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GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

DILEMA DA ADMINISTRAÇÃO DO ESTOQUE

“Devemos sempre ter o produto de que você


necessita, mas nunca podemos ser pegos
com algum estoque”.
O controle de estoque é parte vital do
composto logístico, pois absorvem de
25% a 40% dos custos totais,
representando uma porção substancial do
capital da empresa.

PARA QUE SERVEM OS ESTOQUES:


¾ Separar fases do processo com
estabilidade operacional;
¾ Permitem ainda proteger a empresa em
relação a erros de precisão do consumo;
¾ Protegem as empresas contra
interrupções no fornecimento, greves,
problemas climáticos ou desastres
naturais;
¾ Proteger a empresa em relação a erros
de precisão do consumo;
¾ Defesa de subidas súbitas de preços.
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

TIPOS DE ESTOQUE:
¾ Estoque de Matéria Prima;
¾ Estoque de Produtos em Processo;
¾ Estoque de Produtos Acabados;
¾ Estoque em Trânsito;
¾ Estoque em Consignação.

Estoque de Matéria Prima:

¾ São todos os itens utilizados nos processos de


transformação em produtos acabados.
Independentemente de serem materiais
diretos, que se incorporam ao produto final,
ou indiretos, que não se incorporam ao
produto final (Ex.: farinha, embalagem, graxa,
caneta, cartucho para impressora, etc).

Estoque de Produtos em Processo:

¾ Correspondem aos itens que já entraram no


processo produtivo, mas ainda não são
produtos acabados.
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

Estoque de Produtos Acabados:

¾ São todos os itens que já estão prontos para


serem entregues aos consumidores finais.
São os produtos finais da empresa.

Estoque em Trânsito:

¾ Correspondem a todos os itens que já foram


despachados de uma unidade fabril para
outra, normalmente da mesma empresa, e
que ainda não chegaram a seu destino final.

Estoque em Consignação:

¾ São os materiais que continuam sendo


propriedade do fornecedor até que sejam
vendidos. Em caso contrário, são devolvidos
sem ônus.
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

RAZÕES PARA A NÃO CONSTITUIÇÃO DE


ESTOQUES
Æ Correspondem a grandes investimentos;
Æ Custo de Aquisição;
Æ Custo de Armazenagem;
Æ Custo de Pedido e
Æ Custo de Falta
Æ Ocultam problemas e ineficiência.

Custo de Aquisição:

¾ É o valor pago pela empresa compradora pelo


material adquirido. Esta custo está
relacionado com o poder de negociação da
área de Compras, em que buscará minimizar o
preço pago por unidade adquirida.

¾ Embora este custo não seja de


responsabilidade direta do Administrador de
Materiais ele implicará diretamente o valor do
material em estoque.

¾ Quanto maior o preço unitário pago, maior


será o valor de estoque para a mesma
quantidade estocada.
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

Custo de Armazenagem:

¾ O Administrador de Materiais é responsável


por manter o custo no nível mais baixo
possível, pois trata-se de um dos itens que
mais oneram a empresa em sua lucratividade.

¾ Quanto mais estoque:

¾ Mais área necessária, mais custo de


aluguel/compra.

¾ Mais pessoas, mais equipamentos


necessários para manusear os estoques e
mais custo de mão-de-obra e de
equipamentos.

¾ Maiores as chances de materiais serem


furtados e/ou roubados e custos
decorrentes;

¾ Maiores as chances obsolescência ou seja


maiores chances dos materiais se
tornarem obsoletos como conseqüência
mais custos decorrentes de materiais que
não serão mais utilizados.
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES
Custo de Pedido:

¾ É o valor gasto pela empresa par que


determinado lote de compra possa ser
solicitado ao fornecedor e entregue na
empresa compradora.

¾ Se o custo de armazenagem está ligado


diretamente à área de armazenagem, o custo
de pedido refere-se aos custos administrativos
e operacionais da área de Compras.

