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frequência1
P. Areias
Professor Auxiliar
Departamento de Fı́sica da Universidade de Évora
11 de Novembro de 2011
1
© Pedro Areias
Capı́tulo 1
Prelúdio
1
Capı́tulo 2
Vibrações de sistemas
discretos
2.1 Introdução
O apelo à intuição fı́sica justifica a abordagem tı́pica a este tema: sendo difı́cil
definir precisamente a “intuição”, são mostrados muitos exemplos elementares.
Na era do cálculo simbólico ainda se trabalha durante as horas de aulas em
problemas recorrendo a pesados cálculos manuais. É útil ao aluno ganhar o
correspondente arcaboiço fı́sico. No entanto, essa abordagem pode esbater as
diferenças entre teoria, exemplo e demonstração.
Tentando fornecer o conteúdo da forma mais directa que consigo, cada tópico
é dividido em quatro sub-secções:
F Motivação e conceptualização
F Modelo matemático
F Soluções
F Extensões
O leitor deve ter em mente a diferença entre
1. Leis Fı́sicas gerais (Lei de gravidade de Newton, Segunda Lei de Newton,
Força Electroestática de Coulomb, ...) e
2
CAPÍTULO 2. VIBRAÇÕES DE SISTEMAS DISCRETOS 3
A
Força B f
Massa m
f
C
k(l − L)
c(l˙ − 0)
mg
m(¨l − 0)
Sim, o sentido de todas as forças está correcto (x = L − l)
No tema em questão:
F Molas e amortecedores são lineares e sem massa
F Massas concentradas são infinitamente rı́gidas
z(t)
θ(t)
y(t) (imposto)
x(t)
m
massa desprezável
θ(t)
y(t)
Figura 2.3: Viga com massa desprezável e com massa concentrada na extremidade
F sin(θ) ∼
=θ
F cos(θ) ∼
=1− θ2
2
s2 + as + b (2.3)
CAPÍTULO 2. VIBRAÇÕES DE SISTEMAS DISCRETOS 6
!
"
!
!
"
2.2.5 Soluções
2.2.5.1 g(t) ≡ 0
Neste caso, a solução é:
A resposta é:
F Estável se e só se (sse)
c0 + c1 < 0 ∧ a2 ≥ 4b ∨ c0 < 0 ∧ a2 < 4b
F Oscilatória sse a2 < 4b
(a frequência para a 6=
p0 é ωd ≡ c2
e para a = 0 é ωn = k/m)
Como b = k/m e a = c/m o valor máximo de c para que a resposta seja oscilatória
é dado por cc = 2mωn . A razão c/cc é denominada razão de amortecimento:
c
ζ= (2.8)
2mωn
p
E portanto ωd = ωn 1 − ζ 2.
Problema:
1. Mostre que (2.2) pode ser escrito como:
ẍ(t) + 2ζωn ẋ(t) + ωn2 x(t) = ωn2 f (t)/k (2.9)
Sendo assim, a resposta em regime livre é simplesmente:
ẋ0 + x0 (iωd + ωn ζ)
A1 = (2.11)
2iωd
ẋ0 + x0 (−iωd + ωn ζ)
A2 = − (2.12)
2iωd
CAPÍTULO 2. VIBRAÇÕES DE SISTEMAS DISCRETOS 8
em que:
A1 = x0 (2.14)
A2 = ẋ0 + ωn x0 (2.15)
A1 = x0 (2.17)
ẋ0 + ωn x0 ζ
A2 = (2.18)
ωd
2.2.5.2 g(t) 6= 0
Se f (t) = kAeiωt a resposta harmónica é dada por:
+∞ ˆ T
!
A0 X 2 −ipω0 τ ipω0 t
f (t) = + Re f (τ )e dτ e (2.24)
2
p=1 T 0
| {z }
Ap
Com as fases:
2ζξp
φp = arctan (2.26)
1 − ξp2
e as razões de frequência ξp = pξ0 .
