Você está na página 1de 494

DIÁLOGO DE SEGURANÇA

E SAÚDE OCUPACIONAL
DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA

DIRIGIR COM SEGURANÇA (1) ........................................................................................................................ 09

ACIDENTES ACONTECEM NO BANHEIRO ..................................................................................................... 10


CÂNCER – CONCEITOS BÁSICOS ..................................................................................................................... 11
PRIMEIROS SOCORROS (1) ................................................................................................................................. 12
ABELHAS (1) .......................................................................................................................................................... 13
LEGISLAÇÃO (1) ................................................................................................................................................... 14
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (1) ......................................................................................................................... 16
ANIMAIS PEÇONHENTOS (1) ............................................................................................................................. 17
ALERGIA AO SOL ................................................................................................................................................. 18
BOTIJÃO DE GÁS (1) ............................................................................................................................................ 19
HEPATITES (1) ....................................................................................................................................................... 20
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS .................................................................................................................... 22
O VALOR DO CONTEÚDO .................................................................................................................................. 24
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (1) ............................................................................................................................. 25
EFEITOS CRÔNICOS DO ÁLCOOL ..................................................................................................................... 26
GASES ..................................................................................................................................................................... 27
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR (1) ........................................................................................................................ 29
USO CORRETO DO CINTO DE SEGURANÇA .................................................................................................. 30
ACIDENTE NOS OLHOS (1) ................................................................................................................................. 31
SINAIS VITAIS (1) ................................................................................................................................................ 32
PERSISTÊNCIA ...................................................................................................................................................... 33
LEGISLAÇÃO (2) ................................................................................................................................................... 35
ABELHAS (2) .......................................................................................................................................................... 37
DROGAS (1) ............................................................................................................................................................ 38
EMERGÊNCIAS MÉDICAS ................................................................................................................................... 39
MOTOCICLISTAS (1) ............................................................................................................................................. 40
CRIANÇAS NA PISCINA ....................................................................................................................................... 41
ASFIXIA (1) ............................................................................................................................................................. 42
DORT – DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO TRABALHO (1) ......................................... 43
PLANO DE ABANDONO DE EDIFÍCIOS ............................................................................................................ 44
AS CAUSAS DO CÂNCER .....................................................................................................................................45
PEQUENO CONTO CHINÊS ..................................................................................................................................46
RISCOS DE INCÊNDIOS (1) .................................................................................................................................. 48
PRIMEIROS SOCORROS (2) ................................................................................................................................. 50
BOCA SAUDÁVEL (1) .......................................................................................................................................... 51
DIREÇÃO DEFENSIVA (1) ................................................................................................................................... 52
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (1) ..................................................................................................... 54
ALCOOLISMO (1) .................................................................................................................................................. 55
ESCORPIÕES (1) .................................................................................................................................................... 56
LEGISLAÇÃO (3) ................................................................................................................................................... 57
CHOQUE ELÉTRICO (1) ....................................................................................................................................... 58
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQÜENTEMENTES SOBRE SEUS OLHOS (1) ..................................... 59
DROGAS (2) ............................................................................................................................................................ 60
CRIANÇAS NO INTERIOR DO VEÍCULO .......................................................................................................... 61
ACIDENTES COM ARMAS DE FOGO ................................................................................................................ 62
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS (1) ........................................................................................................................ 63
ESTADO DE CHOQUE (2) ..................................................................................................................................... 64
PEDESTRES (1) ...................................................................................................................................................... 65
QUANTO VOCÊ VALE? ........................................................................................................................................ 66

2
ANEL APERTADO ................................................................................................................................................. 68
SEGURANÇA NO LAR (2) .................................................................................................................................... 69
SEGURANÇA NO TRÂNSITO (1) ........................................................................................................................ 70
ABELHAS (3) .......................................................................................................................................................... 71
ACIDENTES OFÍDIOS ........................................................................................................................................... 73
DORT – DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO TRABALHO (2) ......................................... 74
CÂNCER – CONCEITOS BÁSICOS (2) ................................................................................................................ 76
LOBOS INTERNOS ................................................................................................................................................ 77
ACIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS ..................................................................................................... 78
DIRIGIR COM SEGURANÇA (2) .......................................................................................................................... 80
RISCOS DE INCÊNDIOS (2) .................................................................................................................................. 82
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (2) .......................................................................................................................... 83
ACIDENTES NA CABEÇA .................................................................................................................................... 85
AFOGAMENTOS (1) .............................................................................................................................................. 86
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (1) ................................................................................................. 87
BOTIJÃO DE GÁS (2) ............................................................................................................................................ 88
CUIDADOS NA PRAIA (1) .................................................................................................................................... 89
CONCEITO DE ACIDENTE DO TRABALHO ..................................................................................................... 90
LEGISLAÇÃO (4) ................................................................................................................................................... 91
DOENÇAS PROFISSIONAIS ................................................................................................................................. 92
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (2) ..................................................................................................... 93
SEGURANÇA NO LAR (3) .................................................................................................................................... 94
OBESIDADE (1) ..................................................................................................................................................... 95
A IMPORTÂNCIA DO ENCOSTO DE CABEÇA ................................................................................................ 96
DROGAS (3) ........................................................................................................................................................... 97
CUIDADOS COM O GÁS DE COZINHA (1) ...................................................................................................... 98
EXTINTORES ........................................................................................................................................................ 99
ASFIXIA (2) ............................................................................................................................................................ 100
FOGOS DE ARTIFÍCIO E BALÕES ..................................................................................................................... 101
PICADAS VENENOSAS ....................................................................................................................................... 102
ABELHAS (4) ......................................................................................................................................................... 103
DICAS DE SEGURANÇA (1) ................................................................................................................................ 104
CHOQUE ELÉTRICO (2) ...................................................................................................................................... 105
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (2) ............................................................................................................................. 106
A SIMPLES BUSCA DE FAZER O BEM ............................................................................................................. 108
PEDESTRES (2) ...................................................................................................................................................... 109
CÂNCER DE PRÓSTATA ...................................................................................................................................... 111
TRANSTORNO DO COMER COMPULSIVO ...................................................................................................... 112
UMA CASA A PROVA DE QUEDAS ................................................................................................................... 114
DIREÇÃO DEFENSIVA (2) ................................................................................................................................... 115
O PERIGO DOS RAIOS .......................................................................................................................................... 116
AZIA E CÃIBRA ..................................................................................................................................................... 117
DIRIGIR COM SEGURANÇA (3) ......................................................................................................................... 118
FUMO ....................................................................................................................................................................... 120
ABELHAS (5) .......................................................................................................................................................... 121
MOTOCICLISTAS (2) ............................................................................................................................................. 122
HEMORRAGIAS ..................................................................................................................................................... 124
FOBIA SOCIAL ...................................................................................................................................................... 126
O PODER DOS SUCOS (1) ..................................................................................................................................... 127
ELEVADORES ........................................................................................................................................................ 129
ÁRVORE .................................................................................................................................................................. 130
ELEMENTOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA (1) .................................................................................................... 131
STRESS NO TRABALHO ...................................................................................................................................... 133
LEGISLAÇÃO (5) ................................................................................................................................................... 134
LUTANDO CONTRA O CIGARRO ....................................................................................................................... 135
APNÉIA DO SONO (1) ........................................................................................................................................... 136
BENEFÍCIOS DO SEGURO DO ACIDENTE DE TRABALHO .......................................................................... 137
ALCOOLISMO (2) .................................................................................................................................................. 138
A IMPORTÂNCIA DO AIR BAG .......................................................................................................................... 139
3
DEPENDÊNCIA QUÍMICA ................................................................................................................................... 141
ENCHENTES ........................................................................................................................................................... 142
CÂNCER DE PELE, O PERIGO QUE VEM COM O SOL ................................................................................... 143
CINTO DE SEGURANÇA (1) ................................................................................................................................. 145
COMO PREVENIR ACIDENTES COM ARANHAS E ESCORPIÕES ............................................................... 146
ENCHAQUECA (1) ................................................................................................................................................. 147
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (3) ..................................................................................................... 148
DEPRESSÃO (2) ...................................................................................................................................................... 149
BEBEDEIRA E RESSACA ..................................................................................................................................... 150
DIREÇÃO DEFENSIVA (3) ................................................................................................................................... 151
TIPOS DE RAIOS ................................................................................................................................................... 152
HALITOSE (MAU HÁLITO) (1) ............................................................................................................................ 153
SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................................................................................................... 154
PROTEÇÃO SOLAR (1) ........................................................................................................................................ 155
LEGISLAÇÃO (6) .................................................................................................................................................. 156
DICAS DE SEGURANÇA (2) ................................................................................................................................ 157
DEPENDÊNCIA DAS DROGAS ........................................................................................................................... 158
ABELHAS (6) ......................................................................................................................................................... 159
EMERGÊNCIAS (1) ............................................................................................................................................... 160
COMPORTAMENTO DE RISCO .......................................................................................................................... 161
ACIDENTES OCULARES (1) ............................................................................................................................... 162
ATAQUE CARDÍACO ........................................................................................................................................... 163
O CIGARRO E SEUS MALES (1) ......................................................................................................................... 164
CHOQUE ELÉTRICO (3) ....................................................................................................................................... 165
A RATOEIRA .......................................................................................................................................................... 166
SINAIS VITAIS (2) ................................................................................................................................................. 167
CLASSES DE INCÊNDIO ...................................................................................................................................... 168
DESMAIOS ............................................................................................................................................................. 169
SOCORROS DE URGÊNCIA ................................................................................................................................ 170
COMO PREVENIR ACIDENTES COM OFÍDIOS (1) ......................................................................................... 171
CATARATA ........................................................................................................................................................... 172
ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS ................................................................................................................... 173
QUEIMADURAS - TRATAMENTO ..................................................................................................................... 175
DORES DE DENTE (1) .......................................................................................................................................... 176
TIPOS DE EXTINTORES ...................................................................................................................................... 177
ACIDENTES NOS OLHOS (2) .............................................................................................................................. 178
ORDEM E LIMPEZA ............................................................................................................................................. 179
LEGISLAÇÃO (7) .................................................................................................................................................. 180
PRIMEIROS SOCORROS (3) ................................................................................................................................ 181
ATAQUE EPILÉPTICO ......................................................................................................................................... 182
ACIDENTES DE TRÂNSITO: COMO PREVENIR ............................................................................................. 183
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (3) ............................................................................................................................. 184
OBESIDADE (2) ..................................................................................................................................................... 186
MAIS DO QUE TIMIDEZ ...................................................................................................................................... 188
DIREÇÃO DEFENSIVA (4) ................................................................................................................................... 190
INSÔNIA (1) ........................................................................................................................................................... 191
PREVENÇÃO DE ACIDENTES (1) ...................................................................................................................... 192
VALE APENA TER MEDO DE IR AO DENTISTA? .......................................................................................... 193
ABELHAS (7) ......................................................................................................................................................... 194
O ATENDIMENTO INICIAL AO TRAUMATIZADO ........................................................................................ 195
FRATURAS ............................................................................................................................................................ 197
ESCORPIÕES (2) ................................................................................................................................................... 199
A LIÇÃO DA BORBOLETA ................................................................................................................................. 201
MOTOCICLISTAS (3) ............................................................................................................................................ 202
PRIMEIROS SOCORROS (4) ................................................................................................................................. 204
ANIMAIS PEÇONHENTOS (2) ............................................................................................................................. 205
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (2) ................................................................................................. 206
VESPAS E MARIMBONDOS ................................................................................................................................ 207
DIREÇÃO DEFENSIVA (5) ................................................................................................................................... 208
4
CONHEÇA MAIS SOBRE A HEPATITE (2) ........................................................................................................ 209
DORT – DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO TRABALHO (3) ......................................... 210
DROGAS (4) ..................................................................................................................................211
SEGURANÇA NO LAR (5) ................................................................................................................................... 213
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS (2) ....................................................................................................................... 214
CONHECENDO O FOGO ...................................................................................................................................... 215
CUIDADOS COM O GÁS DE COZINHA (2) ...................................................................................................... 216
CINTO DE SEGURANÇA (2) ................................................................................................................................ 217
SINTOMAS PERIGOSOS ...................................................................................................................................... 218
PEDESTRES (3) ...................................................................................................................................................... 219
PICADAS DE COBRAS VENENOSAS (1) .......................................................................................................... 220
O PEDREIRO .......................................................................................................................................................... 221
DIREÇÃO DEFENSIVA (6) ................................................................................................................................... 222
HALITOSE (MAU HÁLITO) (2) ........................................................................................................................... 223
EM CASO DE INCÊNDIO ..................................................................................................................................... 224
QUEIMADURAS (1) .............................................................................................................................................. 225
PROTEÇÃO SOLAR (2) ........................................................................................................................................ 227
ABELHAS (8) ......................................................................................................................................................... 228
LEGISLAÇÃO (8) .................................................................................................................................................. 229
TRAUMAS DE CRÂNIO ....................................................................................................................................... 231
DIRIGIR COM SEGURANÇA (4) ......................................................................................................................... 232
DOENÇAS RELACIONADAS AO FUMO (1) ..................................................................................................... 234
AIDS (1) .................................................................................................................................................................. 235
ELEVADORES (2) ................................................................................................................................................. 236
MATERIAL COMBUSTÍVEL ............................................................................................................................... 237
ENXAQUECA (2) ................................................................................................................................................... 238
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (3) ......................................................................................................................... 239
ELEMENTOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA (2) ................................................................................................... 240
NUM DIA DE ERÃO.............................................................................................................................................. 241
ALIMENTE A SUA SAÚDE ................................................................................................................................. 242
RISCOS DE INCÊNDIOS (4) ................................................................................................................................. 244
PRINCÍPIOS DA REANIMAÇÃO ........................................................................................................................ 245
DOENÇA DE CHAGAS (1) ................................................................................................................................... 247
MOTOCICLISTAS (4) ............................................................................................................................................ 249
SE SEU FILHO ESTÁ USANDO DROGAS ......................................................................................................... 251
AFOGAMENTOS (2) ............................................................................................................................................. 252
ESCORPIÕES (3) ................................................................................................................................................... 253
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (3) ................................................................................................ 254
RECOMENDAÇÕES PARA CHECK UP ............................................................................................................. 256
TRAUMAS DE TÓRAX E COLUNA ................................................................................................................... 258
PARADA CARDÍACA ........................................................................................................................................... 260
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (4) ......................................................................................................................... 262
CURIOSIDADES DA DIREÇÃO DEFENSIVA .................................................................................................... 263
SEGURANÇA NO LAR (7) .................................................................................................................................... 264
A PARÁBOLA DA ROSA ...................................................................................................................................... 265
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ..................................................................................................................................... 266
INCÊNDIOS ............................................................................................................................................................ 267
FERIMENTOS ........................................................................................................................................................ 268
PEDESTRES (3) ..................................................................................................................................................... 270
PREJUÍZOS DO HÁBITO DE FUMAR ................................................................................................................. 271
LEGISLAÇÃO (9) ................................................................................................................................................... 272
CUIDADO COM O INFARTO (1) ......................................................................................................................... 273
INSOLAÇÃO .......................................................................................................................................................... 274
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (4) ............................................................................................................................. 275
DIREÇÃO DEFENSIVA (7) ................................................................................................................................... 276
FRATURAS ............................................................................................................................................................. 277
DORES DE DENTE (2) .......................................................................................................................................... 278
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (3) .................................................................................................... 279

5
RISCOS E PRAZERES DAS DROGAS (1) .......................................................................................................... 280
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQÜENTEMENTES SOBRE SEUS OLHOS (2) .................................... 281
OBESIDADE (3) ..................................................................................................................................................... 282
ESCORPIÕES (4) .................................................................................................................................................... 283
A IMPORTÂNCIA DA BOA VISÃO (1) ............................................................................................................... 284
PICADAS DE COBRAS VENENOSAS (2) .......................................................................................................... 285
ELEMENTOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA (3) ................................................................................................... 286
SEGURANÇA NO LAR - ACIDENTES ............................................................................................................... 287
DISTÚRBIOS DO APETITE .................................................................................................................................. 288
DEPRESSÃO (3) ..................................................................................................................................................... 289
DIREÇÃO DEFENSIVA (8) ................................................................................................................................... 290
INSÔNIA (2) ............................................................................................................................................................ 291
RCP – RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR ................................................................................................ 292
PARÁBOLA DO CAVALO .................................................................................................................................... 294
ACIDENTES NOS OLHOS (3) ............................................................................................................................... 295
ENVENENAMENTO .............................................................................................................................................. 296
FUMO (2) ................................................................................................................................................................. 297
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (5) .......................................................................................................................... 298
COMO PREVENIR ACIDENTES COM OFÍDIOS (2) .......................................................................................... 299
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (4) ................................................................................................. 300
PEDESTRES (4) ...................................................................................................................................................... 301
DOAÇÃO DE SANGUE ......................................................................................................................................... 303
LACRAIAS ............................................................................................................................................................. 304
DROGAS (5) ........................................................................................................................................................... 306
ASFIXIA (3) ............................................................................................................................................................ 307
DIREÇÃO DEFENSIVA (9) .................................................................................................................................. 308
ESTADO DE CHOQUE ......................................................................................................................................... 309
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (6) ........ 310
PICADA DE ESCORPIÃO ..................................................................................................................................... 311
ALCOOLISMO (4) ................................................................................................................................................. 312
DISTENSÃO ........................................................................................................................................................... 313
LAVE SUA VIDRAÇA........................................................................................................................................... 314
QUEIMADURAS E LESÕES AMBIENTAIS ....................................................................................................... 315
PARADA RESPIRATÓRIA .................................................................................................................................. 317
DIREÇÃO DEFENSIVA (10) ................................................................................................................................. 318
A FAMOSA RESSACA .......................................................................................................................................... 319
CÂNCER DE PELE (2) ........................................................................................................................................... 320
DIRIGIR COM SEGURANÇA (5) ......................................................................................................................... 321
COMO SE COMPORTAR NA PRAIA .................................................................................................................. 322
CORRELATOS PSICOSSOCIAIS DO TABAGISMO .......................................................................................... 324
DIRIGIR COM SEGURANÇA (6) .......................................................................................................................... 325
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (4) ..................................................................................................... 326
CUIDADO COM O INFARTO (2) .......................................................................................................................... 327
COMO PREVENIR ACIDENTES COM ARANHAS E ESCORPIÕES ................................................................ 328
CÂNCER - CONCEITOS BÁSICOS (3) ................................................................................................................. 329
ESMAGAMENTOS ................................................................................................................................................. 330
ENVENENAMENTOS ............................................................................................................................................ 331
SINAIS VITAIS (3) .................................................................................................................................................. 332
QUEIMADURAS POR ELETRICIDADE .............................................................................................................. 333
PEGADAS NA AREIA ............................................................................................................................................ 334
DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA (2) ........................................................................................................... 335
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQÜENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (3)........... 336
RISCOS E PRAZERES DAS DROGAS (2) ............................................................................................................ 337
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (5) ..................................................................................................... 339
SOCORRO PRÉ-HOSPITALAR ............................................................................................................................. 340
DIREÇÃO DEFENSIVA (11) .................................................................................................................................. 341
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (5) ................................................................................................. 342
SINTOMAS PERIGOSOS (2) ................................................................................................................................. 343
CAMINHOS DISPONÍVEIS CONTRA AS DROGAS .......................................................................................... 344
6
CUIDADOS NA PRAIA (2) .................................................................................................................................... 345
TRÊS CONSELHOS... ............................................................................................................................................ 346
PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DA SAÚDE OUPACIONAL ............................................ 348
DOENÇA DE CHAGAS (2) .................................................................................................................................... 349
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (4).......... 351
OBESIDADE (4) ...................................................................................................................................................... 352
DIREÇÃO DEFENSIVA (12) .................................................................................................................................. 353
AFOGAMENTOS (3) .............................................................................................................................................. 354
TURBERCULOSE (1) ............................................................................................................................................. 355
COMO TER UMA VIDA SAUDÁVEL (E EVITAR O CÂNCER) ....................................................................... 356
PRESSÃO ARTERIAL ............................................................................................................................................ 357
DIREÇÃO DEFENSIVA (13) .................................................................................................................................. 358
DORES DE CABEÇA E ENXAQUECAS (3) ......................................................................................................... 359
PICADA DE ARANHA ...........................................................................................................................................360
EM BUSCA DA ESCALADA ................................................................................................................................. 362
DROGAS (6) ............................................................................................................................................................ 363
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (6) .......................................................................................................................... 364
CUIDADOS NA PRAIA (3) .................................................................................................................................... 365
PREVENÇÃO DE ACIDENTES (2) ....................................................................................................................... 366
BOCA SAUDÁVEL (2) ........................................................................................................................................... 367
BOTIJÃO DE GÁS (3) ............................................................................................................................................. 368
ASFIXIA (4) ............................................................................................................................................................. 369
A IMPORTÂNCIA DA BOA VISÃO (2) ............................................................................................................... 370
ESCORIAÇÕES ....................................................................................................................................................... 371
ÓBITOS .................................................................................................................................................................... 372
SAIBA COMO AGIR NAS EMERGÊNCIAS COM DROGAS ............................................................................ 373
LUXAÇÕES E ENTORSES .................................................................................................................................... 374
DIREÇÃO DEFENSIVA (14) ................................................................................................................................. 375
HEPATITES (2) ....................................................................................................................................................... 376
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (7).......... 377
ESCORPIÕES (5) ..................................................................................................................................................... 378
ENGASGAMENTO ................................................................................................................................................. 379
OS MALES QUE O CIGARRO PODE CAUSAR À SAÚDE ............................................................................... 380
AIDS (2) ................................................................................................................................................................... 382
PREVENÇÃO DE ACIDENTES (3) ....................................................................................................................... 383
CÁRIE DENTÁRIA (1) .......................................................................................................................................... 384
BOTIJÃO DE GÁS (4) ............................................................................................................................................. 385
DROGAS (7) ............................................................................................................................................................ 386
CONVULSÕES ........................................................................................................................................................ 388
DIREÇÃO DEFENSIVA (15) .................................................................................................................................. 389
ACIDENTES LABORAIS E INSS .......................................................................................................................... 390
PROBLEMAS FÍSICOS DO ENVELHECIMENTO .............................................................................................. 391
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (8).......... 392
PREVENÇÃO DE ACIDENTES (4) ....................................................................................................................... 393
BOCA SAUDÁVEL (3) .......................................................................................................................................... 394
DIREÇÃO DEFENSIVA (16) ................................................................................................................................. 395
AFOGAMENTO ..................................................................................................................................................... 396
DROGAS (8) ........................................................................................................................................................... 397
ACIDENTES DE TRÂNSITO ................................................................................................................................ 398
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (9)......... 400
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR (2) ........................................................................................................................ 401
CÁRIE DENTÁRIA (2) ........................................................................................................................................... 403
CONTUSÕES .......................................................................................................................................................... 404
MORDIDAS ............................................................................................................................................................. 405
DROGAS (9) ............................................................................................................................................................ 406
CORPOS ESTRANHOS NO ORGANISMO (1) .................................................................................................... 407
DEPRESSÃO (4) ..................................................................................................................................................... 408
DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA (1) .......................................................................................................... 410
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (10)........ 411
7
FEBRE AMARELA ................................................................................................................................................. 412
AFOGAMENTOS (4) .............................................................................................................................................. 413
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (1) .......................................................................................................................... 414
APNÉIA DO SONO (2) ........................................................................................................................................... 416
DIREÇÃO DEFENSIVA (17) ................................................................................................................................. 417
OBESIDADE (5) ...................................................................................................................................................... 418
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (5).......... 420
OSTEOPOROSE: UM RISCO PARA HOMENS E MULHERES ......................................................................... 421
DROGAS (10) ......................................................................................................................................................... 422
A IMPORTÂNCIA DA BOA VISÃO (3) ............................................................................................................... 423
CALAFRIOS E CALOS .......................................................................................................................................... 424
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA .................................................................................................... 425
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (2) ......................................................................................................................... 426
DOR DE CABEÇA ................................................................................................................................................. 427
CHOQUES .............................................................................................................................................................. 428
DIREÇÃO DEFENSIVA (18) ................................................................................................................................. 429
OXIGENOTERAPIA ............................................................................................................................................... 430
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS SOBRE SEUS OLHOS (11)........ 431
AMPUTAÇÕES ...................................................................................................................................................... 432
DROGAS (11) ......................................................................................................................................................... 433
A IMPORTÂNCIA DA BOA VISÃO (4) ............................................................................................................... 435
ATAQUE HISTÉRICO ........................................................................................................................................... 436
BICHO GEOGRÁFICO .......................................................................................................................................... 437
DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO ........................................................................................................................... 438
DIREÇÃO DEFENSIVA (19) ................................................................................................................................. 439
AS CONSEQÜÊNCIAS DRÁSTICAS DO ALCOOLISMO ................................................................................ 440
ALERGIA ............................................................................................................................................................... 441
DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA (4) ......................................................................................................... 442
DROGAS (12) ......................................................................................................................................................... 443
CONVULSÕES ....................................................................................................................................................... 444
CORPOS ESTRANHOS NO ORGANISMO (1) .................................................................................................... 446
DOENÇAS RELACIONADAS AO FUMO (2) ..................................................................................................... 447
DEPRESSÃO (5) ..................................................................................................................................................... 448
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR (3) ....................................................................................................................... 449
O PODER DOS SUCOS (2) .................................................................................................................................... 450
RISCOS E PRAZERES DAS DROGAS (3) ........................................................................................................... 451
SAIBA MAIS SOBRE O DIABETES (1) ............................................................................................................... 452
MENINGITE ........................................................................................................................................................... 453
COCEIRAS .............................................................................................................................................................. 454
DIREÇÃO DEFENSIVA (20) ................................................................................................................................. 455
CORRIMENTO NASAL ......................................................................................................................................... 457
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR (4) ........................................................................................................................ 458
HEPATITES (3) ....................................................................................................................................................... 459
CUIDADO COM O INFARTO (3) .......................................................................................................................... 461
LIÇÃO DE VIDA ..................................................................................................................................................... 462
DELÍRIO ...................................................................................................................................................................464
DESLOCAMENTOS, TORCEDURAS E MAUS-JEITOS ..................................................................................... 465
DESMAIO .............................................................................................................................................................. 466
FEBRE .................................................................................................................................................................... 467
RESFRIADO .......................................................................................................................................................... 468
SANGRAMENTO DO NARIZ .............................................................................................................................. 469
TONTURAS (Vertigens) ........................................................................................................................................ 470
VÔMITOS .............................................................................................................................................................. 471
PALPITAÇÃO ....................................................................................................................................................... 472
O CIGARRO E SEUS MALES (2) ........................................................................................................................ 473
DIETA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DA PRÓSTATA ................................................................................ 474
SAIBA MAIS SOBRE O DIABETES (2) ............................................................................................................. 475
TUBERCULOSE (2) ............................................................................................................................................. 476
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (2) ............................................................................................................................... 477
8
DIRIGIR COM SEGURANÇA (1)

Nosso país, infelizmente, é conhecido em todo o mundo pelos seus altos índices de
acidentes de trânsito. No ano de 1996, mais de 27 mil vidas foram perdidas e outras 400
mil pessoas sofreram lesões de gravidade variada, muitas vezes, com seqüelas
permanentes.

Em 1997, na cidade de São Paulo, morreram 2.042 pessoas em acidentes de trânsito. Isto
significa: um acidente a cada 2,8 min, um acidente com vítima a cada 10,9 min, um
atropelamento a cada 43,4 min e uma pessoa morta a cada 4,3 horas. Os acidentes de
trânsito representam a segunda causa de mortes violentas na cidade, com 20%.

Em 1997, no mundo, morreram cerca de 500 mil pessoas e a estimativa, se continuarmos


neste ritmo, é que no ano 2000 morrerão 1 milhão de pessoas. Os dados estatísticos
comprovam que 90% dos acidentes são causados por erros dos motoristas, 06% por má
condição das vias e 04% por defeito dos veículos.

Os danos e prejuízos causados pelos acidentes de trânsito, além dos citados acimas que
são irreparáveis, incluem ainda perda material, tempo perdido, horas não trabalhadas,
gastos diretos e indiretos, etc. Tudo isso afeta não só as pessoas diretamente envolvidas
em cada ocorrência, mas também o país como um todo.

De nada adianta lamentarmos os acidentes ocorridos se não para evitá-los, tomando


atitudes de bom senso e civilidade. Cabe a todos nós, como motoristas e pedestres,
tomarmos atitudes que levem à prevenção dos acidentes de trânsito. Os acidentes podem
e devem ser evitados.

O primeiro passo para a prevenção de acidentes de trânsito é garantir as condições de


segurança do veículo. Essa é uma responsabilidade básica do motorista. Para tanto, os
seguintes procedimentos devem ser observados:

 Checagem rotineira dos itens de segurança;


 Revisões periódicas e manutenção preventiva, de acordo com a recomendação do
fabricante;
 Verificação imediata de qualquer suspeita de anormalidade (barulhos diferentes,
vibração anormal, etc) e pronta correção de defeitos que possam interferir nas
condições de segurança do veículo.

9
ACIDENTES ACONTECEM NO BANHEIRO

As quedas são acidentes mais comuns. A causa é simples: a maioria dos banheiros tem piso
escorregadio, que frequentemente se encontra úmido.
Muitas quedas, e até afogamentos, são registrados em banheiras. No banheiro podem ocorrer
também choques elétricos, queimaduras por água quente, além de cortes com giletes e navalhas.
O uso de tapetes de borracha ou tiras antiderrapantes no fundo das banheiras ou sobre o piso do
boxe dos chuveiros evita acidentes.
Pessoas idosas e deficientes físicas correm maior risco de sofrer quedas. A instalação de barras
de ferro junto ao vaso sanitário e ao boxe do chuveiro pode prevenir quedas.
Não deixe sabonetes e vidros de xampu jogados no piso do boxe ou na banheira

Cuidados Especiais com Crianças e Idosos


As estatísticas mostram que são muitos os acidentes envolvendo crianças e pessoas idosas.
Tenha cuidado especial com elas:

Evite que as crianças tomem banho sozinhas. Se caírem, podem bater a cabeça numa quina do
boxe ou na louça sanitária, o que costuma ser fatal.

Reserve acomodações (camas, cadeiras) sólidas e seguras para as pessoas idosas.


A barra de segurança no boxe do banheiro, por exemplo, é fundamental para elas.
A recuperação de fraturas ósseas é muito mais difícil para pessoas de idade avançada.

Uma Casa à prova de Quedas


Verifique constantemente as condições de segurança de sua casa.
Não hesite em fazer consertos e melhorias, assegurando-se das seguintes condições:

 Corrimão em todas as escadas;

 Fita antiderrapante na beirada de cada degrau da escada;

 Barra de segurança no boxe do banheiro;

 Grade de proteção no alto da escada, se houver crianças em casa;

 Piso antiderrapante na cozinha, no banheiro e nas áreas de serviço;

 Iluminação adequada em banheiros, escadas, acesso a garagem, etc.;

 Tacos e carpetes bem colados no piso.

CÂNCER – CONCEITOS BÁSICOS

10
Definição
Câncer (ou neoplasia, ou tumor maligno) é uma classe de doenças caracterizadas
pelo crescimento descontrolado de células aberrantes. O câncer pode matar devido
à invasão destrutiva de órgãos normais por estas células, por extensão direta ou por
disseminação à distância, que pode ser através do sangue, linfa ou superfície
serosa.

O comportamento anormal das células cancerosas é geralmente espelhado por


mutações genéticas, expressões de características ontológicas, ou secreção
anormal de hormônios ou enzimas.

Todos os cânceres têm o potencial de invasão ou de metastatização, mas cada tipo


específico tem características clínicas e biológicas, que devem ser estudadas para
um adequado diagnóstico, tratamento e acompanhamento.

Incidência e Mortalidade
As neoplasias são a terceira maior causa de morte no Brasil (superadas apenas
pelas doenças do aparelho circulatório e pelas causas externas / violência). Espera-
se que no meio do século 21 o câncer já seja a principal causa de morte no Brasil.
Os motivos que levam ao crescimento da incidência do câncer são o aumento da
expectativa de vida da população em geral, associada a maior exposição a fatores
de risco. O tipo de câncer que mais cresce é o de pulmão, principalmente devido à
propagação do hábito de fumar, que cresce desde há 40 anos.

No Brasil os registros estatísticos sobre o câncer ainda são bastante falhos, e não
retratam a realidade brasileira. Nos últimos anos há uma tentativa de dar maior
confiabilidade aos dados divulgados, e esperamos em breve poder conhecer melhor
o que ocorre em nosso país. Os leitores podem encontrar os dados estatísticos
mais atualizados sobre câncer no site do Instituto Nacional do Câncer, que
centraliza os dados nacionais.

PRIMEIROS SOCORROS (1)

Ferimentos
11
São os acidentes mais comuns no trabalho e em casa. Existem ferimentos leves ou
superficiais, com hemorragia moderada. Neste caso, com as mãos limpas, lave o
ferimento com água e sabão, removendo do local eventuais sujeiras como terra, graxa,
entre outros elementos. Usar água oxigenada no local da ferida. Passar anti-séptico
quando possível e nunca colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante. Manter o
local lesado coberto para evitar contaminação, encaminhando o acidentado ao médico
para tratamento específico o mais rápido possível.

Os ferimentos profundos, nos membros com hemorragia, requerem maior rapidez no


atendimento. Para estancar a hemorragia, o membro deve ser mantido em elevação,
comprimindo o local com gaze ou pano limpo.

Caso não resolva, deve-se fazer um torniquete, desapertando-o a cada 10 ou 15


minutos, ou quando notar as extremidades dos dedos frias ou arroxeadas. A limpeza
deve ser feita como nos ferimentos leves.

Toda vez que ocorrer acidente de tráfego, queda ou pancada violenta, desconfiar da
existência de ferimentos no crânio, pois pode haver uma hemorragia interna. Há
possibilidade do acidentado desmaiar, ou simplesmente ficar atordoado.

No caso de ocorrer um hematoma, conserve o acidentado deitado em absoluto


repouso até a chegada do médico. Segundo autores, neste tipos de ferimentos em
hipótese alguma faça pressão sobre o local e nunca dê nada para a vítima beber. Eles
lembram ainda que após a ocorrência de qualquer ferimento, a vítima deve tomar a
vacina antitetânica.

ABELHAS (1)

O veneno da abelha

12
Pesquisas recentes revelaram a presença de diversos componentes no veneno da
abelha. Os de princípios mais ativos são: Histamina, melitina e duas enzimas
conhecidas como hialuronidase e fosfolipase.

No organismo humano, estes componentes provocam os seguintes efeitos:

1. Histamina: produz uma rápida queda na pressão do sangue;

2. Melitina: é tida como a responsável pela toxidez local e geral. A melitina quando
em alta concentração também provoca hemolise ou seja a destruição de glóbulos
vermelhos do sangue.

3. Hialuronidase: esta é creditada como promotora de infiltração dos tecidos

4. Fosfoolipase: afeta indiretamente os glóbulos vermelhos do sangue (hemolise


ataca a função respiratória e dificulta a coagualação).

Resumindo: o veneno da abelha é portador de três efeitos específicos no


organismo.

A) Neurotóxico por atuar sobre o sistema nervoso;

B) Hemorrágico pelo aumento da permeabilidade dos capilares sanguíneos;

C) Hemolítico pela destruição dos glóbulos vermelhos.

OBS: O veneno da abelha que parece apenas produzir reações nocivas ao homem,
também tem a sua aplicação útil para tratamento de algumas enfermidades como é
exemplo o reumatismo.

Existem injeções para combate do artritismo crônico, neuralgia e neurite feitas com
veneno de abelha.

13
LEGISLAÇÃO (1)

Seção I - Disposições Gerais

Art. 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, não desobriga as empresas do
cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos
sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas
de contratos coletivos de trabalho.
Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho:

I. estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo,
especialmente os referidos no art. 200;

II. coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a
segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de
Prevenção de Acidentes do Trabalho;

III. conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados
Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho.

Art. 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição:

I. promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho;

II. adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e
reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias;

III. impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art.
201.

Art. 157 - Cabe às empresas:

I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II. Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar
acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

III. Adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente;

IV. Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Art. 158 - Cabe aos empregados:

I. observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do
artigo anterior;

II. colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:


À observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;
14
a. Ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

Art. 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos
federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das
disposições constantes deste Capítulo.

15
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (1)

Introdução
Nas muitas atividades de trabalho existem inúmeros e minúsculos contaminantes que ficam
suspensos no ar.

O ar que respiramos é composto de aproximadamente 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e


1% de outros gases. Nesta combinação, estes gases mantêm a vida. Sua saúde depende do ar
puro que você respira, porém quando outras substâncias estão presentes, você está sujeito a
irritações, indisposições, problemas de saúde e até mesmo a morte.

Os riscos em um ambiente de trabalho, muitas vezes, não são percebidos

Qual o papel da empresa? Sua empresa deverá inspecionar regularmente os locais de trabalho
para identificar e avaliar a natureza dos riscos que podem estar presentes. Também
proporcionar aos seus funcionários a proteção respiratória adequada, bem como informações
e treinamento, sobre o uso correto dos equipamentos.

Você também desempenha um importante papel. Depois de selecionar o respirador


apropriado deve utilizá-lo sempre que estiver em uma área que necessite de proteção
respiratória. Para sua própria segurança, verifique se o seu respirador está se ajustando bem
ao rosto e se é necessário algum reparo.

Também deve comunicar à sua supervisão se houver problemas com o equipamento ou se


você tem alguma enfermidade como asma, alergias ou pressão arterial elevada, que o impeça
de usar um respirador.

Você e sua empresa podem trabalhar juntos para proteger a saúde dos trabalhadores em
situação perigosa.

16
ANIMAIS PEÇONHENTOS (1)

Animais peçonhentos são aqueles cujo organismo produz veneno. Em geral, têm um ferrão com o qual
injetam o veneno nas suas vítimas.

São animais peçonhentos as aranhas, os escorpiões e as lacraias.

No Brasil, existem milhares de espécies desses animais. A maioria não oferece perigo ao homem, mas
algumas delas podem causar envenenamento.
Exemplos:

Escorpiões:
Escorpião amarelo
Escorpião marrom

Aranhas:
Armadeira
Aranha marrom

Também podem oferecer perigo: aranha de grama, caranguejeira, viúva-negra, lacraia ou centopéia.

Os acidentes causados por animais peçonhentos podem ser fatais, principalmente para as crianças. Previna-se
contra eles

Você pode tomar algumas precauções para evitar acidentes com animais peçonhentos:

Manter limpos quintais e terrenos baldios, não deixando acumular muito entulho e lixo doméstico. Aranhas,
escorpiões e lacraias costumam se abrigar embaixo de pedras, tijolos e madeira velha.

Aparar regularmente a grama dos jardins e recolher as folhas caídas.


Vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou risos de borracha; colocar telas nas janelas; vedar ralos
de pia; tanque e chão.

Colocar lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar o aparecimento de baratas,
moscas e outros insetos, pois estes são os alimentos prediletos de aranhas e escorpiões.

Examinar roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-los.

Andar sempre calçado e usar luvas de raspa de couro ao trabalhar com material de construção, lenha, etc. As
serpentes também são animais peçonhentos.

17
ALERGIA AO SOL

As alergias solares podem surgir de forma aguda ou crônica e constituem um fator de risco para o cancro da
pele.

As alergias solares são classificadas como doenças da pele relacionadas com a sensibilidade à exposição
solar (doenças fotossensíveis).

A alergia solar pode-se manifestar como uma patologia aguda, originando eritema, edema, urticária e
formação de vesículas. Também pode surgir sob a forma de doença crônica, originando alterações da
coloração da pele, aranhas vasculares, pele espessada e de superfície áspera com manchas dispersas. O efeito
crônico da exposição solar pode levar ao aparecimento de lesões benignas da pele (papilomas) e,
inclusivamente, cancro da pele.

É importante referir que a exposição solar altera o sistema imunológico e as pessoas medicadas com
imunossupressores, quando se expõem ao Sol, possuem um risco aumentado de apresentar alterações
cutâneas que podem evoluir para cancro da pele. Por outro lado, existem doenças geneticamente
determinadas que estão associadas com menor tolerância cutânea à exposição solar.

Prevenção

A melhor forma de evitar a alergia solar é limitar a exposição ao Sol.

Outra medida pode incluir a administração de complexos farmacológicos que contenham as proteínas da
epiderme.

Recomenda-se ainda a utilização de vestuário nas zonas mais expostas ou onde é mais freqüente surgirem as
rações da alergia, existindo mesmo indústria especializada de vestuário para as situações mais graves de
alergia.

Também é aconselhável (mesmo sem alergia solar), a utilização de protetores solares. Tal como se deve,
igualmente, evitar a exposição prolongada ao Sol, nomeadamente nos períodos de maior intensidade da
radiação solar (12-16 horas).

18
BOTIJÃO DE GÁS (1)

Como instalar corretamente o botijão de gás

 Nunca coloque os botijões em compartimentos fechados e sem ventilação (armários, gabinetes, vãos
de escada, porões, etc.), prefira instalá-lo do lado de fora de casa,

 Construa uma cabina de proteção em alvenaria ou concreto, em um local ventilado e de fácil acesso.
É importante que fique situado em cota igual ou superior ao nível do piso onde o mesmo estiver
situado e a porta do referido abrigo, deve possuir área para ventilação .

 Nunca instale o botijão próximo a ralos ou grades de escoamento de água. Por ser mais pesado que o
ar, o gás pode se infiltrar em seu interior e explodir se tiver contato com uma centelha. Nunca deite o
botijão para aproveitar até o final, pois assim o gás passará na forma líquida pela válvula
comprometendo sua segurança.

Antes de trocar o botijão, certifique-se de que

 todos os botões dos queimadores estão desligados;

 o local está bem ventilado e livre de qualquer tipo de fogo (vela, fósforo, isqueiro, ou cigarros
acessos).

 Após a substituição dos botijões vazios você não precisa de chave ou alicate para apertar a válvula,
há um sistema de vedação com oringue (anel de borracha) no lado de dentro do bico do botijão que
veda perfeitamente a conexão sem precisar de muita força;

 NUNCA, NUNCA TESTE SE HÁ VAZAMENTOS NA VEDAÇÃO UTILIZANDO ISQUEIRO OU


FÓSFORO; pois em caso positivo e se este for grande provocará incêndio atingindo diretamente
você, se o vazamento for pequeno as chamas do avil não irão detectá-lo. "USE SABÃO EM UMA
ESPONJA UMEDECIDA", passe ao redor das conexões, se não borbulhar é porque a troca foi
realizada com sucesso;

 Não use sabão para tampar vazamentos, porque depois que seca ele se racha abrindo fissuras
voltando o vazamento. Não é prudente dar "jeitinhos";

 Não guarde botijões vazios ou cheios dentro de casa;

 Não enfeite o botijão com saias de tecido ou plástico. São materiais combustíveis e podem complicar
bastante em caso de vazamento e/ou incêndio;

 Instale o botijão do lado de fora da edificação, é mais seguro para o seu lar, para você e para sua
família

19
HEPATITES (1)

O que é?

É qualquer inflamação do fígado. Pode ser causada por infecções (vírus, bactérias), álcool, medicamentos,
drogas, doenças hereditárias (depósitos anormais de ferro, cobre) e doenças auto imunes.

Como se adquire?

Existem vários tipos de hepatite e a causa difere conforme o tipo.

Hepatite Viral A

Via fecal-oral, ou seja, fezes de pacientes contaminam a água de consumo e os alimentos quando há
condições sanitárias insatisfatórias

Hepatite Viral B

As relações sexuais e a injeção de drogas ilícitas são as principais preocupações atuais. A aquisição pela
transfusão sanguínea e derivados deixou de ser o principal motivo, desde a implantação dos rigorosos
cuidados vigentes nos bancos de sangue e a extinção de pagamento a doadores. O bebê pode adquirir
hepatite na hora do parto quando a mãe tiver o vírus

Hepatite Viral C

A transfusão de sangue e derivados, a injeção de drogas ilícitas, o contato desprotegido com sangue ou
secreções contaminadas são as principais vias.
Ocorrem casos de transmissão mãe-bebê na hora do parto.
Suspeita-se da via sexual e da aspiração nasal de drogas para explicar uma parte dos 20 a 30% de casos nos
quais não se conhece a forma de contaminação.

Hepatite Viral D

É um vírus que só causa doença na presença do vírus da hepatite B. Sua forma de transmissão é a mesma do
vírus B

Hepatite Viral E

Fecal-oral, igual à hepatite A. É mais descrita em locais subdesenvolvidos após temporadas de enchentes

Hepatite Alcoólica

Uso abusivo de qualquer tipo de bebida alcoólica. A quantidade que causa doença hepática é variável de
pessoa para pessoa, sendo necessário, em média, menor dose para causar doença em mulheres do que em
homens.

20
A dose de alto risco é de 80g de álcool por dia, o que equivale a 5-8 doses de uísque (240 ml), pouco
menos de 1 garrafa e meia de vinho (800 ml) ou 2 litros de cerveja.
Quanto maior o tempo de ingestão (anos), maior é o risco de hepatite alcoólica e cirrose. Certas pessoas
podem adoecer mesmo com doses e tempo bem menores do que a média acima mencionada

Hepatite Medicamentosa

Vários remédios de uso clínico podem causar hepatite em indivíduos suscetíveis. Não se pode prever quem
terá hepatite por determinada droga, porém, indivíduos que já têm outras formas de doença do fígado correm
maior risco.

Alguns medicamentos relacionados com hepatite são: paracetamol (Tylenol®, Dôrico®); antibióticos e
antifúngicos como a eritromicina, tetraciclina, sulfas, cetoconazol e nitrofurantoína; anabolizantes
(hormônios usados para melhorar o desempenho físico - dopping); drogas antipsicóticas e calmantes, como
por exemplo, a clorpromazina (Amplictil®), amiodarona (antiarrítmico), metildopa (Aldomet® - anti-
hipertensivo) e antituberculosos. Anticoncepcionais orais (pílula) também são ocasionalmente mencionados

Hepatite Autoimune

algumas doenças fazem com que as substâncias de defesa do próprio indivíduo (anticorpos) causem
inflamação e dano ao fígado. Não se sabe porque isso acontece

Hepatites por causas hereditárias

doenças como a hemocromatose e a doença de Wilson levam ao acúmulo de ferro e cobre, respectivamente,
no fígado, causando hepatite

Esteatohepatite não alcoólica (esteatose hepática, fígado gorduroso)

é o acúmulo de gordura no fígado. Ocorre em diversas situações independentes do consumo de álcool, como
obesidade, desnutrição, nutrição endovenosa prolongada, diabete melito, alterações das gorduras sanguíneas
(colesterol ou triglicerídeos altos) e alguns remédios.

21
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

Após o término do tratamento inicial, no local do acidente, a vítima deverá ser removida de sua posição original
para uma maca, para então, ser transportada para um hospital e receber seu tratamento definitivo.