Custo de Falta:

¾ O custo de Falta de um item em estoque pode


causar diversos e, muitas vezes, grandes
prejuízos à empresa compradora.

¾ O problema é que esse tipo de custo é difícil


de ser calculado com precisão uma vez que
envolve uma série de estimativas, rateios e
valores intangíveis.

¾ Exemplo: O atraso de fornecimento de um


item que causou a parada de cinco horas no
setor de produção e desta forma não poderá
entregar o pedido ao cliente conforme havia
sido acordado.
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

Uma das informações básicas para


administração de estoques é o tempo
de reposição, isto é, o tempo gasto
desde a verificação de que o estoque
precisa ser reposto até a chegada
efetiva do material no almoxarifado da
empresa. Dividido em 3 partes:

9 Emissão do pedido: Tempo que leva da


emissão até chegar no fornecedor.

9 Preparação do pedido: Tempo que o


fornecedor leva para fabricar, separar
os pedidos.

9 Transporte: Tempo que leva da saída do


fornecedor até o recebimento do
material encomendado.

Conhecendo bem estas três partes


poderemos nos antecipar a eventuais
problemas de falta de estoque.
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

NÍVEIS DE ESTOQUE

¾ A representação da movimentação
(entrada e saída) de um produto
dentro de um sistema de estoque pode
ser feita por um gráfico. Este gráfico é
chamado dente de serra.

Quantidade

Reposição
140
120 Consumo
100
Consumo
80
60
40
20

J F M A M J J A S O N D
Tempo
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES
PROBLEMA DE FALTA DE ESTOQUE.

Quantidade

140
120
100
80
60
40
Tempo
20
J F M A M J J A S O N D

9 O estudo da administração de estoque


deverá ter como objetivo impedir a falta de
produto com uma solução mais econômica
possível.

140 Quantidade
120
100
80
60
40
20 Estoque Segurança

J F M A M J J A S O N D
Tempo
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE REPOSIÇÃO
(QUANDO PEDIR?)

A fórmula básica do ponto de reposição é:

PR = Dm x TR + Es

Onde: PR = ponto de ressuprimento em


unidades
Dm = demanda média diária
TR = tempo de ressuprimento
Es = Estoque segurança em unidades

DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE SEGURANÇA

A fórmula básica do estoque segurança é:

Es = Dm x K

Onde: Es = Estoque segurança em unidades


Dm = demanda média diária
K= fator de segurança

O fator K é arbitrado, ele é proporcional ao


grau de atendimento desejado para o item.
DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE MÉDIA
EM ESTOQUE

A fórmula básica do estoque médio é:

Ê = (Q/2) + Es

Onde: Ê = Quantidade média em Estoque;


Q = Quantidade do pedido;
Es = Estoque segurança

DETERMINAÇÃO DO LOTE DE COMPRA


(QUANTO PEDIR?)

A decisão de estocar ou não determinado


item é básica para o volume de estoque em
qualquer momento. Ao tomar tal decisão,
há dois fatores a considerar:

1-É econômico estocar o item?: Não é


econômico estocar um item se isso excede
o custo de comprá-lo ou produzi-lo.

2-É interessante estocar um item indicado


como anti-econômico a fim de satisfazer
um cliente importante?.
EXEMPLO DE PONTO DE REPOSIÇÃO ,
ESTOQUE DE SEGURANÇA E ESTOQUE MÉDIO

Considerando que a empresa Canela que


fabrica celulares, tenha uma demanda de 10
unidades por dia do produto CA43 e que o
tempo de reposição é de 20 dias.
Lembrando ainda que o fator de segurança é
2 e que minha quantidade de pedidos é de
800 calcule :

¾ Estoque de Segurança;
¾ Ponto de Ressuprimento;
¾ Estoque médio.
DETERMINAÇÃO DO LOTE DE ECONÔMICO DE
COMPRA (LEC)

Custo

Custo Total

Custo de
Manutenção Custo de
Pedido
LEC
Quantidade
DETERMINAÇÃO DO LOTE DE ECONÔMICO DE
COMPRA (LEC)

9 O Lote econômico de compra LEC é a


quantidade do pedido de reposição
que minimiza a soma dos custos de
manutenção de estoques e de emissão
e colocação de pedidos.

