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OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
Os círculos delimitados por um plano que cruza a esfera terrestre podem ter
diâmetros variados. O maior diâmetro possível que esses círculos podem assumir é
o próprio diâmetro terrestre, e isso ocorre quando o plano imaginário cruza a esfera
terrestre passando pelo seu centro. Nesse caso, temos um círculo máximo,
mostrado na figura 9.3.
Figura 9.3: Um plano hipotético que cruza o a esfera terrestre, definindo um
círculo máximo em sua intersecção.
2.2 Longitude
A Terra realiza uma volta completa em torno do seu eixo a cada 24 horas.
Um observador situado na superfície terrestre percebe uma rotação de toda a
esfera celeste em torno dos polos norte e sul celestes. Com isso, um conjunto de
fenômenos ocorre:
1) os astros no céu nascem e se põem, no horizonte. Isso ocorre porque
somente podemos observar metade da esfera celeste em qualquer
ponto sobre a superfície terrestre. Como a Terra gira de oeste para
leste, com o passar das horas os astros que estavam abaixo do
horizonte oeste sobem e nascem, enquanto que os astros acima do
horizonte leste descem e se põem;
2) os astros no céu descrevem, em 24 horas, círculos sobre a esfera
celeste. O tamanho do círculo depende da distância do astro ao
equador, ou seja, de sua declinação: quanto mais distantes do
equador, menor o círculo que o astro descreve. Além disso, quanto
mais distante do equador estiver situado um observador, maior será
a inclinação do círculo descrito pelos astros no céu;
3) exatamente na metade das 12 horas que separam o nascimento e o
poente de um astro, ele atinge sua máxima altura. No instante em
que ele atinge sua altura máxima, dizemos que ele está realizando a
passagem meridiana;
4) os pontos localizados exatamente sobre os polos celestes nunca
nascem ou se põem. Isso acontece porque os polos estão justamente
sobre o eixo de rotação da esfera celeste e, sendo assim, são os
únicos pontos fixos da esfera. A figura 9.17 mostra uma fotografia de
longa exposição do céu noturno na direção do polo sul celeste. Nessa
fotografia, cada linha curva no céu corresponde ao movimento de
uma estrela durante o tempo de exposição da fotografia. Note que,
quanto mais próximas do polo sul celeste, menos as estrelas se
movimentam;
Figura 9.18: Conforme o Sol se desloca sobre a esfera celeste, mudam as estrelas
que estão encobertas pelo seu disco (representadas por símbolos em vermelho). A
eclíptica é o círculo máximo que o Sol descreve ao longo do ano, no céu. A região
em torno da eclíptica é chamada zodíaco.
Figura 9.21: as fases da lua. Da esquerda para a direita: cheia, minguante, nova e
crescente.
Fonte: www.apstas.com
Uma vez que o mês lunar é de aproximadamente 29,5 dias, podemos dividir
esse período pelo número das fases lunares. Com isso, obtemos pouco mais de 7
dias, ou seja, uma semana. Assim, uma semana corresponde à duração
aproximada de uma das fases da Lua. A Lua retorna à sua fase original a cada
quatro semanas, ou seja, em um mês lunar.
Na fase nova, dizemos que a Lua está em conjunção com o Sol, pois ocupa
aproximadamente a mesma região do céu que o Sol. Na fase cheia, a Lua está em
oposição, pois Sol e Lua se encontram em extremos opostos do céu. Finalmente,
nas fases crescente e minguante, dizemos que a Lua está em quadratura com o
Sol.
7 ESTAÇÕES DO ANO
Figura 9.22: A diferença entre a radiação solar recebida por unidade de área de
superfície em duas regiões distintas da Terra.
Figura 9.24: O plano da órbita da Lua na esfera celeste, nodos e linha dos nodos.
Figura 9.25: Eclipses lunares parcial (esquerda) e total (direita). Perceba que a Lua
assume uma coloração avermelhada.
Fonte: http://www.celestronimages.com/details.php?image_id=2018 (esquerda);
http://www.universetoday.com/81716/total-lunar-eclipse-december-21-2010/
(direita).
