Você está na página 1de 126

A ARTE

PRÉ-HISTÓRICA NO BRASIL
PRINCIPAIS LOCAIS DA ARTE PRÉ-HISTÓRICA NO BRASIL

SERRA DA CAPIVARA – PIAUÍ

As mais antigas manifestações de pinturas rupestres


no Brasil encontram-se na Serra da Capivara, no Piauí,
datando de cerca de 13000 a.C. Em 1991, o Parque
Nacional da Serra da Capivara foi reconhecido pela
UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade por
abrigar o mais importante patrimônio pré-histórico das
Américas e a maior quantidade de pinturas rupestres
do mundo. O Parque Nacional Serra da Capivara se
localiza no Estado do Piauí, ao Sul. Possui vários sítios
arqueológicos e o Museu do Homem Americano, tem
6.000 a 13.000 anos de idade, foi descoberto em 1970
por Niède Guidon, as pinturas mostram pequenas figuras
de homens e animais.
AS TINTAS E CORES DA ARTE RUPESTRE

As tintas naturais fabricadas pelos artistas rupestres eram obtidas e extraídas


do próprio ambiente. A Hematita, um mineral abundante no Estado, com alta
concentração do elemento Ferro, fornece um pigmento inorgânico de cor
avermelhada. Do mineral Goetita, quando moído, se obtêm um pó marrom
escuro que dá um pigmento de cor ocre muito comum nas pinturas. O Caulin,
pigmento originário de uma argila branca. Os materiais usados para aglutinar
os pigmentos e produzir tinta à prova de escorrimento ou gotejamento, eram
sangue, látex vegetal (seivas em geral), clara e gema de ovos.
OUTROS LOCAIS

PEDRA PINTADA – PARAÍBA

Em Pedra Pintada, na Paraíba, foram encontradas pinturas com cerca de


11 mil anos de idade.

VALE PERUAÇU E VALE DO RIO DAS VELHAS – MINAS GERAIS

Em Minas Gerais, chamam atenção os registros de arte rupestre localizados


em várias cavernas do vale do Peruaçu, que se distinguem por seus raros
desenhos de padrões geométricos, executados entre 2.000 e 10.000
anos atrás.

Outros Sítios de pintura Rupestre ficam em Naspolini, no estado de Santa


Catarina, na região Sul do país.
Em Minas Gerais na região de Lagoa Santa, Varzelândia e Diamantina
próximo à cachoeira da Sentinela.
Destacam-se também a Toca da Esperança, região central da Bahia e
Florianópolis, estado de Santa Catarina, no sul.
01 - SERRA CAPIVARA
LINK HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=9576H-X39J8
Z
O
Ó
L
I
T
O
S
Zoólitos, são artefatos indígenas confeccionados
em pedra polida, e também, em outros materiais.
Os zoólitos foram produzidos por culturas prè-
históricas que outrora habitaram principalmente
o litoral brasileiro
ÍDOLO DE IGUAPE,
é uma estatueta de forma antropomorfa pré-colombiana encontrada
em Iguape no ano de 1906.

Em 1906, o pesquisador teuto-brasileiro Ricardo Krone (1862-


1917), localizou uma estatueta antropomorfa (representação
estilizada da figura humana), esculpida em pedra gnaisse. A peça
mede 9 cm de altura, 8 cm de comprimento por 3,2 cm de largura. A
descoberta ocorreu durante uma de suas pesquisas no sambaqui do
Morro Grande, localizado entre o Rio das Pedras e o Rio Comprido,
na Estação Ecológica da Juréia-Itatins. Esta ficou conhecida nos
meios científicos como Ídolo de Iguape. Sua idade, calculada pelo
teste Carbono 14, revelou que possuía mais de 2500 anos
ARTE MARAJOARA E TAPAJÓ
ARTE MARAJOARA E TAPAJÓ

Encontrada na atual cidade de Santarém as margens do Rio Tapajós, no


baixo Amazonas. Datada entre 1000 e 1600 d.C.. Cultura Tapajônica.
Os estudos arqueológicos que vêm sendo realizados demonstram que,
na ilha de Marajó (Pará), por volta do primeiro milênio a.C., ocorreu
uma ocupação de agricultores e ceramistas, provavelmente vindos dos
Andes, com 5 fases arqueológicas distintas:

Ananatuba (980 a.C. / 200 a.C.), Mangueiras ( d.C100), Formiga (d.C


100/400), Marajoara (d.C. 300/1350), Aruã (até 1820).