Exceto na presença de uma situação que represente perigo imediato tanto à vida da vítima quanto a do próprio
socorrista, a manipulação do acidentado deverá ser ordenada e efetuada com calma, de modo a não lhe causar
maiores lesões ou ainda, agravar as condições originais. Voluntários ou espectadores solicitados devem ser
instruídos detalhadamente sobre o que deverão fazer antes da vítima ser manipulada e removida.

Se no local do acidente existirem várias vítimas, o socorrista deverá solicitar auxílio imediatamente. Como em
geral, no local do acidente, não temos condições de diagnóstico preciso, devemos sempre transportar as vítimas
sobre macas rígidas, tomando o cuidado de imobilizar a coluna e as demais fraturas existentes e ainda, fazer
reavaliações periódicas das condições vitais, durante todo o transporte.

É compreensível que nos acidentados que tenham somente lesões leves (queda com fratura do braço, por
exemplo), o transporte não precisará ser desta forma.

As vítimas que estiverem em locais de risco iminente (incêndio com risco de explosão, veículo a beira de um
penhasco, ambiente tomado por fumaça, etc) deverão ser removidas imediatamente pelo método da chave de
Rauteck, onde o socorro é realizado, puxando-se a vítima para fora do local de risco e deslizando-a até um local
seguro. Esta manobra, apesar de perigosa, constitui-se de um mal menor, destinado a pôr o ferido fora de perigo
e evitar que se agrave o seu estado.

É fundamental que os princípios de segurança observados na proteção da vítima, sejam também considerados na
segurança individual dos socorristas e demais pessoas que estejam na áreas do acidente.

O posicionamento da vítima sobre a maca rígida é feito através da técnica de rolamento (90 graus), com o
auxílio de no mínimo três pessoas.

A vítima é rolada em monobloco para uma posição lateral, a maca rígida é posicionada ao seu lado e a vítima é
rolada novamente para cima dela. O socorrista líder deverá posicionar-se ao nível da cabeça da vítima e os
demais socorristas ao lado do ferido, que permanecerá todo o tempo com a cabeça e coluna, alinhadas.

As macas rígidas, também chamadas tábuas de suporte, são muito úteis no transporte de vítimas e serviços de
salvamento e resgate. A maca rígida curta mede 45 centímetros de largura e 70 centímetros de comprimento. A
maca longa mede 45 centímetros de largura e 180 centímetros de comprimento, com dois trilhos finos na
superfície inferior que são essenciais para suspendê-la com facilidade.

A maca rígida curta é usada sobretudo para a imobilização de vítimas que encontram-se sentadas, já o modelo
longo é excelente para qualquer tipo de vítima, em especial aquelas que apresentam lesão ou suspeita de lesão na
coluna, ou ainda que necessitem de ressuscitação cardiopulmonar. Cada maca rígida deve possuir tirantes
próprios de 5 por 185 centímetros, que amarram a vítima através de fivelas auto-aderentes ou do tipo engate-
rápido.

22
O VALOR DO CONTEÚDO

Um apresentador, durante uma palestra apresentou ao público uma nota de mil dólares e perguntou:

- Quem quer esta nota?

Todas as mãos se ergueram. Ele então amassou a nota em suas mãos e tornou a perguntar:

- E, agora, quem quer esta nota?

Todas as mãos se levantaram novamente, e o apresentador continuou a amassar a nota, jogou-a no chão,
pisou em cima e perguntou:

- Porque vocês ainda querem esta nota, mesmo estando ela toda amassada e pisoteada?

- Porque ela vale mil dólares - respondeu um senhor.

- Isso mesmo! disse o apresentador e completou:

- não importa o que eu faça com esta nota. Todos nós ainda a queremos, pois ela não perde seu valor.

Assim são as pessoas, muitas vezes, surradas e pisoteadas pelos problemas da vida, porém jamais perdem
seu valor.

Todos nós temos valores importantes que jamais serão destruídos pelos revezes da vida.

23
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (1)

Riscos potenciais: FOGO OU EXPLOSÃO

Produto inflamável/combustível: pode inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas.

Vapores podem deslocar-se até uma fonte de ignição e provocar retrocesso de chamas.

Os recipientes podem explodir com o calor do fogo.

Há riscos de explosão do vapor em ambientes fechados ou abertos ou em rede de esgotos.

O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão.

Riscos para a saúde

Pode ser venenoso se inalado ou absorvido pela pele.

Os vapores podem causar tontura ou sufocação.

O contato pode causar queimaduras ou irritação na pele e nos olhos.

O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos.

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

24
EFEITOS CRÔNICOS DO ÁLCOOL

Assim como outras drogas causam dependência, o álcool reforça seu próprio consumo através da ativação do
circuito de recompensa do cérebro. O álcool causa vários efeitos agudos, como por exemplo, a embriaguez,
tendo como causa mais freqüente a depressão do sistema nervoso central. Os efeitos agudos do álcool têm
conseqüências significativas, incluindo a dificuldade de discernimento. O consumo repetitivo de álcool pode
induzir à tolerância, o que significa que a quantidade necessária para produzir o efeito desejado tem que ser
progressivamente aumentada.

Problemas de Nascença Relacionados ao Álcool

O álcool pode causar uma série de problemas de nascença, sendo o mais sério a síndrome fetal alcoólica
(SFA). Crianças que nascem com problemas devido à bebida podem ter problemas de aprendizado e de
comportamento para toda a vida. Os nascidos com SFA têm anormalidades físicas, comprometimento mental
e problemas de comportamento. Como os cientistas não sabem exatamente a quantidade de álcool que causa
este e outros problemas no nascimento, é melhor não beber álcool em hipótese alguma durante este período.

Bebida e Direção

Pode surpreendê-lo o fato de que mesmo pequena, a quantidade de bebida alcoólica pode comprometer a
capacidade de dirigir um automóvel. Por exemplo, certas habilidades para dirigir, como virar o volante ao
mesmo tempo em que se dá atenção ao tráfego, podem ficar comprometidas por concentrações de álcool no
sangue (CASs) tão mínimas como 0,02 por cento. (A CAS se refere à quantia de álcool no sangue). Um
homem de 80 kg terá uma CAS de aproximadamente 0,04 por cento uma hora após ter consumido duas
cervejas de 300 ml ou outros dois drinques padrão, de estômago vazio. E quanto mais álcool você consumir,
mais comprometidas ficarão suas habilidades para dirigir. Embora a maioria dos estados norte-americanos
estabeleçam o limite de CAS par a adultos que dirijam depois de beber entre 0,08 e 0,10 por cento, e no
Brasil este limite é de 0,05 % o comprometimento das habilidades de direção começa em níveis bem
menores.

25
GASES

Gás é um dos estados da matéria. Nesse estado a substância move-se livremente, ou


seja, independente do perigo apresentado pelo produto, seu estado físico representa
por si só uma grande preocupação, uma vez que expandem-se indefinidamente.
Assim, em caso de vazamento, os gases tendem a ocupar todo o ambiente mesmo
quando possuem densidades diferentes à do ar.

Além do perigo inerente ao estado físico, os gases podem apresentar perigos


adicionais, como por exemplo a inflamabilidade, toxicidade, poder de oxidação e
corrosividade, entre outros.

Alguns gases, como por exemplo o cloro, apresentam odor e cor característicos,
enquanto que outros, como o monóxido de carbono, não apresentam odor ou
coloração, o que dificulta sua identificação na atmosfera, bem como as ações de
controle quando de um eventual vazamento.

Os gases sofrem grande influência quando expostos a variações de pressão e/ou


temperatura. A maioria dos gases pode ser liquefeita com o aumento da pressão e/ou
diminuição da temperatura. A amônia, por exemplo, pode ser liquefeita quando
submetida a uma pressão de aproximadamente 8 kgf/cm2 ou quando submetida a
uma temperatura de aproximadamente -33,4º C.

Quando liberados, os gases mantidos liquefeitos por ação da pressão e/ou


temperatura, tenderão a passar para seu estado natural nas condições ambientais, ou
seja, estado gasoso. Durante a mudança do estado líquido para o estado gasoso,
ocorre uma alta expansão do produto gerando volumes gasosos muito maiores do que
o volume ocupado pelo líquido. A isto se denomina taxa de expansão.
O cloro por exemplo, tem uma taxa de expansão de 457 vezes, ou seja, um volume
de cloro líquido gera 457 volumes de cloro gasoso. Para o GLP - Gás Liquefeito de
Petróleo a taxa de expansão é de 270 vezes.

Em função do acima exposto, nos vazamentos de produtos liquefeitos deverá ser


adotada, sempre que possível, a preferência ao vazamento na fase gasosa ao invés do
vazamento na fase líquida, já que a fase gasosa não sofrerá expansão.
-
Uma propriedade físico-química relevante a ser considerada no atendimento a
vazamentos dos gases é a densidade do produto em relação à densidade do ar. Gases
mais densos que o ar tendem a se acumular ao nível do solo e, conseqüentemente,
terão sua dispersão dificultada quando comparada à dos gases com densidade
próxima ou inferior à do ar.

Alguns gases considerados biologicamente inertes, ou seja, que não são


metabolizados pelo organismo humano, sob certas condições podem representar
riscos ao homem. Todos os gases exceto o oxigênio, são asfixiantes. Grandes
26
vazamentos mesmo de gases inertes, reduzem o teor de oxigênio dos ambientes
fechados, causando danos que podem culminar na morte das pessoas expostas.

Assim, em ambientes confinados deve-se monitorar constantemente a concentração


de oxigênio. Nas situações onde a concentração de oxigênio estiver abaixo de 19,5 %
em volume, deverão ser adotadas medidas no sentido de restabelecer o nível normal
de oxigênio, ou seja, em torno de 21 % em volume. Estas medidas consistem
basicamente em ventilação, natural ou forçada, do ambiente em questão. Em função
das características apresentadas pelo ambiente envolvido, a proteção respiratória
utilizada deverá obrigatoriamente ser do tipo autônoma.

Especial atenção deve ser dada quando o gás envolvido for inflamável, principalmente se este estiver
confinado. Medições constantes dos índices de inflamabilidade (ou explosividade) no ambiente, através da
utilização de equipamentos intrinsecamente seguros e a eliminação das possíveis fontes de ignição,
constituem ações prioritárias a serem adotadas.

De acordo com as características do produto envolvido, e em função do cenário da


ocorrência, pode ser necessária a aplicação de neblina d'água para abater os gases ou
vapores emanados pelo produto. Essa operação de abatimento dos gases será tanto
mais eficiente, quanto maior for a solubilidade do produto em água, como é o caso da
amônia e do ácido clorídrico.

Vale lembrar que a água utilizada para o abatimento dos gases deverá ser contida, e
recolhida posteriormente, para que a mesma não cause poluição dos recursos hídricos
existentes na região da ocorrência.

Outro aspecto relevante nos acidentes envolvendo produtos gasosos é a possibilidade


da ocorrência de incêndios ou explosões. Mesmo os recipientes contendo gases não
inflamáveis podem explodir em casos de incêndio. A radiação térmica proveniente das
chamas é, muitas vezes, suficientemente alta para provocar um aumento da pressão
interna do recipiente, podendo causar sua ruptura catastrófica e, conseqüentemente,
o seu lançamento a longas distâncias, causando danos às pessoas, estruturas e
equipamentos próximos.

27
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR (1)

Causas mais comuns:

A deterioração dos alimentos. O cozimento por complexo destrói as bactérias nocivas


"Deve ter sido alguma coisa que eu comi." Quantas vezes você já disse ao sentir um indisposição
acompanhada de vômitos, dores de estômago e diarréia? De fato, os casos de uma ligeira intoxicação
alimentar se tornaram tão comuns hoje em dia que dificilmente achamos necessário consultar um médico a
respeito.

Intoxicação alimentar é o nome que se dá aos sintomas desagradáveis que uma pessoa experimenta depois de
ingerir alimentos contaminados por certas bactérias nocivas. Contraindo a crença popular de que alimentos
deteriorados costumam provocar intoxicação alimentar, as bactérias que deterioram os alimentos não são a
causa mais comum desse distúrbio. Na realidade, esse tipo de intoxicação é muito raro porque, em geral, as
pessoas não chegam a ingerir um alimento que está notoriamente estragado. Muito pelo contrário, a comida
contaminada que realmente provoca a intoxicação quase sempre tem aparência, cheiro e gosto normais.

28
USO CORRETO DO CINTO DE SEGURANÇA

Recomendações vitais para o uso do cinto de segurança


De nada adianta usar o cinto de segurança se ele não estiver colocado corretamente

 O uso do cinto de segurança no banco traseiro é tão importante quanto no banco dianteiro.

 A fita do cinto de segurança não pode ficar torcida no corpo.

 Posição da fita no abdome: deve ser abaixo da linha da cintura (barriga) e não sobre ela.

 Para eliminar folga excessiva do cinto de segurança com recolhimento automático (retrátil), puxe a
fita diagonal para a frente e solte-a.

 Crianças a partir de 4 anos e com menos de 1,50m de altura, devem sentar sobre almofadas para que
o cinto subabdominal fique abaixo da barriga. O mesmo procedimento deve ser adotado quando o
cinto for de 3 pontos, para evitar a proximidade da fita com o pescoço da criança.

 Gestantes devem usar, sempre que possível, o cinto de 3 pontos com a parte subabdominal na posição
mais baixa (abaixo da barriga).

 Com o veículo em movimento, os encostos dos bancos dianteiros podem formar ângulos de até 125
graus em relação aos assentos, sem que o cinto de segurança perca sua eficiência.

 Usar cinto de segurança no trânsito urbano é tão importante quanto na estrada.

 A maioria dos acidentes ocorre no perímetro urbano: a gravidade das lesões depende do tipo de
colisão e não apenas da velocidade.

 Estudos internacionais indicam que casos fatais em acidentes ocorrem já a partir de 30 km/h.

 Crianças também devem usar cinto de segurança

 Crianças da até 10 anos devem sempre ser transportadas no banco de trás.

29
ACIDENTE NOS OLHOS (1)

A não ser pequenos acidentes, nenhum outro pode ser cuidado com medidas caseiras.

O que fazer

Socorra a vítima rapidamente, adote as medidas recomendadas abaixo e leve-a ao médico, mesmo que o
problema pareça solucionado.

Traumatismos nas pálpebras

Se o globo ocular estiver intacto:

1.Lave bem mãos antes de examinar e tratar o olho.

2.Detenha a hemorragia com um chumaço de gaze sobre o olho. Como há muitos vasos sangüíneos na
região, a hemorragia pode ser intensa. Não se assuste nem permita que a vítima entre em pânico.

3.Cubra o olho com gaze esterilizada (fixando-a ao rosto com esparadrapo) e corra ao pronto-socorro ou
hospital mais próximo, antes mesmo de estancar a hemorragia.

Atenção: Se a pálpebra estiver lacerada e o olho não puder fechar, não aplique gaze diretamente sobre o
globo ocular. Cubra-o com gaze sem encostar na área afetada ou improvise um cone de papel (ou use um
copinho de papelão) para proteger o olho até que a vítima chegue ao hospital.

30
SINAIS VITAIS (1)

Sinais vitais e sinais diagnósticos

Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no diagnóstico da vítima.
Estes indícios são divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas. Alguns são bastante óbvios, mas outros
indícios importantes podem passar despercebidos, a menos que você examine a vítima cuidadosamente, da
cabeça aos pés

Os sinais são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos – visão, tato, audição e olfato –
durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem sangramento, inchaço (edema), aumento de
sensibilidade ou deformação; já os sinais mais comuns de doenças são pele pálida ou avermelhada, suor,
temperatura elevada e pulso rápido.

Sintomas são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser necessário que o
socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas. Pergunte à vítima consciente se
sente dor e exatamente onde. Examine a região indicada procurando descobrir possíveis lesões por trauma,
mas lembre-se de que a dor intensa numa região pode mascarar outra enfermidade mais séria, embora menos
dolorosa. Além da dor, os outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico incluem náuseas, vertigem, calor,
frio, fraqueza e sensação de mal-estar.

A seguir, veremos as definições dos sinais vitais e dos sinais diagnósticos mais comuns.

1. Pulso

O pulso é uma onda de sangue gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo das artérias. A
freqüência comum de pulso em adultos é de 60 a 100 batimentos por minuto, a freqüência de pulso nas
crianças em geral é superior a 80 batimentos por minuto. O pulso é palpável em qualquer área onde uma
artéria passe sobre uma proeminência óssea ou se localize próxima a pele.

As alterações na frequência e volume do pulso representam dados importantes no socorro pré-hospitalar. Um


pulso rápido, fraco, geralmente é resultado de um estado de choque por perda sangüínea. A ausência de pulso
pode significar um vaso sanguíneo bloqueado ou lesado, ou que o coração parou de funcionar (parada
cardíaca).

2. Respiração

A respiração normal é fácil, sem esforço e sem dor. A frequência

pode variar bastante. Um adulto respira normalmente entre 12 a 20 vezes por minuto. Respiração e
ventilação significam a mesma coisa, ou seja, o ato de inspirar e expirar o ar. Ocasionalmente, pode-se fazer
deduções a partir do odor da respiração, obviamente, a pessoa intoxicada pode cheirar a álcool. No estado de
choque observam-se respirações rápidas e superficiais. Uma respiração profunda, difícil e com esforço pode
indicar uma obstrução nas vias aéreas, doença cardíaca ou pulmonar.

31
PERSISTÊNCIA

Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na
própria oficina.

Para poder continuar nos negócios penhora, com muito pesar, as joias da esposa.

Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, disseram-lhe que seu produto
não atendia ao padrão de qualidade exigido.

O homem desistiu? Não!

Volta para a escola por mais dois anos, sendo vítima de grande gozação por parte de seus colegas, e de
alguns professores que o tachavam de “visionário”.

O homem ficou chateado? Não!

Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele, porém, durante a guerra, sua
fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela foi destruída.

O homem se desesperou e desistiu? Não!

Reconstrói sua fábrica mas, um terremoto novamente a arrasa.

Essa é a gota d água. O homem desistiu? Não!

Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país, e este homem não
pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.

Ele entra em pânico e desiste? Não!

Criativo como de costume, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta, e sai às ruas.

Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas".

A demanda por motores aumenta muito, e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica
para essa novíssima invenção.

Como não tinha capital, resolveu pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a
idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a
indústria.

Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística
japonesa, conhecida e respeitada em todo o mundo.

Tudo porque o sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que
32
encontrou pela frente.

Portanto, se você vive hoje momentos difíceis, como quase todo o mundo, não se deixe desanimar e persista.

A vida reserva um prêmio maravilhoso para aquele que persiste, que tem fé, e que não se deixa abalar pelo
desânimo.

O que sabemos é uma gota. O que ignoramos é um oceano.

E se mesmo depois de uma vida inteira de persistência, você não conseguir desfrutar do conforto material
desejado, saiba que conquistou algo muito maior, muito mais duradouro do que os tesouros da terra. Você
conquistou um dos tesouros do coração e que chamamos de "virtude".

Pense nisso!

A marcha do tempo é inexorável.

De qualquer forma as horas se sucedem.

Utilize-as de maneira digna, mesmo que a peso de sacrifícios.

Tudo na vida constitui convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

33
LEGISLAÇÃO (2)

Seção III - dos órgãos de segurança e de medicina do trabalho nas empresas

Art.162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão
obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho.

Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo, estabelecerão :

a. Classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas


atividades;

b. O número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que
se classifique, na forma da alínea anterior;

c. A qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho;

d. As demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do


trabalho, nas empresas.

Art.163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de


conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de
obra nelas especificadas.

Parágrafo Único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento


das CIPAs.

Art.164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os
critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.

§ 1o - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.


§ 2o - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual
participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
§ 3o - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.
§ 4o - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato,
tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA.
§ 5o - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os
empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.

Art.165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não poderão sofrer despedida arbitrária,
entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.

Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do


Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser
condenado a reintegrar o empregado.

34
Seção IV - do equipamento de proteção individual

Art.166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção


individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas
de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados.

Art.167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do
Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

35
ABELHAS (2)

Reações ao Organismo Humano

O efeito do veneno da abelha não provoca o mesmo efeito em todas as pessoas. Umas resistem a muitas
ferroadas ao passo

Umas resistem a muitas ferroadas ao passo que outras apenas a uma ou duas,existindo também o caso de
pessoas alérgicas a ferroadas.

Muitas vezes uma ferroada apenas provoca reações locais enquanto que noutras o efeito se distribui por todo
corpo na dependência da constituição orgânica da pessoa. Algumas pessoas podem ficar hipersensíveis com
efeitos progressíveis depois de algumas ferroadas, outras já nascem com hipersensibilidade e que nos faz
acreditar no efeito acumulativo do veneno para quem trabalha com abelhas durante anos. A inchação poderá
diminuir com o tempo mas efeitos no organismo tendem a aumentar em poucos casos conforme a formação
orgânica da pessoa.

No organismo humano os efeitos do veneno se manifestam na seguinte forma.

1. Dor forte durante os primeiros 2 a 3 minutos, proporcional ao número de ferroadas recebidas. Conforme o
local a dor pode ser maior ou menor;

2. Inchação mais ou menos acentuada de acordo com o local da ferroada;

3. O local da ferroada fica avermelhado

4. Coceira local podendo atingir todo o corpo segundo a alergia da pessoa;

5. Aumento de temperatura no corpo e principalmente no local da ferroada;

6. Falta de ar (dificuldade de respiração);

7. Os lábios adquirem cor azulada (em casos de alergia);

8. Vômito e perda de consciência (em casos alérgicos).

Os efeitos variam de intensidade na dependência do número de ferroadas recebidas e da sensibilidade do


organismo.

36
DROGAS (1)

Conceitos

Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas
funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas,de animais e de alguns minerais.
Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetrahidrocanabiol
(da maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O
termo droga, presta-se a várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, de
uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. As
drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das
atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranqüilizantes e
barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e
afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas
podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral, injeção intravenosa ou aplicadas
via retal (supositório).

Intoxicação Aguda

É uma condição transitória seguindo-se a administração de álcool ou outra substância psicoativa, resultando
em perturbações no nível de consciência, cognição, percepção, afeto ou comportamento, ou outras funções
ou respostas psicofisiológicas.

Uso Nocivo

É um padrão de uso de substância psicoativa que está causando dano à saúde. O dano pode ser físico (como
no caso de hepatite decorrente da administração de drogas injetáveis) ou mental (ex. episódio depressivo
secundário a um grande consumo de álcool).

Toxicomania

A toxicomania é um estado de intoxicação periódica ou crônica, nociva ao indivíduo e à sociedade,


determinada pelo consumo repetido de uma droga, (natural ou sintética). Suas características são:
1 - irresistível desejo causado pela falta que obriga a continuar a usar droga.
2 - tendência a aumentar a dose.
3 - dependência de ordem psíquica (psicológica), às vezes física acerca dos efeitos das drogas.

37
EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Emergências médicas

Definimos emergências médicas como aquelas emergências provocadas por uma ampla variedade de
enfermidades cuja causa não inclui violência sobre a vítima. As emergências médicas mais comuns são: o
infarto agudo do miocárdio, a angina de peito (angina pectoris), a insuficiência cardíaca congestiva, o
acidente vascular cerebral e a hipertensão.

Se a vítima está sentindo-se mal e apresenta sinais vitais atípicos, assuma que esta possui uma emergência
médica.

Infarto agudo do miocárdio:

Infarto agudo do miocárdio (IAM) pode ser definido como uma lesão ou a morte de uma parte do músculo
cardíaco (miocárdio) resultante de uma redução no suprimento sangüíneo daquela área. Os sinais e sintomas
indicativos de um IAM são geralmente dor ou sensação de opressão no peito (às vezes essa dor não é no
peito e se transmite para os braços, para a mandíbula ou as costas), dores torácicas que vem e vão, por horas
ou dias antes do IAM, náuseas, sudorese intensa, falta de ar, fraqueza, agitação/inquietude e, finalmente, a
parada cardíaca.

O tratamento pré-hospitalar consiste basicamente no acionamento do socorro especializado. No entanto o


socorrista poderá ajudar a vítima, colocando-a numa posição de repouso (semi-sentado) para facilitar a
respiração, ministrando oxigênio suplementar, afrouxando roupas apertadas e mantendo o calor corporal da
vítima. Caso a vítima esteja em parada cardiorespiratória, acione o Serviço Médico de Emergência e inicie
imediatamente as manobras de RCP.

Angina de peito:

A angina de peito pode ser entendida como uma dor caracterizada por uma sensação de intensa contrição no
tórax. Geralmente está associada a um suprimento sangüíneo insuficiente para o coração. A angina se agrava
ou se produz pelo exercício e alivia com repouso ou medicamentos. Seu principal sintoma é uma dor no
peito ou sensação de opressão (que aparece e aumenta com o esforço físico). Essa dor poderá irradiar-se para
a mandíbula e os braços. Na dúvida, considere toda dor no peito, sem explicação, como uma possível angina.
As vítimas conscientes de sua condição, geralmente, tomam medicamentos (nitroglicerina) para aliviar essa
dor. O socorrista deverá assistir a vítima para que tome a medicação conforme prescreve sua bula. O
tratamento pré-hospitalar é idêntico ao IAM.

38
MOTOCICLISTAS (1)

Seu veículo de duas rodas é moderno, bonito, potente, e você, tem muito orgulho dele. Não é para
menos: fabricado com cuidado e até mesmo com muito carinho, ele lhe proporciona tantas emoções,
tanta sensação de liberdade, e faz tantas coisas por você.

Só há duas coisas que ele não pode fazer por você: ensiná-lo a pilotar com segurança, e fazer sua
própria manutenção.

Mas não se preocupe: pilotar com segurança é uma questão de inteligência e bom senso, e isso você
tem. Inteligência e bom senso que lhe dizem que somente um veículo bem conservado pode ser
seguro. E ele não quebra sozinho, nem de repente: fica avisando por exemplo, que está com os freios
precisando de revisão, quando aquelas freadas normais que paravam logo ali, começam a ficar cada
vez mais longas. É a sua vez: dê um pouco de atenção a seu amigo, que nunca lhe deixará na mão.

O ideal seria que você fizesse uma inspeção diária em seu amigo, logo pela manhã, verificando a
folga da embreagem e dos freios dianteiros e traseiros (15 a 20 mm em todos eles), o nível de
combustível, do óleo de freio e do motor, da água da bateria, a folga e a lubrificação da corrente de
transmissão, a pressão e estado dos pneus, e o funcionamento da lanterna, da luz de freio, dos piscas,
do farol e da buzina. Mas a gente sabe que isso nem sempre é possível. A dica então é você fazer essa
inspeção toda vez que parar no posto para reabastecer. Mas toda vez mesmo, tá? Afinal, lá no posto
tem tudo: gasolina, óleo, graxa, material de limpeza, até mesmo gente para lhe ajudar. Você já está
parado mesmo e dois minutos a mais ou a menos não vão fazer diferença a você, mas serão vitais
para seu amigão.

A posição correta - Você pode fazer longas viagens com seu amigo sem se cansar - desde que
mantenha uma posição correta, nunca arqueadas; a cabeça deve ser mantida alta, os ombros
relaxados, braços e cotovelos mais baixos que o guidão; as mãos devem pegar as manoplas bem ao
centro e os punhos deve, ficar mais baixos do que as mãos; os joelhos devem ficar encostados no
tanque de combustível, com os pés paralelos ao solo, o salto do calçado encaixado nas pedaleiras e a
ponta do pé direito sobre o pedal de freio traseiro.

As roupas adequadas - Pode ser que o tempo esteja muito quente - mas isso não é razão para você
não cuidar de sua segurança. Luvas, botas ou calçados fechados e forte, calça em tecidos resistente,
jaqueta em cores claras e vivas e tecido forte, e o principal, um capacete de boa qualidade, de
tamanho adequado, cores vivas, dotado de adesivo refletivo, e com alça bem ajustada. Todas as
estatísticas do mundo provam que o capacete é o equipamento que mais evita problemas graves nos
acidentes. Ponha isso na cabeça e não o retire enquanto estiver com seu companheiro de duas rodas.

39
CRIANÇAS NA PISCINA

É muito importante conhecer as regras de segurança para que as crianças possam usufruir do prazer da água
sem riscos.

A natação é uma das atividades mais populares entre as crianças.


Ao nadar em piscinas é possível sofrer acidentes, ou adquirir doenças infecciosas.

Prevenir os acidentes

O afogamento é uma das causas de morte acidental mais frequente nas crianças, ocorrendo principalmente
nas piscinas das suas próprias residências.

Mantenha-se atento e nunca perca de vista a criança. Lembre-se que as crianças podem afogar-se sem
produzir qualquer ruído.

Alguns casos de afogamento verificam-se em piscinas que não estão devidamente protegidas com cercas ou
muros e às quais as crianças conseguem ter acesso.

Tenha o cuidado de não beber bebidas alcoólicas, enquanto estiver a vigiar crianças na água. Ensine os seus
filhos mais velhos a não beber bebidas alcoólicas quando nadarem, andarem de barco ou praticarem qualquer
atividade aquática.

Aprenda a nadar e ensine os seus filhos a nadar

As crianças com menos de 4 anos não têm capacidade para aprender a nadar de forma segura. Não está
demonstrado que os programas aquáticos para lactentes e crianças reduzam o risco de afogamento, e os pais
não devem confiar que o seu filho está seguro dentro de água, ou que não corre risco de afogamento, por ter
participado nesses programas.

Não confie nas braçadeiras ou outros dispositivos insufláveis que ajudam a criança a flutuar, dado que
facilmente podem esvaziar-se. Use coletes salva-vidas, quando necessário.

Certifique-se sempre da profundidade da água antes de mergulhar. Um dos acidentes mais freqüentes em
piscinas são os traumatismos que ocorrem ao mergulhar ou saltar para uma área pouco profunda.

40
ASFIXIA (1)

Ocorre pela diminuição de oxigênio e consequente aumento de gás carbônico no sangue arterial. A vítima
sente falta de ar, o coração bate mais depressa e a pela fica arroxeada (cianose), principalmente nas
extremidades dos dedos, lóbulos das orelhas, asas do nariz e em volta dos lábios. Em casos mais graves,
podem ocorrer contrações musculares, convulsões, inconsciência e morte.
Estas são as causas mais comuns de asfixia:

 Intromissão de corpos sólidos nas vias respiratórias (engasgamento)

 Objetos engolidos por crianças, espinhas de peixe e ossos podem se localizar na garganta ou na
laringe, impedindo total ou parcialmente a respiração

O que fazer

1.Curve a vítima sobre o espaldar de uma cadeira. Coloque uma das mãos debaixo de seu corpo, firmando a
barriga, como na figura à esquerda, e dê-lhe palmadas entre as omoplatas, com a outra mão. Se o objeto não
sair e a vítima estiver respirando, não faça mais nada. Leve-a imediatamente a um pronto-socorro.

2.Se a obstrução for total e a vítima perdeu a capacidade de respirar, coloque os dedos indicador e médio em
sua garganta, como na figura à direita, e tente retirar o objeto.
Atenção: Nunca introduza os dedos na garganta da vítima se a obstrução não for total. Esse é um recurso
extremo, já que você corre o risco de empurrar ainda mais o objeto para a traquéia.

3.Nunca faça respiração boca a boca nesses casos, pois você poderá empurrar ainda mais o objeto para a
traquéia.

4.Nunca dê água ao asfixiado na esperança de fazê-lo engolir o corpo estranho.


Corpos estranhos no nariz

Esses acidentes são muito comuns com crianças que brincam com botões, sementes, feijões ou bolinhas.

O que fazer

1.Mande a criança encher bem os pulmões, pedindo-lhe que inspire pela boca.

2.Em seguida, peça-lhe para fechar a boca, apertar a narina desobstruída e assoar com força pela outra, para
tentar forçar a saída do objeto.

3.Se a manobra anterior não der resultado, leve a vítima ao pronto-socorro.


Atenção: Nunca tente outros métodos.

41
DORT – DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO
TRABALHO (1)

São movimentos repetidos de qualquer parte do corpo que podem provocar lesões em tendões, músculos e
articulações, principalmente dos membros superiores, ombros e pescoço devido ao uso repetitivo ou a
manutenção de posturas inadequadas resultando em dor fadiga e declínio do desempenho profissional tendo
como vítimas mais comuns os: digitadores, datilógrafos, bancários telefonistas e secretárias.

O termo Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho), adotado no Brasil não é mais utilizado
preferindo-se atualmente a denominação Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT).

Ergonomia

É o estudo dos aspectos do trabalho e sua relação com o conforto e bem-estar do trabalhador. Esta mais
ligada às posturas, movimentos e ritmo determinados pela atividade e conteúdo dessa atividade, nos seus
aspectos físicos e mentais.

A ergonomia intervém analisando o trabalho, as posturas adotadas pelo trabalhador, sua movimentação e seu
ritmo que de modo geral são determinados por outros fatores organizacionais.

O objetivo principal da ergonomia é dar condições de trabalho onde haja maior conforto e bem-estar do
operador a partir da análise da atividade. As melhorias ergonômicas se referem a vários aspectos do trabalho,
tais como: cadeiras, mesas, bancadas; o planejamento e localização de dispositivos emadeirais de trabalho; a
quantidade, qualidade e localização da iluminação; indicações sobre melhorias na organização da atividade,
incluindo o planejamento de novos dispositivos de trabalho ou modificação nos existentes e alteração ritmo
sequenciamento de várias tarefas desempenhadas pelo operador.

O aparecimento de disfunções ligadas ao sistema músculo-esquelético ocorre em grande número nas


indústrias e nos serviços que parecem ter como consequência este tipo de problema ocupacional. Esta
síndrome já foi detectada entre operários de linha de montagem, datilógrafos, digitadores, operadores de
caixa, costureiras, entre outros tipos de funções nas indústrias e nos serviços.

Uma vez que a Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) é uma consequência de vários
fatores do trabalho, atuando conjuntamente, que dizem respeito principalmente as posturas, movimentos e
sua frequência, a ergonomia é mais utilizada em sua prevenção.

42
PLANO DE ABANDONO DE EDIFÍCIOS

O abandono de um edifício em chamas deve ser feito pelas escadas, com calma, sem afobamentos.
Se um incêndio ocorrer em seu escritório ou apartamento, saia imediatamente.
Muitas pessoas morrem por não acreditarem que um incêndio pode se alastrar com rapidez.

Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações.
Se possível, molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada.
Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chão .

Use as escadas - nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia para os
elevadores.
Feche todas as portas que ficarem atrás de você, assim retardará a propagação do fogo.

Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre melhor. Se
possível, fique perto de uma janela, de onde poderá chamar por socorro.

Toque a porta com sua mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, faça este teste: abra vagarosamente e
fique atrás da porta.
Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha-a fechada.
Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como couraça.
Procure um lugar perto de janelas, e abra-as em cima e embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você
poderá respirar pela abertura inferior.

Procure conhecer o equipamento de combate à incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso de
emergência.
Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento. Conheça-as previamente.

NÂO salte do prédio. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos.

Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída.
Uma vez que você tenha conseguido escapar, NÃO RETORNE.
Chame o Corpo de Bombeiros imediatamente.

Ao constatar um princípio de incêndio, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros (fone 193).
Forneça informações precisas:
Nome correto do local onde está ocorrendo o incêndio.
Número do telefone de onde se está falando.
Nome completo de quem está falando. Relato do que está acontecendo.
Em seguida, desligue o telefone e aguarde a chamada de confirmação

43
AS CAUSAS DO CÂNCER

Em muitos aspectos, o câncer é uma obra do acaso, uma infeliz convergência de um erro genético com
agressão ambiental. Ambiente, neste contexto, refere-se a qualquer causa externa, e não apenas o ar, a água e
o solo.

De fato, ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, o câncer não está "ao nosso redor". Apenas 2%
das mortes por câncer são causadas pela poluição ambiental. O fator predominante é, sem dúvida, o
comportamento humano - tabagismo, maus hábitos alimentares, sedentarismo - responsável por quatro em
cada cinco casos de câncer.

Porcentagem nas Associada com estes tipos


Causa
mortes por câncer de câncer

Pulmão, esôfago, laringe, garganta,


Tabaco 30%
cavidade oral, bexiga, rim, pâncreas

Mama, cólon, reto, próstata, endométrio


Maus hábitos alimentares e obesidade 30%
(útero), ovário, intestino delgado

Cólon, próstata, mama, endométrio


Sedentarismo 5%
(útero), ovário

Mama, ovário, cólon, próstata, pulmão,


pâncreas, rim, estômago, tireóide,
Herança genética 5%
melanoma, cérebro, sarcomas de partes
moles, fígado, leucemia, linfomas

Fígado, colo do útero, linfomas,


Vírus e outros agentes infecciosos 5% nasofaringe, sarcomas de partes moles,
estômago, leucemia

Pulmão e pleura, bexiga, pele, laringe,


Carcinógenos ocupacionais cavidade nasal, leucemia, garganta,
5%
(da profissão) linfomas, fígado, sarcomas de partes
moles

Fígado, cavidade oral, laringe, garganta,


Etilismo 3%
esôfago, mama

História reprodutiva Mama, endométrio (útero), colo do


3%
(exposição a hormônios e outros fatores) útero, ovário

Poluição ambiental 2% Pulmão

Radiação ambienal
2% Melanoma e pele em geral
(solar)

Sal, aditivos alimentares e


1% Estômago, fígado, intestino delgado
contaminantes

Tratamentos médicos prévios Leucemias, tireóide, mama, cérebro,


(radioterapia, quimioterapia, 1% bexiga, linfomas, sarcomas de partes
imunossupressão, terapia hormonal) moles, endométrio (útero)

44
PEQUENO CONTO CHINÊS

Conta-se que, por volta do ano 250a.C., na China antiga, um príncipe da região norte do país estava ás
vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu
fazer uma competição entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua resposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que faria uma celebração especial e receberia todas as pretendentes
para lançar o desafio.

Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu
uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar a casa e relatar o fato á jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir á celebração e indagou
incrédula:

- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia
insensata da cabeça. Sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.

E a filha respondeu:

- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é
minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe. Só isto já me tornará muito
feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam de fato, todas as mais belas moças, com as mais
determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou as regras da competição:

- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor,
será escolhida esposa e futura imperatriz da China.

O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com
muita paciência e ternura de sua semente, pois sabia que, se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de
seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas
nada havia nascido. Dia após dia, ela via cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o
seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e
dedicação, a moça comunicou a mãe que, independente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e
hora combinadas, pois não pretendia nada, além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma
flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores.

Finalmente chega o momento esperado, e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado
e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura
esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu por que ele havia
45
escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então calmamente o príncipe esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade,
pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

"Uma tentativa frustrada pode ser o inicio da uma caminhada de sucesso e alegria".

46
RISCOS DE INCÊNDIOS (1)

Conhecimento do Problema
Conceitua-se incêndio como a presença de fogo em local não desejado e capaz de provocar, além de
prejuízos materiais: quedas, queimaduras e intoxicações por fumaça.
O fogo, por sua vez, é um tipo de queima, combustão ou oxidação; resulta de uma reação química em
cadeia, que ocorre na medida em que atuem: a) combustível, b) oxigênio, c) calor e d) continuidade da
reação de combustão.

Teoria da combustão
Combustão é um processo de oxidação rápida auto sustentada, acompanhada da liberação de luz e calor, de
intensidade variáveis. Os principais produtos da combustão e seus efeitos à vida humana são:

1. GASES (CO, HCN, CO2, HCl, SO2, NOx, etc., todos tóxicos);

2. CALOR (pode provocar queimaduras, desidratação, exaustão, etc.);

3. CHAMAS (se tiverem contato direto com a pele, podem provocar queimaduras); e

4. FUMAÇA (a maior causa de morte nos incêndios, pois prejudica a visibilidade, dificultando a fuga).

Para que ocorra a combustão são necessários:

 Material oxidável (combustível)

 Material oxidante (comburente)

 Fonte de ignição (energia) e

 Reação em cadeia

Combustível é o material oxidável (sólido, líquido ou gasoso) capaz de reagir com o comburente (em geral
o oxigênio) numa reação de combustão.
Comburente é o material gasoso que pode reagir com um combustível, produzindo a combustão.
Ignição é o agente que dá o início do processo de combustão, introduzindo na mistura
combustível/comburente, a energia mínima inicial necessária.
Reação em cadeia é o processo de sustentabilidade da combustão, pela presença de radicais livres, que são
formados durante o processo de queima do combustível.

As fontes de ignição mais comuns nos incêndios, são: chamas, superfícies aquecidas, fagulhas, centelhas e
arcos elétricos (além dos raios, que são uma fonte natural de ignição).

Até pouco tempo atrás, havia a figura do triângulo de fogo, que agora foi substituída pelo TETRAEDRO
DO FOGO, pela inclusão da reação em cadeia.

47
Eliminando-se um desses 4 elementos, terminará a combustão e, conseqüentemente, o foco de incêndio.
Pode-se afastar ou eliminar a substância que está sendo queimada, embora isto nem sempre seja possível.
Pode-se eliminar ou afastar o comburente (oxigênio), por abafamento ou pela sua substituição por outro gás
não comburente. Pode-se eliminar o calor, provocando o resfriamento, no ponto em que ocorre a queima ou
combustão. Ou pode-se interromper a reação em cadeia. Os materiais naturais mais combustíveis, são
aqueles ricos em matéria orgânica, quase sempre presentes, em grande quantidade, na zona rural. A
velocidade de queima é menor nos combustíveis líquidos e gasosos, do que nos sólidos. Os plásticos com
celulose, nem precisam de oxigênio para incendiarem.

Os riscos de incêndio, na zona rural, são agravados pelo hábito do agricultor de fazer queimadas, com a
finalidade de limpar o terreno para o plantio; essa prática condenável é responsável por muitos incêndios,
quando o fogo, saltando os aceiros mal feitos, foge ao controle do homem e alastra-se pelo terreno.

Na colheita da cana-de-açúcar pelo método tradicional, também, há o hábito de queimar-se antes a palha, o
que provoca grandes incêndios nos canaviais. Ainda, na renovação das pastagens e na eliminação de certas
doenças, recomenda-se erradicar toda a planta e queimá-la, ali mesmo, no local de plantio, resultando
grandes fogueiras.

A baixa umidade relativa do ar durante o inverno e o lançamento ao solo de pontas de cigarros acesos,
também é a causa freqüente de grandes incêndios, em algumas regiões do Brasil, como a região Central no
entorno de Brasília-DF.

48
PRIMEIROS SOCORROS (2)

Os instantes que se seguem a casos graves de traumatismo, queimaduras, choque ou qualquer outra
emergência de saúde são decisivos para o acidentado. Nesses momentos, é necessário proporcionar cuidados
básicos à vítima, com rapidez e eficiência, até que possa receber assistência médica.
Primeiros socorros são as medidas que se aplicam imediatamente ao acidentado ou vítima de mal súbito a
fim de evitar o agravamento de seu estado ou mesmo a morte por asfixia, hemorragia ou choque. Entre as
primeiras medidas a serem adotadas em todos os casos, destacam-se a remoção da vítima, sua colocação em
posição correta, o restabelecimento da respiração e a identificação do mal que o acometeu ou das lesões que
sofreu, para que se possa proporcionar o socorro adequado.

Remoção da vítima

Em princípio, o leigo não deve transportar um paciente em estado grave, mas às vezes isso terá de ser feito
e, frequentemente, com meios improvisados. Será necessário então todo cuidado para não agravar as lesões
já existentes, sobretudo nos casos de fratura, e utilizar um meio de transporte que atenda à necessidade de
conforto da vítima.
Se o acidentado estiver preso às ferragens de um veículo, a escombros de um desabamento, ou inconsciente
pela fumaça de um incêndio, sua remoção terá que ser imediata, pois embora até certo ponto perigosa, é
indispensável para evitar a morte. Em certas circunstâncias, será necessário recorrer ao corpo de bombeiros
para libertar a vítima. Enquanto se aguarda o socorro, deve-se favorecer a respiração do acidentado,
tranquilizá-lo e procurar estancar a hemorragia, se houver.

Posição correta

O decúbito dorsal, com o corpo estendido em sentido horizontal, é a posição mais aconselhável para o
acidentado, pois a posição sentada favorece o desmaio e o choque. Quando a vítima está inconsciente, é
preciso colocá-la de lado, ou apenas com a cabeça inclinada para o lado, para que possa respirar melhor e
não sofrer asfixia em caso de ter vômitos. No caso de fratura da mandíbula ou lesões da boca, é preferível
colocar o paciente em decúbito ventral (deitado de bruços). Somente os portadores de lesões do tórax, dos
membros superiores e da face poderão ficar sentados ou com a cabeça elevada, desde que não sofram
desmaios.

49
BOCA SAUDÁVEL (1)

Qual a importância da gengiva? Como manter os dentes toda a vida? Esclareça as suas dúvidas sobre a saúde
da boca.

Será a nossa boca assim tão importante?


Qualquer órgão do nosso corpo é importante. A boca e os seus órgãos principais (dentes, gengiva, língua,
bochechas) são fundamentais para algumas das tarefas mais vitais da nossa existência. São vitais para uma
alimentação correta, pois permitem a mastigação dos alimentos; são vitais para a fala, pois permitem uma
melhor dicção; são vitais para o sorriso e para a aparência, contribuindo assim para a nossa auto-estima e
para o nosso bem-estar. Como se vê, todos estes fatores são fundamentais para uma coisa que se chama,
apenas, qualidade de vida.

É verdade que é possível manter os dentes durante toda a vida?

Sem dúvida. A principal razão pela qual perdemos dentes é porque, durante anos, apenas tratamos as
conseqüências da doença; ou seja, os buracos. Se tratarmos os dentes e continuarmos a não os escovar
corretamente, a não usar o fio dentário e a comer doces indiscriminadamente, a cárie vai continuar a aparecer
ao longo da vida. Isto sem falar dos dentes que se perdem por doenças gengivais. Todas estas doenças podem
ser controladas, se os nossos hábitos forem os mais indicados para as nossas necessidades. Assim, se houver
um trabalho de equipa entre os pacientes e os profissionais de saúde oral, os dentes podem manter-se na
nossa boca a vida inteira e, mais ainda, sem nos darem problemas.

Qual é a melhor forma de prevenir as doenças orais?

A melhor forma não é apenas uma medida, é um conjunto de medidas. Uma escovagem eficaz, o uso de um
dentifrício com flúor, o fio dentário, algum cuidado com a freqüência de ingestão de açúcares e uma boa
comunicação com o seu dentista, são o conjunto de medidas que, se funcionarem, lhe vão permitir nunca ter
problemas na sua boca.

O flúor é assim tão importante?

É. Hoje em dia considera-se o flúor como uma das armas mais eficazes na prevenção das doenças orais. O
flúor permite inibir a desmineralização do esmalte (ou seja, a perca de minerais que vai criar os buracos nos
dentes) e vai promover a remineralização (criando assim camadas de esmalte superficial com maior
qualidade). A melhor forma de providenciar flúor aos nossos dentes é através dos dentifrícios.

50
DIREÇÃO DEFENSIVA (1)

Prevenção de Acidentes

Existem procedimentos que, quando praticados conscientemente, ajudam a prevenir ou evitar acidentes.
Podemos chamar estes procedimentos de Método Básico na Prevenção de Acidentes e aplicá-los em qualquer
atividade no dia-a-dia, que envolva riscos.

