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Há uns dez anos atrás, convidei Raul Breves para ministrar aulas no CEATA. Era
um engenheiro eletrônico que resolveu pesquisar a Acupuntura depois de ver as
medições Ryodoraku, obtidas com seu instrumento Acuspointer, e estava ainda
meio cético em relação às técnicas diagnósticas não eletrônicas.
Imperador Amarelo: Como aumentar os efeitos das agulhas e moxas, desejo ouvir
mais a respeito!
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CONBRAC, ABREFLOR, ABRAPHYTO, ABRAD, ABTK, SATOSP, SINATEN, UNITEN,
CONAT, CONBRAMASSO e COSMOTRON. Especialista em Cirurgia Vascular, Radiologia
Intervencionista, Medicina do Trabalho e Administração Hospitalar; dois Prêmios
Ignatz Von Peczely de Pioneirismo em Iridologia da AMI em 1998 e em 2009; Prêmio
Acupunturista Notável pela AFA Brasil em 2009; Membro Honorário da ABA e da ABACO;
Presidente Emérito do SATOSP.
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SUMÁRIO
Prefácio 09
Introdução 15
Capítulo Um 19
Capítulo Dois 27
Capítulo Três 33
Capítulo Quatro 37
Capítulo Cinco 43
Capítulo Seis 47
Capítulo Sete 55
Capítulo Oito 61
Capítulo Nove 65
Capítulo Dez 69
Capítulo Onze 77
Capítulo Doze 81
Sobre o Autor 95
INTRODUÇÃO
Não é de hoje que se sabe que o segredo da acupuntura não está na agulha...
Nesse aspecto, quem coloca um Cristal Radiônico num ponto qualquer nota que
a intenção induzida no mesmo pretende o equilíbrio do paciente com o micro
e macrocosmos, ou seja, harmonizá-lo consigo mesmo, com sua família, com a
sociedade e com seu destino.
A humanidade precisa urgentemente resgatar esse bem, que, muito mais que
uma modalidade de re-equilíbrio, ensina-nos a repensar e compreender a vida
como um processo de aprendizado e aprimoramento individual e social. Daí a
força por detrás deles, aqui denominada por Terapia do Bem.
Se, no final da leitura do livro, você desejar saber mais há muito material na
Internet. Há vídeos, arquivos, informações sobre cursos... Mas CUIDADO! Procure
entrar no site oficial da Terapia do Bem: www.abrateb.com.br
Já somos um grupo. Venha se unir a nós.
14/02/2010
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Raul de Moraes Breves Sobrinho
* Por Acupuntura Tradicional é bom ressaltar que me refiro às raízes primeiras desse bem milenar.
* Radiônica é uma técnica que, através de equipamentos, nos fornece aptidões paranormais..
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CAPÍTULO UM
- As pessoas estão cada vez mais alienadas! - Arthur observava para si.
- Como é que pode? - Continuava distante e divagava seus pensamentos.
- Acorda, Arthur! - José reclamou.
- Você chamou? - Ele respondeu como que saindo de um transe.
- Faz meia hora que tento falar com você! - Exagerou o amigo. - Preciso
saber se você vai ou não vai conosco na palestra...
- É claro que sim! - Ratificou. - Que hora começa mesmo?
- Às 20h, antes vamos nos reunir. - Orientou. - Sairemos todos juntos.
Para iniciar essa história, é bom voltarmos no tempo. Arthur era um jovem
que cresceu interessado pelo conhecimento. Talvez pelo fato de que sempre lhe
tagarelavam: Estude! Se você não estudar, nunca será alguém! O estudo dignifica
o homem!
Tais conselhos fizeram com que se esforçasse nos livros. Alicerçado pelos seus
pais, caminhou assim até os 16 anos quando estes se divorciaram e ele teve que
buscar seu próprio sustento. Segundo confidências, naquela época, seus objetivos
pareciam não ter mais sentido. Mas como tudo nessa vida passa, depois de um
tempo, incentivado por José, um de seus raros amigos, aos 18 anos, mudou-se
para Boigi, cidade próxima de São Paulo, para estudar arquitetura e trabalhar na
marcenaria dele e de Poleto.
Terminado o expediente, foi até sua pensão, tomou um banho ligeiro, trocou-
se, jantou e, num piscar de olhos, dirigiu-se ao ponto de encontro: a padaria
Nossa Senhora Terezinha. Ela ficava em frente da carpintaria e era praticamente
uma extensão do ambiente de serviço. Lá, acomodou-se em uma das mesinhas e
pediu um refrigerante. E eis que, passando pela rua, surgiu seu colega de quarto e
faculdade.
- Percival! - Convidou Arthur. - Não quer tomar algo?
Mediante a gratuidade do convite, ele achegou-se, sentou-se caprichosamente
ao lado, e começou a confidenciar-lhe as novidades.
- Rapaz... Tem horas que a gente se desespera!
- Como assim, Percival? - O colega não entendeu.
- Ontem eu estive no aniversário do Antônio, em Jacarezinho, lembra-se?
- Sim! Você nos avisou.
- Daí, como a festa terminou tarde, seus pais nos convenceram a dormir por
lá. No total, ficamos em cinco espalhados pela casa. Até aí tudo bem, mas quando
eu estava no segundo ronco, lá pelas tantas da madrugada, acordamos ouvindo
muitos tiros na rua. Várias pessoas foram assassinadas! Como é que pode existir
tanta violência? - Ele indignou-se.
- Nossa! - Arthur sensibilizou-se.
- Na hora, ficamos todos rezando! - Reforçou o colega, ainda assustado...
José chegou na maior alegria e sentou-se ao lado.
- Percival! Você também vai conosco na palestra? - Imaginou.
- Ainda estou em dúvida...
- Tenho certeza de que vale a pena. O Rodrigão conhece muita gente
interessante... Vamos! - José incentivou. - Ou será que no seu dia-a-dia só existe
tempo para namoricos?
- E tem coisa melhor? - Ele começou a se descontrair.
- Pois a Paulinha também estará presente... - Ele lembrou.
- Hummm... - O rapaz entusiasmou-se. - Vou aproveitar que ela está me
paquerando e ensinarei o Arthur como é que ele tem que fazer para arrumar
namorada...
E riram.
- Traga mais um refrigerante! - José pediu ao balconista. - A conversa está
ficando boa...
E enquanto Percival e José papeavam, este logo notou que Arthur pôs-se a
divagar.
- Arthur! Viajando de novo?
- Fiquei impressionado com o tiroteio que o Percival presenciou...
- Estava inclusive tentando entender como é que pode haver tantos
problemas sociais.
- É melhor não esquentar a cabeça! - José observou. - Os problemas de hoje
se tornaram um buraco sem fundo...
E desconversaram.
O dia já estava terminando. Na praça ao lado, ouviam-se a algazarra dos
pássaros se recolhendo. As luzes da cidade se misturavam com os últimos clarões
da tarde. Os carros ligavam suas lanternas. O frio úmido, característico da cidade,
fazia-se presente. E a turma se apressou. Pagaram a conta e formaram uma fila
indiana, pois era impossível andar lado a lado nas centenárias calçadas de Boigi.
Seguiram pela Rua Santa Cecília e, em passos ligeiros, depois de algumas quadras,
subiram a escada de acesso ao Colégio Aliança. O diretor cedeu-lhes uma sala
para as palestras. O Rodrigão estava na porta.
O Sr. Rodrigo, vulgo Rodrigão, era um senhor de meia-idade. Ele, além de
líder nato, era um sério pesquisador da natureza humana. Era impressionante o
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seu conhecimento geral. Para ele, a vida era a maior de todas as universidades
e, por isso, rebelava-se contra o ensino convencional. Reunir os amigos para
palestras sempre foi um de seus maiores prazeres. Nesse dia, o público se resumia
a cinco senhoras com algumas crias, a Paulinha com sua prima, mais a turma do
José.
O local era uma típica sala de aulas. Bem iluminada, cheia de cadeiras,
com boa ventilação, uma mesa e um costumeiro quadro negro. Quando se
acomodaram, no seu devido tempo, Rodrigão inspirou-se, colocou-se de frente
para todos e fez uma preleção:
- Meu coração se enche de alegria neste momento. Sinto-me mergulhado
num tênue sentimento de harmonia. Harmonia é o termo exato para descrever tal
estado de consciência no qual nossa percepção do mundo se expande como se
estivéssemos subindo uma montanha, vislumbrando a paisagem que se descortina
bela e insofismável. Saibam que, no exato instante em que abro o início deste
trabalho, fico a imaginá-los como amigos, lado a lado, tendo a mesma percepção
de agora…
- Estamos aqui reunidos para dialogar sobre vários temas. Neles, além
de descobrirem que existe uma enorme ignorância das leis que regem nossa
mente, conhecerão também nossa proposta de solução para os vários problemas
que atormentam vossas vidas. Creiam-me, por conta dessa ignorância é que,
coletivamente, nossos problemas são muitos. Poucos ainda creem ou têm fé em
alguma coisa. Esgotam-se as reservas de petróleo. Há um aumento gigantesco da
população e, devido a isso, teme-se a falta de alimentos. A poluição ambiental
está diminuindo as reservas de água potável. As doenças tecnológicas crônicas
proliferam. A automatização das linhas de produção tira o emprego de milhões...
Depois fez uma pausa para observar a atenção do grupo...
- Conta-se que, certo dia, houve um incêndio na mata. E, no meio daquele
tumulto, com todos os animais fugindo para se protegerem, percebia-se um
beija-flor lutando sozinho para apagá-lo. O tempo todo ele voava de lá para cá a
despejar algumas gotas d´água no fogaréu. Todos que o viam trabalhando riam e
aconselham-no a se abrigar.
- Para com isso! Isso é perda de tempo! - Era o que ele mais ouvia...
No momento em que ele pousou para descansar, um jaboti insistiu:
- Por que você está teimando com essa atitude? Não vê que todos estão
caçoando de você? Que você nunca vai conseguir apagar esse fogo?
Ao que ele, ainda resfolegando, respondeu:
- Eu estou apenas fazendo a minha parte... - E voltou a tentar.
- Com essa história, deixo claro que ao falarmos de uma saída para vossos
problemas que a solução deve partir de vocês mesmos. Isso porque o homem
que se desconhece, por forças das circunstâncias ou não, é quem desrespeita
muitos princípios básicos para um bem-estar pessoal e coletivo. Daí é, com muito
orgulho, que apresento-lhes o Sr. Carlos. Em suas palavras, vocês se fortalecerão
nessa verdade. Tenho certeza absoluta de que nas palestras que se iniciam ele lhes
ensinará antídotos para uma vida melhor. Espero, sinceramente, que aproveitem
ao máximo sua presença. Por favor, deem as boas vindas para ele. - E apresentou-
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lhes o amigo e mestre.
O palestrante aparentava uns 60 anos, seus cabelos denunciavam a idade da
prata. Tinha uma aparência serena, vestia-se de forma simples e logo começou:
- Muito obrigado pelas presenças e, principalmente, ao companheiro Rodrigão
que nos criou esta oportunidade. É sempre um prazer poder passar um pouco dos
conhecimentos que adquirimos. Meu nome é Carlos Antero, também conhecido
como Cacá. Sou igual a todos, um passageiro deste grande e misterioso barco
que é a vida. Como foi adiantado, longe de querermos resolver os problemas
dos outros, entendam que fazemos parte de um grupo unicamente mobilizado
em mostrar que somente o conhecimento de nós mesmos possui o poder da
verdadeira libertação humana. Obras de caridade, agasalhos, comida... Tornam-se
obras superficiais daqueles que ostentam o poder, quando eles não priorizam dar
uma cultura correta para o povo.
- Compreendam também que, para entenderem nosso trabalho, primeiro
precisamos discutir diferentes matérias... Daí iremos contar-lhes coisas antigas
com uma linguagem moderna na tentativa de lhes fornecer peças de um quebra-
cabeças que, somadas, permitirão antídotos para suportar as tempestades que
volta e meia nos assolam. Quem caminhar conosco entenderá melhor essas
palavras iniciais. - Prometeu. - Aviso que a qualquer momento que precisarem
interromper com perguntas, que o façam. Fiquem à vontade.
Andou para o lado e prosseguiu...
- O tema de hoje será sobre o objetivo da vida... - E escreveu no quadro
negro: Qual é o objetivo da vida? - Depois, voltou-se novamente para os ouvintes.
- Preciso de três voluntários! - Escolheu uma criança, uma jovem e uma
senhora, colocando-as lado a lado, e uma a uma dirigiu-lhes a palavra:
- Como é que se chama, menina?
- Patrícia...
- Quantos anos têm?
- 7 anos.
- E você minha jovem? - Dirigiu-se à moça. Diga seu nome e idade.
- Paula... Tenho 27 anos.
- E a senhora? Por favor, qual é seu nome e idade?
- Maria do Carmo, 75 anos.
Depois das apresentações, prosseguiu:
- Pessoal, a vida é uma escola. E estamos diante de três fases dela: Juventude,
mocidade e velhice. O objetivo, ao pedir para a Patrícia, a Paula e a dona Maria
virem aqui na frente, é lembrá-los de que a vida se resume a um ciclo inevitável.
Tal como a luz do sol nasce e se põe no final do dia, nós nascemos e caminhamos
para o inevitável - filosofou. - E eis o caminho: Depois do nascimento, passamos
pela juventude, mocidade e velhice. - Repetiu.
