
receitas ou despesas, devem ser incluídos na apuração dos resultados no
período em que ocorrerem.
(D) os impactos ambientais devem ser registrados pelos valores das
transações, expressos a valor presente da moeda do país.
(E) o reconhecimento da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional é
fundamental quando se trata de registro de eventos econômicos que afetem o
meio ambiente, isso porque as questões ambientais são, na maioria das vezes,
questões que envolvem vários exercícios sociais.

(*) Até a publicação da Resolução CFC no 1.282/10, que alterou a Resolução


CFC no 750/93, a denominação era Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Contudo, a partir da publicação da referida Resolução, a denominação foi
alterada para “Princípios de Contabilidade”.

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Vamos analisar as alternativas:

(A) é focado na indeterminação do prazo, prevendo o crescimento da entidade,


sendo que seus gestores devem fazê-la crescer, produzir mais, ganhar mais
mercado, e a falta de limites deve ser encarada, do ponto de vista ambiental,
com restrições, pois os recursos naturais são finitos.
Esta alternativa trata do Princípio da Continuidade.

(B) informações ambientais devem ser registradas e disponibilizadas no tempo


oportuno para permitir ação ambiental de preservação do meio ambiente,
refletindo a integridade do patrimônio da entidade e suas mutações relativas
aos impactos ambientais.
É a resposta correta da questão, pois se refere ao Princípio da
Oportunidade.

(C) os fatos geradores relacionados ao meio ambiente, que resultarem em


receitas ou despesas, devem ser incluídos na apuração dos resultados no
período em que ocorrerem.
Trata do Princípio da Competência.

(D) os impactos ambientais devem ser registrados pelos valores das


transações, expressos a valor presente da moeda do país.
Trata do Princípio do Registro pelo Valor Original.

(E) o reconhecimento da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional é


fundamental quando se trata de registro de eventos econômicos que afetem o
meio ambiente, isso porque as questões ambientais são, na maioria das vezes,
questões que envolvem vários exercícios sociais.
Também diz respeito ao Princípio do Registro pelo Valor Original, mais
especificamente no item relativo à Atualização Monetária.

6.1.3. Ativo e Passivo Ambiental

6.1.3.1. Ativo Ambiental

Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de


eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios
econômicos para a entidade.

Exemplo: Uma máquina utilizada na produção é controlada pela entidade


como resultado de um evento passado (compra da máquina pela entidade) e
do qual a entidade espera que resultem futuros benefícios (os produtos
fabricados pela referida máquina geram lucro para a entidade).

O benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencial


em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou
equivalentes de caixa para a entidade.

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Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa: são aplicações financeiras de curto prazo, de alta


liquidez (normalmente, com vencimento em até 90 dias), que são prontamente
conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um
insignificante risco de mudança de valor.

A entidade, geralmente, utiliza os seus ativos na produção de


mercadorias ou prestação de serviços capazes de satisfazer os
desejos e necessidades dos clientes.

Os benefícios econômicos futuros de um ativo podem fluir para a entidade de


diversas maneiras.

Por exemplo, um ativo pode ser:


- usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção
de mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade;
Exemplo: Um equipamento (ativo) utilizado na fabricação de produtos em
uma indústria.

- trocado por outros ativos;


Exemplo: Compra à vista de mercadorias para revenda. O dinheiro utilizado
na compra é um ativo.

- usado para liquidar um passivo;


Exemplo: Pagamento de fornecedores. O dinheiro utilizado para pagamento é
um ativo.

- distribuído aos proprietários da entidade.


Exemplo: Distribuição de lucros aos proprietários da entidade. O dinheiro
utilizado na distribuição é um ativo.
Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais,
têm uma substância física. Entretanto, substância física não é
essencial à existência de um ativo.

Exemplo: As patentes e direitos autorais são ativos, desde que deles sejam
esperados benefícios econômicos futuros para a entidade e que eles sejam
por ela controlados.

Muitos ativos, como contas a receber e imóveis, estão ligados a direitos legais
ou a direito de propriedade. Contudo, ao determinar a existência de um
ativo, o direito de propriedade não é essencial.

Exemplo: Um imóvel objeto de arrendamento é um ativo, desde que a


entidade arrendatária controle os benefícios econômicos provenientes do
imóvel.

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Sob o enfoque ambiental, poderíamos definir um ativo da seguinte maneira:

Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de


eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios
ambientais para a entidade.

Os benefícios ambientais gerados por um ativo ambiental seriam:

- aumento da capacidade de gerar benefícios de outros ativos da própria


empresa;
- aumento da segurança de outros ativos da própria empresa;
- redução dos danos ambientais causados pela empresa;
- prevenção dos danos ambientais causados pelo empresa; e
- conservação do meio ambiente.

São exemplos de ativos ambientais:

- Estoques de insumos, peça ou acessórios utilizados no processo de


extinção ou redução dos danos ambientais causados pela empresa,
como a poluição ou a geração de resíduos.
- Máquinas, equipamentos ou instalações adquiridos ou produzidos
com o objetivo de reduzir os impactos ambientais causados pela
empresa.
- Clientes ambientais.
- Insumos Ambientais e embalagens ambientais.

6.1.3.2. Passivo Ambiental

Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos


já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de
recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

Exemplo: Uma dívida com um fornecedor em virtude da compra de


mercadorias a prazo (dívida a pagar) corresponde a uma obrigação presente
da entidade derivada de um evento já ocorrido (compra de mercadorias a
prazo), cuja liquidação resultará em saída de recursos capazes de gerar
benefícios econômicos (saída de dinheiro do caixa da empresa para
pagamento dos fornecedores).

Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a


entidade tenha uma obrigação presente resultante de um evento
passado.

Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de


uma certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em
conseqüência de um contrato, por exemplo.
Exemplo: Contas a pagar por mercadorias e serviços recebidos.

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A extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas
maneiras:

- pagamento em dinheiro;
Exemplo: Pagamento de uma conta de telefone em dinheiro.

- transferência de outros ativos;


Exemplo: Um cliente deu um adiantamento em dinheiro para que empresa
fabricasse determinado produto. Como a empresa ainda não entregou o
produto ao cliente, esse adiantamento de cliente é uma obrigação da empresa.
No momento que a empresa entregar o produto para o cliente (transferência
de ativo – o produto é um ativo da empresa), a obrigação com o cliente se
extingue.

- prestação de serviços;
Exemplo: Um cliente deu um adiantamento em dinheiro para que empresa
prestasse determinado serviço. Como a empresa ainda prestou o serviço ao
cliente, esse adiantamento de cliente é uma obrigação da empresa. No
momento que a empresa prestar o serviço para o cliente, a obrigação com o
cliente se extingue.

- substituição da obrigação por outra; ou


Exemplo: A empresa Linotécnica precisava pagar o aluguel de sua fábrica,
mas não possuía dinheiro no momento. Para não atrasar o pagamento do
aluguel, a empresa fez um empréstimo bancário, ou seja, trocou uma
obrigação (aluguel a pagar) por outra (empréstimo bancário a pagar).

- conversão da obrigação em capital.


Exemplo: A empresa Linotécnica possuía uma obrigação a pagar com o seu
principal fornecedor de matéria-prima. Contudo, ela não possuía dinheiro e
também não conseguiu fazer um empréstimo bancário. Para resolver a
situação a Linotécnica ofereceu uma sociedade para o seu fornecedor em troca
da dívida, ou seja, o fornecedor virou sócio da Linotécnica. Portanto, nesse
caso, a Linotécnica converteu a obrigação em capital social.

Uma obrigação pode, também, ser extinta por outros meios, tais como pela
renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos creditícios.

Sob o enfoque ambiental, teríamos que um passivo ambiental corresponde


a todo dano ao meio ambiente causado pela empresa, cujo valor
corresponderá ao custo necessário para recuperar o dano, bem como
as multas e indenizações que podem vir a ser pagas.

Há que se ressaltar que um bem adquirido pela empresa pode dar origem a
um passivo ambiental em contrapartida a um ativo ambiental. Por exemplo,
equipamentos e insumos adquiridos (ativos ambientais) com a finalidade de
proteção ao meio ambiente ou redução do dano causado ao meio ambiente
(passivos ambientais).
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Exemplos de passivos ambientais:

- Fornecedores ambientais.
- Multas a pagar por danos ambientais.
- Indenizações a pagar por danos ambientais.
- Títulos a pagar decorrentes de aquisições de ativos ambientais.

As obrigações decorrentes do passivo ambiental podem ser divididas em:


legais; implícitas; construtivas e justas. Vamos estudar cada uma delas.

6.1.3.2.1. Obrigações Legais

Ocorrem quando a empresa possui uma obrigação presente, prevista em um


contrato ou em legislação, decorrente de um evento passado, como a
utilização do meio ambiente (da água, do solo, de minerais, etc) ou em virtude
da produção de resíduos tóxicos.

Exemplo: A empresa J4M2 deseja se instalar na região norte do Brasil para a


produção de papel. Para isso, assina um contrato com o estado do Amazonas
de modo que, para cada 5 hectares de floresta explorada para a produção de
papel, a empresa deve plantar 2 hectares de plantas da região amazônica. Ou
seja, foi criada uma obrigação legal para a empresa J4M2 explorar a floresta
da região.

6.1.3.2.2. Obrigações Implícitas

Ocorrem quando a empresa, por meio de práticas adotadas no passado ou


alguma declaração feita cria uma expectativa em relação a terceiros,
assumindo, por conseguinte, um compromisso. Portanto, não há um contrato
legal, mas as informações prestadas pela empresa ou as práticas passadas
acabaram gerando, implicitamente, esta obrigação.

Exemplo: A empresa J4M2 deseja se instalar na região norte do Brasil para a


produção de papel. Com isso, o presidente da empresa, de modo a criar uma
boa imagem com os moradores da região, dá uma entrevista coletiva e
informa que, para compensar os danos ambientais causados pela empresa,
criará um parque ecológico na região, com espécies da fauna e da flora locais.
No momento que o presidente assumiu este compromisso, surgiu o passivo
ambiental.

6.1.3.2.3. Obrigações Construtivas

As obrigações construtivas aparecem quando a empresa vai além das


obrigações legais, ou seja, a empresa, além de cumprir as obrigações legais,
cumpre outras obrigações para melhorar o meio ambiente.

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Exemplo: A empresa J4M2 deseja se instalar na região norte do Brasil para a
produção de papel. Além das obrigações legais previstas, a empresa cria um
programa de treinamento de preservação do meio ambiente para os
moradores da região.

6.1.3.2.4. Obrigações Justas (equitable)

São as obrigações decorrentes de fatores éticos e morais adotados pela


empresa, ou seja, refletem a responsabilidade social da empresa.

Exemplo: A empresa J4M2 deseja se instalar na região norte do Brasil para a


produção de papel. Além das obrigações legais previstas, a empresa cria
programas para proporcionar uma melhoria na qualidade de vida da
comunidade da região, como a construção de um centro médico, com posterior
doação para a prefeitura.

Os passivos ambientais também podem ser classificados como normais e


anormais.

6.1.3.2.5. Passivos Ambientais Normais

São passivos ambientais decorrentes das operações da empresa.

Exemplo: O vinhoto, resultante da produção álcool, utilizado na irrigação de


lavouras.

6.1.3.2.6. Passivos Ambientais Anormais

São passivos ambientais que não decorrem das operações empresa e que
estão fora de seu controle.

Exemplo: Vazamento de material tóxico do depósito de uma empresa em


virtude de um incêndio.

6.1.4. Receitas, Despesas, Custos e Lucro Ambientais

6.1.4.1. Custos Ambientais

Primeiramente, vamos entender a diferença entre custo e despesa.

O custo corresponde ao gasto com bens ou serviços que serão utilizados


na produção de outros bens ou serviços, ou seja, são gastos relacionados
à atividade de produção.

As despesas são gastos com bens ou serviços não utilizados nas


atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de
receitas.

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Ou seja, as despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que
possuem a característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de
receitas.

Sob o enfoque ambiental, os custos podem ser divididos em internos e


externos.

Os custos externos resultam da atividade da empresa e do dano que essa


atividade pode causar ao meio ambiente. São de difícil mensuração, pois
ocorrem fora do ambiente de controle da empresa.

Exemplos: esgotamento de recursos naturais, danos causados ao meio


ambiente, efeitos na saúde dos moradores da região.

Os custos internos estão relacionados diretamente com o processo de


produção interno da empresa, sendo compostos pelos custos de prevenção do
meio ambiente e de redução dos danos causados.

Exemplos: treinamento ambiental dos funcionários, multas legais,


manutenção relacionada ao meio ambiente.

6.1.4.2. Receitas Ambientais

São exemplos de receitas ambientais:


- prestação de serviços especializados em gestão ambiental;
- venda de produtos decorrentes de sobras de insumos do processo produtivo;
- venda de produtos reciclados;
- receita de aproveitamento de calor;
- redução do consumo de matérias-primas;
- redução do consumo de energia;
- redução do consumo de água;
- redução de despesas em assistência médica de funcionários em virtude da
diminuição dos riscos ambientais;
- economia na utilização de materiais e reciclagem de resíduos;
- entre outras.

6.1.4.3. Despesas Ambientais

São exemplos de despesas ambientais:


- prevenção de contaminação relacionada às atividades da empresa;
- tratamento de resíduos;
- tratamento de emissão de poluentes;
- depreciação de equipamentos ambientais;
- pesquisa e desenvolvimento de tecnologias menos danosas ao meio
ambiente;
- auditoria ambiental;
- entre outras.

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6.1.4.4. Lucro Ambiental

O lucro ambiental corresponde à capacidade de gerar resultados


econômicos positivos, respeitando o meio ambiente, isto é, sem causar
poluição.

6.1.5. A Evidenciação Contábil dos Aspectos Ambientais

Um exemplo de registro contábil seria: Compra de matérias-primas a prazo


que serão utilizadas em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos:

Débito: Estoque de Matérias-Primas Ambientais (Ativo Circulante)


Crédito: Fornecedores Ambientais (Passivo Circulante)

A maneira mais fácil e didática de estudar a evidenciação dos aspectos


ambientais é por intermédio de um exemplo prático.

Considerarei, como você é contador, que já está cansado de saber como se faz
um lançamento contábil, ok? Conceitos como contas de natureza devedora,
contas de natureza credora, contas retificadoras, débito e crédito devem estar
no “seu sangue”.

Contudo, mesmo que você já conheça todos os conceitos supramencionados,


segue um quadro resumo para facilitar o entendimento.

Natureza Contas Débito Crédito


Devedora Ativo, Retificadoras do Passivo e Aumenta Diminui
PL e Despesas
Credora Passivo, PL, Retificadoras do Diminui Aumenta
Ativo e Receitas

Vamos ao nosso exemplo numérico!

Exemplo: Em janeiro de 2010, a empresa indústria J4M2, instalada na cidade


de Cubatão, sofria constantes reclamações por parte dos moradores vizinhos à
fábrica por conta da poluição que causava. O órgão regulador responsável por
reprimir os impactos ambientais, na mesma época, estava aplicando elevadas
multas nas empresas poluidoras da região.

A J4M2 ainda não havia sido intimada pelo órgão e resolveu tomar as devidas
providências para tentar reduzir o dano ambiental que estava causando.

A empresa investiu em um treinamento para os funcionários da produção,


sobre procedimentos a serem adotados para a redução da poluição causada
pela empresa, e também investiu em equipamentos modernos que reduziriam
os poluentes e resíduos gerados pela produção da fábrica.

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Os gastos de janeiro de 2010 foram os seguintes:

Dia Evento
6 Início do treinamento: foi pago o valor de R$ 5.000, à vista
7 Aquisição de livros de Contabilidade Ambiental, no valor de R$
1.000,00, à vista
10 Aquisição de equipamentos novos para a fábrica, no valor de R$
20.000,00, sendo R$ 5.000,00 à vista e o restante em três prestações
iguais e mensais de R$ 5.000,00.
10 Aquisição de insumos ambientais para reparação dos danos causados,
no valor de R$ 4.000,00, à vista.
15 Pagamento de taxa de licença ao órgão regulador para iniciar o
procedimento de reparação dos danos ambientais causados, no valor de
R$ 2.000,00, à vista.
15 Pagamento de salários dos funcionários da fábrica envolvidos no
programa ambiental da empresa, no valor de R$ 10.000,00.

Lançamentos:

Dia Evento
6 Início do treinamento: foi pago o valor de R$ 5.000, à vista

Débito: Despesas com Treinamento Ambiental (Despesa) 5.000


Crédito: Caixa (Ativo Circulante) 5.000

7 Aquisição de livros de Contabilidade Ambiental, no valor de R$


1.000,00, à vista

Débito: Livros Técnicos (Ativo Não Circulante – Imobilizado) 1.000


Crédito: Caixa (Ativo Circulante) 1.000

10 Aquisição de equipamentos novos para a fábrica, no valor de R$


20.000,00, sendo R$ 5.000,00 à vista e o restante em três prestações
iguais e mensais de R$ 5.000,00.

Débito: Equipamentos Ambientais (Ativo Não Circulante – Imobilizado)


20.000
Crédito: Caixa (Ativo Circulante) 5.000
Crédito: Fornecedores Ambientais (Passivo Circulante) 15.000

10 Aquisição de insumos ambientais para reparação dos danos causados,


no valor de R$ 4.000,00, à vista.

Débito: Insumos Ambientais (Ativo Circulante) 4.000


Crédito: Caixa (Ativo Circulante) 4.000

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15 Pagamento de taxa de licença ao órgão regulador para iniciar o
procedimento de reparação dos danos ambientais causados, no valor de
R$ 2.000,00, à vista.

Débito: Despesa com Licenças Ambientais (Despesa) 2.000


Crédito: Caixa (Ativo Circulante) 2.000

15 Pagamento de salários dos funcionários da fábrica envolvidos no


programa ambiental da empresa, no valor de R$ 10.000,00.

Débito: Despesas de Salários Ambientais (Despesa) 10.000


Crédito: Caixa (Ativo Circulante) 10.000

6.2. Contabilidade Tributária

6.2.1. Tributos: Conhecimentos Básicos

Antes de falar sobre tributação, temos que entender o que são os tributos. De
acordo com o art. 3o do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

As características do tributo são:


- Prestação pecuniária compulsória: o tributo deve ser pago em moeda,
independente da vontade do sujeito passivo (pessoa jurídica ou física devedora
do tributo). Não há, em regra, tributo pago em bens ou pago em trabalho, por
exemplo.

- Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: o tributo pode ser expresso
em moeda corrente ou, por exemplo, por meio de indexadores.

- Que não constitua sanção de ato ilícito: as penalidades pecuniárias ou multas


não se incluem no conceito de tributo.

- Instituída em lei: só existe a obrigação de pagar o tributo se uma norma


jurídica estabelecer a exigência.

- Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a


autoridade fiscal só pode agir segundo previsão legal expressa.

Competência Tributária: é o poder conferido pela Constituição Federal aos


entes federados para editarem leis que instituam tributos. Ou seja, pela
atribuição constitucional de competência tributária divide-se o poder de
tributar e cobrar tributos entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios e, neste ponto, é que aparece a relação com o Federalismo, visto
que a competência tributária é repartida entre os diversos entes da federação,
constituindo o “Federalismo Fiscal”.
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De acordo com o artigo 145 da CF/88, a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios poderão instituir os seguintes tributos (competência comum
para instituir tributos dos entes federativos):

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva


ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Além disso, temos:

A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos


compulsórios (competência privativa):

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade


pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante


interesse nacional, que não pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção


no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

Agora, precisamos entender os conceitos de sujeito ativo e sujeito passivo da


obrigação tributária. Vamos estudá-los.

Sujeito ativo da obrigação tributária: de acordo com o artigo 119 do


Código Tributário Nacional (CTN), o sujeito ativo da obrigação tributária é a
pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu
cumprimento.

Sujeito passivo da obrigação tributária: de acordo com os artigos 121 e


122 do CTN, o sujeito passivo da obrigação tributária é o contribuinte e o
responsável.

Sujeito passivo da obrigação principal: é a pessoa obrigada ao pagamento


de tributo ou penalidade pecuniária. O sujeito passivo da obrigação principal
diz-se:

- contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que


constitua o respectivo fato gerador; e

- responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua


obrigação decorra de disposição expressa de lei.

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Sujeito passivo da obrigação acessória: é a pessoa obrigada às prestações
que constituam o seu objeto.

Vamos aproveitar e estudar também alguns dos princípios tributários:

Princípio da Legalidade Tributária (ou Estrita Legalidade Tributária):


instituído pelo art. 150, I da Constituição Federal de 1988 (CF/88), transcrito
abaixo, estabelece que é vedado aos entes federativos criar ou aumentar
tributo sem lei que o estabeleça.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Logo, pelo Princípio da Legalidade Tributária só é possível criar nova regra ou


majorar a base de cálculo ou a alíquota de tributos através de lei regularmente
instituída, ou seja, ato próprio do Poder Legislativo.

Esse princípio também deve visto sob dois aspectos: legalidade formal e
legalidade material.

Em relação à legalidade formal, a regra tributária inserida no ordenamento


jurídico deve obedecer aos trâmites constitucionais instituídos para a sua
criação, enquanto que, em relação à legalidade material, também denominada
pela doutrina como princípio da tipicidade tributária, a regra tributária deve
trazer elementos que descrevam o fato jurídico e os elementos que
prescrevem o conteúdo da relação obrigacional.

Apesar da rigidez do Princípio da Legalidade Tributária, a Constituição Federal


previu exceções ao Princípio da Legalidade Tributária para o imposto de
importação, o imposto de exportação, o imposto sobre produtos
industrializados, o imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros, ou
relativas a títulos e valores mobiliários (art. 153, § 1o, CF/88) e, ainda, sobre
contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados e álcool combustível (art. 177, § 4o, I, “b”, CF/88).

A razão da flexibilidade facultada ao Poder Executivo em relação à alteração


das alíquotas dos tributos supracitados reside no fato de que tais impostos
possuem caráter extrafiscal, ou seja, sua função precípua não é arrecadar
fundos para o Estado, e sim estimular ou desestimular certos comportamentos,
por razões econômicas, sociais, de saúde etc.

Contudo, há que se ressaltar que esta flexibilidade dada ao Poder Executivo


não é discricionária, visto que devem ser observados os limites e as condições
estabelecidos em lei, isto é, o Executivo deve definir em lei material (ato de
Executivo) quais serão as alíquotas aplicadas ao tributo em questão,
respeitando os limites e condições previstos em lei.
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Além dessas exceções, ainda há a exceção prevista no art. 155, § 4o, IV da
CF/88, que estabelece que o ICMS incidente em etapa única sobre operações
com determinados combustíveis e lubrificantes definidos em lei complementar,
terá suas alíquotas fixadas por convênio (que não são atos legislativos)
celebrado entre os Estados e o Distrito Federal. Ademais a CF/88 permite que
estes convênios reduzam ou restabeleçam essas alíquotas.

Princípio da Anterioridade: sem prejuízo de outras garantias asseguradas


ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro (de 1o de janeiro a 31
de dezembro de cada ano) em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou (art. 150, III, a, da CF/88).

Princípio da Irretroatividade Tributária: Sem prejuízo de outras garantias


asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos
antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (art.
150, III, a, da CF/88).

Princípio da Isonomia Tributária: todos são iguais perante a lei, sem


distinção de qualquer natureza (art. 5o, da CF/88).

Já caiu em prova!(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Os


princípios constitucionais tributários são a fundamentação básica do sistema
jurídico tributário, e prevalecem sobre todas as normas jurídicas, que só têm
validade se editadas em rigorosa consonância com eles. A Constituição Federal
de 1988 definiu tais princípios no capítulo do Sistema Tributário Nacional. Com
relação à matéria, a citação constitucional “Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”
caracteriza o princípio da

(A) anterioridade.
(B) competência tributária.
(C) irretroatividade tributária.
(D) isonomia tributária.
(E) legalidade.

E aí? Alguma dúvida? A alternativa correta é a “e”.

Vamos estudar mais algumas definições importantes:

Impostos Diretos: são aqueles cujo ônus tributário incide sobre o próprio
contribuinte, ou seja, não podem repercutir para outrem, sendo, por essa
razão, associados à capacidade de pagamento do contribuinte e seu fato
gerador está diretamente relacionado a sua renda ou patrimônio.
Exemplos: Imposto de Renda, ITR, IPVA e IPTU.

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Impostos Indiretos: os contribuintes transferem, total ou parcialmente, o
ônus tributário para terceiros (responsáveis) e seus fatos geradores estão
associados a produção e comercialização de bens e prestação de serviços. Os
impostos indiretos podem ser específicos, incidindo sobre um valor fixo ou
unidade comercializada, ou ad valorem, onde existe uma alíquota que incide
sobre o valor da transação.
Exemplos: IPI, ICMS, ISS e Imposto de Importação.

Portanto, se a obrigação tributária não pode ser objeto de repercussão


indica, ela decorre de um imposto direto.

Outro conceito importante em relação aos tributos diz respeito à


cumulatividade e não-cumulatividade.

A cumulatividade é incidência repetitiva de determinado tributo sobre toda a


cadeia produtiva, também conhecida como efeito cascata.

Por outro lado, na não-cumulatividade ocorre a incidência do tributo apenas


sobre o valor agregado, ou seja, do valor do tributo que incide na venda das
mercadorias/produtos deduz-se o valor do tributo que incidiu nas operações
anteriores sobre os respectivos insumos/mercadorias.

Tudo bem. Pode falar: Professor, não entendi nada! Então vamos fazer
exemplos numéricos, para que tudo fica mais claro.

Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 comprou mercadorias, por R$


1.000,00, de seu fornecedor e revendeu estas mercadorias para a empresa
Kaprisma, por R$ 1.500,00. A empresa Kaprisma, por sua vez, revendeu as
referidas mercadorias para a empresa Linotécnica, por R$ 2.000,00. A
Linotécnica vendeu as mercadorias para João, por R$ 3.000,00. O tributo
incidente sobre as compras e vendas é cumulativo e possui uma alíquota de
10% sobre a receita de vendas. Calcule o valor do tributo a recolher para cada
uma das empresas.

J4M2 Kaprisma Linotécnica

I – J4M2:
Receita de Vendas = R$ 1.500,00
Tributo a Recolher = 10% x Receita de Vendas = 10% x 1.500 = R$ 150,00

II – Kaprisma:
Receita de Vendas = R$ 2.000,00
Tributo a Recolher = 10% x Receita de Vendas = 10% x 2.000 = R$ 200,00

III – Linotécnica:
Receita de Vendas = R$ 3.000,00
Tributo a Recolher = 10% x Receita de Vendas = 10% x 3.000 = R$ 300,00

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Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 comprou mercadorias, por R$
1.000,00, de seu fornecedor e revendeu estas mercadorias para a empresa
Kaprisma, por R$ 1.500,00. A empresa Kaprisma, por sua vez, revendeu as
referidas mercadorias para a empresa Linotécnica, por R$ 2.000,00. A
Linotécnica vendeu as mercadorias para João, por R$ 3.000,00. O tributo
incidente sobre as compras e vendas é não-cumulativo e possui uma alíquota
de 10% sobre a receita de vendas. Calcule o valor do tributo a recolher para
cada uma das empresas.

J4M2 Kaprisma Linotécnica

I – J4M2:
Receita de Vendas = R$ 1.500,00
Custo das Compras = R$ 1.000,00
Valor Agregado = Receita de Vendas – Custo das Compras ⇒
⇒ Valor Agregado = 1.500 – 1.000 = R$ 500,00
Tributo a Recolher = 10% x Valor Agregado = 10% x 500 = R$ 50,00

II – Kaprisma:
Receita de Vendas = R$ 2.000,00
Custo das Compras = R$ 1.500,00
Valor Agregado = Receita de Vendas – Custo das Compras ⇒
⇒ Valor Agregado = 2.000 – 1.500 = R$ 500,00
Tributo a Recolher = 10% x Valor Agregado = 10% x 500 = R$ 50,00

III – Linotécnica:
Receita de Vendas = R$ 3.000,00
Custo das Compras = R$ 2.000,00
Valor Agregado = Receita de Vendas – Custo das Compras ⇒
⇒ Valor Agregado = 3.000 – 2.000 = R$ 1.000,00
Tributo a Recolher = 10% x Valor Agregado = 10% x 1.000 = R$ 100,00

6.2.1.1. ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de


Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação)

O ICMS é um imposto de competência estadual e não-cumulativo. Como


incide, normalmente, sobre a circulação de mercadorias e prestação de
serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios é devido
por empresas comerciais ou industriais.

Conforme estabelece o artigo 155, § 2o, I da CF/88 em relação ao ICMS, os


valores devidos em cada operação serão compensados com o montante
cobrado nas operações anteriores (não-cumulatividade).

Além disso, possui uma característica importante: é calculado por dentro.

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Caramba, professor! Mais essa agora. Que história é essa de imposto por
dentro? No imposto por dentro, o valor do imposto já está incluso no preço
final. Vejamos:

Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 vendeu mercadorias para a empresa


Kaprisma por R$ 2.000,00, e nesta operação houve a incidência de ICMS, com
uma alíquota de 20%. Calcule o valor do tributo incidente na venda, determine
o valor da nota fiscal de venda e o valor das mercadorias sem imposto.

Repare que a receita de vendas representa a base de cálculo do ICMS, ou seja,


para calculá-lo, teríamos:

ICMS sobre Vendas = Alíquota x Base de Cálculo


ICMS sobre Vendas = 20% x Receita de Vendas = 20% x 2.000 = R$ 400,00

Como o ICMS é um imposto por dentro, o valor total da nota fiscal é de R$


2.000,00. Portanto, o valor da mercadoria sem imposto será de:

Valor de Mercadoria Sem Imposto = R$ 2.000,00 – R$ 400,00 = R$ 1.600,00

Outras características do ICMS:

- Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor


está transportando as mercadorias. Logo, incide ICMS sobre o valor do frete e
do seguro;

- Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa (Ex: Empresa
Transportadora), sobre esses valores não incidirão ICMS;

- Se a questão não informar, consideraremos que o frete e o seguro não foram


realizados pelo fornecedor das mercadorias;

- Como o ICMS é um tributo não cumulativo, o valor do ICMS pago ao


fornecedor por ocasião da compra (tendo em vista que o ICMS, por ser um
imposto por dentro) corresponde a um direito da empresa classificado no Ativo
Circulante e não integra o custo dos estoques de mercadorias (ICMS a
Recuperar);

- Por outro lado, o valor do ICMS que a empresa recebe de um cliente por
ocasião da venda de mercadorias representa uma obrigação da empresa
classificada no Passivo Circulante (ICMS a Recolher);

- A conta “ICMS sobre Vendas” é uma conta de despesa, redutora da receita


bruta de vendas; e

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- Se a conta “ICMS a Recuperar” (Ativo Circulante) for maior que a conta
“ICMS a Recolher” (Passivo Circulante), a diferença de saldo entre as duas
contas, no final do período de apuração, será classificada como “ICMS a
Recuperar”. Caso contrário (ICMS a Recuperar < ICMS a Recolher), a diferença
entre as duas contas será classificada como “ICMS a Recolher” (Passivo
Circulante).

Já caiu em prova! (Especialista em Ciências Contábeis-Sejus/DF-2010-


Funiversa) Em relação ao ICMS, é incorreto afirmar que

(A) é de competência estadual.


(B) incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não
compreendidos na competência tributária dos municípios.
(C) a Constituição Federal prevê hipóteses em que o ICMS deve ser instituído e
arrecadado pelos municípios.
(D) Pertencem aos municípios 25% do produto da arrecadação do imposto do
estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
(E) O contribuinte do ICMS pode ser qualquer pessoa, física ou jurídica.

ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias


e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação):
- Imposto de competência estadual;
- Incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não
compreendidos na competência tributária dos municípios.
- Pertencem aos municípios 25% do produto da arrecadação do imposto do
estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
- O contribuinte do ICMS pode ser qualquer pessoa, física ou jurídica.
- A Constituição Federal não prevê hipóteses em que o ICMS deve ser
instituído e arrecadado pelos municípios.
A alternativa “c” é a incorreta.

De acordo com o artigo 20 da Lei Complementar no 87/1996, a aquisição de


bens incorporados ao ativo não circulante - imobilizado também dá direito à
compensação do ICMS incidente na aquisição.

De acordo com a Lei Complementar no 102/2000, a compensação dos


referidos créditos do ICMS deverá ser realizada a razão de um
quarenta e oito avos por mês, a partir do mês em que ocorrer a
entrada no estabelecimento.

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Contudo, de acordo com o artigo 33 da Lei Complementar no 87/1996, alterado
pela Lei Complementar no 138/2010, somente darão direito de crédito as
mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele
entradas a partir de 1o de janeiro de 2020. Portanto, não haverá
recuperação de ICMS na compra de mercadorias para uso ou consumo
até 2020.

6.2.1.2. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

O IPI é um imposto de competência federal e não-cumulativo. Como incide


sobre produtos industrializados, é devido pelas empresas industriais e por
empresas equiparadas a industriais.

Conforme estabelece o artigo 153, § 3o, II da CF/88 em relação ao IPI, os


valores devidos em cada operação serão compensados com o montante
cobrado nas operações anteriores (não-cumulatividade).

Além disso, possui uma característica importante: é calculado por fora.

Caramba, de novo! Antes era por dentro, agora, por fora. Que história é essa
de imposto por fora? No imposto por fora, o valor do imposto não está incluso
no preço final. Vejamos:

Exemplo: Suponha que a empresa industrial J4M2 vendeu produtos de


fabricação própria para a empresa comercial Kaprisma por R$ 2.000,00, e
nesta operação houve a incidência de ICMS, com uma alíquota de 20% e de
IPI, com uma alíquota de 10%. Calcule o valor do tributo incidente na venda,
determine o valor da nota fiscal de venda, o faturamento bruto e o valor das
mercadorias sem imposto.

Repare que a receita de vendas representa a base de cálculo do ICMS e do IPI,


ou seja, para calculá-lo, teríamos:

ICMS sobre Vendas = Alíquota x Base de Cálculo


IPI = Alíquota x Base de Cálculo

ICMS sobre Vendas = 20% x Receita de Vendas = 20% x 2.000 = R$ 400,00


IPI = 10% x Receita de Vendas = 10% x 2.000 = R$ 200,00

Como o ICMS é um imposto por dentro, o valor total da nota fiscal seria de R$
2.000,00. Contudo, há o IPI também, que é por fora. Portanto o valor total da
nota fiscal será:

Valor Total da Nota Fiscal = 2.000 + IPI = 2.000 + 200 = R$ 2.200,00

O faturamento bruto da empresa J4M2 seria:


Faturamento Bruto = Valor Total da Nota Fiscal = R$ 2.200,00

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O valor da mercadoria sem imposto será de:
Valor de Mercadoria Sem Imposto = R$ 2.000,00 – R$ 400,00 = R$ 1.600,00

Outras características do IPI:

- Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor


está transportando as mercadorias. Logo, incide IPI sobre o valor do frete e do
seguro;

- Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa (Ex: Empresa
Transportadora), sobre esses valores não incidirão IPI;

- Se a questão não informar, consideraremos que o frete e o seguro não foram


realizados pelo fornecedor das mercadorias;

- Como o IPI é um tributo não cumulativo, o valor do IPI pago ao fornecedor


por ocasião da compra (caso a empresa seja industrial ou equiparada a
industrial) corresponde a um direito da empresa classificado no Ativo
Circulante e não integra o custo dos estoques de mercadorias (IPI a
Recuperar);

- Por outro lado, o valor do IPI que a empresa recebe de um cliente por
ocasião da venda de produtos representa uma obrigação da empresa
classificada no Passivo Circulante (IPI a Recolher);

- Se a empresa adquirente dos produtos não for contribuinte do IPI ou, sendo
contribuinte, não utilize os produtos adquiridos em seu processo de fabricação,
o IPI incidente na operação de compra NÃO SERÁ RECUPERADO e integrará o
custo de aquisição do produto.

- A conta “IPI sobre o Faturamento” é uma conta de despesa, a aparece como


dedução do faturamento bruto;

- Se a conta “IPI a Recuperar” (Ativo Circulante) for maior que a conta “IPI a
Recolher” (Passivo Circulante), a diferença de saldo entre as duas contas, no
final do período de apuração, será classificada como “IPI a Recuperar”. Caso
contrário (IPI a Recuperar < IPI a Recolher), a diferença entre as duas contas
será classificada como “IPI a Recolher” (Passivo Circulante).

- O IPI pode ter alíquotas ad valorem (percentuais) ou específicas (valor por


unidade do produto).

Exemplos:
I) Alíquota Ad Valorem = 10%
IPI = Alíquota Ad Valorem x Base de Cálculo (Preço Produto s/ Imposto)

II) Alíquota Específica = R$ 0,20 por unidade de produto


IPI = Alíquota Específica x Quantidade Vendida
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Macete na hora da prova: quando a questão não informar, consideraremos
que a empresa é comercial (revendedora de mercadorias), ou seja, a empresa
será contribuinte do ICMS (poderá recuperar o ICMS sobre as compras, que
não integrará o custo das compras) e não será contribuinte do IPI (fará parte
do custo das compras).

Já caiu em prova! (Contabilidade-Iphan-2009-Funiversa) Um comerciante


adquiriu a prazo, 100 pares de calçados do fabricante, que emitiu, para
cobertura da operação, nota fiscal com os seguintes dados:

100 pares de calçados a R$ 20,00..................... 2.000,00


IPI – 12%..................................................... 240,00
Total da Nota................................................. 2.240,00
ICMS de 17% (incluído no valor da nota)............ 340,00

Sabendo-se que o comprador é contribuinte do ICMS, mas não é do IPI, o


contabilista de sua empresa deverá registrar a compra com o seguinte
lançamento.

(A) Compra
a Fornecedores ............................................... 2.240,00

(B) Diversos
a Fornecedores
Compras ........................... 2.000,00
Conta Corrente-IPI ............... 240,00
Conta Corrente-ICMS ............340,00 ............... 2.580,00

(C) Diversos
a Fornecedores
Compras ............................. 1.660,00
Conta Corrente-IPI .................240,00
Conta Corrente-ICMS ..............340,00 ............. 2.240,00

(D) Diversos
a Fornecedores
Compras .............................2.000,00
Conta Corrente – IPI ............. 240,00 ............. 2.240,00
(E) Diversos
a Fornecedores
Compras ........................... 1.900,00
Conta Corrente-ICM...............340,00 ............... 2.240,00

Se o comprador é contribuinte do ICMS e não é contribuinte do IPI, o ICMS nas


compras será recuperável e o IPI nas compras será custo.

Compra a Prazo = 100 pares de calçados a R$ 20,00 = 2.000,00


IPI (12%) = 240,00 (imposto por fora)
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Total da Nota = 2.240,00
ICMS de 17% (incluído no valor da nota) = 340,00

Compras Líquidas = Total da Nota – ICMS a Recuperar ⇒


⇒ Compras Líquidas = 2.240 – 340 = 1.900
Lançamento:
Diversos
a Fornecedores
Compras 1.900
ICMS a Recuperar ou Conta-Corrente ICMS 340 2.240
A alternativa “e” é a correta.

Já caiu em prova! (ICMS-MG-2005-Esaf) Ao efetuar, diretamente da fábrica,


uma compra, a prazo, de 200 latas de tinta, de 18 litros cada uma, ao preço
unitário de R$ 35,00, sofrendo incidência de IPI a 8% e ICMS a 12%,
destinando essa tinta para revender ao preço de R$ 54,00 cada unidade, a
empresa deverá lançar a débito da conta estoques de mercadorias o valor de

(a) R$ 7.560,00
(b) R$ 7.000,00
(c) R$ 6.720,00
(d) R$ 6.652,80
(e) R$ 6.160,00

I – Cálculo do Estoque de Mercadorias: como a companhia compra da fábrica


para revenda, apenas o ICMS poderá subtraído do custo das mercadorias, pois
é uma empresa comercial (o IPI fará parte do custo das Mercadorias).

Compras de Mercadorias = 200 x 35 7.000


(+) IPI (8%) = 8% x 7.000 560 (imposto por fora)
(-) ICMS (12%) = 12% x 7.000 (840) (imposto por dentro)
Estoque de Mercadorias 6.720
A alternativa “c” é a correta.

6.2.1.3. ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza)

O ISS é um imposto de competência municipal. Como incide, normalmente,


sobre a prestação de serviços é devido por empresas comerciais. Além disso,
possui uma característica importante: é calculado por dentro.

Finalmente, há que destacar que o ISS cobrado sobre a prestação de serviços


é uma conta de despesa, redutora da receita bruta de vendas.

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Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 prestou serviços de manutenção de
computadores para a empresa comercial Kaprisma por R$ 2.000,00, e nesta
operação houve a incidência de ISS, com uma alíquota de 10%. Calcule o valor
do tributo incidente na venda e determine o valor da nota fiscal de venda.

Repare que a receita de prestação de serviços representa a base de cálculo do


ISS, ou seja, para calculá-lo, teríamos:

ISS sobre Vendas = Alíquota x Base de Cálculo

ISS sobre Vendas = 10% x Receita de Vendas = 10% x 2.000 = R$ 200,00

Como o ISS é um imposto por dentro, o valor total da nota fiscal seria de R$
2.000,00.

Já caiu em prova!(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) A


empresa Elevada cobrou R$ 11.000,00 pelo serviço de manutenção de dois
elevadores. Estão incluídas nesse valor as peças hidráulicas, no valor de R$
2.300,00; as partes mecânicas, no valor de R$ 1.200,00 e as partes dos
componentes elétricos, no valor de R$ 2.500,00. Sabendo-se que a alíquota de
Imposto Sobre Serviços (ISS) é de 5%, o ISS devido pela Elevada, nesse
serviço, em reais, é

(A) 250,00
(B) 325,00
(C) 365,00
(D) 385,00
(E) 500,00

Empresa Elevada
Prestação de Serviços de Manutenção de Elevadores = R$ 11.000,00

Valores incluídos no valor da prestação dos serviços:

Peças Hidráulicas R$ 2.300,00


Partes Mecânicas R$ 1.200,00
Partes dos Componentes Elétricos R$ 2.500,00
Valor Total dos Materiais Utilizados R$ 6.000,00

Valor Cobrado pela Prestação do Serviço R$ 11.000,00


(-)Valor Total dos Materiais Utilizados (R$ 6.000,00)
Valor da Prestação do Serviço Líquido R$ 5.000,00
Repare que o ISS incide somente sobre a prestação de serviços. Por isso,
foram descontados os materiais utilizados e cobrados do cliente da empresa de
manutenção de elevadores.

Base de Cálculo do ISS = Valor da Prestação do Serviço Líquido = R$ 5.000,00

ISS = 5%
ISS a Recolher = Taxa x Base de Cálculo ⇒
⇒ ISS a Recolher = 5% x 5.000 = R$ 250,00
A alternativa “a” é a correta.
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6.2.2. Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas

6.2.2.1. Incidência

O imposto de renda das pessoas jurídicas é um tributo de competência da


União previsto do inciso III, do artigo 153 da Constituição Federal.

De acordo com o Código Tributário Nacional, em seu artigo 43, o imposto de


renda tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade jurídica ou
econômica:

- de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da


combinação de ambos;

- de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos


patrimoniais não compreendidos no item acima.

A incidência do imposto de renda independe da denominação da


receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou
nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.

No caso de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei


estabelecerá as condições e o momento em que se dará a sua
disponibilidade, para fins de incidência do imposto de renda.

O Imposto de Renda (IR) possui, entre outras, as seguintes características:

Princípio da Progressividade: O IR deve ter alíquotas progressivas, ou seja,


quanto maior a renda, maior a alíquota. O objetivo de princípio é aplica a
justiça tributária e está ligado ao princípio da capacidade contributiva.

Princípio da Generalidade: O IR deve ter incidência sobre todas as pessoas.

Princípio da Universalidade: O IR deve incidir sobre todas as rendas e


proventos.

Contudo, há uma corrente que entende que não é possível distinguir entre a
universalidade e a generalidade e o que importa é que o imposto de renda
deve observar tanto a generalidade como a universalidade, ou seja:

- O IR deve ter incidência sobre todas as pessoas; e


- O IR deve incidir sobre todas as rendas e proventos.

Já caiu em prova!(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) O


Decreto no 3.000/99, conhecido na prática por RIR/99, estabelece, em seu art.
1o, que: “O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será
cobrado e fiscalizado de conformidade com o disposto neste Decreto.” Ao
contemplar a cobrança do Imposto Renda sobre toda e qualquer forma de
renda e provento, nos limites da Lei, o artigo está contemplando o critério da

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(A) anterioridade.
(B) capacidade contributiva.
(C) generalidade.
(D) legalidade.
(E) universalidade.

A banca entendeu de forma diferente, pois, pelo gabarito da prova:


Princípio da Generalidade: O IR deve incidir sobre todas as rendas e
proventos.

Princípio da Universalidade: O IR deve ter incidência sobre todas as


pessoas.
A alternativa “c” é a correta.

6.2.2.2. Alíquota e Adicional do Imposto de Renda

A alíquota do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas é de 15%.

Além do imposto cobrado à alíquota de 15%, será cobrado um adicional de


10% sobre a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado (veremos esses
conceitos a seguir) que exceder o valor resultante da multiplicação de R$
20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração.

Limites por Período de Apuração:

Mensal = R$ 20.000,00
Trimestral = 3 x R$ 20.000,00 = R$ 60.000,00
Anual = 12 x R$ 20.000,00 = R$ 240.000,00

Exemplo: Empresa XYZ apresentou, no 1º trimestre de 2008, um lucro real de


R$ 85.000,00.