Figura 9.26: Eclipses solares parcial (esquerda) e total (direita).
Fonte: http://www.celestronimages.com/details.php?image_id=5660 (esquerda);
http://www.nightskyinfo.com/solar_eclipses/eclipse_nso.jpg (direita).
ATIVIDADES
RESUMO
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
Utilizando essas informações, você pode estimar o raio da Terra. Para isso,
siga os seguintes passos:
1) Usando trigonometria, mostre que o ângulo ߠ entre a posição do Sol ao
meio-dia de Alexandria em relação ao zênite é dado por:
ℎ 10.1
ߠ = atan ൬ ൰,
݈
onde ℎ é a altura do bastão e ݈ é o comprimento da sombra projetada
pelo bastão. Para os dados obtidos, ℎ = 1 m e ݈ = 13 cm, calcule o ângulo
ߠ.
2) Mostre que o ângulo ߠ obtido acima é igual à diferença entre as latitudes
de Siena e Alexandria. Para isso, desenhe um círculo representando o
globo terrestre, localize as cidades de Siena e Alexandria na borda do
círculo e alguns raios de sol, todos paralelos, atingindo a superfície da
Terra.
3) Utilizando trigonometria e aritmética, mostre que a circunferência ݏda
Terra pode ser calculada a partir de ߠ e da distância ݀ entre Siena e
Alexandria pela equação:
2ߨ 10.2
=ݏ ݀
ߠ
Calcule o valor de ݏusando a distância entre Alexandria e Siena
fornecida acima e o valor de ߠ calculado via equação 10.1.
4) Determine o raio da Terra, usando o valor de ݏcalculado via equação
10.2.
Compare o valor que você encontrou para o raio da Terra com a estimativa
moderna do raio médio da Terra, 6371 km. Analise os fatores que podem ter
causado a diferença entre esses valores. Pense em quais seriam as formas
possíveis de melhorar esse experimento, e discuta se essas modificações estariam
ao alcance de Eratóstenes na época.
RESUMO
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
0,366 0,338 0,309 0,184 0,086 -0,049 -0,141 -0,204 -0,090 0,022 05h
0,363 0,278 0,212 0,096 -0,021 -0,121 -0,146 -0,127 -0,005 0,149 06h
0,288 0,182 0,157 0,048 -0,049 -0,133 -0,087 -0,003 0,140 0,308 07h
0,208 0,147 0,080 -0,004 -0,030 -0,051 0,039 0,138 0,304 0,465 08h
0,152 0,119 0,062 0,040 0,047 0,081 0,182 0,289 0,423 0,556 09h
0,120 0,121 0,123 0,141 0,173 0,215 0,324 0,422 0,530 0,594
e às posições relativas da Lua e do Sol.
10h
0,130 0,154 0,183 0,261 0,305 0,350 0,471 0,525 0,560 0,587 11h
partir dos conceitos apresentados na aula 9.