Podemos aplicá-los, também, no ato de dirigir, desde que conheçamos os fatores que mais levam à ocorrência de
um acidente.

Além de conhecer estes fatores e os tipos de colisões, você deve estar preparado em todos os momentos, para
atitudes que ajudem na prevenção.

Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e responsabilidade, são os princípios básicos de qualquer
método de prevenção de acidentes.
As estatísticas mostram que é grande o número de acidentes que ocorrem envolvendo dois ou mais veículos e
que as colisões mais comuns são chamadas de "tradicionais", por peritos ou órgãos ligados ao trânsito, além de
outros fatores que veremos a seguir.

Colisão com o veículo da frente

É aquela em que você bate no veículo que está à sua frente e diz "infelizmente não foi possível evitar", por ele
ter parado bruscamente ou não ter sinalizado que iria parar.

O condutor defensivo evitaria facilmente esse acidente, utilizando-se corretamente das distâncias
recomendadas e evitando dirigir muito próximo ao veículo da frente.
As condições encontradas pelos condutores nas vias, são as mais diversas e a surpresa é o elemento causador dos
acidentes dessa natureza, se não estivermos a uma distância segura dos outros veículos.

Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em
relação ao bordo da pista, resulta em multa, sendo considerado infração grave. Art 192 - CTB.
Mas qual a distância correta? É aquela que nos dê tempo suficiente para pararmos nosso veículo sem atingir o da
frente, mesmo em situações de emergência ou de parada brusca.

A aquaplanagem é um dos motivos que irá dificultar sua parada a tempo, provocando a colisão, assim como os
pneus lisos (carecas) ou mal calibrados, que fazem parte dos equipamentos obrigatórios.

Conduzir o veículo sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante, é infração grave,
com penalidade de multa. Art 230 - IX - CTB.
Veja agora algumas sugestões para evitar a colisão com o veículo da frente:

Esteja atento
Nunca desvie a atenção do que está acontecendo em volta e observe os sinais do condutor da frente, tais como
luz de freio, seta, pisca-pisca, sinalização com os braços,etc., pois indicam o que ele pretende fazer.

51
Controle a situação
Procure ver além do veículo da frente para identificar situações que podem obrigá-lo a manobras bruscas sem
sinalizar, verifique a distância e deslocamento também do veículo de trás e ao seu lado para poder tomar a
decisão mais adequada, se necessário, numa emergência.

Mantenha distância
Hoje isto resulta em multa se não for observado e se você não estiver longe o suficiente, irá bater no veículo da
frente. Lembre-se de que com a chuva ou pista escorregadia essa distância deve ser maior que em condições
normais.

Comece a parar antes


Se necessário pise no freio imediatamente ao avistar algum tipo de perigo, mas pise aos poucos para evitar
derrapagens ou parada brusca, pondo em risco os outros condutores na via que talvez não conheçam como você
estas normas de prevenção de acidentes.

52
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (1)

Acidentes leves

São causados por torções, batidas, flexões ou extensões forçadas do tronco. Em geral, sua pior conseqüência
é a dor, que pode ser forte.

O que fazer

1.Mantenha a vítima em repouso, deitada de costas sobre uma superfície dura.

2.Coloque entre essa superfície dura e a região da dor uma bolsa de água quente ou faça compressas
moderadamente quentes. De vinte em vinte minutos, interrompa as aplicações de calor.

3.Em caso de dores fortes, dê um analgésico à vítima.


Atenção: Não permita que a vítima se movimente nem lhe faça qualquer tipo de massagem.

53
ALCOOLISMO (1)

Vício, delírio e morte

Um motorista embriagado, mesmo que se sinta lúcido, terá seus reflexos psicomotores desorganizados, por
isso é um suicida e um criminoso em potencial, ainda que involuntário. O modo como o álcool afeta o
comportamento humano varia de indivíduo para indivíduo. Mas pode-se saber as diferentes taxas de
concentração de álcool no sangue e os efeitos que ela causa.

* No Brasil as leis de trânsito (resolução 476 de 1974) consideram dirigir em estado de embriaguez, quando
o nível de álcool no sangue (alcoolemia) for igual ou superior a 0,8g/l ou o nívelde ar exalado (no
bafômetro) for 0,00038g/l.

*A porcentagem de álcool encontrada nas bebidas mais comuns são:

cerveja (baixo teor) 0,2 a 2


cerveja (médio teor) 2 a 4,2
cerveja (alto teor) 4,2 a 7
vinho de mesa 10 a 13
champanhe 10 a 13
licores 18 a 24
compostos 12 a 20
whisky 36 a 24
conhaque 36 a 24
bagaceira 38 a 24
brandy 32 a 40
rum 40 a 41
vodka 40 a 41
gin 40 a 47
tequila 40 a 46
pina colada 24 a 22
pinga 40 a 24 ou mais

Uma dose aproximadamente de 1 ml/kg de etanol absoluto (92 a 99% etanol) geralmente resulta em níveis
no sangue de 100 a 120mg/dl. Uma concentração no sangue entre 120 a 300mg/dl já determina sinais e
sintomas.

54
ESCORPIÕES (1)

Características

Os escorpiões são animais invertebrados. Apresentam o corpo dividido em tronco e cauda; quatro pares de
patas, um par de ferrões (queliceras), um par de pedipalpos (em forma de pinça e que serve para capturar o
alimento); um ferrão no final da cauda por onde sai o veneno. São também chamados de lacraus, picam com
a cauda e variam de tamanho entre 6 a 8,5 cm de comprimento

No mundo todo existe aproximadamente 1.400 espécies de escorpiões até hoje descritas, sendo que no Brasil
há cerca de 75 espécies amplamente distribuídas pelo país. Esses animais podem ser encontrados tanto em
áreas urbanas quanto rurais.

Os escorpiões são carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos baratas e outros,
desempenhando papel importante no equilíbrio ecológico.
Apresentam hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia sob cascas de árvores, pedras, troncos podres,
dormentes de linha de trem, madeiras empilhadas, em entulhos, telhas ou tijolos e dentro das residências.
Muitas espécies vivem em áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas, bem como
alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e mesmo sem água, o que
torna seu combate muito difícil.

Na área urbana estes animais aparecem em prédios comerciais e residenciais, armazéns, lojas, madeireiras,
depósitos com empilhamento de caixas e outros. Eles aparecem, principalmente, através de instalações
elétricas e esgotos. São sensíveis aos inseticidas, desde que aplicados diretamente sobre eles.

As desinsetizações habituais não os eliminam, pois o produto fica no ambiente em que foi aplicado e os
escorpiões costumam estar escondidos. O fato de respirarem o inseticida ou comer insetos envenenados não
os mata. São resistentes inclusive à radiação.

Seu aparecimento ocorre principalmente devido à presença de baratas, portanto a eliminação destas em
caixas de gordura e canos que conduzem ao esgoto é a principal prevenção ao aparecimento dos escorpiões.
Não possuem audição e sentem vibrações do ar e do solo. Enxergam pouco, apesar de terem dois olhos
grandes e vários pequenos. Seus principais predadores são pássaros, lagartixas e alguns mamíferos
insetívoros.

55
LEGISLAÇÃO (3)

Seção V - das medidas preventivas de medicina do trabalho

Art.168 - Será obrigatório o exame médico do empregado, por conta do empregador.

§ 1o Por ocasião da admissão, o exame médico obrigatório compreenderá investigação clínica e, nas
localidades em que houver, abreugrafia.

§ 2o Em decorrência da investigação clínica ou da abreugrafia, outros exames complementares


poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do
empregado para a função que deva exercer.

§ 3o O exame médico será renovado, de seis em seis meses, nas atividades e operações insalubres, e,
anualmente, nos demais casos. A abreugrafia será repetida a cada dois anos.

§ 4o O mesmo exame médico de que trata o § 1o será obrigatório por ocasião da cessação do contrato
de trabalho, nas atividades, a serem discriminadas pelo Ministério do Trabalho, desde que o último
exame tenha sido realizado há mais de 90 (noventa) dias.

§ 5o Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à prestação de primeiros
socorros médicos.

Art. 169 - Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude de condições
especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo
Ministério do Trabalho.

56
CHOQUE ELÉTRICO (1)

Conhecimento do problema

O choque elétrico é a reação do organismo à passagem da corrente elétrica. Eletricidade, por sua vez é o
fluxo de elétrons de um átomo, através de um condutor, que vem a ser qualquer material que deixe a corrente
elétrica passar facilmente (cobre, alumínio, água, etc.). Por outro lado, isolante é o material que não permite
que a eletricidade passe através dele: vidro, plástico, borracha, etc.
Pode-se dizer que o progresso, no campo, está sempre associado à energia elétrica, que pode ser usada na
casa (lâmpadas, geladeira, TV, chuveiro, etc.), no galpão (ordenhadeira mecânica, incubadora, picadeira,
etc.), na conservação e transformação de alimentos (resfriadora de leite, estufa, freezer, etc.), no acionamento
de máquinas e motores (para bombear água, na irrigação por aspersão, etc.) e em várias outras aplicações.

As fontes de eletricidade, na zona rural, se manifestam através dos seguintes equipamentos ou fenômenos:

 raios

 peixe-elétrico (o Poraquê)

 atrito (eletricidade estática)

 baterias (alimentadas por cataventos)

 painéis fotovoltáicos (energia solar)

 turbinas (energia hidráulica)

 motores estacionários (geradores) e elétricos

A energia elétrica, apesar de ser muito útil, é muito perigosa e pode provocar graves acidentes. A
eletricidade provoca: queimaduras (até de terceiro grau), coagulação do sangue, lesão nos nervos, contração
muscular e uma reação nervosa de estremecimento (a sensação de choque) que pode ser perigosa, se ela
provocar a queda do indivíduo (de uma escada, árvore, muro, etc.) ou o seu contato com equipamentos
perigosos.

Os efeitos estimados da corrente elétrica contínua de 60 Hertz, no organismo humano, podem ser resumidos
na tabela que se segue:

Efeitos estimados da eletricidade

CORRENTE CONSEQUÊNCIA
1 mA Apenas perceptível
16 mA Máxima tolerável
20 mA Parada respiratória
100 mA Ataque cardíaco
2A Parada cardíaca

57
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTES SOBRE SEUS
OLHOS (1)

I - SAÚDE OCULAR

1. Como ter olhos saudáveis ?

Muitas mudanças na visão são devido ao natural envelhecimento. A força acomodativa do olho (habilidade
de focalizar objetos próximos), realmente inicia sua diminuição com a idade de 8 anos. O decréscimo,
contudo é muito gradual e não usualmente percebido até ao redor dos 40 anos, quando aparece, então, a
"vista cansada" (presbiopia). A presbiopia é a dificuldade para ver de perto.
O decréscimo da força de acomodação tem duas causas:
1) a lente natural do olho (cristalino) torna-se mais espessa e menos flexível com o tempo;
2) os músculos do olho tornam-se fadigados.

O resultado é que inicia uma maior dificuldade para a lente natural do olho mudar sua forma na tentativa de
focalizar objetos as várias distâncias. Isto é diferente da miopia, ou vista curta, que é uma condição genética
relacionada com a própria forma do olho.

Na miopia o olho é alongado ao invés de esférico, e as imagens simplesmente não podem ser focalizadas
propriamente na retina (isto é normalmente corrigido com óculos ou lentes de contato).

Todos os olhos, até mesmo olhos míopes, perderão sua força de acomodação com o tempo. Com a idade de
70 a 80 anos, a força de acomodação do olho é virtualmente perdida e lentes para correção são quase sempre
necessárias.

2. Minha saúde geral afeta minha visão?

Perfeitamente. Seus olhos não são separados do resto do seu corpo. Qualquer coisa que afete sua saúde geral
afetará seus olhos também. Por exemplo: doenças como diabetes, hipertensão arterial e condições cardíacas
têm condições de prejudicar a visão.

Assim, a melhor maneira para manter boa visão é prevenir doenças. A chave para prevenção é o acordo com
as leis da natureza que controlam sua fisiologia, em outras palavras manter um equilíbrio fisiológico por
descanso adequado, exercícios moderados, dietas próprias e redução do stress.

58
DROGAS (2)

Síndrome de Dependência

É um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância


ou uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo, do que
outros comportamentos que antes tinham mais valor.
Uma característica central da síndrome da dependência é o desejo (freqüentemente forte e algumas vezes
irresistível) de consumir drogas psicoativas as quais podem ou não terem sido prescritas por médicos.

Co-dependência

Co-dependência é uma doença emocional que foi "diagnosticada" nos Estados Unidos por volta das décadas
de 70 e 80, em uma clínica para dependentes químicos, através do atendimento a seus familiares. Porém,
com os avanços dos estudos das causas e dos sintomas, que são vários, chegou-se à conclusão de que esta
doença atinge não apenas os familiares dos dependentes químicos, mas um grande número de pessoas, cujos
comportamentos e reações perante a vida são um meio de sobrevivência.
Os co-dependentes são aqueles que vivem em função do(s) outro(os), fazendo destes a razão de sua
felicidade e bem estar. São pessoas que têm baixa auto-estima e intenso sentimento de culpa. Vivem tentando
"ajudar" outras pessoas, esquecendo, na maior parte do tempo, de viver a própria vida, entre outras atitudes
de auto-anulação. O que vai caracterizar o doente é o grau de negligenciamento de sua própria vida em
função do outro e de comportamentos insanos.
A co-dependência também pode ser fatal, causando morte por depressão, suicídio, assassinato, câncer e
outros. Embora não haja nas certidões de óbito o termo co-dependência, muitas vezes ela é o agente
desencadeante de doenças muito sérias. Mas pode-se reverter este quadro, adotando-se comportamentos mais
saudáveis. Os profissionais apontam que o primeiro passo em direção à mudança é tomar consciência e
aceitar o problema.

59
CRIANÇAS NO INTERIOR DO VEÍCULO

Até 4 anos de idade as crianças devem ser conduzidas em cadeiras


especiais, com cintos próprios, sempre fixadas pelo cinto de
segurança do veículo ou pelas ancoragens do veículo, que ficam
embaixo do banco.

Nunca prenda ou encaixe a cadeira para crianças no encosto do


banco traseiro, ele não foi projetado para suportar esta carga em
caso de colisão.

Dos 4 aos 10 anos, por não existirem no Brasil dispositivos


adequados para esta faixa etária, transporte as crianças sentadas
sobre almofadas semi-rígidas, usando cintos de segurança
subabdominais ou de 3 pontos.

A partir dos 10 anos, as crianças podem ser transportadas no banco


da frente, desde que usando cinto de 3 pontos. Neste caso, se o cinto
ficar próximo ao pescoço, sente a criança sobre uma almofada para
distanciar o cinto.

Jamais transporte uma criança no colo. Em caso de colisão toda a


carga será depositada sobre a criança, que dificilmente sobrevive a
este impacto.

Nunca transporte crianças no porta-malas de seu veículo. Esta área


foi projetada para deformar-se quando o impacto acontece na
traseira, absorvendo a energia do choque, para que as cargas
transmitidas aos ocupantes sejam as menores possíveis. Além disso,
em impactos na traseira as crianças serão ejetadas pelo vidro
traseiro.

60
ACIDENTES COM ARMAS DE FOGO

Em tais casos, é indispensável agir com extrema rapidez, enquanto a vítima não recebe socorro médico.

O que fazer

1.Mande alguém em busca de auxílio médico.

2.Se a bala atingiu um membro, cubra o orifício com gaze esterilizada, se possível untada (sem contato
manual) com vaselina, para evitar que o tecido grude no ferimento. Na falta de gaze, use um pano ou mesmo
um lenço limpo. Em seguida, procure estancar a hemorragia, empregando a técnica mais adequada ao caso.

3.Se a bala atingiu o tórax, aplique a gaze untada com vaselina. Fixe-a com esparadrapo, sem deixar frestas,
para que a ferida não infeccione.

4.Em casos de amputação (por exemplo, dedo arrancado por projétil), siga as instruções do verbete
Amputações.

5.Quando a bala atinge a fragmenta um osso, os estilhaços tornam-se novos projéteis e espalham-se,
agravando a lesão original. Imobilize a fratura.

6. Nunca tente tirar a bala do corpo. Muitas vezes ela age como tampão: quando é retirada, pode provocar
hemorragia.

7. Quando a bala atravessa o corpo e sai, faça dois curativos: um em cada orifício.

8. Os tiros de espingarda de ar comprimido carregada com sal são muito perigosos quando atingem os olhos,
mas geralmente de pouca gravidade quando acertam apenas a pele. Lave o local com água e procure o
médico.

9.Se você tiver de transportar o ferido, siga as instruções de transporte de doentes e feridos.

61
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS (1)

A melhor maneira de se combater um incêndio é evitar que ele ocorra. Assim, a prevenção dos incêndios
florestais é perseguida, principalmente, com base nas seguintes técnicas:

1 - Construção de aceiros

Aceiros são faixas sem vegetação, interpoladas estrategicamente entre os talhões florestais, para deter ou
dificultar o avanço do fogo e, principalmente, facilitar o acesso de pessoal (da brigada de incêndio), no caso
de combate ao fogo.

A largura dos aceiros depende muito das condições locais, mas não deve ser inferior a 10 m, podendo chegar
a 50 m. Em geral, a largura mais recomendada é de 20 m.

Deve haver uma rede de aceiros (os principais, mais largos e os secundários, mais estreitos) e estes devem
ser mantidos constantemente limpos, livres de vegetação.

2 - Eliminação do material combustível

A eliminação ou redução do material combustível é uma das medidas mais eficientes na prevenção dos
incêndios florestais.

3 - Cortinas de segurança
Esta técnica consiste na implantação de faixas, formando cortinas, com espécies florestais menos
combustíveis, como as folhosas.

4 - Construção de barragens
A construção prévia de barragens de terra, distribuídas estrategicamente por toda a área florestal é de grande
utilidade para: a) captação de água durante o incêndio; e b) aumento da evaporação e elevação da umidade
relativa do ar.

5 - Aplicação do código florestal


A aplicação da legislação vigente, também é uma maneira de se prevenir contra incêndios. O Código
Florestal dedica alguns dos seus artigos para recomendar providências para evitar os incêndios florestais;
entre eles, citamos os artigos: 11, 25, 26, 27 e 42.

62
ESTADO DE CHOQUE (1)

Fenômeno brusco e de muita gravidade, que se evidencia pelo mau estado geral da vítima palidez, pele fria,
transpiração abundante, agitação, respiração rápida, pulso acelerado mas difícil de ser percebido seguido ou
não de perda de consciência. O estado de choque pode ser desencadeado por inúmeras causas, entre as quais:
grandes hemorragias, traumatismos, queimaduras, alergia (veja Choque Anafilático) dores intensas (devido a
acidentes), graves infecções, distúrbios cardíacos etc.

O que fazer

1.Conserve o doente deitado com a cabeça mais baixa que os pés.

2.Afrouxe colarinho, cinto e pulseiras, mas agasalhe a vítima para manter o calor do corpo.

3.Mantenha o doente imóvel, tanto quanto possível.

4.Tome as outras providências necessárias ao caso, de acordo com a causa que provocou o estado de choque.

63
PEDESTRES (1)

O comportamento do pedestre é imprevisível. Para evitar acidentes, a receita é a seguinte: tenha muita
cautela e dê sempre preferência aos pedestres.

Problemas como álcool não são exclusividade de motoristas imprudentes. Pedestres embriagados também
são freqüentes e geralmente acabam atropelados. Um estudo recente envolvendo 333 pedestres atropelados
revelou que 45% deles estavam alcoolizados. Quase todas as vítimas são pessoas que não sabem dirigir, não
tendo, portanto, noção da distância de frenagem. Muitos são desatentos e confiam demais na ação do
motorista para evitar atropelamentos.

O motorista defensivo deve dedicar atenção especial a pessoas idosas e deficientes físicos, que estão mais
sujeitos a atropelamentos. Igualmente, deve ter muito cuidado com as crianças que brincam nas ruas,
correndo entre carros estacionados atrás de bolas ou de animais de estimação. Geralmente atravessam a pista
sem olhar e estão sob alto risco de acidentes.

64
QUANTO VOCÊ VALE?

Um dia, um jovem rapaz, desanimado com a vida e com as pessoas, procurou um filósofo para ajudá-lo e
disse:

- Venho aqui, professor, porque me sinto inútil, não tenho ânimo. Dizem que não sirvo para nada, que não
faço tarefas bem feitas, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me
valorizem mais?

O professor, sem olhá-lo, disse:

- Sinto muito, meu jovem, mas não posso ajudá-lo, devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez
depois.

E fazendo uma pausa, falou:

- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e, depois, talvez possa ajudá-lo.
Claro, professor, gaguejou o jovem que se sentiu mais uma vez desvalorizado.

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao jovem e disse:

- Monte meu cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma divida. È
preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e
volte com a moeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles
olhavam com algum interesse, até o momento em que o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o
jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um
velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar aquele anel.

Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso montou no cavalo e
voltou.

Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir duas ou três
moedas de prata, mas acho que não se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

Importante o que disse, meu jovem, contestou sorridente o mestre. Devemos saber primeiro o valor do anel.
Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer
vendê-lo e pergunte quanto ele lhe dá. Mas não importa o quanto lhe ofereça, não o venda. Volte aqui com
meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou-o com uma lupa, pesou-o e
disse:

Diga ao seu professor que, se ele quiser vender agora, não, posso dar mais do que 58 moedas de ouro pelo
65
anel.

O jovem surpreso exclamou:


58 moedas de ouro!

Sim, replicou o joalheiro, eu sei que, com o tempo, poderia oferecer cerca de 70 moedas mas... se a venda é
urgente...

O jovem correu emocionado de volta para contar o ocorrido. O professor, depois de ouvir tudo o que o
jovem lhe contou, disse:

- Você é como esse anel, meu rapaz; uma jóia valiosa e única e que só pode ser avaliada por pessoas que
saibam reconhecer o valor de outras pessoas. Todos somos como esta jóia, valiosos e especiais e andamos
pelos mercados da vida sendo avaliados por pessoas erradas que nos fazem perder a confiança e a crença em
nosso próprios talentos.

"Na vida, alguém pode escolher entre se deixar levar ou conduzir os próprios passos em direção àquilo em
que acredita".

66
ANEL APERTADO

Quando a pressão do anel se torna excessiva, o dedo começa a arroxear, devido à queda na circulação
sangüínea, devendo, por isso, ser retirado.

O que fazer

1.O método mais simples para retirar um anel apertado é molhar o dedo com água e sabão. Com isso, em
geral, o anel desliza com facilidade. Se não der resultado, enrole o dedo a partir da unha com uma linha
resistente, cobrindo bem toda a superfície de forma unida e apertada e retire o anel.

2.Quando chegar ao anel, passe a linha por baixo dele, como mostra o desenho ao lado.

3.Se encontrar dificuldade em passar a linha por baixo do anel, use uma agulha de costura. Para não ferir o
dedo, passe a linha com o fundo da agulha.

4.Desenrole a linha no sentido oposto ao enrolamento inicial. O anel se deslocará e sairá facilmente.

67
SEGURANÇA NO LAR (2)

Cuidado! seu lar pode esconder vários perigos

A imagem poética do lar como um refúgio superprotetor é bastante enganosa. Acidentes graves costumam
ocorrer em casa.

Somos os maiores interessados e também os responsáveis por manter nossos lares em segurança. Para isso,
precisamos descobrir os riscos e eliminá-los. É importante também conscientizar toda a família.

Choque elétrico
Muitas pessoas não sabem, mas um choque elétrico pode matar

O choque elétrico pode ser fatal

Nunca mexa na parte interna das tomadas, seja com os dedos ou com objetos(tesouras,
agulhas, facas, etc.).

Nunca deixe as crianças brincarem com as tomadas. Vede todas as tomadas com protetores
especiais ou um pedaço de esparadrapo largo.

Ao trocar lâmpadas, toque somente na extremidade do suporte (de porcelana ou plástico) e no vidro da
lâmpada elétrica. Se possível, desligue a chave geral antes de fazer a troca.
Nunca toque em aparelhos elétricos quando estiver com as mãos ou o corpo úmidos.

Não mude a chave de temperatura (inverno - verão) do chuveiro elétrico com o corpo
molhado e o chuveiro ligado.

Mantenha os aparelhos elétricos em bom estado. Não hesite em mandar consertá-los sempre
que apresentarem problemas ou causarem pequenos choques.

Verifique sempre os fios elétricos que ficam à vista. Com o tempo, a sua capa protetora se
desgasta. Nunca deixe um fio elétrico descoberto.

Instale o fio de terra em chuveiros e torneiras elétricas.


Ao manusear objetos metálicos, tenha cuidado para que não esbarrem em nenhum cabo
elétrico aéreo.

Nunca pise em fios caídos no chão, principalmente se a queda foi conseqüência de uma
tempestade.

68
SEGURANÇA NO TRÂNSITO (1)

 PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS

ÁLCOOL E VOLANTE Uma mistura perigosa.

 O álcool é um dos piores inimigos do trânsito;

 Dirigir embriagado ou "sob o efeito de tóxicos de qualquer natureza" é proibido pelo Código
Nacional de Trânsito - CONTRAN.

 O álcool afeta vários órgãos do corpo humano. Dentre eles, o mais importante, sob o ponto de vista
da segurança, é o cérebro, onde são processadas as informações necessárias para a direção do
veículo. Basta ter um pouco de álcool no sangue para retardar os reflexos, diminuir a percepção e
minimizar a consciência do perigo.

 Parte do álcool ingerido é absorvido pela mucosa da boca. A maior parte, porém, é absorvida pelo
estômago e intestino delgado e daí vai para o sangue.

 90% do álcool ingerido é absorvido em 1 hora, mas a eliminação demora de 6 a 8 horas. Banhos
frios, exercícios, café forte ou longas caminhadas não resolvem: apenas despertam a pessoa, mas não
diminuem a embriaguez.

 Além disso, é falso afirmar que a ingestão de pequenas doses de bebidas alcóolicas não possui efeitos
psicológicos. Uma dose pequena pode provocar efeito idêntico ao de uma grande quantidade de
álcool.

 Em testes realizados com motoristas, conclui-se que o álcool:

 Exige maior tempo de observação para avaliar situações de trânsito, mesmo as mais corriqueiras;

 Torna difícil, quase impossível, sair-se bem de situações inesperadas, que dependam de reações
rápidas e precisas;

 Leva o motoristas a se fixar num único ponto, diminuindo sua capacidade de desviar a atenção para
outro fato relevante;

 Limita a percepção a um menor número de fatos num determinado tempo.

 Lembre-se também de que bebidas e remédios costumam ser uma mistura perigosa, podendo até ser
fatal.

 Antes de dirigir não beba. Se isso for absolutamente inevitável, dê o volante a uma pessoa que não
tenha bebido, ligue para um parente ou amigo, ou, então, pegue um táxi.

 Adote a seguinte medida: Ao sair com seus amigos para se divertir e beber, chame um táxi, contrate
um motorista ou escolha um entre eles que se comprometa a não beber e dirigir para os outros.
69
TENHA AMOR A VIDA!

 DICAS

 Se bebeu, não dirija, se vai dirigir, não beba.

 Use sempre o cinto de segurança.

 Crianças no banco traseiro.

70
ABELHAS (3)

Como evitar ferroadas:

Conhecendo que o veneno da abelha pode ser mortal ao homem o melhor é evitar as ferroadas o que se
consegue em parte respeitando as seguintes recomendações:

1. Não mexa com abelhas se não for apicultor ou não tiver conhecimento da biologia da abelha;

2. Não mexa nas abelhas em dias chuvosos. As abelhas mais agressivas (velhas) estão na colméia o que a
torna mais populosa e com maior potencial de defesa;

3. Não chegue perto de abelhas sem estar devidamente protegido por uma boa máscara, macacão. Luvas e
um fumigador;

4. Use vestuário limpo e sem cheiros desagradáveis as abelhas;

5. Para conhecer e não contrariar a organização das abelhas, estude a sua biologia;

6. Evite esmagar abelhas o cheiro do veneno espelhará o aviso de morte entre as demais abelhas motivando
defesa;

7. Para lidar com abelhas, obedeça sempre as regras técnicas de um apicultor;

8. Quando receber uma ferroada, aplique logo um pouco de fumaça ou mel sobre o local para não denunciar
o acontecimento as demais abelhas;

9. O uso racional do fumigador (fumaça), faz as abelhas comerem mel antecipando um incêndio para
abandonar a colméia o que diminui a intenção de usar o ferrão. A fumaça deve ser continua e controlada não
muito quente, sem odores desagradáveis nem tão pouco com faíscas. O melhor material de combustão para
fumaça é o de origem vegetal (cepilho);

10. O ataque de abelhas somente acontece após a motivação do instinto de defesa, por isso evite molestar as
abelhas;

11. Um enxame de abelhas pode ou não ser agressivo, tudo depende do estado das abelhas. Não tente
recolher enxames sem estar devidamente protegido. Em muitos casos, uma pulverização suave sobre as
abelhas do enxame com xarope adocicado evitará a possibilidade de uma revoada;

12. Segundo consta, a abelha não possui audição, mas em compensação tem um tato muito sensível e sente
com facilidade qualquer vibração. Evite choques e a aproximação de veículos perto das abelhas;

13. A cor e tipo de tecido influem no comportamento das abelhas. Use vestuário de cor branca e de origem
vegetal (algodão). O tecido de lã é desagradável as abelhas e motiva a agressividade;

14. Quando abrir uma colméia evite respirar em cima das abelhas. O hálito também irrita as abelhas;

71
15. Abelhas enxergam com grande facilidade objetos em movimento, por isso costumam atacar mais no
rosto, mãos e pés. Para chegar perto de abelhas, proteja estas partes e evite movimentos bruscos;

16. Os cabelos, normalmente contaminados com óleos e perfumes são detestados pelas abelhas. Use chapéu
ou cubra-os com um pano;

ACIDENTES OFÍDIOS

Os acidentes ofídicos têm grande importância médica em nossa região em virtude de sua grande freqüência e
gravidade.

O uso de botas de cano alto ou perneiras de couro, botinas e sapatos poderá evitar cerca de 80% dos
acidentes. Hoje é sabido que onde há ratos há cobras, portanto, poderemos prevenir acidentes limpando
paióis e terreiros e, não deixando o lixo se acumular.

Cobras gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenhas,
acúmulos de lixo, pedras, tijolos ou telhas.

Em acidentes onde a vítima for picada por cobras, o socorrista deverá:

1. Remover a vítima do local do acidente, deitá-la e mantê-la em repouso absoluto;

2. Lavar o local da picada com água e sabão;

3. Não amarrar ou fazer torniquete/garrote;

4. Não fazer curativo ou qualquer tipo de tratamento caseiro;

5. Não cortar ao redor ou furar no local da picada;

6. Não dar nada para a vítima beber ou comer;

7. Transportá-la imediatamente para o serviço médico mais próximo para receber soro;

72
8. Se possível, levar o animal para identificação.

Somente o soro cura o envenenamento provocado por picada de cobra, quando aplicado de acordo com as
seguintes normas: soro específico, dentro do menor tempo possível e em quantidade suficiente.

Em acidentes com escorpiões e aranhas, o socorrista deverá:

1. Lavar o local da picada;

2. Usar compressas mornas para aliviar a dor;

3. Procurar o serviço médico mais próximo; e

4. Se possível, levar o animal para identificação.

Nos acidentes causados por múltiplas picadas de abelhas ou vespas, conduza a vítima rapidamente para um
hospital. Se possível, leve alguns dos insetos que provocaram o acidente. A remoção dos ferrões poderá ser
feita raspando-se com lâminas, evitando-se no entanto, retirá-los com pinças, pois as mesmas provocam a
compressão dos reservatórios de veneno, o que resulta na inoculação do veneno ainda existente no ferrão.

Nos acidentes humanos provocados por peixes marinhos ou fluviais, denominados de ictismo (ingestão de
peixes venenosos, mordeduras ou ferroadas), o socorrista deverá socorrer a vítima lavando o local atingido
com água limpa e, em seguida, imergindo a parte ferida em água quente (até 45 graus) ou colocando
compressas quentes sobre o ferimento por 30 a 60 minutos. Esse procedimento irá diminuir a dor e
neutralizar o veneno que é termolábil. No caso de ingestão de peixes tóxicos, conduza a vítima para receber
atendimento médico.

Nos acidentes provocados por caravelas e medusas, também conhecidas pelo nome de águas-vivas, o
tratamento consistirá da retirada dos tentáculos aderidos. Não deverá ser usada água doce para lavar o local,
nem tampouco recomenda-se a esfregação com panos secos. Os tentáculos deverão ser retirados com uma
pinça ou com o bordo de uma faca. O local atingido deverá ser lavado com água do mar. A aplicação de
ácido acético (vinagre comum) sobre o local inativa o veneno. Os nematocistos (minúsculos corpos ovais
capazes de injetar veneno por um microaguilhão) remanescentes poderão ser retirados aplicando uma pasta
de bicarbonato de sódio, talco e água do mar. Após deixar secar, retire a pasta com o bordo de uma faca
através de raspagem. Bolsas de gelo sobre o local também aliviam a dor.

Observação: Tenha sempre anotado o telefone do Centro de Informações Toxicológicas de sua cidade ou
região.

73
DORT – DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO
TRABALHO (2)

Os principais fatores relacionados são:

1 - Postura:
Posturas fixas são um fator de risco principalmente em trabalhos sedentários. No entanto em trabalhos mais
dinâmicos, com posturas extremas de tronco como por exemplo abaixar-se e virar-se de lado também foram
identificados como fatores de risco.
As más posturas de extremidades superiores também se constituem como fatores de risco, tais como: desvios
dos punhos, braços torcionados e elevação do ombro.
Todos esses desvios são influenciados por uma série de fatores ocupacionais e individuais, incluindo
característica do posto de trabalho, Ex: altura da mesa, da cadeira, formato da cadeira e seu encosto, etc.

2 - Movimento e força:

Estes dois fatores estão correlacionados ao aparecimento da Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao
trabalho) nas mãos e punhos. A combinação de forças elevadas e alta repetitividade aumentam a magnitude
da lesão mais do que qualquer uma delas isoladamente.
Movimentos repetidos podem danificar diretamente os tendões através do freqüente alongamento e flexão
dos músculos.
A força exercida durante a realização dos movimentos é outro determinante das lesões, como por exemplo,
no levantamento, carregamento e utilização de ferramentas pesadas; a força necessária para cortar objetos
muito duros, a utilização de parafusadoras e furadeiras.

3 - Conteúdo de trabalho e fatores psicológicos:


A relação entre trabalho e a saúde é afetada pela organização do trabalho e fatores psicológicos relacionados
ao trabalho, podendo contribuir para o aparecimento de disfunções músculo-esqueléticas. Passou-se a
estabelecer a relação entre trabalho, stress e o sistema músculo-esquelético.

4 - Características individuais:
O tipo de musculatura e características individuais parecem manter uma relação com a incidência dos
problemas. Nesse sentido, as mulheres parecem ser mais suscetíveis que os homens. A distribuição de tarefas
por sexo e conseqüentemente, na carga do trabalho determina o aparecimento de problemas e estão ligadas
as características individuais.

74
CÂNCER – CONCEITOS BÁSICOS (2)

Como se forma?
Vários elementos podem causar ou contribuir diretamente para a ocorrência de uma seqüência de eventos
que levem ao surgimento do câncer. O caminho final comum dos cânceres é alguma alteração genética, que
converte uma célula bem constituída, participante do corpo como um todo, numa outra, "renegada",
destrutiva, que não responde mais a comandos de uma comunidade de células.

Promotores (oncogenes) e supressores têm um papel central e decisivo em muitos casos. Substâncias
químicas (como o benzeno e nitrosaminas), agentes físicos (como radiação gama e ultravioleta), e agentes
biológicos (como alguns tipos de vírus), contribuem para a carcinogênese em algumas circunstâncias.

O agente carcinogênico mais importante para a população em geral é o tabaco, pois ele causa ou contribui
para o desenvolvimento de aproximadamente um terço de todos os cânceres, principalmente em pulmão,
esôfago, bexiga e cabeça e pescoço.

Detecção precoce do câncer


Quando a prevenção do câncer através da mudança de hábitos não é possível, a detecção precoce é a melhor
estratégia para reduzir a mortalidade. Campanhas de esclarecimento da população, e também de profissionais
de saúde são feitas nesse sentido. Infelizmente, no Brasil são bastante falhas.

Veja mais sobre como fazer diagnóstico precoce do câncer aqui.

Estagiamento Geral do Câncer (Simplificado)


Estágio 1. Localizado. Geralmente confinado ao órgão de origem. Geralmente curável com medidas locais,
como cirurgia ou irradiação.

Estágio 2. Localizado, mas extenso. Pode se estende para fora do órgão de origem, mas mantém a
proximidade. É às vezes curável com medidas locais (cirurgia e irradiação), às vezes em conjunto com a
quimioterapia.

Estágio 3. Disseminado Regionalmente. Estende-se para fora do órgão de origem, atravessando vários
tecidos. Pode atingir linfonodos (gânglios) na região do tumor. Tem ainda o potencial de ser curado, embora
as recidivas sejam mais freqüentes. O tratamento local ou sistêmico depende das características do tumor.

Estágio 4. Disseminado difusamente. Geralmente envolve múltiplos órgãos distantes e é raramente curável.

75
LOBOS INTERNOS

LOBOS INTERNOS

Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça:

Deixe-me contar-lhe uma história.


Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio àqueles que "aprontaram" tanto, sem qualquer arrependimento
daquilo que fizeram.

"Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu
inimigo morra. Lutei muitas vezes contra este sentimento".

E ele continuou:

É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com
todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo
fazer isto, e da maneira correta.

Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele
briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são
muito grandes.

"É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma! Algumas vezes é difícil de conviver com
estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito".

O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou:

"Qual deles vence, Vovô?"

O avô sorriu e respondeu baixinho:

"Aquele que eu alimento".

76
ACIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS

A cada dia em nosso país aumentam as necessidades de produção e transporte de uma série de produtos
denominados perigosos, os quais são utilizados em processos industriais para gerar produtos de consumo.
Cada uma destas substâncias ou produtos químicos encontram-se associados a um perigo potencial e, esse é
o risco que gera a necessidade do treinamento de equipes de primeira resposta para atuação diante de
emergências com produtos perigosos.

Definimos este tipo de acidente como uma situação na qual um produto perigoso escapa ou está na iminência
de escapar para o meio ambiente. Já o produto perigoso é conceituado como toda substância sólida, líquida
ou gasosa que, pelas suas características, representa riscos para a saúde das pessoas, para a segurança pública
ou para o meio ambiente.

Centenas de milhares de diferentes produtos perigosos são produzidos, armazenados, transportados e


utilizados anualmente. Em realidade, o emprego destes produtos sempre seguirá incrementando-se, com a
aparição inevitável de um crescente número de incidentes, provocados por derrames químicos, fugas
acidentais, acidentes de trânsito, transportes inadequados, etc., requerendo organismos de socorro mais e
mais profissionalizados e com capacidade de bem avaliar e controlar tais emergências.

Estes acidentes podem variar consideravelmente, dependendo dos tipos de produtos e quantidades
envolvidas, das propriedades e características físico-químicas dos produtos, das condições meteorológicas e
do terreno onde ocorreu o acidente, etc.

A primeira providência a ser tomada por uma pessoa que testemunhe um acidente com produtos perigosos, é
a solicitação de socorro especializado, para que possam ser tomadas as medidas cabíveis no sentido de
controlar a situação.

A Organização das Nações Unidas (ONU), preocupada com o crescente número de acidentes envolvendo
produtos perigosos e a necessidade de uma padronização dos mesmos, atribuiu a cada um deles um número
composto de quatro algarismos, conhecido como "número da ONU". A relação completa dos produtos
perigosos, em ordem numérica e alfabética, consta do Manual de Emergências da Associação Brasileira da
Indústria Química e de Produtos Derivados (ABIQUIM).

Ao avistar um acidente com produto perigoso, o socorrista deverá manter-se afastado do local e comunicar
imediatamente à autoridade mais próxima (Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, Órgão Ambiental, etc.)
sobre o ocorrido, se possível, indicando o nome do produto ou o número código que se encontra afixado nas
laterais do veículo. Outra importante providência é a de isolar a área de risco e impedir a entrada de pessoas
na zona de perigo. Suponha sempre que a carga seja muito perigosa, até ser dito o contrário por pessoal
capacitado.

Caso você venha a se envolver em um acidente com produto perigoso, a primeira providência a ser tomada é
afastar-se até uma distância razoável da carga sinistrada, recomendamos um mínimo de 50 metros.
Posicione-se olhando em direção ao acidente, tendo o vento pelas costas para permitir que os vapores se
dispersem em direção contrária a sua. Peça para alguém comunicar a autoridade mais próxima sobre o
ocorrido. Não pise e nem toque em qualquer material envolvido no acidente. Não tente levar consigo
qualquer tipo de material ou carga do acidente, pois o material poderá estar contaminado. Evite ao máximo a
inalação de gases, fumaças ou vapores e, nunca fume próximo da área do sinistro.
77
Você poderá identificar o produto acidentado por qualquer uma das seguintes maneiras:

 Pelo número de quatro algarismos (número da ONU) existente no painel de segurança (placa laranja)
afixada nas laterais, traseira e dianteira do veículo;

 Pelo rótulo de risco (placa ilustrada em formato de losango afixado nas laterais e na traseira do
veículos); ou

 Pelo número de identificação de risco, existente na parte superior do painel de segurança (placa
laranja). Estes números são semelhantes ao número da ONU, mas indicam simplesmente a classe
geral (classe de perigo do material). É constituído por até três algarismos e, se necessário, a letra "X".
Possuem os seguintes significados:

Classe 1: Explosivos - Classe 2: Gases comprimidos - Classe 3: Combustível/líquido - Classe 4:


Inflamável/Sólidos inflamáveis - Classe 5: Oxidantes/peróxidos - Classe 6: Tóxicos - Classe 7: Materiais
radioativos - Classe 8: Corrosivos - Classe 9: Materiais perigosos diversos

Exemplo: 3 3 6 muito inflamável e tóxico

Nota: Quando for expressamente proibido o uso de água no produto, deve ser colocada a letra "X", no
início, antes do número de identificação de risco.

A Associação Brasileira da Indústria Química e de Produtos Derivados (ABIQUIM) possui uma central de
informações que fornece, via telefone, qualquer orientação de natureza técnica em caso de emergência com
produtos perigosos. A Central de Informações Pró-Química opera ininterruptamente 24 horas, recebendo
chamadas através de uma linha de discagem direta gratuita (DDG) pelo fone de emergência 0800 11 8270,
para todo o território nacional.

78
DIRIGIR COM SEGURANÇA (2)

Algumas dicas importantes para assegurar o perfeito estado do veículo

Manual do proprietário - A leitura integral do manual do proprietário do veículo é um bom começo. O


motorista deve conhecer o veículo que dirige e as recomendações de utilização, conservação e segurança
feitas pelo fabricante.

Extintor de incêndio - É importante verificar regularmente a carga do extintor e sua validade e também
saber como utilizá-lo, em caso de necessidade (soltar a trava que prende o extintor ao assoalho do veículo;
com o extintor na mão, retirar o pino do gatilho; acionar o gatilho disparando o pó químico na base da
chama).

Aceleração - A aceleração não pode falhar. Quando se pisa no acelerador, a resposta deve ser "imediata".

Direção - Se houver "jogo" ou vibração no volante será necessária uma revisão imediata.

Luzes - Verificar rotineiramente se os faróis, luzes direcionais(setas), de ré e de freio estão funcionando


adequadamente. Não ande com lâmpadas queimadas ou faróis desregulados.

Pneus e rodas - Verificar o alinhamento e balanceamento das rodas. Isso garante uma melhor
dirigibilidade, além de evitar desgastes anormais em outras partes do veículo. Calibrar semanalmente os
pneus (a pressão incorreta provoca desgaste irregular e afeta a estabilidade e dirigibilidade). O pneu deve
ser calibrado frio e não se esqueça de manter o estepe em boas condições. Alguns só descobrem que o
estepe está com problemas, na hora em que mais precisam dele.

Freios - verificar quinzenalmente o nível de fluído de freio e trocá-lo periodicamente, de acordo com a
recomendação do fabricante. Havendo qualquer sinal de vazamento, deve-se levar o veículo
imediatamente para a revisão. Não esquecer de avaliar o estado das lonas, pastilhas, panelas das rodas e
disco de freio, substituindo-os se necessário.

Óleo - verificar semanalmente o nível de óleo e trocá-lo periodicamente. A falta ou excesso de óleo pode
provocar sérios danos no veículo.

Combustível - não espere o combustível chegar na reserva para fazer o abastecimento. Desse modo, você
estará evitando ficar parado em lugares inadequados e perigosos, atrapalhando o tráfego e correndo o risco
de ser multado.

Limpadores de pára-brisa - eles não devem deixar manchas no vidro, pois isso poderá prejudicar a
visibilidade.

Buzina - a buzina é um item dos equipamentos obrigatórios do veículo.

Vazamentos - verificar periodicamente o motor para certificar-se de que não há vazamento de óleo ou
outros fluídos. Isso inclui o sistema de escapamento.
Bateria - verificar quinzenalmente o nível de água destilada, completando se necessário. Não adicione
água "comum". Isto não se aplica às baterias blindadas ou "secas".

79
RISCOS DE INCÊNDIOS (2)

Objetos e locais passíveis de risco de incêndio são:

Veículos

Em geral pelo envelhecimento da mangueira de borracha que leva o combustível para o motor e este,
aquecido, provoca o incêndio.
Portanto, deve-se ter o cuidado de manter sempre dentro do prazo de validade o extintor de incêndio que,
pelo Código Nacional de Trânsito, é obrigatório em cada veículo automotivo.

Silos e armazéns

A poeira (liberada pelos grãos ou pela terra) apresenta um grande risco de explosão, pois tem uma grande
superfície aparente de contato, acelerando a velocidade de reação.
Os armazéns, dependendo do produto que se encontra nas prateleiras e nos depósitos, podem representar um
grande risco de incêndios e explosões.

Residências

Nas residências rurais, os riscos de incêndio ficam por conta: do uso de velas próximo a cortinas; das faíscas
saídas do fogão à lenha em direção à cobertura da casa feita com folhas de palmeiras; do uso indevido dos
bujões à gás; da sobrecarga na fiação elétrica pelo uso de vários aparelhos numa mesma tomada; fios
desencapados; etc.

Florestas

Nas florestas, os riscos de incêndio e da perda de controle da situação são ainda piores, pois as altas chamas,
o terreno normalmente inclinado, os obstáculos representados pelos troncos e o perigo da queda de árvores
impor obstáculos à fuga, são muito grandes.
As técnicas de combate ao fogo são especiais: abafadores, aviões dotados de tanques com água ou produto
químico extintor, helicópteros com bolsas d'água, etc. Mesmo assim, muitas vezes, somente uma chuva é
capaz de terminar o incêndio.