- Pelas idades, obviamente, a Dona Maria tem muito mais tempo de vida em
comparação com a Paula e a Patrícia. Já a Paula possui mais anos em relação a
Patrícia. E a Patrícia tem toda uma vida pela frente.
- Mas tem um detalhe! - Ressaltou: - Nossa mente está em processo de
constante evolução. Daí, em todas as fases de nossa existência, precisamos vigiar
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nossos valores, rejeitando aqueles que nos impedem de ter uma vida melhor. -
Agradeceu às três e pediu para se sentarem e prosseguiu o estudo, contando-lhes
uma história:
A HISTÓRIA DO SAPO
Era uma vez uma família de sapos que morava num poço abandonado.
Ele era escuro e fundo e os isolava do mundo exterior. Lá todos os costumes e
conceitos eram limitados pelo ambiente, mas, apesar disto, todos viviam bem.
Havia problemas, é lógico, pois eles representavam uma família comum no dia-
a-dia. Assim, todo o conhecimento existente passava de geração para geração e a
vida transcorria normalmente.
Um dia nasceu um sapinho muito curioso, sempre desejoso de conhecer mais
e mais. E... Quando, numa bela noite, ele olhou para cima e viu uma estrela,
aquilo o fascinou! O que será aquilo? Perguntou-se a si mesmo... Questionando
os mais velhos e mais experientes, cada um dizia uma coisa diferente e pior, nem
havia o menor interesse em saber mais a respeito. O tédio era geral! Ninguém
o incentivava. Aconselhavam-no a não perder tempo com aquilo. Que devia se
preocupar em arrumar sua vida. Enfim, que havia coisas mais importantes.
Colocavam mil e uma objeções. Todos estavam habituados a morar no fundo do
poço e não havia o menor interesse em mudar seus conceitos e enriquecer suas
vidas. A vida material era mais importante, desprezava-se o mundo do saber.
Mas nada daquilo o afetava. Ele sonhava acordado e passava noites adentro
fitando a estrela. Tanto que estava fascinado e desejava ardentemente descobrir o
mistério que a envolvia. E, assim, foi por muito tempo. Até que... Numa noite de
chuva intensa, como nunca se viu, o poço começou a se encher. E foi quando o
sapinho, num salto fabuloso, teve a oportunidade de pular para fora...
Que maravilha! Havia árvores, pássaros a cantar, o calor do sol, a brisa
suave e muitas flores. Notou que o mundo era imenso e rico de novas informações.
Foi grande a sua satisfação. A sua noção de mundo se expandiu!
Depois de um tempo, satisfeita a sua curiosidade, lembrando-se de sua
família com muitas saudades, resolveu voltar para contar-lhes as boas novas.
Dizer-lhes que fora do poço havia um outro mundo.
E pluft...
Todos ficaram contentes com o seu regresso. Entretanto, quando o sapinho
começou a contar-lhes as boas novas, que o mundo era diferente do que estavam
acostumados a ver e que era necessário reformular alguns conceitos de vida,
começaram a caçoar e a chamá-lo de mentiroso.
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- O que o Sr. Carlos está querendo dizer? - Iniciou Percival...
- No mínimo, quer dizer que temos muito a aprender! - Arthur adiantou-se...
- Viu, Percival, você precisa sair do poço! - Provocou José.
- Ainda prefiro ficar por aqui. Não vejo vantagens lá fora. Lá fora só tem
formigas, passarinhos e borboletas. Vai lá pra fora, vai! Vai lá comer mosquito
que eu prefiro ficar com a mulherada. - Percival sorriu.
- Xi! Eu acho que você se deu mal nessa, José! - Arthur observou.
Paulinha estava num canto conversando com sua prima. Como eram belas!
É interessante como a natureza conspira. Tal como uma flor que se abre viçosa,
atraindo a abelha, a mulher enfeitiça e prende a alma masculina. Percival se
dirigiu a elas.
- Já tomaram um cafezinho?
- Ainda não! - Observaram.
- Vamos então... - Convidou indicando o caminho.
No percurso, Percival sorrateiramente afastou Paulinha para um canto.
- Gostaria de te conhecer melhor!
- Você está maluco!
- Podemos nos encontrar mais tarde? - Percival insistiu.
- Está bem! - Ela iluminou-se. - Prometi voltar mais cedo. Ligo para seu
celular daqui a pouco.
E voltaram para o grupo a conversar animosidades. Passado uns 10 minutos
depois que elas se foram, no primeiro repique do telefone, Percival chamou Arthur
para escutar ao fone...
- Não fale meu nome! - Paulinha implorou do outro lado. - Daqui a 5
minutos estarei naquele lugar.
E desligou.
- Aprendeu como se faz? - O amigo observou.
- Eu não tenho tanta coragem. - Confidenciou Arthur. - Não acredito que
haja uma garota disposta a enfrentar as minhas dificuldades.
- Deixa disso, Arthur! O segredo para você arrumar uma namorada é muito
simples. É só você se arrumar bem, olhar elas com respeito, fazendo-se de
sensível, mas meio que malicioso, e estar sempre cantando elas para um encontro.
Quanto às suas dificuldades, não se preocupe, elas também possuem um monte. -
Lembrou.
- Você fala isso como se fosse simples, mas, na hora, eu sempre perco a fala...
- Xiiii! Você está mal mesmo! Depois a gente se fala. - E saiu ligeirinho
Rodrigão, estranhando a rapidez do rapaz, aproximou-se.
- Arthur! Você sabe a razão de tanta pressa? - Especulou.
- Só sei dizer que ele teve um compromisso urgente. - Este acobertou.
- Hummmm… Acho bom voltarmos. - Rodrigão preocupou-se com o horário.
Novamente a postos, o professor deu as últimas orientações.
- Abreviarei a conversa de hoje para lhes dar a seguinte tarefa: reflitam
durante a semana sobre o que falamos. - Ordenou. - A história do sapo demonstra
que o sucesso ou fracasso depende de nossas escolhas. Que, para melhorarmos na
vida, devemos estar atentos aos nossos valores... Mas, muito mais importante que
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estarmos atentos aos nossos valores, é DESEJAR melhorá-los! - Ressaltou. - Na
próxima semana, continuaremos o estudo. - Prometeu.
E se despediram...
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CAPÍTULO DOIS
NO OUTRO DIA...
* * *
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José e Arthur que se maravilharam com a conversa. Num dado instante, Arthur
voltou à questão:
- Mas deve ter algo errado Rodrigão... O que mais se vê são pessoas querendo
levar vantagens umas sobre as outras. Eu acho que a humanidade está é
regredindo. Não vejo muito lucro com tantos problemas sociais!
Rodrigão primeiro tomou seu café, depois respondeu:
- Realmente! Por isso que são importantes as nossas escolhas... Parafraseando
Leonardo Boff, infelizmente a humanidade evoluiu de costas para a natureza
quando deveria fazê-lo de joelhos para ela. Mas chega de perguntas por hoje.
Muito conhecimento agora pode cegá-lo. Na próxima palestra, aprenderá mais um
detalhe para a compreensão do que desejamos. O importante agora é começar
analisar como as pessoas estão em termos de querer sair do poço. Converse e
observe. Faça a sua parte, Arthur, que já estará contribuindo em muito.- Orientou.
- O importante é que apenas o amor inspire nossas ações. - Aconselhou.
- Até que enfim! - José aliviou-se. - Vamos mudar de assunto... Vejam só
quem está chegando! - E indicou o outro lado da calçada. - Olha só que avião!
Uau! Vocês vão ficar perdendo esta visão? Que tal voltarmos para o fundo do
poço?
José se referia à Paulinha, que entrou radiante na padaria. Ela realmente era
um espetáculo da natureza. Uma pintura estonteante! Seus cabelos; seu vestido
acentuando suas curvas; seu perfume; seu sorriso; o brilho dos olhos; enfim, tudo
contribuía para chamar a atenção.
- Vocês viram o Percival? - Ela docemente lhes perguntou.
- Não! - Rodrigão surpreendeu-se.
- Se ele aparecer, pede para ele me procurar...
- É claro! - José suspirou.
E lá se foi ela toda contente.
- Percival... Paulinha... Hummm... Sei não! Será que o rapaz já está de cachos
novos? - Rodrigão especulou.
- Adivinhão! - José respondeu de pronto.
- Hã! Então foi por isto que ele saiu correndo logo depois dela?
- Você não sabe nem a metade. - Este sorriu.
- Éééééé! - Rodrigão admirou-se. - Depois eu quero saber dessa história -
ordenou. - Espero que ele agora sossegue. Na idade dele, se eu conhecesse uma
moça como a Paulinha, não ia querer saber de mais ninguém.
A noite ia se produzindo. As luzes da cidade permitiam visualizar minúsculos
raios de prata. Era o efeito de uma ligeira garoa que se misturava aos fachos de
luz. José e Arthur ainda acompanhavam a silhueta da moça que se afastava mais
e mais.
- Lá vem o Pedro! - José percebeu a presença do colega do outro lado da
calçada.
Ao dizer isto, todas as atenções se dirigiram para o novo integrante que
também se reunira ao grupo. Era um momento mágico de confraternização que se
misturava com mais um final de trabalho.
Depois dos cumprimentos formais, Pedro principiou novo assunto:
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- A vida tem mais mistérios do que julga nossa vã filosofia!
- Por que você diz isto? - Arthur quis saber.
- Fiquei sabendo do pai do Miguel. - Ele explicou.
- Pai do Miguel?! - Arthur quis saber mais.
- Ninguém melhor que ele para explicar. - Pedro indica o colega chegando...
Ao entrar na padaria, Miguel confirmou-lhes que os médicos ainda não
descobriram a doença dele e que seu pai tem muitas dores pelo corpo e que não
pode mais comer qualquer coisa.
- Sério! - Arthur condoeu-se da angústia do colega.
- Tem horas que a vida não é fácil! - Miguel resignou-se. - A princípio, os
remédios ajudavam a aliviar, mas agora eles não funcionam mais. Amanhã, ele
tentará novos exames, mas agora não posso ficar, tenho que ir... Tchau gente!
- Para que tanta pressa! Fica um pouco mais. - Rodrigão quis ajudar. - Toma
pelo menos um cafezinho.
- Fica pra próxima vez! Preciso encontrar minha namorada. - Explicou-se já
se afastando.
- Ah! Entendi. Está certo! Vai com Deus.
Enquanto o colega ia se tornando um vulto, começaram a discutir o
problema.
- Recentemente, conheci a família do Miguel. - Arthur observou. - O Sr.
Manoel sempre foi um homem dinâmico e trabalhador, com uma saúde invejável.
Espero que descubram um remédio. Senão... Cruz credo! Deixa-me tocar na mesa.
- E bateu três vezes, depois completou. - Que raios de vida! Hoje estamos aqui
saudáveis, rindo, mas amanhã... Quem sabe o dia de amanhã?
E despediram-se. Preocupado, Arthur apressou seu passo, ele havia acabado
de sair de um resfriado e não queria pegar outro. Além disto, estava na hora do
jantar.
A PENSÃO
Ela ficava na rua José Bonifácio, esquina com a rua Olavo Bilac, num casarão
antigo, cheio de cômodos. Arthur compartilhava o seu quarto com Pedro e
Percival. A proprietária, dona Cida, uma senhora muito cordata, aceitava apenas
universitários. Ela entrou para o ramo depois que um administrador gatuno a fez
arruinar-se e perder seu hotel em Caraguatatuba. Por conta disso, mudou-se para
Boigi e montou a pensão juntamente com dois funcionários antigos: Dona Maria
e Tizinho. Dona Maria, uma mulata forte e trabalhadeira, era encarregada da
cozinha e da roupa. Tizinho, um mulato meio desajeitado, era o encarregado da
arrumação dos quartos e de servir as refeições diárias.
Rapidamente, ele pegou uma muda de roupas, uma toalha e correu para o
banheiro. Ensaboou-se rápido, enxaguou-se, enxugou-se, vestiu-se, voltou para o
quarto e desceu para o refeitório. O jantar estava sendo posto. O prato da noite
era macarronada. Acompanhava frango mineiro e salada. Pedro e Percival já
estavam à mesa.
- Tizinho! Pode me servir?
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- É claro! - E mais que de pronto, ziguezagueando entre as mesas, trouxe a
mistura.
- O que vocês farão hoje? - Percival especulou aos amigos.Arthur, entre uma
garfada e outra, respondeu:
- Eu e o Pedro trabalharemos naquele projeto.
- Ah! Me esqueci. - Arthur continuou. - A Paulinha procurou você.
- Eu sei! Nós já conversamos.
Saciada a fome, os três se levantaram e foram para o quarto que dava de
frente para a rua. Nele, havia dois beliches, três guarda-roupas pequenos e mesas
individuais para estudo. Nas paredes, entre fotos de mulheres desnudas, viam-se
prateleiras como forma de aproveitar os espaços. Elas eram uma das invenções de
Pedro. Havia de tudo nelas: ferramentas, livros, sapatos, biscoitos, e tudo bem
arrumado. Exigências da dona Cida que só permitiu se mantivessem a limpeza.
Cada um deitou e relaxou.
- Vocês não estão com azia? - Arthur reclamou.
- Eu estou! - Pedro confessou.
- Eu também! - Percival assustou-se.
- É estranho, nós estarmos ao mesmo tempo com o mesmo sintoma. - Arthur
preocupou-se. - Estou desconfiado do molho da macarronada! Toda sexta-feira
tem uma caixa de tomate estragando debaixo da pia. De noite eu já surpreendi as
duas fazendo o molho da semana.
- Xi! E agora? - Pedro enojou-se.