0,159 0,229 0,280 0,379 0,424 0,474 0,558 0,559 0,542 0,495 12h
0,208 0,316 0,411 0,484 0,526 0,544 0,582 0,534 0,460 0,378 13h
Horário local
0,272 0,394 0,480 0,564 0,569 0,557 0,537 0,439 0,323 0,257 14h
0,342 0,440 0,533 0,576 0,533 0,499 0,443 0,308 0,239 0,153 15h
0,365 0,456 0,492 0,530 0,477 0,400 0,332 0,175 0,117 0,110 16h
0,362 0,412 0,412 0,446 0,381 0,283 0,209 0,074 0,061 0,074 17h
0,308 0,313 0,336 0,314 0,270 0,174 0,118 0,014 0,063 0,088 18h
0,221 0,231 0,216 0,233 0,177 0,098 0,065 0,042 0,074 0,114 19h
0,146 0,140 0,141 0,152 0,124 0,078 0,066 0,057 0,098 0,164 20h
0,059 0,059 0,103 0,128 0,122 0,106 0,112 0,103 0,141 0,187 21h
0,002 0,016 0,082 0,140 0,162 0,141 0,153 0,154 0,163 0,197 22h
0,010 0,020 0,102 0,193 0,230 0,216 0,196 0,171 0,167 0,195
aparentes do Sol e da Lua no céu, ou seja, a partir dos conceitos de astronomia de
desses dados, você vai verificar que o ciclo das marés está associado ao mês lunar
Arecibo, em Porto Rico, no intervalo de trinta dias a partir de primeiro de janeiro de
posição. Nesta aula prática, vamos analisar uma tabela de marés e interpretá-la a
23h
26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11
-0,052 0,067 0,221 0,351 0,402 0,379 0,344 0,250 0,151 0,105 0,038 -0,025 -0,009 0,047 0,037 0,038
0,042 0,166 0,318 0,427 0,447 0,377 0,298 0,167 0,051 0,016 -0,006 -0,045 0,007 0,063 0,068 0,112
0,144 0,286 0,446 0,499 0,454 0,330 0,227 0,074 -0,013 -0,048 -0,018 -0,011 0,035 0,126 0,151 0,180
0,301 0,454 0,515 0,479 0,414 0,252 0,156 0,020 -0,067 -0,062 0,034 0,039 0,114 0,184 0,246 0,291
0,405 0,459 0,501 0,440 0,313 0,143 0,050 -0,044 -0,102 -0,036 0,095 0,143 0,197 0,289 0,320 0,337
0,492 0,452 0,453 0,358 0,204 0,050 0,003 -0,050 -0,073 0,028 0,169 0,253 0,300 0,350 0,346 0,371
0,529 0,431 0,373 0,250 0,112 0,029 -0,020 -0,039 0,031 0,141 0,300 0,341 0,379 0,410 0,373 0,354
0,499 0,380 0,299 0,150 0,075 0,000 0,015 0,084 0,169 0,251 0,393 0,435 0,462 0,403 0,365 0,306
0,434 0,251 0,207 0,111 0,063 0,067 0,132 0,256 0,340 0,387 0,483 0,476 0,476 0,402 0,342 0,252
0,327 0,166 0,156 0,091 0,137 0,187 0,251 0,358 0,463 0,503 0,529 0,507 0,444 0,363 0,274 0,186
0,273 0,133 0,162 0,149 0,236 0,302 0,402 0,489 0,559 0,570 0,546 0,447 0,389 0,316 0,208 0,141
0,206 0,144 0,200 0,220 0,347 0,437 0,516 0,591 0,589 0,587 0,501 0,408 0,304 0,232 0,180 0,099
0,177 0,200 0,247 0,335 0,473 0,548 0,620 0,617 0,638 0,543 0,442 0,341 0,265 0,197 0,162 0,110
0,183 0,216 0,363 0,434 0,594 0,631 0,613 0,612 0,577 0,465 0,394 0,270 0,225 0,199 0,190 0,188
0,242 0,312 0,463 0,541 0,647 0,632 0,602 0,547 0,469 0,389 0,316 0,212 0,203 0,224 0,241 0,235
0,295 0,366 0,519 0,580 0,624 0,593 0,502 0,451 0,355 0,292 0,258 0,190 0,202 0,251 0,305 0,305
0,330 0,392 0,506 0,536 0,550 0,483 0,382 0,342 0,271 0,225 0,216 0,184 0,218 0,279 0,339 0,346
0,387 0,441 0,462 0,445 0,433 0,352 0,259 0,211 0,165 0,151 0,222 0,221 0,242 0,285 0,343 0,369
0,356 0,326 0,367 0,330 0,299 0,232 0,184 0,169 0,164 0,198 0,235 0,221 0,238 0,304 0,333 0,338
0,290 0,254 0,245 0,227 0,197 0,169 0,142 0,135 0,164 0,203 0,244 0,222 0,251 0,313 0,290 0,269
0,206 0,137 0,106 0,135 0,154 0,160 0,146 0,185 0,181 0,205 0,270 0,196 0,228 0,249 0,230 0,197
0,121 -0,003 0,015 0,082 0,127 0,188 0,185 0,252 0,208 0,241 0,273 0,223 0,168 0,185 0,172 0,119