Imposto = 15% x 85.000,00 = R$ 12.750,00


Adicional = 10% x (85.000,00 – 60.000,00) = 10% x 25.000 = R$ 2.500,00
A empresa deverá recolher o valor de R$ 15.250,00 a título de IRPJ

Já caiu em prova!(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-


Cesgranrio) Em 31 de dezembro de 2009, a Sociedade Anônima apurou um
lucro, antes do Imposto de Renda, de R$ 250.000,00 e não fez qualquer ajuste
no LALUR. O Imposto de Renda devido por essa Sociedade Anônima, tributada
pelo lucro real, em reais, é

(A) 37.500,00
(B) 38.500,00
(C) 39.000,00
(D) 41.250,00
(E) 62.500,00

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Em 31 de dezembro de 2009:
Lucro Antes do Imposto de Renda = R$ 250.000,00

Não houve ajuste no Lalur. Portanto, temos:


Lucro Real = Lucro Antes do Imposto de Renda = R$ 250.000,00

Cálculo do Imposto de Renda:

IR = 15% x 250.000 = 37.500


Limite do Adicional do IR = 12 x 20.000 = 240.000
Adicional do IR = 10% x (250.000 – 240.000) = 10% x 10.000 = 1.000
Total do IR = 37.500 + 1.000 = 38.500
A alternativa “b” é a correta.

6.2.2.3. Base de Cálculo: Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro


Arbitrado. Formas de Pagamento.

As pessoas jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por
um dos seguintes regimes de tributação:

- Lucro Presumido;
- Lucro Arbitrado;
- Lucro Real

Observação: As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte podem optar


pelo recolhimento do IRPJ e da CSLL, juntamente com outros impostos e
contribuições (inclusive ICMS e ISS), pelo Simples Nacional.

6.2.2.3.1. Lucro Presumido

A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha


sido igual ou inferior a quarenta e oito milhões de reais (R$ 48.000.000,00),
ou a quatro milhões de reais multiplicados pelo número de meses de atividade
no ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar pelo
regime de tributação com base no lucro presumido.

O imposto com base no lucro presumido será determinado por períodos de


apuração trimestrais.

Agora, você deve estar se perguntando. Definimos que a empresa pode optar
pelo lucro presumido, mas como eu vou calcular o lucro presumido?

Da seguinte forma: a base de cálculo do imposto e do adicional, em cada


trimestre, será determinada mediante a aplicação do percentual de oito por
cento (8%) sobre a receita bruta auferida no período de apuração. Este é o
caso geral, mas há percentuais de presunção específicos para determinadas
atividades. Vejamos os mais importantes:

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Comércio e indústria = 8%
Serviços de transporte de passageiros = 16%
Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás = 1,6%
Prestação de serviços em geral = 32%

No caso de atividades diversificadas, será aplicado o percentual


correspondente a cada atividade.

Atenção! A base de cálculo mensal do imposto das pessoas jurídicas


prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até cento
e vinte mil reais, será determinada mediante aplicação do percentual de
16% sobre a receita bruta auferida mensalmente.

Prestação de serviços em geral = 16% (receita bruta anual < R$ 120.000,00)

Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos


incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados
destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor
dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário.

Exemplo: A Cia. J4M2, que apura o imposto de renda pelo lucro presumido,
auferiu receitas no trimestre, no valor de R$ 1.000.000,00, referente à
revenda de mercadorias. Determine o valor do imposto de renda do período.

Como é uma empresa que revende mercadorias, o percentual de presunção


será de 8% (comércio).

Base de Cálculo do Imposto de Renda = 8% x 1.000.000 = R$ 80.000,00

Cálculo do Imposto = 15% x 80.000 = R$ 12.000,00


Adicional = 10% x (80.000 – 60.000) = 10% x 20.000 = R$ 2.000,00

Imposto de Renda do Período = 12.000 + 2.000 = R$ 14.000,00

Já caiu em prova!(Ciências Contábeis-BNDES-2009-Cesgranrio) Admita


que uma empresa comercial, não obrigada à tributação pelo lucro real, optou
pela tributação do imposto de renda com base no lucro presumido. Nesta
condição, para efeitos exclusivos da legislação do imposto de renda, ela estará
obrigada a manter a escrituração no livro-caixa e no(s) livro(s)

(A) diário.
(B) razão.
(C) diário e razão.
(D) registro de inventário.
(E) diário, razão e registro de inventário.

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A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido deverá:

a) manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Para


efeitos fiscais, é dispensável a escrituração quando a pessoa jurídica mantiver
Livro Caixa, devidamente escriturado, contendo toda a movimentação
financeira, inclusive bancária;

b) manter o Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar


registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangido
pela tributação simplificada;

c) manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo


decadencial e prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os
livros de escrituração obrigatórios determinados pela legislação fiscal
específica, bem assim os documentos e demais papéis que servirem de base
para escrituração comercial e fiscal (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 4º);

d) Lalur, quando tiver lucros diferidos de períodos de apuração anteriores


(saldo de lucro inflacionário a tributar na situação específica de ser optante
pelo lucro presumido no ano-calendário 1996, conforme IN SRF nº 93, de
1997, art. 36, inciso V, §§ 7º e 8º) e/ou prejuízos a compensar.
A alternativa “d” é a correta.

6.2.2.3.2. Lucro Arbitrado

O lucro será arbitrado pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, por


ocasião de uma fiscalização em determinado contribuinte. Para tanto, o
Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) estabelece quando o lucro deve
ser arbitrado. Vejamos.

De acordo com o artigo 530 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), o


imposto devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será
determinado com base nos critérios do lucro arbitrado, quando:

I – o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver


escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as
demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;

II – a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes


indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem
imprestável para:

a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou


b) determinar o lucro real.

III – o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e


documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, no caso de
tributação pelo lucro presumido;
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IV – o contribuinte optar indevidamente pela tributação base no lucro
presumido;

V – o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de


escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do
comitente residente ou domiciliado no exterior;

VI – o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas


contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário.

O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando conhecida a receita


bruta, será determinado mediante a aplicação dos percentuais fixados
para o lucro presumido, acrescidos de 20% (vinte por cento).

Exemplo:
Lucro Presumido
Base de Cálculo = Receita Bruta
Percentual de Presunção para Prestação de Serviços em Geral = 32%

Se o houvesse o arbitramento do lucro, o percentual adotado seria:

Percentual de Arbitramento = 32% + 20% x 32% = 32% + 6,4% = 38,4%

Já caiu em prova!(Contador Junior-Área Contábil-Transpetro-2011-


Cesgranrio) Ao ocorrer o arbitramento do lucro, qualquer que seja a hipótese
dentre as previstas no RIR/99, e sendo conhecida a Receita Bruta da
companhia, o Imposto de Renda arbitrado será apurado pela utilização das
taxas determinadas para o Lucro Presumido, acrescidas de

(A) 5%
(B) 10%
(C) 15%
(D) 20%
(E) 25%
A alternativa “d” é a correta.

6.2.2.3.3. Lucro Real

De acordo com o artigo 247 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99),


lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela
legislação fiscal.

A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro


líquido de cada período de apuração com observância das leis
comerciais (lucro contábil).

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Antes de tratarmos dos conceitos de adições, exclusões e compensações,
vamos ver o conceito de dedutibilidade.

6.2.2.3.3.1. Dedutibilidade: Regra Geral

As despesas dedutíveis, para fins de apuração do lucro real, são as usuais ou


normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa,
ou seja, devem estar intrinsecamente relacionadas com a atividade fim
da empresa (produção ou a comercialização dos bens e serviços).

São excluídos do conceito acima os dispêndios relativos a inversões ou


aplicações de capital (por exemplo, aquisição de um bem para o ativo
imobilizado), além dos expressamente vedados pela legislação fiscal.

As referidas despesas operacionais devem estar registradas por documentos


hábeis e idôneos, que comprovem a operação.

De acordo com o artigo 369 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), é


admitida a dedução de despesas com alimentação fornecida pela pessoa
jurídica, desde que sua distribuição seja realizada a todos os funcionários, de
forma indistinta.

Resumindo, pode-se dizer que uma despesa será dedutível para fins de
apuração do lucro real se for:

- necessária para a realização da atividade fim da empresa;

- usual ou normal para o tipo de atividade fim da empresa; e

- comprovada por meio de documentação idônea.

6.2.2.3.3.2. Despesas e Custos Indedutíveis: Regra Geral

São despesas operacionais indedutíveis para fins de apuração do lucro real:

a) de qualquer provisão, com exceção apenas daquelas constituídas para:


férias de empregados e 13º salário; reservas técnicas das companhias de
seguro e de capitalização, das entidades de previdência privada e das
operadoras de planos de assistência à saúde, cuja constituição é exigida pela
legislação especial a elas aplicável; e para perdas de estoques.

b) das contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens


móveis ou imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a
produção ou comercialização dos bens e serviços;

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c) de despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo,
conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com
bens móveis e imóveis, exceto se relacionados intrinsecamente com a
produção ou comercialização dos bens e serviços;

Atenção! As despesas com depreciação, amortização, manuntenção,


reparo, etc, de bens intrinsecamente relacionados à atividade fim da
empresa SÃO DEDUTÍVEIS.

d) das despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;

e) das contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros


e planos de saúde e benefícios complementares assemelhados aos da
Previdência Social, instituídos em favor de empregados e dirigentes da pessoa
jurídica;

f) de doações, exceto se efetuadas em favor: do Pronac (Lei nº 8.313, de


1991); instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido
autorizada por lei federal, sem finalidade lucrativa (limitada a 1,5 %
do lucro operacional, antes de computada a sua dedução e a citada na
sequência); e de entidades civis sem fins lucrativos legalmente constituídas
no Brasil que prestem serviços em benefício de empregados da pessoa jurídica
doadora e respectivos dependentes, ou em benefício da comunidade onde
atuem (limitada a dois por cento do lucro operacional, antes de computada a
sua dedução).

São dedutíveis as doações efetuadas às Organizações de Sociedade Civil de


Interesse Público (Oscip) e às Organizações Sociais (OS), até o limite de dois
por cento do lucro operacional, antes de computada a sua dedução; e

g) das despesas com brindes.

Notas:

1) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: é uma provisão não


dedutível. A despesa com essa provisão só pode ser dedutível no
período em que se tornar efetiva, ou seja, no período em que for
confirmado que o cliente não pagará a duplicata a receber, por
exemplo.

2) Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL): não é despesa dedutível,


para fins da apuração do lucro real, devendo o respectivo valor ser
adicionado ao lucro líquido.

3) Somente serão admitidas como dedutíveis as despesas com


alimentação quando esta for fornecida pela pessoa jurídica,
indistintamente, a todos os seus empregados.

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4) As despesas computadas no lucro líquido e consideradas
indedutíveis pela lei fiscal deverão ser adicionadas para fins de
apuração do lucro real do respectivo período de apuração.

6.2.2.3.3.3. Adições, Exclusões e Compensações

Como vimos no início do item, de acordo com o artigo 247 do Regulamento do


Imposto de Renda (RIR/99), lucro real é o lucro líquido do período de
apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações
prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal.

Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)


(+) Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
Base de Cálculo do Imposto de Renda pelo Lucro Real

As adições ao lucro líquido do período para a determinação do lucro real são


ajustes que têm a finalidade de aumentar a base de cálculo do imposto e são
compostas por:

- custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer


outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a
legislação tributária, não sejam dedutíveis para fins de apuração do lucro real.

- resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na


apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, são
tributáveis para fins de apuração do lucro real.

Exemplos:
- CSLL;
- Despesas com multas, exceto as multas de natureza compensatória, como as
multa de mora, ou as multas impostas por infrações de que não resultem falta
ou insuficiência de pagamento de tributo (como as multas por atraso de
obrigações acessórias);
- Despesas com Provisões, exceto as Despesas com Provisão para o Décimo-
Terceiro Salário e as Despesas com Provisão para Férias;
- Perda com Equivalência Patrimonial;
- Despesas com Alimentação dos Sócios, Acionistas e Administradores;
- Despesas com Brindes;
- Excesso de Juros sobre o Capital Próprio;
- Entre outras.

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As exclusões são ajustes que têm por finalidade reduzir a base de cálculo do
imposto e são compostas por:

- resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na


apuração do lucro líquido do período que, de acordo com a legislação
tributária, não sejam tributáveis para fins de apuração do lucro real.

- valores cuja dedução seja expressamente autorizada pela legislação


tributária e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do
período.

Exemplos: Receitas Não Tributáveis, tais como:

- Ganho de Equivalência Patrimonial


- Receita de Dividendos
- Reversão de Provisões Indedutíveis
- Benefícios de Depreciação, Amortização e Exaustão Acelerada Incentivada
- Juros sobre o Capital Próprio

Despesas dedutíveis: Participações Estatutárias de Empregados e de


Debenturistas.

As compensações referem-se, primordialmente, ao saldo de prejuízo fiscal de


períodos anteriores, que diminuirá a base de cálculo do imposto de renda,
respectivamente, em períodos futuros, até zerar este saldo. Serão controladas
na Parte B do Lalur.

Atenção, pois há uma limitação importante: o saldo de prejuízo fiscal


apurado em períodos anteriores que será compensado está limitado a
30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e
exclusões.

Atenção! A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão


não poderá compensar prejuízos fiscais da sucedida.

6.2.2.3.3.4. LALUR: Forma de Escrituração Fiscal

O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) é um livro de escrituração


de natureza eminentemente fiscal destinado à apuração extracontábil
do lucro real.

O Lalur é composto de duas partes:

a) Parte A: destinada aos lançamentos de ajuste do lucro líquido do período


(adições, exclusões e compensações), tendo como fecho a transcrição da
demonstração do lucro real; e

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b) Parte B: destinada exclusivamente ao controle dos valores que não
constem da escrituração comercial, mas que devam influenciar a determinação
do lucro real de períodos futuros.

A apuração do lucro real deve ser realizada via LALUR, tendo em vista
que o lucro contábil não deve ser alterado.

Deste modo, devemos utilizar a Parte “A” do LALUR para efetuar as adições ao
lucro contábil.

Há que se ressaltar que o controle na Parte “B” do LALUR deve ser efetuado no
caso de despesas vinculadas a um evento futuro, isto é, despesas cujo fato
gerador ainda não ocorreu, como, por exemplo, as despesas com constituição
de provisões.

Neste caso, as despesas serão incorridas e consideradas como dedutíveis na


apuração do lucro real apenas quando o respectivo fato gerador ocorrer. Ou
seja, as despesas com provisões, por ocasião do lançamento, deveriam ser
adicionadas e anotadas na Parte “B” do LALUR e somente seriam deduzidas no
lucro do período para a determinação do lucro real quando o fato gerador da
perda provisionada efetivamente ocorresse.

Já caiu em prova! (Companhia Paraibana de Gás – Analista – 2007 –


FCC)

Lucro antes da contribuição social (CSLL) ............... 320.000,00


Adições na parte A do LALUR (exceto CSLL)............... 60.000,00
Exclusões na parte A do LALUR................................ 80.000,00
Prejuízo fiscal de períodos de apuração anteriores .....100.000,00
Adições na base de cálculo da CSLL .......................... 50.000,00
Exclusões na base de cálculo da CSLL ........................ 65.000,00
Base de cálculo negativa da CSLL de períodos anteriores 30.000,00
O lucro real correspondente a esse período de apuração será, em R$, de

(A) 180.000,00
(B) 200.000,00
(C) 210.000,00
(D) 240.000,00
(E) 300.000,00

Lucro antes da contribuição social (CSLL) 320.000,00


Adições na parte A do LALUR (exceto CSLL) 60.000,00
Exclusões na parte A do LALUR (80.000,00)
Lucro Real Antes da Compensação de Prejuízos 300.000,00

Limite de Compensação de Prejuízos Fiscais = 30% x 300.000 = 90.000

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Logo, é possível só é compensar parte do prejuízo fiscal de períodos
anteriores.
Lucro Real Antes da Compensação de Prejuízos 300.000,00
(-) Prejuízo fiscal de períodos de apuração anteriores (90.000,00)
Lucro Real 210.000,00
A alternativa “c” é a correta.

Já caiu em prova! (Ciências Contábeis-BNDES-2009-Cesgranrio) Uma


empresa comercial apresentou as seguintes informações: 31/12/2007 –
Prejuízo fiscal registrado na parte “B” do LALUR, R$ 86.000,00.

2008 – Primeiro trimestre: Lucro de R$ 200.000,00, incluindo neste lucro


provisão para férias de R$ 20.000,00, e resultado negativo de participação em
investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial de R$
20.000,00.

2008 – Segundo trimestre: lucro de R$ 80.000,00.

O imposto de renda devido pela empresa ao final dos dois trimestres, em reais,
é

(A) 37.000,00
(B) 37.400,00
(C) 41.500,00
(D) 43.000,00
(E) 46.000,00

31/12/2007: Prejuízo Fiscal = R$ 86.000,00

2008 – Primeiro trimestre: Lucro de R$ 200.000,00, incluindo neste lucro


provisão para férias de R$ 20.000,00, e resultado negativo de participação em
investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial de R$
20.000,00.
Para o cálculo do lucro real, teríamos:
Lucro Líquido do Trimestre (Lucro Contábil) = R$ 200.000,00

Provisão para Férias = R$ 20.000,00 (Dedutível para fins de apuração do lucro


real e já foi considerada no lucro acima. Portanto, não há ajuste a fazer).

Resultado Negativo de Participação em Investimentos Avaliados pelo Método


de Equivalência Patrimonial = Perda de Equivalência Patrimonial = R$
20.000,00 (Não é dedutível para fins de apuração do lucro real, devendo,
portanto, fazer a adição).

Lucro Contábil do Trimestre 200.000


(+) Perda de Equivalência Patrimonial 20.000
Lucro Ajustado 220.000

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Limite Máximo de Compensação de Prejuízos Fiscais = 30% x Lucro Ajustado
Limite Máximo de Compensação de Prejuízos Fiscais = 30% x 220.000
Limite Máximo de Compensação de Prejuízos Fiscais = 66.000

Lucro Ajustado 220.000


(-) Compensação de Prejuízos Fiscais (66.000)
Lucro Real 154.000

Saldo de Prejuízos Fiscais a Compensar em Períodos Seguintes =


= 86.000 – 66.000 = 20.000

Lucro Real = R$ 154.000,00

Imposto = 15% x 154.000 = R$ 23.100,00


Adicional = 10% x (154.000 – 3 x 20.000) = 10% x 94.000 = R$ 9.400,00

Imposto Devido no Primeiro Trimestre = 23.100 + 9.400 = R$ 32.500,00

2008 – Segundo trimestre: lucro de R$ 80.000,00.

Lucro Contábil = Lucro Ajustado = R$ 80.000,00 (não há adições ou exclusões


a fazer).

Lucro Ajustado 80.000


(-) Compensação de Prejuízos Fiscais (20.000)
Lucro Real 60.000
Saldo de Prejuízos Fiscais a Compensar em Períodos Seguintes
= 20.000 – 20.000 = 0
Lucro Real = R$ 60.000,00

Imposto = 15% x 60.000 = R$ 9.000,00


Adicional = 10% x (60.000 – 3 x 20.000) = 0

Imposto Devido no Segundo Trimestre = R$ 9.000,00


Imposto Total Devido (Primeiro e Segundo Trimestres) = 32.500 + 9.000
Imposto Total Devido (Primeiro e Segundo Trimestres) = R$ 41.500,00
A alternativa “c” é a correta.

6.2.2.3.3.5. Pagamento Mensal Por Estimativa

A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real poderá optar pelo
pagamento do imposto e adicional, em cada mês, determinados sobre base de
cálculo estimada.

A opção do pagamento mensal por estimativa será manifestada com o


pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou de início de
atividade.

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Para o cálculo da base de cálculo do imposto de renda para o pagamento
mensal por estimativa serão utilizados os mesmos percentuais do lucro
presumido.

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Considerando-se as informações recebidas da Companhia Comercial H. S/A e
as determinações da legislação fiscal do Imposto de Renda, para as empresas
tributadas pelo Lucro Real com antecipação mensal em bases estimadas, o
valor do Imposto de Renda a recolher, referente ao mês de fevereiro, em reais,
é

(A) 4.500,00
(B) 6.600,00
(C) 9.000,00
(D) 15.600,00
(E) 24.000,00

A antecipação mensal por estimativa utilizará os seguintes percentuais para


apurar a base de cálculo do imposto de renda:

Venda de Mercadorias = 8%
Serviços Prestados a Terceiros = 32%

Atenção! Se a questão não definir a receita bruta anual da prestação


de serviços, deve ser utilizado o percentual de 32%.

Lucro Estimado (Venda de Mercadorias) = 8% x 250.000 = 20.000


Lucro Estimado (Serviços Prestados a Terceiros) = 32% x 75.000 = 24.000
Lucro Estimado Total = 20.000 + 24.000 = 44.000

Apuração do Imposto de Renda:

A regra é:
I - Até R$ 20.000,00 por mês: alíquota do imposto é de 15%
II – Acima de R$ 20.000,00 por mês: a diferença deve ser tributada por uma
alíquota adicional de 10%

Imposto de Renda = 44.000 x 15% + (44.000 – 20.000) x 10% ⇒


⇒ Imposto de Renda = 6.600 + 24.000 x 10% ⇒
⇒ Imposto de Renda = 6.600 + 2.400 ⇒
⇒ Imposto de Renda = 9.000
A alternativa “c” é a correta.

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6.2.3. Contribuição Social Sobre o Lucro (CSSL)

6.2.3.1. Incidência e Base de Cálculo

A contribuição social sobre o lucro líquido é um tributo incidente sobre o lucro


da empresa, após ajustes, conforme abaixo:

Lucro Operacional Líquido


(+) Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
Base de Cálculo da CSLL

Atenção! Caso, após os ajustes (adições, exclusões e compensações) a base


de cálculo da CSLL seja negativa (menor que zero), não haverá CSLL no
período.

As adições representam valores a serem somados à base de cálculo da CSLL.

Exemplos:
- Despesas Indedutíveis:
- despesas com provisões (exceto Despesas com Provisão para Férias e
Despesas com Provisão para Décimo-Terceiro Salário);
- perda com equivalência patrimonial;
- despesas com depreciação, amortização, manutenção, seguros,
tributos, etc com bens não relacionados com a produção ou a
comercialização de bens e serviços;
- Despesas com brindes;
- Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores.
- Excesso de Juros sobre o Capital Próprio;
- Outras Adições

As exclusões representam valores a serem subtraídos da base de cálculo da


CSLL.

Exemplos: Receitas Não Tributáveis, tais como:


- Ganho de Equivalência Patrimonial
- Receita de Dividendos
- Reversão de Provisões Indedutíveis
- Juros sobre o Capital Próprio

Despesas dedutíveis como as participações estatutárias de debenturistas,


empregados, administradores e partes beneficiárias.

As compensações referem-se ao saldo de base de cálculo negativa da CSLL


de períodos anteriores, que diminuirá a base de cálculo da CSLL em períodos
futuros, até zerar este saldo.

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É passível de compensação o saldo correspondente à base de cálculo negativa,
apurada a partir do ano-calendário de 1992. Assim como a legislação do
imposto de renda, há a limitação de compensação da base de cálculo
negativa da CSLL em 30% (trinta por cento) do lucro líquido, após
adições e exclusões.

Há que se ressaltar que a provisão para CSLL não é dedutível para fins de
apuração do lucro real (imposto de renda da pessoa jurídica), devendo ser
adicionada ao lucro na apuração da base de cálculo do lucro real.

6.2.3.2. Formas de Pagamento

Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento


estabelecidas para o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ): real,
presumido e arbitrado, além da opção de pagamento por estimativa, no caso
de apuração pelo lucro real.

6.2.3.3. Alíquota

A CSLL será determinada mediante a aplicação da alíquota de 9% (nove por


cento) sobre o resultado ajustado, presumido ou arbitrado.

Para as pessoas jurídicas de seguros privados, capitalização e instituições


financeiras em geral, a alíquota da CSLL, a partir de 01/05/1988, será de 15%.

Já caiu em prova!(Analista-Contabilidade-Finep-2011-Cesgranrio)
Considerando-se as informações recebidas da Companhia H. S/A e as
determinações da legislação fiscal do Imposto de Renda, para as empresas
tributadas pelo Lucro Real com antecipação mensal em bases estimadas, o
valor da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a recolher, referente
ao mês de fevereiro, em reais, é

(A) 3.510,00
(B) 4.860,00
(C) 5.400,00
(D) 22.500,00
(E) 28.800,00

A antecipação mensal por estimativa utilizará os seguintes percentuais para


apurar a base de cálculo da CSLL:

Venda de Mercadorias = 12% (adotado para pessoas jurídicas em geral)


Serviços Prestados a Terceiros = 32%

Lucro Estimado (Venda de Mercadorias) = 12% x 250.000 = 30.000


Lucro Estimado (Serviços Prestados a Terceiros) = 32% x 75.000 = 24.000
Lucro Estimado Total = 30.000 + 24.000 = 54.000

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A alíquota da CSLL a ser adotada é de 9%.

CSLL = 9% x 54.000 = 4.860


A alternativa “b” é a correta.

6.2.4. Juros sobre o Capital Próprio

Para fatos geradores ocorridos a partir de 01/01/1996, a pessoa jurídica


poderá deduzir, para efeito de apuração do lucro real, observado o regime de
competência, os juros pagos ou creditados individualmente ao titular, sócios ou
acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as
contas do patrimônio líquido e limitadas à variação pro rata dia da Taxa de
Juros Longo Prazo – TJLP.

O valor dos juros pagos ou creditados para efeito de dedutibilidade como


despesa financeira não poderá exceder, a 50% (cinquenta por cento) do
maior entre os seguintes valores:

a) do lucro líquido correspondente ao período de apuração


(trimestral ou anual) do pagamento ou crédito dos juros, antes
da provisão para o imposto de renda e da dedução dos referidos
juros; ou

b) dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros de períodos


anteriores.

Considera-se creditado, individualmente, o valor dos juros remuneratórios


sobre o capital próprio, quando a despesa for registrada, na escrituração
contábil da pessoa jurídica, em contrapartida a conta ou subconta de seu
passivo exigível, representativa de direito de crédito do sócio ou acionista da
sociedade ou do titular de empresa individual.

Lançamento:

Despesas dos Juros sobre o Capital Próprio


a Juros sobre o Capital Próprio a Pagar

A dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio se estende à base de cálculo


da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) para fatos geradores
ocorridos a partir de 01/01/1997.

Para fins do cálculo da remuneração, não será considerado como integrante do


patrimônio líquido, o valor da reserva de reavaliação de bens e direitos da
pessoa jurídica.

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O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica, a titulo de
remuneração do capital próprio, poderá ser imputado ao valor dos dividendos,
sem prejuízo do pagamento do imposto de renda na fonte e da dedução do
valor dos juros correspondente na base de cálculo do IRPJ e do CSLL.

O valor dos juros pagos ou creditados, a título de remuneração do capital


próprio, ficará sujeito à incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de
15% na data do pagamento ou crédito.

Caso os juros sejam creditados aos sócios e acionistas em vez de pagos e


houver algum tipo de remuneração no período compreendido entre a data do
crédito e a do efetivo pagamento (juros sobre juros), essa remuneração é
equiparada a uma aplicação financeira de renda fixa e sobre seu valor incide
imposto de renda na fonte à alíquota de 20%.

Para a Receita Federal do Brasil os juros pagos deverão ser registrados como
despesas, afetando o resultado do exercício, entretanto para a CVM os juros
pagos não poderão afetar o resultado e sim serem distribuídos a partir da
conta Lucros ou Prejuízos acumulados.

Lançamento (para a CVM):


Lucros Acumulados
a Juros sobre o Capital Próprio a Pagar

6.2.5. Incentivos Fiscais

Os incentivos fiscais representam uma renúncia de receitas públicas ou a


concessão de benefícios aos contribuintes com o objetivo, por exemplo, de
estimular o desenvolvimento econômico de determinada região, a geração de
novos empregos, o aumento das exportações, entre outros.

Exemplos:

- Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da


Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste – REPENEC;

- Regime Especial para Aquisição de Computadores para Uso Educacional –


RECOMPE;

- Regime Especial para a Indústria Aeronáutica Brasileira – RETAERO;

- De acordo com o artigo 1o da Lei no 11.051/04:Art. 1o As pessoas jurídicas


tributadas com base no lucro real poderão utilizar crédito relativo à
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à razão de 25% (vinte e
cinco por cento) sobre a depreciação contábil de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em regulamento,
adquiridos entre 1o de outubro de 2004 e 31 de dezembro de 2010, destinados
ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do adquirente.

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(...)

§ 6o As pessoas jurídicas poderão se beneficiar do crédito a partir do


mês em que o bem entrar em operação até o final do 4o (quarto) ano-
calendário subsequente àquele a que se referir o mencionado mês.

Portanto, se a máquina foi adquirida e entrou em operação em janeiro


de 2005, a empresa poderá usufruir do crédito relativo à CSLL até
dezembro de 2008 (duração de quatro anos).

- entre outros.

Já caiu em prova!(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio)


Considerando exclusivamente as informações prestadas pela Indústria Romena
S.A. e a sua prerrogativa legal de poder utilizar o crédito relativo ao incentivo
fiscal sobre a depreciação, o valor a ser pago por ela, referente ao saldo da
Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL), no 2o semestre de 2006, em reais,
é

(A) Zero
(B) 1.020,00
(C) 1.080,00
(D) 1.520,00
(E) 1.770,00

I – Cálculo do Crédito de CSLL de acordo com a Lei no 11.051/04 (crédito de


incentivo fiscal):

30/março/06 – compra de equipamento novo para o Imobilizado por


120.000,00

2/abril/06 – início da utilização do equipamento no processo produtivo

Prazo de vida útil desse equipamento = 10 anos

A depreciação do equipamento referente ao 2o trimestre de 2006 foi


devidamente calculada e contabilizada

Portanto, o equipamento já estava em utilização durante todo do segundo


trimestre (de abril a junho de 2006).
Depreciação = Taxa x Período x Base de Cálculo

Taxa = 1/Vida Útil = 1/10 = 10% ao ano


Período = de abril a junho = 3 meses = 3 meses/12 meses = 1/4 ano
Base de Cálculo = Custo de Aquisição – Valor Residual
Valor Residual = 0 (não foi informado na questão)
Base de Cálculo = 120.000

Depreciação (do Segundo Trimestre) = 10% x 1/4 x 120.000 ⇒


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⇒ Depreciação (do Segundo Trimestre) = 10% x 30.000 = 3.000
Crédito de CSLL permitido pela Lei no 11.051/04: 25% sobre a depreciação
contábil de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos,
relacionados em regulamento, adquiridos entre 1o de outubro de 2004 e 31 de
dezembro de 2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo
industrial do adquirente.

Crédito de CSLL = 25% x 3.000 = 750

CSLL a Pagar (calculada na questão anterior) 2.520


(-) Crédito de CSLL (750)
CSLL a Pagar (saldo do segundo trimestre) 1.770
A alternativa “e” é a correta.

6.2.6. Ativos e Passivos Fiscais Diferidos: Tratamento Contábil das


Adições Temporárias e Definitivas

A Deliberação CVM no 599/09 e a Resolução CFC no 1.189/09 aprovaram o


Pronunciamento Técnico CPC 32 que dispõe Tributos sobre o Lucro.

6.2.6.1. Definição da Base Contábil e Fiscal

Primeiramente, vamos estudar alguns conceitos importantes:

Resultado contábil: é o lucro ou prejuízo para um período antes da dedução


dos tributos sobre o lucro, ou seja, é o resultado antes do imposto de renda
(IR) e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Lucro tributável: é o lucro para um período, determinado de acordo com as


regras estabelecidas pelas autoridades tributárias, sobre o qual os tributos
sobre o lucro são devidos.

Prejuízo fiscal: é o prejuízo para um período, determinado de acordo com as


regras estabelecidas pelas autoridades tributárias, sobre o qual os tributos
sobre o lucro são recuperáveis (prejuízo fiscal a ser compensado).

Tributo corrente: é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro


tributável (prejuízo fiscal) do período.

Passivo fiscal diferido: é o valor do tributo sobre o lucro devido em período


futuro relacionado às diferenças temporárias tributáveis.

Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em


período futuro relacionado a:
- diferenças temporárias dedutíveis;
- compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; e
- compensação futura de créditos fiscais não utilizados.

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Atenção para a relação:

Passivo Fiscal Diferido ⇒ Diferenças Temporárias Tributáveis


Ativo Fiscal Diferido ⇒ Diferenças Temporárias Dedutíveis

Diferença temporária é a diferença entre o valor contábil de ativo ou


passivo no balanço e sua base fiscal. As diferenças temporárias podem ser
tanto:

- diferença temporária tributável, a qual é a diferença temporária que


resulta em valores tributáveis para determinar o lucro tributável ou prejuízo
fiscal de períodos futuros quando o valor contábil de ativo ou passivo é
recuperado ou liquidado; ou

- diferença temporária dedutível, a qual é a diferença temporária que


resulta em valores que são dedutíveis para determinar o lucro tributável ou
prejuízo fiscal de futuros períodos quando o valor contábil do ativo ou passivo
é recuperado ou liquidado.

Base fiscal de ativo ou passivo: é o valor atribuído àquele ativo ou passivo


para fins fiscais.

Receita e Despesa tributária: são os valores totais incluídos na


determinação do lucro ou prejuízo para o período relacionado com o tributo
sobre o lucro corrente ou diferido.

Despesa tributária: compreende a despesa tributária corrente e a despesa


tributária diferida (redução definitiva).

Receita tributária: compreende a receita tributária corrente e a receita


tributária diferida (adição definitiva).

Antes de estudarmos, efetivamente, a base fiscal e a base contábil,


precisamos entender um pouco os regimes de tributação do imposto de renda
(IR) e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

6.2.6.2. Diferenças, Reconhecimento e Reversão

6.2.6.2.1. Reconhecimento de Passivos e Ativos Fiscais Correntes

Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores


devem, na medida em que não estejam pagos, ser reconhecidos como
passivos.

Lançamentos:

Despesa com IR (Despesa)


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a IR a Pagar (Passivo Circulante)
Despesa com CSLL (Despesa)
a CSLL a Pagar (Passivo Circulante)

Se o valor já pago relacionado aos períodos atual e anteriores exceder o valor


devido para aqueles períodos, o excesso deve ser reconhecido como ativo.

Lançamento:

Diversos
a Bancos (Ativo Circulante)
IR a Pagar (Passivo Circulante)
IR a Compensar (Ativo Circulante)

6.2.6.2.2. Reconhecimento de Passivos e Ativos Fiscais Diferidos

6.2.6.2.2.1. Diferença Temporária Tributável

Um passivo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as


diferenças temporárias tributáveis, exceto o passivo fiscal diferido que
advenha de:

- reconhecimento inicial de ágio derivado da expectativa de rentabilidade


futura (goodwill); ou

- reconhecimento inicial de ativo ou passivo em transação que:


- não é combinação de negócios; e
- no momento da transação, não afeta nem o lucro contábil nem o lucro
tributável (prejuízo fiscal).

Relembrando: Diferença temporária tributável é a diferença entre o valor


contábil de ativo ou passivo no balanço e sua base fiscal que resulta em
valores tributáveis para determinar o lucro tributável ou prejuízo fiscal de
períodos futuros quando o valor contábil de ativo ou passivo é recuperado ou
liquidado.

Diferença Temporária Tributável = Valor Contábil – Base Fiscal ⇒


⇒ Gera um passivo fiscal diferido (valores tributáveis)
Exemplo: A empresa J4M2 adquiriu um veículo por R$ 50.000,00.
Atualmente, a depreciação acumulada é de R$ 25.000,00. Contudo, a
depreciação acumulada para fins fiscais é de R$ 40.000,00 e a alíquota do
imposto de renda sobre o lucro é de 25%. Determine o passivo fiscal diferido.

Veículo = R$ 50.000,00 (custo de aquisição)


Depreciação Acumulada = R$ 25.000,00

Valor Contábil = Custo de Aquisição – Depreciação Acumulada ⇒


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⇒ Valor Contábil = 50.000 – 25.000 = R$ 25.000,00
Base Fiscal do Veículo = Custo de Aquisição – Depreciação Fiscal Acumulada
⇒ Base Fiscal do Veículo = 50.000 – 40.000 = R$ 10.000,00
Repare que, para recuperar o valor contábil de R$ 25.000,00, a empresa deve
obter uma renda tributável de R$ 25.000,00, mas somente poderá deduzir a
depreciação restante para fins fiscais, no valor de R$ 10.000,00.

Diferença Temporária Tributável = Valor Contábil – Base Fiscal ⇒


⇒ Diferença Temporária Tributável = 25.000 – 10.000 = R$ 15.000,00
Consequentemente, a empresa pagará tributos sobre o lucro no valor de:
Tributos sobre o Lucro = 25% x Diferença Temporária Tributável ⇒
⇒ Tributos sobre o Lucro = 25% x 15.000 ⇒
⇒ Tributos sobre o Lucro = R$ 3.750,00
Portanto, a empresa deve reconhecer um passivo fiscal diferido (IR Diferido)
de R$ 3.750,00, que representa o tributo sobre o lucro a ser pago quando a
empresa recuperar o valor contábil do ativo.

Lançamento:
Despesa de IR (Despesa)
a IR Diferido (Passivo Não Circulante – Longo Prazo) 3.750

Os exemplos a seguir são diferenças temporárias tributáveis e que, portanto,


resultam em passivo fiscal diferido:
- a receita de juros está incluída no lucro contábil em base proporcional ao
tempo, mas em alguns países pode ser incluída no lucro tributável quando o
dinheiro é recebido. A base fiscal de qualquer conta a receber reconhecida no
balanço patrimonial relacionada a essa receita é zero porque as receitas não
afetam o lucro tributável até que o dinheiro seja recebido;

- a depreciação usada para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) pode


diferir daquela usada para determinar o lucro contábil. A diferença temporária
é a diferença entre o valor contábil do ativo e sua base fiscal, a qual é o custo
original do ativo menos todas as deduções referentes àquele ativo permitidas
pelas autoridades tributárias para determinar o lucro tributável dos períodos
corrente e anteriores. A diferença temporária tributável surge, e resulta em
passivo fiscal diferido, quando a depreciação para fins fiscais é acelerada (se a
depreciação para fins fiscais é menos rápida do que a depreciação contábil, a
diferença temporária surge e resulta em ativo fiscal diferido); e

- os custos de desenvolvimento podem ser capitalizados e amortizados em


períodos futuros para determinar o lucro contábil, mas às vezes podem ser
deduzidos para determinar o lucro tributável no período em que eles são
incorridos. Esses custos de desenvolvimento possuem base fiscal zero, já que
eles foram deduzidos na apuração do lucro tributável. A diferença temporária
é a diferença entre o valor contábil dos custos de desenvolvimento e sua base
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fiscal zero.
Diferenças temporárias também surgem quando:
- os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos em combinação
de negócios são reconhecidos por seus valores justos, mas nenhum ajuste
equivalente é feito para fins fiscais;

- os ativos são reavaliados e nenhum ajuste equivalente é feito para fins


fiscais;

- ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) surge em


combinação de negócios;

- a base fiscal de ativo ou passivo no reconhecimento inicial difere de seu


valor contábil inicial; por exemplo, quando a entidade beneficia-se de
subvenções governamentais não tributáveis relacionadas a ativos; ou

- o valor contábil de investimentos em controladas, filiais e coligadas ou em


interesses em empreendimentos sob controle conjunto (joint ventures) torna-
se diferente da base fiscal do investimento ou interesse.

Exemplo: A Cia. Industrial J4M2 adquiriu, em janeiro de 2002, um


equipamento, à vista, no valor de R$ 10.000,00, sendo a taxa de depreciação
anual igual a 20%. Contudo, a depreciação que pode ser deduzida para efeitos
fiscais é de 50% ao ano. Os lucros de 2002 a 2006, antes do imposto de
renda, foram, respectivamente, R$ 4.000,00; R$ 5.000,00; R$ 6.000,00; R$
7.000,00 e R$ 8.000,00. A alíquota do imposto de renda é de 15% sobre o
lucro real. Efetue os lançamentos correspondentes aos fatos contábeis
ocorridos durante os cinco anos.

Depreciação Anual Contábil = 20% x 10.000 = 2.000 (de 2002 a 2006)


Depreciação Anual Incentivada (Fiscal) = 50% x 10.000 = 5.000 (2002 e
2003)

I – Aquisição de equipamento (janeiro de 2002):

Equipamento (Ativo Não Circulante - Imobilizado)


a Caixa (Ativo Circulante) 10.000

Equipamento Caixa
10.000 (I) SI 10.000 (I)

II – Cálculo do Imposto de Renda (2002):


Lucro Contábil antes do IR = 4.000
Despesa de IR = 4.000 x 15% = 600 (sem depreciação incentivada)

Lucro Contábil antes do IR 4.000


(-) Dep. Incentivada – Dep. Contábil = 5.000 – 2.000 (3.000)
Lucro Real 1.000
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IR = 1.000 x 15% = 150 (ou seja, haverá uma postergação de pagamento do


imposto no valor R$ 450,00)

Lançamentos:
Despesas com Depreciação (Despesa)
a Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado –Retificadora) 2.000

Despesa com Imposto de Renda (Despesa)


a Diversos
a IR a Pagar (Passivo Circulante) 150
a IR Diferido (PNC) 450 600

Desp. com Depreciação Depreciação Acumulada


2.000 (II) 2.000 (II)
IR Diferido (PNC)
Despesa com IR IR a Pagar (PC)
450 (II´)
600 (II´) 150 (II´)

Nota: As contas de receitas e despesas (contas de resultado) são


transitórias, tendo seus saldos zerados ao final de cada período para
apuração do resultado do exercício.

III – Cálculo da Provisão para o Imposto de Renda (2003):

Pagamento do imposto referente ao ano anterior:

IR a Pagar (Passivo Circulante)


a Caixa (Ativo Circulante) 150
Caixa IR a Pagar (PC)
SI 10.000 (I) 150 (III) 150 (II´)
150 (III) 0

SI = Saldo Inicial

Lucro Contábil antes do IR = 5.000


Despesa de IR = 5.000 x 15% = 750 (sem depreciação incentivada)

Lucro Contábil antes do IR 5.000


(-) Dep. Incentivada – Dep. Contábil (3.000)
Lucro Real 2.000
IR = 2.000 x 15% = 300
(ou seja, haverá uma postergação de pagamento do imposto no valor R$
450,00)

Lançamentos:
Despesas com Depreciação (Despesa)
a Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado –Retificadora) 2.000
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Despesa com Imposto de Renda (Despesa)


a Diversos
a IR a Pagar (Passivo Circulante) 300
a IR Diferido (PNC) 450 700

Desp. com Depreciação Depreciação Acumulada


2.000 (III´) 2.000 (II)
2.000 (III´)
4.000
Despesa com IR IR a Pagar (PC) IR Diferido (PNC)
700 (III´´) 300 (III´´) 450 (II´)
450 (III´´)
900

IV – Cálculo da Provisão para o Imposto de Renda (2004): acabou a


depreciação incentivada

Pagamento do imposto referente ao ano anterior:


IR a Pagar (Passivo Circulante)
a Caixa (Ativo Circulante) 300
Caixa IR a Pagar (PC)
SI 10.000 (I) 300 (IV) 300 (III´´)
150 (III) 0
300 (IV)
Lucro Contábil antes do IR 6.000
Despesa de IR = 6.000 x 15% = 900

Lucro Contábil antes do IR 6.000


(+) Dep. Contábil 2.000
Lucro Real 8.000

IR = 8.000 x 15% = 1.200

Lançamentos:

Despesas com Depreciação (Despesa)


a Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado –Retificadora) 2.000

Diversos
a IR a Pagar (Passivo Circulante)
Despesa com Imposto de Renda (Despesa) 900
IR Diferido (PNC) 300 1.200

Desp. com Depreciação Depreciação Acumulada


2.000 (IV´) 2.000 (II)
2.000 (III´)
2.000 (IV´)
6.000
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Despesa com IR IR a Pagar (PC) IR Diferido (PNC)


900 (IV´´) 1.200 (IV´´) 300 (IV´´) 450 (II´)
450 (III´´)
600

V – Cálculo da Provisão para o Imposto de Renda (2005): acabou a


depreciação incentivada

Pagamento do imposto referente ao ano anterior:

IR a Pagar (Passivo Circulante)


a Caixa (Ativo Circulante) 1.200
Caixa IR a Pagar (PC)
SI 10.000 (I) 1.200 (V) 1.200 (IV´´)
150 (III) 0
300 (IV)
1.200 (V)

Lucro Contábil antes do IR 7.000


Despesa de IR = 7.000 x 15% = 1.050

Lucro Contábil antes do IR 7.000


(+) Dep. Contábil 2.000
Lucro Real 9.000
IR = 9.000 x 15% = 1.350

Lançamentos:
Despesas com Depreciação (Despesa)
a Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado –Retificadora) 2.000

Diversos
a IR a Pagar (Passivo Circulante)
Despesa com Imposto de Renda (Despesa) 1.050
IR Diferido (PNC) 300 1.350

Desp. com Depreciação Depreciação Acumulada


2.000 (V´) 2.000 (II)
2.000 (III´)
2.000 (IV´)
2.000 (V´)
8.000

Despesa com IR IR a Pagar (PC) IR Diferido (PNC)


1.050 (V´´) 1.350 (V´´) 300 (IV´´) 450 (II´)
300 (V´´) 450 (III´´)
300

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VI – Cálculo da Provisão para o Imposto de Renda (2006): acabou a
depreciação incentivada

Pagamento do imposto referente ao ano anterior:


IR a Pagar (Passivo Circulante)
a Caixa (Ativo Circulante) 1.350
Caixa IR a Pagar (PC)
SI 10.000 (I) 1.350 (VI) 1.350 (V´´)
150 (III) 0
300 (IV)
1.200 (V)
1.350 (VI)

Lucro Contábil antes do IR 8.000


Despesa de IR = 8.000 x 15% = 1.200

Lucro Contábil antes do IR 8.000


(+) Dep. Contábil 2.000
Lucro Real 10.000

IR = 10.000 x 15% = 1.500

Lançamentos:
Despesas com Depreciação (Despesa)
a Depreciação Acumulada (ANC – Imobilizado – Retificadora) 2.000

Diversos
a IR a Pagar (Passivo Circulante)
Despesa com Imposto de Renda (Despesa) 1.200
IR Diferido (PNC) 300 1.500
Desp. com Depreciação Depreciação Acumulada
2.000 (VI´) 2.000 (II)
2.000 (III´)
2.000 (IV´)
2.000 (V´)
2.000 (VI´)
10.000

Despesa com IR IR a Pagar (PC) IR Diferido (PNC)


1.200 (VI´´) 1.500 (VI´´) 300 (IV´´) 450 (II´)
300 (V´´) 450 (III´´)
300 (VI´´)
0

Nota: repare que o imposto postergado nos dois primeiros anos (R$
450,00 + R$ 450,00) foi pago nos três anos seguintes (R$ 300,00 + R$
300,00 + R$ 300,00).