O princı́pio de sobreposição permite escrever:
n
X
f (t) = fi (t) ⇔
i=1
Xn
x(t) = xi (t)
i=1
f1 (t + ∆t) = f2 (t) ⇔
x1 (t + ∆t) = x2 (t)
2
ωd − ζ 2 ωn2
u(t) 2ζ 2ζ
t− + e−ζωn t cos ωd t − sin ωd t
k ωn ωn ωn2 ωd
sin ωt 0 < t < π/ω
Choque unitário F (t) =
0 t<0
1
x(t) = k(1−ξ 2 ) (sin(ωt) − r sin ωn t) (não amortecido)
ˆ t ˆ t
x(t) = f (τ )h(t − τ )dτ = f (t − τ )h(τ )dτ (2.27)
0 0
1 −ζωn t
h(t) = mωd e sin ωd t, t>0
(2.28)
0, t<0
ˆ t
x(t) = f (τ )h(t − τ )dτ + (2.29)
0
−ζωn t ẋ0 + ωn x0 ζ
e x0 cos(ωd t) + sin(ωd t) (2.30)
ωd
2.2.6 Extensões
A utilização de “ODE integrators” para resolver problemas numericamente pode
fazer uso da decomposição num sistema contendo duas equações de primeira
ordem. O sistema é:
ẋ = Ax + bf (2.31)
em que
x1
x= (2.32)
x2
e ẋ1 = ẋ = x2 . A matriz A é simplesmente dada por:
0 1
A= (2.33)
−ωn2 −2ζωn
CAPÍTULO 2. VIBRAÇÕES DE SISTEMAS DISCRETOS 11
e o vector b por:
0
b= (2.34)
m−1
A resposta é dada por sobreposição:
ˆ t
x(t) = eAt x(0) + eA(t−τ ) bf (τ )dτ (2.35)
0
Problemas:
em que L = T − V + W .
∂V
keq x= (2.37)
∂x
∂ ∂T
meq ẍ = (2.38)
∂t ∂ ẋ
∂F
ceq ẋ = (2.39)
∂ ẋ
CAPÍTULO 2. VIBRAÇÕES DE SISTEMAS DISCRETOS 12
ei · ej = δij
e0i · e0j = δij
i, j = 1, 2, 3
Um dado vector v pode ser escrito em cada uma dessas bases alternativamente:
v = vi ei = vj0 e0j
e′3
e3
B
A8−132
P
O
e′2
B corpo rı́gido
e1 e2
e′1
[aij ] = e0i · ej
Obviamente, se associarmos às componentes escalares (ou coordenadas) de v
na base ei um vector {v} e na base e0i um vector {v 0 } temos:
{v 0 } = A{v}
Mas se v é um vector e {v} e {v 0 } também são (mudando apenas a base), a
transformação linear anterior pode ser interpretada de uma de duas formas:
w = wi ei
0
w = wi e0i
w0 = (w · ei )e0i
ou seja:
w 0 = AT w
A matriz de transformação é ortogonal, já que a transformação definida acima
implica a igualdade:
A−1 = AT
Como A transforma coordenadas de um dado vector e portanto um vector
noutro (preservando a norma) isso significa que transforma a própria base ei na
base e0i :
e0i = AT ei
A matriz A possui 9 componentes. Estas não são independentes já que
6 equações definem a ortonormalidade de e0i . O movimento é completamente
definido por:
P1
P2 definindo uma translação
P3
A com AAT = I definindo uma rotação
CAPÍTULO 2. VIBRAÇÕES DE SISTEMAS DISCRETOS 14
cos ψ cos φ − cos θ sin φ sin ψ cos ψ sin φ + cos θ cos φ sin ψ sin ψ sin θ
A = − sin ψ cos φ − cos θ sin φ cos ψ − sin ψ sin φ + cos θ cos φ cos ψ cos ψ sin θ
sin θ sin φ − sin θ cos φ cos θ
P (t)
φ(t)
θ(t)
ψ(t)
d(r 0 − r)
vω = |Φ=0 ω = r × nω = r × ω
dΦ
A velocidade total de um ponto Q é calculada usando o teorema de Chasles:
˙ + PQ × ω
vQ = OP
Esta fórmula pode ser re-interpretada usando a dualidade da transformação
A. Suponhamos que o referencial (móvel) com origem O tem velocidade angular
ω R e o ponto sob observação se desloca nesse referencial com velocidade vQP . A
velocidade do ponto Q é dada por:
vQ = vQP + vP + ωR × P Q
Usando o sobre-escrito m para a quantidade vista por um observador no
referencial móvel e f para um observador num referencial fixo, pode introduzir-se
a seguinte transformação:
˙ f = (•)
(•) ˙ m + (~)
˙ f + ωR × (•)m
v f = v m + vPf + ωR × P Q
A aceleração é dada pela derivada do mesmo vector usando a notação geral
α = ω̇:
af = am + afP + 2ω R × v m + ω R × (ωR × P Q) + αR × P Q
CAPÍTULO 2. VIBRAÇÕES DE SISTEMAS DISCRETOS 16
v f Q/P = v m + ωR × P Q
f Q/P
a = am + 2ω R × v m + ω R × (ωR × P Q) + αR × P Q
LlP = M vP
Para a quantidade de movimento angular é necessário efectuar o cálculo do
integral:
ˆ ˆ
LaP = ρr × (v0 + ω × r)dB = ρr × (ω × r)dB
B B
que pode ser escrito como:
ˆ
r22 + r32
−r1 r2 −r1 r3 ω1
LaP = ρ −r1 r2 r12 + r32 −r2 r3 dB ω2
B
−r1 r3 −r2 r3 r12 + r22 ω3
= Iω
Iα + ω × Iω = M
Ma + Mω × v = F
m+M −mL ẍ c 0 ẋ
+
−mL mL2 θ̈ 0 0 θ̇
k 0 x F (t) + ky(t) + cẏ(t)
+ =
0 mgL θ 0
Figura 2.7: Sistema com dois graus de liberdade (x e θ). A excitação é exercida
por y(t) e F (t).
2.4.2 Solução
Assumindo o caso livre não amortecido (C = 0 e f (t) ≡ 0) a solução é dada por
um produto de um vector constante por uma função do tempo:
x(t) = XT (t)
ou seja
T̈ (t) Kij Xj
− = , i = 1, . . . , n
T (t) Mij Xj
Como o segundo membro é independente do tempo o primeiro também é e
pode portanto reduzir-se o sistema a uma equação diferencial ordinária e um
problema de valores e vectores próprios generalizado:
T̈ (t) + ω 2 T (t) = 0
K − ω2 M X =
0
Este pode ser resolvido recorrendo à redução ao caso clássico se det M 6= 0
com Y = M X e
KM −1 − ω 2 I Y = 0
ω1 ≤ ω2 ≤ . . . ≤ ωn
A ortonormalidade das formas é consequência da simetria de K e M e das
relações:
T
X̂i M X̂j = δij
T
X̂i K X̂j = ωi2 δij
Como X̂i formam uma base (prove que é assim), qualquer vector x pode ser
escrito nessa base (é chamada de base modal ):
n
X
x= X̂i qi
i=1
h i
Dispondo cada X̂i como uma coluna da matriz X̂ : X̂ = X̂1 , . . . , X̂n é
possı́vel usar a seguinte transformação linear:
x = X̂q
Dada a propriedade de ortogonalidade, o sistema que nas coordenadas x
se encontra geralmente acoplado está desacoplado em q. Esse desacoplamento
permite-nos resolver n equações com um grau de liberdade em vez de um sistema
com n graus de liberdade.