80
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (2)

Conhecendo os riscos
É importante conhecer os possíveis riscos que podem afetar a sua saúde. Simplesmente porque o ar parece
puro, não significa que não existem riscos, muitas das vezes eles não são visíveis e nem têm cheiro.

Se você conhecer a existência dos perigos, poderá proteger-se deles.

De forma geral, as atividades de trabalho podem apresentar as seguintes situações de risco ao sistema
respiratório:

Poeiras, fumos e névoas

São pequenas partículas que permanecem suspensas no ar, podendo ser facilmente inaladas

As poeiras são formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. Quanto menor a
partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, sendo maior a chance de ser inalada. Ex: minério, madeira,
poeiras de grãos, amianto, sílica, etc.

Os fumos ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizado e resfriado rapidamente,
formando partículas muito finas que ficam suspensas no ar. Ex: soldagem, fundição, extrusão de plásticos,
etc.

As névoas são encontradas quando líquidos são pulverizados, como operação em pinturas. São formadas
normalmente quando há geração de spray.

Gases e Vapores

São substâncias que têm a mesma forma do ar, por isso se misturam perfeitamente a ele, e passam pelos
pulmões, atingindo a corrente sangüínea, através da qual chegam a todos os órgãos do corpo humano, como
cérebro, rins, fígado, etc.

Os gases são substâncias não líquidas ou sólidas nas condições normais de temperatura e pressão, tais como
oxigênio, nitrogênio, gás carbônico, etc.

Os vapores ocorrem através da evaporação de líquidos ou sólidos, geralmente são caracterizados pelos
odores (cheiro), tais como gasolina, querosene, solvente de tintas, etc.

Deficiência de Oxigênio

Um ar limpo é composto, normalmente por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Uma
pessoa em repouso respira de 20 a 30 litros de ar por minuto. Quando está realizando algum trabalho ou
fazendo exercícios físicos, o consumo de ar aumenta para 30 a 40 litros por minuto. A deficiência de
oxigênio pode ocorrer em locais fechados, onde a porcentagem de oxigênio é muito baixa. Deve-se
normalmente a uma reação química, um processo de combustão (um incêndio), à presença de um gás que
desloca o oxigênio ou o consumo do oxigênio do ar por microorganismos.

81
Temperaturas extremas

Um ar muito quente ou muito frio também pode ser perigoso, dependendo da temperatura e do tempo que
uma pessoa está exposta ao ambiente.

82
ACIDENTES NA CABEÇA

Dependendo da intensidade e do local atingido, uma pancada na cabeça pode originar desde um simples
"galo" (inchaço por acúmulo de líquidos) até fraturas de crânio e contusões cerebrais. Em alguns casos, a
vítima fica apenas atordoada ou desfalece por instantes, sem haver maiores complicações. Quando porém o
ferimento é mais grave, sai sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos, o pulso acelera-se (mas suas batidas
são fracas) e as pupilas apresentam diâmetros desiguais, podendo haver dor de cabeça e tonturas.

O que fazer

1.Deite a vítima de costas, com a cabeça de lado, e mantenha-a nessa posição, coberta, até que o médico
chegue. Não permita que ela sente ou tenta andar. Mova-a sempre com cuidado, evitando manobras bruscas.

Atenção: Se ela estiver inconsciente, não a sacuda nem lhe dê tapas para que desperte. Tampouco lhe dê
água ou qualquer estimulante, ainda que esteja consciente.

2.Tire os óculos ou lentes de contato da vítima.

3.Desobstrua-lhe a boca, para facilitar a respiração, retirando dentaduras e pontes. Se houver detritos ou
sangue, na boca ou no nariz, limpe-os com gaze esterilizada ou pano limpo.

4.Estanque eventuais hemorragias

Atenção: Se houver suspeita de fraturas, não faça compressão para estancar o sangue.

5.Se a vítima não perdeu a consciência ou já voltou a si, faça algumas perguntas cujas respostas possam
demonstrar seu grau de lucidez.

6.Se após o acidente, ou semanas depois, a vítima sentir torpor, confusão mental, dores de cabeça, febre
inexplicável, desmaios, escurecimentos dos tecidos macios sob os olhos ("olho preto") ou outros sintomas,
leve-as ao médico com urgência.

7.Se houver sangramento pela boca, pelo nariz ou pelos ouvidos, a urgência de socorro médico é a mesma.

8.Se tudo não passar de um "galo", aplique uma compressa de gelo no local durante dez minutos. Ou
comprima o hematoma com uma atadura ou qualquer tecido elástico.

83
AFOGAMENTOS (1)

Evite afogamentos
Ao andar de barco, caiaque ou lancha, use sempre os equipamentos de segurança. Se o barco virar, você não
corre o risco de afogar.

Nunca tire os equipamentos de segurança nem mergulhe em águas desconhecidas..

Obedeça a sinalização nas praias, represas e rios, pois dela também depende a sua vida.

Mantenha distância das pedras e bocas de rios pois o que lhe parece bonito e atrativo constitui também um
perigo de afogamento.

Nunca entre na água após as refeições. Quando estiver na praia ou pescando num rio, coma somente
alimentos leves e beba moderadamente.
Dessa maneira, não terá congestão nem perderá o equilíbrio.

Não deixe crianças pequenas e que não sabem nadar brincarem sozinhas na praia, na beira de rios, lagos ou
piscinas.

Os salva-vidas trabalham para garantir a sua segurança nas praias e locais de banho; porém, se não contarem
com a colaboração de todos, muitas pessoas continuarão a morrer afogadas.

Se você precisar de alguma orientação, procure o salva-vidas. Você poderá localizá-lo pelas bandeiras de
identificação.

84
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (1)

Introdução

O olho é um órgão do corpo humano responsável por um dos sentidos mais importantes: a visão.

Sabendo-se que a maior parte da nossa comunicação com o meio exterior é dada por este sentido
(aproximadamente 85%), e que uma grande percentagem das lesões oculares geram defeitos visuais
permanentes, torna-se fácil o entendimento da importância da prevenção de acidentes com os olhos e da
manutenção da saúde dos mesmo.

A visão e os defeitos visuais

O mecanismo visual pode ser resumido da seguinte forma: os raios luminosos trazendo uma imagem
penetram no olho através da pupila e são focalizados na retina pela córnea e pelo cristalino. Esta imagem
formada na retina é levada ao cérebro onde é realizada. Os principais defeitos visuais são: miopia,
hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.

Na miopia, a imagem formada é embaçada (fora de foco) devido ao fato do globo ocular ser geralmente
maior que o normal. Com isso, a imagem forma-se antes de atingir a retina. Este defeito visual tende a
aumentar com o crescimento corporal, uma vez que o olho também crescerá. É corrigido por lentes
divergentes que irão focalizar a imagem na retina.

Na hipermetropia, temos também uma imagem desfocalizada, mas neste caso, deve-se ao fato do olho ser
menor que o normal e a imagem é formada atrás da retina, e não sobre ela como seria o normal. Este defeito
visual tende a diminuir com o crescimento corporal pelo aumento do globo ocular. É corrigido por lentes
convergentes com o mesmo objetivo de focalizar a imagem nítida na retina.

O astigmatismo é um defeito da curvatura da córnea, que ao invés de esférica é ovalada, fato que gera uma
imagem distorcida. É corrigido por lentes cilíndricas mais ou menos.

A presbiopia é também conhecida como "vista cansada". É um defeito visual que surge em 100% dos
indivíduos com mais de 40 anos de idade causando dificuldade para a visão de perto (como a leitura, a
manipulação de objetos, trabalhos manuais, etc.)

Todos estes defeitos visuais são facilmente corrigidos com lentes corretamente receitadas pelo
oftalmologista. Sabemos a importância da visão perfeita para a vida e para o trabalho, mas poucos de nós
tem consciência que vêem mal. Um bom exemplo disto foi um trabalho realizado na França, no qual em
cerca de 180.000 pessoas examinadas ao acaso, 50% não viam bem e, destes, a metade não tinha consciência
de que viam mal. Além disso, órgãos franceses como a Associação Nacional para Defesa da Vista, chegaram
a conclusão que, em cada 4 acidentes na estrada, 1 se devia a baixa visual; em cada 10 acidentes de trabalho,
1 se devia também a baixa visual , no campo escolar, em cada 5 estudantes, 1 era mau aluno porque via mal.

85
BOTIJÃO DE GÁS (2)

Os componentes básicos para a instalação do botijão de gás são:

A Mangueira

Tem a função de levar o gás do Botijão ou da instalação embutida na parede até o fogão. Ela nunca deve ter
mais de 90cm. De comprimento. As mangueiras oficiais são feitas em PVC transparente e tem uma tarja
amarela onde estão gravados o prazo de sua validade e o código NBR 8613, uma garantia de que foram
fabricadas segundo padrões técnicos de segurança.

O Regulador de Pressão

Serve para reduzir a pressão com que o gás sai do Botijão até à necessária para a alimentação dos
queimadores do fogão. Os reguladores fabricados segundo as normas técnicas que garantem sua segurança
tem a marca NBR/INMETRO.

O Registro

É um dispositivo que bloqueia o fluxo do gás do Botijão para o fogão. Ele deve permanecer fechado sempre
que o gás não estiver sendo usado.

As abraçadeiras

São pequenos anéis empregados para ajustar, e fixar a mangueira ao fogão e ao regulador de pressão do
Botijão. Use sempre abraçadeiras que acompanham as mangueiras oficiais e nunca arame ou outros
materiais. Isso pode danificar e até perfurar a mangueira, provocando vazamento de gás.

O Cone Borboleta abre a válvula do Botijão e deixa passar o gás para o regulador. Sua adaptação à válvula
do Botijão deve ser perfeita. Use apenas as mãos para atarraxar ou retirar o cone-borboleta.

Botijão

Contém 13kg de gás de cozinha. é fabricado segundo a norma da ABNT- Associação Brasileira de
Normas Técnicas- 8460. Esse gás não é tóxico, mas mata por asfixia (ocupa o lugar do oxigênio em
caso de vazamento em ambiente fechado).

86
CUIDADOS NA PRAIA (1)

Todos os anos, durante os meses de verão, um grande número de banhistas eventualmente se envolvem em
situações de perigo.

Você tem idéia dos perigos associados às praias? Os perigos podem ser permanentes, quando nunca mudam
de lugar e uma vez conhecidos, podem ser evitados,como pedras e desembocaduras de rios...

Outros, não permanentes, são bastante variáveis, exigindo muita atenção do banhista, são os buracos,
correntes de retorno ( repuxo ) e seres marinhos...

Como identificar uma corrente de retorno

1 - São sinalizadas nas praias pelos salva-vidas através da bandeira vermelha (local perigoso)

2 - As correntes de retorno (repuxo) deixam a superfície da água turbulenta (mexida)

3 - Apresentam um aspecto "amarronzado", parecendo água suja, por suspenderem a areia do


fundo.

4 - As ondas não quebram sobre elas, parecendo um "corredor" sem ondas

5 - Apresentam uma forma de cogumelo, quando observadas do alto

87
CONCEITO DE ACIDENTE DO TRABALHO

Conceito

Acidente é por definição, o acontecimento que determina, fortuitamente, dano que poderá ser à coisa, material,
ou pessoa. Acidente do trabalho, por definição legal, é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da
empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Elementos do Acidente do Trabalho

Podem ser apontados os seguintes elementos caracterizadores do “infortúnio no trabalho”;

a) A causalidade: o acidente do trabalho apresenta-se como um evento, acontece por acaso, não é provocado.

b) A nocividade: o acidente deve acarretar uma lesão corporal, uma perturbação funcional física ou mental.

c) A incapacitação: o trabalhador, em razão do acidente, deve ficar impedido de trabalhar e, em conseqüência,


sofrer a lesão patrimonial da perda do salário.

d) O nexo etiológico: é a relação direta ou indireta entre a lesão pessoal e o trabalho subordinado realizado pela
vítima.

Destes quatro elementos, vale a pena comentar um detalhe importante contido no último que é pressuposto
para se falar de acidente de trabalho: é a subordinação, já que protegido pelas regras de acidente só serão
aqueles que estejam em um sistema hierárquico. Assim sendo, o trabalhador eventual que sofra uma lesão ao
prestar serviço à dada empresa poderá ser ressarcido no âmbito civil, já que a ele não alcança o seguro
acidentário.

Disso se extrai que fora do contrato de trabalho típico, não há acidente de trabalho, de acordo com a legislação
específica.

88
LEGISLAÇÃO (4)

Seção VI - das edificações

Art.170 - As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam perfeita segurança aos que
nelas trabalhem.

Art.171 - Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé direito, assim considerada a
altura livre do piso ao teto.

Parágrafo único - Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as condições de iluminação e
conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho, sujeitando-se tal redução ao controle do órgão
competente em matéria de segurança e medicina do trabalho.

Art.172 - Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem depressões que prejudiquem
a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.

Art.173 - As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou de
objetos.

Art.174 - As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores, coberturas e passagens dos
locais de trabalho deverão obedecer às condições de segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo
Ministério do Trabalho e manter-se em perfeito estado de conservação e limpeza.

Seção VII - da iluminação

Art.175 - Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada
à natureza da atividade.
§1o A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento,
reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
§2o 0 Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminamento a serem observados

89
DOENÇAS PROFISSIONAIS

Há na lei preocupação não só com os eventos repentinos, como os casos em que algum pedreiro cai de uma
obra, ou em que metalúrgicos são queimados devido a explosão de uma caldeira, mas também com os males
que venham a se estender durante anos e que decorram da relação trabalhista.

A essas moléstias dá-se o nome de doenças profissionais, ou ergopatias, hoje em dia mais divulgadas
e conhecidas, já que o preconceito que sobre elas recai diminuiu ( note-se diminuiu e não
desapareceu!).

A propósito, prescreve o artigo 167, II, do decreto n.º 77.077 de 24-01-1976 que "equipara-se ao
acidentado o trabalhador acometido de doença do trabalho.

As moléstias geradas pelo trabalho são divididas em dois grupos: doenças profissionais típicas ou
tecnopatias, que são consequência natural de certas profissões desenvolvidas em condições
insalubres, e que normalmente relacionadas pelo próprio legislador ( ver exemplo no apêndice) e as
doenças profissionais atípicas, ditas mesopatias, que não são peculiares determinados tipos de
trabalho, mas que o operário vem a contrair por fato eventualmente ocorrido no desempenho da
atividade laboral.

Mesopatia pode decorrer do excessivo esforço, de posturas viciosas, de temperaturas extremas, etc...

A distinção é importante, porque nas doenças profissionais típicas o nexo etiológico com a atividade
do trabalhador é presumido pela lei, enquanto nas doenças atípicas inexiste qualquer presunção,
cabendo, por isso, à vitima, o ônus de provar que a enfermidade teve causa em evento provocado
pelo desempenho do contrato de trabalho.

É necessário frisar que as concausas geram efeitos, já que não há necessidade da causa única para a
configuração do acidente do trabalho. Isso significa que as concausas são igualadas às causas
propriamente ditas. É justa tal paridade porque no acidente poderemos ter reflexos no que toca ao
estado anterior da vítima, ou as suas eventuais superveniências mórbidas. O estado anterior
principalmente: o ferimento no diabético ou no hemofílico.

Uma vez porém, comprovado que a lesão súbita ou a doença se originaram do trabalho, o regime
jurídico do infortúnio é o mesmo ( Lei n.º 6.367/76 ).

90
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (2)

Acidentes graves

Podem, de imediato, provocar dor excessiva; impossibilidade de movimentar o tronco, formigamento ou


mesmo paralisia nos dedos, nos braços e/ou nas pernas; dificuldade de respiração.

Se a medula espinhal, tronco nervoso que parte do cérebro e é envolvido pela coluna for seriamente atingida
no momento do acidente ou depois (por inabilidade de quem socorre ou transporta a vítima), poderá ocorrer
paralisia permanente ou mesmo morte.

Alguns sinais podem indicar a existência de ferimentos graves na coluna vertebral

Dor intensa na região traumatizada, podem irradiar-se para os lados do corpo. Se você tocar a área
traumatizada e a vítima queixar-se de aumento de dor, é motivo suficiente para suspeitar de fratura.

Movimentando-se, a vítima sofre considerável aumento de dor.

Deformidade em certos acidentes, a coluna pode tomar uma curvatura anormal; em outros casos, aparece
uma saliência óssea ou uma angulação anormal.

Cortes e esmagamentos Profundos nas costas, ombros, pescoço e abdome devem sempre alertar para o risco
de fratura ou deslocamento da espinha.
Paralisia, se a vítima consciente perdeu sua função muscular e tem as extremidades dormentes, é bastante
possível que tenha ocorrido dano na medula espinhal.

Toque seus braços, mãos e pernas, se não existir sensibilidade, proceda como se houvesse uma fratura na
coluna. Peça para a vítima segurar sua mão, ou mexer os pés e dedos, para que você possa avaliar-lhe a
capacidade muscular e o controle motor.

91
SEGURANÇA NO LAR (3)

Empinar papagaios

A maioria das crianças adora empinar pipas, também chamadas papagaios ou pandorgas. No entanto, esta
brincadeira pode terminal mal se não for observada uma regra básica:

Nunca empine pipas em locais onde houver cabos elétricos aéreos

Os perigos são reais:

A pipa pode encostar-se a um cabo elétrico e, se sua linha estiver molhada ou enrolada num objeto de metal
(uma lata, por exemplo), ela se transforma num excelente condutor de eletricidade.

Não tenha receio de usar sua autoridade de pai ou de adulto para impedir que crianças empinem pipas em
locais onde existem cabos elétricos aéreos. Explique a elas o risco que correm e indique um local adequado
para brincar.

Intoxicações por cosméticos ou medicamentos


Para evitar este tipo de intoxicação, observe à risca as recomendações abaixo:

Conserve artigos de limpeza, cosméticos e remédios fora do alcance das crianças.

Guarde os produtos num armário trancado á chave. Evite misturá-los no mesmo


compartimento.

Todos os produtos de limpeza e remédios devem estar bem identificados. Se os rótulos forem
danificados, providencie novas identificações.

Destrua os remédios que estão fora de uso. Derrame os líquidos no vaso sanitário e puxe a
descarga; dissolva os comprimidos e faça o mesmo.

Não deixe que suas filhas pequenas brinquem com cosméticos. Muitas vezes um produto que
é inofensivo ao adulto traz graves malefícios a uma criança.

No caso de ingestão de qualquer produto, procure o médico.

92
OBESIDADE (1)

Como Classificá-la?

A obesidade é uma síndrome, com várias causas, caracterizada por um excesso de tecido gorduroso e ser
classificada em várias modalidades.
Quanto ao seu início, podemos classificá-la em:

 obesidade de longa data - indivíduos obesos desde criança; é a forma de mais difícil tratamento e
entre as causas existe a predisposição genética (herança familiar) e a hiperalimentação precoce;

 obesidade da puberdade - aparece na puberdade, é predominante em mulheres, tem como causas


angustias e ansiedades desta fase da vida e alterações orgânicas;

 obesidade da gravidez - na gravidez e no pós-parto, também por fenômenos psíquicos e/ou orgânicos;

 obesidade por interrupção de exercícios - comum em esportistas que ingerem grandes quantidades de
calorias e param de fazer exercícios, ou seja, deixam de gastá-las;

 obesidade secundaria a drogas - alguns medicamentos como os corticóides, os antidepressivos e os


estrógenos podem induzir a um ganho de peso;

 obesidade após parar de fumar - a explicação é que a nicotina aumenta o gasto calórico por sua ação
lipolítica; também é responsável por perda de apetite;

 obesidade endócrina - somente 4 porcento das obesidades se enquadram nesta etiologia, que inclui
doenças da tireóide, do pâncreas e da supra-renal.

Por esta classificação já podemos concluir que a obesidade não é característica de pessoas com "falta de
vontade para emagrecer, relaxadas com sua aparência e etc", mas de pessoas com uma doença e que deve ser
tratada como tal. Sabe-se hoje que muitos hormônios como a adrenalina, a serotonina, a dopamina e a nor-
adrenalina estão envolvidos em respostas como humor, ansiedade, saciedade e ate as reações psíquicas tem
seu lado físico. Portanto, a obesidade hoje é vista como uma patologia crônica e deve ser tratada.

93
A IMPORTÂNCIA DO ENCOSTO DE CABEÇA

A importância do uso correto do encosto de cabeça


A importância do uso correto do encosto de cabeça é demonstrada pela minimização do movimento de
giro da cabeça, no caso de impacto de traseira ou frontal.
Resultado do teste com e sem encosto de cabeça
Velocidade de impacto de traseira = 28 km/h
Aceleração do teste: 14g = 140 m/s 2
Tipo de boneco do teste: Hybrid II

Seqüência do movimento da cabeça

Sem
encost
o

Com
encost
o

Giro total da cabeça no teste do instante


zero a 100 m/s (milisegundos)

Posição correta do encosto de cabeça

A altura do encosto deve estar regulada no centro posterior


da cabeça ou até 3 cm acima.
Nesta posição o encosto evita lesões na coluna cervical e,
conseqüentemente, ferimentos graves e mortes.

94
DROGAS (3)

Abstinência Narcótica

Independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os
narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma seqüência de sintomas que vão
caracterizar a síndrome de abstinência narcótica.

As primeiras 4 horas de abstinência


- Ansiedade, comportamento de procura da droga

As primeiras 8 horas de abstinência


- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva,
adinamia, fraqueza geral

As primeiras 12 horas de abstinência


- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva,
adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção
dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares

As primeiras 18-24 horas de abstinência


- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva,
adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção
dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da
frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial,
hipertermia (febre), dor abdominal

As primeiras 24-36 horas de abstinência


- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva,
adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção
dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da
freqüência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial,
hipertermia (febre), dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo,
sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose
sanguínea, distúrbio do metabolismo ácido-base

Síndrome de abstinência no recém-nascido


Costuma ocorrer após 48 horas do parto de uma gestante viciada em narcóticos com as características:
- Febre, tremor, irritabilidade, vômitos, hipertonicidade muscular, insuficiência respiratória, convulsão, choro
agudíssimo, muitas vezes pode ocorrer a morte do recém nascido.

95
CUIDADOS COM O GÁS DE COZINHA (1)

Segurança com o botijão de gás

Lembre-se:

 Ao comprar o regulador de pressão e a mangueira, verifique se possuem a identificação do


INMETRO (NBR) gravada. Não use outro tipo de material, pode ser perigoso...

 Ao sair de casa, feche o registro de gás e nuca deixe panelas no fogo.

 Não permita que crianças tenham acesso ao fogo.

 Não coloque cortinas, panos de pratos ou outro material que possa pegar fogo junto ao fogão ou
sobre o botijão.

 Não tente eliminar vazamentos de maneira improvisada ( com sabão, cera, etc.).

Como ascender o fogão e o forno

 Abra o registro de gás (do botijão);

 Abra a porta do forno se for usá-lo;

 Acenda o fósforo;

 Aproxime o fósforo aceso do queimador que vai ser usado;

 Gire o botão do queimador ou do forno.

Acostume-se a acender o fósforo antes de girar o botão. Se você girar o botão primeiro, o gás começa
a sair imediatamente, o que pode ser perigoso.

96
EXTINTORES

Para ajudar no combate de pequenos focos de incêndio, foram criados os extintores.

Atenção: há vários tipos de extintores de incêndio, cada um contendo uma substância diferente e servindo
para diferentes classes de incêndio. Vamos conhecê-los.

Extintor com água pressurizada

É indicado para incêndios de classe A (madeira, papel, tecido, materiais sólidos em geral).
A água age por resfriamento e abafamento, dependendo da maneira como é aplicada.

Extintor com gás carbônico

Indicado para incêndios de classe C (equipamento elétrico energizado), por não ser condutor de eletricidade.
Pode ser usado também em incêndios de
classes A e B.

Extintor com pó químico seco

Indicado para incêndio de classe B (líquido inflamável). Age por abafamento.


Pode ser usado também em incêndios de classes A e C.

Extintor com pó químico especial

Indicado para incêndios de classe D (metais inflamáveis). Age por abafamento.


Não use água
Em fogo de classe C (material elétrico energizado), porque a água é boa condutora de eletricidade, podendo
aumentar o incêndio.
Em produtos químicos, tais como pó de alumínio, magnésio, carbonato de potássio, pois com a água reagem
de forma violenta.

Recomendações
Aprenda a usar os extintores de incêndio.
Conheça os locais onde estão instalados os extintores e outros equipamentos de proteção contra fogo.
Nunca obstrua o acesso aos extintores ou hidrantes.
Não retire lacres, etiquetas ou selos colocados no corpo dos extintores.
Não mexa nos extintores de incêndio e hidrantes, a menos que seja necessária a sua utilização ou revisão
periódica.

97
ASFIXIA (2)

Aspiração de pós

A grande maioria desses acidentes ocorre com bebês que brincam com latas de talco.

O que fazer

1.Deixe a vítima tossir, para eliminar o máximo de pó que puder. Se ela não tossir, provoque a tosse, dando-
lhe tapas nas costas.

2.Deite-a de lado, para impedir que a sufocação aumente. Se ela vomitar, mantenha-a nessa posição para
impedir a aspiração do vômito.

3.Leve-a para o pronto-socorro.

Aspiração de vômito

Acidente que vitima com frequência crianças, alcoólatras e doentes inconscientes.

O que fazer

1.Deite a vítima de lado, com a cabeça mais baixa que o corpo: limpe-lhe bem o nariz e a boca.

2.Tape-lhe o nariz com o indicador e o polegar. Em seguida, sem hesitar, coloque a boca sobre a do asfixiado
e aspire violentamente quantas vezes forem necessárias, até remover o máximo de resíduos dos pulmões.
Esqueça o nojo: uma vida depende de você.
Atenção: Enquanto durar a emergência, não deite a vítima de costas. Isso poderia provocar mais aspiração
de vômito.

3.Leve a vítima ao pronto-socorro. A permanência de restos de vômito nos brônquios pode provocar
complicações sérias.

98
FOGOS DE ARTIFÍCIO E BALÕES

Fogos de artifício

Não permita que seus filhos adquiram fogos de artifício.

Acidentes graves podem acontecer com crianças ou adultos que transportam e utilizam fogos de artifícios de
forma irregular.

Nunca transporte estes artefatos nos bolsos, pois, se eles se inflamarem, você certamente será atingido.

O perigo dos fogos de artifício é indiscutível. Se uma bombinha explodir nas mãos de uma criança ou
próximo de seus olhos, poderá causar mutilação ou cegueira.

Deixar caixas de fósforos e/ou isqueiros ao alcance da criança é uma imprudência. A atração que o fogo
exerce sobre as crianças pode ter conseqüências extremamente danosas.

Balões
Soltar Balões agora é Crime!

Você sabia que de acordo com a nova Lei de Crimes Ambientais, Lei Nº 9.065, de fevereiro de 1998, não
somente soltar balões agora é "crime", como também fabricar, vender ou transportar? A pena prevista é de
detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Não solte balão. Ele pode causar muitos estragos, por isso é proibido.

O balão pode cair aceso em florestas, residências e indústrias, produzindo grandes prejuízos patrimoniais,
ameaça ao nosso meio ambiente e até mesmo colocando a integridade física e a vida das pessoas em risco.

A brincadeira de alguns pode ser a tristeza de muitos.

Entre os inúmeros contratempos que representam, os balões podem ainda oferecer sérios riscos à aviação,
principalmente, às pequenas aeronaves.

99
PICADAS VENENOSAS

As picadas venenosas mais comuns e mais perigosas, sobretudo para crianças, são as de cobra, aranha e
escorpião.

Picada de cobra - A primeira coisa a fazer, especialmente se o recurso médico for demorado, é saber se a
cobra é venenosa. As picadas de cobra venenosa e não venenosa são diferentes.

A picada de cobra venenosa deixa um ou dois pontos ou riscos. Raramente este tipo de cobra deixa a marca
dos outros dentes.

A picada da cobra não venenosa deixa suas fileiras de marcas de dentes, que parecem um serrilhado.

Em casos de picada venenosa, deve-se procurar socorro médico urgente ou alguém que aplique um soro
antiofídico. Se precisar andar, movimente o menos possível a parte afetada, quanto maior, mais o veneno se
espalha.

Picada de aranha - Geralmente as picadas de aranha são muito doloridas mas não são perigosas para os
adultos. Pode-se colocar a parte afetada em água quente ou aplicar compressas quentes. Se necessário,
principalmente em crianças, procurar ajuda médica.

Picadas de escorpião - A picada de certos escorpiões existentes em Minas Gerais, Goiás e Bahia, pode ser
mortal para criança. Esta precisará tomar soro contra o veneno do escorpião. Para o adulto, basta tomar um
analgésico para diminuir a dor. Pode-se também, para um anestésico no local e aplicar compressas quentes.

100
ABELHAS (4)

Como proceder em caso de ferroadas:

1. Primeiramente procure retirar imediatamente o ferrão para evitar que termine de injetar todo o veneno.
Para retirá-lo use a unha ou então uma faca ou canivete. Durante esta operação tenha cuidado para não
apertar a bolsa do veneno porque isto faz injetar todo o veneno na carne e a retirada do ferrão perderá o seu
motivo;

2. No caso de inflamação, aplique gelo ou panos frios no local;

3. Para aliviar a dor aplique alguma pomada anestésica no local como por exemplo "nupercainal";

4. Evite esfregar no local da ferroada, isto só ajudará a espalhar o veneno;

5. Evite tomar banho ou passar álcool no corpo, o fato de esfregar aumentará sensivelmente as reações do
veneno;

6. Para pessoas de sensibilidade normal e adultas, até 20 ferroadas leve ao médico (aplicar lentamente por
via endovenosa uma injeção de gluconato de cálcio a 20% em ampola 20cc);

7. Para pessoas alérgica ou hipersensíveis existe perigo de morte. Estas não devem trabalhar com abelhas, a
menos que se submetam a um tratamento prévio de desensibilização que só poderá ser efetuado por médico
especialista no assunto. Este tratamento é prolongado e consiste num antígeno feito do próprio veneno da
abelha;

8. Um médico, deve ser procurado, sempre que necessário.

101
DICAS DE SEGURANÇA (1)

Como prevenir incêndios


1. Não deixe vela acesa perto de material que possa pegar fogo, como, cortinas, papéis, panos, entre
outros.

2. Não deixe crianças trancadas sozinhas dentro de casa.

3. Não esqueça ferro ligado.

4. Não fume na cama, pois o fumante pode adormecer e vir a provocar um incêndio.

5. Não fume perto de veículo que esteja abastecendo, ou onde houver forte cheiro de gasolina ou álcool.

6. Não deixe fósforos e isqueiros ao alcance das crianças, elas podem provocar um incêndio brincando.

7. Certifique que apagou fósforos e cigarros, antes de joga-los na lixeira.

8. Não sobrecarregue as instalações elétricas com várias tomadas ao mesmo tempo, pois os fios
esquentam e podem ocasionar um incêndio.

9. Após utilizar uma fogueira na mata, não esqueça de jogar água na mesma e cobrir com areia.

10. Se ao chegar em casa houver cheiro forte de gás, abra todas as janelas e portas para ventilar. Não
ligue e nem desligue nenhum interruptor, nem acenda fósforo ou isqueiro.

11. Não estacione veículo ao lado de hidrante, pois em caso de incêndio os bombeiros vão utiliza-lo.

12. Não solte fogos de artifício e nem balões, os mesmos podem ferir quem está soltando como também
provocar grandes incêndios.

13. Não avive chamas de churrasqueiras e braseiros jogando álcool ou outros inflamáveis em cima deles.

102
CHOQUE ELÉTRICO (2)

Riscos de acidentes
As lesões provocadas pelo choque elétrico podem ser de quatro (4) naturezas:
1 - eletrocução (fatal)
2 - choque elétrico
3 - queimaduras
4 - quedas provocadas pelo choque

Eletrocução

é a morte provocada pela exposição do corpo à uma dose letal de energia elétrica.
Os raios e os fios de alta tensão (voltagem superior a 600 volts), costumam provocar esse tipo de acidente.
Também pode ocorrer a eletrocução com baixa voltragem (V<600 volts), se houver a presença de: poças
d'água, roupas molhadas, umidade elevada ou suor.

A pele humana é um bom isolante e apresenta, quando seco, uma resistência à passagem da corrente elétrica
de 100.000 Ohms (cem mil). Quando molhada, porém, essa resistência cai para apenas 1.000 Ohms (mil).

A energia elétrica de alta voltagem, rapidamente rompe a pele, reduzindo a resistência do corpo para apenas
500 Ohms. Veja estes exemplos numéricos e compare-os com os dados da tabela acima. Os 2 primeiros
casos, referem-se à baixa voltagem (corrente de 120 volts) e o terceiro, à alta voltagem:

a) Corpo seco: 120 volts/100000 ohms = 0,0012 A = 1,2 mA (o indivíduo leva apenas um leve choque)

b) Corpo molhado: 120 volts/1000 ohms = 0,12 A = 120 mA (suficiente para provocar um ataque cardíaco)

c) Pele rompida: 1000 volts/500 ohms = 2 A (parada cardíaca e sérios danos aos órgãos internos).

Além da intensidade da corrente elétrica, o caminho percorrido pela eletricidade ao longo do corpo (do
ponto onde entra até o ponto onde ela sai) e a duração do choque , são os responsáveis pela extensão e
gravidade das lesões.

Os acidentes com eletricidade ocorrem de várias maneiras. Os riscos resultam de danos causados aos
isolantes dos fios elétricos devido a roedores, envelhecimento, fiação imprópria, diâmetro ou material do fio
inadequados, corrosão dos contatos, rompimento da linha por queda de galhos, falta de aterramento do
equipamento elétrico, etc.

As benfeitorias agrícolas estão sujeitas à poeira, umidade e ambientes corrosivos, tornando-as especialmente
problemáticas ao uso da eletricidade.

103
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (2)

Ação de emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada.

Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas.

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção


limitada.

Isolar a área em todas as direções, num raio de 800 m, se o vagão ou carreta estiverem envolvidos no fogo.

Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

Fogo

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon, neblina de água ou espuma para álcool.

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma para álcool são recomendadas.

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco.

Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo após a extinção do
fogo. Manter-se longe dos tanques.

Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão
monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar.

Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/alívio ou ocorrendo qualquer


descoloração do tanque devido ao fogo.

Derramamento ou vazamento

Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco.

Estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco.

Usar neblina de água para reduzir os vapores; mas isso não evitará a ignição em locais fechados.

104
Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não combustível e guardar em
recipientes para posterior descarte.

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

Primeiros socorros

Remover a vítima para o ar fresco solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer
respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio.

Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente, durante pelo menos 15
minutos; lavar a pele com água e sabão.

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados.

105
A SIMPLES BUSCA DE FAZER O BEM

Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes em um quarto de um grande hospital. O cômodo era
bastante pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo.

Um dos homens tinha como parte de seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante
as tardes (algo a ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O outro,
contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.

Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava próxima a janela, era colocado em posição sentada, ele
passava o tempo descrevendo o que tinha lá fora.

A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago. Havia patos e cisnes no lado, e as crianças
iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas
entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás das fileiras de árvores,
avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso apreciando todos os minutos. Ouviu como uma
criança quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições
do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora...

Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento:


Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo?
Por que ele não poderia ter aquela chance?
Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria
qualquer coisa!

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocado, suas
mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover... mesmo
quando o som da respiração parou. De manhã, a enfermeira encontrou o homem morto, e silenciosamente
levou embora seu corpo. Logo que apareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na
cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se
sentisse bastante confortável. No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e
sentindo muita dor, ele olhou pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao
máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu fazê-lo deparou-se com
um muro todo branco. Ele então perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe
coisas tão belas, todos os dias se pela janela já que só dava pra ver um muro branco?

A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse. Talvez ele
só estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias... "A vida é, sempre foi e
será aquilo que nós a tornamos".

106
PEDESTRES (2)

Regras fundamentais

Uma regra muito importante é caminhar sempre na calçada ou passeio, longe do meio-fio, do lado direito. E nas
estradas, caminhar no acostamento.

Onde não houver calçada ou faixa privativa destinada ao pedestre, caminhar sempre à esquerda da via, em fila
única (um atrás do outro), e em sentido contrário ao dos veículos, quando se tratar de pista de sentido duplo.

Mesmo caminhando na calçada, o pedestre deverá estar sempre atento, porque poderá encontrar locais para
entrada e saída de veículos.

Nesta situação, ele deverá parar e olhar; apenas continuará andando, se houver condições de segurança.

Caso haja algum veículo se aproximando, deve parar, esperar, e só continuará a caminha após sua passagem.

Ao passear com um animal de estimação por via pública, o pedestre deverá mantê-lo preso a uma coleira. Desta
forma evitará incômodo a outras pessoas, assim como eventuais acidentes.

Travessia de pista

Ao atravessar uma pista, o pedestre deverá estar atento a tomar alguns cuidados:

primeiramente, deve olhar para verificar se algum veículo se aproxima;

no caso de algum veículo se aproximar, deve aguardar sua passagem na calçada ou passeio, longe do meio-fio;

quando existir faixa de pedestres sinalizada no chão, deverá utilizá-la para atravessar a pista.

Ao atravessar uma pista de duplo sentido, o pedestre deverá olhar primeiro para a esquerda, depois para a direita
e mais uma vez para a esquerda, começando a travessia somente depois de certificar-se, através da visão e da
audição, de que nenhum veículo se aproxima.

Ao atravessar uma pista de sentido único, o pedestre deve olhar atentamente na direção do fluxo de veículos e
caminhar sem correr. Neste caso, é preciso também observar o fluxo de veículos no sentido contrário, pois
alguns condutores desatentos, descuidados ou mesmo transgressores poderão estar dirigindo seu veículo em
sentido oposto ao estabelecido para aquela pista.

Sempre que houver faixa de pedestre, semáforo, ou qualquer outra forma de sinalização, eles deverão ser
utilizados, pois representam segurança.

Quando não houver faixa de pedestre, as pistas deverão ser atravessadas perpendicularmente às calçadas e na
área de seu prolongamento.

As passarelas e as passagens subterrâneas, quando existirem, devem ser utilizadas sempre, mesmo que se
caminhe um pouco mais, pois elas proporcionam segurança no trânsito.

107
Se houver pessoas idosas, deficientes ou crianças esperando para atravessar uma pista, elas devem ser ajudadas.

108
CÂNCER DE PRÓSTATA

Sinais e sintomas de uma doença curável.

O que é a Próstata?

A próstata é uma glândula auxiliar do Sistema Genital Masculino.E responsável pelo fornecimento de
nutrientes para os espermatozóides. Tem estreita relação anatômica com a bexiga,por isto os sintomas das
doenças prostáticas apresentam-se diretamente relacionados com a micção.
Como o Câncer de Próstata aparece?

É mais comum o aparecimento após os 60 anos de idade,mas casos são encontrados ate em indivíduos aos 40
anos.Seu crescimento depende de altos valores de Hormônio Masculino na circulação sangüínea, por isto é
importante a prescrição destes hormônios, para tratamento de Impotência, por um especialista, no caso,um
urologista.Existem estudos relacionando seu aparecimento com características raciais, genéticas e com
doenças venéreas.
E quais são os sintomas?

Na sua grande maioria, os sintomas estão relacionados a obstrução urinaria podendo estar também associada
a infecção urinaria.Dentre eles podemos citar:

Dificuldade de iniciar a micção.


Perda da força e do calibre do jato urinário.
Dor ao urinar.
Varias micções noturnas.
Retenção de urina
Dores na coluna, fêmur e bacia.
Sangue na urina(hematúria).
Perda de peso.
É importante frisar, que em alguns casos, é totalmente silencioso.
Como prevenir?

Indo ao Urologista, a partir dos 45 anos de idade, pois o especialista terá como identificar a doença em seu
estagio inicial, podendo promover a cura, e tratamento adequado nos estágios posteriores da doença.

109
TRANSTORNO DO COMER COMPULSIVO

O que é?

O transtorno do comer compulsivo vem sendo reconhecido, nos últimos anos, como uma síndrome
caracterizada por episódios de ingestão exagerada e compulsiva de alimentos, porém, diferentemente da
bulimia nervosa, essas pessoas não tentam evitar ganho de peso com os métodos compensatórios. Os
episódios vêm acompanhados de uma sensação de falta de controle sobre o ato de comer, sentimentos de
culpa e de vergonha.

Muitas pessoas com essa síndrome são obesas, apresentando uma história de variação de peso, pois a comida
é usada para lidar com problemas psicológicos. O transtorno do comer compulsivo é encontrado em cerca de
2% da população em geral, mais freqüentemente acometendo mulheres entre 20 e 30 anos de idade.
Pesquisas demonstram que 30% das pessoas que procuram tratamento para obesidade ou para perda de peso
são portadoras de transtorno do comer compulsivo.

O que se sente?

Episódios de ingestão exagerada de alimentos.


Comer mesmo sem ter fome.
Dietas freqüentes.
Flutuação do peso.
Humor deprimido.
Comer em segredo por sentimento de vergonha e culpa.
Obesidade.
Complicações médicas

Pressão alta.
Aumento do colesterol.
Diabete.
Complicações cardíacas.

Causas

As causas desse transtorno são desconhecidas. Em torno de 50% das pessoas têm uma história de depressão.
Se a depressão é causa ou efeito do transtorno, ainda não está bem claro. Muitas pessoas relatam que a raiva,
a tristeza, o tédio, a ansiedade e outros sentimentos negativos podem desencadear os episódios de comilança.
Embora não esteja claro o papel das dietas nesses quadros, sabe-se que, em muitos casos, os regimes
excessivamente restritivos podem piorar o transtorno.

Como se trata?
110
O transtorno do comer compulsivo desenvolve-se a partir da interação de diversos fatores predisponentes
biológicos, familiares, sócio culturais e individuais. O seu tratamento exige uma abordagem multidisciplinar
que inclui um psiquiatra, um endocrinologista, uma nutricionista e um psicólogo. O objetivo do tratamento é
o controle dos episódios de comer compulsivo através de técnicas cognitivo-comportamentais e de um
acompanhamento nutricional para restabelecer um hábito alimentar mais saudável. A psicoterapia dinâmica
ou a interpessoal podem ajudar o paciente a lidar com questões emocionais subjacentes. O acompanhamento
clínico faz-se necessário pelos riscos clínicos da obesidade. As medicações antidepressivas têm se mostrado
eficazes para diminuir os episódios de compulsão alimentar e os sintomas depressivos.

111
UMA CASA A PROVA DE QUEDAS

Uma Casa à prova de Quedas


Verifique constantemente as condições de segurança de sua casa.
Não hesite em fazer consertos e melhorias, assegurando-se das seguintes condições:

Corrimão em todas as escadas;


Fita antiderrapante na beirada de cada degrau da escada;
Barra de segurança no boxe do banheiro;
Grade de proteção no alto da escada, se houver crianças em casa;
Piso antiderrapante na cozinha, no banheiro e nas áreas de serviço;
Iluminação adequada em banheiros, escadas, acesso a garagem, etc.;
Tacos e carpetes bem colados no piso.

Se a Queda for Inevitável...

Ao cair, relaxe o corpo e curve os braços e pernas. Procure proteger principalmente a cabeça e costas.

Nunca use sapatos com saltos desgastados ou sola lisa.


Evite correrias e afobamentos. Olhe sempre por onde pisa.

O fogo e a energia elétrica existem em todos os lares e são muito úteis. Como cozinhar o feijão sem
fogo? Como assistir televisão sem energia elétrica? Mas ao mesmo tempo que são úteis, o fogo e a
energia elétrica são também perigosos. Podem causar incêndios.
Os incêndios podem ocorrer em qualquer lar.
É preciso estar alerta e tomar todos os cuidados para evitá-los.

112
DIREÇÃO DEFENSIVA (2)

Colisão com o veículo de trás

Uma das principais causas de colisões na traseira é motivada por motoristas que dirigem "colados" e nem
sempre se pode escapar dessa situação, principalmente numa emergência.

Também não adianta o fato de que "quem bate na traseira é legalmente culpado", pois isso pode trazer-lhe
conseqüências graves ou até mesmo matá-lo, como no caso de fratura no pescoço.

Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança, resulta em multa, sendo considerado
infração leve. Art 169 - CTB.
A primeira atitude do condutor defensivo é livrar-se do condutor que o segue a curta distância, reduzindo a
velocidade ou deslocando-se para outra faixa de trânsito ou acostamento, levando-o a ultrapassá-lo com
segurança.

Veja as sugestões de Direção Defensiva para livrar-se de situações de perigo:

Planeje o que fazer


Não fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou saídas que irá usar. Planeje antes o seu trajeto para não
confundir o condutor que vem atrás com manobras bruscas.

Sinalize suas atitudes


Informe através de sinalização correta e dentro do tempo necessário o que você pretende fazer, para que os
outros condutores também possam planejar suas atitudes. Certifique-se de que todos entenderam e viram sua
sinalização.

Pare aos poucos


Alguns condutores só lembram de frear após o cruzamento onde deveriam entrar. Isto é muito perigoso, pois
obriga os outros condutores a frear bruscamente e nem sempre é possível evitar a colisão.

Livre-se dos colados à sua traseira


Use o princípio da cortesia e favoreça a ultrapassagem dos "apressadinhos", mantendo sempre as distâncias
recomendadas para sua segurança.

Se você parar bruscamente, mudar de faixa de trânsito ou não sinalizar suas intenções, poderá causar um
acidente grave.

113
O PERIGO DOS RAIOS

Raio é uma descarga elétrica muito intensa, que ocorre em certos tipos de nuvens e pode atingir o
solo, causando prejuízos e ferindo pessoas.

É conseqüência do rápido movimento de elétrons de um lugar para outro. Os elétrons movem-se tão
rapidamente, que fazem o ar ao seu redor se iluminar (um clarão conhecido como relâmpago), aquecer-se,
resultando num estrondo, o trovão.

A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é ínfima: apenas uma em um milhão. Em 30% dos casos,
as vítimas morrem por parada cardíaca ou respiratória . Os 70% restantes costumam sofrer seqüelas, como
perda de memória e diminuição da capacidade de concentração.

A incidência de descargas atmosféricas no país (o Brasil é o país com maior incidência no mundo: cerca de
100 milhões de raios por ano) matou mais de 100 pessoas em 2000.

Somente no verão de 2001, houve a incidência de cerca de 15.000 raios na cidade do Rio de Janeiro. A foto
ao lado mostra um raio atraído pela imagem do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Os estados mais atingidos por raios são: Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, nesta
ordem.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (que estuda os raios através Grupo de
Eletricidade Atmosférica - ELAT - vide link, ao final), o fenômeno causa prejuízos de US$ 200 milhões ao
Brasil. Os raios afetam as linhas de transmissão de energia, de telefonia, as indústrias; causa incêndios
florestais e mata pessoas e animais.

Ao atingir uma pessoa, o raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema
nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e uma variedade de reações eletroquímicas.
A chance de sobreviver é de apenas 2%.

As pessoas também podem ser atingidas por correntes elétricas que se propagam no solo, a partir do ponto
que o raio atingiu. São as chamadas descargas laterais.