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6.2.6.2.2.2. Diferença Temporária Dedutível

O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças


temporárias dedutíveis na medida em que seja provável a existência
de lucro tributável contra o qual a diferença temporária dedutível
possa ser utilizada, a não ser que o ativo fiscal diferido surja do
reconhecimento inicial de ativo ou passivo na transação que:

- não é uma combinação de negócios; e

- no momento da transação não afeta nem o lucro contábil nem o lucro


tributável (prejuízo fiscal).

Relembrando:Diferença temporária dedutível é a diferença entre o valor


contábil de ativo ou passivo no balanço e sua base fiscal que resulta em
valores que são dedutíveis para determinar o lucro tributável ou prejuízo fiscal
de futuros períodos quando o valor contábil do ativo ou passivo é recuperado
ou liquidado.

Diferença Temporária Dedutível = Valor Contábil – Base Fiscal ⇒


⇒ Gera um ativo fiscal diferido (valores dedutíveis)
Exemplo: A entidade reconhece o passivo de R$ 1.000,00 relativo à provisão
para gastos com garantia de produto. Para fins fiscais, os gastos de garantia
de produto não são dedutíveis até que a entidade pague as reclamações. A
alíquota do tributo é de 25%.

A base fiscal do passivo é zero (valor contábil de R$ 1.000,00, menos o valor


que será dedutível para fins fiscais relacionado àquele passivo em períodos
futuros).

Ao liquidar o passivo pelo seu valor contábil, a entidade reduz seu lucro
tributável futuro no valor de R$ 1.000,00 e, consequentemente, reduz seus
futuros pagamentos de tributos em R$ 250,00 (R$ 1.000,00 a 25%).

A diferença entre o valor contábil de R$ 1.000,00 e a base fiscal de zero é a


diferença temporária dedutível de R$ 1.000,00.

Portanto, a entidade reconhece o ativo fiscal diferido de R$ 250,00 (R$


1.000,00 a 25%) desde que seja provável que a entidade venha a obter lucro
tributável suficiente nos períodos futuros para se beneficiar da redução dos
pagamentos de tributos.

IR Diferido (ANC – Realizável a Longo Prazo)


a Despesa com IR (Despesa) 250 (há um crédito em despesas,
pois reduz o valor da despesa com IR no período).

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Exemplo: A empresa J4M2 apurou o lucro real da seguinte forma, supondo
uma alíquota de 20% para o IR:

Lucro Líquido antes do IR 4.000


(+) Adições: Despesas Não Dedutíveis
(+) Multas indedutíveis 500
(+) Provisão para garantia de produtos 200
(+) Provisão para Manutenção e reparos a executar 200
(+) Provisão para contingências trabalhistas 100
Lucro Real 5.000
IR = 20% x 5.000 = 1.000

Lançamento:
Despesa com IR (Despesa)
a IR a Pagar (Passivo Circulante) 1.000

Algumas despesas consideradas na apuração do lucro real não serão despesas


dedutíveis nesse período de apuração e sim em período futuro, quando,
efetivamente, serão realizadas ou comprovadas. Isto gera um diferimento do
imposto. Vejamos:
Despesas Dedutíveis em Períodos Futuros:
Provisão para garantia de produtos 200
Provisão para Manutenção e reparos a executar 200
Provisão para contingências trabalhistas 100
Total 500

IR Diferido = 20% x 500 = 100

Lançamento:
IR Diferido (ANC – Realizável a Longo Prazo)
a Despesa com IR (Despesa) 100

Quando toda a despesa se tornar dedutível, em período futuro, teríamos:


Despesa com IR (Despesa)
a IR Diferido (ANC – Realizável a Longo Prazo) 100

Exemplos de diferenças temporárias dedutíveis que resultam em ativos fiscais


diferidos:
- despesas com benefícios de aposentadoria podem ser deduzidas para
determinar o lucro contábil na medida em que o serviço é prestado pelo
empregado, mas deduzidas para determinar lucro tributável somente quando
as contribuições são pagas para um fundo constituído pela entidade ou os
benefícios de aposentadoria são pagos pela entidade. Existe uma diferença
temporária entre o valor contábil do passivo e a sua base fiscal; em geral, a
base fiscal do passivo é zero. Tal diferença temporária dedutível resulta em
um ativo fiscal diferido, já que benefícios econômicos irão fluir para a entidade
na forma de dedução dos lucros tributáveis quando as contribuições ou os
benefícios de aposentadoria forem pagos;
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- os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa para
determinar o lucro contábil no período em que são incorridos, mas podem não
ser dedutíveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) até um
período posterior. A diferença entre a base fiscal dos gastos com pesquisa,
que é o valor que as autoridades tributárias permitem como dedução nos
períodos futuros, e o valor contábil de zero é a diferença temporária dedutível
que resulta em ativo fiscal diferido;

- com limitadas exceções, a entidade deve reconhecer os ativos identificáveis


adquiridos e os passivos assumidos em combinação de negócios aos seus
valores justos na data de aquisição. Quando o passivo assumido é reconhecido
na data da aquisição, mas os custos relacionados não podem ser deduzidos
para determinar os lucros tributáveis até um período posterior, surge uma
diferença temporária dedutível que resulta em ativo fiscal diferido. O ativo
fiscal diferido também surge quando o valor justo de ativo identificável
adquirido é menor do que a sua base fiscal. Em ambos os casos, o ativo fiscal
diferido resultante afeta o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura
(goodwill); e

- determinados ativos podem ser registrados contabilmente ao valor justo, ou


podem ser reavaliados, quando isso é permitido legalmente, sem que um
ajuste equivalente seja feito para fins fiscais. A diferença temporária dedutível
surge se a base fiscal do ativo exceder seu valor contábil.

A reversão das diferenças temporárias dedutíveis resulta em deduções


para determinar os lucros tributáveis em períodos futuros.

6.2.6. Provisões Tributárias (IRPJ-CSSL-PIS/PASEP-COFINS)

Como as provisões são sempre contas de natureza CREDORA, as “provisões”


do Passivo (ou “provisões passivas”) não são contas retificadoras e sim contas
representativas de obrigações, em virtude da apropriação pelo regime de
competência, também chamadas de “Provisões para Pagamentos”.

As “provisões tributárias” são as “provisões” relativas a tributos.

São exemplos:

- Provisão para o Imposto de Renda (provisão tributária);


- Provisão para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (provisão
tributária);
- Provisão para Décimo-Terceiro Salário;
- Provisão para Férias;
- Provisão para Contingências.

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Lançamentos:

Na constituição da Provisão (Por exemplo: Imposto de Renda):

Despesas com Provisão para Imposto de Renda (Despesa)


a Provisão para Imposto de Renda ou Imposto de Renda a Recolher (Passivo
Circulante)

No pagamento:

Provisão para Imposto de Renda ou Imposto de Renda a Recolher (Passivo


Circulante)
a Bancos (Ativo Circulante)

6.2.7. PIS/PASEP e COFINS

O PIS e a Cofins são contribuições de competência federal. Tanto o PIS quanto


a Cofins sobre vendas são tributos por dentro, que incidem sobre o
faturamento e são contas de despesa redutoras da receita bruta de vendas.

6.2.7.1. Métodos Cumulativo e Não Cumulativo

Há um detalhe importante sobre o PIS e Cofins em relação à cumulatividade.

Vejamos:

I) PIS: até a publicação da Lei no 10.637/02, era apenas uma contribuição


cumulativa. Contudo, a partir da publicação da referida lei, que criou a não-
cumulatividade para o PIS, pode ser cumulativo ou não-cumulativo. As
alíquotas são:

PIS (não-cumulativo) = 1,65% (regra geral)


PIS (não-cumulativo) = 0,8% – receita bruta decorrente da venda de papel
imune, quando destinado à impressão de periódicos.

PIS (cumulativo) = 0,65% (regra geral)


PIS (cumulativo) 1,46% - receita bruta das distribuidoras decorrente da venda
de álcool para fins carburantes, exceto quando adicionado à gasolina.

II) Cofins: até a publicação da Lei no 10.833/03, era apenas uma contribuição
cumulativa. Contudo, a partir da publicação da referida lei, que criou a não-
cumulatividade para o Cofins, pode ser cumulativo ou não-cumulativo. As
alíquotas são:

Cofins (não-cumulativo) = 7,6%; e


Cofins (não-cumulativo) = 3,2% – receita bruta decorrente da venda de papel
imune, quando destinado à impressão de periódicos.

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Cofins (cumulativo) = 3% (regra geral)
Cofins (cumulativo) = 4% - incidente sobre a totalidade das receitas auferidas
pelos bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil e cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados (corretoras de seguro) e
de crédito e entidades de previdência privada, abertas e fechadas, e pessoas
jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários ou
financeiros;
Cofins (cumulativo) = 6,74% - receita bruta das distribuidoras decorrente da
venda de álcool para fins carburantes, exceto quando adicionado à gasolina.

Ou seja, no caso da não-cumulatividade, teremos, por ocasião das compras, O


PIS a Recuperar (crédito de PIS) e a Cofins a Recuperar (crédito de Cofins),
que não farão parte do custo das compras.

Há que se ressaltar que a não-cumulatividade do Pis e da Cofins só


vale para as empresas que apuram o imposto de renda pelo lucro real.

Os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, regra geral, devem


ser determinados mediante a aplicação dos percentuais de 1,65% e 7,6%,
respectivamente, sobre os valores:

a) das aquisições efetuadas no mês, de pessoas jurídicas domiciliadas no país:

a.1) de bens para revenda, exceto o álcool para fins carburantes, as


mercadorias e produtos sujeitos à substituição tributária e à incidência
monofásica das referidas contribuições;

a.2) de bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na


fabricação ou produção de bens ou produtos destinados à venda, inclusive
combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento devido pelo
fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega
dos veículos classificados nas posições 87.03 (automóveis de passageiros,
principalmente para transporte de pessoas e automóveis de corrida) e 87.04
(automóveis de transporte de mercadorias) da Tipi (Tabela do IPI), e o ICMS
incidente sobre esses valores, nos termos estabelecidos nos respectivos
contratos de concessão.

b) das despesas e custos incorridos no mês, pagos ou creditados a pessoas


jurídicas domiciliadas no país, relativos a:

b.1) energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;

b.2) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos à pessoa jurídica,


utilizados nas atividades da empresa;
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b.3) o valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de
pessoas jurídicas, exceto daquelas optantes pelo Sistema Integrado de
Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte (Simples);

b.4) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos


itens “a.1” e “a.2” (bens para revenda e produtos destinados à venda), quando
o ônus for suportado pelo vendedor;

c) dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a:

c.1) máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,


adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na
produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;

c.2) edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados


nas atividades da empresa; e

d) relativos aos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda


tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido
tributada conforme o disposto na Lei nº 10.637, de 2002, arts. 1º ao 6º, e na
Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º ao 9º.

Atenção!
Em relação à Cofins, de acordo com o inciso VI do artigo 3o da Lei no
10.833/03, a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em
relação a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para
utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços.

Finalmente, em relação ao Pis, de acordo com o inciso VI do artigo 3o da Lei no


10.637/02, a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em
relação a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para
utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços.

Exemplo: A empresa J4M2 Comércio e Indústria, no ano-calendário de 2006,


obteve um faturamento bruto de R$ 315.000,00. Calcule a receita líquida de
vendas da empresa (IPI=5%; ICMS=17%; PIS=1%; COFINS=3%).

A receita líquida de vendas corresponde ao valor da receita bruta de vendas,


deduzido dos abatimentos sobre vendas, devoluções de vendas, descontos
comerciais (no ato venda) e dos tributos sobre vendas. No exemplo, só temos
tributos sobre vendas.

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Faturamento Bruto = 315.000
IPI = 5% x Receita Bruta de Vendas

Sabemos que o faturamento bruto é o resultado da soma da receita bruta de


vendas (RBV) com o valor do IPI (imposto por fora).
RBV + IPI = Faturamento Bruto ⇒
⇒ RBV + 5% x RBV = Faturamento Bruto ⇒
⇒ RBV + 0,05 x RBV = Faturamento Bruto ⇒
⇒ 1,05 x RBV = 315.000 ⇒ RBV = 300.000
Faturamento Bruto 315.000
(-) IPI (15.000)
Receita Bruta de Vendas 300.000
(-) ICMS = 17% x 300.000 (51.000)
(-) PIS = 1% x 300.000 (3.000)
(-) Cofins = 3% x 300.000 (9.000)
Receita Líquida de Vendas 237.000

Já caiu em prova!(TRT-GO-2008-FCC) A Cia. Industrial Luar do Sertão


vendeu 10.000 unidades de um produto de sua fabricação ao preço unitário de
R$ 20,00, tendo havido incidência de ICMS à alíquota de 18% e IPI à 10%. O
preço de custo correspondeu a 60% do preço de venda das mercadorias.
Sabendo-se que a companhia é contribuinte do PIS e da COFINS na
sistemática cumulativa (alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente), a
devolução de 10% do lote pela empresa adquirente diminuiu o lucro bruto da
companhia vendedora no valor, em R$, de

(a) 3.670,00
(b) 3.800,00
(c) 4.330,00
(d) 4.400,00
(e) 5.670,00

I – Cálculo sem a devolução de vendas:

Faturamento Bruto 220.000


IPI (10%) = 10% x 200.000 (20.000)
Receita Bruta de Vendas = 10.000 x 20 200.000
ICMS (18%) (36.000)
PIS (0,65%) (1.300)
COFINS (3%) (6.000)
Receita Líquida de Vendas 156.700
(-) CMV = 60% x Preço de Venda (120.000)
Lucro Bruto 36.700

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II – Cálculo com a devolução de vendas: a devolução de vendas reduz a base
de cálculo do IPI, do ICMS, do PIS e da Cofins.

Faturamento Bruto 218.000


IPI (10%) = 10% x 180.000 (18.000)
Receita Bruta de Vendas = 10.000 x 20 200.000
(-) Devolução de Vendas (20.000)
ICMS (18%) = 18% x 180.000 (32.400)
PIS (0,65%) = 0,65% x 180.000 (1.170)
COFINS (3%) = 3% x 180.000 (5.400)
Receita Líquida de Vendas 141.030
(-) CMV = 60% x 180.000 (108.000)
Lucro Bruto 33.030

Diferença = 36.700 – 33.030 = 3.670


(*) Ponto chave da questão: IPI é imposto por fora, cobrado
destacadamente na nota fiscal.
A alternativa “a” é a correta.

6.2.7.2. Integração Entre as Formas de Tributação Sobre o Lucro

A regra é a seguinte:

Empresas tributadas pelo lucro real: regime não cumulativo do Pis e da


Cofins.

Demais formas de tributação (lucro presumido e lucro arbitrado):


regime cumulativo do Pis e da Cofins.

6.2.7.2.1. Pis e Cofins Cumulativos

A base de cálculo do PIS e da Cofins é a totalidade das receitas auferidas que


estejam sob o regime de apuração cumulativa, sendo irrelevantes o tipo de
atividade exercida pela pessoa jurídica e a classificação contábil adotada para
as receitas, consideradas as exclusões permitidas pela legislação.

Para efeito da apuração da base de cálculo destas contribuições, podem ser


excluídos da receita bruta, quando a tenham integrado, os valores:

a) isentos ou não alcançados pela incidência da contribuição ou sujeitos à


alíquota 0 (zero);
b) das vendas canceladas;
c) dos descontos incondicionais concedidos;
d) do IPI;
e) do ICMS, somente quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo
vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto
tributário;
f) das reversões de provisões;
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g) das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores
efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas;
h) dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido;
i) dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de
aquisição, que tenham sido computados como receita;
j) das receitas não operacionais decorrentes da venda de bens do ativo não
circulante; e
k) auferidos pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em
relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na
condição de substituta tributária.

Atenção!
Receitas Financeiras: A partir de 28.05.2009, em virtude do artigo 79
da Lei no 11.941/09, que revogou o § 1o do art. 3o da Lei no 9.718/88,
a base de cálculo do Pis e da Cofins cumulativos será a receita bruta da
pessoa jurídica, e não mais a totalidade das receitas auferidas. Desta
forma, interpreta-se que as receitas tributáveis serão as decorrentes
das operações normais do negócio (faturamento) e não mais todas as
receitas auferidas. Logo, as receitas financeiras não farão parte da
base de cálculo do Pis e da Cofins cumulativos.

Já caiu em prova!(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) O valor


do PIS, em reais, devido pela comercial Aurora, em agosto de 2009, sobre as
operações apresentadas, é

(A) 3.289,00
(B) 3.302,00
(C) 3.458,00
(D) 3.692,00
(E) 4.017,00

Como a empresa é optante pelo lucro presumido a apuração do PIS será pelo
regime cumulativo. A questão não informou a alíquota. Portanto, é necessário
saber este valor. Atenção!!!

PIS (cumulativo) = 0,65% (regra geral)


Repare que, de acordo com a questão, 10% das vendas correspondem a
produtos com tributação monofásica, ou seja, já foram tributados (por
completo) no início da cadeia produtiva.

Receita de Vendas 600.000


(-) Tributação Monofásica (10%) (60.000) (10% x 600.000)
(-) Devoluções de Vendas (34.000)
Base de Cálculo do PIS 506.000
PIS = 0,65% x 506.000 = R$ 3.289,00

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Notas:
Descontos Concedidos por Antecipação de Pagamento: são os descontos
comerciais ou financeiros, ou seja, são despesas operacionais do período e não
reduzem a base de cálculo dos tributos.

Descontos Comerciais ou Incondicionais: são descontos fornecidos do ato da


venda, sem condição, e, por isso, reduzem a base de cálculo dos tributos.

Ganho na Venda de um Equipamento do Imobilizado: não entra na base de


cálculo do PIS e da Cofins, conforme previsão legal.
A alternativa “a” é a correta.

Já caiu em prova!(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) O valor


da COFINS, em reais, devido pela comercial Aurora, em agosto de 2009, sobre
as operações apresentadas, é

(A) 14.700,00
(B) 14.970,00
(C) 15.180,00
(D) 17.040,00
(E) 18.540,00

Novamente, a alíquota não foi informada:

COFINS (cumulativo) = 3% (regra geral)

Receita de Vendas 600.000


(-) Tributação Monofásica (10%) (60.000) (10% x 600.000)
(-) Devoluções de Vendas (34.000)
Base de Cálculo da Cofins 506.000

Cofins = 3% x 506.000 = R$ 15.180,00


A alternativa “c” é a correta.

6.2.7.2.2. Cofins Não Cumulativa

A incidência não cumulativa da Cofins é tratada na Lei no 10.833/2003.

Fato Gerador da Cofins com incidência não cumulativa: faturamento


mensal, que corresponde ao total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

Total das Receitas: corresponde ao somatório da receita bruta de vendas de


mercadorias e/ou prestação de serviços, nas operações em conta própria ou
alheia, com as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.

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Faturamento Mensal = Total das Receitas Auferidas
Receita Bruta de Vendas de Mercadorias ou de Prestação de Serviços
(+) Demais receitas auferidas
Total das Receitas Auferidas

Base de Cálculo: corresponde ao valor do faturamento mensal.

Atenção, pois não integram a base de cálculo da Cofins com incidência


não cumulativa as seguintes receitas:

- isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas


à alíquota 0 (zero);

- decorrentes da venda de bens do ativo não circulante imobilizado e


intangível (para a legislação fiscal são as chamadas receitas não
operacionais, denominada, atualmente, na Lei das S.A., como “outras
receitas”);

- auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de


mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da
empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

Nota: nessa situação a empresa vendedora das mercadorias para a pessoa


jurídica que irá revendê-las já recolheu a Cofins. Ou seja, a vendedora é
responsável pelo pagamento do imposto devido pela pessoa jurídica
revendedora.

- referentes a:
I – vendas canceladas;
II – descontos incondicionais concedidos;
III – reversões de provisões;
IV - recuperações de créditos baixados como perda que não
representem ingresso de novas receitas;
V – ganho de equivalência patrimonial (resultado positivo da avaliação
de investimentos pelo valor do patrimônio líquido); e
VI – lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo
custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.

- decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS


(Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação) de créditos de ICMS originados de
operações de exportação.

Alíquota: a alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo para determinação


do valor da Cofins com incidência não cumulativa é de 7,6% (sete inteiros e
seis décimos por cento).

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Exceção: a receita bruta auferida pelos produtores ou importadores
aplicará outras alíquotas, a depender da situação.

Receitas Financeiras: A incidência sobre as receitas financeiras


auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não
cumulativa das referidas contribuições está com as alíquotas reduzidas
a zero.

Cofins (não cumulativa) = Alíquota x Base de Cálculo ⇒


⇒ Cofins (não cumulativa) = 7,6% x Faturamento Mensal
Alguns Exemplos de Receitas Isentas da Cofins:
- Recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas
públicas e sociedades de economia mista.
- Receita relativa à exportação de mercadorias para o exterior.
- Receita de serviços prestados à pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliados no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas.
- Receita relativa ao fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou
consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego internacional,
quando o pagamento for efetuado em moeda conversível.
- Receita de transporte internacional de cargas ou passageiros.

Já caiu em prova!(Contador Junior-Área Contábil-Transpetro-2011-


Cesgranrio) Em 02 de abril de 2011, a Comercial Futura S/A, tributada pelo
lucro real, apresentou as seguintes informações, relativas ao mês de março de
2011:

Venda de mercadorias para mercado interno R$ 1.000.000,00


Devolução de vendas feitas pelos clientes R$ 120.000,00
Descontos incondicionais concedidos a clientes R$ 80.000,00
Descontos concedidos a clientes por pagamentos realizados antes do
vencimento R$ 50.000,00
Recebimento de juros sobre o capital próprio R$ 100.000,00

Considere somente as informações recebidas da Comercial Futura S/A e as


determinações fiscais vigentes sobre a contribuição da Cofins, no método não
cumulativo, adotado pela Comercial Futura S/A no cálculo de sua contribuição
para a Cofins. O valor devido a esse título, referente ao mês de março de
2011, em reais, é

(A) 57.000,00
(B) 60.800,00
(C) 64.600,00
(D) 68.400,00
(E) 76.000,00

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I – Determinação da Base de Cálculo da Cofins: vamos analisar item a item,
para fins didáticos.

I.1 - Venda de mercadorias para mercado interno = R$ 1.000.000,00


É receita tributável é fará parte de base de cálculo da Cofins.

I.2 - Devolução de vendas feitas pelos clientes = R$ 120.000,00


Como houver devolução de vendas, deve ser deduzido da base de cálculo da
Cofins.

Descontos incondicionais concedidos a clientes = R$ 80.000,00


Descontos incondicionais são descontos concedidos no momento da venda de
mercadorias. Portanto, deverão reduzir a base de cálculo da Cofins.

I.3 - Descontos concedidos a clientes por pagamentos realizados antes do


vencimento = R$ 50.000,00
Descontos por antecipação de pagamento são descontos financeiros e não são
dedução da receita bruta de vendas (são despesas operacionais). Também não
fazem parte da base de cálculo da Cofins.

I.4 - Recebimento de juros sobre o capital próprio = R$ 100.000,00


São receitas auferidas pela empresa e são tributáveis, devendo ser
considerados na apuração da base de cálculo da Cofins.

Cálculo da base de cálculo da Cofins:

Venda de mercadorias para mercado interno R$ 1.000.000,00


Devolução de vendas feitas pelos clientes (R$ 120.000,00)
Descontos incondicionais concedidos a clientes (R$ 80.000,00)
Recebimento de juros sobre o capital próprio R$ 100.000,00
Base de Cálculo da Cofins R$ 900.000,00

II – Determinação da Cofins:

Cofins = Alíquota x Base de Cálculo = 7,6% x 900.000 = 68.400


A alternativa “d” é a correta.

De acordo a Lei no 10.833/03:


A pessoa jurídica contribuinte da Cofins terá direito a desconto correspondente
ao estoque de abertura dos bens adquiridos para revenda ou bens e serviços
utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação
de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes,
com algumas exceções, adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País,
existentes na data de início da incidência desta contribuição pelo regime não-
cumulativo.

O montante de crédito presumido será igual ao resultado da aplicação


do percentual de 3% (três por cento) sobre o valor do estoque.

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Já caiu em prova!(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Admita
que

• a Lessa Industrial, tributada em 2006 pelo lucro presumido, passou à


tributação pelo lucro real a partir de janeiro de 2007 e a calcular o COFINS
pelo método não cumulativo.

• no balanço de dezembro/06, ela havia contabilizado os seguintes estoques:


- Matéria prima - R$ 1.200.000,00
- Produtos em elaboração - R$ 700.000,00
- Produtos acabados - R$ 800.000,00
Considerando as informações recebidas e a permissão para utilização de
crédito presumido sobre o estoque, para dedução da contribuição do COFINS,
calculado pelo método não cumulativo, o valor total do crédito a que a Lessa
Industrial tem direito, em reais, é

(A) 60.000,00
(B) 81.000,00
(C) 91.200,00
(D) 114.000,00
(E) 152.000,00

No caso concreto da questão, a empresa era tributada pelo lucro presumido


até dezembro de 2006, quando passou a ser tributada pelo lucro real.

Nessa situação, podemos considerar como crédito presumido da Cofins o


resultado do cálculo:
Crédito Presumido (Cofins) = 3% x Valor do Estoque

Matéria prima R$ 1.200.000,00


Produtos em elaboração R$ 700.000,00
Produtos acabados R$ 800.000,00
Valor do Estoque R$ 2.700.000,00
⇒ Crédito Presumido (Cofins) = 3% x 2.700.000 = 81.000
A alternativa “b” é a correta.

6.2.7.2.3. Pis/Pasep Não Cumulativo

A incidência não cumulativa do Pis/Pasep é tratada na Lei no 10.637/2002.

Fato Gerador do Pis/Pasep com incidência não cumulativa: faturamento


mensal, que corresponde ao total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

Total das Receitas: corresponde ao somatório da receita bruta de vendas de


mercadorias e/ou prestação de serviços, nas operações em conta própria ou
alheia, com as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.

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Faturamento Mensal = Total das Receitas Auferidas

Receita Bruta de Vendas de Mercadorias ou de Prestação de Serviços


(+) Demais receitas auferidas
Total das Receitas Auferidas

Base de Cálculo: corresponde ao valor do faturamento mensal.

Atenção, pois não integram a base de cálculo do Pis/Pasep com


incidência não cumulativa as seguintes receitas:

- decorrentes de saídas isentas da contribuição ou sujeitas à alíquota


zero;

- auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de


mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da
empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

- de venda de álcool para fins carburantes;

- referentes a:
I – vendas canceladas;

II – descontos incondicionais concedidos;

III – reversões de provisões;

IV - recuperações de créditos baixados como perda que não


representem ingresso de novas receitas;

V – ganho de equivalência patrimonial (resultado positivo da avaliação


de investimentos pelo valor do patrimônio líquido); e

VI – lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo


custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.
- decorrentes da venda de bens do ativo não circulante imobilizado e
intangível (para a legislação fiscal são as chamadas receitas não
operacionais); e

- decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS


(Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação) de créditos de ICMS originados de
operações de exportação.

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Alguns Exemplos de Receitas Isentas do Pis/Pasep:
- Recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas
públicas e sociedades de economia mista.
- Receita relativa à exportação de mercadorias para o exterior.
- Receita de serviços prestados à pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliados no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas.
- Receita relativa ao fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou
consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego internacional,
quando o pagamento for efetuado em moeda conversível.
- Receita de transporte internacional de cargas ou passageiros.

Receitas Financeiras: A incidência sobre as receitas financeiras


auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não
cumulativa das referidas contribuições está com as alíquotas reduzidas
a zero.

6.2.8. Regime Tributário de Transição (RTT): Lei no 11.941/09

De acordo com a Lei no 11.941/09, fica instituído o Regime Tributário de


Transição (RTT), que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos
métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei no 11.638/07 e pela Lei no
11.941/09.

O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos


tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a
neutralidade tributária.

Nos anos-calendário de 2008 e 2009, o RTT será optativo, observado o


seguinte:

I – a opção aplicar-se-á ao biênio 2008-2009, vedada a aplicação do regime


em um único ano-calendário;

II – a opção a que se refere o inciso I deste parágrafo deverá ser manifestada,


de forma irretratável, na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da
Pessoa Jurídica 2009;

III – no caso de apuração pelo lucro real trimestral dos trimestres já


transcorridos do ano-calendário de 2008, a eventual diferença entre o valor do
imposto devido com base na opção pelo RTT e o valor antes apurado deverá
ser compensada ou recolhida até o último dia útil do primeiro mês
subsequente ao de publicação desta Lei, conforme o caso;

IV – na hipótese de início de atividades no ano-calendário de 2009, a opção


deverá ser manifestada, de forma irretratável, na Declaração de Informações
Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica 2010.

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Observado o prazo de entrada em vigor da lei que discipline os efeitos
tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade
tributária, o RTT será obrigatório a partir do ano-calendário de 2010,
inclusive para a apuração do imposto sobre a renda com base no lucro
presumido ou arbitrado, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido –
CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – COFINS.

Além disso, as alterações introduzidas pela Lei no 11.638/07 e pela Lei no


11.941/09, que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e
despesas computadas na apuração do lucro líquido do exercício, não terão
efeitos para fins de apuração do lucro real da pessoa jurídica sujeita ao RTT,
devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios
contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

6.2.8.1. Reserva de Capital

As Reservas de Capital correspondem a valores recebidos dos


proprietários ou de terceiros, isto é, são “receitas” que, entretanto,
não são tratadas desta maneira, visto que não transitam pelas contas
de resultado, sendo contabilizadas diretamente no Patrimônio Líquido.

De acordo com artigo 182, § 1°, da Lei no 6.404/76, serão classificadas como
reservas de capital as contas que registrarem:

i) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor


nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal
que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social,
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes
beneficiárias (Reserva de Ágio na Emissão de Ações).

ii) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição


(Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição e Reserva de Alienação
de Partes Beneficiárias).

iii) o prêmio recebido na emissão de debêntures não é mais reserva de


capital (Reserva de Prêmios Recebidos na Emissão de Debêntures –
Ágio) – ATENÇÃO!!! Revogado pela Lei no 11.638/07.

iv) as doações e as subvenções para investimento não são mais


reservas de capital (Reserva de Doações para Investimento e Reserva
Subvenções para Investimento) – ATENÇÃO!!! Revogado pela Lei no
11.638/07.

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Já caiu em prova!(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Admita
que uma empresa tenha recebido de uma prefeitura a doação de um terreno
no valor de R$ 1.000.000,00, condicionando essa doação à construção, no
terreno, de uma unidade fabril, e contratação de empregados, dos quais 70%
devem ser moradores do local. Qual é o registro contábil desta operação feito
pela empresa, desconsiderando o reflexo de incidência tributária em
decorrência do regime tributário de transição (RTT)?

(A)
Débito: Terrenos
Crédito:
Obrigação p/Construção 300.000,00
Outra Receita/Doações 700.000,00

(B)
Débito: Terrenos
Crédito:
Obrigação p/Construção 700.000,00
Outra Receita/Doações 300.000,00
(C)
Débito: Terrenos
Crédito: Obrigação p/Construção 1.000.000,00

(D)
Débito: Terrenos
Crédito: Reserva de Capital 1.000.000,00

(E)
Débito: Terrenos
Crédito: Outra Receita/Doações 1.000.000,00

I - Admita que uma empresa tenha recebido de uma prefeitura a doação de


um terreno no valor de R$ 1.000.000,00, condicionando essa doação à
construção, no terreno, de uma unidade fabril, e contratação de empregados,
dos quais 70% devem ser moradores do local.

De acordo com a questão, deve-se desconsiderar o reflexo da incidência


tributária, em decorrência do RTT. Portanto, deve-se considerar a legislação
vigente em 31/12/2007.

Como temos que considerar o lançamento em 31/12/2007, a reserva de


doações e subvenções ainda estava vigente. Então, o lançamento seria:

Débito: Terrenos 1.000.000,00


Crédito: Reserva de Capital 1.000.000,00
A alternativa “d” é a correta.

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6.2.8.2. Reserva de Incentivos Fiscais

A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar


para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de
doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser
excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório.

Além disso, a empresa, pelo Regime Tributário de Transição (RTT),


deverá manter o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício
decorrente de doação ou subvenção na reserva de incentivos fiscais.

Exemplo:
Doações Governamentais = R$ 100.000,00 (suponha que toda a receita de
doações e subvenções governamentais será reconhecida no período, de acordo
com o Regime de Competência).

Lucro Líquido do Exercício = R$ 200.000,00 (sem considerar as Doações e


Subvenções Governamentais).

I – Lançamento após as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e Lei no


11.941/09:

Caixa ou Bancos (Ativo Circulante)


a Outras Receitas (Receita – Conta de Resultado) 100.000

I.1 – Transferência do Lucro Líquido do Exercício para o Patrimônio Líquido:

Lucro Líquido do Exercício (Receita – Conta de Resultado)


a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 300.000

I.2 – Transferência do valor correspondente a doações ou subvenções


governamentais para a “Reserva de Incentivos Fiscais”:

Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)


a Reserva de Incentivos Fiscais (Patrimônio Líquido) 100.000

Já caiu em prova!(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A


Indústria Famosa S/A recebeu do governo federal, em dinheiro, subvenção
governamental para a implantação de unidade fabril em um ente da
Federação, considerado estratégico pelo Executivo Federal, para o
desenvolvimento sustentado da região.

Admita que exista a necessidade de que essa subvenção não seja distribuída
ou de qualquer forma repassada aos sócios (acionistas), sendo sua retenção
considerada indispensável.

O registro contábil dessa retenção da subvenção governamental,


desconsiderando as formalidades do lançamento, é o seguinte:
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Conta a débito Conta a crédito
(A) Caixa Reserva de Incentivos Fiscais
(B) Reserva de Incentivos Fiscais Resultado do Exercício
(C) Resultado do Exercício Reserva de Subvenções
(D) Subvenções Governamentais Reserva de Subvenções
(E) Lucros ou Prejuízos Acumulados Reserva de Incentivos Fiscais

O lançamento, nessa situação, seria:

Débito: Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)


Crédito: Reserva de Incentivos Fiscais (Patrimônio Líquido)
A alternativa “e” é a correta.

6.2.8.3. Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures

A empresa, pelo Regime Tributário de Transição (RTT), deverá manter


o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente do
prêmio na emissão de debêntures em reserva de lucros específica.

6.3. Memorize para a Prova

Contabilidade Ambiental
Princípio do Poluidor Pagador: determina que o poluidor é que deve ser
responsável pelos custos de reparação que casou ao meio ambiente, ou seja,
se uma empresa poluir deve arcar com os custos recuperar o dano que causou
ao meio ambiente.

Pode definir a Contabilidade Ambiental como o registro do patrimônio


ambiental e suas respectivas mutações, por meio de bens, direitos e
obrigações ambientais, tudo expresso monetariamente (em moeda). Portanto,
na Contabilidade Ambiental as empresas devem contabilizar os benefícios e
danos que, por exemplo, a pesquisa e desenvolvimento de produto podem
gerar ao meio ambiente.

A função primordial da Contabilidade Ambiental é propiciar informações aos


usuários internos e externos sobre os eventos ambientais que alteraram a
situação patrimonial de determinada empresa, de forma monetária.

Evento ambiental: é qualquer interação da entidade com o meio ambiente


que ocasione consequências econômicas presentes ou futuras.
Exemplos:
- Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos;
- Pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias;
- Treinamento de empregados para adoção de métodos menos poluentes;
- Etc.

Lucro Ambiental: capacidade de gerar resultados econômicos


positivos, respeitando o meio ambiente, isto é, sem causar poluição.
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Teoria e Exercícios
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Entidade Contábil: unidade que tem o controle sobre o uso dos
recursos naturais.

Contabilidade Tributária
Resultado contábil: é o lucro ou prejuízo para um período antes da dedução
dos tributos sobre o lucro, ou seja, é o resultado antes do imposto de renda
(IR) e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Lucro tributável: é o lucro para um período, determinado de acordo com as


regras estabelecidas pelas autoridades tributárias, sobre o qual os tributos
sobre o lucro são devidos.

Prejuízo fiscal: é o prejuízo para um período, determinado de acordo com as


regras estabelecidas pelas autoridades tributárias, sobre o qual os tributos
sobre o lucro são recuperáveis (prejuízo fiscal a ser compensado).

Tributo corrente: é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro


tributável (prejuízo fiscal) do período.

Passivo fiscal diferido: é o valor do tributo sobre o lucro devido em período


futuro relacionado às diferenças temporárias tributáveis.

Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em


período futuro relacionado a:
- diferenças temporárias dedutíveis;
- compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; e
- compensação futura de créditos fiscais não utilizados.

Atenção para a relação:


Passivo Fiscal Diferido ⇒ Diferenças Temporárias Tributáveis
Ativo Fiscal Diferido ⇒ Diferenças Temporárias Dedutíveis

Diferença temporária é a diferença entre o valor contábil de ativo ou


passivo no balanço e sua base fiscal. As diferenças temporárias podem ser
tanto:

- diferença temporária tributável, a qual é a diferença temporária que


resulta em valores tributáveis para determinar o lucro tributável ou prejuízo
fiscal de períodos futuros quando o valor contábil de ativo ou passivo é
recuperado ou liquidado; ou

- diferença temporária dedutível, a qual é a diferença temporária que


resulta em valores que são dedutíveis para determinar o lucro tributável ou
prejuízo fiscal de futuros períodos quando o valor contábil do ativo ou passivo
é recuperado ou liquidado.

Base fiscal de ativo ou passivo: é o valor atribuído àquele ativo ou passivo


para fins fiscais.
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Teoria e Exercícios
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Receita e Despesa tributária: são os valores totais incluídos na
determinação do lucro ou prejuízo para o período relacionado com o tributo
sobre o lucro corrente ou diferido.

Despesa tributária: compreende a despesa tributária corrente e a despesa


tributária diferida.

Receita tributária: compreende a receita tributária corrente e a receita


tributária diferida.

Base Fiscal de um Ativo: é o valor que será dedutível para fins fiscais contra
quaisquer benefícios econômicos tributáveis que fluirão para a entidade
quando ela recuperar o valor contábil desse ativo.

Base Fiscal de um Passivo: é o seu valor contábil, menos qualquer valor


que será dedutível para fins fiscais relacionado àquele passivo em períodos
futuros.

Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem, na


medida em que não estejam pagos, ser reconhecidos como passivos.

Diferença Temporária Tributável = Valor Contábil – Base Fiscal ⇒


⇒ Gera um passivo fiscal diferido (valores tributáveis)
Diferença Temporária Dedutível = Valor Contábil – Base Fiscal ⇒
⇒ Gera um ativo fiscal diferido (valores dedutíveis)
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
A contribuição social sobre o lucro líquido é um tributo incidente sobre o lucro
da empresa, após ajustes, conforme abaixo:

Lucro Operacional Líquido


(-) Participações Estatutárias sobre o Lucro
(+) Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
Base de Cálculo da CSLL

Atenção! Caso, após os ajustes (adições, exclusões e compensações) a base


de cálculo da CSLL seja negativa (menor que zero), não haverá CSLL no
período.

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Teoria e Exercícios
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As adições representam valores a serem somados à base de cálculo da CSLL.
Exemplos:
- Despesas Indedutíveis:
- despesas com provisões (exceto Despesas com Provisão para Férias e
Despesas com Provisão para Décimo-Terceiro Salário);
- perda com equivalência patrimonial;
- despesas com depreciação, amortização, manutenção, seguros,
tributos, etc com bens não relacionados com a produção ou a
comercialização de bens e serviços;
- Despesas com brindes;
- Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores.
- Excesso de Juros sobre o Capital Próprio;
- Outras Adições

As exclusões representam valores a serem subtraídos da base de cálculo da


CSLL.
Exemplos: Receitas Não Tributáveis, tais como:
- Ganho de Equivalência Patrimonial
- Receita de Dividendos
- Reversão de Provisões Indedutíveis
- Juros sobre o Capital Próprio

As compensações referem-se ao saldo de base de cálculo negativa da CSLL


de períodos anteriores, que diminuirá a base de cálculo da CSLL em períodos
futuros, até zerar este saldo.

É passível de compensação o saldo correspondente à base de cálculo negativa,


apurada a partir do ano-calendário de 1992. Assim como a legislação do
imposto de renda, há a limitação de compensação da base de cálculo
negativa da CSLL em 30% (trinta por cento) do lucro líquido, após
adições e exclusões.

Há que se ressaltar que a provisão para CSLL não é dedutível para fins de
apuração do lucro real (imposto de renda da pessoa jurídica), devendo ser
adicionada ao lucro na apuração da base de cálculo do lucro real.

Imposto de Renda - Pessoa Jurídica (IRPJ)


As pessoas jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por
um dos seguintes regimes de tributação:

- Lucro Presumido;
- Lucro Arbitrado;
- Lucro Real

Observação: As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte podem optar


pelo recolhimento do IRPJ e da CSLL, juntamente com outros impostos e
contribuições (inclusive ICMS e ISS), pelo Simples Nacional.

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A alíquota do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas é de 15%. Além do
imposto cobrado à alíquota de 15%, será cobrado um adicional de 10% sobre
a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante
da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período
de apuração.

Limites por Período de Apuração:


Mensal = R$ 20.000,00
Trimestral = 3 x R$ 20.000,00 = R$ 60.000,00
Anual = 12 x R$ 20.000,00 = R$ 240.000,00

Lucro Presumido
A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha
sido igual ou inferior a quarenta e oito milhões de reais (R$ 48.000.000,00),
ou a quatro milhões de reais multiplicado pelo número de meses de atividade
no ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar pelo
regime de tributação com base no lucro presumido.

O imposto com base no lucro presumido será determinado por períodos de


apuração trimestrais.

A base de cálculo do imposto e do adicional, em cada trimestre, será


determinada mediante a aplicação do percentual de oito por cento (8%) sobre
a receita bruta auferida no período de apuração. Este é o caso geral, mas há
percentuais de presunção específicos para determinadas atividades. Vejamos
os mais importantes:

Comércio e indústria = 8%
Serviços de transporte de passageiros = 16%
Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás = 1,6%
Prestação de serviços em geral = 32%

A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido deverá:


a) manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Para
efeitos fiscais, é dispensável a escrituração quando a pessoa jurídica mantiver
Livro Caixa, devidamente escriturado, contendo toda a movimentação
financeira, inclusive bancária;

b) manter o Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar


registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangido
pela tributação simplificada;

c) manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo


decadencial e prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os
livros de escrituração obrigatórios determinados pela legislação fiscal
específica, bem assim os documentos e demais papéis que servirem de base
para escrituração comercial e fiscal (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 4º);

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d) Lalur, quando tiver lucros diferidos de períodos de apuração anteriores
(saldo de lucro inflacionário a tributar na situação específica de ser optante
pelo lucro presumido no ano-calendário 1996, conforme IN SRF nº 93, de
1997, art. 36, inciso V, §§ 7º e 8º) e/ou prejuízos a compensar.

Lucro Arbitrado
O Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) estabelece quando o lucro deve
ser arbitrado. Vejamos.

De acordo com o artigo 530 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), o


imposto devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será
determinado com base nos critérios do lucro arbitrado, quando:

I – o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver


escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as
demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;

II – a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes


indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem
imprestável para:

a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou


b) determinar o lucro real.

III – o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e


documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, no caso de
tributação pelo lucro presumido;
IV – o contribuinte optar indevidamente pela tributação base no lucro
presumido;

V – o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de


escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do
comitente residente ou domiciliado no exterior;

VI – o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas


contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário.

Os critérios de apuração do lucro arbitrado não são cobrados em prova e, por


isso, não serão vistos neste curso.

Lucro Real
De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), em seu artigo
247, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições,
exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo próprio RIR/99.