9 O cálculo do LEC considera que a


demanda e os custos são
relativamente estáveis durante o ano
inteiro.

A fórmula básica do LEC é:

LEC = 2 Co D
Ci U

Onde: LEC = Lote econômico de compra


Co = custo de emitir e colocar um
pedido
D = Volume anual de Vendas, em
unidades (demanda anual )
Ci = Custo anual de manutenção
de Estoque (Percentagem)
U = Custo por Unidade
RESTRIÇÕES DA APLICAÇÃO DO LOTE DE
ECONÔMICO DE COMPRA (LEC)

9 O Lote econômico de compra LEC


apura a quantidade ótima de
ressuprimento, mas considera
algumas hipóteses que restringem a
sua aplicação:
9 Atendimento toda a demanda;
9 Taxa de demanda conhecida,
constante e contínua;
9 Períodos de ciclo de atividades e
ressuprimentos conhecidos e
constantes;
9 Preço constante do produto,
independentemente da época e da
quantidade do pedido ( ou seja
não são levados em conta
descontos relativos à quantidade
de compra e transporte);
9 Ausência de interação com outros
itens de estoque;
9 Inexistência de estoque em
trânsito;
9 Disponibilidade ilimitada de
capital
EXEMPLO DO LOTE DE ECONÔMICO DE
COMPRA (LEC)

9 Volume de demanda anual = 2.400


unidades
9 Custo unitário = $ 5,00
9 Percentagem de custo de manutenção de
estoque = 20% ao ano;
9 Custo da emissão e colocação de pedido=
$ 19,00 por pedido
PEPS OU FIFO

PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) o


FIFO (First In First Out) é o método que
prioriza a ordem cronológica das entradas.
Ou seja, sai o primeiro material que entrou
no estoque, com seu respectivo preço
unitário. Nesse caso, cada lote de compra é
controlado separadamente

DIA ENTRADAS SAIDAS SALDOS


QTD R$ TOTAL QTD R$ TOTAL QTD TOTAL
6/mai 100 15 1.500 100 1.500
7/mai 150 20 3.000 250 4.500
8/mai 100 15 1.500 150 3.000
50 20 1.000 100 2.000
UEPS OU LIFO

UEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) o


LIFO (Last In First Out) inverte a ordem
cronológica das entradas. Ou seja, o último
lote a entrar no estoque é o primeiro a ser
considerado para efeito de cálculo de
custo. Também neste caso, cada lote é
controlado separadamente.

DIA ENTRADAS SAIDAS SALDOS


QTD R$ TOTAL QTD R$ TOTAL QTD TOTAL
6/mai 150 15 2.250 150 2.250
7/mai 100 20 2.000 250 4.250
8/mai 100 20 2.000 150 2.250
50 15 750 100 1.500
EXEMPLO DE PEPS(LIFO) E UEPS (LIFO)
Considerando que o o controle de estoque
da empresa é UEPS (LIFO) calcule:
1) Os “SALDOS” do dia 04 e 08/out.
2) As quantidades, valor e total do dia da
“SAIDA” e “SALDO” do dia 25/out
considerando que foi solicitado 725
unidades.

DIA ENTRADAS SAIDAS SALDOS


QTD R$ TOTAL QTD R$ TOTAL QTD TOTAL
4/out 300 55 16.500 300 16.500
8/out 500 20 10.000 800 26.500
25/out 500 20 10.000 300 16.500
225 55 12.375 75 4.125

Refaça considerando desta vez que o


controle de estoques e PEPS (FIFO)

QTD R$ TOTAL QTD R$ TOTAL QTD TOTAL


4/out 300 55 16.500 300 16.500
8/out 500 20 10.000 800 26.500
25/out 300 55 16.500 500 10.000
425 20 8.500 75 1.500

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