- Que tal reclamarmos? - Arthur sugeriu. - Se elas não melhorarem a
qualidade das refeições, a gente come em outro lugar!
E concordaram.
Para aliviar, tomaram sal de frutas. Percival saiu ligeiro e foi encontrar-se
com a Paulinha. Pedro e Arthur começaram a mexer no projeto. Há seis meses
eles estavam pesquisando materiais para casas populares.
Adaptaram as mesas de estudo para bancadas de desenho e espalharam os
papéis do projeto, e começaram a trabalhar.
- Já pensou, Pedro! Se esta ideia se popularizar ficaremos ricos!
- Pois é, Arthur! Imagine todas as pessoas podendo construir suas casas pela
metade do preço.
E sorriram.
Depois de trabalhar até tarde, preocuparam-se com Percival. Abriram a janela
para ver se o amigo estava chegando. Havia só uma imensa neblina misturando-
se com o silencioso frio da madrugada e dormiram.
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CAPÍTULO TRÊS
A GREVE
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- Que tal comermos uns tempos no restaurante da dona Keiko? - Arthur
sugeriu... - Vamos gastar o triplo do que gastamos aqui, mas saúde não tem
preço!
E se dispersaram. Uma estranha nuvem reflexiva pairava no ambiente.
Tizinho aproveitou a deixa e se encaminhou para seus afazeres domésticos.
Depois de um tempo, Arthur quebrou o silêncio.
- Onde será que a história do sapo se encaixa no que estamos passando?
Espero que elas estejam tão pensativas como nós. - Pediu aos céus.
- Disto eu tenho certeza! - Pedro arrematou. - Inclusive já devem estar
pensando em comprar tomates de melhor qualidade.
- Hummmm... Acho que vocês mataram a charada! - Arthur matutou em voz
alta. - Elas vivem num poço e nós vivemos em outro. Ao que tudo indica, está
havendo um choque de interesses.
E se acalmaram de vez! No silêncio do momento, notavam-se apenas os
movimentos lerdos do ventilador do teto. Vez ou outra se ouvia também os
ruídos surdos dos carros que passavam na frente da janela. Lá pelas 11h30min
acordaram e se encaminharam para a dona Keiko. Na saída da pensão, passando
pelo refeitório, o momento esteve tenso. Na rua, um alívio sem fim.
Percival começou a conversar sobre família.
- Tem notícias dos seus pais, Arthur?
- Faz um bom tempo que não.
- Sério! Você nem telefona? - Assustou-se o amigo.
- Eu não tenho assunto...
- Por quê? - Quiseram saber.
- Sei lá! Eu sinto uma barreira impedindo. Acho que é porque ainda estou
meio atordoado com a separação deles. Não tem um dia que eu não me entristeça
disso!
- Como é seu pai? - Especulou Percival.
- Meu pai é uma pessoa muito amargurada. Quando menino, apanhei muito
dele. Depois que se separou de minha mãe, ficou pior. Por conta disto, até hoje,
não consigo manter um diálogo amigo.
- E sua mãe?
- Se não fosse por ela, a coisa seria pior. Só Deus sabe o esforço dela para
amenizar as coisas.
- Vocês são em quantos irmãos?
- Somos em 5.
- O que você faz nas férias longe da família?
- Eu sempre ocupo o meu tempo. Se não estou trabalhando, estou estudando.
- Você tem ajuda financeira?
- Não! Tudo que ganho dá apenas para pagar a faculdade e a pensão. É uma
luta que só Deus sabe!
Pedro admirou-se:
- Nossa! Você é um herói!
Arthur tentou justificar-se:
- O meu dilema é que cresci com um sonho e acordei para o mundo real.
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Ainda bem que passo todo o meu tempo trabalhando e estudando. Só assim para
não pensar nos problemas.
Diante da espontaneidade do amigo, Percival animou-se...
- Em casa, acontece mais ou menos a mesma coisa. Meu pai tem várias
amantes e minha mãe sofre muito com a situação. Ela só não separou por causa
da fortuna da família. Para meu pai, eu tenho que ser engenheiro como ele. O que
eu quero realmente é estudar música e isso não interessa para ele.
Pedro, aproveitando a deixa, também faz sua confissão.
- Pois eu estou na mesma situação. Eu também preciso me formar para dar
um diploma para a família. Meu pai manda o dinheiro, pensando que eu estou
estudando, mas não tenho o menor tesão no que faço. É uma merda! Quando ele
descobrir que eu estou dependente de três matérias, ele me esgana.
E assim passou o tempo.
* * *
Na manhã seguinte, pelo barulho dos pingos na janela, via-se que o dia não
seria dos mais convidativos. Chovia muito. Arthur trocou-se em silêncio e foi
tomar seu desjejum. Depois, esperou o tempo melhorar... Vendo que ela não dava
tréguas, já preocupado com o horário, abriu seu guarda-chuva, despediu-se de
Tizinho e dona Cida, e foi à luta. Sorte que a carpintaria ficava nas proximidades
da pensão.
No caminho, preocupava-se com tarefas corriqueiras: finalizar alguns móveis,
receber suas comissões, pagar as contas... Enquanto pensava, ia se esgueirando
das poças e postes das estreitas calçadas de Boigi.
- Isto são horas! - José bronqueou com o atraso.
- Nossa, que temporal! Não consegui chegar antes. - Justificou-se este que,
fechando o guarda-chuva, demonstrou estar pronto para o serviço.
- É... O dia promete! - José relaxou.
- Bem que podia melhorar! - Arthur pediu aos céus.
E, rapidamente, organizou-se. Vez ou outra, surgia algum assunto extra para
quebrar a rotina do silêncio. Até que, inexoravelmente, surgiu um momento. E
Arthur, não resistindo, especulou sobre o assunto da próxima reunião.
- O assunto será sobre educação! - Lembrou José - Mas veja se você se
concentra no trabalho senão já viu... Você fica sem grana e nós também -
desconversou.
38
CAPÍTULO QUATRO
INICIANDO A TERAPIA DO BEM
Havia um sábio num determinado país que era respeitadíssimo pela sua
oratória. Ele era muito querido e amado por todos.
Certo dia, o presidente dessa nação pediu-lhe para fazer um discurso para o
povo sobre a importância da educação.
Quando ele, depois de uma breve reflexão, pediu um ano para realizá-la,
todos ficaram indignados da razão de alguém com tamanho poder de oratória
necessitar de tanto tempo para um discurso relativamente simples. Todavia, assim
foi feito. O jeito foi esperar pelo dia marcado.
Depois de um ano, e no dia combinado, montaram um palanque no centro da
praça. Milhares de pessoas vieram assisti-lo.
Na hora pretendida, o sábio surgiu com três gaiolas. Uma continha dois cães
pastores, a outra continha dois gatos selvagens. A terceira estava vazia.
O silêncio se fez presente! Todos estavam atentos.
Num determinado instante, ele ordenou para seus ajudantes que misturassem
um dos cães com um dos gatos selvagens na gaiola vazia. E presenciaram uma
briga de vida e morte.
Em seguida, misturaram o outro cão com o outro gato. O que se viu foi os
dois brincando como se fossem os maiores amigos.
- Compreenderam porque lhes pedi um ano de prazo? - Disse-lhes o sábio. - A
razão foi única e exclusivamente para eu ter um tempo para educar este cão e
este gato selvagem para que os mesmos fossem amigos. Daí a importância da
educação. Sem ela nada seria possível.
PSICOLOGIA MODERNA
40
presença, desde o nascimento, de pulsões sexuais.
Tomou novo fôlego e prosseguiu.
- Estudos modernos comprovam que nossa mente pode ser dividida em
duas partes: mente consciente e mente inconsciente (subconsciente). Nossa
mente consciente é representada pela parte visível de um iceberg. Já, a mente
inconsciente, poderosíssima, seria representada pela parte submersa desse. Sabe-se
hoje que nossa mente consciente consegue lidar com, no máximo, 6 informações
por segundo, sendo a responsável por nos manter ligados ao mundo exterior. Já
nossa mente inconsciente articula, aproximadamente, 1.500.000 de informações
por segundo. Por isso, além da função de memorização, é considerada como a
depositária de todas as nossas experiências. Onde consideram-se os dados mais
importantes aqueles que são gravados até os 5 anos, época em que a qualidade
dessas gravações é tão forte que criam uma tendência comportamental. Isso sem
considerar as informações que registramos ao longo da vida. Afinal estamos em
constante evolução.
Fez uma breve pausa para observar a atenção do grupo e prosseguiu.
- Agora, se considerarmos a existência de uma essência, e que ela deve
governar nossa mente na formação da personalidade, digamos assim, devemos
valorizar tais conceitos, protegendo-a. Caso contrário pode ocorrer um processo
de distorção da personalidade.
41
ENVENENAMENTO MENTAL
42
- Realmente! - Aninha concordou.
- É mesmo! - Observou Paulinha que também se interessou. - Pelo discurso de
hoje, parece que não temos mais saída para tantos problemas sociais.
- Não pensem assim! - O professor discordou. - Julgar desta maneira significa
menosprezar as capacidades humanas. É inegável a necessidade de educar
nossos filhos para viverem em um mundo altamente competitivo. Que tal fazê-lo
permitindo que eles sejam Eles mesmos? - Sugeriu.
E eles se surpreenderam…
- Para o nosso caso, que é o que nos interessa, deixo claro que vivemos
num ambiente tipo Matrix - fez alusão ao primeiro filme da série, - tanto que
em nossos ensinamentos é bom adiantar que não devemos colocar esforços
exclusivamente no impacto das milhões de informações a que estamos sujeitos
hoje. Tal como a luz elimina as trevas, aqui ensinamos que o nosso foco deve
ser depositado na ideia que temos uma essência e que ela precisa se manifestar
dentro de cada um de nós. Daí, se esforcem na ideia que temos uma chama
interior e que Ela precisa brilhar - repetiu. - Foi por isso que desenvolvemos essas
palestras. Agora inclusive estamos preparados para conhecer a primeira etapa
de nosso trabalho. - E mostrou-lhes uma cartela contendo minúsculas esferas de
vidro adesivadas. - Esses Cristais Radiônicos, quando fixados em certos pontos da
orelha, e mesmo no corpo, dentre outras coisas, são excelentes para livrá-los de
pensamentos obsessivos e memórias desagradáveis. Mas, para isso, é necessário
desejar! Entenderam a razão da história do sapo antes dessa etapa do trabalho? É
necessário DESEJAR melhorar vossos comportamentos - reforçou. - Quem vai ser
o primeiro?
- Eu quero! - Dona Maria atenta se antecipou. - Eu tenho uma lembrança que
me perturba há mais de 20 anos.
- A senhora tem certeza que deseja se libertar dessa lembrança? - O professor
especulou.
- É claro! - Ela reforçou...
- Pois fique pensando nela o tempo todo... - Ele pediu.
Dito isso, Sr. Carlos adesivou alguns cristais em sua orelha... Passado alguns
segundos ele especulou:
- Consegue pensar na lembrança desagradável?
- Incrível! Sumiu...
- Até a pouco ela lhe incomodava. E agora? - Ele insistiu...
- É indescritível a sensação. Eu me lembro da cena, mas ela não me incomoda
mais...
E a turma se admirou...
- Mais alguém quer experimentar?
E fizeram fila... Depois de demonstrar para todos, preocupou-se com as horas
e acelerou...
43
O ENIGMA DO PADRE
Era uma vez um padre catequista que certo dia tornou-se prisioneiro de uma
tribo indígena. Ela possuía um estranho ritual de morte para os seus reféns.
Explicou-lhe o pajé que, ao nascer do sol, ele seria executado. Contudo, poderia
escolher como morrer. Na hora de sua execução, ele seria chamado para dizer
suas últimas palavras para um conselho. Se ele falasse uma mentira, morreria
flechado.
Se falasse uma verdade, seria queimado numa fogueira.
E o padre, diante de seu drama, depois de uma noite de insônia, chegou na
hora da execução. Ao raiar do sol, todo o conselho indígena que julgaria as suas
últimas palavras estava reunido. De um lado estavam arqueiros afiando suas
flechas e, do outro, empilhava-se lenha para fazer uma fogueira. Tudo estava
pronto para a execução.
E o pajé imponente ordenou que trouxessem o refém.
A expectativa era geral. Suspense no ar. Todos os olhos e ouvidos estavam
dirigidos para o padre que, depois de um breve instante, disse as suas últimas
palavras:
- Eu vou morrer flechado!
Todos ficaram estupefatos! Esta frase soou como um rojão, provocando uma
discussão geral entre os aborígenes.
Se o matassem flechado, o que ele afirmou seria uma verdade, e morrer
flechado era reservado somente para quem dissesse uma mentira.
Se o matassem na fogueira, o que ele afirmou seria uma mentira e a fogueira
era reservada para quem dissesse uma verdade.
E diante desse impasse, ele foi solto...
44
CAPÍTULO CINCO
REFLETINDO COMPORTAMENTOS
Ao sair da reunião, Arthur sentiu que a noite estava com o costumeiro vento
frio. Nas ruas, as poucas pessoas que circulavam confirmavam que a madrugada
prometia ser gélida.
- Como é que pode a temperatura cair tão rápido? - Impressionou-se. - E
agilizou o passo preocupado em não se resfriar.
Na pensão, tudo já estava em ritmo reduzido. No corredor, encontrou Tizinho
com um cobertor nas costas.
- Arre! Não está com frio não? - Este observou.
- Imagina! - Arthur tremia. - Olha só como estou! - E mostrou os pelos do
braço eriçados. Por acaso você não tem um chocolate quente aí? - Imaginou.