A “menina dos olhos” da arqueologia Amazônica é da fase Marajoara,


cuja principal característica é a presença de vasos, urnas, peças com
formas humanas, tangas, estatuetas, sempre com muitos detalhes
de acabamento, seja com desenhos em baixo-relevo ou aplicação de
desenhos em alto-relevo. As característcas de produção e a grande
variedade de peças sugerem que ali vivia um grupo, ou grupos, com
razoável grau de organização e de estratificação social.

Pouco restou da cultura dos índios Tapajós, grande nação que habitava a
região de Santarém. Apenas os muiraquitãs, pequenas esculturas de rãs em
pedra, os machados polidos e uma cerâmica tão elaborada que mais parece
escultura que simples vasos.
O MUIRAQUITÃ,
símbolo das culturas amazônicas, é um amuleto feito de pedra verde (nefrita)
Os muiraquitãs, também conhecidos como pedra verde, são artefatos
de pedra confeccionados em minerais ou rochas de elevada dureza,
e cuidadosamente esculpidos em formas variadas. Como o jade é
desconhecido na Amazônia, os muiraquitãs, durante muito tempo,
foram considerados vestígios de antigas culturas asiáticas.

LENDA – Na Amazônia, uma das lendas indígenas mais conhecidas sobre o


amuleto de cor verde, talhado em pedra, é a que define o muiraquitã como
um objeto utilizado pelas mulheres Tapajoaras (da área de influência do Rio
Tapajós, no oeste do Pará), para prevenir doenças e evitar a infertilidade.

A popularidade do amuleto se espalhou pelo Baixo Amazonas até o Caribe,


onde exemplares do muiraquitã foram encontrados. Sua origem pode estar
ligada às índias guerreiras da lendária tribo Ikamiabas (ou Amazonas), que
viviam na Região do Baixo Amazonas em uma tribo isolada, às margens do
Rio Nhamundá.
CERÂMICA DE SANTARÉM

A arte da cerâmica evoluiu, consideravelmente, quando deixou de se


dedicar somente a objetos do cotidiano, e partiu para a manufatura
de ídolos e adornos religiosos onde cada peça passou a ser tratada
como uma obra de arte especial dedicada aos antepassados ou aos
guias espirituais. Os detalhes artísticos, em relevo, eram obtidos com a
aplicação sobre a peça de uma fina camada de argila que era trabalhada
e recortada delicadamente. A complexidade e a diversidade da Cerâmica
de Santarém não têm precedentes e o significado de suas imagens e
símbolos continua desafiando os pesquisadores.

Os grafismos pintados com pigmentos orgânicos e inorgânicos através


de variadas técnicas, como a incisão, a marcação com malha, a inserção
de apliques, a pintura, embora poucas vezes empregada, utilizava
uma técnica que incluía o uso da bicromia e da tricromia. As vasilhas
apresentam contornos complexos associando harmoniosa e regularmente
a representação de figuras humanas e de animais. Os objetos mais
significativos, da grande variedade apresentada na cerâmica de Santarém,
são os vasos de cariátides, os vasos de gargalos, as estatuetas e os
cachimbos.
VASO DE CARIÁTIDES
Os vasos cariátides são semelhantes a uma espécie de taça que, por
intermédio de três cariátides femininas, repousa em um suporte.
VASO DE GARGALO

“(...) os de gargalo lembram uma lâmpada votiva oriental, com um gargalo


emergindo ao centro de duas asas alongadas para os lados, com estilização
de cabeças de pássaros ou jacarés. Ambos são sobrecarregados de relevos ou
ornatos esculpidos, dando ao conjunto uma pompa ‘barroca’ e uma riqueza
que não se encontram em outras manifestações similares na Amazônia”.
ESTATUETAS