Além disso, a apuração do lucro real será precedida da apuração do lucro


líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais.
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Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
(+) Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
Base de Cálculo do Imposto de Renda pelo Lucro Real

As adições ao lucro líquido do período para a determinação do lucro real são


ajustes que têm a finalidade de aumentar a base de cálculo do imposto.
Exemplos:
- CSLL;
- Despesas com Multas;
- Despesas com Provisões, exceto as Despesas com Provisão para o Décimo-
Terceiro Salário e as Despesas com Provisão para Férias;
- Perda com Equivalência Patrimonial;
- Despesas com Alimentação dos Sócios, Acionistas e Administradores;
- Despesas com Brindes;
- Excesso de Juros sobre o Capital Próprio;
- Entre outras.

As exclusões são ajustes que têm por finalidade reduzir a base de cálculo do
imposto.
Exemplos: Receitas Não Tributáveis, tais como:
- Ganho de Equivalência Patrimonial
- Receita de Dividendos
- Reversão de Provisões Indedutíveis
- Benefícios de Depreciação, Amortização e Exaustão Acelerada Incentivada
- Juros sobre o Capital Próprio

As compensações referem-se, primordialmente, ao saldo de prejuízo fiscal de


períodos anteriores, que diminuirá a base de cálculo do imposto de renda,
respectivamente, em períodos futuros, até zerar este saldo. Serão controladas
na Parte B do Lalur.

Contudo, há uma limitação importante: o saldo de prejuízo fiscal apurado


em períodos anteriores que será compensado está limitado a 30%
(trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões.

ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias


e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação)
O ICMS é um imposto de competência estadual e não-cumulativo. Como
incide, normalmente, sobre a circulação de mercadorias é devido por empresas
comerciais ou industriais.

Conforme estabelece o 155, § 2o, I da Constituição Federal/88 em relação ao


ICMS, os valores devidos em cada operação serão compensados com o
montante cobrado nas operações anteriores (não-cumulatividade).

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Teoria e Exercícios
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Além disso, possui uma característica importante: é calculado por dentro.

Outras características do ICMS:


- Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor
está transportando as mercadorias. Logo, incide ICMS sobre o valor do frete e
do seguro;

- Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa (Ex: Empresa
Transportadora), sobre esses valores não incidirão ICMS;

- Se a questão não informar, consideraremos que o frete e o seguro não foram


realizados pelo fornecedor das mercadorias;

- Como o ICMS é um tributo não cumulativo, o valor do ICMS pago ao


fornecedor por ocasião da compra (tendo em vista que o ICMS, por ser um
imposto por dentro) corresponde a um direito da empresa classificado no Ativo
Circulante e não integra o custo dos estoques de mercadorias (ICMS a
Recuperar);

- Por outro lado, o valor do ICMS que a empresa recebe de um cliente por
ocasião da venda de mercadorias representa uma obrigação da empresa
classificada no Passivo Circulante (ICMS a Recolher);

- A conta “ICMS sobre Vendas” é uma conta de despesa, redutora da receita


bruta de vendas; e

- Se a conta “ICMS a Recuperar” (Ativo Circulante) for maior que a conta


“ICMS a Recolher” (Passivo Circulante), a diferença de saldo entre as duas
contas, no final do período de apuração, será classificada como “ICMS a
Recuperar”. Caso contrário (ICMS a Recuperar < ICMS a Recolher), a diferença
entre as duas contas será classificada como “ICMS a Recolher” (Passivo
Circulante).

IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)


O IPI é um imposto de competência federal e não-cumulativo. Como incide
sobre produtos industrializados, é devido pelas empresas industriais e por
empresas equiparadas a industriais.

Conforme estabelece o art. 153, § 3o, II da CF/88 em relação ao IPI, os


valores devidos em cada operação serão compensados com o montante
cobrado nas operações anteriores (não-cumulatividade).

Além disso, possui uma característica importante: é calculado por fora.

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Teoria e Exercícios
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Outras características do IPI:

- Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor


está transportando as mercadorias. Logo, incide IPI sobre o valor do frete e do
seguro;

- Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa (Ex: Empresa
Transportadora), sobre esses valores não incidirão IPI;

- Se a questão não informar, consideraremos que o frete e o seguro não foram


realizados pelo fornecedor das mercadorias;

- Como o IPI é um tributo não cumulativo, o valor do IPI pago ao fornecedor


por ocasião da compra (caso a empresa seja industrial ou equiparada a
industrial) corresponde a um direito da empresa classificado no Ativo
Circulante e não integra o custo dos estoques de mercadorias (IPI a
Recuperar);

- Por outro lado, o valor do IPI que a empresa recebe de um cliente por
ocasião da venda de produtos representa uma obrigação da empresa
classificada no Passivo Circulante (IPI a Recolher);

- Se a empresa adquirente dos produtos não for contribuinte do IPI ou, sendo
contribuinte, não utilize os produtos adquiridos em seu processo de fabricação,
o IPI incidente na operação de compra NÃO SERÁ RECUPERADO e integrará o
custo de aquisição do produto.

- A conta “IPI sobre o Faturamento” é uma conta de despesa, a aparece como


dedução do faturamento bruto;

- Se a conta “IPI a Recuperar” (Ativo Circulante) for maior que a conta “IPI a
Recolher” (Passivo Circulante), a diferença de saldo entre as duas contas, no
final do período de apuração, será classificada como “IPI a Recuperar”. Caso
contrário (IPI a Recuperar < IPI a Recolher), a diferença entre as duas contas
será classificada como “IPI a Recolher” (Passivo Circulante).

- O IPI pode ter alíquotas ad valorem (percentuais) ou específicas (valor por


unidade do produto).

Exemplos:
I) Alíquota Ad Valorem = 10%
IPI = Alíquota Ad Valorem x Base de Cálculo (Preço Produto s/ Imposto)

II) Alíquota Específica = R$ 0,20 por unidade de produto


IPI = Alíquota Específica x Quantidade Vendida

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Participações governamentais. Programa de Integração Social e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP.
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS.
O PIS e a Cofins são contribuições de competência federal. Tanto o PIS quanto
a Cofins sobre vendas são tributos por dentro, que incidem sobre o
faturamento e são contas de despesa redutoras da receita bruta de vendas.

Há um detalhe importante sobre o PIS e Cofins em relação à cumulatividade.


Vejamos:

I) PIS: até a publicação da Lei no 10.637/02, era apenas uma contribuição


cumulativa. Contudo, a partir da publicação da referida lei, que criou a não-
cumulatividade para o PIS, pode ser cumulativo ou não-cumulativo. As
alíquotas são:
PIS (não-cumulativo) = 1,65% (regra geral); e
PIS (cumulativo) = 0,65% (regra geral).

II) Cofins: até a publicação da Lei no 10.833/03, era apenas uma contribuição
cumulativa. Contudo, a partir da publicação da referida lei, que criou a não-
cumulatividade para o Cofins, pode ser cumulativo ou não-cumulativo. As
alíquotas são:
Cofins (não-cumulativo) = 7,6% (regra geral); e
Cofins (cumulativo) = 3% (regra geral).

Ou seja, no caso da não-cumulatividade, teremos, por ocasião das compras, O


PIS a Recuperar e a Cofins a Recuperar, que não farão parte do custo das
compras. Há que se ressaltar que a não-cumulatividade do Pis e da Cofins só
vale para as empresas que apuram o imposto de renda pelo lucro real.

A incidência não cumulativa da Cofins é tratada na Lei no 10.833/2003.

Fato Gerador da Cofins com incidência não cumulativa: faturamento


mensal, que corresponde ao total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

Total das Receitas: corresponde ao somatório da receita bruta de vendas de


mercadorias e/ou prestação de serviços, nas operações em conta própria ou
alheia, com as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.
Faturamento Mensal = Total das Receitas Auferidas

Receita Bruta de Vendas de Mercadorias ou de Prestação de Serviços


(+) Demais receitas auferidas
Total das Receitas Auferidas

Base de Cálculo: corresponde ao valor do faturamento mensal.

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Atenção, pois não integram a base de cálculo da Cofins com incidência
não cumulativa as seguintes receitas:

- isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas


à alíquota 0 (zero);

- decorrentes da venda de bens do ativo não circulante imobilizado e


intangível (para a legislação fiscal são as chamadas receitas não
operacionais);

Nota: nesse ponto, a lei ainda não alterou a denominação e o seu texto é:
“não operacionais decorrentes da venda de ativo permanente”.

- auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de


mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da
empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

Nota: nessa situação a empresa vendedora das mercadorias para a pessoa


jurídica que irá revendê-las já recolheu a Cofins. Ou seja, a vendedora é
responsável pelo pagamento do imposto devido pela pessoa jurídica
revendedora.

- referentes a:
I – vendas canceladas;

II – descontos incondicionais concedidos;

III – reversões de provisões;

IV - recuperações de créditos baixados como perda que não


representem ingresso de novas receitas;

V – ganho de equivalência patrimonial (resultado positivo da avaliação


de investimentos pelo valor do patrimônio líquido); e

VI – lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo


custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.

- decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS


(Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação) de créditos de ICMS originados de
operações de exportação.

Alíquota: a alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo para determinação


do valor da Cofins com incidência não cumulativa é de 7,6% (sete inteiros e
seis décimos por cento).

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Exceção: a receita bruta auferida pelos produtores ou importadores
aplicará outras alíquotas, a depender da situação.

Cofins (não cumulativa) = Alíquota x Base de Cálculo ⇒


⇒ Cofins (não cumulativa) = 7,6% x Faturamento Mensal
Pis (Programa de Integração Social)/Pasep (Programa de Formação
do Patrimônio do Servidor Público)

A incidência não cumulativa do Pis/Pasep é tratada na Lei no 10.637/2002.

Fato Gerador do Pis/Pasep com incidência não cumulativa: faturamento


mensal, que corresponde ao total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

Total das Receitas: corresponde ao somatório da receita bruta de vendas de


mercadorias e/ou prestação de serviços, nas operações em conta própria ou
alheia, com as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.

Faturamento Mensal = Total das Receitas Auferidas


Receita Bruta de Vendas de Mercadorias ou de Prestação de Serviços
(+) Demais receitas auferidas
Total das Receitas Auferidas

Base de Cálculo: corresponde ao valor do faturamento mensal.

Atenção, pois não integram a base de cálculo da Cofins com incidência


não cumulativa as seguintes receitas:

- decorrentes de saídas isentas da contribuição ou sujeitas à alíquota


zero;

- auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de


mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da
empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

- de venda de álcool para fins carburantes;

- referentes a:
I – vendas canceladas;

II – descontos incondicionais concedidos;

III – reversões de provisões;

IV - recuperações de créditos baixados como perda que não


representem ingresso de novas receitas;

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V – ganho de equivalência patrimonial (resultado positivo da avaliação
de investimentos pelo valor do patrimônio líquido); e

VI – lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo


custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.
- decorrentes da venda de bens do ativo não circulante imobilizado e
intangível (para a legislação fiscal são as chamadas receitas não
operacionais); e

- decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS


(Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação) de créditos de ICMS originados de
operações de exportação.

Alguns Exemplos de Receitas Isentas do Pis/Pasep e da Cofins:


- Recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas
públicas e sociedades de economia mista.
- Receita relativa à exportação de mercadorias para o exterior.
- Receita de serviços prestados à pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliados no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas.
- Receita relativa ao fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou
consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego internacional,
quando o pagamento for efetuado em moeda conversível.
- Receita de transporte internacional de cargas ou passageiros.

Regime Tributário de Transição (RTT) - Lei nº 11.941/09.


De acordo com o artigo 15 da Lei no 11.941/09, que trata do Regime
Tributário de Transição (RTT):

Fica instituído o Regime Tributário de Transição – RTT de apuração do lucro


real, que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e
critérios contábeis introduzidos pela Lei no 11.638, de 28 de dezembro de
2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei.

O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos


tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a
neutralidade tributária.

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Nos anos-calendário de 2008 e 2009, o RTT será optativo, observado o
seguinte:

I – a opção aplicar-se-á ao biênio 2008-2009, vedada a aplicação do regime


em um único ano-calendário;

II – a opção a que se refere o inciso I deste parágrafo deverá ser manifestada,


de forma irretratável, na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da
Pessoa Jurídica 2009;

III – no caso de apuração pelo lucro real trimestral dos trimestres já


transcorridos do ano-calendário de 2008, a eventual diferença entre o valor do
imposto devido com base na opção pelo RTT e o valor antes apurado deverá
ser compensada ou recolhida até o último dia útil do primeiro mês
subsequente ao de publicação desta Lei, conforme o caso;

IV – na hipótese de início de atividades no ano-calendário de 2009, a opção


deverá ser manifestada, de forma irretratável, na Declaração de Informações
Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica 2010.

Observado o prazo de entrada em vigor da lei que discipline os efeitos


tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade
tributária, o RTT será obrigatório a partir do ano-calendário de 2010,
inclusive para a apuração do imposto sobre a renda com base no lucro
presumido ou arbitrado, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido –
CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – COFINS.

ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza)


O ISS é um imposto de competência municipal. Como incide, normalmente,
sobre a prestação de serviços é devido por empresas comerciais. Além disso,
possui uma característica importante: é calculado por dentro.

Finalmente, há que destacar que o ISS cobrado sobre a prestação de serviços


é uma conta de despesa, redutora da receita bruta de vendas.

Tributos sobre compras:


Indústria ou Equiparada: o IPI não integra a base de cálculo do ICMS, não
integra a base de cálculo do PIS e não integra a base de cálculo da Cofins.

Compra para o Imobilizado: o IPI integra a base de cálculo do ICMS, integra


a base de cálculo do PIS e integra a base de cálculo da Cofins.

Compra para Revendas: o IPI não integra a base de cálculo do ICMS, mas
integra a base de cálculo do PIS e integra a base de cálculo da Cofins.

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Tributos não cumulativos: os valores devidos em cada operação serão
compensados com o montante cobrado nas operações anteriores.

Tributos não cumulativos sobre compras: Tributos a Recuperar (Ativo)


Tributos sobre vendas: Tributos a Recolher (Passivo)

Muitas empresas utilizam uma única conta em substituição às contas “A


RECUPERAR” e “A RECOLHER”, que é chamada de “Conta Corrente”: C/C
ICMS; C/C PIS e C/C COFINS. A Conta Corrente é DEBITADA pelo valor do
tributo incidente nas operações de compras de mercadorias (a recuperar) e é
CREDITADA pelo valor incidente nas vendas de mercadorias (a recolher). Ao
final do período de apuração, esta conta poderá ter saldo DEVEDOR (tributo a
recuperar) ou CREDOR (tributo a recolher).

Tributos sobre vendas:


Empresa Industrial na venda de produtos para revenda (empresa
comercial) ou para produção de outros produtos (indústria ou
equiparada): o IPI não integra a base de cálculo do ICMS, não integra a
base de cálculo do PIS e não integra a base de cálculo da Cofins.

Empresa Industrial na venda de produtos o imobilizado de outro


empresa ou para o consumidor final: o IPI integra a base de cálculo do
ICMS, mas não integra a base de cálculo do PIS e não integra a base de
cálculo da Cofins.

Fatos que Alteram o Valor das Compras e das Vendas


- Devoluções de Compras – incidência de IPI, ICMS, PIS e COFINS.
- Devoluções de Vendas ou Vendas Canceladas – incidência de IPI, ICMS, PIS e
COFINS.
- Abatimentos sobre Compras – não há tributação no abatimento
- Abatimentos sobre Vendas – não há tributação no abatimento
- Descontos Incondicionais ou Comerciais – reduz a base de cálculo do ICMS,
do PIS e da COFINS, mas não reduz a do IPI.

ATENÇÃO!!! Descontos Condicionais ou Financeiros – não são


redutores da Receita Bruta de Vendas (são despesas operacionais).

Frete na compra: caso as mercadorias sejam totalmente devolvidas, tal


frete será considerado como despesa operacional (Perdas com Fretes).
Se a devolução for parcial, a perda com frete será proporcional ao
valor da devolução.

ç p , p p p
valor da devolução.

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Ajustes das Compras
(+) Compras
(+) Tributos Não Recuperáveis
(-) Tributos a Recuperar
Compras Brutas
(-) Devoluções
(+) Fretes + Seguros
(+) Carga + Descarga + Armazenagem
(+) Tributos Não Recuperáveis
(-) Abatimentos
(-) Descontos Incondicionais Obtidos
Compras Líquidas
(*) Deduções das Compras: semelhantes às receitas, porém, contabilmente,
são consideradas retificadoras da compras brutas.

Mercadorias Disponíveis para Venda (MDV): MDV = EI + CL

Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): CMV = EI + CL - EF

Ajustes das Vendas Brutas


- Devoluções de Vendas;
- Abatimentos sobre Vendas;
- Descontos Incondicionais Concedidos (Descontos Comerciais);
- Impostos sobre Vendas (ICMS e ISS); e
- Contribuições Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins).

Apuração do Resultado com Mercadorias:


Receita Bruta de Vendas (Receita Operacional Bruta ou Vendas Brutas)
(-) Deduções da Receita Bruta
Receita Líquida de Vendas (Receita Operacional Líquida ou Vendas Líquidas)
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
Lucro Bruto (Lucro Operacional Bruto ou Resultado com Mercadorias ou
Resultado Operacional Bruto)
(*) As deduções das vendas são despesas. Porém, contabilmente, são
consideradas com retificadoras da receita bruta.

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6.4. Exercícios de Fixação

6.4.1. Contabilidade Ambiental

1.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Uma organização


desejou agregar à sua produção e à sua imagem o conceito de lucro ambiental,
que está relacionado à

(A) possibilidade de a empresa obter ganhos de escala sem agredir o meio


ambiente.
(B) capacidade de gerar resultados econômicos positivos, respeitando o meio
ambiente, isto é, sem causar poluição.
(C) obtenção de resultado positivo de forma simultânea ao aumento do valor
do ambiente econômico no entorno da entidade.
(D) conquista de resultado financeiro favorável aliado a um valor obtido pela
melhoria das condições ambientais na região em que está localizada a
entidade.
(E) garantia de ganhos crescentes de valores econômicos por meio de
aperfeiçoamento de práticas de produção que reduzam os efeitos de poluição
na atmosfera.

2.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Admitem os estudos


contábeis com enfoque ecológico que a Entidade Contábil é aderente ao
Princípio do Poluidor Pagador, de extrema importância para os ecologistas, e,
sob esse aspecto, pode-se definir a Entidade Contábil, sob o enfoque
ambiental, como sendo a

(A) apuração de resultados decorrentes dos fatos geradores de receitas e


despesas relacionadas com meio ambiente.
(B) disponibilização de ações ambientais que permitam a preservação do meio
ambiente.
(C) forma de colocar o interesse público à frente dos interesses empresariais.
(D) preocupação empresarial em manter os recursos naturais preservados.
(E) unidade que tem o controle sobre o uso dos recursos naturais.

3.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-Cesgranrio)


Sob o enfoque humano, o princípio fundamental de contabilidade da
oportunidade aplicado à contabilidade ambiental indica que

(A) é focado na indeterminação do prazo, prevendo o crescimento da entidade,


sendo que seus gestores devem fazê-la crescer, produzir mais, ganhar mais
mercado, e a falta de limites deve ser encarada, do ponto de vista ambiental,
com restrições, pois os recursos naturais são finitos.
(B) informações ambientais devem ser registradas e disponibilizadas no tempo
oportuno para permitir ação ambiental de preservação do meio ambiente,
refletindo a integridade do patrimônio da entidade e suas mutações relativas
aos impactos ambientais.

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(C) os fatos geradores relacionados ao meio ambiente, que resultarem em
receitas ou despesas, devem ser incluídos na apuração dos resultados no
período em que ocorrerem.
(D) os impactos ambientais devem ser registrados pelos valores das
transações, expressos a valor presente da moeda do país.
(E) o reconhecimento da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional é
fundamental quando se trata de registro de eventos econômicos que afetem o
meio ambiente, isso porque as questões ambientais são, na maioria das vezes,
questões que envolvem vários exercícios sociais.

4.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-Cesgranrio)


Sob o enfoque de Contabilidade Ambiental, a evidenciação apresenta a

(A) possibilidade de medir fisicamente os impactos ambientais e depois seus


efeitos, não sendo possível, sem isso, preservar a natureza.
(B) ordem de grandeza dos impactos ambientais cujos efeitos puderem ser
percebidos de forma aparente, e forem economicamente mensuráveis, a partir
da proporção da poluição total medida fisicamente, em relação à medida
individual do evento em si.
(C) informação necessária para a operação ótima de um eficiente mercado de
capitais, implica que suficiente informação deveria ser apresentada para
permitir a previsão da tendência futura, sendo também uma prestação de
contas à sociedade de como o meio ambiente está sendo afetado pela gestão
ambiental de determinada empresa.
(D) necessidade de reconhecimento dos custos e despesas com o meio
ambiente que foram necessários para a obtenção da receita, sendo que a
venda de um produto deve ser reconhecida, no mesmo momento do custo da
degradação causada para produzir esse mesmo produto.
(E) importância de destacar o entendimento da ocorrência para a Contabilidade
Ambiental e de que forma o evento pode modificar o patrimônio da entidade
em relação ao meio ambiente, a ser reconhecido no momento em que ocorre.

5.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-Cesgranrio)


O livro Contabilidade Ambiental (Ferreira, Aracéli, 2006), no capítulo 5 –
Contabilidade Gerencial Ambiental, apresenta as atividades operacionais, assim
se manifestando sobre uma dessas mesmas atividades.

“Seu objetivo é colocar o ambiente em condições iguais ou próximas daquelas


que ele tinha antes da degradação ocorrer.”

A afirmativa refere-se à atividade da gestão ambiental de

(A) prevenção.
(B) produção.
(C) reciclagem.
(D) recuperação.
(E) tratamento.

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6.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-Cesgranrio)
Analise as seguintes situações, sob o enfoque ambiental:

I - avaliação do grau dos impactos ambientais;


II - geração e distribuição de riqueza;
III - identificação de responsabilidades;
IV - interação da entidade com o ambiente externo.

Dentre as situações acima, podem ser consideradas como elementos da


auditoria ambiental, APENAS, a

(A) I e a II.
(B) I e a III.
(C) II e a III.
(D) II e a IV.
(E) III e a IV.

6.4.2. Contabilidade Tributária

7.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A Constituição Federal


Brasileira de 1988, no campo das limitações do poder de tributar do estado,
estabelece:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça

O dispositivo Constitucional acima configura o princípio tributário constitucional


da

(A) Anterioridade
(B) Irretroatividade
(C) Isonomia Tributária
(D) Legalidade
(E) Reserva de Lei Complementar

8.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Em jan/2009 a


companhia X, tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal de R$ 1.000,00,
incorporou a companhia Z, tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal de R$
800,00.

Sabe-se que:
• os prejuízos fiscais foram adequadamente registrados na parte “B” do
LALUR;
• no exercício findo de 2009, a companhia X apurou R$ 6.000,00 de lucro
ajustado no LALUR.

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Qual é o valor, em reais, da compensação de prejuízos fiscais permitido à
companhia X, em 2009, nos termos da legislação fiscal vigente?

(A) 300,00
(B) 540,00
(C) 1.000,00
(D) 1.500,00
(E) 1.800,00

Utilize as informações a seguir para responder às questões de nos 9 e 10.

Operações com mercadorias realizadas pela Comercial X, em 30 maio 2011.

► Compra a prazo na Indústria Y, conforme detalhamento na Nota Fiscal

Custo IPI Total


2.000,00 200,00 2.200,00

► Venda à vista das mesmas mercadorias para a Transportadora Z por R$


3.000,00

Informações complementares sobre as três empresas:


• são tributadas pelo lucro real
• estão submetidas ao método não cumulativo do PIS e COFINS
• não têm créditos tributários anteriores de nenhum imposto ou taxa
• estão localizadas no mesmo estado
• só operam no território nacional
• submetem-se às alíquotas da tabela abaixo.

ICMS IPI PIS Cofins


18% 10% 1,65% 7,6%

9.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Considerando somente


as operações apresentadas, as informações recebidas e as determinações
tributárias em vigor, a COFINS a ser paga pela Comercial X, em reais, é

(A) 228,00
(B) 79,04
(C) 76,00
(D) 62,32
(E) 60,80

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10.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Considerando somente
as operações apresentadas, as informações recebidas e as determinações
tributárias em vigor, o PIS a ser pago pela Comercial X, em reais, é

(A) 10,23
(B) 13,20
(C) 13,53
(D) 16,50
(E) 49,50

11.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Admita que uma


empresa tenha recebido de uma prefeitura a doação de um terreno no valor de
R$ 1.000.000,00, condicionando essa doação à construção, no terreno, de uma
unidade fabril, e contratação de empregados, dos quais 70% devem ser
moradores do local. Qual é o registro contábil desta operação feito pela
empresa, desconsiderando o reflexo de incidência tributária em decorrência do
regime tributário de transição (RTT)?

(A)
Débito: Terrenos
Crédito:
Obrigação p/Construção 300.000,00
Outra Receita/Doações 700.000,00

(B)
Débito: Terrenos
Crédito:
Obrigação p/Construção 700.000,00
Outra Receita/Doações 300.000,00

(C)
Débito: Terrenos
Crédito: Obrigação p/Construção 1.000.000,00

(D)
Débito: Terrenos
Crédito: Reserva de Capital 1.000.000,00

(E)
Débito: Terrenos
Crédito: Outra Receita/Doações 1.000.000,00

12.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) De


acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, há casos em que o imposto,
devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será determinado com
base nos critérios do lucro arbitrado. Recaem nesses casos os apresentados
abaixo, EXCETO:

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(A) O contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro
presumido.
(B) O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver
a escrituração nas formas das leis comerciais ou fiscais ou deixar de elaborar
as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal.
(C) A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes
indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem
imprestável para identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive
bancária, ou determinar o lucro real da empresa.
(D) O contribuinte que, independentemente da autorização da autoridade
fazendária, tiver utilizado benefício fiscal em limite acima do previsto em lei.
(E) O comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de
escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do
comitente residente ou domiciliado no exterior.

13.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Uma


empresa tributada com base no lucro real apresentou os seguintes dados no
período:

Lucro Líquido do período, antes do imposto de renda 15.000,00


Saldo de prejuízo fiscal relativo a períodos anteriores 7.000,00
Resultado credor da equivalência patrimonial 20.000,00
Parcela não dedutível de provisão 5.000,00
Parcela relativa ao excesso de Depreciação 6.000,00
Dividendos recebidos (Tributados nas pessoas jurídicas que os distribuíram)
10.000,00
Multas por infrações de trânsito 2.000,00

Com base nos dados apresentados, o resultado real apurado no período, antes
da compensação de prejuízos, foi

(A) Prejuízo fiscal (real) de R$ 9.000,00


(B) Prejuízo fiscal (real) de R$ 2.000,00
(C) Prejuízo fiscal (real) de R$ 32.000,00
(D) Lucro Real (Tributável) de R$ 2.000,00
(E) Lucro Real (Tributável) de R$ 15.000,00

14.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A


Comercial Mago e Cia. Ltda. adquiriu mercadorias para seu estoque.
Considerando a aquisição cujo total da Nota Fiscal foi R$ 12.000,00, incluindo
IPI à alíquota de 20% e ICMS de 12%, o lançamento contábil a ser efetuado
pela Mago e Cia. foi

(A)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 10.800,00
D: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 1.200,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

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(B)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 10.800,00
D: Despesa de ICMS (Despesa) 1.200,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

(C)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 8.800,00
D: Despesa de ICMS (Despesa) 1.200,00
D: Despesa de IPI (Despesa) 2.000,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

(D)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 8.800,00
D: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 1.200,00
D: IPI a Recuperar (Ativo Circulante) 2.000,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

(E)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 8.800,00
D: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 1.200,00
D: Despesa de IPI (Despesa) 2.000,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

Considere os dados a seguir para responder às questões de nos 15 e 16.

A Companhia Comercial H. S/A é tributada pelo Lucro Real anual, com


antecipações mensais em bases estimadas. Apresentou as seguintes
informações, referentes às receitas auferidas no mês de fevereiro/2011:

Venda de mercadorias R$ 250.000,00


Serviços prestados a terceiros R$ 75.000,00

15.(Analista-Contabilidade-Finep-2011-Cesgranrio) Considerando-se as
informações recebidas da Companhia Comercial H. S/A e as determinações da
legislação fiscal do Imposto de Renda, para as empresas tributadas pelo Lucro
Real com antecipação mensal em bases estimadas, o valor do Imposto de
Renda a recolher, referente ao mês de fevereiro, em reais, é

(A) 4.500,00
(B) 6.600,00
(C) 9.000,00
(D) 15.600,00
(E) 24.000,00

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16.(Analista-Contabilidade-Finep-2011-Cesgranrio) Considerando-se as
informações recebidas da Companhia H. S/A e as determinações da legislação
fiscal do Imposto de Renda, para as empresas tributadas pelo Lucro Real com
antecipação mensal em bases estimadas, o valor da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL) a recolher, referente ao mês de fevereiro, em reais, é

(A) 3.510,00
(B) 4.860,00
(C) 5.400,00
(D) 22.500,00
(E) 28.800,00

17.(Analista-Contabilidade-Finep-2011-Cesgranrio) Uma empresa


comercial localizada no Rio de Janeiro/RJ adquiriu mercadorias de um
fornecedor, localizado em São Paulo/SP, nas seguintes condições:

Valor das mercadorias compradas R$ 180.000,00


Desconto incondicional auferido R$ 30.000,00
ICMS destacado na nota fiscal R$ 27.000,00

Considerando-se única e exclusivamente as informações acima, a alíquota real


de ICMS nessa operação é

(A) 12,00%
(B) 15,00%
(C) 17,64%
(D) 18,00%
(E) 21,95%

18.(Contador Junior-Auditoria Interna-Transpetro-2011-Cesgranrio) A


legislação fiscal vigente do Imposto de Renda estabelece que a compensação
de prejuízo fiscal apurado em um exercício social anterior, devidamente
registrado e controlado no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), está
limitada a 30% do valor do lucro líquido ajustado e, ainda, que ficará extinta
dentro do seguinte prazo limite:

(A) indeterminado
(B) 4 anos calendário
(C) 4 anos a partir do ano calendário seguinte ao de apuração do prejuízo
fiscal
(D) 5 semestres iniciados no primeiro semestre seguinte ao do exercício da
apuração do prejuízo fiscal
(E) 6 semestres iniciados no segundo semestre seguinte ao do ano calendário
em que foi apurado o respectivo prejuízo fiscal

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19.(Contador Junior-Área Contábil-Transpetro-2011-Cesgranrio) Ao
ocorrer o arbitramento do lucro, qualquer que seja a hipótese dentre as
previstas no RIR/99, e sendo conhecida a Receita Bruta da companhia, o
Imposto de Renda arbitrado será apurado pela utilização das taxas
determinadas para o Lucro Presumido, acrescidas de

(A) 5%
(B) 10%
(C) 15%
(D) 20%
(E) 25%

20.(Contador Junior-Área Contábil-Transpetro-2011-Cesgranrio) Em


dezembro de 2009, a Indústria Doirada S/A comprou uma máquina operatriz,
com vida útil estimada em 8 anos e início da utilização no processo produtivo a
partir de 01 de janeiro de 2010, em turno único, pagando R$ 2.000.000,00 à
vista, sob a égide do Decreto no 6.006/2006. Esse Decreto concede o benefício
fiscal de crédito da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) à razão de
25% da depreciação. Em março de 2010, a Indústria Doirada S/A, enquadrada
no regime de lucro trimestral, apresentou as seguintes informações:
Demonstração do resultado referente ao trimestre 01 de janeiro a 31 de março
de 2010 (em reais)

Receita Operacional Líquida 2.328.600,00


(−) Custo dos produtos vendidos (858.250,00)
(=) Lucro operacional bruto 1.470.350,00
(−) Despesas operacionais (270.350,00)
(−) Despesas Provisão p/créditos difícil liquidação (PDD) (21.150,00)
(+) Ganho pela equivalência patrimonial (MEP) 152.500,00
(=) Resultado operacional 1.331.350,00
(+−) Outras receitas/outras despesas 0,00
(=) Lucro antes do IR e da CSLL 1.331.350,00

Outras informações fornecidas pela Indústria Doirada S/A:


• base de cálculo negativa em anos anteriores − R$ 452.148,00;
• o ICMS incidente sobre este bem do imobilizado não foi aproveitado;
• não existe o direito ao bônus de 1% da CSLL;
• a depreciação foi calculada pelo método das quotas constantes.

Conforme as informações recebidas e as determinações fiscais relacionadas


com a matéria, o valor a pagar, referente à CSLL do primeiro trimestre de
2010, em reais, é

(A) 13.100,00
(B) 59.975,00
(C) 75.600,00
(D) 92.375,00
(E) 108.000,00

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21.(Contador Junior-Área Contábil-Transpetro-2011-Cesgranrio) Em 02
de abril de 2011, a Comercial Futura S/A, tributada pelo lucro real, apresentou
as seguintes informações, relativas ao mês de março de 2011:

Venda de mercadorias para mercado interno R$ 1.000.000,00


Devolução de vendas feitas pelos clientes R$ 120.000,00
Descontos incondicionais concedidos a clientes R$ 80.000,00
Descontos concedidos a clientes por pagamentos realizados antes do
vencimento R$ 50.000,00
Recebimento de juros sobre o capital próprio R$ 100.000,00

Considere somente as informações recebidas da Comercial Futura S/A e as


determinações fiscais vigentes sobre a contribuição da Cofins, no método não
cumulativo, adotado pela Comercial Futura S/A no cálculo de sua contribuição
para a Cofins. O valor devido a esse título, referente ao mês de março de
2011, em reais, é

(A) 57.000,00
(B) 60.800,00
(C) 64.600,00
(D) 68.400,00
(E) 76.000,00

22.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio) O


Regulamento do Imposto de Renda, conhecido na prática como RIR/99,
estabelece que são contribuintes do Imposto de Renda as pessoas jurídicas e
as empresas individuais. O RIR/99 determina para tais contribuintes que a
base de cálculo do Imposto de Renda é o lucro real e o lucro

(A) declarado ou presumido


(B) declarado ou estimado
(C) estimado ou determinado
(D) estimado ou arbitrado
(E) presumido ou arbitrado

23.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio) As


multas, em geral, não são consideradas como dedutíveis da base de cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL), embora existam alguns tipos de
multas que são dedutíveis dessa base, como as multas

(A) de trânsito
(B) ambientais
(C) por atraso de obrigações acessórias
(D) por uso irregular de calçadas
(E) por infração de pesos e medidas

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24.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio)Uma
empresa tributada pelo lucro real trimestral iniciou suas atividades em
janeiro/2011. Nos meses de fevereiro e março de 2011, essa empresa apurou
um lucro real de R$ 500.000,00. Considerando-se a legislação fiscal vigente no
primeiro trimestre de 2011, o Imposto de Renda da empresa, nesse trimestre,
em reais, é

(A) 101.000,00
(B) 105.000,00
(C) 119.000,00
(D) 121.000,00
(E) 125.000,00

25.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio) A


Comercial EEE Ltda. adquiriu mercadorias a prazo por meio da Nota Fiscal
emitida pela empresa HH Ltda., no valor de R$ 60.000,00, com incidência de
ICMS de 18%. Considerando-se exclusivamente as informações acima, o valor
a ser registrado na conta estoques de mercadorias da Comercial EEE Ltda.
será, em reais, de

(A) 10.800,00
(B) 49.200,00
(C) 60.000,00
(D) 70.800,00
(E) 83.333,33

26.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio)A


Comercial Angolana Ltda. comprou mercadorias a prazo, conforme Nota Fiscal
emitida pela Moçambique Ltda., no valor de R$ 100.000,00, incidindo 18% de
ICMS. Vendeu a prazo 80% dessa mercadoria, conforme Nota Fiscal no valor
de R$ 112.000,00, incidindo também 18% de ICMS. Considerando-se
exclusivamente essa operação, o valor do ICMS a recolher pela Comercial
Angolana será, em reais, de

(A) 2.160,00
(B) 3.168,80
(C) 5.468,80
(D) 5.664,60
(E) 5.760,00

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27.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A legislação fiscal em
vigor permite a dedutibilidade da remuneração do capital próprio (juros sobre
o capital próprio) desde que

• o valor da remuneração sobre o capital próprio seja limitado à aplicação pro


rata dia da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) sobre o montante do
Patrimônio Líquido subtraído do saldo da Reserva de reavaliação, salvo se esta
tiver sido adicionada às bases de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da
Contribuição Social (CS), do saldo de Ajustes de Avaliação Patrimonial e do
saldo da conta de ganhos/perdas na conversão relativo a investimento no
exterior; e
• o valor apurado seja limitado ao maior valor entre

(A) 25% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS e do Imposto de


Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 25% do somatório dos saldos
de lucros acumulados e reservas de lucros.
(B) 50% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS, antes das
despesas de Imposto de Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 50%
do somatório dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros.
(C) 50% do valor da reserva de lucros a realizar, desde que os eventos
previstos para sua constituição tenham se realizado no exercício; e 25% do
valor excedente do resultado atribuído à reserva legal, deduzida a parcela
destinada ao pagamento de dividendos obrigatórios.
(D) 50% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS e do Imposto de
Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 50% do somatório dos saldos
de lucros acumulados, reservas de lucros e reservas de capital.
(E) 60% do valor transferido da conta lucros acumulados para reservas de
lucros, deduzidos da CS e do Imposto de Renda e com a incorporação da
reversão da reserva de contingência; e 60% do valor do lucro do exercício,
após as deduções legais e antes da constituição das reservas.

28.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A obrigação tributária


que NÃO pode ser objeto de repercussão indica que ela decorre de um
imposto

(A) aderente.
(B) direto.
(C) indireto.
(D) misto.
(E) superveniente.

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29.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) O Decreto no 3.000/99,
conhecido na prática por RIR/99, estabelece, em seu art. 1o, que: “O Imposto
sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será cobrado e fiscalizado de
conformidade com o disposto neste Decreto.” Ao contemplar a cobrança do
Imposto Renda sobre toda e qualquer forma de renda e provento, nos limites
da Lei, o artigo está contemplando o critério da

(A) anterioridade.
(B) capacidade contributiva.
(C) generalidade.
(D) legalidade.
(E) universalidade.

30.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A Comercial Lua e Meia


Ltda., tributada pelo lucro presumido, apresentou as seguintes informações
ocorridas em suas atividades comerciais normais, em abril de 2010, em reais:

Receita de vendas 120.000,00


Devolução de vendas 15.000,00
Descontos incondicionais concedidos 10.000,00
Descontos financeiros concedidos 5.000,00
Dividendos recebidos de participação societária avaliada ao custo 6.000,00

Adotando-se exclusivamente as informações recebidas e considerando-se as


determinações fiscais em vigor, o valor da COFINS devido em abril/2010, em
reais, é de

(A) 2.700,00
(B) 2.850,00
(C) 3.150,00
(D) 3.300,00
(E) 3.600,00

31.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) “A


aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou proventos de
qualquer natureza”, sob o enfoque do imposto de renda, caracteriza o conceito
de

(A) alíquota.
(B) base de cálculo.
(C) fato gerador.
(D) forma de incidência.
(E) período de incidência.

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32.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Até
20 de agosto de 2010, uma empresa possuía os seguintes saldos em relação
às suas operações:

• Estoque de mercadorias em 30/09/2010 R$ 72.800,00


• Vendas realizadas R$ 185.000,00
• Compras realizadas R$ 105.000,00
• Devolução de vendas R$ 12.000,00
• Devolução de compras R$ 4.500,00
• ICMS incidente nas operações 18%

Entre 21 e 31 de outubro, essa empresa realizou as operações a seguir.

• Aquisição de mercadorias para revenda no valor de R$ 45.000,00


• Venda de Mercadorias no valor de R$ 80.000,00
• Devolução de vendas no valor de R$ 2.500,00
• ICMS incidente nas operações: 18%

O estoque final de mercadorias em outubro foi de R$ 65.110,00. Com base


nessas informações e utilizando-se a boa técnica contábil, o custo das
mercadorias vendidas apurado em outubro de 2010 foi, em reais, de
(A) 127.000,00
(B) 126.190,00
(C) 124.390,00
(D) 108.600,00
(E) 94.100,00

33.(Analista de Gestão Corporativa-Contabilidade-Empresa de


Pesquisa Energética-2010-Cesgranrio) A base de cálculo da COFINS, no
regime de incidência não cumulativa, corresponde ao valor do faturamento
mensal, entendido como o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
considerando as exclusões e deduções da base de cálculo permitidas pela
legislação pertinente, e aplicando-se a alíquota de

(A) 1,65%
(B) 3,0%
(C) 3,65%
(D) 7,6%
(E) 11,33%

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34.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Os princípios
constitucionais tributários são a fundamentação básica do sistema jurídico
tributário, e prevalecem sobre todas as normas jurídicas, que só têm validade
se editadas em rigorosa consonância com eles. A Constituição Federal de 1988
definiu tais princípios no capítulo do Sistema Tributário Nacional. Com relação
à matéria, a citação constitucional “Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”
caracteriza o princípio da

(A) anterioridade.
(B) competência tributária.
(C) irretroatividade tributária.
(D) isonomia tributária.
(E) legalidade.

35.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Na tributação das


pessoas jurídicas, o sujeito ativo da obrigação tributária é o

(A) ente público.


(B) contribuinte, pessoa jurídica.
(C) contribuinte, empresa individual.
(D) responsável, pessoa jurídica.
(E) responsável, empresa individual.

36.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considere as cinco


espécies de tributos abaixo.

I - Contribuição Especial
II - Contribuições de Melhoria
III - Impostos
IV - Taxas
V - Empréstimo Compulsório

São de competência comum da União, estados e municípios APENAS os


tributos

(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) I, II e V.
(D) II, III e IV.
(E) II, III e V.

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37.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) O Governo Federal, por
meio da Lei no 11.051/04, com nova redação dada pela Lei no 11.774/08,
visando a incentivar a indústria de bens de capital, concedeu o benefício de
crédito relativo à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à razão de
25% (vinte cinco por cento) sobre a depreciação contábil de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em
regulamento, adquiridos entre 1o de outubro de 2004 e 31 de dezembro de
2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do
adquirente. Admita que, em janeiro/05, uma indústria, tributada pelo lucro
real, tenha adquirido para o seu Imobilizado e colocado em funcionamento, no
processo produtivo, uma máquina nova, com vida útil estimada em 5 anos,
conforme o regulamento expresso acima. Portanto, seu direito a usufruir desse
benefício irá até o 4o trimestre de

(A) 2006
(B) 2007
(C) 2008
(D) 2009
(E) 2010

Considere os dados a seguir para responder às questões de nos 38 e 39

A Indústria Romena S.A., tributada com base no lucro real trimestral,


apresentou as informações abaixo, com valores em reais.

• Base negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no


primeiro trimestre / 2006 = 20.000,00
• Lucro Líquido do 2o trimestre de 2006 = 50.000,00
• Ganho na avaliação ao MEP, incluso no Lucro Líquido do 2o trimestre de 2006
= 10.000,00
• 30/março/06 – compra de equipamento novo para o Imobilizado por
120.000,00
• 2/abril/06 – início da utilização do equipamento no processo produtivo
• Prazo de vida útil desse equipamento = 10 anos
• A depreciação do equipamento referente ao 2o trimestre de 2006 foi
devidamente calculada e contabilizada

38.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considerando


exclusivamente as informações apresentadas pela Indústria Romena S.A., o
valor devido por ela, referente à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), no segundo trimestre de 2006, em reais, é

(A) 1.800,00
(B) 2.520,00
(C) 3.060,00
(D) 3.150,00
(E) 3.600,00

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39.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considerando
exclusivamente as informações prestadas pela Indústria Romena S.A. e a sua
prerrogativa legal de poder utilizar o crédito relativo ao incentivo fiscal sobre a
depreciação, o valor a ser pago por ela, referente ao saldo da Contribuição
Sobre o Lucro Líquido (CSLL), no 2o semestre de 2006, em reais, é

(A) Zero
(B) 1.020,00
(C) 1.080,00
(D) 1.520,00
(E) 1.770,00

40.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) A Indústria Alves


vendeu à vista, para a Comercial Carnaúba revender, 500 unidades do seu
produto pelo preço unitário de R$ 50,00 mais R$ 6,00 de IPI, por unidade.
Considerando o pagamento à vista, a Indústria concedeu um desconto
comercial de R$ 2.500,00 na operação realizada. Sabendo-se que a Indústria
Alves cobrou também frete de R$ 1.800,00 e seguro de R$ 200,00 e que a
operação está sujeita a uma alíquota de ICMS de 12%, esse produto será
registrado no estoque da Comercial Carnaúba, em reais, por

(A) 21.560,00
(B) 22.800,00
(C) 23.760,00
(D) 24.560,00
(E) 26.760,00

41.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Algumas deduções


podem ser feitas da base de cálculo do PIS e COFINS não cumulativo. Analise
as situações a seguir.

I - Devolução de vendas
II - Descontos incondicionais concedidos
III - Receita com lucro e dividendos de Investimentos avaliados pelo custo de
aquisição
IV - Receitas obtidas com os transportes internacionais de cargas ou
passageiros

São deduções exclusivas das bases de cálculo do PIS e COFINS das empresas
submetidas à tributação pelo método não cumulativo APENAS

(A) I e II.
(B) III e IV.
(C) I, II e III.
(D) I, II e IV.
(E) II, III e IV.

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42.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considere os dados a
seguir sobre as transações comerciais realizadas pelo atacadista comercial
Severo.

• Só faz suas operações no âmbito do estado onde atua.