114
AZIA E CÃIBRA

Azia

Sensação de ardor e "queimação" no esôfago; cujas causais mais comuns são: doenças do tubo digestivo;
ingestão de alimentos picantes apimentados ou gordurosos; ingestão de ar durante refeições apressadas ou
quando se fuma em excesso; má digestão.

O que fazer

Se a azia for constante, procure o médico. Em casos eventuais:

1.Procure arrotar.
2.Tome antiácido comum.
3.Tome leite.

Cãibras

Contrações musculares violentas e involuntárias, acompanhadas de dores fortes que ocorrem principalmente
nos músculos de maior atividade, isto é, dos braços e pernas.

O que fazer

1.Em caso de cãibra provocada por suor excessivo ("Cãibra de calor"), tome um copo de água misturada a
uma colher (das de café) de sal.

2.Para cãibra na barriga da perna: apóie o pé no chão, em ângulo reto com a perna, e caminhe apoiando o
peso do corpo nos calcanhares.

3.Para cãibra no braço: peça a alguém que dobre o antebraço, até formar um ângulo reto com o braço.

4.Para cãibra no polegar: peça a alguém que dobre no sentido contrário.

5.Para cãibra no dedão do pé: peça a alguém que o dobre no sentido contrário.

6.Para qualquer caso de cãibra, procure flexionar a parte afetada no sentido contrário ao que ela assumiu pela
cãibra.

Atenção: Não faça compressas nem massagens. Em casos graves, procure o médico.

115
DIRIGIR COM SEGURANÇA (3)

Defendendo-se
A direção defensiva é uma técnica/filosofia para dirigir um veículo que pode ser definida como um
conjunto de ações que o motorista toma no sentido de evitar os acidentes apesar das ações incorretas de
outros motoristas e das condições adversas.

Os 3 passos da direção defensiva são

Antecipar a possibilidade de um acidente - pensar antecipadamente sobre todas as possíveis situações


de perigo e a melhor saída para cada uma delas, de modo a não ser nunca apanhado de surpresa.

Saber o que fazer - possuir o conhecimento (preparo técnico) e o condicionamento (preparo mental) para
atuar corretamente na condução do veículo.

Agir adequadamente - tomar decisão a tempo e proceder corretamente nas situações de perigo, evitando
a ocorrência do acidente.

Algumas técnicas para fazer de você um motorista defensivo

Ultrapassagem - Nas ultrapassagens é fundamental determinar a velocidade relativa entre os veículos que
estão envolvidos. Quando trafegam no mesmo sentido a velocidade relativa é a diferença entre as
velocidades de um e de outro. Quando trafegam em sentido contrário, é a soma das velocidades.

Depois de avaliar as velocidades é importante calcular o espaço disponível para a ultrapassagem, não se
esquecendo de que ela só deve ser feita pela esquerda (nunca pela direita ou acostamento) e sob boas
condições de visibilidade. Toda manobra deve ser sinalizada e deve-se certificar que os outros motoristas
perceberam sua intenção de ultrapassar.

A decisão e a manobra de ultrapassagem devem ser rápidas. Utilize uma marcha mais forte ("reduzida") se
necessário. Em caso de dúvida, não arrisque e espere outra chance. Para autorizar uma ultrapassagem,
ligue o "pisca-pisca" direito e para sinalizar que não é recomendável, ligue o "pisca-pisca" esquerdo.

Freada de emergência - Procure parar sempre seu carro de maneira suave. Algumas vezes, no entanto,
não há outra alternativa a não ser frear bruscamente. Nesses casos, aja prontamente, pisando no freio com
firmeza, mas com cuidado. Nos veículos que não possuem sistema ABS a força aplicada deve ser
progressiva.

Falta de freios - Em caso de falta de freios, desvie dos carros em busca de um espaço vazio e puxe o freio
de mão aos poucos, com cuidado para não provocar um "cavalo-de-pau". Reduzir a marcha também ajuda.
Em último caso, procure um obstáculo resistente antes que o veículo ganhe muita velocidade.

Estouro de pneu - Se um dos pneus dianteiros estourar, o veículo "puxará" fortemente para o lado do
pneu estourado. Basta segurar firme na direção, até o carro perder a velocidade. Se for um pneu traseiro o
carro derrapará na direção do pneu que estorou. Tente consertar a derrapagem, girando o volante para o
lado do pneu estourado e segure firme o volante. Só pise no freio, aos poucos, depois de controlar o
veículo.

116
FUMO

Nicotina tabacum

Há 1,1 bilhão de fumantes no mundo, segundo a OMS, matando mais que o álcool e drogas ilegais.

O fumo é o maior responsável pelas faringites, bronquites, falta de apetite, tremores, perturbações da visão,
diversos tipos de câncer, sobretudo do pulmão e doenças cardiovasculares como a angina do peito e o enfarte
do miocárdio.
Além do câncer do pulmão, de que o fumo é maior causador, produz bronquite crônica, enfisema pulmonar,
coronariopatias, úlceras do estômago e do duodeno, câncer da língua, da faringe, do esôfago e da bexiga.
A ação da nicotina é exercida pelo sistema sobre o sistema parassimpático e simpático e pela liberação de
adrenalina e influi na diminuição do consumo do oxigênio e, além de prejudicar o organismo em geral, vai
diretamente ao cérebro, coração e circulação.

Apenas um cigarro é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo. E a fumaça de um cigarro,
é o bastante para contrair os vasos capilares das pernas e dos pés.
O fumante sofre, em cada trago, endurecimento das artérias, fazendo o coração trabalhar mais depressa,
enquanto os pulmões absorvem monóxido de carbono, amônio, ácido carbônico, piridina e substâncias
alcatroadas que passam a circulação do sangue. O monóxido de carbono também origina dores de cabeça; o
amônio irrita as narinas e a garganta, a piridina irrita os brônquios e as substâncias alcatroadas engrossam a
língua, sujam os dentes e determinam câncer na boca e na língua.A nicotina, em si, diminui a vitalidade do
fumante e de seus filhos.
A fumaça do cigarro provoca uma reação violenta nos centros nervosos, produzindo a degeneração das
células do cérebro.
Uma vez que o hábito de fumar conduz o viciado a um estado de intoxicação crônica e o leva a uma
dependência física e psíquica, sente o fumante dificuldade em abandoná-lo.
A nicotina é um dos venenos mais ativos. A nicotina e o alcatrão deve-se a maior soma de males acarretada
aos fumantes. O fumante médio absorve nos pulmões mais de um litro de alcatrão por ano.
Os venenos do fumo agem no organismo pelas vias respiratórias e pelas vias digestivas. Pelas vias
respiratórias, através da traquéia e brônquios, por onde chegam aos pulmões, onde são absorvidos e
conduzidos ao sangue e, por este, a todos os demais órgãos. A nicotina, por intermédio da circulação, excita
as glândulas supra-renais que segregam mais adrenalina. Conduzida ao sangue, provoca contração das
paredes arteriais, ocasionando espasmos das artérias. É assim que o fumo aumenta a pressão arterial,
favorece problemas coronários e cardiovasculares.
Pelas vias digestivas, boca, estômago e intestinos, pois que, parte do venenos do fumo dissolve-se na saliva e
é conduzida ao estômago, ocasionando a diminuição da secreção gástrica, dificultando a digestão,
diminuindo o apetite e predispondo o fumante à úlcera gastroduodenal. Do aparelho digestivo os venenos do
fumo são conduzidos ao sangue e aos diversos tecidos do corpo.

117
ABELHAS (5)

Risco do ataque de abelhas


Abelhas (Apis mellifera) são insetos himenópteros (com 2 pares de asas membranosas) que polinizam as
plantas, produzem mel ... e também picadas mortais.

Há cerca de 20.000 espécies de abelhas no mundo. O seu tamanho varia de 2 mm a 4 cm. Algumas são
pretas ou cinzas, mas há as de cor amarela brilhante, vermelhas e verdes ou azuis metálicas.

As abelhas africanas ou "abelhas assassinas", descendem das Sul-Africanas, importadas em 1956 por
cientistas brasileiros, com vistas à melhoria da produção de mel e, desde então, vem se cruzando com as
abelhas européias.

Em virtude de um acidente ocorrido em São Paulo (1957) --- quando alguns enxames escaparam das
colméias --- grande área do Brasil é hoje povoada pela abelha africana, de extraordinária produtividade, mas
também de grande agressividade. Sua marcha para o Norte do Continente, há muito inquieta os criadores dos
EUA.

Perigo constante
Trate as abelhas como você faria com qualquer outro animal venenoso, tal como uma cobra ou escorpião.
Esteja alerta e afaste-se !

Você já imaginou o desespero de um tratorista, ao ser atacado por um enxame, ao desmatar uma certa área ?
Ou um agricultor, no topo de uma escada, colhendo frutos num laranjal ?

As ocorrências relacionadas a enxames representam 33% das chamadas ao Corpo de Bombeiros de Recife-
PE mas, segundo o oficial informante, dos 15 a 20 registros diários, só 2 ou 3 envolvem ataque a pessoas.

No Brasil já houve casos de pessoas atendidas em Hospital, com mais de 500 (quinhentas) picadas de
abelhas.

Caso você seja picado por mais de 15 (quinze) abelhas, ou se sentir qualquer sintoma além de dor e
inflamação nos locais das picadas, procure auxílio médico imediatamente. Enquanto numa pessoa a picada
provoca apenas dor e inchaço, em outras pode desencadear o choque anafilático, com parada cardíaca e
morte (pessoas alérgicas).

118
MOTOCICLISTAS (2)

Ver e ser visto

Você não que apenas ver os outros, certo? Você quer também ser visto. Mantenha seu farol permanentemente
aceso, de dia e de noite, na cidade ou na estrada. É a sua maior garantia de que alguém não irá "fechá-lo"
simplesmente porque não o viu.

Por falar em ser visto, lembre-se: o condutor do outro veículo, que neste momento está dividindo a rua com
você, pode não estar muito atento ao que acontece fora do carro, caminhão ônibus, talvez por estar
preocupado com o que está acontecendo lá dentro. Não se esqueça também que ele pode ser um profissional
do volante, sob uma carga pesada de trabalho, pode estar cansado ou irritado, sem paciência ou prudência, e
com reflexos ruins.

Como você é o menor na corrente de tráfego motorizado, é bom tomar cuidado, mantendo posição bem
visível no espelho retrovisor do veículo à sua frente. Evite de todas as maneiras ficar no ponto cego dele,
que é a lateral direita traseira. Sua posição correta é no centro da faixa de rolamento, ocupando a posição
normal de um carro, ou um pouco mais à esquerda, de maneira a poder ver o retrovisor externo dele. Tente
ver o motorista, os olhos dele, naquele espelho. Se você perceber que ele lhe viu, você estará em segurança.
Mas lembre-se: mantenha sempre uma boa distância do veículo à frente, principalmente se ele for alto e você
não puder ver por cima ou através dos vidros dele. Se esse veículo tiver de frear rápido, você no mínimo vai
levar um bom susto. A distância também é importante para você não ser surpreendido por um buraco que ele
viu a tempo, mas você só percebeu quando era tarde demais para desviar.

Um veículo de duas rodas é muito mais ágil que um veículo de quatro ou mais rodas. Seus olhos devem
acompanhar essa agilidade. Se, por exemplo, você estiver ultrapassando um veículo alto parado, procure ver
por baixo dele se não aparecem rodas e pernas tentando aproveitar a parada para atravessar. Rodas ali por
baixo, ou pernas, são sinal seguro de perigo imediato.

Por falar em pedestres... cuidado com eles. São mais fracos que qualquer veículo, mais fracos até do que
bicicletas, e a grande maioria dos acidentes é justamente de atropelamentos. Os pedestres são geralmente
atropelados nos corredores formados pelas filas de carros parados, quando os motociclistas aproveitam a
menor largura de seus veículos para passar e chegar lá na frente. Olho vivo nessas ocasiões, e velocidade
baixa. O pedestre pode ser mais baixo do que a lateral do veículo que você está passando, e só se tornar
visível no último momento. Por outro lado, a velocidade baixa nessas horas é muito importante para o
próprio motociclista: é um fumante que põe a mão para fora da janela, uma pessoa gesticulando muito que
joga o braço para fora, ou, pior ainda, alguém que abre a porta do carro parado ou estacionado, justamente no
momento em que você está passando entre ele e a fila de carros parados.

Tome muito cuidado com os cruzamentos: aqui, mais do que em qualquer outro lugar, você precisa ver e ser
visto. Farol aceso, sempre. Pisca funcionando se for entrar à esquerda ou à direita. Freie, pare e olhe. Muita
atenção, mesmo que você esteja em preferencial e o outro em via secundária. Afinal, de nada adianta se estar
com a razão quando se está morto. Nos cruzamentos, a manobra mais perigosa e que ocasiona o maior
número de acidentes, é a conversão à esquerda em via de mão dupla. O melhor nessas ocasiões é fazer o
contorno. Pode-se perder um minuto nesta voltinha, mas o veículo de duas rodas é tão ágil e rápido que isso
não faz muita diferença.

119
HEMORRAGIAS

Hemorragia ou sangramento significa a mesma coisa, isto é, sangue que escapa de artérias, veias ou vasos
capilares. As hemorragias podem ser definidas como uma considerável perda do volume sangüíneo
circulante. O sangramento pode ser interno ou externo e em ambos os casos são perigosos.

Inicialmente, as hemorragias produzem palidez, sudorese, agitação, pele fria, fraqueza, pulso fraco e rápido,
baixa pressão arterial, sede, e por fim, se não controladas, estado de choque e morte.

O socorrista deve controlar as hemorragias tomando as seguintes medidas:

Técnica de compressão direta sobre o ferimento

Controle a hemorragia fazendo uma compressão direta sobre a ferida que sangra com sua mão (protegida por
luva descartável), ou ainda, com a ajuda de uma pano limpo ou gaze esterilizada, para prevenir a infecção.

Técnica da elevação do ponto de sangramento

Mantenha a região que sangra em uma posição mais elevada que o resto do corpo, pois este procedimento
contribuirá para diminuir o fluxo de sangue circulante e, conseqüentemente, o sangramento.

Técnica da compressão sobre os pontos arteriais

Caso a hemorragia for muito intensa e você não conseguir fazer parar a saída do sangue, tente controlar o
sangramento pressionando diretamente sobre as artérias principais que nutrem de sangue o local lesionado.

Observações

Caso não cesse o sangramento, com o uso de nenhuma das técnicas anteriormente descritas, o socorrista
deverá aplicar um torniquete no membro lesado. O torniquete ou garrote não é recomendado para o uso
geral, pois algumas vezes causa mais danos a extremidade ferida, do que os que existiam pela própria lesão
inicial. Entretanto, um torniquete adequadamente aplicado, pode salvar a vida de uma pessoa, cuja
hemorragia em uma vaso sangüíneo principal seja incontrolável por qualquer dos outros métodos.
Localização dos principais pulsos utilizados na técnica de compressão sobre os pontos arteriais:

Artéria temporal: Localizada em ambos os lados da face, imediatamente acima e anterior à porção superior
do ouvido.

Artéria braquial ou umeral: Continuação da artéria axilar, pode ser apalpada na superfície interna do
braço, quatro dedos acima do cotovelo.

Artéria radial: Artéria do antebraço, palpável na face lateral do punho, ao nível da base do dedo polegar.

Artéria femoral: Pode ser apalpada à medida que emerge debaixo do ligamento inguinal, na virilha.

Artéria poplítea: Pode ser apalpada na face posterior da articulação do joelho.

120
Artéria pediosa ou dorsal do pé: palpável na superfície dorsal do pé, imediatamente lateral ao tendão do
hálux.

Técnica do torniquete

Os torniquetes deverão ser utilizados como um último recurso e, somente, para controlar os sangramentos
provocados por ferimentos graves nas extremidades, quando todos os outros métodos de controle falharem.
Lembre-se também que não se deve aplicar torniquetes sobre áreas de articulação (cotovelos e joelhos). A
localização mais segura e efetiva para a colocação do torniquete é cerca de 5 cm acima do local da lesão.

Se o torniquete tiver que ser usado, deverá ser aplicado de forma correta, ou seja:

1. Uma bandagem larga deve ser dobrada até que fique com aproximadamente 10 cm de largura.
Amarre esta atadura larga, duas vezes ao redor da extremidade lesada;

2. Dê um nó firme na atadura. Coloque um bastão de madeira ou outro material similar sobre o nó e


amarre novamente com um segundo nó firme;

3. Utilize o bastão de madeira como uma manivela para rodar e apertar a atadura;

4. Aperte o torniquete até o sangramento cessar. Uma vez controlada a hemorragia, não rode mais o
bastão e mantenha-o firme no lugar.

Precauções no uso do torniquete

1. Nunca use arame ou outro material cortante para fazer um torniquete. Use ataduras largas;

2. Não o desaperte (afrouxe-o) após sua aplicação

3. Indique o uso do torniquete escrevendo as letras "TQ" e a hora em que foi aplicado na testa da vítima,
ou num cartão bem visível, colocado junto dela.

4. Trate a vítima como portadora de estado de choque e transporte-a imediatamente para um hospital.

121
FOBIA SOCIAL

O que é?

É um medo excessivo de humilhação ou embaraço em vários contextos sociais, como falar, comer, escrever,
praticar atividades físicas e esportivas em público, assim como urinar em toalete público ou falar ou
aproximar-se de um parceiro em um encontro romântico. O resultado disso é uma importante limitação na
vida da pessoa pela evitação dessas situações ou atividades sociais temidas. Também podem ocorrer
prejuízos na vida profissional e afetiva do indivíduo.

O que se sente?

A pessoa com fobia social sente medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de
desempenho quando é exposta a pessoas estranhas. Pode haver temor por acabar agindo de forma humilhante
e embaraçosa para si próprio.

A exposição à situação social temida causa ansiedade. Ansiedade é caracterizada por sudorese, batimentos
rápidos do coração, tremor das mãos, falta de ar, sensação de "frio" na barriga. O indivíduo reconhece que o
medo é irracional ou excessivo. As situações sociais e de desempenho temidas são evitadas ou suportadas
com intensa ansiedade e sofrimento.

Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado no relato dos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou
de imagem é utilizado para o diagnóstico.

Como se trata?

O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o
paciente apresenta. O tratamento atual baseia-se no emprego de medicações antidepressivas combinadas com
psicoterapia, de orientação analítica ou cognitivo-comportamental.

122
O PODER DOS SUCOS (1)

Bem-vindo aos sucos

"Meu mais sincero desejo é que esta palestra mude a sua vida. A mudança poderá ser gradual ou rápida,
perceptível ou espantosa. Mas, desde que você comece a incluir sucos frescos em sua alimentação diária,
garanto que irá sentir-se e parecer melhor".

Esta palestra tem como objetivo ajudar vocês a adquirir os hábitos alimentares saudáveis, à medida que for
descobrindo a diversão e a criatividade que existe em fazer e tomar sucos. Por favor , note que não estou
advogando uma mudança drástica em sua dieta alimentar, mas incentivando você a tomar sucos
regularmente, como suplemente para usa alimentação diária.

Algumas doenças sérias podem ser minoradas, ou talvez evitadas, pelo hábito de tomar sucos frescos. Mas
entenda bem : os sucos não são remédios. São apenas alimentos puros e nutritivos que oferecem ao corpo
vitaminas e sais minerais que ele necessita para se manter saudável.

Faço questão de que você use os sucos do modo certo.. É importante não esquecer que sua dieta se tornará
mais sadia, fácil e agradável no momento em que você incluir nela sucos frescos como base, todos os dias.

Há outra grande vantagem nos sucos : eles significam um excelente modo de perder peso de maneira natural,
sem que se tenha a sensação de estar sendo privado de algo. Sucos de vegetais contém baixas calorias e são
praticamente sem gorduras, têm ótimo gosto e satisfazem.

Acredito que, se você introduzir sucos em sua vida, irá contribuir para sua saúde cardiovascular, ampliar sua
capacidade física, ajudar a baixar sua pressão arterial, dormir bem, ter mais energia e melhor saúde do que
pode imaginar.

Quando ingerimos frutas frescas e hortaliças, nossos corpos retiram das suas fibras os líquidos de que
precisam; em seguida essas fibras passam para o trato digestivo inferior. Tomando sucos, você elimina uma
etapa do processo digestivo - extrair o líquido das fibras e oferece ao seu corpo, com mais eficiência, os
nutrientes de que ele necessita. O suco feito em casa é muito diferente do suco em garrafa, lata, caixas.
Primeiro é absolutamente fresco, o que é importante, porque os nutrientes perdem muito de seu valor depois
de algum tempo que o suco foi feito. Segundo, não é pasteurizado, "cozido", e suas células vivas, recebidas
de maneira direta pelo organismo, garantem a boa saúde. Terceiro e último, o suco fresco é absolutamente
puro, livre de aditivos e conservantes.

Para se ter uma idéia uma xícara de suco de cenoura contém nutrição equivalente a de 4 xícaras de cenouras
cruas, picadas. Sucos frescos, que, se ingeridos imediatamente depois de serem feitos, contém cerca de 95%
do valor alimentício da fruta ou hortaliça. Neste processo o organismo recebe os nutrientes necessários :
vitaminas e sais minerais.

É importante compreender a diferença entre sucos de frutas e de hortaliças. As hortaliças são mais difíceis de
digerir que as frutas; tendem a ser mais pesadas e demoram mais a serem assimiladas pelo organismo. No
entanto, quando se toma o suco de uma hortaliça, o corpo absorve imediatamente as partículas alimentícias.

123
ELEVADORES

O que você não deve fazer


Puxar a porta do pavimento sem a presença da cabine no andar.
Apressar o fechamento das portas.
Apertar várias vezes o botão de chamada.
Chamar vários elevadores ao mesmo tempo.
Fumar dentro do elevador.
Fazer movimentos bruscos dentro do elevador.
Lotar o elevador com o peso acima do permitido.
Bloquear o fechamento das portas com objetos.

Crianças
As crianças devem usar o elevador com segurança.

O elevador não é lugar de brincadeiras, portanto oriente as crianças para:

Não acionar os botões desnecessariamente;

Não dar pulos ou fazer movimentos bruscos dentro da cabine;


Nunca colocar as mãos na porta;
Não entrar primeiro no elevador, assim que a porta se abre.
Evite que elas usem o elevador sozinhas.

O elevador é uma máquina de transporte extremamente útil, mas seu uso requer cuidados para evitar
acidentes, que muitas vezes são fatais.

Exija o responsável pelo prédio que o acesso à porta do elevador seja bloqueado quando ele estiver em
reparos ou revisão técnica.

124
ÁRVORE

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso
caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um
passo e outro. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore
caracterize um deles.

O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo
irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a
família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.

Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos
desses são designados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não
estamos bem, sabem o que nos faz feliz... As vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e
então é chamado de amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos
nossos pés.

Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses
costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto. Falando em perto,
não podemos nos esquecer dos amigos distantes, que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento
sopra, aparecem novamente entre uma folha e outra.

O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas
nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que as
que caíram continuam por perto, continuam aumentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos
maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.

Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade... Hoje e Sempre...
Simplesmente porque: Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva
um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior
responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.

125
ELEMENTOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA (1)

"Direção Defensiva" é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas (erradas) dos outros e
das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de trânsito.
Para que um condutor possa praticar a Direção Defensiva, ele precisa de certos elementos e conhecimentos, não
só de legislação de trânsito, mas também de comportamentos que devem ser praticados no dia-a-dia, no uso do
veículo.

Destacamos os principais elementos, explicando-os para sua melhor compreensão, lembrando que o uso desses
elementos transformarão você num condutor defensivo, ajudando-o a evitar acidentes no trânsito. São eles:

Conhecimento

O Código de Trânsito Brasileiro é o seu maior aliado na busca desse conhecimento, mas também é necessário
desenvolver um rápido conhecimento dos riscos no trânsito e da maneira de prevenir-se contra eles.

Você precisa conhecer seus direitos e deveres em qualquer situação de trânsito, como condutor ou como
pedestre, para evitar tomar atitudes que possam causar acidentes ou danos aos usuários da via.

Código de Trânsito Brasileiro - fornece muitas informações que devemos conhecer, além disso, existem
livros e revistas especializadas para o trânsito e publicações jornalísticas sérias que nos mantêm em dia com
as novas leis e resoluções.
Existem alguns procedimentos do condutor ou problemas com o veículo que são considerados infrações, tendo
como conseqüência penalidades previstas nas leis de trânsito, por isso você tem que conhecer todos eles.

Outros procedimentos dependem do bom senso de todos os condutores e pedestres, são as atitudes educadas,
compreensivas, de paciência, que ajudam a fazer um trânsito mais seguro.

Atenção

O veículo motorizado que circula em vias terrestres é o que mais exige a atenção do condutor. Um trem ou avião
conta com aparelhos e auxiliares que podem ajudar nessa tarefa.

Mantenha sua atenção no trânsito e não se distraia com conversas, com som alto ou no uso de rádio ou
aparelho celular.
A atenção deve ser direcionada a todos os elementos da via (condições, sinalização, tempo, etc.), e também as
condições físicas e mentais do condutor, os cuidados e a manutenção do veículo, tempo de deslocamento,
conhecimento prévio do percurso, entre outros.

O condutor deve manter-se em estado de alerta durante todo o tempo em que estiver conduzindo o veículo,
consciente das situações de risco em que pode envolver-se e pronto a tomar a atitude necessária em tal
situação para evitar o acidente.

126
STRESS NO TRABALHO

Cada vez mais se reconhece que o stress no trabalho tem consequências indesejáveis para a
saúde dos trabalhadores, bem como das empresas em que trabalham. Por esta razão, a
Agência Européia encomendou um relatório para avaliar esta situação. O relatório analisa a
natureza do stress, as suas causas, amplitude e gestão.

Incidindo no ambiente de trabalho, o relatório abrange os efeitos do stress tanto sobre o


trabalhador individual como sobre a empresa, fornecendo um “exemplo de prática empresarial” para gestão do
stress. O relatório apresenta uma abordagem prática para
combater o stress no trabalho, evidenciando um determinado número de áreas em que é necessária investigação
para aumentar a nossa capacidade de fazer face ao stress relacionado com o trabalho.

Amplitude do problema

Afigura-se que o stress relacionado com o trabalho afeta milhões de trabalhadores europeus em todos os ramos
de atividades. Por exemplo, no texto “Condições de Trabalho na União Européia - 1996” da Fundação Dublin,
28% dos trabalhadores declararam ter problemas de
saúde relacionados com o stress (trata-se do segundo problema mais referido depois das dores lombares, que
representa 30%). São, portanto, cerca de 41 milhões os trabalhadores da UE afetados pelo stress relacionado
com o trabalho por ano, o que equivale a muitos milhões de dias de trabalho perdidos (no total, são perdidos por
ano, na UE, cerca de 600 milhões de dias de trabalho devido a doenças relacionadas com o trabalho). Esta
situação constitui um importante motivo de preocupação e um desafio devido não só aos seus efeitos sobre os
trabalhadores individuais, mas também aos custos ou impacto econômico sobre as empresas e aos custos sociais
para os países europeus.

Definição de stress relacionado com o trabalho

Cada vez mais existe um consenso para definir stress relacionado com o trabalho em termos das “interações”
entre o trabalhador e o ambiente de trabalho (exposição a fatores de risco) . Segundo este modelo, pode-se dizer
que o stress é ressentido quando as exigências do ambiente de trabalho ultrapassam a capacidade do trabalhador
de fazer face a essas exigências (ou de as controlar). Ao definir o stress desta forma, coloca-se a tônica nas
causas relacionadas com o trabalho e nas medidas de controlo necessárias.

Causas do stress relacionado com o trabalho

De um modo geral, o problema do stress relacionado com o trabalho reside na concepção e na gestão da
organização do trabalho. o stress verifica-se quando as exigências dos

fatores de trabalho ultrapassam a capacidade de fazer face à situação (ou de a controlar). Na literatura de
investigação atual existe um consenso razoável sobre os perigos psicossociais do trabalho que são
ressentidos como stressantes e/ou potencial

127
LEGISLAÇÃO (5)

Seção VIII - do conforto térmico

Art.176 - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço realizado.

Parágrafo único - A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencha as condições de
conforto térmico.

Art.177 - Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de instalações geradoras de


frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada para o trabalho em tais condições ou de
capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma que os empregados
fiquem protegidos contra as radiações térmicas.

Art.178 - As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas dentro dos limites
fixados pelo Ministério do Trabalho.

128
LUTANDO CONTRA O CIGARRO

Muitos tabagistas tentam parar de fumar sozinhos. A seguir algumas dicas possíveis de ser aplicada por
qualquer pessoa para que seja obtido um melhor resultado. São para dificultar o gesto automático de fumar,
tornando-o consciente:

1. Ter certeza de que quer fumar e não simplesmente acender um cigarro automaticamente, ou seja, pensar
muito bem se de fato precisa fumar ou se pode deixar para mais tarde.

2. Parar de comprar cigarros.

3. Não comprar um maço de modo algum enquanto não acabar o último cigarro, mesmo que seja na boca da
noite ou na véspera de uma viagem.

4. Quando não tiver cigarro, ter o brio de não ficar catando bitucas.

5. Não ter fósforo, isqueiro, fogo por perto.

6. Desfazer-se do isqueiro. O "som"(ruído) característico obtido ao se abrir um determinado isqueiro também


pode ser prazeroso.

7. Jogar cinzeiro fora para dificultar o trabalho na hora de bater as cinzas em lugar adequado.

8. Colocar o maço de cigarros num lugar que lhe dê trabalho quando for pegá-lo; não andar com o maço no
bolso nem deixá-lo na cabeceira, na escrivaninha, etc.

9. Se possível, colocar o maço em outro ambiente.

10. Não acender o cigarro somente porque você ficou com vontade ao ver alguém acendendo ou fumando
um.

11. Demorar o máximo possível com o cigarro na mão antes de acendê-lo.

12. Dar no máximo três tragadas de cada cigarro, mesmo que o jogue fora quase inteiro (nicotina a menos).

13. Envergonhar-se de fumar.

14. Questionar se vale a pena fumar, mesmo que corra o risco de morrer como aquele parente que teve dores,
permaneceu acamado, emagreceu, fez radioterapia, ficou feio, fez a família sofrer, gastou o que tinham e...
acabou falecendo.

15. Lembrar que nas escolas o cigarro é proibido pela Lei 9760/97.

Se essa luta íntima contra o cigarro não der certo, ainda há muitas esperanças de cura para esse vício.
Psicoterapias, grupos de auto-ajuda e recursos médicos, como nicotina em adesivos e antidepressivos, são os
meios mais eficazes.

129
APNÉIA DO SONO (1)

A apnéia do sono caracteriza-se por períodos de cessação da respiração (apnéia) que duram 10 segundos ou
mais, durante o sono.
Trata-se de uma entidade clínica que se associa com freqüência à roncopatia (ressonar), e afecta cerca de
40% dos adultos. O indivíduo que ressona não tem um aspecto morfológico característico, porém, este é um
problema que afeta geralmente adultos do sexo masculino, de meia-idade, obesos, sedentários e com pescoço
curto.

Quais as causas

Durante o sono, em decúbito dorsal, o relaxamento dos músculos da orofaringe provoca uma obstrução à
passagem do ar, que se traduz por roncos e por uma respiração difícil. Quando a entrada de ar bloqueia
totalmente, a respiração cessa e o doente acorda sobressaltado (“sufocado”). Isto impede que o doente entre
em períodos de sono mais profundos, o que provoca queixas de sonolência durante o dia.

Na origem do problema estão

 Condições anatômicas das fossas nasais que predispõem à roncopatia.

 Hipertrofia das amídalas ou da base da língua.

 Consumo de soníferos.

 Ingestão de álcool.

 Obesidade.

 Insuficiência cardíaca congestiva.

Quais os sintomas
O quadro clínico resulta da privação do sono e consiste em:

 Hipersonolência diurna.

 Cansaço marcado.

 Cefaléias matinais.

 Alterações da memória.

 Diminuição da capacidade de concentração.

 Diminuição da libido.

 Alterações do comportamento social.


130
BENEFÍCIOS DO SEGURO DO ACIDENTE DE TRABALHO

Os benefícios do Seguro de Acidentes do Trabalho são:

1 – Auxilio-Doença Acidentário - Este auxilio é pago ao acidentado a partir do 16ºdia de afastamento do


trabalho para tratamento. Corresponde a 92% do salário de contribuição do segurado na data do acidente.

2 - Auxílio-Acidente - É devido ao acidentado que, após a consolidação das lesões decorrentes do acidente do
trabalho, apresentar sequelas que impliquem redução da capacidade laborativa:

a) que exija maior esforço ou necessidade de adaptação para exercer a mesma atividade, independentemente
de reabilitação profissional.

b) que impeça, por si só, o desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém não o de outra, do
mesmo nível de complexidade, após reabilitação profissional

c) que impeça, por si só, o desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém não de outra, de
nível inferior de complexidade, após reabilitação profissional.

O auxílio-acidente é mensal e vitalício, correspondendo respectivamente às situações acima a 30, 40 e 60% do


salário-de-contribuição do segurado vigente no dia do acidente.

3- Pecúlio por invalidez - É devido ao aposentado por invalidez decorrente de acidente de trabalho. Consiste
no pagamento único de 75% do limite máximo do salário-de-contribuição

4 - Pecúlio por morte - É devido aos dependentes do segurado falecido em consequência de acidente do
trabalho e consiste num pagamento único de 150% do limite máximo do salário de contribuição.

5 - Aposentadoria por invalidez - É devida ao acidentado que é considerado incapaz para o trabalho e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O valor mensal da
aposentadoria por invalidez é igual ao do salário-de-contribuição do segurado vigente no dia do acidente.

6 - Pensão Por Morte - É devida aos dependentes do segurado falecido em consequência do acidente do
trabalho.

O campo de aplicação inclui empregados, inclusive rurais, temporários, avulsos, presidiários e segurados
especiais ( produtores rurais independentes) e exclui autônomos, empresários, eventuais e domésticos

131
ALCOOLISMO (2)

Dentre as funções intelectuais, a memória, a percepção e a crítica são as mais comprometidas. No princípio,
as alterações ocorrem em virtude da tensão emocional e da atitude egocêntrica do alcoólatra. Depois surgem
transtornos ditos psico-orgânicos, que levam a um déficit irreversível dessas funções. O alcoólatra equivoca-
se facilmente nas leituras, confunde-se e não capta as imagens. Com o tempo, passa a haver decadência do
caráter em função de diminuição da crítica.
Os transtornos psíquicos provenientes do alcoolismo, conforme sua intensidade e ocorrência, configuram
quadros psiquiátricos. Um deles é a chamada embriaguez patológica, ou dipsomania, que constitui forma
especial de intoxicação alcoólica aguda, na qual o indivíduo é levado a estados de excitação psicomotora,
alucinações ou fabulações. Ocorre sobretudo em personalidades psicopáticas e doentias.
O alcoolismo crônico representa o quadro mais frequente. O psiquismo se compromete progressivamente, no
sentido de alteração da afetividade e das funções psíquicas superiores. Um fenômeno característico, que
afeta o alcoólatra crônico após certo período de abstinência, é o delirium tremens. O quadro caracteriza-se
por inquietude, desorientação, ansiedade, perturbações do equilíbrio e alucinações visuais, sobretudo
zoopsias (visões de animais e insetos, geralmente repugnantes) tudo isso acompanhado por tremores,
aumentos da temperatura e depleção hídrica. Se não tratado, o delirium tremens pode levar à morte.
As condições de vida impostas pela sociedade moderna têm provocado um aumento sensível do número de
alcoólatras. Devido aos efeitos físicos e psíquicos do excesso de álcool, eles não conseguem levar uma vida
normal, tanto no âmbito familiar quanto no profissional, comprometendo sua própria segurança e também a
daqueles que os cercam.
Assim, os efeitos sociais do alcoolismo deram lugar, em inúmeros países, a programas de prevenção.
Educação do público, principalmente o adolescente, por meio de campanhas esclarecedoras, e reeducação
dos alcoólatras, por meio de técnicas socioterápicas e sociedades de "alcoólatras anônimos", são medidas
importantes em qualquer campanha antialcoólica.
Tratamento. A primeira fase do tratamento consiste na desintoxicação, que deve ser sempre precedida por um
exame completo no sentido de investigar os fatores causais, sejam eles biológicos, sociais ou psicológicos.
De maneira geral, o tratamento é longo e exige muita tenacidade por parte do paciente e do médico. A
recaída é prevista na evolução terapêutica normal. A desintoxicação se faz por meio de complexos
vitamínicos e energéticos. A hospitalização é obrigatória, uma vez que a abstinência, essencial para o início
do tratamento, pode provocar reações inesperadas.
Após a desintoxicação há sempre necessidade de tratamento psicoterápico. Em certos casos, a chamada "cura
pela intolerância", que consiste em condicionar por meio de medicamentos específicos uma repugnância pelo
álcool, pode surtir resultados satisfatórios. Para a realização desse tipo de tratamento, é preciso que o
paciente tenha sido previamente alertado.
Nos quadros de delirium tremens, psicoses, encefalopatias e outras formas especiais de alcoolismo, os
tratamentos são diversos e devem ser sempre realizados por especialistas, em ambiente hospitalar adequado.

132
A IMPORTÂNCIA DO AIR BAG

O air bag (bolsa inflável), previne ferimentos à cabeça e ao tórax, em conjunto com o cinto de segurança.
Quando ocorre um impacto severo no veículo, um sensor de colisão dispara os geradores de gás, que
inflam a bolsa em menos de 50 milésimos de segundo.
Os novos air bags reduzem radicalmente o nível de agressividade do inflamento, para os casos em que a
pessoa está com a cabeça e/ou o corpo deslocado para a frente, fora da condição normal, no momento do
acidente.
Outra característica de alta tecnologia é que os gases emitidos por estes air bags não oferecem riscos de
queimaduras ou toxicidade.

Seqüencia de acionamento do AIR BAG

Para exemplificar a seqüência de acionamento do air bag em veículos, que possuem este equipamento de
segurança, representaremos um choque frontal a uma velocidade de aproximadamente 50 km/h contra
uma barreira rígida.

O desenrolar do acidente pode ser dividido da seguinte forma:

- No momento "zero" o veículo toca o muro.


- 2O ms mais tarde, o sensor eletrônico ativa o explosivo do módulo do motorista.
- Após 24 ms rasga-se a cobertura do módulo do motorista e o air bag infla. No lado do acompanhante a
bolsa é ativada mais ou menos a 28ms. O air bag estará totalmente inflado após 5O ms para o motorista e
64 ms para o acompanhante em funçao da diferença de volume existente entre as duas bolsas.
- Depois de aproximadamente 9O ms o motorista submergiu até a profundidade máxima do air bag e inicia
o retorno ao encosto do banco.
- Passados mais ou menos 98 ms, foi a vez do acompanhante submergir-se totalmente e iniciar o retorno.
- Toda a seqüência do acidente estará concluída em aproximadamente 165 ms; os ocupantes já estarão em
seus lugares de origem e os air bags deverão ter se esvaziado quase totalmente.
MS = Milésimo de segundos

133
DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Tratamento

Não existe tratamento universal para as farmacodependências; nenhuma modalidade terapêutica mostra-se
claramente superior para todos os pacientes.

Entretanto, existem alguns princípios comuns que devem estar presentes em qualquer abordagem terapêutica:

 Qualquer tratamento requer uma longa duração uma vez que se trata de uma doença
crônica

 O tratamento deve ser voluntário para se obter melhores resultados

 Os tratamentos compulsórios devem ser a exceção já que, na sua maioria, esses pacientes
não podem ser considerados legalmente incapazes

 O envolvimento familiar é de suma importância tanto para promover a desmistificação da


existência de culpados pela drogadição, quanto para melhorar as relações familiares,
sempre abaladas por sentimentos de raiva, frustração e culpa, tão comuns nestas
situações.

Esquematicamente cada tratamento compõe-se de três fases: busca da abstinência, tratamento das complicações
da drogadição e prevenção das recaídas.

134
ENCHENTES

A chuva inundou a cidade e você está em local seguro. Não se aventure a enfrentar correntezas e inundações.
Os riscos são muito grandes.

Se você precisar mesmo sair, sintonize as rádios que divulgam informações sobre o tempo e as áreas afetadas
por alagamentos.
Faça o seu roteiro de deslocamento evitando esses locais.

Se a água invadir sua casa, saia e procure um local seguro.

Não passe por áreas alagadas.

Se você estiver no carro durante a chuva forte:


Dirija devagar.
Mantenha o carro sempre acelerado.
Mantenha boa distância do carro da frente.

Caminhe na calçada junto aos muros e longe dos postes.

Não passe por pontes e pinguelas improvisadas.

Cuidado com as águas e a lama das enchentes, pois podem transmitir doenças.

Não deixe seu filho brincar nas águas das chuvas e enxurradas.

Ajude a evitar enchentes:


Mantenha limpos os ralos e calhas.
Não jogue lixo ou entulho em bueiros, rios e galerias.

135
CÂNCER DE PELE, O PERIGO QUE VEM COM O SOL

O câncer de pele é o mais comum entre os Cânceres e se manifesta de duas formas: os carcinomas, que têm
uma incidência alta, de 70%a 80%, e os melanomas, que variam entre 5% e 7%. Mais freqüente, o carcinoma
tem malignidade baixa. Provoca grandes deformações, mas não leva à morte. Está relacionado diretamente à
exposição dos raios UVB e atinge pessoas de pele, cabelo e olhos claros. Tem crescimento lento, se
manifesta em áreas expostas ao sol como face, braços, colo e mãos e, freqüentemente, é indolor. Aparece
através de nódulos e feridas que não cicatrizam.

Já o melanoma, que é a transformação malígna dos melanócitos (células produtoras de pigmentos), é o


câncer que mais cresce no mundo, nos últimos dez anos aumentou 20%. O melanoma é uma doença, que se
submetida a um tratamento, é curável. As pessoas, principalmente em países tropicais como o Brasil, se
expõem excessivamente aos raios ultravioletas do sol, que são prejudiciais à epiderme (camada superficial da
pele).

As exposições prolongadas ao sol estimulam a fabricação de óxido de colesterol (Substância que estimula os
melanócitos, responsável pelo aparecimento dos melanomas) e é possível que as lesões se manifestem em
regiões do corpo que não entraram em contato direto com o sol.

A arma mais eficaz contra o câncer de pele é manter-se bem longe dos raios solares, principalmente os
ultravioletas (entre 10 e 15 horas). Em países onde o sol brilha sempre e onde se cultua o corpo e a cor
bronzeada é muito difícil manter as pessoas longe do sol, por isso, o melhor para se prevenir é recorrer aos
filtros solares e consultar sempre um dermatologista

A exposição exagerada ao sol é um dos fatores, mas não é o único. O câncer de pele também é provocado
por fatores genéticos e ambientais, como a destruição da camada de ozônio. Se não for tratado no início leva
facilmente à morte pois pode causar metástase (células deformadas que irradiam pelo sistema linfático e
provocam tumores em outros órgãos).

O diagnóstico do melanoma é feito principalmente através de pintas preexistentes, que mostram sinais como
mudança de cor e aspecto. Para examinar essas pintas e constatar alguma irregularidade, usa-se o método
ABCD, que significa: assimetria (A), bordas irregulares (B), cor negra ou mista (C), e diâmetro maior que
0,8 cm (D). Se a pessoa tiver uma a pinta dentro desse perfil, a visita ao médico é primordial e o tratamento é
sempre cirúrgico.

Deve-se também observar o aparecimento de verrugas inchadas nas áreas mais expostas do corpo.
Normalmente os raios ultravioletas são responsáveis por uma degeneração branda, que altera a camada
superficial da pele, provocando descamações frequentes, mais conhecidas pelos médicos como queratose. A
partir desse pré-câncer o excesso de sol pode atingir camadas mais profundas da pele, e como consequência
o câncer de camada basal ou camada espinhosa.

As pintas na pele, também chamadas de nevus, são geralmente mini-lesões que as pessoas nascem com elas.
O problema ocorre quando a pinta começa a crescer, mudar de aspecto ou transformar-se em uma ferida que
não cicatriza. Pintas e manchas que surgem de repente também são suspeitas e 45% dos melanomas se
localizam nos nevus.

136
As pessoas de pele clara estão mais sujeitas a ter problemas de pele e devem dar atenção especial ao auto-
exame por toda a área do corpo. As lesões não costumam doer ou coçar e são percebidas visualmente ou por
biópsia, quando se extrai um pedaço da área atingida para exame laboratorial.

137
CINTO DE SEGURANÇA (1)

Como o próprio nome diz, este é um dispositivo que garante a sua segurança em caso de acidentes, além de
fazer parte dos equipamentos obrigatórios e seu uso nas vias urbanas e rurais é obrigatório a todos os ocupantes
do veículo. Aplica-se aos automóveis, caminhonetes, camionetas, caminhões veículos de uso misto e aos
veículos de transporte de escolares. Art. 65 - 167 - CTB e Resolução 48/98 - CONTRAN.

Atualmente são usados três tipos de cinto:

Cinto pélvico ou subabdominal - aquele que se prende à cintura

Cinto torácico ou diagonal - aquele que se prende ao peito

Cinto de três pontos - aquele que se prende ao peito e ao quadril ao mesmo tempo

O cinto de três pontos é o que dá mais proteção ao condutor e passageiros, impedindo que eles sejam jogados
para fora do veículo, ou mesmo contra o painel ou partes contundentes do veículo e sofram muitas vezes danos
físicos graves ou a morte.

O cinto é de uso obrigatório para os ocupantes na parte da frente dos veículos, e a partir de primeiro de janeiro
de 1999 para todos os passageiros (conforme resolução do CONTRAN) e quem não usar fica sujeito à
penalidade prevista no Código.

Crianças menores de 10 anos só podem ser transportadas no banco de trás, usando o cinto e quando for bebê de
colo (até quatro anos) deve usar a cadeira e o suporte próprio para prender o cinto (no banco de trás).

Nos veículos de transporte de escolares, deve haver um cinto para cada ocupante, utilizando-o corretamente.

É importante lembrar que, além de obrigatório, o cinto faz parte da sua segurança e usá-lo em todas as
ocasiões é sua obrigação, só depende de seu uso constante para formar o hábito.

138
COMO PREVENIR ACIDENTES COM ARANHAS E ESCORPIÕES

1 - Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem.

2 - Examinar e sacudir calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.

3 - Afastar camas das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários.

4 - Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção.

5 - Limpar regularmente atrás de móveis, cortinas, quadros, cantos de parede.

6 - Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meia-canas e rodapés. Utilizar telas e vedantes em
portas, janelas e ralos. Colocar sacos de areia nas portas para evitar a entrada de animais peçonhentos.

7 - Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros. Evitar plantas tipo
trepadeiras e bananeiras junto as casas e manter a grama sempre cortada.

8 - Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são alimentos para aranhas e
escorpiões.

9 - Preservar os predadores naturais de aranhas e escorpiões como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e
galinhas.