- Você quer? Estou fazendo um...
- Joia! Volto já! - E correu para pegar um agasalho. Já mais protegido,
aproximou-se do fogão à lenha e, esfregando as mãos, serviu-se de uma caneca.
- Tizinho! Você nunca pensou em estudar?
- Pobre não tem vez nessa vida, Arthur!
- Como assim?
- Pobre nasceu só para trabalhar e trabalhar. Sempre foi assim e sempre será
assim.
Neste meio tempo, Arthur tomou o primeiro gole.
- Que delícia!
- Está do seu gosto? - Tizinho gostou do elogio.
- Está ótimo! - Reconheceu. - Nada como um chocolate quente numa noite de
frio.
Mais animado, Arthur pensava no que Tizinho lhe confidenciou. Resolveu
inclusive especular se havia uma conexão com o que aprendera.
- Pelo que me disse, creio que você não acredita na possibilidade de melhorar
de vida...
- Mas é claro! - Concordou. - Graças a Deus que encontrei a dona Cida. Se
não fosse por ela eu tinha morrido de fome. Tudo eu devo a ela! - Enfatizou.
- Mas... Tizinho! Por que você não aproveita a oportunidade que a dona Cida
lhe dá e faz pelo menos um curso profissionalizante? - Tentou novamente.
- Esquece essa ideia de estudar! Minha cabeça é muito fraca. Não ia adiantar
muito. - Este objetou mais uma vez.
- Oras! É apenas uma questão de começar! - Arthur insistiu. - Se quiser, eu
ajudo.
- Eu agradeço sua boa vontade, mas também não tenho tempo. Minha vida é
trabalhar, trabalhar... E trabalhar...
Nisto, ouve-se do quarto.
- Ele é vagabundo mesmo, Arthur! Não adianta teimar com ele! - Dona Cida
atirou!
E ambos riram.
- Xiiii! Agora você se ferrou, meu amigo. Depois desta, eu vou até dormir.
Boa noite, Tizinho! Boa noite, dona Cida!
- Boa noite, Arthur! - Responderam.
Já no quarto, ele encontrou Pedro ainda desperto.
- Fala, Pedrão! Estudando o quê? - Ele quis saber.
- Mecânica de fluídos. Ainda bem que você chegou para eu me distrair um
pouco! Como foi a reunião?
- O Sr. Carlos falou sobre a importância da educação. - Explicou-lhe.
- Como assim?
- Eu ainda não entendi direito, mas ele enfatizou sobre a importância de
desenvolvermos uma cultura voltada para a harmonia de nós mesmos. Inclusive
nos apresentou uns cristais. É incrível o que eles fazem! Quer ler um pouco sobre
o tema? - Sugeriu Arthur passando a apostila para ele.
Enquanto este ia lendo, ele tomou um banho rápido. Depois, ajeitou seu
beliche com dois cobertores, colocou seu pijama e se enfiou debaixo das cobertas.
Neste meio tempo, Pedro, se inteirando do assunto, voltou na conversa.
- Interessante! Segundo ele nossa mente está cheia de vírus. - Observou.
- Realmente! Mas depois a gente continua o papo. - Pediu Arthur. - Estou
com um sono danado! Desculpe ter atrapalhado seu estudo. Boa noite!
No dia seguinte, os dois costumeiramente se encaminharam para o café
matinal. Percival continuava a dormir. Para variar, tinha chegado de madrugada.
No ar, a mesma rotina de sempre, apenas havia a diferença dos pensamentos que
gravitavam pela cabeça deles. Entre um gole e outro de café com pão e manteiga,
os dois continuaram a conversa da noite anterior.
- Arthur?
- Fala, Pedro!
- Que raios de estudo o Sr. Carlos está armando?
- Conforme lhe disse, ele salientou que devemos nos preparar para a vida com
valores que nos permitam libertar nossa essência dos medos, raivas, ansidades,
máguas, que acometem nossa mente. Se você visse o pessoal experimentando os
Cristais Radiônicos, ficaria impressionado! Eu, inclusive, consegui me livrar de
algumas lembranças que me perturbavam.
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- Pois confesso que fiquei intrigado...
E neste papo vai, papo vem, Pedro seguiu com Arthur. Ele tinha que ir para
a faculdade que ficava no caminho. Ao chegarem à carpintaria, eis que se via
acenar da padaria Rodrigão, Poleto e José. Era um convite para mais um encontro
rápido.
- Bom dia, meus jovens! Vai um aí? - Rodrigão ofereceu um cafezinho.
- Opa! Mas é claro! - Aceitaram.
- O de sempre para eles! - Arthur pediu ao balconista.
Pedir o de sempre, só era possível devido ao fato de que periodicamente
esta cena se repetia. Qualquer balconista, com o passar dos dias, até adivinhava
os horários em que eles viriam tomar café. Funcionava como um cortejo. Um
fantástico ritual que a vida reproduz em milhares de cantos. Só que, neste grupo,
os assuntos se revestiam de magia.
- Posso fazer uma pergunta? - Arthur aproveitou o momento. - É sobre
aqueles cristaizinhos... Podemos saber mais?
- Nas próximas reuniões, isso vai ficar mais claro. De imediato, só posso
dizer que ele é uma ferramenta importante para limpar a mente de memórias
desagradáveis.
- Interessante! Pode-se dizer, a princípio, que estou começando a entender o
que vocês estão propondo, mas ainda existem muitas dúvidas na minha cabeça...
- Nessa fase, as dúvidas são normais, fale mais. - Rodrigão se interessou.
- Ontem à noite, estive conversando com o Tizinho...
- Tizinho? Quem é?
- Ele trabalha na minha pensão. Ele é o ajudante geral.
- Ah!
- Estive especulando porque ele não estuda um pouco para melhorar de vida.
- Continue...
- Tentei de todas as formas argumentar para que ele fizesse algum curso
profissionalizante, mas a cada argumento meu ele criava uma desculpa diferente.
Depois de um tempo, desisti. Será que é possível fazer alguma coisa por ele?
- Só se ele quiser sair do poço! - Enfatizou. - Se ele não desejar, nada poderá
ser feito. Melhorar o comportamento humano inclusive nos faz pensar na
importância dos pais e educadores criarem um ambiente no sentido de permitirem
às crianças desejarem ser Elas mesmas...
E eles pararam para pensar.
José interrompeu.
- Que tal um recreio? Vejam só do outro lado da rua.
Estavam passando pelo outro lado da calçada duas moças. Como eram belas!
- Ta vendo só! - E suspiraram. - Se não sou eu vocês ficam aí bobeando.
- Ainda bem que você é o nosso cão de guarda, José! - Arthur sorriu.
- Lindíssimas! - Concordaram.
Rodrigão aproveitou o momento.
- Até entendo esses arroubos da juventude! As mulheres possuem uma aura
sedutora! Inclusive na idade em que vocês estão, os hormônios são tantos que
tais visões deixam qualquer garoto aceso. Só que o tempo passa e a vida ensina:
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o segredo para o sucesso com elas está em vocês aprenderem a utilizar a energia
delas em seu favor. Daí a importância da educação.
- Que tipo de educação? - Eles interessaram-se.
- Oras, somente o coração pode ensinar vocês a se aproximarem delas com
sabedoria! Em resumo, é necessário saber que se uma garota estiver envolvida por
você e você por ela, ela pode alimentá-lo, e você a ela, com uma energia incrível.
- Completou Rodrigão.
- Nossa! Pelo visto temos muito que aprender. - Observaram.
- Realmente! - Rodrigão concordou. - Deem tempo ao tempo. Ao longo das
palestras, entenderão muita coisa, mas vamos trabalhar. Agora tenho que ir para
São Paulo.
E foi cada um para o seu lado. Pedro se encaminhou para a faculdade; José e
Arthur foram para a oficina; cada qual com sua interrogação.
48
CAPÍTULO SEIS
EXERCÍCIO PARA A HARMONIA DO EU
LUZ DO ORIENTE
ESCOLA YIN-YANG
- Dizem que foi Fou Hi, 2953 a.C., o formulador da teoria yin-yang. Reza a
tradição que ele, observando os céus, contemplou as estrelas e, baixando os olhos,
viu o que acontecia na Terra, percebendo que vivemos em extremos mutáveis
denominados de yin e yang. Segundo observações de Fou Hi, o yin e yang
são a causa da produção e do desenvolvimento dos fenômenos manifestados e
também a causa da destruição e desaparecimento deles. Não pode haver yin sem
yang e vice-versa! Dentro do yin existe uma parcela de yang. Dentro do yang
uma parcela de yin. Daí a noite transformar-se no dia e o dia na noite e assim por
diante. Eis alguns exemplos:
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YIN YANG
Terra Céu
interior exterior
noite dia
sono atividade
maciço oco
gorduroso musculoso
mole duro
digestão lenta digestão rápida
frio calor
- Dizem que foi Cheng Nong, 2838 a.C., o fundador da escola dos 5 elementos
ou movimentos. Apaixonado pela lavoura e criador do arado de madeira, ao
observar a natureza, encontrou o número 5 relacionado. Ele notou: Temos
5 pontos de referências: Norte, sul, leste, oeste e centro. Centro porque sem
uma referência central os outros 4 pontos cardeais não existem. Predominam
5 cores na Natureza: Verde, vermelho, amarelo, branco e preto. Há 5 sabores
básicos: Azedo, amargo, picante, doce e salgado. Ouvimos 5 sons básicos: Grito,
gargalhada, canto, choro e gemido. Temos 5 sentidos, 5 órgãos e 5 vísceras.
- Dentre outras coisas, para o que nos interessa, a MTC, através do Imperador
Amarelo, ensina-nos a analisar a quanto nossa essência ou Shen, produto de um
Shen celestial destinado a uma vida terrena, está atuando nos 5 elementos, nos 12
51
meridianos principais e, consequentemente em nosso organismo. Vejam a figura.
- Para a MTC, não existem
doenças como as que conhecemos
no ocidente. Segundo ela, são
várias as causas que provocam
as enfermidades: alimentação
inadequada, dormir pouco, muito
esforço físico, qualquer excesso...
Mas nada é tão intenso quanto o
desligamento de nossa essência.
Afinal, sem Ela nos perdemos na
estrada e ficamos ao léu...
- Outro detalhe dessa cultura
milenar é como ela explica a relação
da essência com a mente. Para ela
- continuou - nossa mente deve
ser considerada como uma CPU -
orientou.
- Nela, as memórias inconscientes
abrangem um todo, onde os órgãos:
coração, baço-pâncreas, pulmão, rim
e fígado armazenam e são afetados por cinco emoções. - E especificou cada uma delas.
52
- Detalhe: É importante ressaltar que o coração possui a função de albergar
a essência. Logo, o coração é o grande imperador - ressaltou. - Os outros órgãos:
rins, fígado, baço-pâncreas, pulmões, são os ministros a serviço Dele. Na figura,
isso fica bem claro. O sangue, que é bombeado para o cérebro, sempre estará à
mercê de medos, raivas, tristezas e preocupações. Emoções estas armazenadas,
respectivamente, nos rins, fígado, pulmões e baço-pâncreas, caso nossa essência
deixe de governar.
- Daí o segredo dos Cristais Radiônicos! - Ressaltou. - Quando eles são
colocados nos pontos auriculares que representam os órgãos dos 5 elementos,
com o paciente focalizado no problema que deseja se livrar, instantaneamente
eles corrigem a energia desses órgãos para padrões que somente se encontram em
lugares santos... Nesse padrão, a essência volta a brilhar! E é por conta Dela que
as emoções desagradáveis se humanizam... Mas é ilusório imaginar que apenas
os cristais, aliviando vossos medos, angústias, raivas, depressões... Sejam por si
suficientes. É necessário aprender a andar no caminho Dela.
E fez uma breve pausa como que preparando o momento.
- O exercício de agora é denominado exercício do sorriso interior. Feito
regularmente ele ajuda exteriorizar as memórias ruins a que estivemos
submetidos. Auxilia também a nos proteger daquelas a que estivermos sujeitos.
Vejam uma constatação com fotos kirlian.
- A foto 1 tirei antes
de aprender os exercícios
que ensinar-lhes-ei.
-A foto 2 foi depois
de três meses de práticas
diárias.
- A foto 3 foi para
saber se havia um
resultado imediato logo
após o exercício. Ela foi
tirada 15 minutos depois
da foto 2.
A seguir, ele os convocou. Primeiro mandou sentarem na ponta da cadeira,
mantendo a coluna ereta. Depois, que colocassem a palma da mão direita sobre
a palma da mão esquerda, entrelaçando-as e repousando-as suavemente sobre o
colo. Completou as preleções avisando:
- Caso sintam tonturas, vertigens ou algo estranho, dirijam a atenção para as
solas dos pés.
Ressaltou que, concentrando-se nas solas dos pés, o problema logo
desaparecia. Finalizou dizendo que sempre que ele pedisse para sorrirem para suas
funções orgânicas, que o fizessem de verdade, tanto interna como externamente.
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EXERCÍCIO DO SORRISO INTERIOR
Concentre-se nas solas dos seus pés... Imagine uma tênue energia da terra
subindo pelos seus pés em direção aos seus joelhos... Permita que a energia que
subiu dos pés para os joelhos se dirija para as suas coxas e depois em direção
ao seu sexo e púbis... Concentre-se agora na sua bexiga e rins... Permita que
a energia que sobe pelos pés e pernas se acumulem nos rins, bexiga e órgãos
sexuais, formando uma imensa bola energética aí... Agora, imagine esta bola
energética subindo pela sua coluna em direção ao seu cérebro... Permita que a
energia se transfira para o seu cérebro via coluna... Relaxe-se e expanda cada vez
mais esta energia no seu cérebro... Segure esta sensação no cérebro.