• Todas as operações que realiza estão sujeitas à incidência de 18% de ICMS.
• Em janeiro
- comprou uma máquina para o imobilizado no valor de 640.000,00 a prazo;
- comprou mercadorias a prazo por 250.000,00;
- vendeu mercadorias à vista por 260.000,00.
• Em fevereiro
- comprou mercadorias à vista por 200.000,00;
- vendeu mercadorias à vista por 250.000,00;
- comprou equipamentos à vista, para o imobilizado, por 80.000,00.

Com base nas informações recebidas e nas determinações fiscais vigentes


relacionadas ao ICMS, o valor mínimo de ICMS que Severo deverá pagar em
fevereiro, em reais, será

(A) 5.700,00
(B) 6.300,00
(C) 8.100,00
(D) 8.700,00
(E) 9.000,00

43.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Analise as informações


dos itens correspondentes a bens do Ativo Imobilizado.

I - Aquisição de bens usados a partir de maio/04


II - Máquinas e equipamentos para utilização em atividades comerciais e
administrativas nas empresas industriais, adquiridos a partir de maio/04
III - Máquinas e equipamentos para utilização na produção de bens destinados
à venda ou na prestação de serviços, adquiridos a partir de maio/04
IV - Parte edificada dos imóveis adquiridos a partir de maio/04, desde que
utilizados nas atividades das empresas industriais, comerciais ou de serviços

A depreciação dos elementos do Imobilizado que dá direito a crédito para


dedução de contribuições do PIS/PASEP, calculadas pelo método não
cumulativo, é apurada APENAS nos itens

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) III e IV.
(D) I, II e IV.
(E) II, III e IV.

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44.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) O art. 15 da Lei no
11.941/09 instituiu o Regime Tributário de Transição (RTT). A opção de adotar
o RTT feita pelas empresas que são obrigadas à apuração do lucro real e que já
existiam em 2008 deverá ocorrer

(A) de forma facultativa somente para o ano-calendário 2009.


(B) de forma facultativa para os anos-calendário 2008, 2009 e 2010.
(C) de forma obrigatória para os anos-calendário 2008 e 2009.
(D) a partir do ano calendário 2009, observado prazo da entrada em vigor de
lei que discipline os efeitos tributários dos novos métodos e critérios contábeis,
buscando a neutralidade tributária.
(E) a partir do ano 2010, observado o prazo da entrada em vigor de lei que
discipline os efeitos tributários dos novos métodos e critérios contábeis,
buscando a neutralidade tributária.

45.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Admita que

• a Lessa Industrial, tributada em 2006 pelo lucro presumido, passou à


tributação pelo lucro real a partir de janeiro de 2007 e a calcular o COFINS
pelo método não cumulativo.

• no balanço de dezembro/06, ela havia contabilizado os seguintes estoques:


- Matéria prima - R$ 1.200.000,00
- Produtos em elaboração - R$ 700.000,00
- Produtos acabados - R$ 800.000,00
Considerando as informações recebidas e a permissão para utilização de
crédito presumido sobre o estoque, para dedução da contribuição do COFINS,
calculado pelo método não cumulativo, o valor total do crédito a que a Lessa
Industrial tem direito, em reais, é

(A) 60.000,00
(B) 81.000,00
(C) 91.200,00
(D) 114.000,00
(E) 152.000,00

46.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considere que uma


empresa passe a ter direito ao crédito presumido sobre estoques para dedução
do COFINS apurado pelo método não cumulativo. O lançamento a ser feito,
quando da apuração do referido crédito, pelo seu valor total, é

Débito Crédito
(A) Cofins a Pagar Cofins a Recuperar
(B) Cofins a Recuperar Despesa de Cofins
(C) Cofins a Recuperar Estoque
(D) Estoque Cofins a Pagar
(E) Despesa de Cofins Estoque

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47.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) Os
princípios constitucionais tributários prevalecem sobre as demais normas
tributárias. No campo do Imposto de Renda, atendidos tais princípios
constitucionais, o critério básico que tem por objetivo aplicar a justiça
tributária é o princípio da

(A) progressividade.
(B) generalidade.
(C) legalidade.
(D) autenticidade.
(E) universalidade.

48.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) Em
31 de dezembro de 2009, a Sociedade Anônima apurou um lucro, antes do
Imposto de Renda, de R$ 250.000,00 e não fez qualquer ajuste no LALUR. O
Imposto de Renda devido por essa Sociedade Anônima, tributada pelo lucro
real, em reais, é

(A) 37.500,00
(B) 38.500,00
(C) 39.000,00
(D) 41.250,00
(E) 62.500,00

Analise as informações a seguir, apresentadas pela Comercial Lunar, para


responder às questões de nos 49 e 50.

A Comercial Lunar apresentou, em reais, as informações abaixo com relação à


comercialização de mercadorias, num determinado período de tempo.

Compra de Mercadorias 800.000,00


Desconto incondicional auferido 8.000,00
Desconto incondicional concedido 6.000,00
Frete na compra, cobrado pelo vendedor 10.000,00
Frete na venda, pago pelo comprador 15.000,00
Seguro na compra, cobrado pelo vendedor 5.000,00
Venda de Mercadorias 1.000.000,00

Outras informações referentes unicamente às operações acima.


• As operações estão sujeitas ao ICMS de 18%.
• O estoque inicial e final de mercadorias é zero.

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49.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio)
Considerando-se exclusivamente as informações recebidas, o custo das
mercadorias vendidas pela Comercial Lunar, em reais, é

(A) 649.440,00
(B) 656.000,00
(C) 661.740,00
(D) 663.380,00
(E) 668.300,00

50.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) O
resultado com mercadorias, apurado pela Comercial Lunar, fundamentado
exclusivamente nas operações informadas, em reais, é

(A) 151.700,00
(B) 153.340,00
(C) 157.560,00
(D) 158.260,00
(E) 159.080,00

51.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) Admita que uma


empresa comercial, não obrigada à tributação pelo lucro real, optou pela
tributação do imposto de renda com base no lucro presumido. Nesta condição,
para efeitos exclusivos da legislação do imposto de renda, ela estará obrigada
a manter a escrituração no livro-caixa e no(s) livro(s)

(A) diário.
(B) razão.
(C) diário e razão.
(D) registro de inventário.
(E) diário, razão e registro de inventário.

52.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) Uma empresa


comercial apresentou as seguintes informações: 31/12/2007 – Prejuízo fiscal
registrado na parte “B” do LALUR, R$ 86.000,00.

2008 – Primeiro trimestre: Lucro de R$ 200.000,00, incluindo neste lucro


provisão para férias de R$ 20.000,00, e resultado negativo de participação em
investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial de R$
20.000,00.

2008 – Segundo trimestre: lucro de R$ 80.000,00.

O imposto de renda devido pela empresa ao final dos dois trimestres, em reais,
é

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(A) 37.000,00
(B) 37.400,00
(C) 41.500,00
(D) 43.000,00
(E) 46.000,00

53.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) Considere as


seguintes situações:

I - participações de empregados no lucro;


II - provisão para ajustes a valor de mercado;
III - provisões técnicas de empresas de capitalização.

São dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda APENAS as situações

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

Considere os dados a seguir, para responder às questões de nos 54 e 55.

A comercial Aurora, tributada pelo lucro presumido, apresentou as seguintes


informações relativas ao resultado apurado em agosto de 2009, em reais:

Receita de Vendas 600.000,00


Devoluções de Vendas 34.000,00
Descontos Concedidos por Antecipação de Pagamento 16.000,00
Receitas Financeiras 10.000,00
Ganho na Venda de um Equipamento do Imobilizado 8.000,00

Outras informações adicionais:


• 10% das vendas são de produtos com tributação monofásica;
• não houve devolução nem descontos sobre as vendas de produtos
monofásicos.

54.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) O valor do PIS, em


reais, devido pela comercial Aurora, em agosto de 2009, sobre as operações
apresentadas, é

(A) 3.289,00
(B) 3.302,00
(C) 3.458,00
(D) 3.692,00
(E) 4.017,00

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55.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio)O valor da COFINS, em
reais, devido pela comercial Aurora, em agosto de 2009, sobre as operações
apresentadas, é

(A) 14.700,00
(B) 14.970,00
(C) 15.180,00
(D) 17.040,00
(E) 18.540,00

(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio)
Enunciado para as questões de nos 56 e 57

Uma empresa industrial tributada pelo lucro real optou pela apuração do lucro
real anual, com recolhimento mensal por estimativa.

Em outubro de 2007, apresentou as seguintes informações:

56.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Considere que, na


apuração da base de cálculo do Imposto de Renda, pago mensalmente pelo
critério de estimativa, deverão ser aplicados os seguintes percentuais sobre a
renda bruta: venda de mercadorias 8% e prestação de serviços 32%. As
alíquotas de Imposto de Renda são: Normal 15% e Adicional 10%. Qual o
valor do Imposto de Renda para recolhimento mensal por estimativa, em
setembro/2007, em reais?

(A) 18.160,00
(B) 18.860,00
(C) 21.520,00
(D) 27.660,00
(E) 31.020,00

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57.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Sabe-se que, na
apuração da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, paga
mensalmente pelo critério de estimativa, o percentual aplicável sobre a renda
bruta é de 12%, e a alíquota da contribuição social sobre o lucro é de 9%.
Qual o valor da contribuição social sobre o lucro, para recolhimento mensal por
estimativa, em setembro/2007, em reais?

(A) 4.384,80
(B) 7.192,80
(C) 7.598,80
(D) 8.812,80
(E) 9.223,20

58.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio-Adaptada) Uma


Companhia comercial apresentou os seguintes elementos, inclusos na
formação de seu resultado:

I - variação cambial positiva de operações com moeda estrangeira;


II - reversão de provisões operacionais;
III - venda de bens do Ativo Não Circulante - Imobilizado;
IV - venda de mercadorias para o exterior;
V - venda de mercadorias e serviços no país.

Na apuração da base de cálculo do PIS, devem ser EXCLUÍDOS os elementos

(A) I, II e III
(B) I, II e IV
(C) I, IV e V
(D) II, III e IV
(E) III, IV e V

59.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Uma empresa


comercial, obrigada à apuração do lucro real, optante pelo lucro real anual,
com recolhimento mensal por estimativa, apurou, em fevereiro/2006, os
valores de Imposto de Renda, em reais, para recolhimento em março/2006,
apresentados a seguir.

Considere:
• que os cálculos do imposto e da retenção estão corretos;
• as determinações da Lei Societária e da Lei Tributária;
• a boa técnica contábil dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Qual o registro contábil da situação apresentada, em fevereiro/2006?

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Teoria e Exercícios
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(A) Impostos a Recuperar
Imposto de Renda PJ – estimativa 200.000
a Imposto de Renda a Recolher 200.000

(B) Despesa de Imposto de Renda


Imposto de Renda PJ 200.000
a Imposto de Renda a Recolher 200.000

(C) Impostos a Recuperar


Imposto de Renda PJ – estimativa 210.000
a Imposto de Renda a Recolher 209.000
a Impostos a Recuperar
Imposto de Renda Retido na Fonte 1.000

(D) Despesa de Imposto de Renda


Imposto de Renda PJ – estimativa 210.000
a Imposto de Renda a Recolher 209.000
a Impostos a Recuperar
Imposto de Renda Retido na Fonte 1.000

(E) Despesa de Imposto de Renda


Imposto de Renda PJ 10.000
Impostos a Recuperar
Imposto de Renda PJ – estimativa 200.000
a Imposto de Renda a Recolher 209.000
a Impostos a Recuperar
Imposto de Renda Retido na Fonte 1.000

60.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Num determinado dia,


a Companhia Amor vendeu, por R$ 800.000,00 à vista, mercadorias sujeitas à
substituição tributária do ICMS. Sabendo-se que a alíquota do ICMS é de 18%,
e a margem de lucro prevista (valor agregado) é de 20%, o registro contábil
da venda realizada pela Companhia, nestas condições, é

(A) Caixa 800.000,00


a Receita de Vendas 800.000,00

(B) Caixa 1.000.000,00


a Receita de Vendas 1.000.000,00

(C) Caixa 828.800,00


a Receita de Vendas 800.000,00
a ICMS Substituição Contábil a Recolher 28.800,00

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(D) Caixa 960.000,00
a Receita de Vendas 800.000,00
a ICMS Substituição Contábil a Recolher 160.000,00

(E) Caixa 1.000.000,00


a Receita de Vendas 800.000,00
a ICMS Substituição Contábil a Recolher 200.000,00

61.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-


Cesgranrio) Uma empresa comercial é tributada com base no lucro real,
apura o lucro real anual e faz o recolhimento da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL), com antecipações mensais, sobre base de cálculo
apurada por estimativa. Integra essa base de cálculo o valor correspondente a
12% da receita bruta mensal. Dessa receita bruta mensal, além dos impostos
não cumulativos cobrados destacadamente do comprador, dos quais o
vendedor dos bens ou prestador de serviços seja mero depositário, deverão
ser excluídas(os), igualmente, as(os)

(A) vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais


concedidos.
(B) vendas canceladas, os descontos condicionais concedidos e os abatimentos
sobre vendas.
(C) devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os
abatimentos sobre vendas.
(D) devoluções de vendas, os descontos condicionais concedidos e os
abatimentos sobre vendas.
(E) descontos incondicionais concedidos, a devolução de vendas e os descontos
financeiros concedidos.

62.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-


Cesgranrio) Nas importações de bens, a base de cálculo do COFINS é
formada pela base de cálculo do imposto de importação

(A) (menos) imposto de importação.


(B) (menos) imposto de importação e (mais) ICMS.
(C) (menos) imposto de importação, (menos) ICMS e (menos) COFINS.
(D) (mais) imposto de importação, (menos) ICMS e (mais) COFINS.
(E) (mais) imposto de importação, (mais) ICMS e (mais) COFINS.

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63.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Considere que as
operações com tintas estão sujeitas à substituição tributária do ICMS, com um
valor agregado (margem de lucro prevista) de 30%, que o ICMS nestas
operações é de 18%, e que a empresa de tintas vendeu o seu produto por R$
10.000,00, concedendo um desconto incondicional de R$ 2.000,00. O valor
desta venda, em reais, é

(A) 8.000,00
(B) 8.540,00
(C) 10.000,00
(D) 10.540,00
(E) 12.540,00

64.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-


Cesgranrio) A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta,
resumidamente, as operações realizadas pela empresa, durante o exercício
social, de forma a destacar o resultado líquido, apurado pelo confronto de
receitas, custos e despesas operacionais e não operacionais relativas a esse
mesmo exercício social. A legislação fiscal, por sua vez, tem uma maneira
específica para apurar o lucro fiscal (tributável), que servirá de base para
exigir os tributos. Nos termos da legislação fiscal, o lucro fiscal (tributável) é
estabelecido pelo lucro

(A) contábil (menos) imposto de renda (mais) adições (menos) exclusões.


(B) contábil (menos) imposto de renda (menos) contribuição social sobre o
lucro (mais) adições (menos) exclusões.
(C) antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido
(mais) adições (menos) exclusões (mais) lucros
fiscais.
(D) antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro
(mais) adições (menos) exclusões (menos) compensação de prejuízos fiscais.
(E) antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido
(mais) adições (menos) exclusões (menos) compensação de prejuízos fiscais
(mais) participações e contribuições.

65.(Ciências Contábeis-Bndes-2008-Cesgranrio) Em 2007, a Cia. Zarca


S/A, tributada pelo lucro real, antes de fazer a sua declaração anual do
Imposto de Renda ano base 2006, fez as seguintes anotações de despesas
incluídas na apuração do resultado do exercício, em reais, evidenciadas na
Demonstração do Resultado, encerrado em 31/12/06:

Despesa de:
Brindes . ................................................. 10.000,00
Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa. ................ 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas . ........................................... 20.000,00

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Considerando-se os aspectos técnicos conceituais e a legislação tributária do
Imposto de Renda, o valor de adições temporárias, a ser incluído no LALUR,
para determinação do lucro real, em reais, é

(a) 20.000,00
(b) 30.000,00
(c) 60.000,00
(d) 70.000,00
(e) 80.000,00

66.(Técnico em Contabilidade-Petrobras-2008-Cesgranrio) A Empresa


Comercial Amazonas Ltda. comprou, a prazo, para revender, 20.000 bolsas de
couro da Indústria Coureira Ltda., pagando R$ 2,50, cada bolsa, líquidos de
ICMS e IPI. Sabe-se que:
a operação é tributada com 15% de IPI e 17% de ICMS;
a Comercial Amazonas adota o controle permanente do estoque;
o frete foi suportado pela empresa vendedora.
O lançamento desta compra, sem data e histórico, a ser feito pela Comercial
Amazonas, é

(A) Compra de mercadorias


a Diversos
a Fornecedores 50.000,00
a Impostos incidentes sobre compras 17.275,00 67.275,00

(B) Diversos
a Diversos
Estoque de mercadorias 50.000,00
Impostos incidentes sobre compras 16.000,00 66.000,00
a Fornecedores 50.000,00
a ICMS a recuperar 8.500,00
a IPI a recuperar 7.500,00 66.000,00

(C) Diversos
a Fornecedores
Estoque de mercadorias 57.500,00
ICMS a recuperar 9.775,00 67.275,00

(D) Diversos
a Fornecedores
Estoque de mercadorias 50.000,00
ICMS a recuperar 10.240,96
IPI a recuperar 9.036,14 69.277,10

(E) Diversos
a Fornecedores
Estoque de mercadorias 59.036,14
ICMS a recuperar 10.240,96 69.277,10
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67.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O Posto de Gasolina
Dois Amigos Ltda., sob a bandeira da Petrobras, localizado no Rio de Janeiro,
adquiriu, de um atacadista no Rio de Janeiro, mercadorias para a sua rede de
lojas de conveniência, nas seguintes condições, inclusas na nota fiscal do
fornecedor:

Valor da mercadoria, cobrado pelo fornecedor 1.120.000,00


Frete cobrado pelo fornecedor 60.000,00
Seguro cobrado pelo fornecedor 12.000,00
Desconto incondicional concedido pelo fornecedor 112.000,00

Considerando que o Posto Dois Amigos Ltda. está sujeito à alíquota básica de
ICMS de 19%, adotada no Estado do Rio de Janeiro, o valor, em reais, do
ICMS, nesta operação, suportado pelo Posto Dois Amigos Ltda., é:

(A) 212.800,00
(B) 205.200,00
(C) 202.920,00
(D) 193.800,00
(E) 191.520,00

As questões 68 e 69 deverão ser respondidas com base no enunciado a seguir.

A Rede Unida de Postos de Gasolina S/A, submetida à tributação com base no


lucro real, optou pelo pagamento do imposto mensal, por base estimada,
apurando o lucro real anualmente.

Em agosto de 2005, apresentou as seguintes informações:


Revenda de gasolina 1.200.000,00
Revenda de mercadorias 300.000,00
Serviços de lavagem 150.000,00

ICMS
Revenda de gasolina (alíquota de 30%) 348.000,00
Revenda de mercadorias (alíquota 19%) 57.000,00

ISS (alíquota de 5%) 7.500,00

Vendas canceladas (gasolina) 33.500,00


Descontos incondicionais (gasolina) 6.500,00
Ganho na venda de Imobilizado 38.000,00

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Informações adicionais:

• Percentuais para estimativa de IR e CSLL

Atividades Base – Imposto Base - CSLL


de Renda
Comércio e Indústria 8,0% 12,0%
Revenda de combustíveis derivados de 1,6% 12,0%
petróleo e álcool, inclusive gás natural
Prestação de serviços em geral 32,0% 32,0%

• Alíquotas incidentes sobre a base de cálculo:


Imposto de Renda (IR)
Normal 15%
Adicional 10%
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL):
Normal 9%

68.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O valor do Imposto de


Renda (IR), no mês de agosto de 2005, da Rede Unida de Postos de Gasolina
S/A, calculado por estimativa, em reais, foi:

(A) 19.284,00
(B) 30.140,00
(C) 32.140,00
(D) 121.800,00
(E) 179.625,00

69.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O valor da Contribuição


Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), no mês de agosto de 2005, da Rede Unida
de Postos de Gasolina S/A, calculado por estimativa, em reais, foi:

(A) 11.570,40
(B) 19.284,00
(C) 20.088,00
(D) 23.508,00
(E) 24.543,00

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As questões 70 e 71 deverão ser respondidas com base no enunciado abaixo,
tendo a tributação sido feita com a opção pela tributação monofásica.

A Refinaria Duque de Caxias (REDUC) refinou petróleo importado e


comercializou 1.000.000 de litros de gasolina destinados a veículos
automotivos, para a Petrobras Distribuidora, que os repassou para a
Distribuidora Gama. Esta, por sua vez, os revendeu para a rede de postos e
estes, finalmente, comercializaram para o consumidor final, tudo dentro dos
limites do Estado do Rio de Janeiro, formando a seguinte rede de distribuição e
respectivos valores de comercialização, entre o refino e o consumo da
gasolina, pelos consumidores finais:

Rede de Distribuição Litros Preço/Litro Valor Total


(em reais) (em reais)
Refinaria Duque de Caxias 1.000.000 2,2000 2.200.000,00
Petrobrás Distribuidora 1.000.000 2,3330 2.333.000,00
Distribuidora Gama 1.000.000 2,4780 2.478.000,00
Rede de Postos 1.000.000 2,6240 2.624.000,00
Consumidor Final 1.000.000 2,7890 2.789.000,00

Informação adicional:
Alíquotas de COFINS e PIS, incidente sobre os derivados de petróleo, a partir
de maio de 2004:
COFINS PIS
Gasolina e suas correntes, exceto a gasolina de avião 23,440% 5,080%

70.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O valor total suportado


pelos consumidores finais da gasolina, a título de COFINS, em reais, é:

(A) 515.680,00
(B) 546.855,20
(C) 580.843,20
(D) 615.065,60
(E) 653.471,60

71.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O valor total suportado


pelos consumidores finais da gasolina, a título de PIS, em reais, é:

(A) 171.681,20
(B) 133.299,20
(C) 125.882,40
(D) 118.516,40
(E) 111.760,00

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72.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) Determinada empresa
apresentou, em 2004, imposto de renda a pagar (alíquota de 15%) de R$
2.400,00. Sabendo-se que as bases de imposto de renda e contribuição social
são iguais, a contribuição social sobre o lucro (alíquota de 9%) devida, em
reais, será de:

(A) 216,00
(B) 360,00
(C) 1.440,00
(D) 1.600,00
(E) 3.240,00

73.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) O Livro de Apuração do


Lucro Real – LALUR, compõe-se de duas partes: A e B. Em relação a esta
estrutura, é correto afirmar que:

(A) na parte A, está o controle do resultado operacional e na parte B o do não


operacional, que devem ser apurados pelas empresas.
(B) na parte A, são apresentados os ajustes efetuados pela legislação fiscal,
para transformar o resultado apurado, na contabilidade, no resultado exigido
pelo fisco.
(C) na parte A, deve ser apresentado o valor pago de IR e eventuais créditos
tributários por pagamentos efetuados a maior.
(D) na parte B, são controladas todas as adições e exclusões definitivas, além
dos prejuízos fiscais não compensados.
(E) as duas partes se complementam, sendo a parte A para registro das
apurações mensais em bases estimadas e a parte B para apuração anual
definitiva.

74.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) Uma empresa possui


saldo de prejuízos fiscais de R$ 1.000,00, registrados na parte B do LALUR e
apresenta, no ano, um lucro antes do Imposto de Renda de R$ 3.000,00,
incluindo resultado positivo de participação em controladas e coligadas
(equivalência patrimonial), no valor de R$ 200,00. Sendo assim, o Imposto de
Renda (alíquota de 15%), em reais, atendendo às regras da legislação fiscal,
será:

(A) 270,00
(B) 294,00
(C) 300,00
(D) 315,00
(E) 375,00

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75.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) Determinada empresa
industrial vende mercadorias a prazo para uma empresa comercial, por R$
1.500,00, mais R$ 100,00 de frete, com desconto de R$ 50,00, caso o
pagamento se realize em até 30 dias. Sabendo que a alíquota de ICMS é de
20% e que a empresa industrial não possui créditos do imposto, o ICMS devido
nesta operação, em reais, será:

(A) 290,00
(B) 300,00
(C) 310,00
(D) 320,00
(E) 330,00

76.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio-Adaptada) O
Supermercado Capixaba é uma empresa que fez a opção, em 2005, pelo lucro
presumido. Em janeiro, adquiriu R$ 200.000,00 em mercadorias, além de ter
R$ 100.000,00 de estoque inicial. A receita de revenda de mercadorias montou
R$ 410.000,00 no mês, com o supermercado. Sabendo-se que a alíquota da
COFINS é de 7,6% para o método não cumulativo e de 3% para o método
cumulativo, a COFINS devida pelo Supermercado Capixaba, em reais,
referente ao mês de janeiro de 2005, será:

(A) 7.600,00
(B) 8.360,00
(C) 12.000,00
(D) 12.300,00
(E) 14.950,00

77.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) Analise as afirmações a


seguir em relação às formas de tributação sobre o lucro.

I - Uma empresa com receita total no valor de 50 milhões de reais, em 2004,


sendo 5% oriunda de resultado positivo, com participação em controladas,
será obrigada a utilizar, em 2005, o lucro real como forma de tributação sobre
o lucro, estando impedida de utilizar o lucro presumido em 2005, mesmo que a
receita total fique abaixo de 48 milhões de reais nesse ano.
II - No lucro real, o prejuízo fiscal apurado poderá ser compensado nos anos
seguintes, mas com limitação de 30% da soma algébrica de receitas e
despesas apuradas na contabilidade, sem qualquer ajuste de adições ou
exclusões.
III - A empresa que vender seus produtos ao exterior, ainda que através de
empresa comercial exportadora, estará, automaticamente, obrigada ao lucro
real, qualquer que seja sua receita total no ano anterior.

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Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões):

(A) I
(B) II
(C) I e II
(D) I e III
(E) II e III

GABARITO:

1–B 26 – A 51 – D 76 – D
2–E 27 – B 52 – C 77 – A
3–B 28 – B 53 – E
4–C 29 – C 54 – A
5–D 30 – B 55 – C
6–B 31 – C 56 – E
7–D 32 – A 57 – D
8–C 33 – D 58 – D
9–E 34 – E 59 – C
10 – B 35 – A 60 – C
11 – C 36 – D 61 – A
12 – D 37 – C 62 – E
13 – B 38 – B 63 – B
14 – A 39 – E 64 – D
15 – C 40 – D 65 – D
16 – B 41 – B 66 – E
17 – E 42 – A 67 – B
18 – A 43 – C 68 – B
19 – D 44 – E 69 – D
20 – B 45 – B 70 – A
21 – D 46 – C 71 – E
22 – E 47 – A 72 – C
23 – C 48 – B 73 – B
24 – D 49 – C 74 – B
25 – B 50 – B 75 – D

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6.5. Resolução dos Exercícios de Fixação

6.5.1. Contabilidade Ambiental

1.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Uma organização


desejou agregar à sua produção e à sua imagem o conceito de lucro ambiental,
que está relacionado à

(A) possibilidade de a empresa obter ganhos de escala sem agredir o meio


ambiente.
(B) capacidade de gerar resultados econômicos positivos, respeitando o meio
ambiente, isto é, sem causar poluição.
(C) obtenção de resultado positivo de forma simultânea ao aumento do valor
do ambiente econômico no entorno da entidade.
(D) conquista de resultado financeiro favorável aliado a um valor obtido pela
melhoria das condições ambientais na região em que está localizada a
entidade.
(E) garantia de ganhos crescentes de valores econômicos por meio de
aperfeiçoamento de práticas de produção que reduzam os efeitos de poluição
na atmosfera.

Resolução

Lucro Ambiental: capacidade de gerar resultados econômicos


positivos, respeitando o meio ambiente, isto é, sem causar poluição.
GABARITO: B

2.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Admitem os estudos


contábeis com enfoque ecológico que a Entidade Contábil é aderente ao
Princípio do Poluidor Pagador, de extrema importância para os ecologistas, e,
sob esse aspecto, pode-se definir a Entidade Contábil, sob o enfoque
ambiental, como sendo a

(A) apuração de resultados decorrentes dos fatos geradores de receitas e


despesas relacionadas com meio ambiente.
(B) disponibilização de ações ambientais que permitam a preservação do meio
ambiente.
(C) forma de colocar o interesse público à frente dos interesses empresariais.
(D) preocupação empresarial em manter os recursos naturais preservados.
(E) unidade que tem o controle sobre o uso dos recursos naturais.

Resolução

Entidade Contábil: unidade que tem o controle sobre o uso dos


recursos naturais.
GABARITO: E

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3.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-Cesgranrio)
Sob o enfoque humano, o princípio fundamental de contabilidade da
oportunidade aplicado à contabilidade ambiental indica que

(A) é focado na indeterminação do prazo, prevendo o crescimento da entidade,


sendo que seus gestores devem fazê-la crescer, produzir mais, ganhar mais
mercado, e a falta de limites deve ser encarada, do ponto de vista ambiental,
com restrições, pois os recursos naturais são finitos.
(B) informações ambientais devem ser registradas e disponibilizadas no tempo
oportuno para permitir ação ambiental de preservação do meio ambiente,
refletindo a integridade do patrimônio da entidade e suas mutações relativas
aos impactos ambientais.
(C) os fatos geradores relacionados ao meio ambiente, que resultarem em
receitas ou despesas, devem ser incluídos na apuração dos resultados no
período em que ocorrerem.
(D) os impactos ambientais devem ser registrados pelos valores das
transações, expressos a valor presente da moeda do país.
(E) o reconhecimento da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional é
fundamental quando se trata de registro de eventos econômicos que afetem o
meio ambiente, isso porque as questões ambientais são, na maioria das vezes,
questões que envolvem vários exercícios sociais.

Resolução

Princípio da Oportunidade - as informações ambientais devem ser


registradas e disponibilizadas no tempo oportuno para permitir ação
ambiental de preservação do meio ambiente, refletindo a integridade
do patrimônio da entidade e suas mutações relativas aos impactos
ambientais.
GABARITO: B

4.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-Cesgranrio)


Sob o enfoque de Contabilidade Ambiental, a evidenciação apresenta a

(A) possibilidade de medir fisicamente os impactos ambientais e depois seus


efeitos, não sendo possível, sem isso, preservar a natureza.
(B) ordem de grandeza dos impactos ambientais cujos efeitos puderem ser
percebidos de forma aparente, e forem economicamente mensuráveis, a partir
da proporção da poluição total medida fisicamente, em relação à medida
individual do evento em si.
(C) informação necessária para a operação ótima de um eficiente mercado de
capitais, implica que suficiente informação deveria ser apresentada para
permitir a previsão da tendência futura, sendo também uma prestação de
contas à sociedade de como o meio ambiente está sendo afetado pela gestão
ambiental de determinada empresa.
(D) necessidade de reconhecimento dos custos e despesas com o meio
ambiente que foram necessários para a obtenção da receita, sendo que a

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venda de um produto deve ser reconhecida, no mesmo momento do custo da
degradação causada para produzir esse mesmo produto.
(E) importância de destacar o entendimento da ocorrência para a Contabilidade
Ambiental e de que forma o evento pode modificar o patrimônio da entidade
em relação ao meio ambiente, a ser reconhecido no momento em que ocorre.

Resolução

Sob o enfoque de Contabilidade Ambiental, a evidenciação apresenta a


informação necessária para a operação ótima de um eficiente mercado
de capitais, implica que suficiente informação deveria ser apresentada
para permitir a previsão da tendência futura, sendo também uma
prestação de contas à sociedade de como o meio ambiente está sendo
afetado pela gestão ambiental de determinada empresa.
GABARITO: C

5.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-Cesgranrio)


O livro Contabilidade Ambiental (Ferreira, Aracéli, 2006), no capítulo 5 –
Contabilidade Gerencial Ambiental, apresenta as atividades operacionais, assim
se manifestando sobre uma dessas mesmas atividades.

“Seu objetivo é colocar o ambiente em condições iguais ou próximas daquelas


que ele tinha antes da degradação ocorrer.”

A afirmativa refere-se à atividade da gestão ambiental de

(A) prevenção.
(B) produção.
(C) reciclagem.
(D) recuperação.
(E) tratamento.

Resolução

O modelo de gestão foi desenvolvido de modo a atender às necessidades


básicas de informação das três atividades principais da gestão ambiental -
Prevenção, Recuperação, Reciclagem e também da atividade de Produção, no
que dia respeito ao meio ambiente.

Atividade de Prevenção: proteger o meio ambiente da ação da poluição pode


requerer gastos em insumos que irão gerar benefícios em períodos futuros, os
chamados investimentos e também gastos em insumos cujos benefícios
esperados devem ocorrer no momento de seu consumo, as despesas.

Atividade de Recuperação: a recuperação do meio ambiente dá-se


sobre a degradação ocorrida. Seu objetivo é colocar o ambiente em
condições iguais ou próximas daquelas que ele tinha antes de a
degradação ocorrer.
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Atividade de Reciclagem: a reciclagem tem por objetivo permitir que resíduos
de matéria-prima ou outros materiais utilizados no processamento específico,
ser utilizados novamente.

Atividade de Produção: ao produzir bens e serviços, esta atividade gera


também, e ao mesmo tempo, um impacto ambiental negativo representado
pela poluição. Esse impacto é reconhecido por esse modelo como um evento
econômico-ambiental denominado Degradação Produzida.
GABARITO: D

6.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-Cesgranrio)


Analise as seguintes situações, sob o enfoque ambiental:

I - avaliação do grau dos impactos ambientais;


II - geração e distribuição de riqueza;
III - identificação de responsabilidades;
IV - interação da entidade com o ambiente externo.

Dentre as situações acima, podem ser consideradas como elementos da


auditoria ambiental, APENAS, a

(A) I e a II.
(B) I e a III.
(C) II e a III.
(D) II e a IV.
(E) III e a IV.

Resolução

A evidenciação da geração e distribuição de riqueza, bem como da interação


da entidade com o ambiente externo, estão relacionadas à Contabilidade
Ambiental. Por outro lado a avaliação do grau dos impactos ambientes, bem
como a identificação de responsabilidades, estão relacionadas à Auditoria
Ambiental.

Elementos da Auditoria Ambiental:


I - avaliação do grau dos impactos ambientais;
III - identificação de responsabilidades;
GABARITO: B

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6.5.2. Contabilidade Tributária

7.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A Constituição Federal


Brasileira de 1988, no campo das limitações do poder de tributar do estado,
estabelece:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça

O dispositivo Constitucional acima configura o princípio tributário constitucional


da

(A) Anterioridade
(B) Irretroatividade
(C) Isonomia Tributária
(D) Legalidade
(E) Reserva de Lei Complementar

Resolução

Princípio da Legalidade Tributária (ou Estrita Legalidade Tributária):


instituído pelo art. 150, I da Constituição Federal de 1988 (CF/88), transcrito
abaixo, estabelece que é vedado às pessoas políticas criar ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
GABARITO: D

8.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Em jan/2009 a


companhia X, tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal de R$ 1.000,00,
incorporou a companhia Z, tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal de R$
800,00.

Sabe-se que:
• os prejuízos fiscais foram adequadamente registrados na parte “B” do
LALUR;
• no exercício findo de 2009, a companhia X apurou R$ 6.000,00 de lucro
ajustado no LALUR.

Qual é o valor, em reais, da compensação de prejuízos fiscais permitido à


companhia X, em 2009, nos termos da legislação fiscal vigente?

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(A) 300,00
(B) 540,00
(C) 1.000,00
(D) 1.500,00
(E) 1.800,00

Resolução

Janeiro de 2009:
Companhia X: Prejuízo Fiscal = R$ 1.000,00 (incorporadora)
Companhia Z: Prejuízo Fiscal = R$ 800,00 (incorporada)
Os prejuízos fiscais foram adequadamente registrados na parte “B” do LALUR;

Lucro Líquido da Companhia X em 2009 = R$ 6.000,00

De acordo com a regra dos 30%, a companhia X pode compensar até 30% do
lucro líquido ajustado após adições e exclusões. Como não há adições ou
exclusões, o limite de compensação será de:

Limite de Compensação de Prejuízos = 30% x 6.000 = R$ 1.800,00

Como o saldo de prejuízo fiscal da companhia X é de R$ 1.000,00, que


é menor que o limite de compensação, ela poderá compensar todo o
prejuízo fiscal de R$ 1.000,00.

Atenção, pois não é possível compensar o prejuízo fiscal da


incorporada: A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou
cisão não poderá compensar prejuízos fiscais da sucedida.
GABARITO: C

Utilize as informações a seguir para responder às questões de nos 9 e 10.

Operações com mercadorias realizadas pela Comercial X, em 30 maio 2011.

► Compra a prazo na Indústria Y, conforme detalhamento na Nota Fiscal

Custo IPI Total


2.000,00 200,00 2.200,00

► Venda à vista das mesmas mercadorias para a Transportadora Z por R$


3.000,00

Informações complementares sobre as três empresas:


• são tributadas pelo lucro real
• estão submetidas ao método não cumulativo do PIS e COFINS
• não têm créditos tributários anteriores de nenhum imposto ou taxa
• estão localizadas no mesmo estado
• só operam no território nacional

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• submetem-se às alíquotas da tabela abaixo.

ICMS IPI PIS Cofins


18% 10% 1,65% 7,6%

9.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Considerando somente


as operações apresentadas, as informações recebidas e as determinações
tributárias em vigor, a COFINS a ser paga pela Comercial X, em reais, é

(A) 228,00
(B) 79,04
(C) 76,00
(D) 62,32
(E) 60,80

Resolução

Como regime de tributação da Cofins é não cumulativo, poderemos compensar


os créditos das compras.

I – Cálculo do crédito das compras:

Atenção!
Compra para Revendas: o IPI não integra a base de cálculo do ICMS, mas
integra a base de cálculo do PIS e integra a base de cálculo da Cofins.

Custo das Compras (com IPI) = 2.200

Cofins a Recuperar = Alíquota x Base de Cálculo ⇒


⇒ Cofins a Recuperar = 7,6% x 2.200 = 167,20
II – Cálculo da Cofins sobre as vendas:

Valor das Vendas = 3.000

Cofins a Recolher = Alíquota x Base de Cálculo ⇒


⇒ Cofins a Recolher = 7,6% x 3.000 = 228
III – Cálculo da Cofins a Recolher:

Como o saldo da “Cofins a Recolher” é maior que o saldo da “Cofins a


Recuperar”, teremos:

Cofins a Recolher 228


(-) Cofins a Recuperar (167,20)
Cofins a Recolher 60,80
GABARITO: E

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10.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Considerando somente
as operações apresentadas, as informações recebidas e as determinações
tributárias em vigor, o PIS a ser pago pela Comercial X, em reais, é

(A) 10,23
(B) 13,20
(C) 13,53
(D) 16,50
(E) 49,50

Resolução

Como regime de tributação do Pis é não cumulativo, poderemos compensar os


créditos das compras.

I – Cálculo do crédito das compras:

Atenção!
Compra para Revendas: o IPI não integra a base de cálculo do ICMS, mas
integra a base de cálculo do PIS e integra a base de cálculo da Cofins.

Custo das Compras (com IPI) = 2.200

Pis a Recuperar = Alíquota x Base de Cálculo ⇒


⇒ Pis a Recuperar = 1,65% x 2.200 = 36,30
II – Cálculo da Pis sobre as vendas:

Valor das Vendas = 3.000

Pis a Recolher = Alíquota x Base de Cálculo ⇒


⇒ Pis a Recolher = 1,65% x 3.000 = 49,50
III – Cálculo do Pis a Recolher:

Como o saldo do “Pis a Recolher” é maior que o saldo do “Pis a Recuperar”,


teremos:

Pis a Recolher 49,50


(-) Pis a Recuperar (36,30)
Pis a Recolher 13,20
GABARITO: B

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11.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Admita que uma
empresa tenha recebido de uma prefeitura a doação de um terreno no valor de
R$ 1.000.000,00, condicionando essa doação à construção, no terreno, de uma
unidade fabril, e contratação de empregados, dos quais 70% devem ser
moradores do local. Qual é o registro contábil desta operação feito pela
empresa, desconsiderando o reflexo de incidência tributária em decorrência do
regime tributário de transição (RTT)?

(A)
Débito: Terrenos
Crédito:
Obrigação p/Construção 300.000,00
Outra Receita/Doações 700.000,00

(B)
Débito: Terrenos
Crédito:
Obrigação p/Construção 700.000,00
Outra Receita/Doações 300.000,00

(C)
Débito: Terrenos
Crédito: Obrigação p/Construção 1.000.000,00

(D)
Débito: Terrenos
Crédito: Reserva de Capital 1.000.000,00

(E)
Débito: Terrenos
Crédito: Outra Receita/Doações 1.000.000,00

Resolução

Vamos interpretar a questão:

I - Admita que uma empresa tenha recebido de uma prefeitura a doação de


um terreno no valor de R$ 1.000.000,00, condicionando essa doação à
construção, no terreno, de uma unidade fabril, e contratação de empregados,
dos quais 70% devem ser moradores do local.

De acordo com a questão, deve-se desconsiderar o reflexo da incidência


tributária, em decorrência do RTT. Portanto, deve-se considerar a legislação
vigente em 31/12/2007.

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As Reservas de Capital correspondem a valores recebidos dos
proprietários ou de terceiros, isto é, são “receitas” que, entretanto,
não são tratadas desta maneira, visto que não transitam pelas contas
de resultado, sendo contabilizadas diretamente no Patrimônio Líquido.

De acordo com artigo 182, § 1°, da Lei no 6.404/76, serão classificadas como
reservas de capital as contas que registrarem:

i) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor


nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal
que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social,
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes
beneficiárias (Reserva de Ágio na Emissão de Ações).

ii) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição


(Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição e Reserva de Alienação
de Partes Beneficiárias).

iii) o prêmio recebido na emissão de debêntures não é mais reserva de


capital (Reserva de Prêmios Recebidos na Emissão de Debêntures –
Ágio) – ATENÇÃO!!! Revogado pela Lei no 11.638/07.

iv) as doações e as subvenções para investimento não são mais


reservas de capital (Reserva de Doações para Investimento e Reserva
Subvenções para Investimento) – ATENÇÃO!!! Revogado pela Lei no
11.638/07.

Como temos que considerar o lançamento em 31/12/2007, a reserva de


doações e subvenções ainda estava vigente. Então, o lançamento seria:

Débito: Terrenos 1.000.000,00


Crédito: Reservas de Capital 1.000.000,00

Contudo, a banca considerou a conta “Obrigações com Construção” no gabariro


definitivo:

Débito: Terrenos 1.000.000,00


Crédito: Obrigações com Construção 1.000.000,00
GABARITO: C

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Teoria e Exercícios
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12.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) De
acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, há casos em que o imposto,
devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será determinado com
base nos critérios do lucro arbitrado. Recaem nesses casos os apresentados
abaixo, EXCETO:

(A) O contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro


presumido.
(B) O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver
a escrituração nas formas das leis comerciais ou fiscais ou deixar de elaborar
as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal.
(C) A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes
indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem
imprestável para identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive
bancária, ou determinar o lucro real da empresa.
(D) O contribuinte que, independentemente da autorização da autoridade
fazendária, tiver utilizado benefício fiscal em limite acima do previsto em lei.
(E) O comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de
escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do
comitente residente ou domiciliado no exterior.

Resolução

De acordo com o artigo 530 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), o


imposto devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será
determinado com base nos critérios do lucro arbitrado, quando:

I – o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver


escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as
demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; (A alternativa “b”
está correta).

II – a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes


indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem
imprestável para:

c) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou


d) determinar o lucro real.
(A alternativa “c” está correta).

III – o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e


documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, no caso de
tributação pelo lucro presumido;

IV – o contribuinte optar indevidamente pela tributação base no lucro


presumido;
(A alternativa “a” está correta).

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Teoria e Exercícios
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V – o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de
escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do
comitente residente ou domiciliado no exterior; (A alternativa “e” está
correta).

VI – o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas


contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário.
GABARITO: D

13.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Uma


empresa tributada com base no lucro real apresentou os seguintes dados no
período:

Lucro Líquido do período, antes do imposto de renda 15.000,00


Saldo de prejuízo fiscal relativo a períodos anteriores 7.000,00
Resultado credor da equivalência patrimonial 20.000,00
Parcela não dedutível de provisão 5.000,00
Parcela relativa ao excesso de Depreciação 6.000,00
Dividendos recebidos (Tributados nas pessoas jurídicas que os distribuíram)
10.000,00
Multas por infrações de trânsito 2.000,00

Com base nos dados apresentados, o resultado real apurado no período, antes
da compensação de prejuízos, foi

(A) Prejuízo fiscal (real) de R$ 9.000,00


(B) Prejuízo fiscal (real) de R$ 2.000,00
(C) Prejuízo fiscal (real) de R$ 32.000,00
(D) Lucro Real (Tributável) de R$ 2.000,00
(E) Lucro Real (Tributável) de R$ 15.000,00

Resolução

Relembrando:

Despesas Indedutíveis: foram consideradas na Demonstração do Resultado


do Exercício, na apuração do lucro contábil, mas não são dedutíveis para fins
de apuração do lucro real. Portanto, devem ser somadas na apuração do lucro
real.

Receitas Não Tributáveis: foram consideradas na Demonstração do


Resultado do Exercício, na apuração do lucro contábil, mas não são tributáveis
para fins de apuração do lucro real. Portanto, devem ser subtraídas na
apuração do lucro real.