10 - Limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro
ou cercas.
11 - Não colocar mãos ou pés em buracos, cupinzeiros, monte de pedra ou lenha,
troncos podres, etc.

139
ENCHAQUECA (1)

A enxaqueca não é um problema grave mas algumas vezes chega a causar sérios transtornos na vida de uma
pessoa sujeita a crises constantes.

A enxaqueca ocorre em intervalos irregulares e as crises duram entre 2 e 30 horas. A dor quase sempre se
localiza num lado da cabeça e vem acompanhada de perturbações da visão, nauseas e vômito. Outros
sintomas que podem ocorrer são alterações de humor, sede ou fome anormais e perturbações do sono.

As crises assumem formas diferentes durante a vida do paciente. Por exemplo, em algumas mulheres nas
quais as crises parecem estar associadas aos ciclos menstruais, outros sintomas, como tonturas, substituem as
dores de cabeça à medida que elas entram na menopausa.

O ataque de enxaqueca parece ser causado por uma mudança na sensibilidade dos vasos sanguíneos da
cabeça. No início da crise, alguns desses vasos se contraem, provocando uma redução no suprimento de
sangue para parte da cabeça e do cérebro. Esse fato faz surgir alguns sinais, como embaraçamento da vista e
dormência, que ocorrem antes de algumas crises de enxaqueca. À medida que a constrição desaparece, os
vasos sanguíneos se dilatam e o paciente sente uma dor de cabeça latejante que, em geral, afeta apenas um
dos lados da cabeça.

Causas da enxaqueca

Nem sempre é possível identificar o fator que desencadeia esse transtorno nos vasos sangüíneos da cabeça.
Por exemplo, uma crise extremamente violenta às vezes ocorre sem uma causa aparente, depois de um longo
período sem nenhuma crise.

Nos homens, principalmente, as crises de enxaqueca costumam ocorrer nos fins de semana ou durante um
feriado, provavelmente como resultado do relaxamento que se segue após uma semana de trabalho. Um sono
prolongado, uma mudança nos hábitos alimentares ou o excesso de bebida também podem ser parcialmente
responsáveis pela crise. Outros fatores que causam uma crise de enxaqueca são: ansiedade, choque
emocional, fadiga, mudanças súbitas de temperatura, iluminação inadequada e inalação de poluentes.

140
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (3)

Acidentes graves

O que fazer

Numa emergência, diante de uma fratura evidente ou de suspeita de fratura de coluna, aja assim:

1.Mande alguém imediatamente em busca de socorro médico.

2.Restabeleça a respiração da vítima ou assegure-se de que a respiração é satisfatória. Se for preciso fornecer
respiração artificial ao acidentado, lembre-se:
Nunca use métodos que exijam compressão do tórax;
Use o método boca a boca ou o método boca a nariz, e com um especial cuidado: não movimente o pescoço
da vítima .

3.Controle eventuais hemorragias.

4.Se tiver que transportar o acidentado, siga cuidadosamente as instruções de transporte de doentes e feridos.

5.Lembre-se de que qualquer erro no modo de transportar um acidentado com lesão na coluna pode levá-lo a
uma paralisia permanente ou até à morte.

141
DEPRESSÃO (2)

Sinônimos e nomes relacionados:

Transtorno depressivo, depressão maior, depressão unipolar, incluindo ainda tipos diferenciados de
depressão, como depressão grave, depressão psicótica, depressão atípica, depressão endógena, melancolia,
depressão sazonal.

O que é a depressão?

Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um
predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser
atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem
características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também frequente.

Como se desenvolve a depressão?

Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais
acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais
e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador.

As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões
constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a
fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:

Estresse
Estilo de vida
Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da
meia-idade, entre outros.
Como se diagnostica a depressão?

Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas,
nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim. O mais importante é saber como a pessoa sente-se,
como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene,
alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e
se iniciar um tratamento médico eficaz.

142
BEBEDEIRA E RESSACA

Bebedeira leve, o que fazer

Não é difícil cuidar de alguém apenas levemente alcoolizado.

1.Leve o alcoolizado para um local isolado.

2.Deite-o de lado, com a cabeça em nível inferior ao do corpo. Nunca permita que ele fique deitado de
costas, porque, se vomitar, poderá sofrer asfixia.

3.Dê-lhe água, chá ou café bem açucarados. O organismo do embriagado exige açúcar, que queimará mais
rapidamente o álcool que circula pelo sangue.

Bebedeira forte

Quando o embriagado apresenta queda de temperatura, pulso fraco, suores e até inconsciência, o tratamento
médico é indispensável.

O que fazer

1.Siga as instruções dos itens 1 e 2, acima.

2.Nunca deixe o alcoolizado sozinho, principalmente se ele estiver sonolento ou dormindo; ele pode vomitar
e sufocar-se, sofrendo asfixia.

3.Nunca o amarre: isso poderá aumentar sua excitação.

4.Nunca use vomitórios.

5.Nunca dê ao alcoolizado "remédios para o fígado": isso não ajuda e pode agravar seu estado.

Ressaca

No estado pós-alcoólico (ressaca), a vítima apresenta palidez, fraqueza, dor de cabeça, mal-estar e náuseas.

O que fazer

1.Manter uma dieta leve.


2.Ingerir líquidos à vontade. É aconselhável misturar à água um pouco de sal de cozinha.
3.Contra a dor de cabeça: tomar analgésicos comuns e aplicar bolsa de gelo.
4.Tomar antiácidos, que podem ajudar a diminuir as consequências dos distúrbios digestivos.

143
DIREÇÃO DEFENSIVA (3)

Colisão frente a frente

É um dos piores tipos de acidente, pois em poucos segundos os veículos se transformam em ferro torcido,
envolvendo os condutores e ocupantes de tal maneira que raramente escapam com vida.

Vários são os fatores que ocasionam este tipo de acidente e quase todos eles derivam do descumprimento das
leis de trânsito ou de normas de direção defensiva.

Ingestão de bebida alcoólica, excesso de velocidade, dormir no volante, problemas com o veículo ou distração
do condutor são apenas alguns desses fatores.

Essas colisões também ocorrem nas ultrapassagens feitas em desacordo com as medidas de segurança.

Veja algumas sugestões para evitá-las:

Evite as ultrapassagens perigosas


Em locais de pouca visibilidade, nas curvas, locais proibidos por sinalização, verificando sempre se o tempo e o
espaço de que você dispõe são suficientes para realizar a ultrapassagem com segurança.

Cuidado com as curvas


Vários fatores como: velocidade, tipo de pavimento, ângulo da curva, condições do veículo e condutor são
fatores que podem determinar a saída do seu veículo da sua faixa de direção, indo chocar-se com quem vem no
sentido contrário, causando um acidente grave. Nas curvas reduza sempre a velocidade e mantenha-se atento.

Atenção nos cruzamentos


Estes acidentes ocorrem nas manobras de virar à direita ou esquerda, não observar o semáforo ou a preferência
de passagem no local, assim como a travessia de pedestres. Espere com calma e só realize a manobra nos locais
permitidos e com segurança.

Na maioria destes acidentes, por força do impacto, o condutor ou ocupantes são projetados para fora do veículo,
através do pára-brisa ou portas do veículo. Isso não ocorre se eles usarem o cinto de segurança.

144
TIPOS DE RAIOS

Raio normal
Partículas com carga elétrica negativa (elétrons) correm por uma trilha invisível em direção ao solo. Pouco
antes de tocarem o chão, atraem partículas elétricas de carga positiva.
A carga positiva salta em direção ao céu e fecha o circuito elétrico, que aparece na forma de raio luminoso.

Raio positivo

Neste tipo de raio, acontece o inverso. As partículas de carga positiva correm em direção ao solo e atraem as
partículas negativas. Esse fenômeno era considerado raro, mas acontece com muito mais frequência do que
se pensava.
Como se prevenir

Por trabalhar a céu aberto, o agricultor está mais sujeito aos raios do que os moradores das cidades que, por
ocasião das tempestades, podem abrigar-se em suas casas.
A principal recomendação para evitar acidentes com raios é não sair de casa durante as tempestades. E se a
chuva cair de surpresa ?

Se você estiver no campo, sem um abrigo próximo e sentir seus pelos arrepiados ou sua pele coçar,
indicando que um relâmpago (raio) está prestes a cair, ajoelhe-se ("ajoelhou, tem de rezar...") e curve-se para
a frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não deite-se no chão, que é pior !.

Outras recomendações importantes para a sua (agricultor) segurança, são:

Evite:

...segurar objetos metálicos longos, como vara de pescar, etc.;

...ficar próximo de árvores, cercas, trilhos, postes e linhas de energia elétrica, (que atraem os raios);

...permanecer no topo de morros ou cordilheiras;

...dirigir ou se abrigar em veículos sem capota, como tratores (alguns), motocicletas e bicicletas;

...usar equipamentos elétricos ou o telefone.

145
HALITOSE (MAU HÁLITO) (1)

O mau odor da boca pode ser proveniente de três vias básicas:

Cavidade bucal:

Estagnação de restos de alimentos, células descamadas e bactérias no dorso da língua


Destruição de tecidos bucais (cáries, doenças de gengivas)

Estagnação da saliva (após conversação prolongada em casos de respiração bucal)

Cheiro de substâncias ingeridas.

Pulmões ou vias aéreas

substâncias carregadas em odor, presentes na circulação sanguínea, são eliminadas através da expiração.
Estas substâncias podem ser provenientes de certos medicamentos, tabaco, álcool ou alimentos (alho e
cebola, por exemplo). Obs.: é interessante ressaltar que, se colocarmos emplastos de alho sobre a pele, o
cheiro do mesmo será exalado pela boca, mesmo não havendo a ingestão (justamente porque a via de
eliminação é o ar proveniente dos pulmões).

Canal alimentar (alterações de movimentos peristálticos, por exemplo)

Ao contrário do que se pensa, em situações normais não há a eliminação constante de odores do estômago,
através da cavidade bucal.

Causas mais comuns de alteração do hálito

Halitose da manhã: ocorre devido à falta de limpeza mecânica da língua e à diminuição do fluxo de saliva e
dos níveis de açúcar no sangue; este tipo de halitose some após a primeira refeição e higienização da boca.
Língua saburrosa: é a mais frequente causa bucal de halitose; decorre da decomposição, entre as papilas da
língua, de células epiteliais descamadas, microrganismos e resíduos alimentares.
Halitose por doenças de gengivas e cáries: causada pelo aumento do sangramento gengival e pela destruição
de tecidos bucais.
Halitose da fome (jejum prolongado): causada pela eliminação, através da expiração, dos produtos
resultantes das quebras metabólicas (induzidas pela diminuição dos níveis de açúcar no sangue); pode ser
devido, também, à decomposição de suco pancreático e à diminuição do fluxo salivar.
Halitose da desidratação e da xerostomia (secura da boca): deve-se, em grande parte, à diminuição do fluxo
salivar e ao aumento de depósitos sobre a língua.

Halitose do estresse: ocorre devido à diminuição do fluxo de saliva e dos níveis de açúcares no sangue, ou
mesmo por alterações dos movimentos peristálticos.
Halitose por doenças sistêmicas: diabetes (“hálito de acetona”), amigdalite, sinusite, disfunção hepática,
disfunção renal, etc.

146
SEGURANÇA DO TRABALHO

O fato do atendimento a acidentados ter custos mais altos do que sua prevenção foi um dos fatores que
determinaram, no início do século XX, a codificação de normas de segurança, que envolvem a prevenção de
acidentes de trabalho e a higiene industrial.

Segurança do trabalho é a sistematização de normas destinadas a evitar acidentes, remediando as condições


inseguras de trabalho e preparando o trabalhador para a prevenção dos desastres ocupacionais. Visa,
portanto, a estabelecer melhores condições físicas e psíquicas no trabalho e, consequentemente, melhores
condições de eficiência e de produção.

Um dos graves problemas de que se ocupam os serviços de higiene e segurança do trabalho na atualidade é a
poluição do meio ambiente gerada pelas atividades industriais. Para preservar o ser humano em seu ambiente
de trabalho é indispensável realizar estudos médicos sobre os efeitos dos agentes nocivos, assim como
pesquisas e estudos técnicos a respeito das instalações.

Normas especiais de segurança e fiscalização que assegurem a eficiência das leis protetoras são postas em
prática em consequência da ação conjugada dos governos, sindicatos e empregados.

Tudo que se faz em matéria de segurança e higiene do trabalho constitui, na verdade, uma fonte de
experiência e conhecimentos para a preservação do meio ambiente em geral. Daí a importância crescente da
segurança do trabalho e o caráter social e humano de que se reveste tal sistematização de normas

147
PROTEÇÃO SOLAR (1)

Não torne o “bronzeado de sonho” num pesadelo. Saiba que fatores deve ter em conta na escolha do seu
protetor solar.
Dada a sua capacidade natural de proteção, quando a exposição solar é exagerada, a pele começa
imediatamente a desenvolver mecanismos próprios de proteção contra o agressor, ou seja, a radiação solar.
Dentro deste processo, os melanócitos (células que se encontram na derme) começam a produzir uma
substância, a melanina, de cor acastanhada que subirá lentamente à superfície dando-lhe uma coloração
bronzeada, o que leva cerca de dois dias a acontecer. Ora, quanto maior for a estimulação à produção de
melanina, o tempo de exposição solar, mais quantidade de melanina vai ser naturalmente produzida para que
as camadas subjacentes cutâneas sejam devidamente protegidas de conseqüências mais graves que o sol pode
trazer.

É desta forma que a pele vai ficando cada vez mais bronzeada devido ao mecanismo de defesa da pele contra
a radiação solar.

Apesar desta capacidade natural, teremos de considerar que a qualidade da radiação solar é atualmente mais
perigosa devido aos buracos de ozônio, pelo que o bronzeamento natural não pode funcionar como proteção
suficiente. É essencial que façamos um reforço a essa capacidade que a pele tem de criar as suas próprias
defesas.

Este reforço é simples e consegue-se através do uso de produtos muito específicos que existem em todas as
gamas cosméticas e que são os protetores solares

148
LEGISLAÇÃO (6)

Seção IX - das instalações elétricas

Art.179 - O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança e as medidas especiais a serem
observadas relativamente a instalações elétricas, em qualquer das fases de produção, transmissão,
distribuição ou consumo de energia.

Art.180 - Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações
elétricas.

Art.181 - Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem estar familiarizados
com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

149
DICAS DE SEGURANÇA (2)

Como agir em caso de incêndio


1. Se perceber indícios de incêndios (fumaça, cheiro de queimado, etc.), aproxime-se a uma distância
segura para ver o que está queimando e a extensão do fogo.

2. Dê o alarme pelo meio disponível a todos ocupantes.

3. Telefone para o Corpo de Bombeiros - Tel.: 193.

4. Se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-lo, saia do local, fechando todas as portas e
janelas atrás de si, mas sem trancá-las, desligando a eletricidade e alertando os demais ocupantes.

5. Não perca tempo tentando salvar objetos, salve sua vida.

6. Mantenha-se vestido, pois sua roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação.

7. Procure alcançar o térreo usando a escada, sem correr. Jamais use o elevador, pois normalmente a
energia é cortada, e você poderá ficar preso.

8. Se suas vestes pegar fogo, não corra. Isso só faz aumentar a chama. Role no chão ou procure se
envolver com um cobertor ou cortina para abafá-lo.

9. Se ficar preso em meio a fumaça, ponha um pano molhado cobrindo o nariz e a boca. Ande de
rastros, pois o ar perto do chão é mais respirável.

10. Ao passar de um cômodo com a porta fechada, para outro, toque a porta e observe suas frestas antes
de abri-la. Se estiver quente ou se a fumaça estiver saindo pelas frestas sob pressão não abra.

11. Se a porta estiver fria e não houver fumaça, abra-a usando-a como escudo e só penetre no outro
cômodo se tiver certeza de que poderá atravessá-lo e de que este é o caminho certo mais rápido e
seguro para a sua fuga.

12. Se não puder sair, mantenha-se junto ao chão e próximo de uma janela. Sinalize a sua presença.

13. Atire pela janela o que puder queimar facilmente (papéis, tapetes, cortinas, etc.), mais com cuidado
para não machucar quem estiver na rua combatendo o fogo.

14. Se houver fumaça no cômodo, deixe-a escapar abrindo uma janela ou quebrando o vidro, se ela for
fixa.

150
DEPENDÊNCIA DAS DROGAS

Dependência Física

Consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das
drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da
adaptação do organismo,independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem
manifestarem-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga
provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens".
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os
efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.

Dependência Psicológica

Em estado de dependência psicológica, o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das
drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que
favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania,
pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os
efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado
sente em aumentar o uso da droga.
Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em
necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo).
Esse fenômeno não deverá ser atribuído apenas as drogas que causam dependência psicológica. O estado de
angústia, por falta ou privação da droga é comum em quase todos os dependentes e viciados.

Requisitos Básicos da Dependência

1 - forte desejo ou compulsão para consumir a substância;


2 - dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;
3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da
substância para aliviá-los);
4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para
alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;
5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa,
aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus
efeitos;
6 - persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de conseqüências manifestamente
nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão conseqüente a período de consumo
excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga.

151
ABELHAS (6)

Conheça os hábitos das abelhas


Conhecer sobre este inseto e tomar certos cuidados, pode reduzir o risco de ser picado.

A abelha africana (ou africanizada) é muito parecida com a abelha européia, usada como polinizadora na
agricultura e para produção de mel. Os dois tipos têm a mesma aparência e seu comportamento é similar, em
muitos aspectos. Nenhuma das duas tende a picar quando retiram néctar e pólen das flores, mas ambas o
farão para defender-se, se são provocadas. Um enxame em vôo, ou descansando momentaneamente,
raramente molesta a gente; sem dúvida, todas as abelhas se tornam defensivas quando se estabelecem para
formar uma colméia e começam a reproduzir-se.

Características das abelhas européias e africanas

 São praticamente iguais no aspecto

 Protegem a colméia e picam para defender-se

 Podem picar apenas uma vez (cada uma)

 Têm o mesmo tipo de veneno

 Polinizam flores

 Produzem mel e cera

Características das abelhas africanas

 Respondem rapidamente e atacam em enxames

 Se sentem ameaçadas por pessoas e animais a menos de 15 m da colméia

 Sentem vibrações no ar até a distância de cerca de 30 m da colméia

 Perseguem os intrusos por cerca de 400 m ou mais

 Estabelecem colméias em cavidades pequenas e em áreas protegidas, tais como: caixas, latas e baldes
vazios, carros abandonados, madeira empilhada, moirões de cercas, galhos e ocos de árvores,
garagens, muros, telhados, etc.

152
EMERGÊNCIAS (1)

Vazamento de Gás, o que fazer

Vazamento de gás "sem fogo"

1 - Feche o registro de gás.


2 - Afaste as pessoas de local.
3 - Não acione interruptores de eletricidade.
4 - Desligue a chave geral de eletricidade somente se ela estiver fora da residência.
5 - Não fume nem acenda fósforos ou isqueiros.
6 - Se ocorrer em ambiente fechado, abra portas e janelas.
7 - Entre em contato com a empresa distribuidora de gás e, em casos mais graves, com o Corpo de
Bombeiros.

Vazamento de gás "com fogo"

1 - Se possível, feche o registro de gás.


2 - Afaste as pessoas do local.
3 - Desligue a chave geral da eletricidade.
4 - Retire do local os materiais combustíveis que puder.
5 - Chame o Corpo de Bombeiros.

153
COMPORTAMENTO DE RISCO

Analisando a Pirâmide dos Acidentes, também chamada de Iceberg da Fatalidade, podemos ver que na base
estão os Comportamentos de Risco. Mas como aparecem na base da pirâmide, não recebem a importância
devida. As pessoas só lembram de segurança quando acontece uma fatalidade.

Prevenção - O papel de uma alimentação e uma hidratação adequadas na prevenção de acidentes durante
qualquer atividade ao ar livre não pode ser deixado de lado. Ano após ano os acidentes acontecem e, se
estudarmos as causas primárias, provavelmente iremos nos deparar com falhas na alimentação, hidratação e uso
de roupas e equipamentos adequados para as condições a serem encontradas. Uma má alimentação e,
conseqüentemente, uma carência em calorias, junto com uma hidratação deficiente, propiciam que uma série de
problemas possam surgir, como hipotermia, choque e problemas relacionados ao calor entre outros.

A prevenção de acidentes e ferimentos começa muito antes de você sair de casa. A prática de atividades ao ar
livre requer um condicionamento físico adequado e, algumas vezes perda de peso. Se você já passou dos
quarenta, um check- up com seu médico seria uma ótima idéia! Sempre leve uma capa de chuva e um kit de
primeiros socorros (mas antes, aprenda a usá-lo!). Não planeje fazer mais coisas do que você consegue! Não
escale nada além de suas habilidades sem um parceiro ou guia experiente! Sempre use um capacete! Não
pratique esportes sob influência de entorpecentes!

Esportes de aventura aumentam, e muito, a necessidade do organismo em ingerir alimentos e água. Para
mantermos um estado de hidratação adequado, quando estamos em repouso, necessitamos de aproximadamente
2 litros de água por dia. Em esportes extenuantes, a quantidade de água necessária pode duplicar ou até triplicar,
mesmo no inverno.

Não espere até você ficar com fome ou com sede para comer ou beber. Motoristas prudentes não esperam que o
carro fique sem combustível ou que esquente para colocar gasolina e encher o radiador de água. Habitue-se a
comer e beber pequenas quantidades durante o dia inteiro. Desta forma, o balanço de fluidos e nutrientes estará
sempre equilibrado.

No fundo, todo acidente tem sua causa em comportamentos e atitudes pessoais. Agora nos resta apenas
perguntar: Você aceitaria que alguém cometesse uma falha pondo em risco a vida de outra pessoa? Você aceita
arriscar-se sabendo que pode acidentar-se? Portanto: Comportamento de Risco é Inaceitável! Devemos ter
Tolerância Zero aos comportamentos de risco!

154
ACIDENTES OCULARES (1)

Na infância:

A criança, por sua própria natureza, fica mais exposta a acidentes que atingem os olhos.

A maioria deles ocorre dentro ou nas proximidades de sua casa.

Os mais freqüentes causadores de acidentes são: tesouras, facas, arames, tiros de espingarda de pressão,
fogos de artifício (explodindo dentro de latas ou vidros), bicadas e mordidas de animais.

Além desses, tome cuidado com álcool, ácidos, material de limpeza, tintas de parede. Devem ser mantidos
fora do alcance de crianças.

Adultos

Os acidentes perfurantes oculares em adultos ocorrem basicamente no trabalho ou no trânsito.

No trabalho deve-se fundamentalmente à falta de uso de equipamentos de proteção específicos para as


diversas atividades.

São indispensáveis o uso dos óculos, luvas, etc., que as indústrias são obrigadas, por lei, a fornecer aos
trabalhadores.

Cuidados no trabalho

O ambiente de trabalho deve ter condições mínimas de higiene, iluminação e ventilação. Quanto à vista, é
imprescindível trabalhar com luz branca, sem sombra.

A má iluminação ou excesso de luz causa cansaço visual e diminuição do rendimento no trabalho.

Se no trabalho você ficar exposto à poeira, inseticidas, vapores ácidos, solda ou objetos volantes, nunca
deixe de usar os óculos de proteção.

Não se esqueça de usá-los também em casa quando realizar tarefas semelhantes. Há mais olhos perdidos em
acidentes de trabalho do que braços e pernas.

Tome cuidado também com cisco no olho que pode ser muito perigoso se estiver na frente da menina dos
olhos (pupila). Fagulha de metal, então, nem se fala! Nunca tente retirá-los com objetos caseiros. Esses casos
são sempre de URGÊNCIA.

ATAQUE CARDÍACO

155
Os sintomas mais comuns de um súbito e grave distúrbio no funcionamento normal do coração, quadro
habitualmente designado pela expressão "ataque cardíaco", são uma grande dificuldade respiratória
(sensação de falta de ar, ou de asfixia) e uma forte dor em constrição, aperto ou queimação na parte superior
do esterno (osso vertical, no meio do peito). Essa dor, chamada de angina pectoris ("dor no peito", em latim),
pode estender-se à base do pescoço ou mesmo até o queixo e irradiar-se para o braço esquerdo. Um caso
particular de ataque cardíaco é o enfarte. Muitas vezes o ataque cardíaco vem acompanhado de vertigens e
palidez. Há casos, raros, em que a vítima não sente a dor no peito.

O que fazer

1.Chame imediatamente o médico ou o pronto-socorro.

2.Desaperte as roupas do doente, principalmente em volta do peito e do pescoço, e mantenha-o na cama, em


repouso absoluto. Não deixe que ele faça qualquer movimento.

3.Suspenda toda a alimentação do doente e não lhe dê nenhum medicamento.


Atenção: Se a vítima é doente cardíaca sujeita a crises para as quais existem remédios já indicados pelo
médico, dê-lhe esses remédios.

Prevenção

Há algumas medidas eficazes na prevenção de ataques cardíacos:

1.Evite o fumo.

2.Pratique exercícios físicos e caminhe bastante, sempre que puder.

3.Evite comer em excesso. Elimine de sua dieta alimentos excessivamente gordurosos.

4.Procure manter o peso normal para sua idade e estatura. Se possível, mantenha-se até um pouco abaixo do
normal.

5.Pelo menos uma vez por ano, submeta-se a exames médicos, completos.

156
O CIGARRO E SEUS MALES (1)

Riscos
O cigarro foi considerado por muito tempo como símbolo de status. Hoje em dia, porém, sabe-se que o
cigarro é um dos piores inimigos da saúde, e aos poucos ele vai saindo de moda.

Um bom exemplo de doença associada ao fumo é o câncer de pulmão, doença altamente fatal, em que a
quantidade de cigarros fumados por dia é proporcional ao risco de se ter a doença. Isso quer dizer que, se a
pessoa fuma de 1 a 9 cigarros por dia, ela tem 5 vezes mais chance de ter câncer, enquanto alguém que fume
mais de 40 cigarros por dia terá uma chance 20 vezes maior que um não-fumante. Também as pessoas que
não fumam, mas vivem com fumantes, (os chamados fumantes passivos) têm chance de adquirir a doença,
sendo que 25 a 46% das mulheres que morrem de câncer de pulmão e 13 a 37% dos homens que morrem da
mesma doença não são fumantes, mas com certeza adquiriram a doença através da convivência com
fumantes.

Outras doenças também são apontadas como sendo causadas pelo cigarro, como o câncer de colo uterino,
em que as mulheres fumantes têm um risco 3 vezes maior de adquirir a doença do que as não fumantes.
Outros casos de associação do cigarro com câncer são câncer de laringe e de boca, de pâncreas, de bexiga,
de esôfago, de estômago e de rim. O cigarro também contribui em grande parte para o infarto do coração,
bem como para outras doenças vasculares, como o derrame cerebral. Por mais de 20 anos, várias pesquisas
têm demonstrado que o fumo é a causa mais importante de bronquites crônicas e enfisema pulmonar. Como
se não bastasse, em gestantes, o cigarro provoca partos prematuros, e o nascimento de crianças com peso
muito abaixo do normal. Além disso, o fumo causa por volta de 20% dos casos anuais de asma nas crianças.

Composição
As folhas de fumo contêm mais de 4.500 complexos químicos, muitos dos quais se transformam em outras
combinações. Esses complexos incluem arsênico, amônia, sulfito de hidrogênio e cianeto hidrogenado.
Talvez o mais letal de todos os elementos seja o monóxido de carbono, que é idêntico ao gás que sai do
escapamento dos automóveis. Como o monóxido de carbono tem mais afinidade com a hemoglobina do
sangue do que o próprio oxigênio, ele toma o lugar do oxigênio, deixando o nosso corpo totalmente
intoxicado.

157
CHOQUE ELÉTRICO (3)

Prevenção de acidentes
Há vários tipos de proteção e de providências que podem ser usados para se evitar o choque elétrico:

 fusíveis e disjuntores

 aterramentos

 materiais isolantes e

 uso de EPI

Outras recomendações:
Plugue e use os dispositivos elétricos de segurança disponíveis como, por exemplo, a tomada de 3 pinos.

Considere todo fio elétrico como "positivo", ou seja, passível de provocar um choque mortal.

Cheque o estado de todos os fios e dispositivos elétricos; conserte-os ou substitua-os, se necessário. Aprenda
como dimensionar o fio elétrico.

Certifique-se de que a corrente está desligada, antes de operar uma ferramenta elétrica.

Se um circuito elétrico em carga tiver de ser reparado, chame um eletricista qualificado para fazê-lo.

Use ferramentas "isoladas", que fornecem uma barreira adicional entre você e a corrente elétrica.

Use os fios recomendados para o tipo de serviço elétrico a que ele vai servir.

Não sobrecarregue uma única tomada com vários aparelhos elétricos, usando, por exemplo, o "benjamin".

Cuidado ao substituir a resistência queimada do seu chuveiro, pois o ambiente molhado aumenta o choque.

158
A RATOEIRA

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no
tipo de comida que poderia haver ali.

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos: - Há
uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa! A galinha, disse: - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso
seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e lhe disse: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! - Desculpe-me Sr. Rato, disse o
porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas
minhas preces.

O rato dirigiu-se então à vaca. - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! A vaca respondeu: - O que Sr. Rato?
Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite
ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o
que havia pego.

No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar
alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar
o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para
alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para
o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o
problema não lhe diz respeito, lembre- se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. O
problema de um é problema de todos quando convivemos em equipe...

159
SINAIS VITAIS (2)

3. Pressão arterial

A pressão arterial é a pressão que o sangue circulante exerce sobre as paredes internas das artérias. Uma vez
que na pessoa normal o sistema arterial é um sistema fechado, ligado a uma bomba e completamente cheio
com sangue, as mudanças na pressão sangüínea indicam mudanças no volume do sangue, na capacidade dos
vasos ou ainda, na capacidade do coração em funcionar como bomba.

A pressão arterial é registrada em níveis sistólico (alto) e diastólico (baixo). A leitura da pressão é feita em
milímetros (mm) de mercúrio (Hg).

A pressão arterial é determinada por um aparelho conhecido como esfigmomanômetros, que é usado em
conjunto com o estetoscópio.

A pressão arterial de um adulto é geralmente de 120 x 80 mm Hg.

A pressão arterial pode cair acentuadamente nos estado de choque, após uma hemorragia grave, após um
infarto do miocárdio.

4. Temperatura

A temperatura normal do corpo é de 37º C. A pele é responsável, em grande parte, pela regulação desta
temperatura, irradiando o calor através dos vasos sangüíneos subcutâneos e evaporando água sob forma de
suor.

Uma pele fria e úmida é indicativa de uma resposta do sistema nervoso simpático a um traumatismo ou
perda sangüínea (estado de choque). A exposição ao frio geralmente produz uma pele fria e seca. Uma pele
quente e seca pode ser causada por febre, em uma doença, ou ser o resultado de uma exposição excessiva ao
calor, como na insolação.

5. Pupilas

As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares.

Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas viciadas em drogas. As pupilas indicam um estado de
relaxamento ou inconsciência, geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca.

As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vítimas com lesões de crânio ou acidente vascular
cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas e não respondem à luz.

160
CLASSES DE INCÊNDIO

Os materiais combustíveis têm características diferentes e, portanto, queimam de modos diferentes. Conforme o
tipo de material, existem quatro classes de incêndio.

Classe A - incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel, tecido, etc.


Esses materiais apresentam duas propriedades:
Deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão).
Queimam em superfícies e em profundidade

Classe B - incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, querosene, etc.


Esses materiais apresentam duas propriedades:
Não deixam resíduos quando queimados.
Queimam somente em superfície.

Classe C - incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elétricas, quadros de força, etc. Ao
ser desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A.

Classe D - incêndio em metais que inflamam facilmente, como potássio, alumínio em pó, etc.

Métodos de Extinção do Fogo


A maioria dos incêndios começa com um pequeno foco, fácil de debelar. Conheça os métodos de extinção do
fogo e ajude os bombeiros a evitar que um incêndio se transforme numa catástrofe.

Em todo incêndio ocorre uma reação de combustão, envolvendo três elementos:


o combustível, o comburente e o calor. Os métodos de extinção do fogo consistem em "atacar" cada um desses
elementos.

Retirada do material
Trata-se de retirar do local o material (combustível) que está pegando fogo e também outros materiais que
estejam próximos às chamas.

Abafamento
Trata-se de eliminar o oxigênio (comburente) da reação, por meio do abafamento do fogo.

Resfriamento
Trata-se de diminuir a temperatura (calor) do material em chamas.

161
DESMAIOS

O desmaio, também conhecido como síncope, pode ser definido como uma momentânea perda da
consciência, que geralmente não dura mais que alguns minutos e é causada pela diminuição temporária do
fluxo sangüíneo que nutre o cérebro. O desmaio pode ser uma reação à dor ou ao medo, ou resultante de
perturbação emocional, exaustão ou falta de alimentação, entretanto, o restabelecimento da vítima é
normalmente rápido e completo.

Os sinais e sintomas mais comuns do desmaio são a palidez, o pulso fraco e lento, a falta de equilíbrio e a
inconsciência.

Diante de uma vítima que sofreu um desmaio, o socorrista deverá buscar aumentar o fluxo sangüíneo no
cérebro e tranqüilizar a vítima, mantendo-a numa posição confortável. O socorro pré-hospitalar consiste em:

1. Deitar a vítima com as pernas elevadas e manter as vias aéreas desobstruídas;

2. Desapertar quaisquer peças de roupa justas no pescoço, peito e cintura, para auxiliar a
ventilação e a circulação;

3. Examinar cuidadosamente e tratar qualquer lesão que a vítima tenha sofrido ao cair;

4. Se a vítima não recuperar logo a consciência, procurar socorro especializado ou transportá-la


para um hospital.

Se a vítima encontrar-se de pé, aconselhe-a a exercitar a musculatura das pernas para auxiliar a circulação.
Se a vítima sentir falta de equilíbrio, previna o desmaio, orientando-a a respirar profundamente e ajudando-a
a sentar-se e a inclinar-se para a frente, AUMENTA O FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL

162
SOCORROS DE URGÊNCIA

Podemos definir como socorros de urgência, as medidas iniciais e imediatas aplicadas a uma vítima fora do
ambiente hospitalar, executadas por pessoa treinada para realizar a manutenção dos sinais vitais e evitar o
agravamento das lesões já existentes. Os socorros de urgência ou primeiros socorros podem ser também
conceituados como o atendimento prestado às vítimas de qualquer acidente ou mau súbito, antes da chegada
de qualquer profissional qualificado da área da saúde ou equipe especializada em atendimento pré-hospitalar.

Suporte básico da vida é uma medida de emergência que consiste no reconhecimento e na correção imediata
da falência dos sistemas respiratório e/ou cardiovascular, ou seja, avaliar e manter a vítima respirando, com
batimento cardíaco e sem hemorragias graves.

A correta aplicação das etapas de ressuscitação cardiopulmonar (abertura das vias aéreas, respiração artificial
e compressão torácica externa) e o controle das hemorragias de uma vítima podem sustentar sua vida até que
ela possa recuperar-se o suficiente para ser transportada para uma unidade hospitalar ou ainda, até que possa
receber melhor tratamento, através de um serviço de socorro pré-hospitalar profissional.

Lembre-se, sempre que possível, realize um treinamento prático de primeiros socorros com pessoal
especializado, pois somente a leitura deste manual não lhe dará todas as condições necessárias para um
pronto atendimento a uma vítima, em caso de acidente ou mau súbito.

163
COMO PREVENIR ACIDENTES COM OFÍDIOS (1)

1. Nunca andar descalço. O uso dos sapatos, botinas sem elásticos, botas ou perneiras .deve ser
obrigatório. Dependendo da altura do calçado, os acidentes podem ser evitados na ordem de 50 até 72%.
2. Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer.

3. Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem. Nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na
terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras.

4. Não colocar as mãos em tocas para pegar pelo rabo o tatu que é visto ao entrar; esta é a melhor maneira de
ser picado por cascavéis que se abrigam nesses locais.

5. Não utilizar diretamente as mãos ao tocar em sapé, capim, mato baixo, montes de folhas secas; usar
sempre antes um pedaço de pau, enxada ou foice, se for o caso. Esse tipo de cuidado pode evitar até 20% dos
acidentes que acontecem nas mãos e no antebraço.

6. Vedar frestas e buracos em paredes e assoalhos.

7. Ao entrar nas matas de ramagens baixas, ou em pomar com muitas árvores, parar no limite de transição de
luminosidade e esperar sempre a vista se adaptar aos lugares menos iluminados. A adaptação da visão ao
local menos claro ou à penumbra em dia de luminosidade intensa é mais lenta e a falta de cuidado nesse
instante pode provocar acidentes ofídicos nos braços, nos ombros, na cabeça e rosto, da ordem de 5 a 6%.

8. Se por qualquer razão tiver que se abaixar, além de olhar bem o local, procurar bater a vegetação ou as
folhas, principalmente no trabalho de limpeza de covas de café. A coloração da cascavel se confunde muito
com a das ramagens e folhas secas dessas plantações e há casos de acidente ofídico devido a esse tipo de
camuflagem, porque a pessoa não enxerga a serpente.

9. Não depositar ou acumular material inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de
construção. Manter sempre uma calçada limpa ao redor da casa. Essa faixa pavimentada junto às paredes tem
várias utilidades: evita penetração de umidade nos alicerces, impede o contato com capim ou grama dos
jardins e principalmente portas, que normalmente devem estar fechadas e ter um mínimo de vão no solo.
Lembrar os casos de acidentes ofídicos dentro de casa.

10. Evitar trepadeiras muito encostadas a casa, folhagens entrando pelo telhado ou mesmo pelo forro.

CATARATA

164
15. O que é catarata?

A catarata é a opacidade da lente natural do olho (cristalino). Muitas cataratas são um resultado do processo
de envelhecimento. Com o nosso envelhecimento o cristalino se espessa e fica difícil para a luz atravessá-lo,
tornando a visão borrada e embaçada.

16. Quais são os sintomas mais comuns de catarata? E quais outras causas podem levar aos mesmos
sintomas?

Os sintomas mais comuns da catarata são : perda progressiva da visão e embaçamento visual; halos
provocados por luzes fortes, principalmente, ao dirigir à noite; diminuição da percepção das cores e visão
dupla.

Porém, a perda visual progressiva pode ser devida a outras causas como por exemplo: erro de refração
(miopia, hipermetropia, astigmatismo), glaucoma ou doenças da retina. Os halos podem ser provocados por
glaucoma, distúrbios corneanos ou por uso de determinados tipos de medicação. A diminuição da percepção
colorida que, às vezes, pode não ter causa aparente, outras vezes deve-se a doenças retinianas ou a distúrbios
do nervo óptico. A visão dupla, por sua vez, pode ser de dois tipos: 1) monocular, ou seja, quando imagens
duplicadas são vistas com apenas um olho aberto, que seria o caso da catarata ou erros de refração, distúrbios
corneanos, deslocamento do cristalino, doenças da mácula, descolamento da retina e a presença de outras
aberturas na íris (parte colorida dos olhos) que não a pupila ("menina dos olhos").

17. Como as cataratas são tratadas?

Não se sabe a cura para cataratas - isto é, não há maneira de fazer o cristalino tornar-se transparente
novamente, uma vez que ele ficou opaco devido ao processo de envelhecimento.

Os cristalinos opacos, no entanto, podem ser removidos e substituídos por uma lente artificial de igual poder
dióptrico. Este procedimento, chamado de implante de lente intraocular ou LIO muitas vezes pela moderna
técnica da facoemulsificação por ultra-som, é o padrão de tratamento usado pelos oftalmologistas de hoje.

Anos atrás, uma operação de catarata causava uma internação hospitalar de dias e não havia lentes
intraoculares - implantes, sendo a restituição da visão através de lentes de contato ou óculos espessos que
produziam uma distorção na visão periférica.

Com a moderna tecnologia médica, as cirurgias de catarata são rotineiramente realizadas sem tantos
transtornos. Atualmente, é procedida sob anestesia local e usualmente leva de 15 - 30 minutos, Embora a
velocidade de recuperação da visão varie, muitas pessoas acham que podem ver claramente e recomeçar suas
atividades normais no primeiro dia após a cirurgia.

ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS

O que fazer
1.Se você estiver de carro, pare seu veículo pelo menos 100 metros adiante do acidente.

165
2.Sinalize o acidente (com triângulo de segurança, galhos de árvore, lanternas etc.), de modo que ele não dê
origem a outros desastres.

3.Mande alguém imediatamente em busca de socorro policial e médico. Se estiver sozinho, pare carros em
trânsito pelo local e peça que seus motoristas transmitam à polícia e aos socorros médicos a notícia do
acidente.

4.Se houver início de incêndio, tente contê-lo com o extintor de seu veículo.

5.Desligue contatos e fios de baterias dos carros envolvidos no acidente.

6.Cubra os eventuais vazamentos de gasolina com panos.

7.Afaste os curiosos, mas aceite o auxílio de pessoas dispostas a ajudar.

8.Atenda primeiro as vítimas desacordadas.

9.Só retire uma vítima dos escombros se houver perigo de incêndio ou se suspeitar de que ela corre risco de
morte. Caso contrário, deixe-a no local onde está: os socorristas saberão retirá-la do modo mais eficiente
possível.

10.Se a vítima apresenta sinais de parada respiratória, ou de parada cardíaca associada a parada respiratória,
tire-a com cuidado dos escombros e procure reanimá-la.

11.Cuidado com a espinha dos acidentados: nunca dobre o corpo deles. Quando a vítima já está deitada, não
tente sentá-la ou colocá-la de pé.

12.Deite sempre os feridos com a cabeça de lado.

13.Nunca faça respiração artificial comprimindo o tórax, pois pode haver fratura de costela. Se a respiração
artificial for necessária, prefira o método boca a boca.
14.Nunca dê água aos feridos.

15.Nunca transporte um ferido em carro pequeno, onde ele não poderia ficar deitado. O corpo da vítima
nunca deve viajar dobrado.

16.Em casos de hemorragia, aja conforme indicado em estancamento de hemorragias. Suspeitando da


existência de fraturas, aja conforme instruções de imobilizações. Em casos de queimaduras, proceda segundo
as regras de atendimentos a queimados.
Atenção: Se você for a vítima e estiver sozinho, procure arrastar-se para longe do carro, para livrar-se de
explosões. Deite-se com a cabeça de lado: se houver desmaio você não correrá o risco de se asfixiar com
vômito ou com golfadas de sangue enquanto estiver desacordado.

166
167
QUEIMADURAS - TRATAMENTO

No atendimento a queimados é necessário, inicialmente, considerar a área atingida: se a queimadura for


generalizada, o choque deve ser a primeira preocupação. Deve-se considerar essa hipótese antes mesmo que
se instale e logo pôr o paciente em repouso absoluto, protegê-lo contra o resfriamento, fazê-lo ingerir
bebidas quentes e tranqüilizá-lo. Num primeiro momento, o tratamento das queimaduras procura aliviar a
dor, restabelecer os líquidos perdidos e evitar infecções. Alcançados esses objetivos, busca-se a recuperação
dos tecidos afetados e a cicatrização das áreas atingidas, com a menor desfiguração possível. Deve-se levar
em conta que, mesmo depois de afastada a fonte causadora da queimadura, pode permanecer nos tecidos um
calor residual que continua provocando lesões. Por esse motivo, com o objetivo de eliminar inteiramente o

168
calor, a área deve ser submetida a esfriamento mediante, por exemplo, o uso de água em temperatura inferior
à da pele, o que também alivia a dor.
O tratamento local é feito em função da extensão da queimadura e de sua profundidade. O problema
principal é a limpeza da superfície queimada quando esta se encontra poluída por resíduos carbonizados.
Nesse caso, emprega-se sabão líquido e água ou soro fisiológico mornos. O uso de anti-séptico não é
recomendável, mesmo quando associados a substâncias anestésicas, porque, embora aliviem a dor, agravam
a destruição dos tecidos. Se a área afetada for reduzida, deve ser coberta com um tecido suave e neutro,
como gaze. Se, ao contrário, for extensa, o melhor é deixá-la ao ar livre, desde que a vítima esteja
acomodada em local submetido a rigorosa assepsia. O emprego local de substâncias popularmente tidas
como eficazes para tratar queimaduras, como rodelas de cebolas, casca de batata, fuligem, pó de café etc.,
deve ser evitado, por aumentar a possibilidade de contaminação das lesões e facilitar as infecções.

Queimaduras solares

A exposição prolongada da pele aos raios solares pode provocar queimaduras, sobretudo em pessoas de pele
muito clara ou não habituadas ao banho de sol. Tais lesões, em geral extensas, são quase sempre superficiais
(de primeiro grau) e raramente atingem maior profundidade.
Clinicamente manifestam-se pelo aparecimento de eritema (vermelhidão) acompanhado de ardor e dor de
intensidade variável. A forte ardência se exacerba com estímulos externos, como o contato com as vestes ou
mesmo o sopro da brisa. Entre o quarto e o quinto dias, a coloração de avermelhada torna-se escura, o que
indica a mortificação das camadas superiores da pele. Inicia-se então a fase de descamação, quase sempre
acompanhada de intenso prurido. É comum certo grau de insolação associar-se às queimaduras solares. Em
determinadas situações, a insolação apresenta gravidade maior que a própria queimadura.

DORES DE DENTE (1)

São das situações que mais afetam a qualidade de vida. E, contudo, podem ser evitadas em 99% das vezes.
169
Existem diversas situações que podem levar a uma dor de dentes.
As pulpites, por exemplo, são muitas vezes a razão de uma dor de dentes. As pulpites não são mais do que a
inflamação da polpa do dente. A pulpite pode ser reversível, quando o dentista pode tratar a tempo do
problema que a causou - uma cárie dentária, um traumatismo oclusal ou um defeito na estrutura do dente.
Pode ser irreversível se o nervo do dente foi tão traumatizado que o fluxo de sangue foi interrompido. Essa
situação leva à morte do dente.

Normalmente, um dente com uma inflamação da polpa dói. Se a pulpite for reversível, o dente está sensível
ao quente e ao frio e quando não existem estes estímulos ele não dói. Numa pulpite irreversível, os dentes
são também sensíveis ao frio e ao quente, mas quando os estímulos desaparecem, as dores não desaparecem.

Quanto mais longo for o período dos sintomas, mais afetado estará o dente ou os dentes.

Ambas as situações podem dar dores ao mastigarmos; no entanto, e mais uma vez, se a situação for
irreversível a dor não desaparece depois do estímulo.

Se a dor acontece quando apenas juntamos os dentes, ou fazemos força a morder mas sem comida na boca, a
situação pode ser diferente e não implicar a morte de um dente, mas sim algum problema na mordida, como,
por exemplo, um tratamento que precise de ser ajustado. Nunca lhe perguntaram, depois de tratar um dente,
se sente que este está alto? É para evitar esta situação.

O problema é que, às vezes, devido à anestesia, o paciente pode não sentir esse alto e, mais tarde, os
problemas aparecem.