Agora visualize o imenso oceano azul na sua frente... Veja as ondas do mar...
Ouça o mar... Sinta a brisa da praia... Imagine também um tênue vapor saindo
do mar azul em direção a você... Imagine este vapor sendo sugado pelos seus
rins e bexiga, somando-se à energia da terra proveniente de seus pés... Sinta esta
energia lhe trazer frescor e bem-estar... Sorria esta energia nos seus rins e alegre-
se cada vez mais com essa revigorante energia azul do oceano... Agora converse
com seus rins e veja se existe medo ou insegurança aí... Se houver, pinte todo
medo e toda insegurança com a energia azul do oceano... Sorria a energia azul
nos seus medos e nas suas inseguranças... Ao mesmo tempo, permita que esta
energia centralizada e acumulada nos seus rins se interligue com seu fígado...
Sinta o seu fígado ficar repleto com a energia azul do rim...
Agora visualize uma floresta iluminada pelo sol... Veja o verde... Ouça e
sinta todo o frescor do vento suave da floresta... Permita que a energia verde
e refrescante da floresta seja sugada pelo seu fígado... Sorria e alegre-se com
a energia da floresta no seu fígado... Sinta o seu fígado recebendo a energia
proveniente do rim juntamente com a energia proveniente da floresta... Converse
com seu fígado e veja se existe raiva ou frustração nele. Se houver, pinte toda a
raiva e toda frustração com a energia verde da floresta... Sorria a energia verde
nas suas raivas e frustrações... Espalhe esta sensação para todo o seu corpo,
principalmente para o seu coração... Permita que a energia alegre e verde do seu
fígado passe para seu coração.
Agora visualize um belo sol nascente... Sinta o calor e a energia vermelha que
o resplandecente sol nascente lhe trás... Sinta-se mais e mais revigorado... Sorria
e permita que seu coração alegre-se sugando os raios vermelhos do sol, transmita
através da corrente sanguínea esta sensação vermelha de bem-estar para todo o
seu corpo... Converse com seu coração e veja se existe alguma emoção forte nele...
Lembre-se de que todas as emoções passam pelo seu coração... Se houver, pinte
todas essas emoções com a energia vermelha do sol... Agora interligue seu coração
com seu baço e pâncreas... Visualize a energia vermelha do coração alimentando o
seu baço e pâncreas.
Agora visualize uma fonte de intensa luz dourada, reflexo da luz do sol,
brotando da terra... Imagine o seu baço e pâncreas sugando esta luz dourada da
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terra... Sorria e sinta o seu baço e pâncreas alegrando-se mais e mais com esta
luz dourada... Converse com seu baço e pâncreas e veja se existem preocupações aí.
Se houver, pinte todas as preocupações com a energia dourada... Sorria
a energia dourada da terra nas suas preocupações... Permita que a sensação
de bem-estar do seu baço e pâncreas se espalhe para todo o seu corpo,
principalmente para seus pulmões... Visualize um alegre canal de interligação
dourado de seu baço e pâncreas com seus pulmões... Permita que a revigorante
energia amarela do seu baço e pâncreas se some à energia do ar em seus pulmões.
Agora se transporte mentalmente para o alto de uma montanha... Veja, ouça
e sinta o ar branco e cristalino da montanha... Sinta toda a energia que o ar da
montanha contém... A cada inspiração, sorria o ar puro e branco da montanha...
Sorria e sinta os seus pulmões se revigorarem com ele... Converse com seus
pulmões e veja se existe tristeza ou melancolia aí... Se houver, pinte toda a
tristeza e toda a melancolia com a energia branca do ar da montanha... Sorria a
energia branca nas suas tristezas e melancolia.
Agora, interligue os seus pulmões com os seus rins... Visualize um canal de
interligação de seus pulmões para seus rins... Permita que a energia acumulada
nos seus pulmões se transfira para seus rins... Sinta a energia nos seus rins e
bexiga aumentarem mais e mais... Finalmente, transfira-as para seu cérebro via
coluna...
Agora, volte-se para o seu cérebro e sinta ele se expandir com a energia do
sorriso proveniente dos rins... Faça a energia do seu cérebro tomar conta de seu
ambiente... Expanda esta energia por toda a sua casa... Por todo o seu bairro...
Pela sua cidade... Pelo seu Estado... Pelo seu país... Pelo seu continente... Pelo
planeta Terra... Pelo sistema solar... Pelo universo... Faça uma pausa e sinta-se
uma célula no coração do Criador do Universo... Deixe a resplandecente energia
do Criador agasalhar você... Agora, ao seu tempo, recolha a energia expandida
para o universo novamente para você... Demore-se o tempo suficiente para isto...
Finalmente, abra seus olhos sentindo-se muito melhor que antes.
* * *
55
fica deste tamanho: - Exemplificou gesticulando como se tivesse uma bola de
futebol entre as mãos. - Agora imaginem o que significa nosso corpo físico diante
dessa premissa. - Sugeriu.
Naquele momento, tudo que se via eram olhares antenados nas palavras que
pouco a pouco davam forma às ideias que o professor desejava transmitir.
- E é dentro deste contexto que temos o significado do que Lao Tse descreveu
faz milhares de anos em seu livro Tao Te King: “Casas são feitas de paredes; rodas
são feitas de aros; vasos são feitos de barro... Enfim, em tudo que há no mundo, o
que se vê parece ser o mais importante, mas o que é realmente importante está no
imaterial”.
- Segundo Lao Tse, o mundo das aparências nem sempre traduz a realidade.
Ele alertou a procurarmos no interior das coisas o verdadeiro valor de tudo
- aconselhou. - E ninguém conhece melhor o caminho que nossa essência. -
Enfatizou.
- Outro detalhe se refere à descoberta de que nosso corpo compõe-se de,
pelo menos, 75% de água, e que esta armazena em suas moléculas a emoção do
ambiente. - Citou Massaru Emoto.
- Daí a origem das doenças. Quando permitimos que o medo, a raiva, a
inveja, a luxúria e tantas outras coisas negativas ganhem força em nossas mentes,
a água contida em nosso organismo deixa de ser metabólica.
Nisso, o Sr. Carlos pausou por alguns instantes para saborearem o momento.
Depois, prosseguiu.
- Em palavras mais objetivas para o momento - continuou, - se quisermos
aprender a andar pelas próprias pernas, precisamos permitir a manifestação de
nossa essência. E um caminho é sorrir para Ela! Como tarefa de casa façam o
exercício do sorriso todos os dias. Tenho aqui alguns CDs gravados. - E entregou
uma cópia para cada um.
- Façam-no pelo menos 3 vezes ao dia. Uma vez ao levantar, outra depois do
almoço e outra antes de dormir. Pratiquem, pratiquem... Pratiquem! - Ordenou.
56
CAPÍTULO SETE
COMEÇO DAS PRÁTICAS
58
uma curva e outra o assunto ia se aquecendo.
- Sobre o exercício do sorriso, você apenas teve um vislumbre. Os benefícios
do seu esforço nele se farão mais evidentes depois de seis meses. Tempo mais
do que suficiente para ele fazer uma faxina no seu interior e condicioná-lo a se
proteger de pensamentos obsessivos. O segredo está em praticá-lo. - Ressaltou. -
A luz elimina as trevas! Não existe negatividade que sobreviva na chama de sua
essência.
- Mas não é nada fácil!
- Estamos prontos para ajudá-lo! Em termos de importância, a terapia dos
cristais e o exercício do sorriso são complementares. O exercício do sorriso
exteriorizando os problemas do qual não tem consciência! Os Cristais Radiônicos
atuando na limpeza e conscientização. Depois virá o melhor da história. Já ouviu
falar que semelhante atrai semelhante?
- Sim, mas também não entendi bem o que isso significa.
- Pessoas negativas atraem pessoas negativas. Pessoas positivas atraem
pessoas positivas. Eis o caminho para o sucesso! Ele é o prêmio de quem
perseverar conosco.
Neste ponto, já estavam na rodovia principal que levava ao destino proposto.
Agora já não eram mais curvas e matas. Entraram numa estrada deveras
movimentada, barulhenta e enfumaçada. Ao longe, viam-se os primeiros prédios
da capital e fez-se uma pausa. Quando menos esperavam, já estavam em pleno
centro de São Paulo.
- Então, Arthur! - Rodrigão quebrou o silêncio. - Continue com as práticas.
Depois nós continuaremos o papo. Agora precisamos colocar os pés na terra e
trabalhar um pouco no mundo dos homens. A rua do Gasômetro é logo ali - e
mostrou. - Prepare-se para descer.
Rodrigão parou rapidamente. E, enquanto Arthur via o carro do amigo se
distanciando, ele ia confabulando suas obrigações. Passou nas lojas indicadas,
comprou as peças e dirigiu-se para a estação ferroviária no Brás. Quando viu
aquele monte de gente se apinhando nos trens, pensou consigo mesmo: “Hoje o
bicho vai pegar!”.
Adquiriu sua passagem, criou coragem e se atirou no meio da multidão. Era
um Deus nos acuda! A massa humana que esperava o trem era imensa.
Entrou milagrosamente num vagão e se pendurou apertado no suporte do
teto. Olhou para as pessoas e tudo que se via eram rostos perdidos na solidão de
si mesmos. E ele ali no meio da confusão... Aproveitou e foi matutando: “Nossa!
O que faz as pessoas serem assim? Isso não é vida! Pra que tanto sofrimento?”. E
o trem chacoalhando de um lado para outro. Vez ou outra passava um ambulante
se esgueirando no meio dos corpos.
- Olha a água geladinha!
- Amendoim quentinho!
- Chocolate!
- Uma ajuda pro ceguinho...
O trem era um circo humano. O espetáculo? A própria vida! E Arthur ia
pensando com seus botões: Será que não é possível uma vida melhor para todos?
59
De tempos em tempos, o trem parava em uma estação e era aquele empurra
de entra e sai até que chegou em Boigi. Ao descer do vagão, teve a impressão de
que emagreceu 10 quilos. Aprumou-se e se encaminhou para a carpintaria. Devia
ser quase meio-dia. Enquanto andava, ia pensando no que se passou... E teve
um estalo: Estou começando a entender a mensagem... Se as pessoas quiserem
melhorar suas vidas, elas precisam eliminar os obstáculos que impedem a
manifestação de suas essências. O mal não pode ser combatido no mundo! Ele só
pode ser combatido dentro de mim.
O PROCESSO DE HARMONIZAÇÃO
60
árvore.
- Postura da árvore?! - Ele antenou-se.
- É uma técnica que, dentre outras coisas, irá educá-lo nas limpezas de todas
as emoções perversas que tentem influenciá-lo no dia-a-dia. Mas agora não é o
momento para falarmos dela. Sigamos um passo de cada vez...
Já na marcenaria, Arthur logo foi cumprimentando seus colegas. Depois,
começou a se organizar. Pegou uma escrivaninha antiga e começou a trabalhar.
61
CAPÍTULO OITO
O FIM DA GREVE
64
- Vai dobrar!
- Cacetada! - Assustaram-se.
Depois disso, os três se entreolharam pensativos. Parecia que aquele dia
realmente não era dos bons. Tudo parecia sair às avessas. E quando resolveram
voltar para a pensão, ouviu-se alguns sussurros ao longe...
- Que gemidos são esses? - Arthur observou.
- É o Marcão com a namorada. - Explicou o japonês.
E isso fez com que prestassem atenção triplicada aos suspiros que se
ampliaram.
- Pelo visto o caso está firme? - Percival concluiu.
E resolveram tomar algo para não atrapalharem os pombinhos. Caminharam
até um bar. O balconista logo reconheceu o japonês. Vez ou outra participava das
festinhas da república.
E enquanto eles eram servidos, Arthur começou uma conversa.
- Toshi! É sempre assim na sua república?
- Como assim, Arthur?
- As namoradas ficam assim à vontade?
- É claro! - Toshi observou. - Tudo que você precisa é ganhar elas... De que
planeta você é?
E ele avermelhou-se todo.
- É que você ainda não conhece o Arthur! - Interferiu Pedro. - Deixa-me
apresentá-lo. Ele é nosso colega de pensão. É ele que trabalha na marcenaria do
José e Poleto. Aquela de quem lhe falei.
- Ah! Sei! - Toshi lembrou-se. - Você que é o cara? - Alegrou-se. - O Pedro
tem falado muito de você! Se você imagina que o que viu hoje aqui é estranho,
Arthur, você precisa participar de uma festa nossa. Mulher é o que não falta
nelas...
- Do jeito que vocês falam, no mundo tudo é sexo, sexo... E sexo! E onde é
que entra o amor? - Arthur se indignou.
- Amor e sexo andam juntos, Arthur! - Toshi argumentou. - Você é que está
fazendo confusão... Como dizia meu pai: Segurem suas cabritas que meu cabrito
está solto! Hoje ninguém é de ninguém. Escorregou, o cachimbo cai... Bobeou, a
fila anda. Fica esperto!
Sentindo que a conversa não ia dar em nada, e como já passava das 16:00,
Arthur resolveu sair de fininho. Ele tinha que fazer suas lições e argumentou
nesse sentido. Percival e Pedro continuaram a conversar com o colega.