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Teoria e Exercícios
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Apuração do lucro real ou do prejuízo real (fiscal):

Lucro Líquido do período, antes do imposto de renda 15.000,00


(+) Adições – Despesas Indedutíveis
(+) Parcela não dedutível de provisão 5.000,00
(+) Parcela relativa ao excesso de Depreciação 6.000,00
(+) Multas por infrações de trânsito 2.000,00

(-) Exclusões
(-) Resultado credor da equivalência patrimonial (20.000,00)
(-) Dividendos recebidos (Tributados nas pessoas jurídicas que os distribuíram)
(10.000,00)
Prejuízo Fiscal (Real) (2.000,00)
GABARITO: B

14.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A


Comercial Mago e Cia. Ltda. adquiriu mercadorias para seu estoque.
Considerando a aquisição cujo total da Nota Fiscal foi R$ 12.000,00, incluindo
IPI à alíquota de 20% e ICMS de 12%, o lançamento contábil a ser efetuado
pela Mago e Cia. foi

(A)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 10.800,00
D: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 1.200,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

(B)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 10.800,00
D: Despesa de ICMS (Despesa) 1.200,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

(C)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 8.800,00
D: Despesa de ICMS (Despesa) 1.200,00
D: Despesa de IPI (Despesa) 2.000,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

(D)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 8.800,00
D: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 1.200,00
D: IPI a Recuperar (Ativo Circulante) 2.000,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00

(E)
D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 8.800,00
D: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 1.200,00
D: Despesa de IPI (Despesa) 2.000,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00
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Teoria e Exercícios
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Resolução

A Comercial Mago e Cia. Ltda. adquiriu mercadorias para seu estoque.


Considerando a aquisição cujo total da Nota Fiscal foi R$ 12.000,00, incluindo
IPI à alíquota de 20% e ICMS de 12%.

De acordo com a questão o valor da nota fiscal foi de R$ 12.000,00 (já inclui o
IPI). Como a aquisição de mercadorias é para revendas, a base de cálculo do
ICMS não inclui o valor do IPI (lembre que o IPI é um imposto por fora).
Calculando a base de cálculo do ICMS, teríamos:

Valor Total da Nota Fiscal = Valor sem IPI + Alíquota do IPI x Valor sem IPI ⇒
⇒ 12.000 = Valor sem IPI + 20% x Valor sem IPI ⇒
⇒ 12.000 = (1 + 20%) x Valor sem IPI ⇒
⇒ (1 + 0,20) x Valor sem IPI = 12.000 ⇒
⇒ 1,20 x Valor sem IPI = 12.000 ⇒
⇒ Valor sem IPI = 12.000/1,20 ⇒
⇒ Valor sem IPI = 10.000 (que será a base de cálculo do ICMS sobre
compras)

Cálculo do ICMS sobre Compras (ICMS a Recuperar):

ICMS sobre Compras = Alíquota x Base de Cálculo do ICMS ⇒


⇒ ICMS sobre Compras = 12% x 10.000 ⇒
⇒ ICMS sobre Compras = 1.200 (ICMS a Recuperar)
Como a empresa é comercial (revendedora de mercadorias), o IPI não é
recuperável (é custo das compras). Somente o ICMS será recuperável.

Custo das Compras = Valor Total da Nota Fiscal – ICMS a Recuperar ⇒


⇒ Custo das Compras = 12.000 – 1.200 = 10.800
Portanto, o lançamento a ser efetuado por ocasião da aquisição das
mercadorias será:

D: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 10.800,00


D: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 1.200,00
C: Fornecedores (Passivo Circulante) 12.000,00
GABARITO: A

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Teoria e Exercícios
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Considere os dados a seguir para responder às questões de nos 15 e 16.

A Companhia Comercial H. S/A é tributada pelo Lucro Real anual, com


antecipações mensais em bases estimadas. Apresentou as seguintes
informações, referentes às receitas auferidas no mês de fevereiro/2011:

Venda de mercadorias R$ 250.000,00


Serviços prestados a terceiros R$ 75.000,00

15.(Analista-Contabilidade-Finep-2011-Cesgranrio) Considerando-se as
informações recebidas da Companhia Comercial H. S/A e as determinações da
legislação fiscal do Imposto de Renda, para as empresas tributadas pelo Lucro
Real com antecipação mensal em bases estimadas, o valor do Imposto de
Renda a recolher, referente ao mês de fevereiro, em reais, é

(A) 4.500,00
(B) 6.600,00
(C) 9.000,00
(D) 15.600,00
(E) 24.000,00

Resolução

A antecipação mensal por estimativa utilizará os seguintes percentuais para


apurar a base de cálculo do imposto de renda:

Venda de Mercadorias = 8%
Serviços Prestados a Terceiros = 32%

Lucro Estimado (Venda de Mercadorias) = 8% x 250.000 = 20.000


Lucro Estimado (Serviços Prestados a Terceiros) = 32% x 75.000 = 24.000
Lucro Estimado Total = 20.000 + 24.000 = 44.000

Apuração do Imposto de Renda:

A regra é:
I - Até R$ 20.000,00 por mês: alíquota do imposto é de 15%
II – Acima de R$ 20.000,00 por mês: a diferença deve ser tributada por uma
alíquota adicional de 10%

Imposto de Renda = 44.000 x 15% + (44.000 – 20.000) x 10% ⇒


⇒ Imposto de Renda = 6.600 + 24.000 x 10% ⇒
⇒ Imposto de Renda = 6.600 + 2.400 ⇒
⇒ Imposto de Renda = 9.000
GABARITO: C

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Teoria e Exercícios
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16.(Analista-Contabilidade-Finep-2011-Cesgranrio) Considerando-se as
informações recebidas da Companhia H. S/A e as determinações da legislação
fiscal do Imposto de Renda, para as empresas tributadas pelo Lucro Real com
antecipação mensal em bases estimadas, o valor da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL) a recolher, referente ao mês de fevereiro, em reais, é

(A) 3.510,00
(B) 4.860,00
(C) 5.400,00
(D) 22.500,00
(E) 28.800,00

Resolução

A antecipação mensal por estimativa utilizará os seguintes percentuais para


apurar a base de cálculo da CSLL:

Venda de Mercadorias = 12% (adotado para pessoas jurídicas em geral)


Serviços Prestados a Terceiros = 32%

Lucro Estimado (Venda de Mercadorias) = 12% x 250.000 = 30.000


Lucro Estimado (Serviços Prestados a Terceiros) = 32% x 75.000 = 24.000
Lucro Estimado Total = 30.000 + 24.000 = 54.000

A alíquota da CSLL a ser adotada é de 9%.

CSLL = 9% x 54.000 = 4.860


GABARITO: B

17.(Analista-Contabilidade-Finep-2011-Cesgranrio) Uma empresa


comercial localizada no Rio de Janeiro/RJ adquiriu mercadorias de um
fornecedor, localizado em São Paulo/SP, nas seguintes condições:

Valor das mercadorias compradas R$ 180.000,00


Desconto incondicional auferido R$ 30.000,00
ICMS destacado na nota fiscal R$ 27.000,00

Considerando-se única e exclusivamente as informações acima, a alíquota real


de ICMS nessa operação é

(A) 12,00%
(B) 15,00%
(C) 17,64%
(D) 18,00%
(E) 21,95%

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Teoria e Exercícios
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Resolução

A alíquota real do ICMS é calculada tendo como base de cálculo o valor da


mercadoria sem o referido tributo recuperável (imposto por dentro). Repare
que o desconto incondicional (no momento da venda) também deve ser
desconsiderado.

Valor das Mercadorias Compradas 180.000


(-) Desconto Incondicional Auferido (30.000)
(-) ICMS sobre Compras (27.000)
Valor Líquido das Compras 123.000

Alíquota Real do ICMS = ICMS sobre Compras/Valor Líquido das Compras ⇒


⇒ Alíquota Real do ICMS = 27.000/123.000 = 21,95%
GABARITO: E

18.(Contador Junior-Auditoria Interna-Transpetro-2011-Cesgranrio) A


legislação fiscal vigente do Imposto de Renda estabelece que a compensação
de prejuízo fiscal apurado em um exercício social anterior, devidamente
registrado e controlado no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), está
limitada a 30% do valor do lucro líquido ajustado e, ainda, que ficará extinta
dentro do seguinte prazo limite:

(A) indeterminado
(B) 4 anos calendário
(C) 4 anos a partir do ano calendário seguinte ao de apuração do prejuízo
fiscal
(D) 5 semestres iniciados no primeiro semestre seguinte ao do exercício da
apuração do prejuízo fiscal
(E) 6 semestres iniciados no segundo semestre seguinte ao do ano calendário
em que foi apurado o respectivo prejuízo fiscal

Resolução

A compensação do prejuízo fiscal de períodos anteriores, que é


limitada a 30% do valor do lucro líquido ajustado após adições e
exclusões, pode ser realizada por prazo indeterminado.
GABARITO: A

19.(Contador Junior-Área Contábil-Transpetro-2011-Cesgranrio) Ao


ocorrer o arbitramento do lucro, qualquer que seja a hipótese dentre as
previstas no RIR/99, e sendo conhecida a Receita Bruta da companhia, o
Imposto de Renda arbitrado será apurado pela utilização das taxas
determinadas para o Lucro Presumido, acrescidas de

(A) 5%
(B) 10%
(C) 15%
(D) 20%
(E) 25%
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Resolução

Lucro Arbitrado
O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando conhecida a receita
bruta, será determinado mediante a aplicação dos percentuais fixados
para o lucro presumido, acrescidos de 20% (vinte por cento).

Exemplo:
Lucro Presumido
Base de Cálculo = Receita Bruta
Percentual de Presunção para Prestação de Serviços em Geral = 32%

Se o houvesse o arbitramento do lucro, o percentual adotado seria:

Percentual de Arbitramento = 32% + 20% x 32% = 32% + 6,4% = 38,4%


GABARITO: D

20.(Contador Junior-Área Contábil-Transpetro-2011-Cesgranrio) Em


dezembro de 2009, a Indústria Doirada S/A comprou uma máquina operatriz,
com vida útil estimada em 8 anos e início da utilização no processo produtivo a
partir de 01 de janeiro de 2010, em turno único, pagando R$ 2.000.000,00 à
vista, sob a égide do Decreto no 6.006/2006. Esse Decreto concede o benefício
fiscal de crédito da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) à razão de
25% da depreciação. Em março de 2010, a Indústria Doirada S/A, enquadrada
no regime de lucro trimestral, apresentou as seguintes informações:
Demonstração do resultado referente ao trimestre 01 de janeiro a 31 de março
de 2010 (em reais)

Receita Operacional Líquida 2.328.600,00


(−) Custo dos produtos vendidos (858.250,00)
(=) Lucro operacional bruto 1.470.350,00
(−) Despesas operacionais (270.350,00)
(−) Despesas Provisão p/créditos difícil liquidação (PDD) (21.150,00)
(+) Ganho pela equivalência patrimonial (MEP) 152.500,00
(=) Resultado operacional 1.331.350,00
(+−) Outras receitas/outras despesas 0,00
(=) Lucro antes do IR e da CSLL 1.331.350,00

Outras informações fornecidas pela Indústria Doirada S/A:


• base de cálculo negativa em anos anteriores − R$ 452.148,00;
• o ICMS incidente sobre este bem do imobilizado não foi aproveitado;
• não existe o direito ao bônus de 1% da CSLL;
• a depreciação foi calculada pelo método das quotas constantes.

Conforme as informações recebidas e as determinações fiscais relacionadas


com a matéria, o valor a pagar, referente à CSLL do primeiro trimestre de
2010, em reais, é

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Teoria e Exercícios
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(A) 13.100,00
(B) 59.975,00
(C) 75.600,00
(D) 92.375,00
(E) 108.000,00

Resolução

Inicialmente, vamos relembrar a estrutura da DRE (Demonstração do


Resultado do Exercício):

Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta


(-) Deduções da Receita Bruta
(-) Devoluções de Vendas
(-) Abatimentos sobre Vendas
(-) Descontos Incondicionais Concedidos
(-) ISS sobre Vendas
(-) ICMS sobre Vendas
(-) PIS e COFINS sobre Vendas
(=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida
(-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados
(=) Resultado Operacional Bruto
(-) Despesas c/ Vendas
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Outras Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas Financeiras

(+) Outras Receitas (*)


(-) Outras Despesas (*)
(=) Resultado Operacional Líquido
(-) CSLL ou Despesa com Provisão para CSLL
(=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda
(-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda
(=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda
(-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro
Participações de Debêntures
Participações de Empregados
Participações de Administradores
Participações de Partes Beneficiárias
Fundos de Assistência e Previdência de Empregados
(=) Resultado Líquido do Exercício
Lucro/Prejuízo Líquido por Ação

Atenção! Resultado = Lucro ou Prejuízo

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Teoria e Exercícios
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Repare que, na estrutura, aparecem Resultado Operacional Bruto, Resultado
Operacional Líquido, Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda,
Resultado do Exercício Após o Imposto de Renda e Resultado Líquido do
Exercício.

A justificativa para a utilização da palavra “resultado” é simples: resultado


pode ser lucro ou prejuízo. Portanto, temos as seguintes correlações:

Resultado Operacional Bruto = Lucro ou Prejuízo Operacional Bruto ou,


simplesmente, Lucro ou Prejuízo Bruto

Resultado Operacional Líquido = Lucro ou Prejuízo Operacional Líquido

Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda = Lucro ou Prejuízo do


Exercício Antes do Imposto de Renda

Resultado do Exercício Após o Imposto de Renda = Lucro ou Prejuízo do


Exercício Após o Imposto de Renda

Se houver prejuízo, não haverá imposto de renda a pagar e os resultados


antes e após o imposto de renda serão iguais.

Resultado Líquido do Exercício = Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício

(*) Receitas e Despesas Não Operacionais

Aqui, temos uma polêmica! Contudo, antes de discutir a polêmica, precisamos


entender o que são receitas não operacionais e despesas não operacionais.

De acordo com o artigo 418 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99)


serão classificados como ganhos ou perdas de capital os resultados na
alienação, na desapropriação, na baixa por perecimento, extinção, desgaste,
obsolescência ou exaustão, ou na liquidação de bens do ativo permanente
(atual ativo não circulante investimento, imobilizado e intangível).

Portanto, teríamos que as receitas não operacionais estão relacionadas à


venda de bens do ativo não circulante, ou seja, vendas que não correspondam
à atividade fim da empresa. Por outro lado, as despesas não operacionais
serão as despesas por baixa por perecimento, extinção, desgaste,
obsolescência ou exaustão, ou na liquidação desses bens, ou seja, o valor
contábil do bem do ativo não circulante no momento da alienação.

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Voltando à polêmica, a Lei no 11.941/09, alterou a redação do inciso IV do
artigo 187 da Lei das SA, conforme abaixo:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:


(...)
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e
o saldo da conta de correção monetária (artigo 185, § 3º);

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;


(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Repare que, antes das alterações, tínhamos o lucro ou prejuízo operacional, as


receitas e despesas não operacionais e o saldo da conta de correção
monetária. Na nova redação, temos o lucro ou prejuízo operacional, as outras
receitas e as outras despesas.

Quanto à correção monetária, não há problemas, pois ela não existe mais
desde 1995.

O problema é justamente com as receitas e despesas não operacionais. Repare


que a nova redação “transformou” as receitas não operacionais em outras
receitas e as despesas não operacionais em outras despesas.

Repare ainda que, pela redação da Lei das S.A., as outras receitas e as outras
despesas continuam após o lucro ou prejuízo operacional. Vamos lá! Pode
perguntar! Mas, professor, por que, então, você colocou, na estrutura da DRE,
as outras receitas e outras despesas antes do lucro ou prejuízo operacional,
ou seja, influenciando no resultado do lucro ou prejuízo operacional.

Tudo bem, eu respondo. Porque não houve apenas uma alteração de


nomenclatura, apesar de a Lei nos levar a concluir que foi apenas isso.

Veja o que foi estabelecido pela Resolução CFC no 1.157/09:

Eliminação de receitas e despesas não operacionais

A Medida Provisória nº. 449/08 (que foi convertida na Lei no 11.941/09)


acatou mais essa regra existente nas normas internacionais: a não
segregação dos resultados em operacionais e não operacionais. Assim,
no âmbito do processo de convergência com as normas internacionais (leitura
sistemática das normas e orientações), as entidades deverão apresentar
as “outras receitas/despesas” no grupo operacional e não após a linha
do “resultado operacional”.

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Portanto, não foi apenas uma alteração de nomenclatura, como nos induz a
pensar a redação da Lei da S.A., mas também uma alteração na posição das
outras receitas (ex-receitas não operacionais) e das outras despesas (ex-
despesas não operacionais) dentro da estrutura da DRE, que passaram a
figurar antes do lucro ou prejuízo operacional.

Repare, contudo, que a banca examinadora (Cesgranrio) considerou


estritamente a lei. Vamos reproduzir da DRE do enunciado:

Receita Operacional Líquida 2.328.600,00


(−) Custo dos produtos vendidos (858.250,00)
(=) Lucro operacional bruto 1.470.350,00
(−) Despesas operacionais (270.350,00)
(−) Despesas Provisão p/créditos difícil liquidação (PDD) (21.150,00)
(+) Ganho pela equivalência patrimonial (MEP) 152.500,00
(=) Resultado operacional 1.331.350,00
(+−) Outras receitas/outras despesas 0,00
(=) Lucro antes do IR e da CSLL 1.331.350,00

Portanto, para a Cesgranrio, outras receitas e outras despesas estão


após o resultado operacional, em uma interpretação literal da Lei das
S.A.

I - Dezembro de 2009 - Indústria Doirada S/A: comprou uma máquina,


com vida útil estimada em 8 anos e início de utilização no processo
produtivo a partir de 1 de janeiro de 2010, em turno único, pagando
R$ 2.000.000,00, à vista. Além disso, também foi informado que a
depreciação é feita em quotas constantes.

De acordo com a Resolução CFC no 1.177/09, que aprovou a NBC T 19.1 –


Ativo Imobilizado, a depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável
de um ativo ao longo da sua vida útil.

Ou seja, a depreciação consiste em considerar, como despesa ou custo do


período, uma parte do valor gasto na compra de bens de consumo
durável utilizados nas atividades da empresa. Estes bens serão
depreciados ao longo de sua vida útil, de modo que o valor gasto na sua
aquisição seja considerado despesa ao longo dos anos de sua
utilização.

Lançamento:

Despesas ou Encargos de Depreciação (Despesa)


a Depreciação Acumulada (Ativo Não Circulante - Imobilizado – Retificadora)

- Causas: desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência;

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- O bem poderá ser depreciado a partir da data em que for instalado,
colocado em serviço ou esteja em condições de produzir,
independentemente do dia do mês, ou seja, conta-se o primeiro mês
integralmente, qualquer que seja o dia;

- Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil do Bem (Depreciação Linear, por


Quotas Constantes ou em Linha Reta);

Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha


Reta
Corresponde ao método de depreciação onde a depreciação acumulada é
diretamente proporcional ao tempo, ou seja, é uma função linear.

Pode-se calcular a depreciação, por este método, de duas formas:

- Aplica-se a taxa constante sobre o valor depreciado; ou


- Divide-se o valor a ser depreciado pelo tempo de vida útil.

Depreciação Acumulada = Taxa de Depreciação x Período x Base de Cálculo

Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil do Bem

Período = período em que o bem foi utilizado até a data do cálculo da


depreciação acumulada

Base de Cálculo da Depreciação (ou Valor Depreciável):

Custo de Aquisição do Bem


(+) Gastos com instalação
(+) Acréscimos Posteriores
(-) Valor Residual
Base de Cálculo da Depreciação ou Valor Depreciável

Atenção! Não confunda depreciação acumulada com despesas com


depreciação:

- A depreciação acumulada é uma conta patrimonial que mostra toda a


depreciação do bem desde o início de sua vida útil.

- A despesa com depreciação é uma conta de resultado, ou seja,


demonstra a depreciação de determinado período.

A depreciação ainda pode ser normal e acelerada.

Depreciação Normal: é empregada quando o bem for utilizado em apenas


um turno de 8 horas diárias, sendo o cálculo realizado com base na taxa
normal de depreciação;

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Depreciação Acelerada: empregada quando o bem for utilizado em mais de
turno de 8 horas diárias, devendo a taxa normal de depreciação do bem ser
multiplicada por um coeficiente, conforme tabela abaixo:

Turnos Coeficiente Coeficiente


(Legislação Societária) (Legislação Fiscal)
1 turno (8 horas) 1,0 1,0
2 turnos (16 horas) 2,0 1,5
3 turnos (24 horas) 3,0 2,0

Nessas situações, a fórmula de cálculo da depreciação seria:


Depreciação = Coeficiente x Taxa x Período x Base de Cálculo

Voltando à questão, a despesa com depreciação trimestral (já vou calcular


trimestralmente, pois temos que a apuração do resultado é no trimestre) seria:

Vida Útil = 8 anos ⇒ Taxa = 1/8 ao ano


Período = 3 meses = 3/12 ano = 1/4 ano
Base de Cálculo = R$ 2.000.000,00
Coeficiente (Turno de 8 horas) = 1

Depreciação Trimestral = Coeficiente x Taxa x Período x Base de Cálculo ⇒


⇒ Depreciação Trimestral = 1 x 1/8 x 1/4 x 2.000.000 ⇒
⇒ Depreciação Trimestral = 2.000.000/32 ⇒
⇒ Depreciação Trimestral = 62.500
II – Decreto no 6.006/2006: concede benefício fiscal de crédito da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) à razão de 25% da
depreciação.

Crédito Trimestral de CSLL= 25% x Depreciação Trimestral ⇒


⇒ Crédito Trimestral de CSLL = 25% x 62.500 ⇒
⇒ Crédito Trimestral de CSLL = 15.625
III - Em março de 2010, a Indústria Doirada S/A, enquadrada no
regime de lucro trimestral, apresentou as seguintes informações:
Demonstração do resultado referente ao trimestre 01 de janeiro a 31
de março de 2010 (em reais)

Receita Operacional Líquida 2.328.600,00


(−) Custo dos produtos vendidos (858.250,00)
(=) Lucro operacional bruto 1.470.350,00
(−) Despesas operacionais (270.350,00)
(−) Despesas Provisão p/créditos difícil liquidação (PDD) (21.150,00)
(+) Ganho pela equivalência patrimonial (MEP) 152.500,00
(=) Resultado operacional 1.331.350,00
(+−) Outras receitas/outras despesas 0,00
(=) Lucro antes do IR e da CSLL 1.331.350,00

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Outras informações fornecidas pela Indústria Doirada S/A:
• base de cálculo negativa em anos anteriores − R$ 452.148,00;
• não existe o direito ao bônus de 1% da CSLL;

Para determinar a base de cálculo da CSLL, temos que verificar, a partir do


lucro antes do IR e da CSLL, o que será adição e exclusão e ainda considerar a
compensação da base de cálculo negativa da CSLL de anos anteriores.

Vamos, inicialmente, analisar, entre as despesas e receitas, o que será adição


e exclusão:

I - Despesas operacionais = (270.350,00)


São dedutíveis para a apuração da base de cálculo da CSLL. Portanto, como já
estão consideradas no cálculo do lucro antes do IR e da CSLL (diminuindo o
lucro), não há nada a fazer (não é adição e nem exclusão).

II - Despesas Provisão p/créditos difícil liquidação (PDD) = (21.150,00)


A despesa com provisão para créditos de difícil liquidação não são dedutíveis
para a apuração da base de cálculo da CSLL. Portanto, como foram
consideradas no cálculo do lucro antes da IR e da CSLL (diminuindo o lucro),
deverão ser adicionadas (somadas) a esse lucro para a apuração da base de
cálculo da CSLL.

III - Ganho pela equivalência patrimonial (MEP) = 152.500,00


O ganho pela equivalência patrimonial é uma receita não tributável. Portanto,
não deve ser considerada na apuração da base de cálculo da CSLL. Logo, como
foi considerado no cálculo do lucro antes da IR e da CSLL (aumentando o
lucro), deve ser excluído (subtraído) desse lucro para a apuração da base de
cálculo da CSLL.

IV – Cálculo da base de cálculo da CSLL:

Lucro antes do IR e da CSLL 1.331.350,00


Adições:
(+) Despesas Provisão p/créditos difícil liquidação (PDD) 21.150,00

Exclusões
(-) Ganho pela equivalência patrimonial (MEP) (152.500,00)
Base de Cálculo Ajustada 1.200.000,00

Ainda é possível fazer a compensação da base de cálculo negativa de períodos


anteriores. O saldo da base de cálculo negativa de períodos anteriores é de R$
452.148,00, mas temos que respeitar a trava de 30% da base ajustada no
período para a compensação. Vamos verificar o valor da trava:

30% x 1.200.000,00 = 360.000,00. Como é menor que base cálculo negativa


de períodos anteriores, só poderemos compensar neste período o valor de R$
375.000,00.

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Portanto, teremos:

Base de Cálculo Ajustada 1.200.000,00


(-) Compensação de Base de Cálculo Negativa de Períodos Anteriores
(360.000,00)
Base de Cálculo da CSLL 840.000,00

V – Cálculo da CSLL:

A questão informou que não existe direito a bônus de 1% da CSLL. Portanto,


temos que utilizar a alíquota da CSLL de 9% (é preciso saber para a prova).

CSLL Inicial = Alíquota x Base de Cálculo = 9% x 840.000 = 75.600

Agora, precisamos compensar o crédito permitido pelo Decreto no 6.006/2006:

CSLL Inicial 75.600


(-) Crédito Trimestral de CSLL (15.625)
Valor da CSLL 59.975
GABARITO: B

21.(Contador Junior-Área Contábil-Transpetro-2011-Cesgranrio) Em 02


de abril de 2011, a Comercial Futura S/A, tributada pelo lucro real, apresentou
as seguintes informações, relativas ao mês de março de 2011:

Venda de mercadorias para mercado interno R$ 1.000.000,00


Devolução de vendas feitas pelos clientes R$ 120.000,00
Descontos incondicionais concedidos a clientes R$ 80.000,00
Descontos concedidos a clientes por pagamentos realizados antes do
vencimento R$ 50.000,00
Recebimento de juros sobre o capital próprio R$ 100.000,00

Considere somente as informações recebidas da Comercial Futura S/A e as


determinações fiscais vigentes sobre a contribuição da Cofins, no método não
cumulativo, adotado pela Comercial Futura S/A no cálculo de sua contribuição
para a Cofins. O valor devido a esse título, referente ao mês de março de
2011, em reais, é

(A) 57.000,00
(B) 60.800,00
(C) 64.600,00
(D) 68.400,00
(E) 76.000,00

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Resolução

I – Determinação da Base de Cálculo da Cofins: vamos analisar item a item,


para fins didáticos.

I.1 - Venda de mercadorias para mercado interno = R$ 1.000.000,00


É receita tributável é fará parte de base de cálculo da Cofins.

I.2 - Devolução de vendas feitas pelos clientes = R$ 120.000,00


Como houver devolução de vendas, deve ser deduzido da base de cálculo da
Cofins.

Descontos incondicionais concedidos a clientes = R$ 80.000,00


Descontos incondicionais são descontos concedidos no momento da venda de
mercadorias. Portanto, deverão reduzir a base de cálculo da Cofins.

I.3 - Descontos concedidos a clientes por pagamentos realizados antes do


vencimento = R$ 50.000,00
Descontos por antecipação de pagamento são descontos financeiros e não são
dedução da receita bruta de vendas (são despesas operacionais). Também não
fazem parte da base de cálculo da Cofins.

I.4 - Recebimento de juros sobre o capital próprio = R$ 100.000,00


São receitas auferidas pela empresa e são tributáveis, devendo ser
considerados na apuração da base de cálculo da Cofins.

Cálculo da base de cálculo da Cofins:

Venda de mercadorias para mercado interno R$ 1.000.000,00


Devolução de vendas feitas pelos clientes (R$ 120.000,00)
Descontos incondicionais concedidos a clientes (R$ 80.000,00)
Recebimento de juros sobre o capital próprio R$ 100.000,00
Base de Cálculo da Cofins R$ 900.000,00

II – Determinação da Cofins:
Cofins = Alíquota x Base de Cálculo = 7,6% x 900.000 = 68.400
GABARITO: D

22.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio) O


Regulamento do Imposto de Renda, conhecido na prática como RIR/99,
estabelece que são contribuintes do Imposto de Renda as pessoas jurídicas e
as empresas individuais. O RIR/99 determina para tais contribuintes que a
base de cálculo do Imposto de Renda é o lucro real e o lucro

(A) declarado ou presumido


(B) declarado ou estimado
(C) estimado ou determinado
(D) estimado ou arbitrado
(E) presumido ou arbitrado
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Resolução

As pessoas jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por
um dos seguintes regimes de tributação:

- Lucro Presumido;
- Lucro Arbitrado;
- Lucro Real

Observação: As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte podem optar


pelo recolhimento do IRPJ e da CSLL, juntamente com outros impostos e
contribuições (inclusive ICMS e ISS), pelo Simples Nacional.
GABARITO: E

23.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio) As


multas, em geral, não são consideradas como dedutíveis da base de cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL), embora existam alguns tipos de
multas que são dedutíveis dessa base, como as multas

(A) de trânsito
(B) ambientais
(C) por atraso de obrigações acessórias
(D) por uso irregular de calçadas
(E) por infração de pesos e medidas

Resolução

De acordo com o artigo 344 do RIR/99:

Os tributos e contribuições são dedutíveis, na determinação do lucro real,


segundo o regime de competência.

Contudo, não são dedutíveis como custo ou despesas operacionais as multas


por infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória e as impostas por
infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de tributo
(como as multas por atraso de obrigações acessórias).

Portanto, as multas, em geral, não são consideradas como dedutíveis


da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL),
embora existam alguns tipos de multas que são dedutíveis dessa base,
como as multas por atraso de obrigações acessórias.
GABARITO: C

24.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio)Uma


empresa tributada pelo lucro real trimestral iniciou suas atividades em
janeiro/2011. Nos meses de fevereiro e março de 2011, essa empresa apurou
um lucro real de R$ 500.000,00. Considerando-se a legislação fiscal vigente no
primeiro trimestre de 2011, o Imposto de Renda da empresa, nesse trimestre,
em reais, é
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(A) 101.000,00
(B) 105.000,00
(C) 119.000,00
(D) 121.000,00
(E) 125.000,00

Resolução

Alíquota e Adicional do IRPJ


A alíquota do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas é de 15%. Além do
imposto cobrado à alíquota de 15%, será cobrado um adicional de 10% sobre
a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante
da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período
de apuração.

Limites por Período de Apuração:


Mensal = R$ 20.000,00
Trimestral = 3 x R$ 20.000,00 = R$ 60.000,00
Anual = 12 x R$ 20.000,00 = R$ 240.000,00
No caso concreto da questão, temos um trimestre de apuração (janeiro,
fevereiro e março de 2011), onde a empresa apurou um lucro real de R$
500.000,00. Contudo, como a empresa começou a operar em janeiro, o mês
de janeiro não entrará no limite da apuração do adicional.

Limite do Período de Apuração = 20.000 (fevereiro) + 20.000 (março) ⇒


⇒ Limite do Período de Apuração = 40.000
Cálculo do Imposto de Renda:
Imposto de Renda = 15% x 500.000 = 75.000

Adicional do Imposto de Renda = 10% x (500.000 – 40.000) ⇒


⇒ Adicional do Imposto de Renda = 10% x 460.000 = 46.000
Total do Imposto de Renda = 75.000 + 46.000 = 121.000
GABARITO: D

25.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio) A


Comercial EEE Ltda. adquiriu mercadorias a prazo por meio da Nota Fiscal
emitida pela empresa HH Ltda., no valor de R$ 60.000,00, com incidência de
ICMS de 18%. Considerando-se exclusivamente as informações acima, o valor
a ser registrado na conta estoques de mercadorias da Comercial EEE Ltda.
será, em reais, de

(A) 10.800,00
(B) 49.200,00
(C) 60.000,00
(D) 70.800,00
(E) 83.333,33

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Resolução

As compras podem ser ajustadas por devolução, abatimento e descontos


incondicionais, além dos tributos. Além disso, as compras também podem ser
ajustadas em razão de frete, seguros, carga e descarga e armazenagem.
Consolidando tudo, teríamos os seguintes ajustes de compras:
- Devoluções de compras;
- Fretes;
- Seguros;
- Abatimentos;
- Carga e Descarga;
- Armazenagem;
- Descontos Incondicionais Obtidos; e
- Tributos Recuperáveis e Não recuperáveis.

Para calcular as compras líquidas, teríamos:


(+) Compras
(-) Tributos a Recuperar
Compras Brutas
(-) Devoluções
(+) Fretes + Seguros
(+) Carga + Descarga + Armazenagem
(+) Tributos Não Recuperáveis
(-) Abatimentos
(-) Descontos Incondicionais Obtidos
Compras Líquidas

Atenção, pois as deduções das compras são semelhantes às receitas,


porém, contabilmente, são consideradas retificadoras da compras
brutas.

Como a questão fala em estoques de mercadorias, as mercadorias foram


adquiridas para revenda. Portanto, a empresa Comercial EEE Ltda, contribuinte
do ICMS, poderá recuperar o ICMS nas compras dessas mercadorias.

Valor das compras (a prazo) = 60.000


ICMS a Recuperar = 18% x 60.000 = 10.800

Como o ICMS é um imposto por dentro, seu valor já está embutido no valor da
nota fiscal de compra. Por isso, para calcular as compras líquidas, devemos
subtrair o valor do ICMS a Recuperar:

Compras Líquidas = 60.000 – 10.800 = 49.200

Lançamento por ocasião da aquisição das mercadorias:

Débito: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 49.200


Débito: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 10.800
Crédito: Fornecedores (Passivo Circulante) 60.000
GABARITO: B

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26.(Técnico de Contabilidade Junior-Transpetro-2011-Cesgranrio)A
Comercial Angolana Ltda. comprou mercadorias a prazo, conforme Nota Fiscal
emitida pela Moçambique Ltda., no valor de R$ 100.000,00, incidindo 18% de
ICMS. Vendeu a prazo 80% dessa mercadoria, conforme Nota Fiscal no valor
de R$ 112.000,00, incidindo também 18% de ICMS. Considerando-se
exclusivamente essa operação, o valor do ICMS a recolher pela Comercial
Angolana será, em reais, de

(A) 2.160,00
(B) 3.168,80
(C) 5.468,80
(D) 5.664,60
(E) 5.760,00

Resolução

A Comercial Angolana Ltda., contribuinte do ICMS (por ser empresa


revendedora de mercadorias), adquiriu mercadorias para revenda. Portanto, o
ICMS incidente sobre as compras poderá ser recuperável.

Compras de Mercadorias (a prazo) = R$ 100.000,00


ICMS a Recuperar = 18% x 100.000 = R$ 18.000,00
Compras Líquidas = 100.000 – 18.000 = 82.000

Lançamento:
Débito: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 82.000
Débito: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 18.000
Crédito: Fornecedores (Passivo Circulante) 100.000

A mesma Comercial Angolana Ltda vendeu, a prazo, 80% da mercadoria


adquirida por R$ 112.000,00, também com incidência de ICMS (ICMS sobre
Vendas).

Receita Bruta de Vendas = R$ 112.000,00


ICMS sobre Vendas = 18% x 112.000 = R$ 20.160,00 (ICMS a Recolher)

Lançamentos:

Débito: Clientes (Ativo Circulante) 112.000


Crédito: Receita de Vendas (Receita) 112.000

Débito: ICMS sobre Vendas (Despesa) 20.160


Crédito: ICMS a Recolher (Passivo Circulante) 20.160

O custo das mercadorias vendidas (não é necessário para resolver a questão) é


igual a:

Custo das Mercadorias Vendidas = 80% x Estoque = 80% x 82.000

Lançamento:

Débito: Custo das Mercadorias Vendidas (Despesa) 65.600


Crédito: Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) 65.600

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Teoria e Exercícios
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Em relação ao ICMS, teremos:


ICMS a Recuperar = R$ 18.000,00
ICMS a Recolher = R$ 20.160,00

Como o saldo de ICMS a Recolher é maior que o saldo do ICMS a Recuperar,


teremos, após a compensação:
ICMS a Recolher = 20.160 – 18.000 = 2.160
GABARITO: A

27.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A legislação fiscal em


vigor permite a dedutibilidade da remuneração do capital próprio (juros sobre
o capital próprio) desde que

• o valor da remuneração sobre o capital próprio seja limitado à aplicação pro


rata dia da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) sobre o montante do
Patrimônio Líquido subtraído do saldo da Reserva de reavaliação, salvo se esta
tiver sido adicionada às bases de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da
Contribuição Social (CS), do saldo de Ajustes de Avaliação Patrimonial e do
saldo da conta de ganhos/perdas na conversão relativo a investimento no
exterior; e
• o valor apurado seja limitado ao maior valor entre

(A) 25% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS e do Imposto de


Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 25% do somatório dos saldos
de lucros acumulados e reservas de lucros.
(B) 50% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS, antes das
despesas de Imposto de Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 50%
do somatório dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros.
(C) 50% do valor da reserva de lucros a realizar, desde que os eventos
previstos para sua constituição tenham se realizado no exercício; e 25% do
valor excedente do resultado atribuído à reserva legal, deduzida a parcela
destinada ao pagamento de dividendos obrigatórios.
(D) 50% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS e do Imposto de
Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 50% do somatório dos saldos
de lucros acumulados, reservas de lucros e reservas de capital.
(E) 60% do valor transferido da conta lucros acumulados para reservas de
lucros, deduzidos da CS e do Imposto de Renda e com a incorporação da
reversão da reserva de contingência; e 60% do valor do lucro do exercício,
após as deduções legais e antes da constituição das reservas.

Resolução

Juros sobre o Capital Próprio


Para fatos geradores ocorridos a partir de 01/01/1996, a pessoa jurídica
poderá deduzir, para efeito de apuração do lucro real, observado o regime de
competência, os juros pagos ou creditados individualmente ao titular, sócios ou
acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as
contas do patrimônio líquido e limitadas à variação pro rata dia da Taxa de
Juros Longo Prazo – TJLP.
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O valor dos juros pagos ou creditados para efeito de dedutibilidade como


despesa financeira não poderá exceder, a 50% (cinquenta por cento) do
maior entre os seguintes valores:

c) do lucro líquido correspondente ao período de apuração


(trimestral ou anual) do pagamento ou crédito dos juros, antes
da provisão para o imposto de renda e da dedução dos referidos
juros; ou

d) dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros de períodos


anteriores.

Considera-se creditado, individualmente, o valor dos juros remuneratórios


sobre o capital próprio, quando a despesa for registrada, na escrituração
contábil da pessoa jurídica, em contrapartida a conta ou subconta de seu
passivo exigível, representativa de direito de crédito do sócio ou acionista da
sociedade ou do titular de empresa individual.

Lançamento:

Despesas dos Juros sobre o Capital Próprio


a Juros sobre o Capital Próprio a Pagar

A dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio se estende à base de cálculo


da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) para fatos geradores
ocorridos a partir de 01/01/1997.

Para fins do cálculo da remuneração, não será considerado como integrante do


patrimônio líquido, o valor da reserva de reavaliação de bens e direitos da
pessoa jurídica.

O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica, a titulo de


remuneração do capital próprio, poderá ser imputado ao valor dos dividendos,
sem prejuízo do pagamento do imposto de renda na fonte e da dedução do
valor dos juros correspondente na base de cálculo do IRPJ e do CSLL.

O valor dos juros pagos ou creditados, a título de remuneração do capital


próprio, ficará sujeito à incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de
15% na data do pagamento ou crédito.

Caso os juros sejam creditados aos sócios e acionistas em vez de pagos e


houver algum tipo de remuneração no período compreendido entre a data do
crédito e a do efetivo pagamento (juros sobre juros), essa remuneração é
equiparada a uma aplicação financeira de renda fixa e sobre seu valor incide
imposto de renda na fonte à alíquota de 20%.

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Para a Receita Federal do Brasil os juros pagos deverão ser registrados como
despesas, afetando o resultado do exercício, entretanto para a CVM os juros
pagos não poderão afetar o resultado e sim serem distribuídos a partir da
conta Lucros ou Prejuízos acumulados.

Lançamento (para a CVM):


Lucros Acumulados
a Juros sobre o Capital Próprio a Pagar
GABARITO: B

28.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A obrigação tributária


que NÃO pode ser objeto de repercussão indica que ela decorre de um
imposto

(A) aderente.
(B) direto.
(C) indireto.
(D) misto.
(E) superveniente.

Resolução

Impostos Diretos: são aqueles cujo ônus tributário incide sobre o próprio
contribuinte, ou seja, não podem repercutir para outrem, sendo, por essa
razão, associados à capacidade de pagamento do contribuinte e seu fato
gerador está diretamente relacionado a sua renda ou patrimônio.
Exemplos: Imposto de Renda, ITR, IPVA e IPTU.

Impostos Indiretos: os contribuintes transferem, total ou parcialmente, o


ônus tributário para terceiros (responsáveis) e seus fatos geradores estão
associados a produção e comercialização de bens e prestação de serviços. Os
impostos indiretos podem ser específicos, incidindo sobre um valor fixo ou
unidade comercializada, ou ad valorem, onde existe uma alíquota que incide
sobre o valor da transação.
Exemplos: IPI, ICMS, ISS e Imposto de Importação.

Portanto, a obrigação tributária que não pode ser objeto de


repercussão indica que ela decorre de um imposto direto.
GABARITO: B

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29.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) O Decreto no 3.000/99,
conhecido na prática por RIR/99, estabelece, em seu art. 1o, que: “O Imposto
sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será cobrado e fiscalizado de
conformidade com o disposto neste Decreto.” Ao contemplar a cobrança do
Imposto Renda sobre toda e qualquer forma de renda e provento, nos limites
da Lei, o artigo está contemplando o critério da

(A) anterioridade.
(B) capacidade contributiva.
(C) generalidade.
(D) legalidade.
(E) universalidade.

Resolução

O Imposto de Renda (IR) é um imposto de competência federal possuindo,


entre outras, as seguintes características:

Princípio da Progressividade: O IR deve ter alíquotas progressivas, ou seja,


quanto maior a renda, maior a alíquota. O objetivo de princípio é aplica a
justiça tributária e está ligado ao princípio da capacidade contributiva.

Princípio da Generalidade: O IR deve ter incidência sobre todas as pessoas.

Princípio da Universalidade: O IR deve incidir sobre todas as rendas e


proventos.

Contudo, há uma corrente que entende que não é possível distinguir entre a
universalidade e a generalidade e o que importa é que o imposto de renda
deve observar tanto a generalidade como a universalidade, ou seja:
- O IR deve ter incidência sobre todas as pessoas; e
- O IR deve incidir sobre todas as rendas e proventos.

Finalmente, a banca entendeu de forma diferente, pois, pelo gabarito da


prova:

Princípio da Generalidade: O IR deve incidir sobre todas as rendas e


proventos.

Princípio da Universalidade: O IR deve ter incidência sobre todas as


pessoas.
GABARITO: C

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30.(Contador Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) A Comercial Lua e Meia
Ltda., tributada pelo lucro presumido, apresentou as seguintes informações
ocorridas em suas atividades comerciais normais, em abril de 2010, em reais:

Receita de vendas 120.000,00


Devolução de vendas 15.000,00
Descontos incondicionais concedidos 10.000,00
Descontos financeiros concedidos 5.000,00
Dividendos recebidos de participação societária avaliada ao custo 6.000,00

Adotando-se exclusivamente as informações recebidas e considerando-se as


determinações fiscais em vigor, o valor da COFINS devido em abril/2010, em
reais, é de

(A) 2.700,00
(B) 2.850,00
(C) 3.150,00
(D) 3.300,00
(E) 3.600,00

Resolução

Como a questão não especificou, a Cofins é cumulativa (alíquota de 3%).

I – Determinação da Base de Cálculo da Cofins: vamos analisar item a item,


para fins didáticos.

I.1 - Receita de vendas = 120.000,00


É receita tributável é fará parte de base de cálculo da Cofins.

I.2 - Devolução de vendas = 15.000,00


Como houver devolução de vendas, deve ser deduzido da base de cálculo da
Cofins.
I.3 - Descontos incondicionais concedidos = 10.000,00
Descontos incondicionais são descontos concedidos no momento da venda de
mercadorias. Portanto, deverão reduzir a base de cálculo da Cofins.

I.4 - Descontos financeiros concedidos = 5.000,00


Descontos por antecipação de pagamento são descontos financeiros e não são
dedução da receita bruta de vendas (são despesas operacionais). Também não
fazem parte da base de cálculo da Cofins.

I.5 - Dividendos recebidos de participação societária avaliada ao custo =


6.000,00
São receitas auferidas pela empresa e não tributáveis, não devendo ser
considerados na apuração da base de cálculo da Cofins.

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Teoria e Exercícios
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Cálculo da base de cálculo da Cofins:

Receita de vendas 120.000,00


Devolução de vendas (15.000,00)
Descontos incondicionais concedidos (10.000,00)
Base de Cálculo da Cofins 95.000,00

II – Determinação da Cofins:
Cofins = Alíquota x Base de Cálculo = 3% x 95.000 = 2.850
GABARITO: B

31.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) “A


aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou proventos de
qualquer natureza”, sob o enfoque do imposto de renda, caracteriza o conceito
de

(A) alíquota.
(B) base de cálculo.
(C) fato gerador.
(D) forma de incidência.
(E) período de incidência.