Um sintoma realmente preocupante é aquele em que, para além da dor, o dente parece estar a aumentar de
tamanho; sente-se como que um pulsar no dente. Além de muito desconfortável, esta condição indica,
normalmente, que o dente está morto e infectado.

Os produtos infecciosos estão a tentar sair e é agora que as caras ficam inchadas e os abcessos acontecem. A
solução chama-se médico dentista, pois só ele pode aliviar a pressão através de tratamentos como a
desvitalização do dente, extração ou medicação para aliviar a dor.

TIPOS DE EXTINTORES

170
Extintores de Água

A água é o agente extintor de uso mais comum. Usa-se o jato para o resfriamento e proteção de instalações a
distância e para o enxarcamento de sólidos. Usa-se a água sob a forma de neblina para o resfriamento de
superfícies líquidas; emulsificação de óleo; proteção de pessoas, estruturas, máquinas e equipamentos;
diluição (álcoois, amônia); e absorção do calor desprendido na combustão.
A água, contudo, não deve ser empregada em incêndios que envolvam: equipamentos elétricos energizados;
materiais reativos com a água (carbonatos, peróxidos, sódio metálico, pó de magnésio, etc); e gases
liquefeitos por resfriamento.
Para usar o extintor: a) retire a trava ou o pino de segurança; b) empunhe firmemente a mangueira; e c)
ataque o fogo, dirigindo o jato para a sua base.
Extintores de Espuma Mecânica
Indicado para incêndios Classes A e B. Um líquido gerador de espuma (de base proteínica ou sintética, usado
na concentração de 3 ou 6%) age mecanicamente com água, originando a solução de espuma que, misturada
com ar, forma finalmente a espuma. O volume da espuma formada em relação ao volume da solução
empregada, pode ser de até 10 (baixa expansão, a mais usada, por ter maior poder de espalhamento e ser
mais pesada), 100 (média expansão) ou 1.000 vezes (alta expansão).
Restrições ao uso da espuma mecânica: gases liquefeitos; líquidos em fluxo; substâncias que reagem com a
água; e líquidos superaquecidos (superior a 100oC).

Extintores de Pó Químico
O pó químico é um material pulverulento finamente dividido, tratado para ser repelente a água e escoar
fluidamente em tubulações, eliminando as chamas por interrupção das reações em cadeia.
Podem ser empregados em: gases, líquidos e sólidos combustíveis; e, ainda, em equipamentos elétricos
energizados. Os tipos de pós são: bicarbonato de sódio, de potássio ou de potássio + uréia (MONEX) e
fosfato monoamônio.

Extintores de Gás Carbônico (CO2)

Os extintores de Gás Carbônico, Dióxido de Carbono ou simplesmente CO2 são utilizados,


preferencialmente, no combate aos fogos das Classes B e C, embora possa ser usado, também, nos incêndios
de Classe A, em seu início. Depois dos extintores de água são, por tradição, um dos mais usados. Os
extintores portáteis são oferecidos com cargas de 4 e 6 kg cada e os extintores sobre rodas, com carga de 10,
25, 30 e 50 kg cada.

ACIDENTES NOS OLHOS (2)

Traumatismos no globo ocular


171
1.Cubra ambos os olhos da vítima com gaze esterilizada, fixada ao rosto com esparadrapo. Ou cubra-as com
cones de papel.

2.leve o acidentado com urgência ao pronto-socorro ou hospital mais próximo. Se possível, o acidentado
deverá ser transportado deitado de costas.

Atenção: Nunca exerça pressão sobre os olhos. A gaze deve ficar bem frouxa, apenas para proteger a vítima
do incômodo da luz.

3.Se o objeto que atingiu o olho ficou preso nele (uma agulha ou um espinho, por exemplo), não tente retirá-
lo. Coloque um cone de papel como proteção, de modo que não encoste no objeto, e leve imediatamente a
vítima ao pronto-socorro.

4.Ferimentos nos olhos causados por murros, boladas ou pancadas não devem ser descuidados. Cubra os
olhos da vítima e leve-a ao pronto-socorro.

Olho saltado

Acidente que geralmente ocorre em desastres violentos. É seríssimo, mas o olho pode ser salvo. Não tente
recolocá-lo dentro da órbita: cubra-o com um cone de papel e leve a vítima com urgência ao pronto-socorro,
se possível deitada de costas.

Queimaduras por fogo

Cubra os olhos da vítima e leve-a imediatamente ao pronto-socorro.

172
ORDEM E LIMPEZA

Esses conceitos não são novos. Todavia ainda não foram assimilados em alguns locais de trabalho. Ha quem
pense que a ordem e a limpeza, no ambiente de trabalho, são responsabilidade apenas da equipe de limpeza.
Pensar assim não é sensato. A responsabilidade da ordem e da limpeza pertence a todos.

Cada empregado é responsável por manter limpo e ordenado seu ambiente de trabalho, de modo que cada
equipamento ou ferramenta de trabalho esteja no seu devido lugar, não haja sujeiras e nem materiais
espalhados no local.

A falta da ordem e limpeza cria, com freqüência, problemas que afetam à produtividade e a eficácia das
operações, contribuem para o relaxamento dos hábitos de higiene pessoal e aumenta a propensão à doenças
profissionais e acidentes do trabalho.

Quando há boa ordem e limpeza no local de trabalho, existe um ambiente mais agradável e saudável que
reforça a atitude positiva dos funcionários, aumentando a produção e diminuindo os riscos de acidentes.
Devido a isso, a ordem e a limpeza são necessidades básicas que fazem parte integrante do nosso ambiente
de trabalho.

173
LEGISLAÇÃO (7)

Seção XI - das máquinas e equipamentos

Art.184 - As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros
que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de
acionamento acidental.

Parágrafo único - É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e


equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo.

Art.185 - Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas paradas, salvo se
o movimento for indispensável à realização do ajuste.

Art.186 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas de segurança
174
na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à proteção das partes móveis, distância
entre estas, vias de acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua
adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou elétrica

175
PRIMEIROS SOCORROS (3)

Respiração

É muito importante observar a respiração dos traumatizados, sobretudo quando estão inconscientes. A respiração
barulhenta, entrecortada ou imperceptível deve despertar no observador a suspeita de dificuldade respiratória,
com possibilidade de asfixia. Nesses casos, começa-se por limpar a boca do paciente de qualquer secreção,
sangue ou matéria vomitada, o que pode ser feito colocando-se entre suas arcadas dentárias um objeto firme e
macio, como uma rolha, para proceder à limpeza. Depois, vira-se a cabeça para um dos lados, fecha-se a boca do
paciente segurando-lhe a mandíbula e deslocando-lhe a cabeça um pouco para trás, para facilitar a respiração.
Em caso de parada respiratória, é necessário iniciar imediatamente a respiração artificial boca-a-boca ou por
compressão ritmada na base do tórax, à razão de 16 vezes por minuto. A ventilação do local é muito importante
para qualquer paciente vítima de choque, anemia ou asfixia.

Identificação das lesões

As lesões mais sérias que se podem detectar nos acidentados e vítimas de mal súbito são ferimentos que
sangram, fratura do crânio, choque, anemia aguda e asfixia, capazes de causar a morte se providências imediatas
não forem tomadas. Assim, é importante identificá-las para poder tomar imediatamente as medidas adequadas.
A hemorragia se denuncia nas próprias vestes, pelas manchas de sangue. Basta rasgar o tecido no local
manchado para localizar o ferimento. Há suspeita de fratura de crânio quando a vítima de acidente permanece
desacordada e, sobretudo, se sangra pelo ouvido ou pelo nariz. O choque e a anemia aguda apresentam quadros
semelhantes: o paciente apresenta palidez, pulso fraco, sede intensa, vista escura, suores frios, ansiedade e falta
de ar. A asfixia, que pode ocorrer nos traumatismos de tórax, de crânio, queimaduras generalizadas e
traumatismos da face, identifica-se pela coloração arroxeada da face (cianose), pela dificuldade de respirar e
pela inconsciência, que logo se instala. O grau de consciência se testa fazendo perguntas ao acidentado ou
beliscando-o para provocar reação.
Outras lesões não causam morte imediata, mas podem ter graves conseqüências para a vítima se não forem
atendidas corretamente num primeiro momento. Por essa razão é importante reconhecê-las. Diagnostica-se
fratura de coluna vertebral quando o paciente apresenta paralisia ou dormência nos membros inferiores. A
fratura dos membros se evidencia pela deformação local, dificuldade de movimentos e dor ao menor toque. A
luxação faz com que o membro se apresente incapaz de executar movimento, doloroso e deformado ao nível da
junta. A entorse produz dificuldade de movimento na articulação afetada, que se apresenta dolorida e inchada. O
diagnóstico das queimaduras é imediato; no caso de queimadura generalizada, suspeitar de um possível choque.

176
ATAQUE EPILÉPTICO

Acesso de perda de consciência, em geral acompanhado de convulsões e contrações musculares


involuntárias, provocado pela epilepsia (doença crônica do encéfalo, também conhecida como "grande
mal").

O que fazer

1.Proteja a vítima de possíveis ferimentos: acomode-a no lugar onde ela cair, colocando-lhe a cabeça de lado
para que ela não se asfixie com saliva ou vômito.
Atenção: Não tente impedir os movimentos do doente durante o ataque, a menos que ele possa se machucar.
Nesse caso, segure levemente seus braços e pernas.

2.Desaperte-lhe as roupas.

3.Impeça que a vítima morda a língua ou que esta obstrua a respiração: retire pontes ou dentaduras e coloque
um lenço, ou um pedaço de pano, entre os dentes do doente.

4.Quando o ataque terminar, deixe a vítima deitada até que recupere totalmente os sentidos. Não a largue
sozinha enquanto ela estiver confusa.

5.Chame um médico.

177
ACIDENTES DE TRÂNSITO: COMO PREVENIR

O método que se segue se aplica a qualquer atividade do dia-a-dia que envolva risco de vida. Assim, pode ser
aplicado ao dirigir um automóvel, um barco a motor ou um avião.

Sempre que for dirigir um veículo, procure se preparar mentalmente para a tarefa com alguma
antecedência.

Antes de sair para qualquer viagem ou passeio, examine bem seu veículo. Em seguida, sente-se no interior
do veículo e faça a si mesmo as seguintes perguntas:

- Em que estado se encontra meu veículo?

- Como me sinto física e mentalmente?

- Estou em condições de dirigir?

- Estou cansado, calmo ou emocionalmente perturbado?

- Estou tomando algum medicamento que poderá afetar a minha habilidade de dirigir?

- Poderá acontecer alguma condição adversa relativa a luz tempo e trânsito?

178
Considere bem as respostas a essas auto-indagações e só então dê partida em seu carro, depois de colocar o
cinto de segurança. Se sentir que não está bem em relação a qualquer dessas respostas, tome a decisão de não
colocar o carro em movimento até resolver o problema.

Se Beber não dirija sob nenhuma hipótese.

LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (3)

Esta categoria engloba por definição líquidos, mistura de líquidos ou líquidos contendo
sólidos em solução ou em suspensão, que produzem vapores inflamáveis a
temperaturas de até 60,5º C em teste de vaso fechado. Via de regra, as substâncias

179
inflamáveis são de origem orgânica, como por exemplo hidrocarbonetos, álcoois,
aldeídos e cetonas, entre outros.

Para uma resposta mais segura às ocorrências envolvendo líquidos inflamáveis faz-se
necessário o pleno conhecimento de algumas propriedades físicas e químicas dos
mesmos, antes da adoção de quaisquer ações. Essas propriedades, assim como suas
respectivas aplicações, estão descritas a seguir.

Ponto de Fulgor (Flash Point)

É a menor temperatura na qual uma substância libera vapores em quantidades


suficientes para que a mistura de vapor e ar logo acima de sua superfície propague
uma chama, a partir do contato com uma fonte de ignição.

Considerando a temperatura ambiente numa região de 25º C e ocorrendo um


vazamento de um produto com ponto de fulgor de 15º C, significa que o produto
nessas condições está liberando vapores inflamáveis, bastando apenas uma fonte de
ignição para que haja a ocorrência de um incêndio ou de uma explosão. Por outro
lado, se o ponto de fulgor do produto for de 30º C, significa que este não estará
liberando vapores inflamáveis.

Limites de Inflamabilidade

Para um gás ou vapor inflamável queimar é necessário que exista, além da fonte de
ignição, uma mistura chamada "ideal" entre o ar atmosférico (oxigênio) e o gás
combustível. A quantidade de oxigênio no ar é praticamente constante, em torno de
21 % em volume.

Já a quantidade de gás combustível necessário para a queima, varia para cada


produto e está dimensionada através de duas constantes : o Limite Inferior de
Inflamabilidade (ou explosividade) (LII) e o Limite Superior de Inflamabilidade (LSI).

O LII é a mínima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de


provocar a combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de ignição.
Concentrações de gás abaixo do LII não são combustíveis pois, nesta condição, tem-
se excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para a queima. Esta
condição é chamada de "mistura pobre".

Já o LSI é a máxima concentração de gás que misturada ao ar atmosférico é capaz de


provocar a combustão do produto, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações de
gás acima do LSI não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de
produto e pequena quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra, é a
chamada "mistura rica".

Pode-se então concluir que os gases ou vapores combustíveis só queimam quando


sua percentagem em volume estiver entre os limites (inferior e superior) de

180
inflamabilidade, que é a "mistura ideal" para a combustão.

Existem equipamentos capazes de medir a porcentagem em volume no ar de um gás


ou vapor combustível. Estes instrumentos são conhecidos como "explosímetros".

Além do ponto de fulgor e do limite de inflamabilidade, outro fator relevante a ser


considerado é a presença de possíveis fontes de ignição.

Nas situações emergenciais estão presentes, na maioria das vezes, diversos tipos de
fontes que podem ocasionar a ignição de substâncias inflamáveis. Entre elas merecem
destaque: chamas vivas, superfícies quentes, automóveis, cigarros, faíscas por atrito
e eletricidade estática.

Especial atenção deve ser dada à eletricidade estática, uma vez que esta é uma fonte de ignição de difícil
percepção. Trata-se na realidade do acúmulo de cargas eletrostáticas que, por exemplo, um caminhão-tanque
adquire durante o transporte. Portanto, sempre que produtos inflamáveis estão envolvidos, deve-se realizar o
aterramento.

181
OBESIDADE (2)

Uma forma de classificar a obesidade é pelo peso, que reflete, não necessariamente (a musculatura também
pesa), o excesso de gordura. Os critérios utilizados para medir o tecido adiposo são variados. Podemos citar
a correlação do peso/altura (tabela do Metropolitan Life InsuranceCompany), medidas de espessura de prega
cutânea e o índice de Quetelet ou Índice de Massa corpórea (IMC).

O IMC é obtido pela divisão do peso em Quilos pela altura ao quadrado (expressa em metros). Podemos
classificar o peso em categorias, de acordo com o IMC.

CATEGORIA IMC
variação aceitável 20 - 25
excesso de peso 25 - 30
obesidade 30 - 40
obesidade extrema maior 40

A importância desta classificação reside no fato estatístico de que pessoas classificadas como obesas
apresentam um risco muito maior de doenças como adislipidemia, o diabetes, as doenças cardiovasculares, a
hipertensão arterial, a gota, a osteoartrose e conseqüentemente maior risco de morbi-mortalidade.

O principal mecanismo da obesidade é um desequilíbrio entre a formação e a destruição de células adiposas


no organismo. Simplificando: o que comemos (medido em calorias) favorece a formação de células adiposas
e o que gastamos (gasto calórico) favorece a destruição destas células; deste modo temos obesos que comem
182
muito e obesos que comem pouco ou adequadamente mas gastam pouco (gasto calórico ineficiente). Esta é
outra forma de classificar a obesidade, ou seja, quanto ao mecanismo envolvido na sua gênese.
Esquematicamente:

 obesidade por hiperfagia - são os obesos que comem muito, em quantidade ou em qualidade
(alimentos muito calóricos - neste grupo estão incluídos os populares beliscadores). Nem sempre a
hiperfagia depende apenas de um auto controle. Além dos mecanismos psíquicos envolvidos
(depressão, ansiedade, angustia, carência afetiva), estão sendo cada vez mais descritas alterações
orgânicas condicionantes de hiperfagia (alterações no centro da saciedade, alterações hipotâlamicas e
alterações de alguns hormônios gastrintestinais);

 obesidade por gasto calórico ineficiente - aqui estão incluídos indivíduos que tem vida sedentária, os
que comem proporcional ao gasto com exercício e param de praticá-lo sem diminuir sua ingestão, e
os indivíduos que comem pouco mas tem a famosa tendência para engordar. Sabemos que este último
grupo de indivíduos não tem o seu metabolismo basal diminuído, mas gastam menos calorias para a
digestão, absorção, transporte e utilização dos nutrientes, ou seja, são equipados

energeticamente para serem obesos. Isto seria uma vantagem em ambientes com escassez de alimentos,
como na idade da pedra, mas não hoje, onde a dieta mundial é caracterizada por uma tendência em direção a
proporção maior de gordura e a uma maior ingestão calórica total, como podemos observar no esquema
abaixo:

O mecanismo envolvido na gênese da obesidade é fundamental para um tratamento adequado do paciente.


Vale a pena lembrar que os nutrientes que mais engordam, ao contrário do que se pensa, são as gorduras - 1
grama de gordura tem 9 calorias, enquanto 1 grama de açúcar tem 4 calorias - e que a maioria dos alimentos
irresistíveis ao paladar contem os dois componentes, como o chocolate, as massas, etc.

A obesidade predispõe, como já disse, a uma série de doenças. São também sintomas comuns aos obesos o
cansaço, a sudorese excessiva, principalmente em pés, mãos e axilas, as dores nas pernas e colunas.

Quanto ao tratamento da obesidade, podemos considerar que deve levar em conta não só o lado estético, mas
a questão principal, que é a saúde do indivíduo. Atingir um bom peso deve vir acompanhado de mudanças no
habito alimentar, condicionamento físico e saúde psíquica, proporcionando condições para um crescimento,
amadurecimento e envelhecimento saudáveis. O tratamento da obesidade inclui medidas dietética, exercícios
físicos, se necessário medicação, e tratamento das condições associadas com a obesidade.

183
MAIS DO QUE TIMIDEZ

Você sabe o que é ser tímido? Para a imensa maioria das pessoas responder a essa pergunta significa olhar
para o próprio passado, lembrar-se da primeira festa de adolescente, da primeira vez que dançou com alguém
atraente ou das primeiras paqueras. A ansiedade que torna a voz insegura, que faz as mãos suarem e o medo,
inesquecível, de falhar, de fazer tudo errado. Tudo isso sob a atenção da platéia, muitas vezes nossos próprios
amigos, que aparentemente se divertem com o embaraço e com o fracasso levemente desmoralizante de

184
quem tenta fazer o que nenhum deles realmente faria melhor na época, como chamar aquela menina para
sair.
Não é preciso ser tímido para sempre para imaginarmos o que se passa com aquela pessoa conhecida que até
hoje ruboriza quando alguém percebe que mudou o cabelo ou está usando uma roupa diferente. A maioria de
nós vive a timidez como uma fase passageira, quando tudo é novo e ainda não sabemos o que fazer, nem
mesmo como ajeitar os braços. Com o passar do tempo nos tornamos progressivamente habilidosos em
termos sociais e nos habituamos a fazer com tranqüilidade o que antes nos causava desconforto.

Mesmo as pessoas de temperamento tímido, com o tempo tendem a se tornar "descoladas", apesar de nunca
chegarem a ser realmente extrovertidas, o que é o oposto da timidez. Somente uma pequena parcela das
pessoas é naturalmente extrovertida, com pouca ou nenhuma ansiedade em situações sociais, mas isto não
significa que não tenham que aprender com a experiência para se tornarem socialmente habilidosas, e não
apenas exageradas. Se você imaginar todos novamente numa festa, já mais crescidos, o extrovertido é aquele
que dança sob as luzes e sobe ao palco para contar piadas, os "ex-tímidos", a grande maioria, se divertem na
festa sem qualquer embaraço, mas também sem exagero, e o "tímido descolado" é o sujeito discretamente
charmoso que, sem chamar a atenção da platéia, revela-se uma interessante surpresa para a sua escolhida da
noite.

De maneiras diferentes, todos participam, menos aquele anônimo, escondido no canto mais discreto do
ambiente, prisioneiro de uma angústia paralisante, que chega ao fim da festa ainda ensaiando fazer o que
nunca na vida conseguiu: dançar pela primeira vez com alguém. É algo que o faz sentir-se prisioneiro de um
drama solitário, único. É "morrer de vergonha", sentir o coração disparar, as mãos encharcadas, o rosto
queimar, um tremor que beira o desequilíbrio, simplesmente por ter que pedir uma informação trivial a um
desconhecido. Não bastasse todo esse desconforto, surge uma inevitável "tempestade" de pensamentos
negativos, recheada de cenários como ser ridicularizado, de preocupações como ser visto como louco ou
covarde, que finalmente acabam por paralisar a vítima deste pesadelo, fazendo-a desistir antes mesmo de
tentar.

Este pesadelo chama-se Fobia Social, a timidez patológica, uma doença ansiosa que atinge cerca de 2% das
pessoas do mundo, uma multidão de pessoas que julgam serem os únicos exemplos na Terra. Por isso, é
freqüente que se sintam estranhas e, em conseqüência, façam de tudo para não serem muito percebidas.
Diferente das outras pessoas, para quem tem fobia social a timidez da infância ou adolescência não melhora
com o tempo e a pessoa simplesmente "empaca" no desenvolvimento social. Tornam-se progressivamente
inseguros, inferiorizados, e quanto mais o tempo passa, ficam mais diferentes dos demais. À medida que
"todo mundo" aprende a fazer as coisas das quais um fóbico se sente incapaz. E são coisas como fazer
pedidos em restaurantes, dizer não a vendedores insistentes, fazer ou responder perguntas na sala de aula,
iniciar conversas com colegas ou estranhos. Muitas situações do cotidiano se tornam barreiras
intransponíveis, e os prejuízos à qualidade de vida se refletem em baixa empregabilidade, baixa realização
sexual e afetiva, com propensão a permanecer solteiro, tendência à solidão e um efeito devastador sobre a
auto-estima, porta de entrada para preocupantes quadros depressivos.

Vista tardiamente pela medicina e pela psicologia como uma doença, verdadeiro distúrbio ansioso, a Fobia
Social é uma condição tratável. Psicólogos de linha Cognitivo-Comportamental desenvolvem programas que
vão do treino de habilidades sociais (como iniciar e terminar uma conversa, por exemplo), passando pela
exposição/habituação a situações sociais e por fim desenvolvendo maneiras de lidar com preocupações
fantasiosas geradas muitas vezes pelo medo de ser mal julgado.

Psiquiatras interessados no estudo da fobia social empregaram vários medicamentos em seu tratamento,
encontrando bons resultados com dois grupos de antidepressivos, sobretudo para o alívio dos sintomas
185
físicos, podendo ser utilizados ainda outros recursos coadjuvantes. O tratamento é usualmente compensador
e gratificante, porém, devido à sua complexidade, exige experiência na área por parte dos terapeutas e grande
empenho do paciente. Os melhores resultados são alcançados por grupos especializados, formados por
médicos psiquiatras e psicólogos comportamentais. Porém, é preciso lembrar que tudo depende de um ato de
coragem fundamental, que é pedir ajuda, e da crença de poder se superar, de ser maior que o próprio medo.

186
DIREÇÃO DEFENSIVA (4)

Outras colisões com dois ou mais veículos

Existem ainda vários tipos de colisão que envolvem dois ou mais veículos, porém em todos os tipos de colisão
existem fatores determinantes que ocorrem mais comumente e que podem ser evitados se você for um motorista
defensivo. São eles:

 falta de visibilidade;

 desconhecimento de preferenciais;

 manobras não sinalizadas;

 trânsito de pedestres no local;

 desobediência às leis de trânsito e à sinalização.

Colisão com pedestres

Como seu comportamento é imprevisível e não há como evitar o acesso de pessoas imprudentes, portadores de
necessidades especiais ou alcoolizados nas vias, a melhor regra para o condutor é ser cuidadoso com o pedestre
e dar-lhe sempre o direito de passagem, principalmente nos locais adequados (faixas, área de cruzamento, área
escolar).

Deixar de reduzir a velocidade do veículo próximo a escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres, resulta em multa, sendo considerado infração
gravíssima. Art 220 - XV - CTB.
Devemos ter atenção especial com as pessoas idosas, crianças ou portadores de necessidades especiais que são
sempre mais sujeitos a envolver-se em acidentes. (Art. 214 - III - CTB)

Lembre-se de que o dano causado ao pedestre sempre é maior por ele não ter o veículo para protegê-lo e, se
ocorrer morte ou deixar de prestar socorro pode ser considerado crime.

Importante: Saber que prestar socorro é providenciar atendimento ou remoção do ferido da forma mais
rápida e segura possível, dentro das normas de Primeiros Socorros.

187
INSÔNIA (1)

Noites passadas em claro? Dificuldade em adormecer? Conheça as causas e os tratamentos da insônia.

O que é
A insônia é uma perturbação do sono que se pode manifestar como dificuldade em adormecer, interrupções
freqüentes do sono ou despertar demasiado cedo.

A insônia transitória (duração de uma a várias noites) é uma situação comum e sem conseqüências graves.

A insônia persistente ou crônica (duração de meses/anos) pode corresponder a uma situação de doença e
deve ser avaliada por médico.

Quais as causas
As insônias transitórias estão freqüentemente relacionadas com situações de stress, abuso de cafeína,
desconforto físico, alterações do horário normal de sono (sestas, trabalho noturno, viagens) ou do ambiente
(hotel, aumento do ruído).

A insônia crônica pode surgir associada à depressão ou no abuso crônico de álcool e nicotina.

Alguns antidepressivos, e a interrupção brusca de "medicamentos para dormir" (hipnóticos), também podem
causar perturbações do sono.

Quais os sintomas
Os sintomas da insônia podem ser a dificuldade em adormecer, a interrupção freqüente do sono ou o
despertar precoce.

A insônia pode ter repercussão no dia-a-dia, diminuindo a capacidade de desempenho físico e psíquico
(cansaço diurno, diminuição da atenção e concentração, etc.) e determinando alterações do humor
(irritabilidade, depressão).

188
Como se diagnostica
O diagnóstico de insônia é feito perante uma perturbação persistente do sono. Devem ser identificados, para
que se possam corrigir, os fatores precipitantes ou subjacentes, como sejam a situação emocional e afetiva, o
horário de trabalho, o consumo de cafeína, o álcool, a nicotina e outros estimulantes, os hábitos
medicamentosos, o ambiente e rituais de sono.

PREVENÇÃO DE ACIDENTES (1)

Com eletricidade

1. Manter as instalações em bom estado, para evitar sobrecarga, mau contato e curto-circuito.

2. Não usar tomadas e fios em mau estado ou de bitola inferior à recomendada.

3. Nunca substituir fusíveis ou disjuntores por ligações diretas com arames ou moedas.

4. Não sobrecarregar as instalações elétricas com vários utensílios ao mesmo tempo, pois os fios
esquentam e podem ocasionar um incêndio.

5. Nunca deixe ferro elétrico ligado quando tiver que fazer alguma outra coisa, mesmo que seja por
alguns minutos, pois isto tem sido causa de grandes incêndios.

6. Observe se os orifícios e grades de ventilação dos eletrodomésticos (como T.V., vídeo e forno de
microondas) não se encontram vedados por panos decorativos, cobertas, etc.

7. Não deixar lâmpadas, velas acesas e aquecedores perto de cortinas, papéis e outros materiais
combustíveis.

8. Se a casa ficar desocupada por um período prolongado, desligue a chave elétrica principal.

189
VALE APENA TER MEDO DE IR AO DENTISTA?

«Dentistas, nem vê-los!». Vale a pena ter medo de ir ao dentista? Esclareça as dúvidas e afaste os medos.

Vale a pena ter medo de ir ao dentista?


Não, no entanto é ainda vulgar ouvir dizer: «dentistas, nem vê-los!». Este fato vem das gerações passadas
onde a prática da medicina dentária era, sem sombra de dúvida, algo muito desagradável. Nestes últimos
anos, este fato tem vindo a ser alterado. A tecnologia que atualmente existe, associada a um maior
conhecimento científico, permite que nos nossos dias a ida ao consultório dentário (de profissionais
legalizados) esteja a anos de luz de distância das consultas dos anos passados. Infelizmente é ainda vulgar
ouvir os pais dizerem aos filhos que o dentista é o senhor que lhes vai arrancar os dentes todos, ou que ir ao
dentista é uma coisa péssima. Deveremos evitar estes comentários junto das crianças. Estas atitudes só os
vão assustar.

Com que regularidade se deve ir ao dentista ou ao?

A resposta mais normativa é aquela que aconselha uma visita anual ao dentista, se for essa a decisão da
equipa de saúde oral do seu consultório dentário. No entanto, como todos nós somos diferentes, por vezes
essa freqüência pode ter que ser mais curta. A freqüência está diretamente relacionada com a tendência de
cada um de nós para as doenças orais, das necessidades de tratamento e da manutenção desses tratamentos.

Quando é que deve ser a primeira visita ao dentista?

190
É importante termos primeiro a noção que a altura de maior risco para o aparecimento da cárie dentária,
acontece quando os dentes estão a nascer e ainda não tocam uns nos outros (ocluem) quando fechamos a
boca. Dentro desta perspectiva, a primeira vista ao dentista deve ser por volta dos 2 anos de idade.

É caro cuidar dos dentes?

O tratamento mais eficaz das doenças orais chama-se "controle da placa bacteriana". Se, de uma forma
eficaz, usarmos diariamente a escova de dentes, a fita dentária e um dentifrício fluoretado, estaremos, de
uma forma econômica, a tratar e a prevenir as doenças da boca. Tendo em conta que: não é preciso uma
grande quantidade de pasta para ela ser eficaz e o preço dos dentifrícios e das escovas dos dentes não são
proporcionais à sua eficácia. Se a isto associarmos que estes hábitos são os principais para o controlo das
doenças orais, poderemos concluir que, com atitudes simples e eficazes, poupamos muitas chatices e
dinheiro.

ABELHAS (7)

Cuidados gerais para evitar picadas de abelhas

 Use roupas claras, pois, as escuras atraem as abelhas

 Não use perfume, sabonete, loção pós-barba e spray fixador para cabelo

 Evite movimentos bruscos e excessivos quando próximo à colméia

 Não grite: as abelhas são atraídas por ruídos, principalmente os agudos

 Evite operar qualquer máquina barulhenta próximo à colméia

 Preste atenção ao zumbido característico de um enxame

 Tenha cuidado ao entrar em local que possa abrigar colméia

 Examine a área de trabalho antes de usar equipamentos motorizados

 Idem, idem ao amarrar animais domésticos ou gado

 Mantenha-se alerta ao executar as práticas culturais

191
 Para remover colméias, chame os bombeiros, um apicultor ou firma especializada

 Ensine as crianças a se precaverem e não molestarem as abelhas

 Pergunte ao Médico sobre Primeiros Socorros e o que fazer se for alérgico a picadas

 Observe se há abelhas entrando ou saindo do mesmo lugar

Os especialistas concordam que o melhor método para escapar de um ataque de abelhas é cobrir a cabeça e
correr para um abrigo.
Como regra geral, mantenha-se afastado de todo enxame ou colméia. Se encontrar alguma, afaste-se
imediatamente. Ao correr, trate de proteger o rosto e os olhos, tanto quanto possível. Refugie-se num carro
ou casa. A água (mergulhar no rio) e a vegetação densa não oferecem proteção suficiente. Não fique parado e
nem trate de sacudir-se ou afugentá-las: os movimentos rápidos (e os sons agudos) provocam que as abelhas
piquem.

Ao ser atacado, se você não tiver um pano (lenço, toalha, etc.) para cobrir a cabeça, faça-o com a própria
camisa. As picadas nas costas e no peito que você deverá levar serão menos graves do que as que ocorreriam
no rosto.

Uma medida preventiva recomendável é levar sempre no bolso um capuz de pano ou de tela de mosquiteiro.

O ATENDIMENTO INICIAL AO TRAUMATIZADO

O socorrista deverá inicialmente avaliar o ambiente onde ocorreu o acidente, procurando identificar ameaças
à sua segurança ou à segurança da vítima, tais como, riscos de atropelamento, colisão, explosão, eletrocução,
desabamento, etc.

No caso de existirem condições de risco na cena do acidente, remova a vítima para um local seguro e, em
seguida, realize a avaliação e os procedimentos de socorro pré-hospitalar necessários.
192
Todas as precauções devem ser tomadas durante os exames e manipulação da vítima, a fim de evitar a
contaminação do socorrista por agentes infecciosos, por produtos químicos (tóxicos, corrosivos, radioativos)
presentes na superfície do corpo do acidentado, por seu sangue e/ou suas secreções. Recomenda-se o uso de
luvas e, eventualmente, de máscaras e óculos de proteção, durante todo o socorro ao vitimado. O socorrista
deverá ter o máximo cuidado no manuseio de materiais de corte (tesouras, canivetes), vidros, objetos
pontiagudos, etc.

Confirmada a situação de emergência, o atendimento deverá ser imediato e realizado de acordo com as
peculiaridades de cada caso. Entretanto, existem normas gerais de atendimento que são úteis por fornecerem
uma orientação em relação às condições que precisam ser identificadas e tratadas de modo prioritário.

Esta prioridade é determinada pela gravidade, em termos de risco de vida imediato, que acompanha tais
condições, pois o objetivo inicial do atendimento é o da preservação da vida. Por esse motivo, assim que vão
sendo reconhecidas as lesões da vítima, medidas de socorro destinadas a controlá-las deverão ser instituídas.

O crescente número de vítimas que apresentam infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
aumentam o risco do socorrista ao se expor a sangue e outras secreções orgânicas procedentes de acidentados
infectados. É pois, essencial, que os socorristas considerem todas as vítimas de traumas como
potencialmente infectadas e empreguem durante todo o socorro, as regras de segurança individual
(precauções universais) para minimizarem os riscos de exposição.

No socorro pré-hospitalar, definimos equipamento de proteção individual (EPI) como um dispositivo


destinado a proteção da integridade física do socorrista, durante a realização de atividades onde possam
existir riscos potenciais a sua pessoa. Os principais EPIs são as luvas de látex descartáveis, os óculos e
máscaras faciais de proteção e, as próprias roupas do socorrista. Além dos EPIs, o socorrista deve preparar
também materiais básicos de atendimento, tais como: tesoura para cortar roupas, esfigmomanômetro,
estetoscópio e lanterna para o exame pupilar.

Recomenda-se no atendimento inicial ao traumatizado, que o socorrista execute rotinas de segurança, dentre
as quais destacamos:

1. Use sempre EPIs;

2. Cheque constantemente as condições de funcionamento de seus materiais de trabalho;

3. Higienize todos os EPIs e materiais básicos após seu uso (contaminação);

4. Antes e após cada atendimento, lave bem as mãos com água e sabão.

Lembre-se:

A segurança individual do socorrista vem sempre em primeiro lugar.

Nada justifica esquecer-se das precauções universais.

193
194
FRATURAS (1)

O esqueleto humano é a estrutura de sustentação do corpo sobre o qual se apóiam todos os tecidos. Para que
possamos nos mover, o esqueleto se articula em vários lugares e os músculos que envolvem os ossos fazem
com que estes se movam. Esses movimentos são controlados pela vontade e coordenados por nervos
específicos.

Existem diferentes formas de lesões nessas estruturas. Os ossos podem quebrar-se (fratura), desencaixar-se
em alguma articulação (luxação) ou ambos. Os músculos e os tendões que os ligam aos ossos podem
também ser distendidos ou rompidos.

Fraturas

Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da continuidade de um osso. A fratura
pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura simples não há o rompimento da pele sobre a
lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente, possibilitando sangramentos
e um aumento do risco de infecção.

No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da lesão. O socorrista poderá
identificar também, deformidades, edemas, hematomas, exposições ósseas, palidez ou cianose das
extremidades e ainda, redução de temperatura no membro fraturado.

A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou suspeitas de fraturas.


Quando executada de forma adequada, a imobilização alivia a dor, diminui a lesão tecidual, o sangramento e
a possibilidade de contaminação de uma ferida aberta.
195
As roupas da vítima devem ser removidas para que o socorrista possa visualizar o local da lesão e poder
avaliá-lo mais corretamente. As extremidades devem ser alinhadas, sem no entanto, tentar reduzir as fraturas
expostas.

Realize as imobilizações com o auxílio de talas rígidas de papelão ou madeira, ou ainda, com outros
materiais improvisados, tais como: pedaços de madeira, réguas, etc.

Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado, o socorrista deverá cobrir o ferimento com um
pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá a possibilidade de contaminação e controlará as
hemorragias que poderão ocorrer na lesão.

É importante que nas fraturas com deformidade em articulações (ombros, joelhos, etc), o socorrista imobilize
o membro na posição em que ele for encontrado, sem mobilizá-lo.

EM ARTICULAÇÕES, IMOBILIZE O LOCAL SUSPEITO DA FRATURA, NA POSIÇÃO


ENCONTRADA INICIALMENTE

A auto-imobilização é uma técnica muito simples, que consiste em fixar o membro inferior fraturado ao
membro sadio, ou o membro superior fraturado ao tórax da vítima. É uma conduta bem aceita em situações
que requeiram improvisação. Esta técnica é também muito utilizada no atendimento de fraturas nos dedos da
mão.

Na dúvida, imobilize e trate a vítima como portadora de fratura até que se prove o contrário.

Nas fraturas associadas com sangramentos significativos, o socorrista deverá estar preparado para atender
também o choque hipovolêmico

196
197
ESCORPIÕES (2)

Principais Espécies

Os escorpiões de importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus, que é o mais rico em espécies,
representando cerca de 60% da fauna escorpiônica neotropical. As principais espécies são: Tityus serrulatus,
responsável por acidentes de maior gravidade, Tityus bahiensis e Tityus stigmurus. O Tityus cambridgei
(escorpião preto) é a espécie mais freqüente na Amazônia Ocidental (Pará e Marajó), embora quase não haja
registro de acidentes. As diversas espécies do gênero Tityus apresentam um tamanho de cerca de 6 a 7cm,
sendo o Tityus cambridgei um pouco maior.

Tityus serrulatus

Também chamado escorpião amarelo, podendo


atingir até 7cm de comprimento. Apresenta o
tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda
amarelos sendo esta serrilhada no lado dorsal.
Considerado o mais venenoso da América do
Sul, é o escorpião causador de acidentes graves,
principalmente no Estado de Minas Gerais.

Distribuição geográfica: Minas Gerais, Bahia,


Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

Tityus bahiensis

Apresenta colorido geral marrom-escuro, às


vezes marrom-avermelhado, pernas amareladas
com manchas escuras. Fêmures e tíbias dos
pedipalpos com mancha escura. A mão do
macho é bem dilatada.

É o escorpião que causa os acidentes mais


freqüentes no Estado de São Paulo.

198
Distribuição geográfica: Bahia até Santa
Catarina e Mato Grosso do Sul.

Tityus stigmurus

Apresenta colorido geral amarelo-claro com um


triângulo negro na cabeça e uma faixa
longitudinal mediana e manchas laterais no
tronco.

Distribuição geográfica: Nordeste do Brasil.

Tityus cambridgei

Apresenta colorido geral castanho-


avermelhado, com pontos de cor clara. O
macho apresenta uma cauda mais longa que a
fêmea.

Distribuição geográfica: Região Amazônica.

Tityus trivittatus

Apresenta colorido amarelo-escuro, com três faixas longitudinais quase negras, podendo haver pequenas
variações na cor. Atinge cerca de 7cm de tamanho.

Distribuição geográfica: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais
e Rio de Janeiro.

199
A LIÇÃO DA BORBOLETA

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.

Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas conforme ela se esforçava para fazer com que seu
corpo passasse através daquele pequeno buraco.

Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e
não conseguia ir mais longe.

Então o homem decidiu ajudar a borboleta, ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta
então saiu facilmente.

Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas se
abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo.

Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas
encolhidas.
200
Ela nunca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o
esforço necessário a borboleta era para passar através da pequena abertura era o modo que Deus fazia com
que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez
que estivesse livre do casulo.

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.

Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados.

Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido.

Nós nunca poderíamos voar.

MOTOCICLISTAS (3)

A maneira certa de frear

Ao contrário dos automóveis, que têm um só pedal de freio, os veículos de duas rodas possuem comandos
separados para os freios dianteiro e traseiro. Numa frenagem, o peso do piloto e do veículo recaem sobre a
roda dianteira, aumentando o atrito entre o pneu dianteiro e o solo, enquanto a roda traseira fica aliviada.
Mas não se deve utilizar somente o freio dianteiro, e sim os dois ao mesmo tempo e progressivamente.
Quanto maiores a velocidade e a necessidade de frear, maior a intensidade de aplicação do freio dianteiro,
sempre com cuidado para não bloquear (travar) qualquer das rodas.

Indo para a estrada

Viajar. Pegar uma estrada bonita, montando um cavalo de aço. Sensação indescritível, momento em que mais
se sente o prazer de pilotar. Mas na estrada as velocidades são mais altas, o tempo de permanência sobre o
selim é maior e as coisas acontecem mais depressa. As precauções passam a ter maior importância: as
condições dos freios e dos pneus, o funcionamento dos avisadores óticos, o nível de óleo para o motor.
Aquela revisão geral durante o abastecimento torna-se mais importante do que nuca. Parar a 40 km/h é uma
coisa; para a 80, 100 ou mais quilômetros horários, outra completamente diferente.

201
Pneus que são considerados razoáveis numa rua a baixa velocidade, podem ser totalmente inadequados a
longas puxadas a velocidades de estrada. O calor é o maior inimigo do pneumático, e a temperatura aumenta
muito a velocidade e o tempo de uso continuado.

Na estrada você deve olhar mais à frente do que na cidade, pelo simples fato de que você vai precisar de
mais espaço e tempo para parar. Os outros também precisam ver você a uma distância maior. Além do farol,
as cores de sua roupa vão determinar a facilidade com que você será visto, e a que distância. Cores claras e
berrantes, como laranja e o amarelo, são mais facilmente visíveis; cores escuras como preto, azul e verde,
são as mais difíceis de se ver de dia e de noite; o vermelho é muito visível de dia, mas some à noite; o branco
tende a desaparecer de dia de encontro ao cinza do asfalto, mas aparece bem à noite. Faixas refletivas nas
costas, frente e braços da jaqueta, em qualquer cor, são ideais.

Velocidade e segurança

Velocidade é um aspecto fundamental da segurança. Se você precisa de 15 metros para parar a 40 km/h, por
exemplo, não que dizer que vai conseguir parar em 30 metros a 80 km/h: você vai precisar de quatro vezes a
distância para o dobro da velocidade, sempre. Portanto, a 80 km/h, vai precisar de 60 metros. É um princípio
de Física, e nada pode ser feito para mudá-lo.

Na estrada, a posição ideal é a do centro da faixa, que você esteja sozinho na estrada, ou atrás de outro
veículo. Se estiver atrás de alguém, guarde boa distância dele: ele tem quatro rodas para frear, você só tem
duas, e precisa portanto duas vezes mais atenção.

Mas não importa, você tem também duas vezes a curtição. Se o tráfego começar a ficar muito intenso, com
muitos veículos em volta, posicione-se mais à esquerda, seguindo a faixa deixada pelos pneus do carro à
frente. Assim, no caso de uma frenagem inesperada, você pode sair pela esquerda dele. Essa posição também
é a melhor em caso de chuva, quando você deve aproveitar as trilhas deixadas pelos pneus dos veículos à
frente, para passar sobre menos água.

202
203
PRIMEIROS SOCORROS (4)

Hemorragia
As hemorragias também fazem parte dos acidentes básicos a serem abordados em um treinamento de
primeiros socorros. A perda de sangue através de ferimentos ou cavidades naturais como nariz, boca e
ouvidos, ou resultantes de traumatismos internos, pode levar a pessoa à morte se não houver um socorro
adequado e imediato. Antônio e Elaine Buono exemplificam que trabalhadores expostos a altas temperaturas,
ou vítimas de traumas locais podem ser acometidos de hemorragia nasal. Se ela for intensa, consultar o
médico. Nesta situação, o socorrista deve sentar a vítima com a cabeça inclinada para trás, cuidando com a
possibilidade de asfixia. Apertar com os dedos a narina sangrante por cinco segundos, fazendo-o respirar
pela boca. Se não adiantar, colocar um chumaço de algodão na narina embebido com água oxigenada. Por
último, coloque uma toalha úmida e fria sobre o rosto da vítima. É muito importante que ela não assoe o
nariz pelo menos uma hora após cessar a hemorragia.

Queimaduras
Calor, eletricidade, produtos químicos e radiações são os principais agentes deste tipo de lesão. Dependendo
da profundidade, existem queimaduras de primeiro grau - vermelhidão na pele e ardência - e de segundo
grau - vermelhidão na pele mais bolhas que podem desprender-se, com dor mais acentuadas. As de terceiro
grau atinge todas as camadas da pele, afetando os tecidos mais profundos como músculos e tendões. De
acordo com a área queimada, a gravidade é dividida em pequena queimadura e grande queimadura. A
pequena queimadura é quando a área queimada é menor ou equivalente a um dos membros superiores. Neste
caso, lave a área queimada com bastante água e cubra com pano limpo. Dê um analgésico para aliviar a dor e
encaminhe para o pronto-socorro. A grande queimadura é quando a área queimada é superior ou equivalente
a um dos membros superiores. Para esta situação, mantenha a vítima deitada e também lave a área atingida,
cobrindo-a. Faça respiração artificial se ocorrer parada respiratória . Se a vítima estivr consciente, dê
bastante água para evitar desidratação e estado de choque. Encaminhe ao atendimento médico. Em caso de
queimadura nos olhos, cubra-os com pano úmido e encaminhe a vítima ao médico. Se for causado por
produto químico, mantenha os olhos abertos, irrigando-os com água sob pressão, durante 15 minutos. Cubra-
os e leve o acidentado ao hospital.

204
ANIMAIS PEÇONHENTOS (2)

Considerações Gerais

Dos animais ditos "peçonhentos", a cobra, de longe, é o mais perigoso para o homem do campo.
A maioria sendo de hábitos noturnos e possuindo movimentos lentos, a maior chance de ser picado por uma
cobra venenosa é quando pisamos nela. Portanto, olhe por onde pisa . Esta é a razão porque a maioria dos
acidentes com picadas de cobras acontece na perna, até a altura do joelho. Assim sendo, o Equipamento de
Proteção Individual (EPI) mais indicado é uma bota de cano alto, como a que pode ser vista na foto ao lado.
Existe um soro específico para cada espécie de cobra. Isso nos conduz à necessidade de sabermos identificá-
las ou, pelo menos, distinguir entre uma cobra venenosa e outra não venenosa.