As estatuetas antropomorfas
de Santarém, encontradas nos
bolsões e áreas de terra preta
às margens do Tapajós, se
caracterizam pela diversidade
de formas e pelo realismo na
reprodução da postura e gestos.
Todas as estatuetas foram
moldadas à mão, algumas
maciças e outras com o corpo
ou a cabeça ocos. Embora a
maioria não apresente vestígios
de pintura, em algumas peças
a pintura usada foi branca,
vermelha, vermelha sobre
branca e vermelha e preta
sobre branca.
URNAS FUNERÁRIAS

Foram encontradas grandes urnas funerárias, chamadas de Igaçabas,


decoradas com desenhos labirínticos, em enormes aterros perto do lago Ararí.
As urnas funerárias marajoaras- igaçabas- eram feitas em
cerâmica com formatos que lembram entidades míticas.
Arte fatos Indígenas apresentou as novas coleções de artes indígenas adquiridas
pela Secretaria Municipal de Cultura para integrar o acervo do Pavilhão das
Culturas Brasileiras. A exposição retoma as diretrizes concentuais traçadas por
Adélia Borges e equipe no projeto que deu origem a este novo espaço cultural,
projeto que propõe a inserção da produção indígena contemporânea no universo
das artes populares do Brasil.

A exposição apresentou as novas coleções por módulos que correspondem a


diferentes povos indígenas, ou associações de povos indígenas, com o objetivo
de salientar a diversidade desta produção e evidenciar como esta produção se dá
dentro de tradições estéticas específicas a cada povo, e está intimamente ligada
a processos contemporâneos de reafirmação de identidades, não só enquanto
povos indígenas do Brasil, mas também enquanto etnias específicas.

Peças:
Foram 274 obras de arte e artefatos indígenas, representando a produção
contemporânea de vários povos indígenas da Amazônia, entre eles os Wajãpi,
Palikur, Galibi-Maworno, Tiryió, Wayana e Apalai, Asurini e Kayapó.
Objetos rituais (tais quais máscaras, ornamentos corporais e instrumentos musicais)
e do cotidiano (tais quais cerâmicas, cestos e bancos esculpidos em madeira)
ilustrou as diferentes tradições estéticas dos povos indíegnas representados.
Cerca de 30 desenhos sobre papel mostraram a riqueza da arte gráfica Wajãpi e
uma dezena de esculturas em madeira denotam a maestria dos povos indígenas
do Oiapoque em representar os animais com que convivem.
02 - ARTEFATOS INDÍGENAS
Nozanina

Compositor: VILLA-LOBOS¸ Heitor



Recolhida por Roquette Pinto


Letra:

Nozanina ná ôrê kuá, kuá,


Kaza êtê, êtê,
Nozani ná ôrê kuá, kuá
Nozani noterahan, rahan
Oloniti, niti,
notereharan,
kozêtozá, tozá,
nôtêrá, têrá,
kenakiá, kiá,
nê ê êná, êná,
Uálálô, lálô,
firáhalô, halô
Nolô
Uai!

Edição: Paris: Max Eschig, 1929

“Canções típicas brasileiras”.

Canto dos índios Paricis da Serra do Norte (Mato Grosso) 03 - NOZANINA


Remos – Coleção Mário Domingos - ( Da direita para esquerda).

Remo Kayabi, origem : Xingu – Mato Grosso (madeira)


Remo Baniwa, origem: Amazonas (Pau- brasil)
Remo Carajá, origem: Tocantins (madeira)
Remo Iudjá: Xingu – Mato Grosso (madeira)
Remo Mehinako, origem: Xingu- Mato Grosso
Remo Caiçara. origem: Ubatuba- São Paulo
GRAFISMO GRAFISMO
G R A F I S M O
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
G R A F I S M O
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
GRAFISMO GRAFISMO
04 - Grafismo Indígena
MUSEU DAS CULTURAS DOM BOSCO

http://www.mcdb.org.br/

Você também pode gostar