Resolução

Fato Gerador do Imposto de Renda: aquisição da disponibilidade


econômica ou jurídica da renda ou proventos de qualquer natureza.
GABARITO: C

32.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras-2011-Cesgranrio) Até


20 de agosto de 2010, uma empresa possuía os seguintes saldos em relação
às suas operações:

• Estoque de mercadorias em 30/09/2010 R$ 72.800,00


• Vendas realizadas R$ 185.000,00
• Compras realizadas R$ 105.000,00
• Devolução de vendas R$ 12.000,00
• Devolução de compras R$ 4.500,00
• ICMS incidente nas operações 18%

Entre 21 e 31 de outubro, essa empresa realizou as operações a seguir.

• Aquisição de mercadorias para revenda no valor de R$ 45.000,00


• Venda de Mercadorias no valor de R$ 80.000,00
• Devolução de vendas no valor de R$ 2.500,00
• ICMS incidente nas operações: 18%

O estoque final de mercadorias em outubro foi de R$ 65.110,00. Com base


nessas informações e utilizando-se a boa técnica contábil, o custo das
mercadorias vendidas apurado em outubro de 2010 foi, em reais, de
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(A) 127.000,00
(B) 126.190,00
(C) 124.390,00
(D) 108.600,00
(E) 94.100,00

Resolução

I – Cálculo da compras líquidas:


Compras realizadas (até 20 de agosto) R$ 105.000,00
Compras realizadas (após 20 de agosto) R$ 45.000,00
(-) Devolução de compras (R$ 4.500,00)
Base de Cálculo do ICMS sobre as Compras R$ 145.500,00

ICMS a Recuperar = 18% x Base de Cálculo ⇒


⇒ ICMS a Recuperar = 18% x 145.500 ⇒
⇒ ICMS a Recuperar = 26.190
Base de Cálculo do ICMS sobre as Compras R$ 145.500,00
(-) ICMS a Recuperar (R$ 26.190,00)
Compras Líquidas R$ 119.310,00

II – Cálculo do Custo das Mercadorias Vendidas:


Estoque de mercadorias em 30/09/2010 (inicial) R$ 72.800,00
(+) Compras Líquidas R$ 119.310,00
(-) Estoque final (R$ 65.110,00)
Custo das Mercadorias Vendidas R$ 127.000,00
GABARITO: A

33.(Analista de Gestão Corporativa-Contabilidade-Empresa de


Pesquisa Energética-2010-Cesgranrio) A base de cálculo da COFINS, no
regime de incidência não cumulativa, corresponde ao valor do faturamento
mensal, entendido como o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
considerando as exclusões e deduções da base de cálculo permitidas pela
legislação pertinente, e aplicando-se a alíquota de

(A) 1,65%
(B) 3,0%
(C) 3,65%
(D) 7,6%
(E) 11,33%

Resolução

A questão estabelece que a Cofins é no regime de incidência não cumulativa.

Cofins (não cumulativa) = Alíquota x Base de Cálculo ⇒


⇒ Cofins (não cumulativa) = 7,6% x Faturamento Mensal
GABARITO: D

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Teoria e Exercícios
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34.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Os princípios
constitucionais tributários são a fundamentação básica do sistema jurídico
tributário, e prevalecem sobre todas as normas jurídicas, que só têm validade
se editadas em rigorosa consonância com eles. A Constituição Federal de 1988
definiu tais princípios no capítulo do Sistema Tributário Nacional. Com relação
à matéria, a citação constitucional “Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”
caracteriza o princípio da

(A) anterioridade.
(B) competência tributária.
(C) irretroatividade tributária.
(D) isonomia tributária.
(E) legalidade.

Resolução

Princípio da Legalidade Tributária (ou Estrita Legalidade Tributária):


instituído pelo art. 150, I da Constituição Federal de 1988 (CF/88), transcrito
abaixo, estabelece que é vedado às pessoas políticas criar ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Princípio da Anterioridade: sem prejuízo de outras garantias asseguradas


ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro (de 1o de janeiro a 31
de dezembro de cada ano) em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou (art. 150, III, a, da CF/88).

Competência Tributária: é o poder conferido pela Constituição Federal aos


entes federados para editarem leis que instituam tributos. Ou seja, pela
atribuição constitucional de competência tributária divide-se o poder de
tributar e cobrar tributos entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios e, neste ponto, é que aparece a relação com o Federalismo, visto
que a competência tributária é repartida entre os diversos entes da federação,
constituindo o “Federalismo Fiscal”.

Princípio da Irretroatividade Tributária: Sem prejuízo de outras garantias


asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos
antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (art.
150, III, a, da CF/88).

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Princípio da Isonomia Tributária: todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza (art. 5o, da CF/88).
GABARITO: E

35.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Na tributação das


pessoas jurídicas, o sujeito ativo da obrigação tributária é o

(A) ente público.


(B) contribuinte, pessoa jurídica.
(C) contribuinte, empresa individual.
(D) responsável, pessoa jurídica.
(E) responsável, empresa individual.

Resolução

Sujeito ativo da obrigação tributária: de acordo com o artigo 119 do


Código Tributário Nacional (CTN), o sujeito ativo da obrigação
tributária é a pessoa jurídica de direito público titular da competência
para exigir o seu cumprimento.

Sujeito passivo da obrigação tributária: de acordo com os artigos 121 e


122 do CTN, o sujeito passivo da obrigação tributária é o contribuinte e o
responsável.

Vejamos:
Sujeito passivo da obrigação principal: é a pessoa obrigada ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária. O sujeito passivo da obrigação principal
diz-se:

- contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que


constitua o respectivo fato gerador;
- responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa de lei.

Sujeito passivo da obrigação acessória: é a pessoa obrigada às prestações


que constituam o seu objeto.

Vamos analisar as alternativas:


(A) ente público: sujeito ativo
(B) contribuinte, pessoa jurídica: sujeito passivo
(C) contribuinte, empresa individual: sujeito passivo
(D) responsável, pessoa jurídica: sujeito passivo
(E) responsável, empresa individual: sujeito passivo
GABARITO: A

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36.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considere as cinco
espécies de tributos abaixo.

I - Contribuição Especial
II - Contribuições de Melhoria
III - Impostos
IV - Taxas
V - Empréstimo Compulsório

São de competência comum da União, estados e municípios APENAS os


tributos

(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) I, II e V.
(D) II, III e IV.
(E) II, III e V.

Resolução

De acordo com o artigo 145 da CF/88: A União, os Estados, o Distrito Federal e


os Municípios poderão instituir os seguintes tributos (competência comum):

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva


ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Além disso, temos:


A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade


pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante


interesse nacional, que não pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção


no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.
GABARITO: D

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37.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) O Governo Federal, por
meio da Lei no 11.051/04, com nova redação dada pela Lei no 11.774/08,
visando a incentivar a indústria de bens de capital, concedeu o benefício de
crédito relativo à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à razão de
25% (vinte cinco por cento) sobre a depreciação contábil de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em
regulamento, adquiridos entre 1o de outubro de 2004 e 31 de dezembro de
2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do
adquirente. Admita que, em janeiro/05, uma indústria, tributada pelo lucro
real, tenha adquirido para o seu Imobilizado e colocado em funcionamento, no
processo produtivo, uma máquina nova, com vida útil estimada em 5 anos,
conforme o regulamento expresso acima. Portanto, seu direito a usufruir desse
benefício irá até o 4o trimestre de

(A) 2006
(B) 2007
(C) 2008
(D) 2009
(E) 2010

Resolução

De acordo com o artigo 1o da Lei no 11.051/04:

Art. 1o As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real poderão utilizar
crédito relativo à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à razão de
25% (vinte e cinco por cento) sobre a depreciação contábil de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em
o
regulamento, adquiridos entre 1 de outubro de 2004 e 31 de dezembro de
2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do
adquirente. (Redação dada pela Lei nº 11.774, de 2008)

(...)

§ 6o As pessoas jurídicas poderão se beneficiar do crédito a partir do


mês em que o bem entrar em operação até o final do 4o (quarto) ano-
calendário subsequente àquele a que se referir o mencionado mês.

Portanto, se a máquina foi adquirida e entrou em operação em janeiro


de 2005, a empresa poderá usufruir do crédito relativo à CSLL até
dezembro de 2008 (duração de quatro anos).
GABARITO: C

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Considere os dados a seguir para responder às questões de nos 38 e 39

A Indústria Romena S.A., tributada com base no lucro real trimestral,


apresentou as informações abaixo, com valores em reais.

• Base negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no


primeiro trimestre / 2006 = 20.000,00
• Lucro Líquido do 2o trimestre de 2006 = 50.000,00
• Ganho na avaliação ao MEP, incluso no Lucro Líquido do 2o trimestre de 2006
= 10.000,00
• 30/março/06 – compra de equipamento novo para o Imobilizado por
120.000,00
• 2/abril/06 – início da utilização do equipamento no processo produtivo
• Prazo de vida útil desse equipamento = 10 anos
• A depreciação do equipamento referente ao 2o trimestre de 2006 foi
devidamente calculada e contabilizada

38.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considerando


exclusivamente as informações apresentadas pela Indústria Romena S.A., o
valor devido por ela, referente à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), no segundo trimestre de 2006, em reais, é

(A) 1.800,00
(B) 2.520,00
(C) 3.060,00
(D) 3.150,00
(E) 3.600,00

Resolução

I – Cálculo da CSLL no segundo trimestre de 2006:

Lucro Líquido do 2o trimestre de 2006 50.000,00


(-) Ganho na avaliação ao MEP, incluso no Lucro Líquido do 2o trimestre de
2006 (10.000,00)
Base de Cálculo 40.000,00

Como a base de cálculo foi R$ 40.000,00, a empresa só poderá compensar a


base de cálculo negativa até 30% x 40.000 = R$ 12.000,00

Base negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no primeiro


trimestre / 2006 = 20.000,00
Base Negativa da CSLL após compensação = 20.000 – 12.000 = 8.000

Base de Cálculo 40.000


(-) Compensação de Base Negativa da CSLL (12.000)
Base de Cálculo da CSLL 28.000

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Repare que a banca não informou a alíquota da CSLL. Portanto, é preciso saber
na hora da prova. Vamos lá:

A CSLL será determinada mediante a aplicação da alíquota de 9%


(nove por cento) sobre a sua base de cálculo.
CSLL = Alíquota x Base de Cálculo ⇒
⇒ CSLL = 9% x 28.000 = R$ 2.520,00
GABARITO: B

39.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considerando


exclusivamente as informações prestadas pela Indústria Romena S.A. e a sua
prerrogativa legal de poder utilizar o crédito relativo ao incentivo fiscal sobre a
depreciação, o valor a ser pago por ela, referente ao saldo da Contribuição
Sobre o Lucro Líquido (CSLL), no 2o semestre de 2006, em reais, é

(A) Zero
(B) 1.020,00
(C) 1.080,00
(D) 1.520,00
(E) 1.770,00

Resolução

I – Cálculo do Crédito de CSLL de acordo com a Lei no 11.051/04 (crédito de


incentivo fiscal):
30/março/06 – compra de equipamento novo para o Imobilizado por
120.000,00
2/abril/06 – início da utilização do equipamento no processo produtivo
Prazo de vida útil desse equipamento = 10 anos
A depreciação do equipamento referente ao 2o trimestre de 2006 foi
devidamente calculada e contabilizada

Portanto, o equipamento já estava em utilização durante todo do segundo


trimestre (de abril a junho de 2006).
Depreciação = Taxa x Período x Base de Cálculo

Taxa = 1/Vida Útil = 1/10 = 10% ao ano


Período = de abril a junho = 3 meses = 3 meses/12 meses = 1/4 ano
Base de Cálculo = Custo de Aquisição – Valor Residual
Valor Residual = 0 (não foi informado na questão)
Base de Cálculo = 120.000
Depreciação (do Segundo Trimestre) = 10% x 1/4 x 120.000 ⇒
⇒ Depreciação (do Segundo Trimestre) = 10% x 30.000 = 3.000
Crédito de CSLL permitido pela Lei no 11.051/04: 25% sobre a depreciação
contábil de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos,
relacionados em regulamento, adquiridos entre 1o de outubro de 2004 e 31 de
dezembro de 2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo
industrial do adquirente.

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Teoria e Exercícios
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Crédito de CSLL = 25% x 3.000 = 750

CSLL a Pagar (calculada na questão anterior) 2.520


(-) Crédito de CSLL (750)
CSLL a Pagar (saldo do segundo trimestre) 1.770
GABARITO: E

40.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) A Indústria Alves


vendeu à vista, para a Comercial Carnaúba revender, 500 unidades do seu
produto pelo preço unitário de R$ 50,00 mais R$ 6,00 de IPI, por unidade.
Considerando o pagamento à vista, a Indústria concedeu um desconto
comercial de R$ 2.500,00 na operação realizada. Sabendo-se que a Indústria
Alves cobrou também frete de R$ 1.800,00 e seguro de R$ 200,00 e que a
operação está sujeita a uma alíquota de ICMS de 12%, esse produto será
registrado no estoque da Comercial Carnaúba, em reais, por

(A) 21.560,00
(B) 22.800,00
(C) 23.760,00
(D) 24.560,00
(E) 26.760,00

Resolução

Descontos Incondicionais
Os descontos incondicionais ou comerciais são descontos dados
incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que independem das
condições de pagamento.
Exemplos: grande quantidade adquirida; cliente preferencial; interesse
promocional; etc.

Como este desconto é concedido no ato da venda, aparece na nota fiscal e o


ICMS incidirá somente sobre o valor com desconto, o mesmo ocorrendo para o
PIS e a COFINS. Porém, o IPI incidirá sobre o valor original da operação.
ATENÇÃO!!! Não confunda o desconto incondicional ou comercial com o
desconto condicional ou financeiro. Vejamos:

Desconto Condicional ou Financeiro: obtido em função de pagamento


antecipado, em razão de uma compra a prazo, pelo cliente ao fornecedor. Este
desconto será uma Despesa Financeira para o Fornecedor e uma Receita
Financeira para o Cliente, pois não é uma operação com mercadoria e sim uma
operação financeira.

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Teoria e Exercícios
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Para calcular as compras líquidas, teríamos:
(+) Compras
(-) Tributos a Recuperar
Compras Brutas
(-) Devoluções
(+) Fretes + Seguros
(+) Carga + Descarga + Armazenagem
(+) Impostos não Recuperáveis
(-) Abatimentos
(-) Descontos Incondicionais Obtidos
Compras Líquidas

Vamos à resolução da questão:


Comercial Carnaúba: como é revendedora de mercadorias, é contribuinte do
ICMS, mas não é do IPI. Portanto, o IPI fará parte do custo das mercadorias
adquiridas (não será recuperável).

Compra = 500 unidades ao preço unitário de R$ 50,00


IPI = R$ 6,00 por unidade
Desconto Comercial (ou Desconto Incondicional) = R$ 2.500,00
Frete (cobrado pelo fornecedor) = R$ 1.800,00
Seguro (cobrado pelo fornecedor) = R$ 200,00
ICMS = 12%

Compra = 500 unidades x R$ 50,00 = 25.000


IPI sobre Compras = 500 unidades x R$ 6,00 = 3.000

Atenção, pois como a mercadoria foi comprada para revenda, a base


de cálculo do ICMS não considera o IPI.

Além disso, o desconto incondicional também não deve ser


considerado.
ICMS sobre Compras = 12% x (25.000 – 2.500) = 12% x 22.500 = 2.700

ICMS sobre Frete = 12% x 1.800 = 216


ICMS sobre Seguro = 12% x 200 = 24

Compras 25.000
(-) ICMS sobre Compras (2.700)
(-) ICMS sobre Frete (216)
(-) ICMS sobre Seguro (24)
(+) IPI sobre Compras 3.000
(+) Fretes 1.800
(+) Seguros 200
(-) Descontos Incondicionais (2.500)
Compras Líquidas 24.560
GABARITO: D

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Teoria e Exercícios
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41.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Algumas deduções
podem ser feitas da base de cálculo do PIS e COFINS não cumulativo. Analise
as situações a seguir.

I - Devolução de vendas
II - Descontos incondicionais concedidos
III - Receita com lucro e dividendos de Investimentos avaliados pelo custo de
aquisição
IV - Receitas obtidas com os transportes internacionais de cargas ou
passageiros

São deduções exclusivas das bases de cálculo do PIS e COFINS das empresas
submetidas à tributação pelo método não cumulativo APENAS

(A) I e II.
(B) III e IV.
(C) I, II e III.
(D) I, II e IV.
(E) II, III e IV.

Resolução

Vamos à resolução da questão: Repare que a banca foi extremamente


“maldosa” nessa questão, pois ela fala em deduções exclusivas” das bases de
cálculo do Pis e Cofins das empresas submetidas à tributação pelo método não
cumulativo.

Vamos analisar os itens:

I - Devolução de vendas: é dedução da base de cálculo da Cofins e do


Pis/Pasep não cumulativos (vendas canceladas), mas também é dedução da
base de cálculo do ICMS e do IPI. Portanto, não é exclusiva.

II - Descontos incondicionais concedidos: é dedução da base de cálculo da


Cofins e do Pis/Pasep não cumulativos (vendas canceladas), mas também é
dedução da base de cálculo do ICMS (não é do IPI). Portanto, não é exclusiva.

III - Receita com lucro e dividendos de Investimentos avaliados pelo custo de


aquisição: é dedução exclusiva da base de cálculo da Cofins e do Pis/Pasep
não cumulativos.

IV - Receitas obtidas com os transportes internacionais de cargas ou


passageiros: é dedução exclusiva da base de cálculo da Cofins e do Pis/Pasep
não cumulativos.
GABARITO: B

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42.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considere os dados a
seguir sobre as transações comerciais realizadas pelo atacadista comercial
Severo.

• Só faz suas operações no âmbito do estado onde atua.


• Todas as operações que realiza estão sujeitas à incidência de 18% de ICMS.
• Em janeiro
- comprou uma máquina para o imobilizado no valor de 640.000,00 a prazo;
- comprou mercadorias a prazo por 250.000,00;
- vendeu mercadorias à vista por 260.000,00.
• Em fevereiro
- comprou mercadorias à vista por 200.000,00;
- vendeu mercadorias à vista por 250.000,00;
- comprou equipamentos à vista, para o imobilizado, por 80.000,00.

Com base nas informações recebidas e nas determinações fiscais vigentes


relacionadas ao ICMS, o valor mínimo de ICMS que Severo deverá pagar em
fevereiro, em reais, será

(A) 5.700,00
(B) 6.300,00
(C) 8.100,00
(D) 8.700,00
(E) 9.000,00

Resolução

Toas as operações são dentro do estado.


ICMS = 18%

I – Janeiro:
Máquina (ANC – Imobilizado) = 640.000
Como a máquina foi comprada para uso na produção, isto é, será registrada no
ativo não circulante - imobilizado da empresa, o ICMS incidente sobre a
compra não seria recuperável.

De acordo com o artigo 20 da Lei Complementar no 87/1996, a aquisição de


bens incorporados ao ativo não circulante - imobilizado também dá direito à
compensação do ICMS incidente na aquisição.

De acordo com a Lei Complementar no 102/2000, a compensação dos


referidos créditos do ICMS deverá ser realizada a razão de um
quarenta e oito avos por mês, a partir do mês em que ocorrer a
entrada no estabelecimento.

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Contudo, de acordo com o artigo 33 da Lei Complementar no 87/1996, alterado
pela Lei Complementar no 138/2010, somente darão direito de crédito as
mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele
entradas a partir de 1o de janeiro de 2020. Portanto, não haverá
recuperação de ICMS na compra de mercadorias para uso ou consumo
até 2020.

Em relação à Cofins, de acordo com o inciso VI do artigo 3o da Lei no


10.833/03, a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em
relação a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para
utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços.

Finalmente, em relação ao Pis, de acordo com o inciso VI do artigo 3o da Lei no


10.637/02, a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em
relação a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para
utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços.

A banca, no entanto, considerou o crédito de ICMS sobre a compra do


imobilizado.

ICMS a Recuperar (Janeiro) = 18% x 1/48 x 640.000 = 2.400

Compra de Mercadorias = 250.000


ICMS a Recuperar (Janeiro) = 18% x 250.000 = 45.000
Saldo do ICMS a Recuperar (Janeiro) = 45.000 + 2.400 = 47.400
Venda de Mercadorias = 260.000
ICMS a Recolher = 18% x 260.000 = 46.800

Como o saldo do “ICMS a Recuperar” é maior que o saldo do “ICMS a


Recolher”, após a apuração de janeiro teríamos:
ICMS a Recuperar = 47.400 – ICMS a Recolher ⇒
⇒ ICMS a Recuperar = 47.400 – 46.800 = 600
II – Fevereiro:
Saldo Inicial de ICMS a Recuperar = 600 (vindo de janeiro)

Compra de Equipamentos (ANC – Imobilizado) = 80.000


ICMS a Recuperar (Fevereiro) = 18% x 1/48 x 80.000 = 300

Não podemos esquecer o crédito mensal das máquinas compradas em janeiro:


ICMS a Recuperar (Fevereiro) = 18% x 1/48 x 640.000 = 2.400

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Compra de Mercadorias = 200.000
ICMS a Recuperar (Fevereiro) = 18% x 200.000 = 36.000

Saldo do ICMS a Recuperar (Fevereiro) = 36.000 + 300 + 600 + 2.400 ⇒


⇒ Saldo do ICMS a Recuperar (Fevereiro) = 39.300
Venda de Mercadorias = 250.000
ICMS a Recolher = 18% x 250.000 = 45.000

Como o saldo do “ICMS a Recolher” é maior que o saldo do “ICMS a


Recuperar”, após a apuração de janeiro teríamos:
ICMS a Recolher = 45.000 – ICMS a Recuperar ⇒
⇒ ICMS a Recolher = 45.000 – 39.300 = 5.700
GABARITO: A

43.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Analise as informações


dos itens correspondentes a bens do Ativo Imobilizado.

I - Aquisição de bens usados a partir de maio/04


II - Máquinas e equipamentos para utilização em atividades comerciais e
administrativas nas empresas industriais, adquiridos a partir de maio/04
III - Máquinas e equipamentos para utilização na produção de bens destinados
à venda ou na prestação de serviços, adquiridos a partir de maio/04
IV - Parte edificada dos imóveis adquiridos a partir de maio/04, desde que
utilizados nas atividades das empresas industriais, comerciais ou de serviços

A depreciação dos elementos do Imobilizado que dá direito a crédito para


dedução de contribuições do PIS/PASEP, calculadas pelo método não
cumulativo, é apurada APENAS nos itens

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) III e IV.
(D) I, II e IV.
(E) II, III e IV.

Resolução

De acordo com a Lei no 11.051/04, as pessoas jurídicas poderão optar pelo


desconto, no prazo de 2 (dois) anos, dos créditos da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins em relação a máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, relacionados em regulamento, adquiridos entre 1o de
outubro de 2004 e 31 de dezembro de 2010, destinados ao ativo
imobilizado e empregados em processo industrial do adquirente.

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Vamos analisar os itens:
I - Aquisição de bens usados a partir de maio/04: se o bem é usado, não
previsão legal de crédito de Pis/Pasep.

II - Máquinas e equipamentos para utilização em atividades comerciais e


administrativas nas empresas industriais, adquiridos a partir de maio/04: não
há previsão legal de crédito de Pis/Pasep para máquinas e equipamentos
utilizadas em atividades comerciais e administrativas.

III - Máquinas e equipamentos para utilização na produção de bens destinados


à venda ou na prestação de serviços, adquiridos a partir de maio/04: é
possível utilizar os créditos de Pis/Pasep.

IV - Parte edificada dos imóveis adquiridos a partir de maio/04, desde que


utilizados nas atividades das empresas industriais, comerciais ou de serviços:
é possível utilizar os créditos de Pis/Pasep.
GABARITO: C

44.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) O art. 15 da Lei no


11.941/09 instituiu o Regime Tributário de Transição (RTT). A opção de adotar
o RTT feita pelas empresas que são obrigadas à apuração do lucro real e que já
existiam em 2008 deverá ocorrer

(A) de forma facultativa somente para o ano-calendário 2009.


(B) de forma facultativa para os anos-calendário 2008, 2009 e 2010.
(C) de forma obrigatória para os anos-calendário 2008 e 2009.
(D) a partir do ano calendário 2009, observado prazo da entrada em vigor de
lei que discipline os efeitos tributários dos novos métodos e critérios contábeis,
buscando a neutralidade tributária.
(E) a partir do ano 2010, observado o prazo da entrada em vigor de lei que
discipline os efeitos tributários dos novos métodos e critérios contábeis,
buscando a neutralidade tributária.

Resolução

De acordo com o artigo 15 da Lei no 11.941/09, que trata do Regime


Tributário de Transição (RTT):

Fica instituído o Regime Tributário de Transição – RTT de apuração do lucro


real, que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e
critérios contábeis introduzidos pela Lei no 11.638, de 28 de dezembro de
2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei.

O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos


tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a
neutralidade tributária.

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Nos anos-calendário de 2008 e 2009, o RTT será optativo, observado o
seguinte:
I – a opção aplicar-se-á ao biênio 2008-2009, vedada a aplicação do regime
em um único ano-calendário;

II – a opção a que se refere o inciso I deste parágrafo deverá ser manifestada,


de forma irretratável, na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da
Pessoa Jurídica 2009;

III – no caso de apuração pelo lucro real trimestral dos trimestres já


transcorridos do ano-calendário de 2008, a eventual diferença entre o valor do
imposto devido com base na opção pelo RTT e o valor antes apurado deverá
ser compensada ou recolhida até o último dia útil do primeiro mês
subsequente ao de publicação desta Lei, conforme o caso;

IV – na hipótese de início de atividades no ano-calendário de 2009, a opção


deverá ser manifestada, de forma irretratável, na Declaração de Informações
Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica 2010.

Observado o prazo de entrada em vigor da lei que discipline os efeitos


tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade
tributária, o RTT será obrigatório a partir do ano-calendário de 2010,
inclusive para a apuração do imposto sobre a renda com base no lucro
presumido ou arbitrado, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido –
CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – COFINS.
GABARITO: E

45.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Admita que

• a Lessa Industrial, tributada em 2006 pelo lucro presumido, passou à


tributação pelo lucro real a partir de janeiro de 2007 e a calcular o COFINS
pelo método não cumulativo.

• no balanço de dezembro/06, ela havia contabilizado os seguintes estoques:


- Matéria prima - R$ 1.200.000,00
- Produtos em elaboração - R$ 700.000,00
- Produtos acabados - R$ 800.000,00
Considerando as informações recebidas e a permissão para utilização de
crédito presumido sobre o estoque, para dedução da contribuição do COFINS,
calculado pelo método não cumulativo, o valor total do crédito a que a Lessa
Industrial tem direito, em reais, é

(A) 60.000,00
(B) 81.000,00
(C) 91.200,00
(D) 114.000,00
(E) 152.000,00
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Resolução

De acordo a Lei no 10.833/03:


A pessoa jurídica contribuinte da Cofins terá direito a desconto correspondente
ao estoque de abertura dos bens adquiridos para revenda ou bens e serviços
utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação
de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes,
com algumas exceções, adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País,
existentes na data de início da incidência desta contribuição pelo regime não-
cumulativo.

O montante de crédito presumido será igual ao resultado da aplicação


do percentual de 3% (três por cento) sobre o valor do estoque.

Portanto, no caso concreto da questão, a empresa era tributada pelo lucro


presumido até dezembro de 2006, quando passou a ser tributada pelo lucro
real.

Nessa situação, podemos considerar como crédito presumido da Cofins o


resultado do cálculo:
Crédito Presumido (Cofins) = 3% x Valor do Estoque

Matéria prima R$ 1.200.000,00


Produtos em elaboração R$ 700.000,00
Produtos acabados R$ 800.000,00
Valor do Estoque R$ 2.700.000,00
⇒ Crédito Presumido (Cofins) = 3% x 2.700.000 = 81.000
GABARITO: B

46.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considere que uma


empresa passe a ter direito ao crédito presumido sobre estoques para dedução
do COFINS apurado pelo método não cumulativo. O lançamento a ser feito,
quando da apuração do referido crédito, pelo seu valor total, é

Débito Crédito
(A) Cofins a Pagar Cofins a Recuperar
(B) Cofins a Recuperar Despesa de Cofins
(C) Cofins a Recuperar Estoque
(D) Estoque Cofins a Pagar
(E) Despesa de Cofins Estoque

Resolução

Se a empresa passou a ter direito ao crédito presumido sobre os estoques para


dedução da Cofins apurada pelo método não cumulativo, haverá uma redução
do custo dos estoques. O lançamento, nesse caso, seria o seguinte:

Cofins a Recuperar (Ativo Circulante)


a Estoques (Ativo Circulante)
GABARITO: C

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47.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) Os
princípios constitucionais tributários prevalecem sobre as demais normas
tributárias. No campo do Imposto de Renda, atendidos tais princípios
constitucionais, o critério básico que tem por objetivo aplicar a justiça
tributária é o princípio da

(A) progressividade.
(B) generalidade.
(C) legalidade.
(D) autenticidade.
(E) universalidade.

Resolução

O Imposto de Renda (IR) é um imposto de competência federal possuindo,


entre outras, as seguintes características:

Princípio da Progressividade: O IR deve ter alíquotas progressivas, ou


seja, quanto maior a renda, maior a alíquota. O objetivo de princípio é
aplica a justiça tributária e está ligado ao princípio da capacidade
contributiva.

Princípio da Generalidade: O IR deve ter incidência sobre todas as pessoas.

Princípio da Universalidade: O IR deve incidir sobre todas as rendas e


proventos.

A incidência do IR independe da denominação da receita ou do rendimento, da


localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma
de percepção.
GABARITO: A

48.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) Em
31 de dezembro de 2009, a Sociedade Anônima apurou um lucro, antes do
Imposto de Renda, de R$ 250.000,00 e não fez qualquer ajuste no LALUR. O
Imposto de Renda devido por essa Sociedade Anônima, tributada pelo lucro
real, em reais, é

(A) 37.500,00
(B) 38.500,00
(C) 39.000,00
(D) 41.250,00
(E) 62.500,00

Resolução

Em 31 de dezembro de 2009:
Lucro Antes do Imposto de Renda = R$ 250.000,00

Não houve ajuste no Lalur. Portanto, temos:


Lucro Real = Lucro Antes do Imposto de Renda = R$ 250.000,00
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Cálculo do Imposto de Renda:
IR = 15% x 250.000 = 37.500
Limite do Adicional do IR = 12 x 20.000 = 240.000
Adicional do IR = 10% x (250.000 – 240.000) = 10% x 10.000 = 1.000
Total do IR = 37.500 + 1.000 = 38.500
GABARITO: B

Analise as informações a seguir, apresentadas pela Comercial Lunar, para


responder às questões de nos 49 e 50.

A Comercial Lunar apresentou, em reais, as informações abaixo com relação à


comercialização de mercadorias, num determinado período de tempo.

Compra de Mercadorias 800.000,00


Desconto incondicional auferido 8.000,00
Desconto incondicional concedido 6.000,00
Frete na compra, cobrado pelo vendedor 10.000,00
Frete na venda, pago pelo comprador 15.000,00
Seguro na compra, cobrado pelo vendedor 5.000,00
Venda de Mercadorias 1.000.000,00

Outras informações referentes unicamente às operações acima.


• As operações estão sujeitas ao ICMS de 18%.
• O estoque inicial e final de mercadorias é zero.

49.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio)
Considerando-se exclusivamente as informações recebidas, o custo das
mercadorias vendidas pela Comercial Lunar, em reais, é

(A) 649.440,00
(B) 656.000,00
(C) 661.740,00
(D) 663.380,00
(E) 668.300,00

Resolução

Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) = EI + C – EF

EI = Estoque Inicial = zero (dado da questão)


EF = Estoque Final = zero (dado da questão)
C = Compras Líquidas

Atenção! O desconto incondicional auferido reduz a base de cálculo do


ICMS sobre compras.

Base de Cálculo do ICMS a Recuperar = Compras – Desconto Incondicional


⇒ Base de Cálculo do ICMA a Recuperar = 800.000 – 8.000 = 792.000

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Alíquota = 18%

ICMS a Recuperar = Alíquota x Base de Cálculo ⇒


⇒ ICMS sobre Compras = 18% x 792.000 = 142.560
Como o frete e o seguro na compra foram cobrados pelo vendedor, ou seja,
estavam na nota fiscal de compra, também há incidência do ICMS (ICMS a
Recuperar):

Frete na Compra 10.000


(+) Seguro na Compra 5.000
Base de Cálculo 15.000

ICMS a Recuperar = 18% x 15.000 = 2.700

Compras de Mercadorias 800.000


(-) ICMS a Recuperar (142.560)
(-) Desconto Incondicional Auferido (8.000)
(+) Frete na Compra 10.000
(+) Seguro na Compra 5.000
(-) ICMS a Recuperar (2.700)
Compras Líquidas 661.740
CMV = 0 + 661.740 – 0 = 661.740
GABARITO: C

50.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) O
resultado com mercadorias, apurado pela Comercial Lunar, fundamentado
exclusivamente nas operações informadas, em reais, é

(A) 151.700,00
(B) 153.340,00
(C) 157.560,00
(D) 158.260,00
(E) 159.080,00

Resolução

Atenção! Se há desconto incondicional concedido, a base de cálculo do


ICMS sobre vendas deve ser reduzida desse valor.

Base de Cálculo do ICMS sobre Vendas = 1.000.000 – 6.000 = 994.000


Alíquota = 18%
ICMS sobre Vendas = 18% x 994.000 = 178.920

Venda de Mercadorias 1.000.000


(-) Desconto incondicional concedido (6.000)
(-) ICMS sobre Vendas (178.920)
Receita Líquida de Vendas 815.080
(-) CMV (661.740)
Lucro Bruto ou Resultado com Mercadorias 153.340
GABARITO: B

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51.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) Admita que uma
empresa comercial, não obrigada à tributação pelo lucro real, optou pela
tributação do imposto de renda com base no lucro presumido. Nesta condição,
para efeitos exclusivos da legislação do imposto de renda, ela estará obrigada
a manter a escrituração no livro-caixa e no(s) livro(s)

(A) diário.
(B) razão.
(C) diário e razão.
(D) registro de inventário.
(E) diário, razão e registro de inventário.

Resolução

A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido deverá:


a) manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Para
efeitos fiscais, é dispensável a escrituração quando a pessoa jurídica mantiver
Livro Caixa, devidamente escriturado, contendo toda a movimentação
financeira, inclusive bancária;

b) manter o Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar


registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangido
pela tributação simplificada;
c) manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo
decadencial e prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os
livros de escrituração obrigatórios determinados pela legislação fiscal
específica, bem assim os documentos e demais papéis que servirem de base
para escrituração comercial e fiscal;

d) Lalur, quando tiver lucros diferidos de períodos de apuração anteriores e/ou


prejuízos a compensar.
GABARITO: D

52.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) Uma empresa


comercial apresentou as seguintes informações: 31/12/2007 – Prejuízo fiscal
registrado na parte “B” do LALUR, R$ 86.000,00.

2008 – Primeiro trimestre: Lucro de R$ 200.000,00, incluindo neste lucro


provisão para férias de R$ 20.000,00, e resultado negativo de participação em
investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial de R$
20.000,00.

2008 – Segundo trimestre: lucro de R$ 80.000,00.

O imposto de renda devido pela empresa ao final dos dois trimestres, em reais,
é

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(A) 37.000,00
(B) 37.400,00
(C) 41.500,00
(D) 43.000,00
(E) 46.000,00

Resolução

31/12/2007: Prejuízo Fiscal = R$ 86.000,00

2008 – Primeiro trimestre: Lucro de R$ 200.000,00, incluindo neste lucro


provisão para férias de R$ 20.000,00, e resultado negativo de participação em
investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial de R$
20.000,00.

Para o cálculo do lucro real, teríamos:


Lucro Líquido do Trimestre (Lucro Contábil) = R$ 200.000,00

Provisão para Férias = R$ 20.000,00 (Dedutível para fins de apuração do lucro


real e já foi considerada no lucro acima. Portanto, não há ajuste a fazer).

Resultado Negativo de Participação em Investimentos Avaliados pelo Método


de Equivalência Patrimonial = Perda de Equivalência Patrimonial = R$
20.000,00 (Não é dedutível para fins de apuração do lucro real, devendo,
portanto, fazer a adição).

Lucro Contábil do Trimestre 200.000


(+) Perda de Equivalência Patrimonial 20.000
Lucro Ajustado 220.000

Limite Máximo de Compensação de Prejuízos Fiscais = 30% x Lucro Ajustado


Limite Máximo de Compensação de Prejuízos Fiscais = 30% x 220.000
Limite Máximo de Compensação de Prejuízos Fiscais = 66.000
Lucro Ajustado 220.000
(-) Compensação de Prejuízos Fiscais (66.000)
Lucro Real 154.000

Saldo de Prejuízos Fiscais a Compensar em Períodos Seguintes


= 86.000 – 66.000 = 20.000

Lucro Real = R$ 154.000,00


Imposto = 15% x 154.000 = R$ 23.100,00
Adicional = 10% x (154.000 – 3 x 20.000) = 10% x 94.000 = R$ 9.400,00
Imposto Devido no Primeiro Trimestre = 23.100 + 9.400 = R$ 32.500,00

2008 – Segundo trimestre: lucro de R$ 80.000,00.

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Lucro Contábil = Lucro Ajustado = R$ 80.000,00 (não há adições ou exclusões
a fazer).

Lucro Ajustado 80.000


(-) Compensação de Prejuízos Fiscais (20.000)
Lucro Real 60.000

Saldo de Prejuízos Fiscais a Compensar em Períodos Seguintes


= 20.000 – 20.000 = 0

Lucro Real = R$ 60.000,00

Imposto = 15% x 60.000 = R$ 9.000,00


Adicional = 10% x (60.000 – 3 x 20.000) = 0

Imposto Devido no Segundo Trimestre = R$ 9.000,00

Imposto Total Devido (Primeiro e Segundo Trimestres) = 32.500 + 9.000


Imposto Total Devido (Primeiro e Segundo Trimestres) = R$ 41.500,00
GABARITO: C

53.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) Considere as


seguintes situações:

I - participações de empregados no lucro;


II - provisão para ajustes a valor de mercado;
III - provisões técnicas de empresas de capitalização.

São dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda APENAS as situações

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

Resolução

Relembrando, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99),


poderão ser deduzidas do lucro líquido do período de apuração as participações
nos lucros da pessoa jurídica (art. 462, do RIR/99):

- asseguradas a debêntures de sua emissão;

- atribuídas a seus empregados segundo normas gerais aplicáveis, sem


discriminações, a todos que se encontrem na mesma situação, por
dispositivo do estatuto ou contrato social, ou por deliberação da
assembleia de acionistas ou sócios quotistas; e
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- atribuídas aos trabalhadores da empresa nos lucros ou resultados,
dentro do próprio exercício de sua constituição.

Além disso, ainda de acordo com o RIR/99:

Art. 226. As pessoas jurídicas de que trata a alínea "b" do inciso II


do § 1º do art. 223 poderão deduzir da receita bruta (Lei nº 8.981,
de 1995, art. 29, § 1º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º):

I - no caso das instituições financeiras, sociedades corretoras de


títulos, valores mobiliários e câmbio, e sociedades distribuidoras de
títulos e valores mobiliários:

a) as despesas incorridas na captação de recursos de terceiros;

b) as despesas com obrigações por refinanciamentos, empréstimos


e repasses de recursos de órgãos e instituições oficiais e do
exterior;

c) as despesas de cessão de créditos;

d) as despesas de câmbio;

e) as perdas com títulos e aplicações financeiras de renda fixa;

f) as perdas nas operações de renda variável realizadas em bolsa,


no mercado de balcão organizado, autorizado pelo órgão
competente, ou através de fundos de investimento, para a carteira
própria das entidades citadas neste inciso I;

II - no caso de empresas de seguros privados: o cosseguro e


resseguro cedidos, os valores referentes a cancelamentos e
restituições de prêmios e a parcela dos prêmios destinada à
constituição de provisões ou reservas técnicas;

III - no caso de entidades de previdência privada abertas e


de empresas de capitalização: a parcela das contribuições e
prêmios, respectivamente, destinada à constituição de
provisões ou reservas técnicas.
GABARITO: E

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Considere os dados a seguir, para responder às questões de nos 54 e 55.

A comercial Aurora, tributada pelo lucro presumido, apresentou as seguintes


informações relativas ao resultado apurado em agosto de 2009, em reais:

Receita de Vendas 600.000,00


Devoluções de Vendas 34.000,00
Descontos Concedidos por Antecipação de Pagamento 16.000,00
Receitas Financeiras 10.000,00
Ganho na Venda de um Equipamento do Imobilizado 8.000,00

Outras informações adicionais:


• 10% das vendas são de produtos com tributação monofásica;
• não houve devolução nem descontos sobre as vendas de produtos
monofásicos.

54.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) O valor do PIS, em


reais, devido pela comercial Aurora, em agosto de 2009, sobre as operações
apresentadas, é

(A) 3.289,00
(B) 3.302,00
(C) 3.458,00
(D) 3.692,00
(E) 4.017,00

Resolução

Como a empresa é optante pelo lucro presumido a apuração do PIS será pelo
regime cumulativo. Mais uma vez, a questão não informou a alíquota.
Portanto, é necessário saber este valor. Atenção!!!

A base de cálculo do PIS e da Cofins é a totalidade das receitas auferidas que


estejam sob o regime de apuração cumulativa, sendo irrelevantes o tipo de
atividade exercida pela pessoa jurídica e a classificação contábil adotada para
as receitas, consideradas as exclusões permitidas pela legislação.

Para efeito da apuração da base de cálculo destas contribuições, podem ser


excluídos da receita bruta, quando a tenham integrado, os valores:

a) isentos ou não alcançados pela incidência da contribuição ou sujeitos à


alíquota 0 (zero);
b) das vendas canceladas;
c) dos descontos incondicionais concedidos;
d) do IPI;
e) do ICMS, somente quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo
vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto
tributário;
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f) das reversões de provisões;
g) das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores
efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas;
h) dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido;
i) dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de
aquisição, que tenham sido computados como receita;
j) das receitas não operacionais decorrentes da venda de bens do ativo
não circulante; e
k) auferidos pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em
relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na
condição de substituta tributária.

Vamos à resolução da questão:

Repare que, de acordo com a questão, 10% das vendas correspondem a


produtos com tributação monofásica, ou seja, já foram tributados (por
completo) no início da cadeia produtiva.

Receita de Vendas 600.000


(-) Tributação Monofásica (10%) (60.000) (10% x 600.000)
(-) Devoluções de Vendas (34.000)
Base de Cálculo do PIS 506.000

PIS = 0,65% x 506.000 = R$ 3.289,00

Notas:
Descontos Concedidos por Antecipação de Pagamento: são os descontos
comerciais ou financeiros, ou seja, são despesas operacionais do período e não
reduzem a base de cálculo dos tributos.

Descontos Comerciais ou Incondicionais: são descontos fornecidos do ato da


venda, sem condição, e, por isso, reduzem a base de cálculo dos tributos.

Ganho na Venda de um Equipamento do Imobilizado: não entra na base de


cálculo do PIS e da Cofins, conforme previsão legal.

Receitas Financeiras:
- A incidência sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas
sujeitas ao regime de apuração não cumulativa das referidas contribuições
está com as alíquotas reduzidas a zero.

- A partir de 28.05.2009, em virtude do artigo 79 da Lei no 11.941/09, que


revogou o § 1o do art. 3o da Lei no 9.718/88, a base de cálculo do Pis e da
Cofins cumulativos será a receita bruta da pessoa jurídica, e não mais a
totalidade das receitas auferidas. Desta forma, interpreta-se que as receitas
tributáveis serão as decorrentes das operações normais do negócio

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(faturamento) e não mais todas as receitas auferidas. Logo, as receitas
financeiras não farão parte da base de cálculo do Pis e da Cofins cumulativos.
GABARITO: A

55.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio)O valor da COFINS, em


reais, devido pela comercial Aurora, em agosto de 2009, sobre as operações
apresentadas, é

(A) 14.700,00
(B) 14.970,00
(C) 15.180,00
(D) 17.040,00
(E) 18.540,00

Resolução

Novamente, a alíquota não foi informada:


Cofins (Contribuição Social sobre o Faturamento)

- Contribuição de competência federal;


- Cofins sobre o Faturamento: conta redutora da Receita Bruta
de Vendas;
- Tributo por dentro;
- O faturamento do mês é a base de cálculo da Cofins, mas está
sujeito a constantes alterações pela legislação tributária;
- Lei no 10.833/03: Cofins – Contribuição não cumulativa; e
- Alíquotas:
o COFINS (não-cumulativo) = 7,6%;
o COFINS (cumulativo) = 3%.

Receita de Vendas 600.000


(-) Tributação Monofásica (10%) (60.000) (10% x 600.000)
(-) Devoluções de Vendas (34.000)
Base de Cálculo da Cofins 506.000

Cofins = 3% x 506.000 = R$ 15.180,00


GABARITO: C

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(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio)
Enunciado para as questões de nos 56 e 57

Uma empresa industrial tributada pelo lucro real optou pela apuração do lucro
real anual, com recolhimento mensal por estimativa.

Em outubro de 2007, apresentou as seguintes informações:

56.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Considere que, na


apuração da base de cálculo do Imposto de Renda, pago mensalmente pelo
critério de estimativa, deverão ser aplicados os seguintes percentuais sobre a
renda bruta: venda de mercadorias 8% e prestação de serviços 32%. As
alíquotas de Imposto de Renda são: Normal 15% e Adicional 10%. Qual o
valor do Imposto de Renda para recolhimento mensal por estimativa, em
setembro/2007, em reais?

