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ANÁLISE GEOGRÁFICA DA BAIXA

POMBALINA

1 de
fevereiro Análise geográfica
de 2019

Neste trabalho, pretendo fazer uma análise geográfica da baixa da


cidade das sete colinas, Lisboa. Esta análise é feita tendo em conta a
visita de estudo ao CBD de Lisboa no dia 1 de fevereiro de 2019.

Andreia Dias, 11º H1


Análise geográfica da baixa pombalina

Análise geográfica da baixa


pombalina
ANÁLISE GEOGRÁFICA

Praça do Comércio e o Arco da Rua Augusta


A Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, uma vez que era a zona do
Paço da Ribeira até ao terramoto de 1755, é uma das maiores praças da Europa. As ruas
principais convergem todas nesta grande praça, que tem acesso direto ao Rio Tejo através do
Cais das Colunas. Durante décadas, foi a porta de Lisboa para o comércio marítimo. A fisionomia
da Praça do Comércio é formada por um conjunto de edifícios instalados em três dos seus lados e
está aberta do lado sul, olhando ao Tejo.

O Arco da Rua Augusta é composto por uma arte pombalina e neoclássica e ergue-se no eixo
da Praça do Comércio e fecha a arcadaria da praça referida e abre a Rua Augusta. Podemos
também observar as ruas simétricas e a planta ortogonal de Lisboa e, em simultâneo, ver a
desorganização dos bairros mais tradicionais de Lisboa, como Alfama e a Mouraria, por
exemplo.

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Análise geográfica da baixa pombalina

Rua Augusta
A Rua Augusta é a rua mais animada de Lisboa e começa na Praça do
Comércio e termina na Praça de D. Pedro IV, vulgarmente conhecida como
Rossio ou Praça do Rossio. Está pavimentada com calçada portuguesa e conta
com as principais lojas de marcas internacionais e também as tradicionais
que, muitas vezes, permanecem nesta rua há muitíssimos anos. O zonamento
horizontal desta rua é composto, como já disse anteriormente, maioritariamente
por lojas de comércio, esplanadas e restaurantes. Os edifícios são, na
maioria, renovados, especialmente nos primeiros andares, contrastando com
os pisos superiores, que apresentam uma maior degradação, caracterizados
pela função residencial.

Rua de S. Julião, Rua da Conceição e Rua Áurea


A Rua de São Julião estende-se da Rua da Padaria até ao Largo de São Julião. Nesta
rua, para além da Igreja da Nossa Senhora da Oliveira, encontramo-nos com um
zonamento horizontal que diz respeito, sobretudo, a cafés e snack-bares, hostels e
algumas sedes de banco. A Rua da Conceição faz a ligação entre a Rua da Madalena e
a Rua Nova do Almada. Nesta rua, o comércio local destaca-se e a maior parte dos
edifícios não usufruiu de uma renovação. A Rua Áurea, vulgarmente conhecida como Rua
do Ouro, é uma rua onde o zonamento horizontal se caracteriza pela presença
predominante de sedes de banco.

As ruas principais a partir da Praça do Comércio caracterizam-se por serviços ligados


sobretudo à área das finanças.

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Análise geográfica da baixa pombalina

Praça de D. Pedro IV ou Rossio e a Praça da Figueira

A Praça de D. Pedro IV, assim


designada devido à estátua que
se ergue no centro, que
representa a personagem do rei
D. Pedro IV, é uma praça onde já
se realizaram vários eventos,
como festivais, autos-da-fé
durante a Inquisição, parados
militares e, inclusive, touradas.
Após o terramoto de 1755, esta
praça passou a estar rodeada
por uma série de edifícios
pombalinos que foram
aproveitados para o comércio

Depois do terramoto de 1755, a


Praça da Figueira tornou-se o
principal mercado da cidade,
tendo sido anteriormente o
Hospital de Todos os Santos. A
Praça da Figueira, atualmente,
está rodeada de edifícios que
albergam hotéis, lojas, cafés e
restaurantes. No centro desta
praça, encontra-se uma estátua
equestre de D. João I.

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Análise geográfica da baixa pombalina

Mouraria, Graça e Alfama


O bairro da Mouraria é um dos bairros mais tradicionais de Lisboa. É o bairro mais multicultural da
cidade, sendo que coabitam, nesta zona, mais de 40 nacionalidades! Apesar deste facto, a Mouraria
apresenta características lisboetas bastante marcadas. A nível de comércio, a mouraria caracteriza-
se por lojas e restaurantes internacionais, além de casas de fado e tabernas típicas. Foi, durante
muitos anos, um bairro considerado problemático e degradado, no entanto, em 2009, usufruiu de
obras de requalificação, o que lhe conferiu um título de um bairro lisboeta muito interessante a vários
níveis. Assim como a Mouraria, o bairro da Graça é também um dos bairros mais antigos e históricos
da capital. Na mais alta das setes colinas, encontramos magníficos miradouros, como o Miradouro da
Senhora do Monte e o Miradouro da Graça, que proporcionam excelentes vistas sobre a cidade. Na
Graça encontra-se também um dos mais importantes bairros operários, o bairro da Estrella D’Ouro,
cuja construção remonta ao início do século XX, uma vila que foi mandada construir para os operários
residirem, estando estes dependentes, para além do trabalho, da sua própria habitação. Berço do
Fado e do Santo António, o bairro da Alfama foi anteriormente habitado por muitos pescadores.
Caracteriza-se pelas suas ruas estreitas, as suas escadarias e por pequenos pátios. É muito visitado
no verão devido às festas dos Santos Populares. Em Alfama, situa-se o Miradouro de Santa Luzia que,
para além de uma vista excelente para a cidade lisboeta, está sempre acompanhado de artistas que
dão melodia a este sítio tão especial.

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