0,017 -0,065 -0,006 0,085 0,196 0,250 0,234 0,300 0,254 0,256 0,254 0,150 0,128 0,093 0,107 0,056
-0,045 -0,065 0,027 0,129 0,250 0,305 0,327 0,332 0,249 0,217 0,196 0,100 0,050 0,041 0,053 0,032
-0,022
0,022
0,100
0,224
0,326
0,438
0,495
0,514
0,485
0,401
0,330
0,250
0,208
0,166
0,181
0,190
0,224
0,276
0,299
0,310
0,270
0,201
0,100
0,051
27
-0,018
-0,025
0,011
0,113
0,234
0,362
0,486
0,523
0,582
0,517
0,483
0,401
0,306
0,257
0,205
0,197
0,205
0,239
0,273
0,281
0,272
0,242
0,196
0,107
28
0,032
0,011
0,004
0,057
0,132
0,249
0,371
0,460
0,533
0,565
0,540
0,482
0,410
0,290
0,239
0,215
0,197
0,206
0,227
0,240
0,259
0,246
0,221
0,142
29
-0,027
-0,015
0,087
0,033
0,022
0,098
0,228
0,354
0,448
0,521
0,564
0,528
0,469
0,371
0,297
0,234
0,183
0,175
0,179
0,206
0,227
0,243
0,242
0,213
30
RESUMO
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
A tabela 12.1 fornece uma lista de planetas hipotéticos e suas
características. Você vai elaborar um calendário para cada um desses planetas,
utilizando os ciclos e especificações descritos na tabela.
RESUMO
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
1 UA = 149.597.870,7 km 13.1
2.2 O parsec
1 pc = 31 × 10ଵଶ km 13.2
2.3 O ano-luz
1 ly = 9.460.730.472.580,8 km 13.3
3 PARALAXE
(c) (d)
(e)
ݎ
݀= 13.3
senሺpሻ
4 MOVIMENTO PRÓPRIO
(b)
Figura 13.3: Mapa de uma região do céu noturno (a) e as constelações que
ocupam essa região (b). As estrelas são representadas por pontos pretos. Note
que toda a região está dividida entre as diferentes constelações.
Fonte: Google Earth.
5.2 O Zodíaco
Cruzeiro (Crux)
O Cruzeiro, ou Cruzeiro do Sul, é uma das constelações mais significativas do
hemisfério sul celeste. É uma das poucas constelações em que se pode
compreender de imediato a razão da escolha do seu nome: as estrelas mais
brilhantes dessa constelação formam uma cruz quase perfeita. Além disso, seu eixo
mais longo aponta aproximadamente para o polo celeste sul, o que é um auxílio na
sua localização.
Centauro (Centaurus)
A constelação do Centauro se situa no hemisfério celeste sul, e circunda a
constelação do Cruzeiro. Suas duas estrelas mais brilhantes são facilmente
identificáveis e apontam na direção do Cruzeiro. É na constelação do Centauro que
se localiza a estrela mais próxima do Sol já detectada, Proxima Centauri, na mesma
direção da estrela α Centauri.
Escorpião (Scorpius)
A constelação de Escorpião é uma das mais belas do céu. Rica em estrelas
brilhantes e outros objetos astronômicos, é uma das constelações zodiacais e é
facilmente reconhecível pelo formato espiral de uma de suas extremidades – a
“cauda” do escorpião. Além disso, abriga a estrela Antares, de coloração
avermelhada, cujo nome significa “rival de Marte”.
Figura 13.12: A constelação de Escorpião.
Fonte: União Astronômica Internacional – www.iau.org
Orion (Órion)
A constelação de Órion abriga algumas das maiores curiosidades do céu. A região
de formação de estrelas mais próxima da Terra se situa em Órion. Na mitologia
grega, Órion era um caçador, colocado no céu por Zeus na forma de constelação
depois de sua morte, provocada pela picada de um escorpião. Assim, a constelação
de Órion se encontra no extremo oposto do céu em relação à constelação de
Escorpião, como se Órion fugisse dele, no céu. O cinturão de Órion é formado pelas
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, as “Três Marias” como são chamadas
popularmente.