Já no seu quarto, arrumou seus livros, mas, antes pegou seu gravador, refez
o exercício do sorriso. Depois, pensou consigo mesmo: “Pois, para mim, amor
combina principalmente com compromisso... O senhor é meu pastor, nada me
faltará”... E se dedicou às suas tarefas.
Seguindo a rotina diária, tomou seu banho, foi jantar e depois dormir. Lá
pelas 3:00 da madrugada, acordou novamente com pesadelos e lembrou-se
da explicação do Rodrigão, repassou mentalmente o exercício do sorriso... E
adormeceu.
65
O CONVITE
Ainda meio atordoado com o dia anterior, Arthur foi encontrando suas forças no
trabalho. Tanto que depois de algum tempo ele estava completamente envolvido em
suas tarefas normais. No meio da tarde, surgem de surpresa Rodrigão e o Sr. Carlos.
- Olá pessoal! Bom dia José, Poleto... Com licença! Eis ali o nosso jovem amigo.
- Rodrigão apontou para Arthur.
- Tudo bem Arthur? - Sr. Carlos se aproximou.
- Tudo! - Arthur se alegrou com a visita repentina deles.
- Viemos aqui hoje para lhe fazer um convite. - Explicou o professor. - É para
você estudar em nosso grupo avançado. O Rodrigão me disse que você já está
preparado.
- Vocês possuem um grupo avançado? - Arthur gostou de ouvir.
- Sim! O grupo no qual você começou é apenas para iniciantes. -
Complementou.
- Mas e as reuniões das quais já participo?
- Não se preocupe! Você pode continuar a frequentá-las. - Explicou o professor.
- Interessante. - Ele simpatizou-se.
- Não é qualquer um que pode participar do grupo avançado. - Explicou o Sr.
Carlos. - Nele é necessário dedicação. Por isto é que a cada dia que passa a sua turma
está diminuindo.
- É verdade! - Arthur concordou. - Na primeira reunião, éramos em muitos, na
segunda diminuiu, na terceira, vieram menos ainda e tenho observado que muitos
não estão nem aí.
- Então, meu caro jovem - Sr. Carlos continuou, - você está oficialmente
convidado.
- Mas será que estou pronto? - Ele duvidou de si.
Percebendo a insegurança, o professor continuou.
- Vê-se que você é uma pessoa humilde. Pelo visto, vai ser uma honra tê-lo
a nosso lado. Aqui está o endereço - e deu-lhe um cartão. - Nos reunimos lá aos
sábados às 15:00. Quando quiser, é só aparecer.
E despediram-se. Arthur leu o cartão: Grupo Avançado para o Estudo do
Homem.
Quando Rodrigão e Sr. Carlos saíram, Arthur puxou conversa com José e
Poleto...
- Por que será que ele não estendeu o convite para vocês?
- Não é minha praia. - José confessou. - Lá a gente sempre tem muitas coisas
para estudar. Prefiro participar de reuniões menores, sem grandes responsabilidades.
Acho que você vai se dar bem nesse novo grupo. Quanto ao Poleto, imagina só ele
estudando. Ele nunca comprou um livro...
- Vai te catar! - Retrucou Poleto.
E assim passou o dia. Já eram quase 10h e o dia se encaminhava para mais uma
etapa. Pouco a pouco Arthur ia notando que as reuniões estavam se incumbindo de
esclarecer suas dúvidas existenciais.
66
CAPÍTULO NOVE
NOVA REUNIÃO
- Vejam que pelo desenho vocês devem dobrar levemente os joelhos. Tal
inclinação deve ser feita da seguinte forma - e explicou: - Primeiro afastem seus
pés no comprimento de seus ombros, deixando a linha interna deles formarem um
paralelo. Feito isso, dobrem seus joelhos até que os mesmos tapem a visão de seus
pés. Posteriormente alinhem suas colunas, encaixando o cóccix. Detalhe: deem
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uma leve torção nos seus calcanhares, como se estivessem torcendo os mesmos
para dentro, mas sem mexerem os pés - avisou. - Quando vocês torcerem seus
calcanhares, haverá uma pressão do lado interno dos joelhos. - Prosseguindo,
levantem seus braços como se estivesses abraçando uma árvore, mantendo os
cotovelos dobrados e na linha do coração. Finalizando, deem uma leve torção
para fora nos antebraços. Sintam seus pés enraizados na terra e a cabeça plugada
no céu. Procurem ficar nessa posição pelo menos 10 minutos todos os dias. Depois
de alguns meses, essa conexão se tornará automática.
Prosseguindo, ele complementou:
- Outro detalhe importantíssimo é compreender a filosofia da figura - e
explicou-a: - O espaço interior do círculo representa o homem. O caldeirão
representa uma usina gerando e distribuindo energias pelo nosso corpo para que
ele seja operacional. Já os oito trigramas: reflexão, água, céu, lago, terra, fogo,
vento, trovão possuem uma mensagem velada - frisou.
69
o exercício do sorriso. Conhecê-las bem faz a diferença entre o sucesso e o
fracasso. Ninguém pode dar um soco no Universo! - Ressaltou. - Paralelamente, é
por isso que se lê na Bíblia: O pouco com Deus é muito. O muito sem Ele é nada.
Já passava das 22h e um a um foi se despedindo.
- Arthur! - O Sr. Carlos interpelou o jovem ao vê-lo sair. - Não se esqueça do
nosso grupo avançado.
- Pode deixar! Prometo que darei um pulo por lá.
70
CAPÍTULO DEZ
O GRUPO AVANÇADO
72
certeza, o problema é somente psíquico. Veja como é simples o raciocínio para
se utilizar um tratamento que ensinamos - e começou a entrar em explicações
superiores. - A primeira etapa é analisar as queixas dele pela ótica da escola yin-
yang. Lembra-se da lei yin-yang?
- Mais ou menos...
- Então vamos lá! O primeiro passo é saber se nos sintomas predominam
aspectos yin ou yang? - E rabiscou para explicar melhor...
- Note que ele possui várias sintomatologias
YI N YANG yang... - Continuou o professor.
- Ele é calorento, suas dores são fortes, móveis e
estático movimento generalizadas. O problema dele também é imaterial,
interior exterior ou seja, ninguém descobriu a causa por que ela ainda
material imaterial não se materializou no corpo.
friorento calorento - Realmente...
fraco forte - Já entendeu por que isso tudo significa
patologia yang?
- Sim! Agora percebi.
- A próxima etapa neste caso é compreender as queixas dele pelos 5
elementos ou movimentos. Como se diz: A vida é uma escola onde nossas
vivências são nossos mestres. Em resumo, tudo indica que ele está com
desequilíbrio de fígado.
- Fígado?! - Arthur estranhou.
- É importante que se diga que muito além do fígado estamos falando da
energia consciencial que alimenta o fígado e suas funções fisiológicas. O fígado
na medicina chinesa é o responsável por várias sintomatologias: irritabilidade,
dores musculares, insônia...
- Mas e os problemas digestivos?
- São decorrentes da agressão do fígado no aparelho digestivo...
- Não entendi...
- Quando dispomos nossas funções orgânicas no pentagrama fica fácil de entender:
73
- Veja que há dois ciclos naturais: um ciclo de geração e outro de controle.
Na natureza, nada se cria, nada se forma, tudo se transforma - lembrou Lavoisier.
- No ciclo gerador, temos: madeira gera fogo. Fogo gera terra (cinzas). Terra
gera metal (pedras, minérios). Metal gera água (as nascentes brotam das pedras).
Água gera madeira.
- No ciclo de controle, temos: água diminui o fogo. Madeira segura a terra.
Fogo derrete o metal. Terra seca a água. Metal corta a madeira.
74
fossem escritas com átomos. Hoje, 40 anos depois, cientistas da Universidade de
Wisconsin-Madison tornaram esse sonho em realidade. Eles criaram memórias em
escala atômica... Descobriram inclusive que as moléculas de DNA usam 32 átomos
para armazenar cada uma das informações genéticas.
- E a Radiônica? No que consiste ela?
- A técnica Radiônica surgiu em 1920 pelas mãos do médico americano
Albert Abraham. Foi ele quem desenvolveu o primeiro equipamento eletrônico
capaz de potencializar e focalizar incrivelmente nossos pensamentos.
Particularmente investiguei e desenvolvi vários equipamentos nessa linha.
Durante anos curei muita gente à distância. Quanto à criação dos Cristais
Radiônicos, ele surgiu quando experimentei gravar em cristais, usados em
auriculoterapia, um dos programas que usava em meus trabalhos radiônicos... Em
resumo, eles possuem um programa mental que visa à harmonia do homem com
as energias dos céus e da terra.
E houve uma pausa para descontração.
- Quer tomar algo? - Ofereceu...
E enquanto Sr. Carlos se dirigia para a cozinha, Arthur levantou-se e
começou a ler os títulos dos livros espalhados pelo local. Além de uma Bíblia
enorme tinha muitos livros de filosofia, medicina chinesa, esotéricos e de
psicologia. Depois se voltou para o aquário e começou a observar os peixinhos
que serpenteavam entre os labirintos criados pelas plantas marinhas. Passados
alguns minutos, o Sr. Carlos retornou.
- Pronto! Eis o nosso chá! Trouxe também alguns biscoitos...
Entre um gole e outro, Arthur elogiou...
- Nossa que saboroso!
- Gostou?
- Está ótimo! De que é feito?
- Isso também é coisa da Dona Marta...
- Dona Marta?!
- Você vai conhecê-la qualquer dia destes... Hoje ela teve de sair para
compromissos sociais, mas antes nos preparou essa delícia. Ela foi num
casamento.
- Ah!...
- Fale um pouco de você, Artur! Fiquei sabendo que mora numa pensão e que
trabalha para estudar. Fale um pouco de você. - Insistiu.
- Pois é! Até hoje não sei como é que vim parar em Boigi. Em resumo, passei
minha infância no interior paulista. Como lá não teria futuro, quando completei
18 anos, me mudei para cá para estudar e tentar algo melhor.
- Está gostando da cidade?
- Pode-se dizer que ainda estou me adaptando... - Resumiu.
- A vida é assim mesmo, Arthur. É uma adaptação atrás da outra. Nada é
estático! Tudo é dinâmico!
Neste meio tempo, chegou o Rodrigão com o pai do Miguel. Junto com eles
vieram mais duas pessoas do grupo.
- Sente-se um pouco, Sr. Manoel. - O Sr. Carlos pediu. - Tome um chá
75
enquanto conversamos - ofereceu.
Enquanto ele se servia, o professor iniciou algumas perguntas.
- O senhor nos permite especular um pouco sobre a história da sua doença?
- Estou às suas ordens. No que o Senhor precisar saber. - Sr. Manoel
consentiu...
- Preciso conhecer a origem dos seus problemas para auxiliá-lo. Já me
anteciparam algo, mas é necessário confirmar algumas coisas. Pode nos contar
como tudo começou?
- Meus problemas começaram há 10 anos. - Recordou-se a contragosto.
- Naquela época, meus negócios começaram a andar mal e fiquei devendo pra
todo mundo. Como sempre fui uma pessoa cumpridora de meus compromissos,
os juros bancários acabaram comigo. Depois de alguns anos, comecei a dormir
mal. Depois, vieram os calores noturnos e, finalmente, as dores pelo corpo todo.
Recentemente, apareceram os problemas digestivos. Hoje, dependendo do que me
alimento, meu estômago arde em brasa.
E fez-se uma pausa.
- O senhor acredita realmente na possibilidade de que sua doença tenha
origem nesse longo período de irritação? - Insistiu o professor.
- Tenho certeza absoluta! - Ele reforçou.
- Então podemos dizer então que o senhor ainda não se perdoou? - O Sr.
Carlos deduziu.
- Sim! Nem tenho como me perdoar. A família toda sofreu consequências
desastrosas. Inclusive todos os filhos tiveram que trabalhar para ajudar... - E
correu uma lágrima ao se lembrar.
- O que o impede de superar o ocorrido?
- Não sei! Simplesmente não consigo... - Novas lágrimas correram.
- Você quer superar esse trauma? - Propôs o professor.
- E isso é possível?! - Ele estranhou
- É claro! Estamos aqui para isso.
Percebendo a seriedade da afirmação do professor, o Sr. Manoel permitiu que
se iniciasse o tratamento.
Neste meio tempo, Sr. Carlos pegou um aparelho eletrônico e interligou no
mesmo dois fios contendo dois terminais. Assim que o Sr. Manoel segurou uma
espécie de tubo metálico na sua mão, com o outro terminal, parecido com uma
caneta com algodão umedecido, inserido na ponta, o professor foi pesquisando
diversos pontos. Os valores numéricos, colhidos no instrumento, ia transpondo
para uma tabela.
- O que é isto? - Ele quis saber.
- É uma técnica diagnóstica japonesa denominada Ryodoraku. Através
dela hoje consigo avançar e analisar a quanto seu organismo somatizou seus
problemas através de referências de seu Sistema Nervoso Autônomo. Por favor,
tire os sapatos e as meias. - Pediu o professor.
Terminadas as mensurações, o Sr. Carlos debruçou-se sobre o resultado, fez
anotações, pensou um pouco, abriu a gaveta de sua escrivaninha e retirou um
pêndulo. Depois de questionar várias vezes o mesmo, prosseguiu...
76
- Por favor, Sr. Manoel deite-se nesta maca - orientou.
E o professor adesivou vários cristais em pontos nos braços e pernas dele.
Depois continuou...
- Agora pense nas raivas e frustrações pelas quais o senhor passou...