No caso particular da matriz de amortecimento C ser uma combinação linear
de M e K, C = αM + βK, podemos usar:
em que:
α + βωi2
ζi =
2ωi
Q = X̂ T f
q0 = X̂ −1 x0
q̇0 = X̂ −1 ẋ0
A solução de cada uma das equações pode ser obtida a partir do integral de
convolução:
ζi
qi (t) = e−ζi ωi t (cos ωdi t + p sin ωdi t)qi0 +
1 − ζi2
q̇0 −ζi ωi t
+ e sin ωdi t +
ωdi
ˆ t
1
+ Qi (τ )e−ζi ωi (t−τ ) sin ωdi (t − τ )dτ
ωdi 0
f (t) = f0 eiωt
x(t) = x0 eiωt
Após substituição no sistema de movimento, obtém-se a matriz de impedância:
Z(iω) = −ω 2 M + iωC + K
A solução é simplesmente dada por inversão:
fj = f0j eiωj t
em que
CAPÍTULO 2. VIBRAÇÕES DE SISTEMAS DISCRETOS 22
0
..
.
f0j =
f0j
..
.
2.5 Medição
Suponhamos que temos um sistema com um grau de liberdade excitado harmo-
nicamente na base (a figura 2.8 mostra esse sistema). A equação de movimento
é dada por:
x = Td Y sin(ωt − φ)
2ζξ 3
−1
φ = tan
1 + (4ζ 2 − 1)ξ 2
Vibração de sistemas
contı́nuos
F Constante (e.g. a0 )
F sin n πx
p
F cos n πx
p
têm 2p como perı́odo. Suponhamos que uma função periódica, não necessari-
amente harmónica, é aproximada como uma série de termos harmónicos mais
uma constante. Então, sabendo a resposta de um sistema mecânico linear a uma
excitação harmónica, podemos obter a resposta a uma excitação periódica.
Dada essa função f (x) com perı́odo 2p, fazemos:
∞
a0 X nπx nπx
f (x) = + an cos + bn sin
2 n=1
p p
24
CAPÍTULO 3. VIBRAÇÃO DE SISTEMAS CONTÍNUOS 25
1.0 3
0.5
-3 -2 -1 1 2 3 -3 -2 -1 1 2 3
-1
-0.5
-2
-1.0 -3
10 1.0
8 0.8
6 0.6
4 0.4
2 0.2
-3 -2 -1 1 2 3 -3 -2 -1 1 2 3
ˆ d+2p
1
a0 = f (x)dx
p d
ˆ d+2p
1 nπx
an = f (x) cos dx
p d p
ˆ d+2p
1 nπx
bn = f (x) sin dx
p d p
+∞
X inπx
f (x) = f [n]e p (3.1)
n=−∞
e ˆ d+2p
1 inπx
f [n] = f (x)e− p dx (3.2)
2p d
A relação (3.1) dá-nos uma função com domı́nio R a partir de uma função
definida em N e a relação (3.2) o oposto. Se multiplicarmos duas funções, sejam
f (x) e g(x) usando a forma complexa introduzida acima, obtemos:
+∞
X inπx
f (x)g(x) = g(x)f [n]e p ⇔
n=−∞
ˆ d+2p +∞
1 X
f (x)g(x)dx = f [n]g[n]
2p d n=−∞
CAPÍTULO 3. VIBRAÇÃO DE SISTEMAS CONTÍNUOS 27
ˆ p
" N
!#2
1 a0 X nπx nπx
E = f (x) − − an cos + bn sin dx ⇔
2 −p 2 n=1
p p
ˆ p N
!
1 a0 X 2
E = f (x)2 dx − p + an + b2n
2 −p 2 n=1
É possı́vel provar que, se f (x) for uma função suave por troços, então a
igualdade é verificada.