Figura 13.13: A constelação de Órion.
Fonte: União Astronômica Internacional – www.iau.org
Touro (Taurus)
A constelação do Touro é notável por possuir dois aglomerados de estrelas: as
Plêiades e as Híades. Ambos são vistos como pequenos enxames de estrelas,
visíveis a olho nu. O que torna os aglomerados de estrelas tão especiais é que,
nesse caso, as estrelas estão realmente próximas umas das outras no espaço. O
Touro é uma constelação zodiacal do hemisfério norte.
Figura 13.14: A constelação de Touro.
Fonte: União Astronômica Internacional – www.iau.org
Sagitário (Sagittarius)
A constelação de Sagitário é zodiacal e se localiza no hemisfério sul celeste. Assim
como Escorpião, possui diversas estrelas brilhantes e objetos astronômicos
interessantes. Sagitário abriga, porém, algo único: é na direção de Sagitário que se
localiza o centro da nossa galáxia.
Figura 13.15: A constelação de Sagitário.
Fonte: União Astronômica Internacional – www.iau.org
ATIVIDADES
RESUMO
RIDPATH, Ian. Guia ilustrado Zahar Astronomia. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2008.
ROY, A. E.; CLARKE, D. Astronomy: principles and practice. 4.ed. Bristol: Institute
of Physics Publishing, 2003.
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
A tabela 14.1 nos fornece a ascensão reta do Sol e de Marte em dez datas
distintas. Os valores da ascensão reta estão em graus, diferente do padrão que é
representar a ascensão reta em unidades de tempo. As posições do Sol e de Marte
em um dia qualquer permitem somente dizer a direção em que Marte se encontra,
mas não sua distância e, consequentemente, nada nos informa sobre sua órbita.
Tabela 14.1: A ascensão reta do Sol e de Marte medidos para dez datas
diferentes. Dados obtidos por Tycho Brahe e publicados por Kepler em
Astronomia Nova.
Porém, usando o fato de que Marte leva aproximadamente 687 dias para dar
uma volta completa em torno do Sol (o que já era conhecido em 1609, data da
publicação do Astronomia Nova, de Kepler), quando observamos Marte em duas
datas distintas separadas por um intervalo de 687 dias, estamos observando-o no
mesmo ponto de sua órbita – mesmo que a Terra esteja em pontos diferentes de
sua própria órbita nessas duas datas. Assim, podemos observar o efeito da
paralaxe em Marte e utilizar esse efeito para determinar sua distância.
Observe que, na tabela 14.1, cada par de linhas se refere a observações em
dias separados por aproximadamente 687 dias. Isso significa que cada par de
linhas contém observações de Marte quando ele se encontra no mesmo ponto de
sua trajetória. Conhecendo a direção em que Marte se encontra no céu em cada
uma dessas datas, o que é fornecido na tabela, e sabendo que essas duas direções
se encontram em um ponto sobre a órbita de Marte, podemos determinar
exatamente onde Marte se encontrava em relação à Terra e ao Sol. As dez linhas
da tabela nos fornecem, assim, cinco pontos da órbita de Marte. Com esses cinco
pontos, podemos traçar sua órbita em relação ao Sol e verificar seu formato e sua
escala em relação à da Terra.
Para isso, siga os seguintes passos:
1) A partir da segunda coluna da tabela (a ascensão reta do Sol), calcule o
ângulo ߠ் que a Terra faz com o ponto vernal, do ponto de vista do Sol,
para cada uma das datas mostradas na tabela. Esse ângulo é chamado
longitude heliocêntrica, e ele será necessário para que sejamos capazes
de representar a posição da Terra conforme se move em sua órbita. A
longitude heliocêntrica ߠ் da Terra se relaciona com a ascensão reta ߙ⊙
do Sol por:
ߠ் = 180 − ߙ⊙ 14.1
Se o resultado dessa operação for negativo, deve-se adicionar 360º ao
resultado.