- Nem preciso me esforçar! - Reforçou Sr. Manoel. - Esses sentimentos nunca
me abandonam.
- Ótimo! - Ele gostou de ouvir - Se o senhor parar de se punir isso lhe
prejudicará? - Especulou novamente.
- Creio que não!
- Ótimo! - Sr. Carlos gostou novamente de ouvir. - Então se foque nessa
vontade de se livrar delas.
Quanto ele se concentrou, o professor adesivou um cristal em sua orelha
direita e esperou alguns segundos. Logo após perguntou.
- Como é que você está sentindo as lembranças aí na sua mente?
- Engraçado, está dando uma aliviada. - Ele estranhou.
- Elas continuam aí?
- Sim! Mas estão mais leves.
Sentindo a necessidade de um reforço, o Sr. Carlos colocou novo cristal em
outro lugar da mesma orelha.
- E agora?
- Não acredito... Elas perderam sua força!
- Se esforce um pouco. Tente lembrar-se das mágoas. - Insistiu o professor.
- É impossível! Não existe mais uma razão...
- Elas ainda lhe incomodam?
- Não! De jeito nenhum! - Ele esboçou um sorriso.
E houve um novo silêncio. Mais alguns minutos, o Sr. Carlos pediu para o Sr.
Manoel se levantar.
- Que sensação interessante! - Admirou-se este. - As minhas dores estão
sumindo e no lugar está aparecendo um grande bem-estar!
- Já?! - Ele brincou.
E todos sorriram...
- Que milagre é esse? - Maravilhou-se. - Não acredito! Passei dois anos da
minha vida desesperado, de médico em médico. Confesso que já estava desiludido
- desabafou. - Pelo visto eles tem muito que aprender!
- Bem-vindo à Terapia do Bem, Sr. Manoel! Mas não se iluda, serão
necessárias mais sessões. Você pode voltar na próxima semana? - Pediu.
- É claro! Quanto é que lhe devo? - Preocupou-se em pagar.
- Se quiser colaborar com qualquer quantia fique a vontade. Hoje nosso
ambulatório é popular. Nós é que agradecemos a sua presença - ressaltou.
E se despediram. Enquanto Rodrigão foi acompanhando Sr. Manoel até
a rua, o Sr. Carlos se reuniu com o grupo e começou a explicar o sucedido.
Particularmente, ele mais se dirigiu a Arthur, devido a ele ser novato no grupo.
- Arthur! Entendeu o que fizemos? Compreendeu sobre o aspecto consciencial
das doenças?
- Sim... - Ele admirou-se. - Confesso inclusive que estou me sentindo no meio
77
de mágicos. Como é que pode? Em alguns minutos, o homem sarou!
- Calma! Ele ainda não sarou! - O Sr. Carlos avisou. - Ele está apenas em
processo de recuperação...
- Como assim? - Arthur quis saber mais.
- Nós teremos de fazer uma limpeza nas suas couraças... - Orientou o
professor. - Depois que ele se recuperar, caso ele queira, poderemos lhe ensinar as
técnicas que você está aprendendo. Gostou?
- É claro! Mas quanto tempo será o suficiente para ele nunca mais sentir os
mesmos sintomas? - Arthur espichou um pouco mais o assunto.
- Creio que o problema principal dele já foi resolvido, mas lembremo-nos do
I Ching: “É a perda de contato com nossa essência e a resistência às mudanças a
origem das doenças”. - Explicou o professor. - Se ele aprender técnicas como as
do exercício do sorriso interno e a postura da árvore, estará muito mais protegido.
- Sério! - Admirou-se mais uma vez.
- Podes crer! No dia em que as pessoas acordarem para a necessidade de
se adaptarem continuamente às rápidas mudanças do mundo moderno, sem
prejudicarem a manifestação de suas essências, muitas dores serão evitadas.
Nesse meio tempo, Arthur vendo o horário já tardio, já eram quase 19h,
resolve ir embora. Ele não queria perder o horário do jantar. Na porta, o Sr. Carlos
faz outro convite:
- Quer almoçar comigo nesse feriado. Estarei em uma chácara e será um
prazer tê-lo conosco. Se quiser, posso pegá-lo na pensão. É só me dar o endereço.
Arthur pensou um pouco e diante da oportunidade rara, concordou.
- É claro! A que horas o Sr. me pega?
- Lá pelas 9h está bom pra você?
- Perfeito!
Escreveu o endereço da pensão num papel, entregou-o para o Sr. Carlos e
despediu-se de todos.
- E volte sempre! - Disseram Rodrigão e os outros.
- Eu volto! Eu prometo!
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CAPÍTULO ONZE
O PORRE
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sóbrio se afastavam. Era como se eu fosse uma miragem. Percebeu a ligação?
- Saquei! - Arthur entendeu.
- Compreendeu agora sobre a importância do sorriso interno? - Relembrou
Rodrigão.
- É mesmo! - Admirou-se. - Ouvindo você falar disso agora estou começando
a entender onde é que os conhecimentos das reuniões estão me levando...
- Bom garoto! Vê-se que não é à toa que a turma do grupo avançado gostou
de você... Inclusive eles mandaram entregar-lhe esta apostila - e entregou. - Leia
com atenção que depois ficará mais fácil entender sobre o que o nosso grupo
avançado se propõe.
E este mais do que pronto leu o título: Radiestesia do Eu.
- Vou estudar hoje mesmo! - Prometeu.
- Agora chega de conversa - José interferiu. - Vamos trabalhar! Trabalhar
também cura ressaca! - Reclamou.
- Primeiro um cafezinho! - Rodrigão Sugeriu... - Café cura melhor a ressaca!
- Cacete! Meu! Ao que parece este é o único lugar em que ninguém trabalha.
- José ralhou. - Qualquer coisa que acontece aqui é motivo para um relax!
- Deixa de frescura José, num dia destes vai sentir saudades desta época. -
Observou Rodrigão.
Rumaram para a padaria e Arthur aproveitou o ensejo para especular outras
dúvidas.
- Com relação ao exercício da árvore, estou tendo algumas dificuldades...
- Como assim? - Rodrigão quis saber.
- Não consigo ficar muito tempo nela. Depois de alguns minutos, minhas
pernas começam a tremer, inclusive sinto algumas dores pelo corpo.
- Tais dores e tremores indicam onde o corpo está precisando ser trabalhado.
Onde há tremores significa pouca energia. Onde há dores significa bloqueios de
energia. Nosso corpo é visto como uma camisa que se aloja ao redor do nosso
esqueleto. Persista! Com o tempo, a postura da árvore inclusive lhe ensinará a
lidar com o invisível.
- Como assim? - Ele quis entender.
- No início, ela dá a impressão que você está apenas ganhando controle
físico, mas muito mais que isso a postura da árvore estará lhe educando contra
as milhões de informações de inveja, raivas, ciúmes... Que as pessoas possam
dirigir para você. Com o tempo, e assim que você encontrar o seu centro, tudo se
explicará por si só.
Na padaria, tomaram cada qual o seu café e rapidamente se dispersaram
para mais um dia de labuta. Na oficina, Arthur abriu a apostila e leu rapidamente
algumas folhas.
81
ocultas. Sentimo-nos rodeados de perigos e riscos. Eis a função principal de todas
as religiões: sintonizar e captar forças benéficas para nos proteger.
RADIESTESIA é a ciência que ensina a perceber as radiações invisíveis que
nos rodeiam utilizando para isto um pêndulo...
Pode-se dizer que depois deste dia, Arthur não teve mais tempo para nada a
não ser trabalhar direto. A carpintaria teve muitos serviços novos e ele tinha que
aproveitar e colocar os pés no chão ganhando uma grana extra para cobrir suas
despesas que não eram poucas. E foi assim até o feriado.
82
CAPÍTULO DOZE
O FERIADO
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caminhar um pouco mais...
E enquanto Arthur se admirava com as possibilidades, distraíram-se
observando uma andorinha que, teimosamente, resolveu fazer voos rasantes,
incomodando o cão.
- Em quanto tempo conseguirei libertar minha essência? - Arthur especulou.
- Responderei sua pergunta contando-lhe duas histórias. A primeira é a do
bambu chinês:
Quando ingressa na vida, o homem é tenro e fraco; quando morre é duro e forte.
Ao entrarem na vida, as plantas são tenras e frágeis, quando morrem são
secas e duras.
Por isso os duros e fortes são companheiros da morte e os tenros e frágeis são
companheiros da vida.
Não há nada tão terno quanto a brisa, mas o vento brando pode irar-se e
derrubar o rijo carvalho.
Nada há tão duro quanto o furacão, porém o bambu, sem abandonar suas
raízes, não lhe resiste, não obstante persiste. Por isso: se as armas são fortes não
sairão vitoriosas; quando as árvores são duras e fortes são abatidas.
O que é grande e forte diminui. O que é suave e fraco prospera.
85
- Cuidado com essa observação... Vaidade de vaidades! É tudo vaidade! E
olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o
trabalho que eu, trabalhando tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de
espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol... Todo o dever do homem
consiste em temer a Deus e em guardar os seus mandamentos. - O professor citou
o livro bíblico Eclesiastes.
- Compreendeu, Arthur?
- Mais ou menos...
- Não é de hoje que sabemos que qualquer trabalho que façamos só tem valor
quando estamos agregados a uma força maior. Ademais, tudo é vaidade! Somente
a companhia dessa força nos vacina contra a estupidez e nos protege contra a
infelicidade.
E pausaram mais uma vez para saborear o momento.
Depois, o professor proferiu suas últimas palavras...
- Arthur, desde o início, tínhamos certeza de que você estaria conosco.
- Alegrou-se... - Volte para o convívio de sua família e tenha a certeza de que
conseguirá melhorar sua vida. - Aconselhou... - Atreva-se a ser o que você é! Sua
espada deve ser o amor. Sem amor nada tem sentido. Ele sempre deve inspirar
suas ações. De resto, descubra aquilo de que gosta e aprenda a viver disso.
Procure uma companheira que o ame e você a ela. Compreenda que tudo que fizer
deverá estar atrelado à sua essência. Ela o colocará nas asas Dele. Não precisa
correr, apenas dar um passo de cada vez...
E veio o silêncio. Arthur espreguiçou-se e olhou novamente a algazarra das
andorinhas. Acompanhando a pureza dos seus voos rasantes, ele sentia que não
estava mais só. Depois de longos anos numa árdua jornada, eis que via-se um
brilho sereno nos seus olhos... Ele finalmente estava aprendendo a viver.
* * *
86
Cursos da Terapia do Bem
CURSO INTRODUTÓRIO
Curso para capacitação de grupos interessados na formação básica abaixo. Sobre dis-
ponibilidade veja no site da ABRATEB - Associação Brasileira da Terapia do Bem: www.
abrateb.com.br.
Público: Sociedades Civis, ONGs, Empresas no geral.
Duração: 3 finais de semana, 1 por mês.
FORMAÇÃO BÁSICA
Curso efetuado em 5 meses consecutivos, 1 final de semana por mês.
Público: Grupos que fizeram o curso introdutório, alunos de acupuntura, acupunturis-
tas, auriculoterapeutas.
Conteúdo
- Visão psíquica da MTC;
- Definição moderna de energia vital;
- Programa dos Cristais Radiônicos;
- Potencialização dos Cristais;
- Demonstração prática do Protocolo de Liberação do Shen, PLS;
- Estudos de PNL:
- Os 3 níveis de psiquismo;
- Mecanismos de defesa;
- Formação da personalidade;
- Reações comportamentais;
- Emoções;
- Canais de comunicação;
- Palavras processuais;
- Rapport;
- Recuperação da estrutura profunda;
- Âncoras;
- Melhorando comportamentos;
- Técnica de Ressignificação Consciente, TRC;
- Introdução às Técnicas de Meditação Evolutivas, TME.
Conteúdo
- Fases psíquicas das doenças;
- A importância dupla dos diagnósticos eletrônicos:
(1) Analisar o reflexo do psiquismo nos órgãos;
(2) Verificar a funcionalidade dos tratamentos.
- Apresentação do método Ryodoraku:
- Como medir os pontos;
- Como construir o gráfico adaptando-o para o psiquismo;
- Utilização da planilha Excel;
- Como analisar as somatizações;
- Estudo de casos clínicos;
- Prática entre os alunos;
- O que é EAV? Como surgiu? Diferenças Ryodoraku e EAV;
- Como medir os pontos auriculares pelo método EAV;
- Como interpretar; Prática entre os alunos;
- Técnicas de tratamento: Combinando o módulo 1 com o módulo 2;
- Coerência Cardíaca.
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Conteúdo
- Revisão geral;
- Radiestesia Evolutiva;
- Técnicas de relaxamento alpha e theta:
- Técnicas de Meditação Evolutivas - TME:
- Meditação da Árvore;
- Meditação do Sorriso Interior;
- Meditação do Baguá.
MÓDULOS AVANÇADOS
Módulo I
Diálogo do imperador amarelo com seu conselheiro Qibo:
Imperador Amarelo:
- Como aumentar os efeitos das agulhas e moxas, desejo ouvir mais a respeito.
Conselheiro Qibo:
-Para tornar os pontos dos meridianos mais eficientes, deve-se curar primeiro o espírito.
Na Terapia do Bem, aprende-se que o mais importante é a presença do Shen… E que
a aplicação das diversas leis cronológicas do livro Conceitos da Terapia do Bem para
o estímulo dos pontos dos meridianos, por vezes, se fazem necessária. Unir os con-
hecimentos dos módulos anteriores com as leis dos meridianos é a arte suprema deste
módulo de formação.