(A) 18.160,00
(B) 18.860,00
(C) 21.520,00
(D) 27.660,00
(E) 31.020,00

Resolução

A base para o cálculo da estimativa mensal será o montante determinado pela


soma das seguintes parcelas:
1) do valor resultante da aplicação dos percentuais fixados na lei, variáveis
conforme o tipo de atividade explorada, sobre a receita bruta auferida
mensalmente;
2) dos ganhos de capital, das demais receitas e dos resultados positivos
decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive:
a) dos rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre
pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto
se a mutuária for instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do
Brasil;
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b) dos ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias
permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações
societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do
ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;
c) dos ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge), realizados em
bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
d) da receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da
pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
e) dos juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou
compensados;
f) das variações monetárias ativas;
g) da diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor
em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a
formação do referido patrimônio (Lei nº 9.532, de 1997, art. 17, §3º, e 81,
II);
h) dos ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos
(IN SRF nº 11, de 1996, art. 60, §1º).

Apuração do Imposto de Renda por Estimativa:


Venda de mercadorias = 8%
Prestação de serviços = 32%

I – Determinação da Base de Cálculo do Lucro por Estimativa nas Vendas:

Faturamento Bruto 800.000


(-) IPI (64.000)
(-) Devoluções de Vendas (30.000)
(-) Descontos Incondicionais (10.000)
Base de Cálculo 696.000
Lucro por Estimativa = 8% x 696.000 = 55.680

Prestação de Serviços = 120.000


Lucro por Estimativa = 32% x 120.000 = 38.400
Ganho de Capital = 38.000
Lucro Total = 55.680 + 38.400 + 38.000 = 132.080

As alíquotas de Imposto de Renda (IR) são: Normal 15% (até R$ 20.000,00 de


lucro mensal) e Adicional 10% (sobre a diferença que ultrapassar R$
20.000,00 de lucro mensal).
IR = 15% x 132.080 + 10% x (132.080 – 20.000) = 19.812 + 11.208
IR = R$ 31.020,00
GABARITO: E

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57.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Sabe-se que, na
apuração da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, paga
mensalmente pelo critério de estimativa, o percentual aplicável sobre a renda
bruta é de 12%, e a alíquota da contribuição social sobre o lucro é de 9%.
Qual o valor da contribuição social sobre o lucro, para recolhimento mensal por
estimativa, em setembro/2007, em reais?

(A) 4.384,80
(B) 7.192,80
(C) 7.598,80
(D) 8.812,80
(E) 9.223,20

Resolução

Nas atividades desenvolvidas por pessoas jurídicas de natureza comercial,


industrial ou de prestação de serviços, a base de cálculo da CSLL apurada por
estimativa será a soma dos seguintes valores:
1) o percentual da receita bruta mensal, excluídas as vendas canceladas, as
devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos,
correspondente a:
a) 12% (doze por cento), para as pessoas jurídicas em geral: ou
b) 32% (trinta e dois por cento), para as pessoas jurídicas que desenvolvam
as seguintes atividades): prestação de serviços em geral, exceto a de serviços
hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia,
anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias
clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma
de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – Anvisa; intermediação de negócios; administração, locação ou
cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; prestação
cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica,
gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a
receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços – factoring.

Notas:
No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente
a cada atividade (Lei no 9.249, de 1995, art. 20, c/c art. 15).

2) os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos


decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive:
a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas
jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;
b) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias
permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações
societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do
ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;

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c) os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em
bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
d) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da
pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
e) os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a
impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
f) as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos de
crédito e das obrigações do contribuinte, em função de índices ou coeficientes
aplicáveis por disposição legal ou contratual;
g) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos;
h) a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebido
de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro
ou o valor dos bens e direitos entregue para a formação do referido
patrimônio.

3) os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de


renda fixa e renda variável.

Notas:
Não integram a base de cálculo estimada da CSLL:
a) as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas
receitas;
b) a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;
c) os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas
pelo custo de aquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de
investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;
d) os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou
contratante, além do preço do bem ou serviço, e dos quais o vendedor dos
bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário;
e) os juros sobre o capital próprio auferidos.

De acordo com os dados fornecidos pela banca:


Apuração da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) por Estimativa:
Renda Bruta = 12%
Alíquota da CSLL = 9%

I – Determinação da Base de Cálculo da CSLL por Estimativa nas Vendas:

Faturamento Bruto 800.000


(-) IPI (64.000)
(-) Devoluções de Vendas (30.000)
(-) Descontos Incondicionais (10.000)
Base de Cálculo 696.000
Base de Cálculo por Estimativa = 12% x 696.000 = 83.520

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Prestação de Serviços = 120.000
Base de Cálculo por Estimativa = 12% x 120.000 = 14.400
Ganho de Capital = 38.000
Base de Cálculo da CSLL por Estimativa = 83.520 + 14.400 + 38.000
Base de Cálculo da CSLL por Estimativa = 135.920
CSLL = 9% x 135.920
CSLL = R$ 12.232,80 (não há resposta correta)

A banca não considerou a CSLL sobre o ganho de capital. Veja:


Base de Cálculo da CSLL por Estimativa = 83.520 + 14.400 + 38.000 =
Base de Cálculo da CSLL por Estimativa =97.920
CSLL = 9% x 97.920
CSLL = R$ 8.812,80
GABARITO: D

58.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio-Adaptada) Uma


Companhia comercial apresentou os seguintes elementos, inclusos na
formação de seu resultado:

I - variação cambial positiva de operações com moeda estrangeira;


II - reversão de provisões operacionais;
III - venda de bens do Ativo Não Circulante - Imobilizado;
IV - venda de mercadorias para o exterior;
V - venda de mercadorias e serviços no país.

Na apuração da base de cálculo do PIS, devem ser EXCLUÍDOS os elementos

(A) I, II e III
(B) I, II e IV
(C) I, IV e V
(D) II, III e IV
(E) III, IV e V

Resolução

A base de cálculo das contribuições devidas pelas pessoas jurídicas de direito


privado, é o faturamento do mês, que corresponde à receita bruta.
Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas, sendo
irrelevantes o tipo de atividade exercida pela pessoa jurídica e a classificação
contábil adotada para as receitas.

Para efeito da apuração da base de cálculo do PIS e da Cofins, podem ser


excluídos da receita bruta, quando a tenham integrado, os valores:
a) isentos ou não alcançados pela incidência da contribuição ou
sujeitos à alíquota 0 (zero) (Ex: Venda de Mercadorias para o
exterior);
b) das vendas canceladas;
c) dos descontos incondicionais concedidos;
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d) do IPI;
e) do ICMS, somente quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo
vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto
tributário;
f) das reversões de provisões;
g) das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores
efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas;
h) dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido;
i) dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de
aquisição, que tenham sido computados como receita;
j) das receitas não operacionais decorrentes da venda de bens do
ativo não circulante imobilizado e intangível; e
k) auferidos pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em
relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na
condição de substituta tributária.
GABARITO: D

59.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Uma empresa


comercial, obrigada à apuração do lucro real, optante pelo lucro real anual,
com recolhimento mensal por estimativa, apurou, em fevereiro/2006, os
valores de Imposto de Renda, em reais, para recolhimento em março/2006,
apresentados a seguir.

Considere:
• que os cálculos do imposto e da retenção estão corretos;
• as determinações da Lei Societária e da Lei Tributária;
• a boa técnica contábil dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Qual o registro contábil da situação apresentada, em fevereiro/2006?

(A) Impostos a Recuperar


Imposto de Renda PJ – estimativa 200.000
a Imposto de Renda a Recolher 200.000

(B) Despesa de Imposto de Renda


Imposto de Renda PJ 200.000
a Imposto de Renda a Recolher 200.000

(C) Impostos a Recuperar


Imposto de Renda PJ – estimativa 210.000
a Imposto de Renda a Recolher 209.000
a Impostos a Recuperar
Imposto de Renda Retido na Fonte 1.000

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(D) Despesa de Imposto de Renda
Imposto de Renda PJ – estimativa 210.000
a Imposto de Renda a Recolher 209.000
a Impostos a Recuperar
Imposto de Renda Retido na Fonte 1.000

(E) Despesa de Imposto de Renda


Imposto de Renda PJ 10.000
Impostos a Recuperar
Imposto de Renda PJ – estimativa 200.000
a Imposto de Renda a Recolher 209.000
a Impostos a Recuperar
Imposto de Renda Retido na Fonte 1.000

Resolução

Total do Imposto Devido = 182.400 + 17.600 + 10.000 = 210.000


Imposto Retido na Fonte = 1.000

A empresa é optante pelo lucro real anula, mas faz o recolhimento mensal por
estimativa. Portanto, o imposto recolhido mensalmente será utilizado no
cálculo do imposto “real” ao final do período de apuração. Com isso, o
lançamento será:

Impostos a Recuperar (Ativo Circulante)


a Diversos
a Imposto de Renda a Recolher (Passivo Circulante) 209.000
a Impostos a Recuperar (Ativo Circulante) 1.000 210.000
GABARITO: C

60.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Num determinado dia,


a Companhia Amor vendeu, por R$ 800.000,00 à vista, mercadorias sujeitas à
substituição tributária do ICMS. Sabendo-se que a alíquota do ICMS é de 18%,
e a margem de lucro prevista (valor agregado) é de 20%, o registro contábil
da venda realizada pela Companhia, nestas condições, é

(A) Caixa 800.000,00


a Receita de Vendas 800.000,00

(B) Caixa 1.000.000,00


a Receita de Vendas 1.000.000,00

(C) Caixa 828.800,00


a Receita de Vendas 800.000,00
a ICMS Substituição Contábil a Recolher 28.800,00

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(D) Caixa 960.000,00
a Receita de Vendas 800.000,00
a ICMS Substituição Contábil a Recolher 160.000,00
(E) Caixa 1.000.000,00
a Receita de Vendas 800.000,00
a ICMS Substituição Contábil a Recolher 200.000,00

Resolução

Na questão é informado que há uma margem de lucro prevista de 20%.


Portanto, teríamos:

Margem de Lucro Prevista = 20% x 800.000 = 160.000


ICMS sobre a margem de lucro prevista (sub. tributária) = 18% x 160.000
ICMS sobre a margem de lucro prevista (sub. tributária) = 28.800

Receita Bruta de Vendas 800.000


(+) ICMS (sub. tributária) 28.800
Valor da Venda 828.800

Caixa 828.800,00
a Receita de Vendas 800.000,00
a ICMS Substituição Contábil a Recolher 28.800,00
GABARITO: C

61.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-


Cesgranrio) Uma empresa comercial é tributada com base no lucro real,
apura o lucro real anual e faz o recolhimento da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL), com antecipações mensais, sobre base de cálculo
apurada por estimativa. Integra essa base de cálculo o valor correspondente a
12% da receita bruta mensal. Dessa receita bruta mensal, além dos impostos
não cumulativos cobrados destacadamente do comprador, dos quais o
vendedor dos bens ou prestador de serviços seja mero depositário, deverão
ser excluídas(os), igualmente, as(os)

(A) vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais


concedidos.
(B) vendas canceladas, os descontos condicionais concedidos e os abatimentos
sobre vendas.
(C) devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os
abatimentos sobre vendas.
(D) devoluções de vendas, os descontos condicionais concedidos e os
abatimentos sobre vendas.
(E) descontos incondicionais concedidos, a devolução de vendas e os descontos
financeiros concedidos.

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Contabilidade para Contador-BNDES (itens 1, 2, 3, 7, 8 e 11)
Teoria e Exercícios
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Resolução

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, utiliza-se a


receita bruta como base de cálculo. De acordo com o art. 224:

Art. 224. A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da


venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados
e o resultado auferido nas operações de conta alheia (Lei nº 8.981, de 1995,
art. 31).

Parágrafo único. Na receita bruta não se incluem as vendas


canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não
cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante
dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero
depositário (Lei nº 8.981, de 1995, art. 31, parágrafo único).

Nota: Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas as


vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os
impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador,
dos quais o vendedor ou prestador é mero depositário (exemplo: IPI)
GABARITO: A

62.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-


Cesgranrio) Nas importações de bens, a base de cálculo do COFINS é
formada pela base de cálculo do imposto de importação

(A) (menos) imposto de importação.


(B) (menos) imposto de importação e (mais) ICMS.
(C) (menos) imposto de importação, (menos) ICMS e (menos) COFINS.
(D) (mais) imposto de importação, (menos) ICMS e (mais) COFINS.
(E) (mais) imposto de importação, (mais) ICMS e (mais) COFINS.

Resolução

Cálculo do PIS/Cofins na Importação:

BC = BC II (Base de Cálculo do Imposto de Importação)


(+) II (Imposto de Importação)
(+) ICMS
(+) PIS/Cofins
GABARITO: E

63.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Considere que as


operações com tintas estão sujeitas à substituição tributária do ICMS, com um
valor agregado (margem de lucro prevista) de 30%, que o ICMS nestas
operações é de 18%, e que a empresa de tintas vendeu o seu produto por R$
10.000,00, concedendo um desconto incondicional de R$ 2.000,00. O valor
desta venda, em reais, é

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Teoria e Exercícios
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(A) 8.000,00
(B) 8.540,00
(C) 10.000,00
(D) 10.540,00
(E) 12.540,00

Resolução

A substituição tributária para as operações subsequentes é caracterizada pela


atribuição a determinado contribuinte (normalmente o primeiro na cadeia de
comercialização, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor do ICMS
incidente nas subsequentes operações com a mercadoria, até sua saída
destinada a consumidor ou usuário final. (Art. 6º, parágrafo 1º, da Lei
Complementar nº 87/96).

Na questão é informado que há uma margem de lucro prevista de 30%.


Portanto, teríamos:

Margem de Lucro Prevista = 30% x 10.000 = 3.000

ICMS sobre a margem de lucro prevista (sub. tributária) = 18% x 3.000


ICMS sobre a margem de lucro prevista (sub. tributária) = 540
Receita Bruta de Vendas 10.000
(-) Desconto Incondicional (2.000)
(+) ICMS (sub. tributária) 540
Valor da Venda 8.540

Atenção!!! O ICMS sobre Vendas, de 18%, é um imposto por dentro e já está


embutido no valor de venda. Além disso, o desconto incondicional reduz a base
de cálculo do ICMS sobre vendas.
ICMS sobre Vendas = 18% x (10.000 – 2.000) = 18% x 8.000 = 1.440
GABARITO: B

64.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-


Cesgranrio) A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta,
resumidamente, as operações realizadas pela empresa, durante o exercício
social, de forma a destacar o resultado líquido, apurado pelo confronto de
receitas, custos e despesas operacionais e não operacionais relativas a esse
mesmo exercício social. A legislação fiscal, por sua vez, tem uma maneira
específica para apurar o lucro fiscal (tributável), que servirá de base para
exigir os tributos. Nos termos da legislação fiscal, o lucro fiscal (tributável) é
estabelecido pelo lucro

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Teoria e Exercícios
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(A) contábil (menos) imposto de renda (mais) adições (menos) exclusões.
(B) contábil (menos) imposto de renda (menos) contribuição social sobre o
lucro (mais) adições (menos) exclusões.
(C) antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido
(mais) adições (menos) exclusões (mais) lucros
fiscais.
(D) antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro
(mais) adições (menos) exclusões (menos) compensação de prejuízos fiscais.
(E) antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido
(mais) adições (menos) exclusões (menos) compensação de prejuízos fiscais
(mais) participações e contribuições.

Resolução

Lucro Real = Lucro Antes do Imposto de Renda + Adições – Exclusões


– Compensações

Adições
As adições ao lucro líquido do período para a determinação do lucro real
são ajustes que têm a finalidade de aumentar a base de cálculo do imposto.

Exclusões
As exclusões são ajustes que têm por finalidade reduzir a base de cálculo
do imposto.

Compensações
As compensações referem-se, primordialmente, ao saldo de prejuízo fiscal
de períodos anteriores, que diminuirá a base de cálculo do imposto de
renda, respectivamente, em períodos futuros, até zerar este saldo.

Contudo, há uma limitação importante: o saldo de prejuízo fiscal


apurado em períodos anteriores que será compensado está
limitado a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas
adições e exclusões. GABARITO: D

65.(Ciências Contábeis-Bndes-2008-Cesgranrio) Em 2007, a Cia. Zarca S/


A, tributada pelo lucro real, antes de fazer a sua declaração anual do Imposto
de Renda ano base 2006, fez as seguintes anotações de despesas incluídas na
apuração do resultado do exercício, em reais, evidenciadas na Demonstração
do Resultado, encerrado em 31/12/06:

Despesa de:
Brindes ................................................... 10.000,00
Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa. ................ 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas . ........................................... 20.000,00

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Considerando-se os aspectos técnicos conceituais e a legislação tributária do
Imposto de Renda, o valor de adições temporárias, a ser incluído no LALUR,
para determinação do lucro real, em reais, é

(a) 20.000,00
(b) 30.000,00
(c) 60.000,00
(d) 70.000,00
(e) 80.000,00

Resolução

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, são exemplos de


despesas indedutíveis para fins de apuração do lucro real (adições ao lucro
líquido):

- custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e


quaisquer outros valores deduzidos do lucro líquido que, de acordo
com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do
lucro real. São exemplos: resultados negativos de equivalência
patrimonial, custo e despesas não dedutíveis, como as provisões para
créditos de liquidação duvidosa.

- resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na


apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam
ser computados na determinação do lucro real. São exemplos: ajustes
decorrentes de aplicação de métodos de preços de transferência, lucros
auferidos por controladas e coligadas domiciliadas no exterior.

- ressalvadas as disposições especiais da legislação tributária, as quantias


tiradas dos lucros ou de quaisquer fundos ainda não tributados para aumento
do capital, para distribuição de quaisquer interesses ou destinadas a reservas,
quaisquer que sejam as designações que tiverem, inclusive lucros suspensos e
lucros acumulados;
- os pagamentos efetuados à sociedade civil quando esta for controlada, direta
ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes,
controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem
como pelo cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas;

- os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao


bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais
previstos na legislação tributária;

- as perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia


(day-trade), realizadas em mercado de renda fixa ou variável;

- as despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores,


ressalvada a hipótese em que são consideradas salário indiretos;
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Teoria e Exercícios
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- as contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e


planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência
social, instituídos em favor de empregados e dirigentes da pessoa jurídica;

- as doações, exceto as referidas nos art. 365 e 371 do RIR/99;

- as despesas com brindes;

- o valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou


despesa operacional;

- as perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável


e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações.

Ou seja, no caso da questão, todas as despesas informadas são indedutíveis e


deverão ser adicionadas ao lucro real:

Brindes . .................................................... 10.000,00


Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas ............................................... 20.000,00
Total de Adições
80.000,00

E aí? A alternativa “e” é a correta? Não. ATENÇÃO!!! Pois a questão


fala em adições temporárias. Neste caso, devem ser incluídas somente
as provisões como adições temporárias, pois, se as perdas realmente
ocorrerem (devedores duvidosos e processos trabalhistas), elas serão
dedutíveis.

Logo, as adições temporárias são:


Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas ................................................. 20.000,00
Total de Adições Temporárias 70.000,00
GABARITO: D

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66.(Técnico em Contabilidade-Petrobras-2008-Cesgranrio) A Empresa
Comercial Amazonas Ltda. comprou, a prazo, para revender, 20.000 bolsas de
couro da Indústria Coureira Ltda., pagando R$ 2,50, cada bolsa, líquidos de
ICMS e IPI.
Sabe-se que:
a operação é tributada com 15% de IPI e 17% de ICMS;
a Comercial Amazonas adota o controle permanente do estoque;
o frete foi suportado pela empresa vendedora.
O lançamento desta compra, sem data e histórico, a ser feito pela Comercial
Amazonas, é

(A) Compra de mercadorias


a Diversos
a Fornecedores 50.000,00
a Impostos incidentes sobre compras 17.275,00 67.275,00

(B) Diversos
a Diversos
Estoque de mercadorias 50.000,00
Impostos incidentes sobre compras 16.000,00 66.000,00
a Fornecedores 50.000,00
a ICMS a recuperar 8.500,00
a IPI a recuperar 7.500,00 66.000,00

(C) Diversos
a Fornecedores
Estoque de mercadorias 57.500,00
ICMS a recuperar 9.775,00 67.275,00

(D) Diversos
a Fornecedores
Estoque de mercadorias 50.000,00
ICMS a recuperar 10.240,96
IPI a recuperar 9.036,14 69.277,10

(E) Diversos
a Fornecedores
Estoque de mercadorias 59.036,14
ICMS a recuperar 10.240,96 69.277,10

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Resolução

Empresa Comercial Amazonas Ltda.

Compra a Prazo de 20.000 bolsas de couro (Custo Unitário) = R$ 2,50


IPI = 15%
ICMS = 17%
Controle permanente do estoque
Frete foi suportado pela empresa vendedora.

Lançamento:
Empresa Comercial ⇒ contribuinte do ICMS (recuperável) e não contribuinte
do IPI (não recuperável).

Valor das Compras Líquidas = 20.000 x R$ 2,50 = R$ 50.000,00


⇒ Base de Cálculo do ICMS – ICMS a Recuperar = Compras Líquidas ⇒
⇒ BC do ICMS – 17% x BC do ICMS = 50.000 ⇒
⇒ 0,83 x BC do ICMS = 50.000 ⇒
⇒ BC do ICMS = 60.240,96

IPI (imposto por fora) = 15% x 60.240,96 = 9.036,15

Valor da Nota Fiscal = 60.240,96 + 9.036,15 = 69.277,11


ICMS a Recuperar = 17% x 60.240,96 = 10.240,96
Custo de Aquisição das Mercadorias = 69.277,11 – 10.240,96 = 59.036,14

Diversos
a Fornecedores (Passivo Circulante)
Estoque de mercadorias (Ativo Circulante) 59.036,14
ICMS a recuperar (Ativo Circulante) 10.240,96 69.277,10
GABARITO: E

67.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O Posto de Gasolina


Dois Amigos Ltda., sob a bandeira da Petrobras, localizado no Rio de Janeiro,
adquiriu, de um atacadista no Rio de Janeiro, mercadorias para a sua rede de
lojas de conveniência, nas seguintes condições, inclusas na nota fiscal do
fornecedor:

Valor da mercadoria, cobrado pelo fornecedor 1.120.000,00


Frete cobrado pelo fornecedor 60.000,00
Seguro cobrado pelo fornecedor 12.000,00
Desconto incondicional concedido pelo fornecedor 112.000,00

Considerando que o Posto Dois Amigos Ltda. está sujeito à alíquota básica de
ICMS de 19%, adotada no Estado do Rio de Janeiro, o valor, em reais, do
ICMS, nesta operação, suportado pelo Posto Dois Amigos Ltda., é:

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Teoria e Exercícios
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(A) 212.800,00
(B) 205.200,00
(C) 202.920,00
(D) 193.800,00
(E) 191.520,00

Resolução

Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor


está transportando as mercadorias. Logo, incide ICMS e IPI sobre o valor do
frete e do seguro. Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa
(Ex: Empresa Transportadora), sobre esses valores não incidirão ICMS e IPI.

Regra geral, quando nada for dito sobre o frete e o seguro, considera-
se que foi realizado por uma empresa transportadora.

Descontos Incondicionais ou Comerciais: é o desconto dado


incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que independe das
condições de pagamento. Exemplos: grande quantidade adquirida; cliente
preferencial; interesse promocional; etc.
(+) Compras
(-) Tributos a Recuperar
Compras Brutas
(-) Devoluções
(+) Fretes + Seguros
(+) Carga + Descarga + Armazenagem
(-) Abatimentos
(-) Descontos Incondicionais Obtidos
Compras Líquidas

Vamos à resolução da questão:

Valor da mercadoria, cobrado pelo fornecedor 1.120.000,00


Frete cobrado pelo fornecedor 60.000,00
Seguro cobrado pelo fornecedor 12.000,00
Desconto incondicional concedido pelo fornecedor (112.000,00)
Base de Cálculo do ICMS 1.080.000,00

ICMS a Recuperar = 19% x 1.080.000 = R$ 205.200,00


GABARITO: B

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As questões 68 e 69 deverão ser respondidas com base no enunciado a seguir.

A Rede Unida de Postos de Gasolina S/A, submetida à tributação com base no


lucro real, optou pelo pagamento do imposto mensal, por base estimada,
apurando o lucro real anualmente.

Em agosto de 2005, apresentou as seguintes informações:


Revenda de gasolina 1.200.000,00
Revenda de mercadorias 300.000,00
Serviços de lavagem 150.000,00

ICMS
Revenda de gasolina (alíquota de 30%) 348.000,00
Revenda de mercadorias (alíquota 19%) 57.000,00

ISS (alíquota de 5%) 7.500,00

Vendas canceladas (gasolina) 33.500,00


Descontos incondicionais (gasolina) 6.500,00
Ganho na venda de Imobilizado 38.000,00

Informações adicionais:

• Percentuais para estimativa de IR e CSLL

Atividades Base – Imposto Base - CSLL


de Renda
Comércio e Indústria 8,0% 12,0%
Revenda de combustíveis derivados de 1,6% 12,0%
petróleo e álcool, inclusive gás natural
Prestação de serviços em geral 32,0% 32,0%

• Alíquotas incidentes sobre a base de cálculo:


Imposto de Renda (IR)
Normal 15%
Adicional 10%
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL):
Normal 9%

68.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O valor do Imposto de


Renda (IR), no mês de agosto de 2005, da Rede Unida de Postos de Gasolina
S/A, calculado por estimativa, em reais, foi:

(A) 19.284,00
(B) 30.140,00
(C) 32.140,00
(D) 121.800,00
(E) 179.625,00
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Resolução

Na apuração por estimativa, de acordo com o Regulamento do Imposto


de Renda, utiliza-se a receita bruta como base de cálculo. De acordo
com o art. 224:

Art. 224. A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da


venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados
e o resultado auferido nas operações de conta alheia (Lei nº 8.981, de 1995,
art. 31).

Parágrafo único. Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os


descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados
destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens
ou o prestador dos serviços seja mero depositário (Lei nº 8.981, de 1995, art.
31, parágrafo único).

Nota: Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas as


vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os
impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador,
dos quais o vendedor ou prestador é mero depositário (exemplo: IPI)

Em relação aos ganhos de capital:

Art. 225. Os ganhos de capital, demais receitas e os resultados positivos


decorrentes de receitas não abrangidas pelo artigo anterior, serão acrescidos à
base de cálculo de que trata esta Subseção, para efeito de incidência do
imposto (Lei nº 8.981, de 1995, art. 32, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º).

Em relação à alíquota do IR e adicional:

Art. 228. O imposto a ser pago mensalmente na forma desta Seção será
determinado mediante a aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota de
quinze por cento (Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º, § 1º).

Parágrafo único. A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que


exceder a vinte mil reais ficará sujeita à incidência de adicional do imposto à
alíquota de dez por cento (Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º, § 2º).

Vamos à resolução da questão:

I – Receitas apuradas em agosto de 2005:


I.1 – Revenda de gasolina:
Revenda de gasolina 1.200.000,00
(-) Vendas canceladas (gasolina) (33.500,00)
(-) Descontos incondicionais (gasolina) (6.500,00)
Receita de Venda de Gasolina 1.160.000,00
(x) Percentual de estimativa
(revenda de combustíveis) 1,6%
Lucro Apurado por Estimativa (I) 18.560,00

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I.2 – Revenda de mercadorias:
Revenda de mercadorias 300.000,00
(x) Percentual de estimativa (comércio) 8%
Lucro Apurado por Estimativa (II) 24.000,00

I.3 – Serviços de lavagem:


Serviços de lavagem 150.000,00
(x) Percentual de estimativa (serviços) 32%
Lucro Apurado por Estimativa (II) 48.000,00

I.4 – Ganho na venda de Imobilizado (ganho de capital):


Ganho na venda de Imobilizado 38.000,00

II – Cálculo do Imposto de Renda (IR): a alíquota do adicional de imposto de


renda (10%) é cobrada sobre a parcela do lucro que exceder o valor de R$
20.000,00 por mês.
Lucro Apurado por Estimativa (I) 18.560,00
Lucro Apurado por Estimativa (II) 24.000,00
Lucro Apurado por Estimativa (II) 48.000,00
Ganho de Capital 38.000,00
Lucro Total 128.560,00

Parcela do Lucro Sujeita ao Adicional = 128.560 – 20.000 = 118.560

IR = 15% x 128.560 + 10% x 118.560 = 19.284 + 10.856 = 30.140


GABARITO: B

69.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O valor da Contribuição


Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), no mês de agosto de 2005, da Rede Unida
de Postos de Gasolina S/A, calculado por estimativa, em reais, foi:

(A) 11.570,40
(B) 19.284,00
(C) 20.088,00
(D) 23.508,00
(E) 24.543,00

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Resolução

Para a CSLL, adota-se o mesmo raciocínio do IR.

I – Receitas apuradas em agosto de 2005:


I.1 – Revenda de gasolina:
Revenda de gasolina 1.200.000,00
(-) Vendas canceladas (gasolina) (33.500,00)
(-) Descontos incondicionais (gasolina) (6.500,00)
Receita de Venda de Gasolina 1.160.000,00
(x) Percentual de estimativa
(revenda de combustíveis) 12%
Lucro Apurado por Estimativa (I) 139.200,00

I.2 – Revenda de mercadorias:


Revenda de mercadorias 300.000,00
(x) Percentual de estimativa (comércio) 12%
Lucro Apurado por Estimativa (II) 36.000,00

I.3 – Serviços de lavagem:


Serviços de lavagem 150.000,00
(x) Percentual de estimativa (serviços) 32%
Lucro Apurado por Estimativa (II) 48.000,00

I.4 – Ganho na venda de Imobilizado (ganho de capital):


Ganho na venda de Imobilizado 38.000,00

II – Cálculo da CSLL: Alíquota de 9%


Lucro Apurado por Estimativa (I) 139.200,00
Lucro Apurado por Estimativa (II) 36.000,00
Lucro Apurado por Estimativa (II) 48.000,00
Ganho de Capital 38.000,00
Lucro Total 261.200,00

CSLL = 9% x 261.200 = 23.508,00


GABARITO: D

As questões 70 e 71 deverão ser respondidas com base no enunciado abaixo,


tendo a tributação sido feita com a opção pela tributação monofásica.

A Refinaria Duque de Caxias (REDUC) refinou petróleo importado e


comercializou 1.000.000 de litros de gasolina destinados a veículos
automotivos, para a Petrobras Distribuidora, que os repassou para a
Distribuidora Gama. Esta, por sua vez, os revendeu para a rede de postos e
estes, finalmente, comercializaram para o consumidor final, tudo dentro dos
limites do Estado do Rio de Janeiro, formando a seguinte rede de distribuição e
respectivos valores de comercialização, entre o refino e o consumo da
gasolina, pelos consumidores finais:
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Rede de Distribuição Litros Preço/Litro Valor Total


(em reais) (em reais)
Refinaria Duque de Caxias 1.000.000 2,2000 2.200.000,00
Petrobrás Distribuidora 1.000.000 2,3330 2.333.000,00
Distribuidora Gama 1.000.000 2,4780 2.478.000,00
Rede de Postos 1.000.000 2,6240 2.624.000,00
Consumidor Final 1.000.000 2,7890 2.789.000,00

Informação adicional:
Alíquotas de COFINS e PIS, incidente sobre os derivados de petróleo, a partir
de maio de 2004:
COFINS PIS
Gasolina e suas correntes, exceto a gasolina de avião 23,440% 5,080%

70.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O valor total suportado


pelos consumidores finais da gasolina, a título de COFINS, em reais, é:

(A) 515.680,00
(B) 546.855,20
(C) 580.843,20
(D) 615.065,60
(E) 653.471,60

Resolução

O regime monofásico do PIS e da COFINS consiste em mecanismo semelhante


à substituição tributária, pois atribui a um determinado contribuinte a
responsabilidade pelo tributo devido em toda cadeia.

O regime monofásico consiste, basicamente:


i) na atribuição da responsabilidade tributária ao fabricante ou
importador de certos produtos (ditos monofásicos) de recolher o
PIS/COFINS à uma alíquota diferenciada e majorada, de modo a
contemplar a carga tributária incidente sobre toda a cadeia produtiva
e, por outro lado,

ii) a fixação de alíquota zero de PIS/COFINS sobre a receita auferida com a


venda daqueles produtos pelos demais participantes da cadeia produtiva
(distribuidores, atacadistas e varejistas).

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São sujeitos à tributação monofásica da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins, incidentes sobre a receita bruta, os seguintes
produtos:
a) gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de aviação;
b) óleo diesel e suas correntes;
c) gás liquefeito de petróleo (GLP), derivado de petróleo ou de gás natural;
d) querosene de aviação;
e) biodiesel;
f) nafta petroquímica destinada à produção ou formulação de óleo diesel ou
gasolina;
g) nafta petroquímica destinada à produção ou formulação exclusivamente de
óleo diesel;
h) álcool hidratado para fins carburantes;
(...entre outros...)
Vamos à resolução da questão:

A responsabilidade tributária cabe à Refinaria Duque de Caxias:


COFINS = 23,440% x 2.200.000 = R$ 515.680,00
GABARITO: A

71.(Contador Junior-Petrobras-2006-Cesgranrio) O valor total suportado


pelos consumidores finais da gasolina, a título de PIS, em reais, é:

(A) 171.681,20
(B) 133.299,20
(C) 125.882,40
(D) 118.516,40
(E) 111.760,00

Resolução

A responsabilidade tributária cabe à Refinaria Duque de Caxias:


PIS = 5,080% x 2.200.000 = R$ 111.760,00
GABARITO: E

72.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) Determinada empresa


apresentou, em 2004, imposto de renda a pagar (alíquota de 15%) de R$
2.400,00. Sabendo-se que as bases de imposto de renda e contribuição social
são iguais, a contribuição social sobre o lucro (alíquota de 9%) devida, em
reais, será de:

(A) 216,00
(B) 360,00
(C) 1.440,00
(D) 1.600,00
(E) 3.240,00

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Resolução

Esta questão é muito mais de matemática que de contabilidade. Veja:

Imposto de Renda = 15% x Base de Cálculo do IR ⇒


⇒ 2.400 = 15% x Base de Cálculo do IR ⇒
⇒ Base de Cálculo do IR = 2.400/0,15 = 16.000

Base de Cálculo da CSLL = Base de Cálculo do IR (de acordo com a questão):


CSLL = 9% x Base de Cálculo da CSLL ⇒
⇒ CSLL = 9% x 16.000 = 1.440
GABARITO: C

73.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) O Livro de Apuração do


Lucro Real – LALUR, compõe-se de duas partes: A e B. Em relação a esta
estrutura, é correto afirmar que:

(A) na parte A, está o controle do resultado operacional e na parte B o do não


operacional, que devem ser apurados pelas empresas.
(B) na parte A, são apresentados os ajustes efetuados pela legislação fiscal,
para transformar o resultado apurado, na contabilidade, no resultado exigido
pelo fisco.
(C) na parte A, deve ser apresentado o valor pago de IR e eventuais créditos
tributários por pagamentos efetuados a maior.
(D) na parte B, são controladas todas as adições e exclusões definitivas, além
dos prejuízos fiscais não compensados.
(E) as duas partes se complementam, sendo a parte A para registro das
apurações mensais em bases estimadas e a parte B para apuração anual
definitiva.

Resolução

Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR:

Parte A: são apresentados os ajustes efetuados pela legislação fiscal,


para transformar o resultado apurado, na contabilidade, no resultado
exigido pelo fisco.

Parte B: são registrados todos os valores que poderão ser excluídos ou


deverão ser adicionados nos períodos posteriores.
GABARITO: B

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74.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) Uma empresa possui
saldo de prejuízos fiscais de R$ 1.000,00, registrados na parte B do LALUR e
apresenta, no ano, um lucro antes do Imposto de Renda de R$ 3.000,00,
incluindo resultado positivo de participação em controladas e coligadas
(equivalência patrimonial), no valor de R$ 200,00. Sendo assim, o Imposto de
Renda (alíquota de 15%), em reais, atendendo às regras da legislação fiscal,
será:

(A) 270,00
(B) 294,00
(C) 300,00
(D) 315,00
(E) 375,00

Resolução

Lucro Real = LAIR + Adições – Exclusões – Compensações


LAIR = Lucro Antes do Imposto de Renda

Prejuízos Fiscais = R$ 1.000,00 (parte B do LALUR)

No ano:
Lucro antes do Imposto de Renda = R$ 3.000,00
Ganho de Equivalência Patrimonial = R$ 200,00.
Imposto de Renda = 15%

Apuração do Lucro Real:


Lucro antes do Imposto de Renda 3.000,00
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial (não tributável) (200,00)
Lucro Ajustado 2.800,00
(-) Compensação de Prejuízos = 30% x 2.800 (840,00)
Lucro Real 1.960,00
IR = 15% x 1.960 = 294
GABARITO: B

75.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) Determinada empresa


industrial vende mercadorias a prazo para uma empresa comercial, por R$
1.500,00, mais R$ 100,00 de frete, com desconto de R$ 50,00, caso o
pagamento se realize em até 30 dias. Sabendo que a alíquota de ICMS é de
20% e que a empresa industrial não possui créditos do imposto, o ICMS devido
nesta operação, em reais, será:

(A) 290,00
(B) 300,00
(C) 310,00
(D) 320,00
(E) 330,00

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Resolução

Não há créditos de ICMS, ou seja, não há ICMS a Recuperar.

Venda de Mercadorias a Prazo = R$ 1.500,00

Frete =R$ 100,00 (é uma despesa operacional)

Desconto = R$ 50,00, caso o pagamento se realize em até 30 dias (desconto


condicional). Cuidado, pois o desconto condicional não é dedução de vendas e
sim uma despesa operacional

Como o frete é fornecido pela própria empresa industrial, também consta da


nota fiscal. Portanto, a base de cálculo do ICMS será:

Base de Cálculo do ICMS = Valor da Venda + Frete ⇒


⇒ Base de Cálculo do ICMS = 1.500 + 100 = 1.600
ICMS Devido = 20% x 1.600 = 320 (pois não há ICMS a Recuperar)
GABARITO: D

76.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio-Adaptada) O
Supermercado Capixaba é uma empresa que fez a opção, em 2005, pelo lucro
presumido. Em janeiro, adquiriu R$ 200.000,00 em mercadorias, além de ter
R$ 100.000,00 de estoque inicial. A receita de revenda de mercadorias montou
R$ 410.000,00 no mês, com o supermercado. Sabendo-se que a alíquota da
COFINS é de 7,6% para o método não cumulativo e de 3% para o método
cumulativo, a COFINS devida pelo Supermercado Capixaba, em reais,
referente ao mês de janeiro de 2005, será:

(A) 7.600,00
(B) 8.360,00
(C) 12.000,00
(D) 12.300,00
(E) 14.950,00

Resolução

Lucro Presumido
Estoque Inicial = R$ 100.000,00
Compras = R$ 200.000,00
Receita de Vendas = R$ 410.000,00
COFINS = 7,6% (método não cumulativo)
COFINS = 3% (método cumulativo)

O método não cumulativo somente é utilizado para empresas tributadas pelo


lucro real. Como a empresa é optante do lucro presumido, deve-se adotar a
alíquota de 3% para COFINS.

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Base de Cálculo da COFINS = Receita de Vendas ⇒
⇒ Base de Cálculo da COFINS = 410.000

COFINS = 3% x 410.000 = R$ 12.300,00


GABARITO: D

77.(Contador Pleno-Petrobras-2005-Cesgranrio) Analise as afirmações a


seguir em relação às formas de tributação sobre o lucro.

I - Uma empresa com receita total no valor de 50 milhões de reais, em 2004,


sendo 5% oriunda de resultado positivo, com participação em controladas,
será obrigada a utilizar, em 2005, o lucro real como forma de tributação sobre
o lucro, estando impedida de utilizar o lucro presumido em 2005, mesmo que a
receita total fique abaixo de 48 milhões de reais nesse ano.
II - No lucro real, o prejuízo fiscal apurado poderá ser compensado nos anos
seguintes, mas com limitação de 30% da soma algébrica de receitas e
despesas apuradas na contabilidade, sem qualquer ajuste de adições ou
exclusões.
III - A empresa que vender seus produtos ao exterior, ainda que através de
empresa comercial exportadora, estará, automaticamente, obrigada ao lucro
real, qualquer que seja sua receita total no ano anterior.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões):

(A) I
(B) II
(C) I e II
(D) I e III
(E) II e III

Resolução

Análise das alternativas:

I - Uma empresa com receita total no valor de 50 milhões de reais, em 2004,


sendo 5% oriunda de resultado positivo, com participação em controladas,
será obrigada a utilizar, em 2005, o lucro real como forma de tributação sobre
o lucro, estando impedida de utilizar o lucro presumido em 2005, mesmo que a
receita total fique abaixo de 48 milhões de reais nesse ano.

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda:


Art. 246. Estão obrigadas à apuração do lucro real as
pessoas jurídicas (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14):

I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja


superior ao limite de quarenta e oito milhões de reais, ou
proporcional ao número de meses do período, quando
inferior a doze meses;
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II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades
de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito,
empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital


oriundos do exterior;

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de


benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado


pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art.
222;

VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e


contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica,
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

Parágrafo único. As pessoas jurídicas não enquadradas nos incisos


deste artigo poderão apurar seus resultados tributáveis com base
nas disposições deste Subtítulo. A alternativa está CORRETA.

II - No lucro real, o prejuízo fiscal apurado poderá ser compensado nos anos
seguintes, mas com limitação de 30% da soma algébrica de receitas e
despesas apuradas na contabilidade, sem qualquer ajuste de adições ou
exclusões.

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda:


Art. 250. Na determinação do lucro real, poderão ser
excluídos do lucro líquido do período de apuração (Decreto-
Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 3º):

I - os valores cuja dedução seja autorizada por este Decreto e que


não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do
período de apuração;

II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores


incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este
Decreto, não sejam computados no lucro real;

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III - o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração
anteriores, limitada a compensação a trinta por cento do
lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas
neste Decreto, desde que a pessoa jurídica mantenha os
livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal,
comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para
compensação, observado o disposto nos arts. 509 a 515 (Lei
nº 9.065, de 1995, art. 15 e parágrafo único).

Parágrafo único. Também poderão ser excluídos:

a) os rendimentos e ganhos de capital nas transferências de


imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, quando
auferidos pelo desapropriado (CF, art. 184, § 5º);

b) os dividendos anuais mínimos distribuídos pelo Fundo Nacional


de Desenvolvimento (Decreto-Lei nº 2.288, de 1986, art. 5º, e
Decreto-Lei nº 2.383, de 1987, art. 1º);

c) os juros produzidos pelos Bônus do Tesouro Nacional - BTN e


pelas Notas do Tesouro Nacional - NTN, emitidos para troca
voluntária por Bônus da Dívida Externa Brasileira, objeto de
permuta por dívida externa do setor público, registrada no Banco
Central do Brasil, bem assim os referentes aos Bônus emitidos pelo
Banco Central do Brasil, para os fins previstos no art. 8º do
Decreto-Lei nº 1.312, de 15 de fevereiro de 1974, com a redação
dada pelo Decreto-Lei nº 2.105, de 24 de janeiro de 1984 (Lei nº
7.777, de 19 de junho de 1989, arts. 7º e 8º, e Medida Provisória
nº 1.763-64, de 11 de março de 1999, art. 4º);

d) os juros reais produzidos por Notas do Tesouro Nacional - NTN,


emitidas para troca compulsória no âmbito do Programa Nacional
de Privatização - PND, controlados na parte "B" do LALUR, os quais
deverão ser computados na determinação do lucro real no período
do seu recebimento (Lei nº 8.981, de 1995, art. 100);

e) a parcela das perdas adicionadas conforme o disposto no inciso


X do parágrafo único do art. 249, a qual poderá, nos períodos de
apuração subseqüentes, ser excluída do lucro real até o limite
correspondente à diferença positiva entre os ganhos e perdas
decorrentes das operações realizadas nos mercados de renda
variável e operações de swap (Lei nº 8.981, de 1995, art. 76,
§ 5º). A alternativa está INCORRETA.

III - A empresa que vender seus produtos ao exterior, ainda que através de
empresa comercial exportadora, estará, automaticamente, obrigada ao lucro
real, qualquer que seja sua receita total no ano anterior.

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De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda:
Art. 246. Estão obrigadas à apuração do lucro real as
pessoas jurídicas (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14):

(...)

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital


oriundos do exterior;

Contudo, se a empresa vender produtos através de empresa


comercial exportadora, não estará automaticamente obrigada ao
lucro real, dependendo, por conseguinte, de sua receita total no
ano anterior. A alternativa está INCORRETA.
GABARITO: A

Espero que tenha gostado desta aula. Boa sorte na prova!

Bons estudos,

Moraes Junior
moraesjunior@pontodosconcursos.com.br

Bibliografia

Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei n o 11.638/07
e pela MP no 449/08, convertida na Lei no 11.941/09.

Normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). www.cfc.org.br

Normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). www.cvm.gov.br

FIPECAFI, Manual de Contabilidade Societária (aplicável a todas as


sociedades). São Paulo. Editora Atlas. 2010.

MORAES JUNIOR, José Jayme. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro. Elsevier


Editora. 3a Edição. 2011.

TINOCO, João Eduardo Prudência. Contabilidade e Gestão Ambiental. São


Paulo. Editora Atlas. 3a Edição. 2011.

MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE PAULO. Direito Tributário na Constituição


e no STF. 16a Edição. Editora Método. 2011.

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