2) A figura 14.1 mostra a posição do Sol e a órbita da Terra (que, para
nossos propósitos, será considerada aproximadamente circular). Ainda
na figura 14.1, é indicada a direção do ponto vernal. Sobre essa figura,
no círculo que indica a órbita da Terra, marque a posição da Terra em
cada data da tabela 14.1. Para isso, use a longitude heliocêntrica obtida
com a equação 14.1. O valor da longitude heliocêntrica será igual ao
ângulo em que a Terra se encontra, em relação ao ponto vernal, a partir
do Sol. Use um transferidor para marcar o ângulo ߠ் ou, se quiser, use
as linhas radiais pontilhadas que estão na figura para marcar a posição
da Terra. Cada linha radial está separada das vizinhas por 5º.
3) Para cada uma das posições ocupadas pela Terra, que você já marcou na
figura 14.1, determine a direção em que Marte se encontra em relação à
Terra. Essa direção é igual ao valor da ascensão reta de Marte, fornecido
na terceira coluna da tabela 14.1. Determine a direção de Marte usando
um transferidor, e faça uma linha reta longa (de uns 5 cm de
comprimento) partindo da Terra e seguindo nessa direção.
Após traçar as retas solicitadas sobre a figura 14.1, você vai perceber que as
duas retas produzidas em cada par de linhas da tabela 14.1 se cruzam em um
ponto. Cada um desses cinco pontos indica a posição ocupada por Marte nas duas
datas. Tente traçar um círculo passando por esses cinco pontos de intersecção.
Você verá que é difícil fazer um círculo passar por todos os pontos
simultaneamente. Agora, tente traçar uma elipse sobre os pontos e perceba que
essa tarefa é mais simples. Note, também, que a distância de Marte ao Sol muda
sensivelmente ao longo do tempo, mais uma indicação de que sua órbita não é um
círculo centrado no Sol.
Figura 14.1: Esquema da órbita da Terra em torno do Sol. Sobre essa figura, você
deve traçar a órbita de Marte, usando os dados da tabela 14.1.
RESUMO
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA E ANÁLISE
As figuras de 15.1 a 15.4 mostram imagens simuladas de trechos do céu no
sul da Bahia, em diferentes datas e horários. Você pode observar nessas imagens
simuladas as estrelas e planetas marcados como pontos pretos, além da linha do
horizonte local. Baseando-se somente nos padrões da distribuição das estrelas
nessas imagens, você deverá identificar pelo menos duas constelações em cada
uma das imagens.
Quando tiver concluído essa identificação, analise os seguintes pontos:
a) Quais foram, em cada caso, as pistas que o levaram a identificar as
constelações?
b) As cartas celestes de fato conseguem reproduzir a forma das
constelações, ou as imagens estão distorcidas de alguma forma?
c) Se você estivesse fazendo essa atividade usando o céu real, no que você
esperaria encontrar diferenças? Em que situação você acha que seria
mais fácil identificar as constelações?
d) Em alguma das imagens, você identificou algum planeta? A presença do
planeta no céu afetou de que forma a identificação das constelações
subjacentes?
e) Com base nas constelações que você identificou, você consegue ter uma
ideia de onde se localizam o equador celeste, o ponto vernal, a eclíptica
e os polos celestes sul e norte?
Figura 15.1: Trecho do céu visto do sul da Bahia em uma data e horário
específicos. Criado com o simulador Stellarium.
Figura 15.2: Trecho do céu visto do sul da Bahia em uma data e horário
específicos. Criado com o simulador Stellarium.
Figura 15.3: Trecho do céu visto do sul da Bahia em uma data e horário
específicos. Criado com o simulador Stellarium.
Figura 15.4: Trecho do céu visto do sul da Bahia em uma data e horário
específicos. Criado com o simulador Stellarium.
RESUMO
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA E ANÁLISE