- Tonificação e dispersão dos meridianos segundo as diversas estações do ano;
- Vasos Maravilhosos;
- Tartaruga sagrada;
- Exemplos de tratamentos com CRs.
Duração: 3 finais de semana.
Módulo II
Estudo da psicologia do destino familiar do Dr. Szondi, humanista húngaro. Dentro dos
tratamentos na Terapia do Bem, muitos dos problemas emocionais só se resolverão depois
que os pacientes entenderem a dinâmica familiar deles.
Afora isso, o Dr. Szondi nos brinda com paralelismos importantes, inclusive complemen-
tando sobre as técnicas de liberação do Shen. Para ele, nossa mente lida melhor com as
emoções quando há equilíbrio entre os hemisférios cerebrais. O que nos remete a obser-
var sobre a importância de se educar em permanecer em estado mental alpha. Em nível
mental betha, predomina o hemisfério cerebral esquerdo. Em nível alpha, os hemisférios
cerebrais esquerdo e direito funcionam em harmonia. Em tetha, predomina o hemisfério
cerebral direito.
Importante: Cada aluno deverá fazer, antecipadamente, o seu teste
experimental.
Para tanto, ser-lhe-á enviado um arquivo eletrônico contendo orientações.
Deverá fazer, também, a árvore genealógica de sua família, contendo: profissão, doen-
ças e comportamentos, até bisavós (se possível).
Duração: 3 finais de semana.
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RELATOS VIA INTERNET
Simone
Atendi um rapaz com câncer na cabeça. Usei os cristais com ele e ele me fez
o seguinte relato: “Não estava enxergando e passei a ver, minhas dores no
corpo acabaram, minhas mãos e braços estão soltos e livres, preciso me tratar
com esta técnica. E fez a seguinte pergunta: Por que os médicos não me
indicaram isto antes? É maravilhoso!!!
Sheila
Simplesmente perfeito... Juntei a técnica de EFT e cristais na aurículo nos
pontos que tratam obesidade, resultado surpreendente, tive uma paciente que
relatou até sentir náusea caso repetisse ou exagerasse no prato.
Marilia
Estou usando os cristais em alguns dos meus clientes aqui na Inglaterra desde
que voltei das férias trazendo os cristais comigo. O caso que quero relatar é de
uma cliente com dor ciática há mais de 8 anos. Ela relatou que, após tentar
várias drogas e tratamentos, estava tomando gabapentina. Ela sentia um
pequeno alívio, mas não se livrara das dores e os efeitos colaterais estavam
sendo insuportáveis e os médicos disseram que não havia mais nada que
pudessem fazer por ela. Comecei seu tratamento com as agulhas em dezembro
antes de sair de férias, na primeira sessão, ela quase não conseguia subir na
maca e deitar de bruços, nem pensar! Com algumas poucas sessões, ela se
sentia melhor no geral, as dores diminuíram, mas ainda continuavam.
Recomeçamos o tratamento assim que cheguei no começo deste mês, as dores
continuavam, embora mais suportáveis. Expliquei a ela que eu usaria os
cristais radiônicos em pontos da orelha e ela aceitou. Ao final da primeira
sessão, ela se sentia bastante relaxada, mas não reportou nada mais marcante.
Após uma semana, quando veio para a segunda sessão, relatou que sentiu
uma mudança de atitude perante vários problemas que estava enfrentando
na família, e isso depois de um sonho visionário que teve e me disse que as
dores haviam diminuído bastante.
Hoje, depois de 11 dias, ela veio para a terceira sessão, os cristais ficaram
na orelha por 6 dias, as dores diminuíram muito logo no começo da semana,
ela começou a diminuir o medicamento durante esses dias, mas, como tinha
um curso para atender na terça, resolveu não tomar nenhum comprimido...
Bem, desde segunda-feira ela não toma o medicamento e só teve um
pouquinho de dor quando precisou sair do carro rápido num frio intenso
quando dirigia de volta pra casa (250 km de viagem) ontem. Hoje, sexta-feira,
ela chegou e saiu do consultório sem dor, com um imenso sorriso e me pediu
pra te dar um recado, Raul. Ela disse: - “Please, tell him that I love him!”
Adriano
Outro dia tratei uma paciente (ela tem entre 55 e 60 anos) que tinha, entre
outras coisas, muito medo da mãe dela morrer (sua mãe tinha Mal de Alzheimer).
Perguntei se ela gostaria de trabalhar esse aspecto. Ela concordou. Perguntei se
isso ajudaria ela, aquele consentimento de praxe. Ela respondeu afirmativamente.
Ela só faz acupuntura a cada 15 dias e não veio no retorno. Uma semana
depois, ela ligou dizendo que faltou porque não estava em condições, pois s
ua mãe havia morrido. Ela falou também que gostaria de dar continuidade ao
tratamento e que precisava conversar comigo. Quando chegou o dia da sessão,
ela me falou que se achava responsável pela mãe ter ficado viva tanto tempo
(pois tinha medo de deixá-la ir) e que, quando ela passou a não ter mais medo,
sua mãe partiu. Agora ela não tem mais lembranças nítidas da mãe doente
(essa imagem estava ficando cada vez mais nebulosa) ela só consegue lembrar
da mãe bem e brincalhona como sempre foi”.
Fabiana
Tive a oportunidade de receber um atendimento com cristais radiônicos. Os
resultados são mesmo incríveis!!! Me senti muito bem, tanto na parte física
(bursite de quadril) quanto na parte emocional (preocupações com familiares
próximos). Hoje, a preocupação logicamente existe, mas não me deixa mais
em aflição, não me perturba, é uma preocupação normal que temos todos os
dias. Hoje estou utilizando cristais em todos os meus pacientes no consultório,
tanto em aurículo, como na sistêmica. Todos referem se sentir muito bem.
Meu filho faz tratamento com vacina semanalmente para alergia e, às vezes,
necessita de antialérgico para complementar. Na última crise, utilizei apenas
os cristais em pontos de alergia, pulmão e consegui manter apenas cristais,
sem remédio.
Lineia
Estou com uma paciente tratando, desde janeiro, tendinite de quervain e
artrose em punho (diagnóstico pelo médico, raio-x e ultrassom), com dores
lancinantes em polegar, chegando a irradiar até ombro. Já tinha feito de tudo:
acupuntura, laser, magneto, RMA, etc. Anti-inflamatórios os mais potentes
não deram resultados. Enfim, recebi os cristais e usei a técnica para preocupações,
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ansiedade, medos e mágoas. Ao final da técnica, o dedo que estava travado
abriu, mas continuaram as dores. Na segunda semana, o dedo permanecia
com a mobilidade bem melhor, mas com muita dor. Repassei os cristais
novamente E TEVE TOTAL AMPLITUDE DO DEDO no final da sessão, mas as
dores continuaram só no dedo e punho, o ombro não tinha dor. Para minha
surpresa, retornou ontem ao consultório com muita dor de cabeça e fiquei até
com medo de perguntar do dedo; aliviaram em 90% as dores do polegar,
estava feliz, só coloquei uns cristais em VB, bexiga e fígado e as dores de
cabeça sumiram!
Cláudia
Ontem eu coloquei uns cristais na minha filha. A experiencia foi interessante.
Ela tem 10 anos, e tem aquelas frivolidades de uma menina de sua idade...
Ela estava vendo o programa do Gugu e estavam falando do acidente dos
“Mamonas Assassinas”, e ela veio até mim bastante ansiosa, achei que era
brincadeira, ela referia medo de cair de avião como aconteceu com os mamonas.
Perguntei quanto aquilo a incomodava de 0 a 10, ela disse que era 10, então
coloquei o Shen men e o Rim, quando a escala baixou para 3 e, conforme eu
fui colocando nos demais pontos, ela foi se acalmando, e na hora que
terminei, perguntei quanto ainda restava de sensação incômoda, e ela falou
que tudo tinha passado, e que lembrava apenas da palavra mamonas, não
lembrava da outra palavra... Ela também sentia um pouco de raiva dos
amiguinhos da escola que tiram sarro dela, a raiva diminuiu também. Ela
ficou zen e foi dormir. Hoje quando fui buscá-la na escola, ela me perguntou
se eu havia feito “lavagem cerebral” nela, porque uma amiga que a irrita muito,
sentou atrás dela e a ficou irritando, repetindo em voz alta o que ela falava
para todos ouvirem na sala. E ela falou que suportou bem... Se fosse em outra
ocasião, talvez teria agredido a menina. Mas, em todo caso, eu orientei para
ela se sentar longe da menina zombeteira, afinal, não é justo aguentar esse t
ipo de coisa... Mas ela veio me perguntar se eu tinha feito lavagem cerebral
nela... legal, né?
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coisa tava demorada, mas teve uma hora que perguntei e ele disse que não
sabia mais o que tinha na mesa. Resultado, ele não lembra mais dos doces,
sua fome diminuiu e está mais calmo.
Gostaria de relatar aqui a experiência que tive hoje com uma paciente. Não
sei se o Sr. lembra de uma paciente que tenho que tem câncer, que vive com
dores, além do seu psicológico estar muito ruim, pois viveu muitos anos com
uma pessoa que a magoou muito e foi constatado pela médica oncologista que
seu desgosto de um tempo pra cá fez com que o câncer avançasse. Hoje foi
incrível, antes de começar a sessão de relaxamento, comecei a trabalhar os
cristais nela. Pedi que focasse nessa pessoa que a incomodava e pedi que me
desse uma escala de 0 a 10. Ela me disse que era 9,99. Então comecei a colocar
os cristais, e sempre pedindo a ela que medisse os sentimentos. Em um
determinado momento, percebi uma certa confusão em seu olhar, e pedi que
me relatasse o que estava acontecendo. Sua resposta: “Não consigo mais me
concentrar nele”. Pedi novamente que me desse uma escala, e ela disse que nem
lembrava mais dele. Maravilhoso! Na hora de ir embora após a sessão de
relaxamento, quando entrou no carro, disse: “Olha, estou sem dor e com o
pensamento muito vago”. Pois até para sentar no carro hoje sentia dores. Foi
muito bom ter vivido essa experiência, principalmente com essa paciente que
tem sofrido muito.
Cláudia
Coloquei os cristais numa paciente (essa foi a mais sensível em termos de
relato imediato) ela sentiu na hora o corpo mais leve, energia correndo pelo
corpo e as preocupações desapareceram no primeiro cristal, mas eu coloquei
muitos cristais: shen men, rim (ela tem um cisto nesse órgão), pulmão, baço,
coluna toda, ansiedade, neurastenia. No dia seguinte, teve uma queda de
pressão, após de tomar o remédio controlado, concluiu, então, que o cristal
equilibrou tanto que a dose do remédio ficou alta, ela foi ao médico e ele
concluiu o mesmo e o que o fez diminuir a dosagem do remédio para a pressão.
Cláudia
Recentemente, atendi uma senhora a pedido de seu marido. O filho do casal
tinha sido assassinado há um mês. Foi emocionante o resultado. Na hora ela,
conseguiu se libertar da raiva, do ódio, da angústia e de tudo de ruim que
consumia seu coração.
Nelson
Cada vez mais vejo a influência dos crystais (prof. Coloquei o y proposital
pois meu relato se dá sobre tratamento do psiquismo, letra das 3 incógnitas)
em nível mental das pessoas. Paciente com relacionamento falido, envolvida
com outro, com labirintite, sem energia, triste, angustiada, sentindo-se
culpada, etc... Fazendo 2 semanas de tratamento, nos pontos que achei
importante, o relato da paciente é muito interessante: “Não tenho mais
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labirintite, continuo dividida, mas sem culpa, me alimentando melhor e me
considerando a personagem mais importante da história”. Importante: não
se trata com remédios, não tem psicólogo, apenas associei um floral. Ela
mesmo não entende a melhora e me perguntou o que aconteceu.
Respondi-lhe: Nada de milagres, é pura cientificidade associada à vontade e
intencionalidade. Obrigado, professor.
José Leonardo
Tenho Acompanhado seu trabalho à distância há algum tempo, e gostaria de
dizer que tenho muito respeito e admiração pela forma séria, pioneira e
responsável com que você divulga a Radiônica aplicada à saúde. Sou coronel
paramédico do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco e acupunturista
formado pela NESSA – Escola de Acupuntura da Nova Inglaterra, por algum
tempo experimentei o uso do seus cristais radiônicos para tranquilizar vítimas
de traumas (emocionais e físicos) nas ocorrências do Grupamento de Emergências
pré-hospitalares do Corpo de Bombeiros e a resposta ultrapassou em muito as
nossas expectativas. Infelizmente, ingressei na Reserva (aposentei-me) e tive
de parar com as pesquisas sobre o uso da acupuntura e cristais radiônicos no
Corpo de Bombeiros, mas gostaria de dar esse meu depoimento. Hoje,
lecionamos a cadeira de Acupuntura Reflexas (Microssistemas) em diversos
cursos de Pós-Graduação para fisioterapeutas no Recife e Campina Grande/
PB, além de cursos de extensão acadêmica no Recife, nos quais o assunto
cristais radiônicos faz muito sucesso, depois de demonstrados os seus efeitos
na prática. São realmente impressionantes e duradouros. Faço o uso da hipnose,
recoloco a pessoa na condição do trauma e aplico os cristais, tanto no
microssistema auricular, quanto no microssistema Sujok (microssistema do
inseto). As respostas são verdadeiramente milagrosas e normalmente permanecem
por longo tempo, com uma única aplicação.
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SOBRE O AUTOR