A atenuação do efeito de Gibbs, que pode ser observado na figura 3.1, pode
ser efectuada com a função sinc(•) :
sin •
sinc(•) =
•
N
a0 X πn nπx nπx
f ? (x) = + sinc an cos + bn sin
2 n=1
N +1 p p
que resulta na atenuação ilustrada na figura 3.2 para uma função degrau. Para
uma função contı́nua por troços em ] − π, π[ a quantidade de overshoot na
vizinhança de uma descontinuidade é igual a:
−
0.09[f (x+
0 ) − f (x0 )]
em que
lim εn = 0
n→∞
Sempre que há fenómeno de Gibbs, a convergência é não-uniforme. Critérios
para a convergência uniforme:
P∞
F Se f (x) for suave por troços e n=1 (|An | + |Bn |) < +∞ então a série de
Fourier converge uniformemente
F Se f (x) for suave por troços e contı́nua e f (−p) = f (p), então a série de
Fourier converge uniformemente
CAPÍTULO 3. VIBRAÇÃO DE SISTEMAS CONTÍNUOS 28
1.0
0.5
-0.5
-1.0
sin N + 12 u
DN (u) = , u 6= 0, ±2π, ±4π, . . .
2π sin u/2
DN (u) = (2N + 1)/2π, u = 0, ±2π, 4π, . . .
com
CAPÍTULO 3. VIBRAÇÃO DE SISTEMAS CONTÍNUOS 29
ˆ
1 ∞
A(ω) = f (x) cos(ωx)dx
π −∞
ˆ
1 ∞
B(ω) = f (x) sin(ωx)dx
π −∞
´∞
F −∞
δ(x)[a1 φ1 (x) + a2 φ2 (x)]dx = a1 φ1 (0) + a2 φ2 (0)
´∞
F −∞
δ(x − x0 )φ1 (x)dx = φ(t0 )
´∞
F −∞
δ(ax)φ(x)dx = a1 φ(0)
´∞
F −∞
δ 0 (x)φ(x)dx = −φ0 (0)
F F (δ(x)) = 1
1
´ ∞ iωt
F δ(x) = 2π −∞
e dω
F F −1 (δ(ω)) = 1
2π
aα2 + bαβ + cβ 2 + dα + eβ + f = 0
Como exemplo, tome-se a equação de Laplace, uxx + uyy = 0 que resulta em
α2 = −β 2 . Se as condições de fronteira forem u(0, y) = u(L, y) = u(x, 0) = 0
temos que x deve ser periódica e portanto:
com α = iγ.
Introduzindo u(x, 0) = 0, resulta A3 = −A4 e portanto
D(c1 , . . . , cn ) = kf − ci ϕi k2
3.2.2 Vibrações
No caso de vibrações mecânica, temos equações de segunda e quarta ordens. No
caso de uma corda de comprimento L com tensão T (x) e sujeita a uma força
f (x) a equação para a deflexão y(x) é:
∂ 2 y(x, t)
∂ ∂y(x, t)
T + f (x, t) = ρ(x, t)
∂x ∂x ∂t2
q̈ + ω 2 q = Q (3.3)
00 2
−T Y = ω ρY (3.4)
ˆ L
T Yr0 Ys0 dx = ωr2 δrs
0
resultando portanto em:
As condições iniciais qr (0) e q̇r (0) na base modal são determinadas a partir
de y0 (x) e ẏ0 (x):
ˆ L
qr (0) = ρy0 (x)Yr (x)dx
0
ˆ L
q˙r (0) = ρẏ0 (x)Yr (x)dx
0
∂2 ∂ 2 y(x, t) ∂ 2 y(x, t)
− 2 EI(x) + f (x, t) = m(x, t)
∂x ∂x2 ∂t2
Para I constante, a forma geral de Y é dada por:
ω2 m
em que β 4 = EI . As condições de ortogonalidade são:
ˆ L
mYr Ys dx = δrs
0
ˆ L
EIYr00 Ys00 dx = ωr2 δrs
0