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Eduardo Marchiori
Estamos de fato em um momento decisivo na história desse país, não pelo fato de
termos uma candidata mulher a presidência, fato que já havia ocorrido com a tentativa de
Heloísa Helena em 2006 pelo PSOL, mas por termos uma participação mais ativa da população
no debate que envolve a escolha dos candidatos.
A presença da mídia sempre foi muito forte e decisiva em eleições, cabe aos eleitores
terem a capacidade de discernir o que for real de boataria. Ataques políticos são comuns no
Brasil, o que o PSDB passou tendo o sigilo bancário de vários de seus membros quebrado já foi
realizado pelo mesmo e é, também, pratica comum na política brasileira.
Gostaria de lembrar que o governo petista tem projetos de censura à mídia. E esta que
é conhecida como quarto poder tem todo direito de se defender, dentro dos limites legais.
Ainda mais quando se trata de um direito constitucional e de empresas privadas que teriam
sua proposta de serviço proibida de ser realizada.
O Brasil tem um papel muito importante na América Latina, porém tem sido deixado
de lado e diversas vezes cedeu a pressões externas. A atuação brasileira na política
internacional foi de destaque, excetuando-se no seu próprio continente. A busca por um
mercado ou apoio político na América do Sul é fútil, recheada de governos instáveis e de
mercados com produtos semelhantes ou subdesenvolvidos não temos nada a ganhar aqui.
Para não deixar a América do Sul com um olhar simplesmente econômico resolvi me
estender um pouco nesse tópico. Lembremo-nos da nacionalização de propriedade estatal em
território venezuelano (Petrobras). Do calote da Venezuela, Bolívia, Paraguai e Equador. Dos
conflitos internos dentro do continente nos quais o Brasil perdeu seu papel de mediador,
dentre outros incidentes que poderiam ter sido evitados com uma política internacional mais
severa com relação aos nossos vizinhos.
A luta das mulheres na sociedade brasileira, como a Lei Maria da Penha, aprovada
durante o governo petista, não será de qualquer forma anulada ou impedida. Não há mais
espaço na sociedade atual para preconceitos e segregação. O que ocorreu com Dilma foi ato
de pessoas preconceituosas e despreparadas, só posso dizer que tenho vergonha de saber que
esse tipo de ação ainda ocorra em nosso país.
Porém sabemos que não se pode condenar o candidato pelos boatos preconceituosos
que circulam. Todos sabemos que o mesmo tipo de coisa acontece com o candidato Serra,
recebendo apenas menos destaque. A culpa nesse caso é dos eleitores desapropriados de bom
senso e educação.
O PT, tanto quanto o PSDB, ou o DEM, ou qualquer outro partido, tem sua história
manchada pela corrupção. Não adianta voltar no tempo e atacar o Fernando Henrique
Cardoso, muito menos falar mal do atual governo petista, essas coisas não estão em questão.
Não passam de distrações do foco principal, quem são os candidatos, quais são as suas
propostas e o que podem ou não fazer por nós, brasileiros, todos, não apenas os
“privilegiados”.
Algumas propostas dos candidatos, para aqueles que só se importam em ler os jornais
e as fofocas, que expões suas opiniões sem antes se informar.
Dilma:
Serra:
1
Lei Rouanet: Lei de incentivos a cultura que tem como destaque incentivos fiscais que
possibilita a empresas destinar parte de seu IR devido em ações culturais. Sendo de 6% para
pessoas físicas e 4% para pessoas jurídicas. Tem como base a promoção, proteção e
valorização das expressões culturais nacionais.
Essas são apenas algumas das idéias dos candidatos, não sendo nem de perto o total
de propostas.
Não espero mudar a opinião de ninguém com o que escrevi e tenho a sabedoria de
que minha bagagem cultural e acadêmica não é tão grande, tanto que deixei de abordar mais
profundamente certos tópicos que planejava por haver necessidade de um estudo mais
profundo nos próprios, mas tenho esperança de não importando quem seja eleito o Brasil seja
beneficiado, indiscriminadamente.