Todas as cobras que têm um orifício (chamado fosseta) entre os olhos e a narina, são venenosas. A coral
verdadeira é a única que não tem. Se tiver essas fossetas e chocalho na cauda, é cascavel. Se tiver fosseta
mas não tiver chocalho, é jararaca; a não ser que tenha pele com escamas, como a jaca, sendo nesse caso
identificada como picos-de-jaca .Como vimos, a coral verdadeira é a única cobra venenosa que não tem
fossetas. Entretanto, o seu padrão de cores e desenhos anelados é inconfundível: anéis vermelhos alternados
com anéis claros e escuros, em volta de todo o corpo.Além disso, possui dois dentes salientes, na frente da
boca.

Outra característica das cobras venenosas é a cabeça triangular, quando vista de cima.

Mais uma vez, a cobra coral verdadeira faz exceção, pois sua cabeça não possui a forma triangular.

A forma relativamente brusca como a cauda se afina, é outra característica marcante das cobras venenosas.

Aqui as corais verdadeiras, também, fogem à regra.

Como identificar uma cobra venenosa

VENENOSA NÃO VENENOSA


CABEÇA triangular arredondada
OLHOS pequenos grandes
FOSSETA tem não tem
205
DESENHOS DAS ESCAMAS irregulares simétricos
CAUDA afina rapidamente afina gradativamente
DENTES 2 presas dentes pequenos e iguais
PICADA 2 marcas mais profundas orifícios pequenos e iguais

PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (2)

Importância da prevenção de acidentes oculares

A proteção dos olhos é uma necessidade urgente, e imperativa, não apenas pelo desejo de bem estar dos
indivíduos, mas também por razões de ordens sócio-econômicas, como o aumento da produtividade.

Com o aumento da industrialização e a diminuição das medidas profiláticas, os acidentes oculares de


trabalho têm ocorrido com uma freqüência cada vez maior, sendo necessárias medidas eficazes para preveni-
los e evitá-los.

Tais acidentes são responsáveis, muitas vezes, por gerar incapacidade e limitações nos indivíduos, por
provocarem cegueira. Nos Estados Unidos ocorrem uma média de 1.000 acidentes oculares de trabalho por
dia, apesar de todo um esforço na sua prevenção.

Por ser a visão o sentido mais importante, os olhos são extremamente essenciais para o operário e lesões
mínimas podem impossibilitá-lo para o trabalho.

É importante ressaltar que aproximadamente 98% dos acidentes são evitáveis, ou seja, a cada 100 acidentes,
apenas 2 deveriam acontecer.

Historicamente, Remazzini em 1700 relatou a importância da prevenção de acidentes oculares, e também a


dificuldade em realizá-la, devido principalmente à falta de compreensão e colaboração dos trabalhadores em
adotarem medidas simples de precaução.

206
VESPAS E MARIMBONDOS

As vespas são também conhecidas como marimbondos ou cabas. Algumas famílias de vespídeos como
Synoeca cyanea (marimbondo-tatu) e de pompilídeos como Pepsis fabricius (marimbondo cavalo) são
encontrados em todo o território nacional.

A composição de seu veneno é pouco conhecida. Seus principais alérgenos apresentam reações cruzadas com
os das abelhas e também produzem fenômenos de hipersensibilidade. Ao contrário das abelhas, não deixam o
ferrão no local da picada. Os efeitos locais e sistêmicos do veneno são semelhantes aos das abelhas, porém
menos intensos, e podem necessitar esquemas terapêuticos idênticos.

207
DIREÇÃO DEFENSIVA (5)

Colisão com animais

Ocorrem com mais freqüência nas zonas rurais, pois os animais muitas vezes rompem as cercas e invadem a
estrada sem que o dono perceba de imediato.

Lembre-se de que o animal não pensa e dificilmente tomará a atitude correta ou a que você espera.

Portanto, assim que perceber qualquer animal na pista, reduza a marcha até que o tenha ultrapassado e nunca use
a buzina, pois poderá assustá-lo e fazer com que se volte contra o seu veículo.

A luz também, às vezes, cega o animal e o impede de sair da via para que você passe.

Mantenha sempre a calma, analise a situação e tome a melhor atitude para o momento.

Colisão com objetos fixos

Ocasionado geralmente por culpa do próprio condutor, por mau golpe de vista, quando cansado ou com sono,
sob influência de álcool ou medicamentos, excesso de velocidade, desrespeito às leis e à sinalização de trânsito.

Para evitar esses acidentes, o condutor defensivo deve tomar todas as medidas necessárias à segurança e estar
atento o tempo todo ao que ocorre ao longo da via.

208
Lembre-se de que a velocidade ideal é aquela que lhe permite andar com segurança em qualquer tipo ou
condição de via e trânsito, parando o veículo a tempo de evitar uma colisão.

Colisão com trens

Quando ocorrem é por falta de atenção ou pressa do condutor, mas tomando alguns cuidados, são facilmente
evitáveis.

Não parar o veículo antes de cruzar linha férrea, resulta em multa, sendo considerado infração gravíssima.
Art 212 - CTB.
Respeite a sinalização existente quando houver, preste atenção redobrada na hora de transpor a linha férrea
(passagem de nível) e lembre sempre que o trem não pode parar da mesma forma que você.

CONHEÇA MAIS SOBRE A HEPATITE (2)

Tratamento

O primeiro passo é procurar um médico especialista que irá indicar a medicação necessária. O tratamento é
necessário nos casos de hepatite crônica. Atualmente, esses remédios, que custam aproximadamente mil
reais por mês, são doados gratuitamente pelo Ministério da Saúde do Brasil.

O índice de cura chega a 60% incluindo os pacientes que mesmo tendo o vírus não desenvolvem a doença.
Mesmo assim os números são assustadores. De cada 100 pessoas contaminadas, 30 se curam sem qualquer
tipo de medicação e outros 70% se tornam portadoras crônicas. Destes, 40 terão uma doença leve e o restante
tende a desenvolver cirrose hepática.

A cirrose hepática ataca o fígado e chega a "feri-lo" de tal forma que o paciente precisa ser submetido à um
transplante de órgão.

O tempo de espera para a operação é de aproximadamente um ano. Em estágios mais avançados, apenas 2%
dos que contraem a doença, a hepatite pode levar à um câncer hepático que, na maioria das vezes, é fatal.

Como evitar

1- Procure lavar os alimentos antes de ingeri-los


2- Use preservativos.
3- Use seringas, alicates, barbeadores descartáveis
4- Faça o exame pré-natal.
5- Pessoas que sofreram transfusão de sangue ou mantiveram relações sexuais sem uso de preservativos
antes de 1992 devem fazer o exame.

Obs: A acupuntura e a tinta da tatuagem (mesmo que a agulha seja descartável podem transmitir o vírus da
hepatite).
209
DORT – DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO
TRABALHO (3)

Prevenção

- Modificação do mobiliário:

- Conforto é essencial para a prevenção.

- Os postos de trabalho devem ser feitos para acomodar o trabalhador no seu ambiente
para que ele tenha uma movimentação eficiente e segura.

- As operações mais freqüentes devem estar ao alcance das mãos.

- As máquinas devem se posicionar de forma que o trabalhador não tenha que se curvar ou
torcer o tronco para pegar ou utilizar ferramentas com freqüência.

- A mesa deve ser planejada de acordo com a altura de cada pessoa e ter espaço para as
movimentações das pernas.

- As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato anatômico para o
quadril e encosto ajustável ao trabalhador.

210
Planejamento dos métodos de trabalho:

As pessoas devem aprender a identificar os sinais do próprio corpo, o que permite perceber o início de
qualquer desconforto. O importante é não deixar que as dores pequenas evoluam.
Pausas - As pausas nos trabalho devem permitir principalmente um alívio para os músculos mais ativos.
Diferente da pausa para a recuperação do esforço físico pesado.
Obs: ainda não existe um esquema que estipule o tempo de pausa para evitar a tensão do trabalho muscular
localizado, mas o ideal é após 50 min. 1 hora de trabalho como por exemplo em frente ao computador fazer
uma pausa de 5 a 10 min. por hora..
Durante a pausa, pode-se levantar, caminhar um pouco e se possível fazer um exercício de alongamento.
Exemplo: Entrelaçar os dedos das mãos, virando as palmas das mãos para frente e esticando os braços para
frente e para cima. Ajuda a relaxar o braço.
Outro alongamento é flexão e extensão de pescoço.
Fortalecimento muscular: Em casa para fortalecer os dedos da mãos, punhos e antebraços é apertar uma bola
de tênis ou de borracha repetidas vezes. Aperta com dois dedos um é sempre o polegar, vai variando os dedos
(um de cada vez).

DROGAS (4)

Como as Drogas Circulam no Corpo

As drogas circulam de maneira previsível pelo corpo e ganham maior velocidade e alcance a partir do
momento em que entram na corrente sanguínea.
O sangue circula dos tecidos para o coração através das veias. Do coração, ele parte para os pulmões para
adquirir oxigênio e liberar o dióxido de carbono. O sangue volta, então, para o coração através das artérias,
carregando consigo a droga.

As drogas podem der administradas oralmente, aspiradas pelo nariz ou inaladas até os pulmões. Podem
também ser injetadas através da pele, de uma camada de gordura, músculo ou dentro de uma veia (via
intravenosa). A injeção intravenosa é a via que produz os efeitos mais rápidos.

211
Tipos

1 - Barbitúricos

São os calmantes e sedativos, provocam alterações na capacidade de raciocínio, concentração e coordenação


motora.
Quando ingeridos em excesso, afetam as funções do sistema cardiorespiratório, podendo levar ao coma.
Enumerando-se os efeitos provocados pelo uso abusivo e indiscriminado dos barbitúricos, temos:
- Dependência física (a administração repetida de barbitúricos cria, no sistema nervoso central, um
transtorno fisiológico que obriga à continuação do consumo destas drogas para evitar o aparecimento da
síndrome de abstinência)
- Dependência psicológica (o viciado fica obcecado em obter os barbitúricos, e persiste em usá-lo apesar do
conhecimento prévio de que eles são nocivos física, psicológica e socialmente)
- Tolerância (são necessárias doses progressivamente maiores de barbitúricos para se gerarem os mesmos
efeitos iniciais)
- Depressão do centro respiratório
- Depressão do sistema nevoso central (principalmente do hipotálamo, sistema límbico, córtex cerebral)
- Depressão dos centros termo reguladores localizados no hipotálamo
- Depressão dos centros vaso motores localizados na medula
- Redução do volume de urina, gerada por alterações hemodinâmicas no rim e também pelo aumento da
secreção do hormônio antidiurético hipofisário
- Interferência na transmissão nervosa periférica do sistema autonômico ganglionar
- Interferência na liberação de neurotransmissores no sistema nervoso central
- Sensação de anestesia
- Vertigem
- Espasmo da laringe
- Potencialização dos efeitos do álcool e dos narcóticos
- Crise de soluço
- Sedação
- Redução da atividade motora
- Estimulação do sistema microssomial enzimático, aumentando a velocidade de degradação de várias drogas

Abstinência Barbitúrica
A síndrome de abstinência barbitúrica de moderada gravidade é representada pelo aparecimento dos
seguintes sintomas:
- Hipotensão arterial na posição de pé.
- Transpiração excessiva
- Hiperatividade dos reflexos
- Náusea
- Vômitos
- Ansiedade
- Apreensão
- Taquicardia
- Tremor corporal
- Abalos musculares
A síndrome de abstinência barbitúrica de importantíssima gravidade é representada pelo aparecimento das
seguintes manifestações:
- Convulsão
212
- Obnubilação
- Alucinações visuais
- Desorientação
- Delírio
- Estado parecido com o delirium tremens da abstinência alcoólica

SEGURANÇA NO LAR (5)

Prevenindo Acidentes
Antes de lavar ou encerar qualquer piso, avise as pessoas da casa ou bloqueio o acesso ao local (com uma
cadeira, por exemplo).
213
Se houver uma faxineira, peça-lhe para fazer o mesmo.
Ao lavar ou encerar pisos, utilize calçado adequado, que não escorregue.

Utilize tapete de borracha antiderrapante no boxe do banheiro. O piso e o tapete devem ser esfregados
freqüentemente, pois o acúmulo de resíduos pode torná-los escorregadios.

Não deixe tapetes soltos nas escadas.

Acostume seus filhos a não deixar brinquedos espalhados pela casa. Se o espaço é pouco, delimite uma área
para os brinquedos.

Não deixe os fios de instalação elétrica soltos.


Não deixe fios (elétricos, de telefone) estendidos em áreas de passagem.

Ensine seus filhos a não correr quando estão carregando objetos contundentes.

Não deixe para depois o conserto de tacos soltos, carpetes descolados, pisos esburacados.

Não suba em escada móvel sem antes verificar seu estado. Não converse nem se distraia quando estiver em
cima de uma dessas escadas, e evite movimentos bruscos.
Não permita que as crianças utilizem esse tipo de escada.

Cigarros
Nunca fume na cama.
Nunca fume se estiver com muito sono e relaxado diante da televisão.
Nunca fume ao encerar a casa ou lidar com álcool, parafina, solventes ou materiais de limpeza em geral.
Não use cinzeiros muito rasos. Utilize cinzeiros fundos, que protegem mais o cigarro, evitando que uma
cortina esbarre nele ou que caia por descuido no tapete.
Antes de despejar o conteúdo do cinzeiro no lixo, certifique-se de que os cigarros estão bem apagados.
Nunca jogue um cigarro aceso em qualquer tipo de lixeira.

PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS (2)

214
1. Não fume 30 minutos antes do final do trabalho.

2. Não use cestos de lixo como cinzeiros.

3. Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas, prateleiras, etc.

4. Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados.

5. Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.

6. Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.

7. Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que provisoriamente, materiais nas
escadas e nos corredores.

8. Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da tomada.

9. Não cubra fios elétricos com o tapete.

10. Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidade mínimas, armazenando-os sempre na posição
vertical e na embalagem original.

11. Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.

12. Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que esteja
familiarizado com isso.

13. Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T (benjamim).

14. Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados.

15. Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos.

16. Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo.

215
CONHECENDO O FOGO
O triângulo do fogo

Para que exista o fogo, é necessário a condição favorável, juntamente com os três elementos citados
acima, que são o comburente (ou oxigênio), o combustível e o calor.

Métodos de extinção

Os métodos de extinção visam retirar um, ou mais de um, dos três componentes do triângulo do fogo.
Ao faltar qualquer um dos 3 componentes o fogo não existirá.

Resfriamento

Ao jogarmos água em um incêndio, estamos resfriando, ou seja, retirando o componente calor.

Abafamento

Ao abafarmos, impedimos que oxigênio entre na reação. Estamos retirando o componente comburente
(oxigênio).

Isolamento

Ao separarmos o combustível da reação, estamos isolando, como o caso de se abrir uma trilha (acero) no
mato para que o fogo não passe. Desta forma estamos tirando o componente combustível.

Se as roupas pegarem fogo, PARE, DEITE-SE NO CHÃO, E ROLE.

Nunca corra se estiver com uma peça de roupa em chamas. Correr faz com que as chamas aumentem. Pare e
grite por ajuda. Depois, deite-se no chão. Cubra o rosto com as mãos. Depois role e esfregue-se para apagar
as chamas. Finalmente, refresque as queimaduras com água fria.

CUIDADOS COM O GÁS DE COZINHA (2)


216
Como proceder em caso de emergência:

Vazamento de gás sem fogo

 Feche o registro de gás;

 Afaste as pessoas do local;

 Não acione interruptores de eletricidade, qualquer faísca pode gerar uma explosão;

 Desligue a chave geral de eletricidade somente se ela estiver fora da residência;

 Não fume nem acenda fósforos ou isqueiros;

 Quando for verificar o vazamento, nunca use fogo (isqueiro, fósforo,vela...) e sim aplicando espuma
com uma esponja no local. Se fizer bolhas é porque há vazamento.

 Se ocorrer em ambiente fechado, abra portas e janelas para que o ar entre e ventile o local;

 Entre em contato com a empresa distribuidora de gás e, em casos mais graves, acione o Corpo de
Bombeiros (tel 193).

Vazamento de gás com fogo

 Chame o Corpo de Bombeiros (tel 193);

 Se possível, feche o registro de gás;

 Afaste as pessoas do local;

 Desligue a chave geral de eletricidade;

 Retire do local os materiais combustíveis que puder;

Incêndio com botijão no local

 Chame com urgência o Corpo de Bombeiros (Tel 193).

 Se possível, retire todos os botijões de gás da área de incêndio antes que o fogo os atinja;

 Evacue todas as pessoas da área;

 Mantenha a calma.

217
CINTO DE SEGURANÇA (2)

O salva-vidas terrestre
O cinto de segurança é um dispositivo simples que serve para proteger sua vida e diminuir as conseqüências dos
acidentes. Ele impede, em casos de colisão, que seu corpo se choque contra o volante, painel e pára-brisas, ou
que seja projetado para fora do carro.

Em uma colisão de veículos a apenas 40km/h, o motorista pode ser atirado violentamente contra o pára-brisas ou
arremessado para fora do carro. Alguns motoristas pensam que podem amortecer o choque segurando
firmemente no volante. Isto é ilusório, porque a força dos braços só é eficaz a uma velocidade de até 10 km/h.

Em caso de colisão, tombamento ou capotamento, primeiro o veículo bate num obstáculo, e, em seguida, os
passageiros são projetados contra o painel, o pára-brisas, ou uns contra os outros. O cinto evita esta segunda
colisão, segurando e mantendo motorista e passageiros no banco. O acidente gera uma carga que é
uniformemente distribuída ao longo de toda a área de contato do cinto sobre o corpo humano. Estas áreas são os
nossos pontos mais fortes. O próprio cinto absorve parte do impacto.

É importante sentar-se corretamente no banco e com a coluna bem reta. O cinto abdominal deve ser colocado na
região dos quadris e não na barriga. O cinto diagonal deve passar pelo ombro. O cinto não deve estar torcido
nem com folgas.

Um dos principais argumentos das pessoas que preferem discursar e correr riscos a adquirir o hábito de usar o
cinto de segurança é o de que "cintos podem machucar e provocar lesões".

Na realidade, a análise dos raros casos em que o cinto de segurança ocasionou algum tipo de trauma concluiu
que, na imensa maioria das vezes:

 o choque fora tão violento que os danos seriam maiores sem o cinto de segurança ou

 houve uso inadequado do cinto.

218
Portanto, use o cinto adequadamente.

SINTOMAS PERIGOSOS

Quando procurar um médico?


Uma boa regra para se levar em conta, para se decidir marcar consulta num médico, é se perguntar se o
sintoma que você está sentindo está incomodando há algum tempo. Sintomas persistentes são especialmente
importantes como alertas para o câncer. Apesar de na maioria das vezes serem alarmes falsos, é sempre
melhor ter os sintomas checados.

É difícil lembrar de todos os sintomas dos mais de 200 tipos de câncer, então, estabeleço os seguintes 7
sintomas que são pistas comuns do câncer:

1. Uma mudança no hábito intestinal ou urinário


Uma mudança na rotina de quantas vezes se vai ao banheiro, para urinar ou evacuar. Uma mudança em
qualquer rotina pode ser um sinal de câncer: constipação crônica, ou, contrariamente, diarréia de longa
duração, podem ser sintomas de câncer de cólon ou reto. A avaliação médica é importante, pois o tratamento
sintomático com laxativos ou constipantes pode retardar o diagnóstico.

Sangramento nas fezes também deve ser prontamente investigado por um médico, bem como também deve-
se procurar um médico caso haja dificuldade ou dor para urinar, ou sangramento na urina - pode significar
câncer de próstata ou bexiga.

2. Feridas que não cicatrizam


O câncer de pele pode sangrar, ou parecer um machucado que não cicatriza. Pode surgir em qualquer lugar
do corpo, incluindo os órgãos genitais. Estas feridas também podem aparecer na boca ou garganta, e devem

219
ser avaliadas logo que notadas; isto é particularmente importante para fumantes, ou pessoas que bebem
grande quantidade de álcool.

3. Sangramento não usual


Sangramento anormal pode ocorrer no câncer inicial ou avançado. Tosse com escarro com sangue pode
significar câncer de pulmão. Uma mulher com sangramento vaginal entre os períodos de menstruação, ou
após a menopausa, deve procurar um médico imediatamente - câncer de endométrio ou de colo do útero
podem causar sangramento vaginal.

Sangue nas fezes pode significar câncer de cólon e reto, e sangue na urina pode significar câncer de bexiga
ou rins. Secreção sanguinolenta pelo mamilo pode ser um sinal de câncer de mama.

PEDESTRES (3)

Via com sinalização

Em vias onde existe grande circulação de veículos, muitas vezes é usada uma sinalização especial
para os pedestres, além da sinalização própria para os veículos.

A sinalização especial para pedestre, muito importante para sua segurança, é representada por
semáforo, faixa de pedestre e sinalização vertical (placas). Tais sinalização algumas vezes são usadas
juntas e, para evitar acidentes, devem ser rigorosamente respeitadas. O respeito a esta sinalização
deverá ser observado com maior rigor possível, pois ela está ali para facilitar o uso da via pública e
evitar acidentes.

Observando o semáforo de controle de fluxo de pedestre, o momento adequado à travessia é àquela


em que a luz verde acende. A travessia de uma pista com sinal vermelho para o pedestre é uma
aventura perigosa, podendo vir a ser fatal.

Se no início da travessia de uma pista o pedestre verificar que o sinal ficou vermelho, deverá
imediatamente voltar para a calçada e aguardar que mude outra vez para o verde. Contudo, se já
estiver terminando a travessia, deverá concluí-la. No caso do pedestre estar em dúvida quanto ao

220
tempo de duração do sinal verde em relação ao que precisará para concluir a travessia, deverá
aguardar a próxima vez, isto é, a luz acender novamente para atravessar com segurança.

Via sem sinalização

Normalmente, em vias com pouca circulação de veículos, não existe sinalização. Nesta situação,
deverão ser observadas as seguintes normas:

 atravessar sempre utilizando os prolongamentos da calçada;

 tomar cuidado com os veículos que estão virando na esquina, pois os pneus traseiros passam mais
próximos da calçada do os dianteiros. Deve-se, por isso, esperar na calçada ou passeio, longe do
meio-fio.

 é recomendável atravessar uma pista no meio do quarteirão, apenas quando existir visibilidade no
local, isto é, quando não houver árvores, objetos ou carro estacionado;

 deve-se atravessar a pista sem correr;

 nunca atravessar a pista saindo entre dois carros parados ou estacionados.

Nas vias onde houver faixa de pedestre e semáforo de controle de fluxo de veículos, o pedestre deverá
atravessar quando tiver certeza de que os veículos estão parados. Se não estiver, espere na calçada, longe do
meio-fio.

PICADAS DE COBRAS VENENOSAS (1)

As cobras são comuns em locais onde existem muitos ratos e preás.


Nem todas as cobras são venenosas. Observar detalhes nos olhos (pupila vertical como a dos gatos), narinas
(presença de dois furos laterais, as fossetas lacrimais), cabeça (formato triangular), cauda (afunila
rapidamente), hábitos (noturno), padrão da cor (na coral verdadeira, os anéis coloridos dão a volta completa)
e outros.

No Brasil, a maioria dos acidentes ofídicos é devido a serpentes dos gêneros:

 Botrópico (jararaca, urutu e jararacuçu);

 Crotálico (cascavel);

 Laquésico (surucucu); e

 Elapídico (coral verdadeira).

221
Primeiros socorros
Em caso de picada de cobra:

1. não perca tempo em procurar ajuda, pois o tratamento deve ser feito em até 30 minutos após a picada;

2. deitar e acalmar a vítima; o acidentado não deve locomover-se com os próprios meios;

3. lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão;

4. aplicar compressa de gelo no local;

5. transportar (em maca) a vítima ao Médico mais próximo, para tratamento (aplicação do soro); e

6. levar junto a cobra (viva ou morta) para identificação.

Um procedimento que não é recomendado pelo Instituto Butantan mas que era feito até há algum tempo
atrás, na impossibilidade do transporte imediato do acidentado para um Posto Médico, logo após a picada,
puncionar em volta da picada com uma agulha esterilizada (uns 15 a 20 furos) e chupar o sangue que saisse,
cuspindo-o em seguida (nunca porém deve-se fazer isso se tiver cárie ou ferida na boca).

Não fazer em hipótese nenhuma

 Torniquete ou garrote;

 Cortar ou perfurar o local (ou próximo da) picada;

 Colocar folhas, pó de café ou qualquer substância que possa contaminar a ferida;

 Oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou qualquer outro líquido tóxico;

 Fazer uso de qualquer prática caseira que possa retardar o atendimento médico.

O PEDREIRO

Um velho pedreiro que construía casas estava pronto para se aposentar.

Ele informou o chefe, do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com sua família.

222
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pela saída do pedreiro, mas o chefe estava triste em ver um bom
funcionário partindo e ele pediu ao pedreiro para trabalhar em mais um projeto, como um favor.

O pedreiro não gostou mas acabou concordando. Foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Assim ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa construída. Depois de inspecioná-la, deu a
chave da casa ao pedreiro e disse:

- "Esta é a sua casa. Ela é o meu presente para você".

Depois, com surpresa, nós descobrimos que precisamos viver na casa que nós construímos. Se pudéssemos
fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás. Tu és o pedreiro. Todo dia
martelas pregos, ajustas tábuas e constróis paredes. Alguém já disse que: "A vida é um projeto que você
mesmo constrói".

Tuas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" em que vai morar amanhã. Portanto construa com
sabedoria!

223
DIREÇÃO DEFENSIVA (6)

Colisão com bicicletas

A maioria dos ciclistas é composta por menores ou por pessoas que desconhecem as leis de trânsito e andam
pelas vias da maneira que lhes parece melhor.

Porém, para evitar que você se envolva nesse tipo de acidente, o melhor é ficar atento principalmente à noite e
tomar precaução quando perceber um ciclista por perto.

Certifique-se de que o ciclista viu e entendeu sua sinalização, mantenha distância e cuidado ao efetuar manobras
ou abrir a porta do veículo.

O condutor defensivo é sempre capaz de evitar acidentes, apesar dos erros cometidos por outros condutores,
pedestres, passageiros e cavaleiros, que não conhecem ou não cumprem as leis.

Colisão com motocicletas

Motocicletas e similares fazem parte integrante do trânsito e seus condutores devem obedecer sempre à
sinalização e às leis de trânsito, mas isso nem sempre ocorre.

Não esqueça que a motocicleta é também um veículo (como caminhão, carro, ônibus) estando o motociclista
sujeito a direitos e deveres como qualquer outro condutor.

Muitos condutores desse tipo de veículo costumam ter comportamentos que põe em risco a segurança do trânsito
e dos usuários da via.

Não importa de quem á a culpa ou quem não cumpriu a lei. O condutor defensivo procura sempre diminuir
os riscos de envolver-se em acidentes.
Esteja alerta em relação a eles. Aumente a distância entre você e ele e na ultrapassagem, observe a mesma
distância e procedimentos, como se estivesse ultrapassando um carro.

224
HALITOSE (MAU HÁLITO) (2)

Como prevenir a halitose bucal?

Escovação adequada dos dentes e utilização diária do fio dental (os espaços entre os dentes acumulam
grande quantidade de substâncias produtoras de odor).
Limpeza da língua pela manhã e à noite (com a escova de dentes ou com limpador próprio, dependendo da
indicação do dentista).

Obs.: a correta higienização da boca (incluindo a limpeza da língua) é bastante eficaz no controle de grande
parte das alterações do hálito, além da ingestão de alimentos (que não provoquem cárie) a cada três
horas e da ingestão adequada de líquidos, sobretudo se houver predisposição à secura da boca (por uso
de medicamentos, após exercícios físicos prolongados, em períodos de estresse, após conversação
prolongada).

Em caso de halitose presente, como é feito o tratamento?

Em primeiro lugar, devem ser descartadas as hipóteses de problemas sistêmicos que possam gerar a alteração
do mau hálito. É importante lembrar, entretanto, que os mesmos não são as causas mais freqüentes da
halitose.
É imprescindível que, em caso de presença de cárie ou inflamação gengival, o tratamento adequado destas
doenças seja instituído. Nenhum tratamento de halitose terá sucesso sem o controle destes processos.
Caso seja feito o diagnóstico de halitose provocado na boca, além dos cuidados básicos já citados
anteriormente, podem ser prescritos recursos terapêuticos (em forma de bochechos, por exemplo).
Produtos encontrados à venda em supermercados e drogarias, cuja função muitas vezes se restringe apenas
ao mascaramento de odores, não devem ser utilizados aleatoriamente. O efeito de alguns deles é bastante
fugaz, podendo haver também o agravamento da halitose pela composição inadequada de determinados
produtos.
Devem ser evitados alimentos que possam aumentar a eliminação de substâncias carregadas em odor através
da expiração, como alho, cebola, repolho, brócolis, couve-flor, sardinha, presunto, ovo, queijos gordos.

225
EM CASO DE INCÊNDIO

Como agir

1. Se notar indícios de incêndios (fumaça, cheiro de queimado, estalidos, etc.), aproxime-se a uma
distância segura para ver o que está queimando e a extensão do fogo.

2. Dê o alarme pelo meio disponível aos responsáveis pela administração do prédio e/ou telefone ao
Corpo de Bombeiro - Telefone 193.

3. Se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-lo, saia do local, fechando todas as portas e
janelas atrás de si, mas sem trancá-las, desligando a eletricidade e alertando os demais ocupantes do
andar.

4. Não perca tempo tentando salvar objetos, salve sua vida.

5. Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação.

6. Procure alcançar o térreo usando a escada, sem correr, jamais use o elevador, pois a energia é
normalmente cortada, e poderá ficar parado, sem contar que existe o risco dele abrir justamente no andar
em chamas.

226
QUEIMADURAS (1)

Entre os acidentes que ocorrem com maior freqüência e que mais graves lesões podem causar encontram-se as
queimaduras. Mesmo quando superficiais, podem acarretar complicações se a área atingida for muito extensa.
Queimadura é a afecção resultante da ação do calor sobre o revestimento cutâneo. Pode ser provocada por
corpos sólidos (brasas, por exemplo), líquidos (como a água em temperaturas elevadas) ou gasosos (como o
vapor de uma caldeira). Além dos agentes térmicos, o gelo, produtos químicos cáusticos (ácidos e bases
fortes) e certas radiações podem originar uma queimadura.
As características da afecção dependem tanto da natureza do agente etiológico quanto do tempo de atuação
do mesmo sobre o tecido afetado. Em geral, os corpos em estado gasoso determinam lesões de caráter difuso
e com pequeno grau de penetração. Os líquidos se disseminam por maiores extensões, mas seu efeito se
prolonga por menos tempo. Os sólidos freqüentemente produzem lesões menos extensas, bem delimitadas e

227
com maior profundidade. As radiações podem causar alterações mais graves segundo o tipo, a distância da
fonte emissora e o tempo de exposição.
Classificação e efeitos. A avaliação das queimaduras leva em consideração a profundidade, a extensão e a
etiologia. Quanto à profundidade, classificam-se em graus: são de primeiro grau as queimaduras leves e
superficiais, que alcançam somente a epiderme; de segundo grau são as que alcançam toda a epiderme e
parcialmente a derme; de terceiro grau são as que alcançam toda a epiderme e a derme e, parcial ou
totalmente, outros tecidos mais profundamente situados.
Quanto à extensão, classificam-se segundo a porcentagem da superfície lesada, o que determina as
possibilidades de sobrevivência. Muitas pessoas podem sobreviver a uma queimadura de segundo grau que
afete setenta por cento da área do corpo, mas poucas podem resistir com vida a queimaduras de terceiro grau
que afetem cinqüenta por cento da área corporal. Quanto à etiologia, classificam-se em simples e complexas.
Do primeiro tipo são as que resultam apenas da atuação do calor (queimaduras por líquidos, vapores, sólidos
aquecidos, substâncias inflamáveis etc.). As queimaduras complexas são causadas por eletricidade, raios X,
bombas atômicas etc.
Uma forma rápida e eficaz de avaliar à primeira vista a gravidade de uma lesão por queimadura é a chamada
"regra dos nove", por meio da qual se pode determinar com razoável precisão a superfície afetada, sobretudo
em adultos. Segundo essa regra, a cabeça e o pescoço representam nove por cento da superfície total; os
braços, nove por cento cada um; as pernas 18% cada uma; as costas e a parte anterior do tronco, 18% de cada
lado (esquerdo e direito).
Ao atuar sobre o revestimento cutâneo, o calor produz inicialmente dor, cuja intensidade depende de terem
ou não sido atingidas as terminações nervosas sensitivas da pele e de que elas tenham ou não sido destruídas.
Também conforme a gravidade do caso, as queimaduras causam perda de grandes quantidades de líquidos
vitais do organismo. Palidez, queda de pressão sangüínea, frio nas extremidades do corpo e mesmo a perda
dos sentidos são conseqüências comuns. A lesão dos vasos sangüíneos pode originar sangramento.
O quadro geral se agrava com a perda de sais e íons, sobretudo de sódio e potássio, o que altera de forma
drástica o equilíbrio iônico e osmótico do indivíduo. Além de transtornos nervosos e emocionais, a vítima
também se encontra sujeita ao risco de infecções, inclusive a tetânica, dado que as áreas atingidas se
encontram sem a proteção de seus tecidos tegumentares. A ação de germes gram-negativos tem sido a
principal causa de morte de vítimas de queimaduras depois de vencida a fase do choque. Outra complicação
temível das queimaduras é o comprometimento das funções renais, pois como a função excretora da pele está
paralisada em grande parte, as toxinas acumuladas no organismo podem provocar septicemia, processo
infeccioso generalizado em que o sangue desempenha papel propagador. As cicatrizes viciosas, que
deformam o corpo e provocam aderências, são uma das seqüelas que mais afetam psicologicamente o
queimado.

228
229
PROTEÇÃO SOLAR (2)

O que se pretende de um protetor solar?

Em primeiro lugar é importante que se saiba que existem, dentro da mesma gama de protetores, vários
produtos diferentes, não só quanto à sua textura como ao seu IPS (Índice de Proteção Solar) ou capacidade
de proteção.

Esta capacidade de proteção visa, antes de tudo, evitar a todo o custo que a pele fique vermelha depois de um
determinado tempo de exposição.

A coloração da pele pode ser muito diferente de indivíduo para indivíduo, indo desde o albino (sem produção
de melanina), ao ruivo (muito pouca produção de melanina), passando pelo loiro ao moreno claro (com
produção moderada de melanina) aos indivíduos com pele morena (produção normal ou abundante de
melanina), com pele mediterrânica (com grande produção de melanina) acabando nos indivíduos com pele
negra (com quantidade de melanina máxima). Tendo em conta estes tipos, assim deve ser escolhido o
protetor solar.

Desta forma, a escolha do protetor solar deve ser baseada nesta classificação, ou seja no fototipo individual.

Em termos gerais as regras são:

1. quanto mais clara for a pele, menos tempo deve permanecer ao sol, em especial nos primeiros dias de
exposição;

2. quanto mais clara for a pele, mais elevado deve ser o IPS do seu protetor solar;

230
3. quanto mais clara for a pele, maior deve ser o período de aplicação de um protetor com IPS muito
elevado.

Os cuidados relativos à exposição ao sol devem ser respeitados porque não existe nenhum protetor
absolutamente infalível.

Para maior segurança da sua pele, reaplique o seu protetor de hora a hora e sempre depois de cada banho de
mar, mesmo que venha prescrito na embalagem "resistente à água".

É importante ainda considerar que o termo "ecrã total" não significa total proteção, pelo que se compreenda
que dentro desse grupo de produtos possam existir de diferentes IPS. Existem ainda outros protetores cujo
IPS é elevadíssimo sem a denominação acima descrita. Também se deve certificar que o seu protetor inclui
proteção contra os UVB e UVA.

O essencial é que qualquer que seja o fototipo (com exceção para a pele mediterrânica e para a negra) deve
usar um protetor elevado nos primeiros dias, podendo reduzir o seu fator de proteção à medida que a pele vai
escurecendo cada vez mais.

ABELHAS (8)

Equipamentos de proteção individual


Os Equipamentos de Proteção Individual - E.P.I. utilizados no trato com as abelhas são mostrados na figura
ao lado.

Compõe-se de chapéu, capuz, macacão, luvas, fumigador, botas, etc. Praticamente só são utilizados por
apicultores e equipes especializadas em remoção de colméias, seja do Corpo de Bombeiros ou de firmas
especializadas no controle de insetos.

O capuz citado logo acima, seria um EPI recomendado para o agricultor comum.

O que fazer após ter sido atacado por um enxame de abelhas


Os efeitos das picadas das abelhas variam de intensidade, na dependência do número de ferroadas e da
sensibilidade do indivíduo ao veneno.

Quando perturbadas, as abelhas emitem um feromônio de alarme (iso-pentil acetato) e altas concentrações
são depositadas com o ferrão no local da picada. Uma só abelha pode armazenar 0,1 mg de veneno e até 500
ferroadas (ou bem menos se a pessoa for alérgica) podem ameaçar a vida de um adulto.

O veneno da abelha é uma substância (na verdade, várias) que penetra na pele com o ferrão.
Como o veneno se manifesta

Forte dor, nos primeiros 2 a 3 minutos, proporcional ao número de picadas e conforme o local do corpo

1. Inchação mais ou menos acentuada, de acordo com o local do corpo atingido

231
2. Vermelhidão no local da ferroada

3. Coceira local ou generalizada (nas pessoas alérgicas)

4. Aumento da temperatura corporal, principalmente no local da picada

5. Falta de ar (dificuldade de respirar)

6. Os lábios adquirem cor azulada (em casos de alergia)

Primeiros socorros

Uma pessoa alérgica vai apresentar os primeiros sintomas 3 a 4 minutos após receber a(s) picada(s):
dificuldade de respirar, pele avermelhada e até desmaio. Nesses casos, o melhor é não tentar atender em casa,
mas levá-la ao Hospital para os Primeiros Socorros, o quanto antes.

LEGISLAÇÃO (8)

Seção XIII - das atividades insalubres ou perigosas

Art.189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou
métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Art.190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará
normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos,
meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.

Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do
trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos.

Art.191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:

I. com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;

II. com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade
do agente agressivo a limites de tolerância.

232
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as
empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.

Art.192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos
pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por
cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem
nos graus máximo, médio e mínimo.

Art.193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo
Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato
permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
§1o O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta
por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações
nos lucros da empresa.
§2o O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura Ihe seja devido.

Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a


eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo
Ministério do Trabalho.

Art.195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do


Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
§1o É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao
Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de
caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.
§2o Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em
favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não
houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
§3o O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do
Trabalho, nem a realização ex-ofício da perícia.

Art.196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade


serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do
Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11 .

Art.197 - Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho,


quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro
imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional .

Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo afixarão, nos
setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e substâncias
perigosos ou nocivos à saúde.

233
TRAUMAS DE CRÂNIO

As lesões da cabeça incluem o traumatismo do couro cabeludo, do crânio e do cérebro. Acidentes com
batidas fortes na cabeça são geralmente acompanhadas de hemorragias no cérebro, as quais, se não
corrigidas de forma urgente, podem causar lesões graves e até a morte.

O traumatismo crânio-encefálico (TCE) afeta todos os sistemas do organismo e seus sinais e sintomas mais
comuns são: os sangramentos pelo nariz, boca e ouvidos, a perda da consciência, anormalidade no diâmetro

234
das pupilas (pupilas desiguais), convulsões, equimoses ao redor dos olhos e atrás dos ouvidos, deformidades
no crânio, alterações do ritmo respiratório ou até a parada da respiração, entre outros.

Ao atender uma vítima com suspeita de TCE, o socorrista deverá presumir que ela possua também uma lesão
na coluna cervical, até se prove o contrário. O transporte da vítima deverá ser realizado numa maca rígida,
com a cabeça e o pescoço mantidos em alinhamento com o eixo do corpo. Deveremos também imobilizar a
cabeça e o pescoço com um equipamento denominado de colar de imobilização cervical.

Os cuidados emergenciais necessários para atendimento de uma vítima com lesões cranianas ou encefálicas
são os seguintes:

1. Mantenha as vias respiratórias sempre permeáveis (abertas);

2. Controle as hemorragias externas por compressão;

3. Avalie as lesões associadas na coluna cervical;

4. Imobilize e transporte para um hospital com constante observação dos sinais vitais.

Durante o transporte para o hospital, posicione a vítima de TCE deitada com a cabeça levemente elevada
(quando a lesão é isolada). Se houver lesão associada na coluna cervical, mantenha-a deitada na maca rígida
e eleve o cabeçeira da maca, sem movimentar a região do pescoço.

Se a vítima apresentar hemorragia, deverá ser transportada em decúbito lateral ou seja, deitada sobre a lateral
do corpo (para evitar a aspiração de vômito ou a obstrução das vias aéreas com sangue).

235
DIRIGIR COM SEGURANÇA (4)

Pane na estrada - Nunca pare na pista. Encoste o carro, ligue o "pisca-alerta" e sinalize com o triângulo
de segurança, bem afastado do veículo (cerca de 40 passos).Nunca fique parado na estrada ao lado do
carro, pois existe perigo iminente de atropelamento.

Utilização da buzina - A buzina deve ser utilizada quando for preciso pedir passagem ou quando houver
necessidade de alertar outro veículo ou pedestre sobre uma situação de perigo.

Faróis - Ao trafegar no crepúsculo ou à noite, deve-se utilizar os faróis baixos. As lanternas servem
apenas como sinalizadores de dimensão do veículo e não devem ser usadas como substitutas dos faróis. Os
faróis altos são destinados à iluminação de maior profundidade (cerca de 105 m), tendo portanto, a
intensidade de luz mais forte. Devem ser usados quando não há veículos em sentido contrário ou a nossa
frente. Evite olhar para os faróis do veículo que trafega em sentido contrário, evitando o ofuscamento,
concentrando-se nos sinais orientativos da estrada.

Luzes direcionais (setas) - Todas as suas manobras devem ser adequadamente sinalizadas, se for preciso
faça ainda gestos com asmãos. Isto reduz as possibilidades de acidentes.

Pedestres - O tipo de acidente que faz maior número de vítimas no Brasil é o atropelamento. E os mais
atingidos são sempre as crianças, os idosos, os alcoolizados e os deficientes. Esteja sempre alerta aos
pedestres. Reduza a velocidade quando trafegar próximo a aglomerações. Adote esta regra geral - "Não
importa se você tem a preferência. Dê sempre passagem aos pedestres".

O cinto de segurança é um item muito importante, ele reduz à metade os riscos de morte e lesões graves
em acidentes de trânsito. Quando há um acidente, ocorrem duas colisões sucessivas: a primeira do veículo
com o obstáculo; a segunda, dos seus ocupantes com alguma parte interior do automóvel (volante, pára-
brisas, painel, etc).
A função básica do cinto de segurança é evitar essa segunda colisão, mantendo o motorista e os
passageiros seguros no banco. Podemos resumir a ação do cinto de segurança da seguinte forma:

Parar os ocupantes: Distribui o impacto pelos pontos mais fortes do corpo humano, absorvendo ele
próprio parte do impacto; evita que as pessoas sejam lançadas para fora do veículo; impede que os
ocupantes do veículo choquem-se entre si; protege contra impactos com o interior do veículo,
principalmente a cabeça e o rosto; diminui a possibilidade de perda de consciência em um acidente.

O encosto de cabeça é um dispositivo tão importante quanto o cinto de segurança. Se não houver proteção,
a cabeça será jogada violentamente para trás, em um movimento que poderá causar sérias lesões à coluna
e até levar à morte, caso a pessoa frature o pescoço. Este movimento é denominado "chicotada". O encosto
de cabeça complementa a proteção do cinto, aumentando ainda mais a segurança do motorista e dos
passageiros.
O encosto de cabeça deve estar regulado para dar apoio no centro da nuca ou até 3 cm acima. Nesta
posição evita lesões na coluna cervical e, conseqüentemente, ferimentos e morte.

236
237
DOENÇAS RELACIONADAS AO FUMO (1)

Fumo e doenças cardiovasculares

- Fumar aumenta o risco de doenças coronárias como angina no peito e infarto do miocárdio
- Triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos
- Aumenta em 10 vezes o risco de tromboembolia venosa e infarto em mulheres que tomam
anticoncepcionais orais
- Aumenta o risco de insuficiência vascular periférica, causando má circulação nas pernas e impotência sexual

Fumo e doenças neurovasculares

- Fumar triplica o risco de derrame cerebral (acidente vascular cerebral - AVC)

Fumo e câncer
238
O cigarro contém mais de 40 substâncias cancerígenas que aumentam o risco de câncer na:
- boca, faringe, laringe e traquéia
- pulmões - risco 12 a 20 vezes maior
- esôfago, estômago
- rins, bexiga, colo do útero, etc

Fumo e doenças respiratórias

Fumar aumenta a queda da capacidade respiratória com a idade e aumenta o risco de problemas respiratórios
como:
- tosse, chiado e falta de ar
- bronquite crônica e enfisema
- causa 90% da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e aumenta seu risco em 10 vezes
- laringite (rouquidão)
- infecções das vias respiratórias
- crise de asma

Fumo e pele

Fumar eleva o risco de rugas prematuras e de celulite e interfere na cicatrização de feridas cirúrgicas

AIDS (1)

Detectada no final da década de 1970, a AIDS se configurou rapidamente como uma das maiores ameaças à
saúde pública no século XX. A grande capacidade de contágio, a elevada taxa de mortalidade e um quadro
clínico arrasador fizeram desse mal um dos mais graves problemas sanitários e sociais que o homem
moderno tem a enfrentar.

A AIDS (sigla de acquired immune deficiency syndrome, ou síndrome da imunodeficiência adquirida) é


provocada por uma infecção virótica que danifica o sistema imunológico humano. Em conseqüência, todo o
organismo fica exposto a outras infecções, como a pneumocistose (forma de pneumonia rara que acomete
também recém-nascidos debilitados), infecções cerebrais, diarréia persistente e herpes ou ainda certas
variedades de câncer (como o sarcoma de Kaposi, um tipo de câncer de pele).

A infecção inicial é provocada pela contaminação direta do sangue por fluidos corpóreos que contenham o
retrovírus HIV (sigla inglesa de "vírus da imunodeficiência humana"). Os retrovírus se reproduzem com a
ajuda de uma enzima chamada transcriptase, que torna o vírus capaz de copiar (transcrever) suas
informações genéticas em uma forma que possa ser integrada no próprio código genético da célula

239
hospedeira. Assim, cada vez que a célula hospedeira se divide, produzem-se também cópias do vírus, cada
uma das quais contém o código virótico.

A moléstia desenvolve-se em três fases. Inicialmente, o HIV entra na corrente sangüínea e provoca o
desenvolvimento de anticorpos. Os sintomas aparecem na segunda fase: suores noturnos, febre, diarréia,
perda de peso, cansaço e infecções incomuns. A AIDS é, a rigor, a terceira fase do processo, em que surgem
as chamadas infecções oportunistas e, finalmente, sobrevém a morte. Os anticorpos do HIV podem ser
detectados no organismo duas a oito semanas após a inoculação, mas o vírus fica incubado entre um ano e
meio e cinco anos antes que surjam sintomas.

O vírus se transmite pelos fluidos corpóreos, particularmente o sangue e o sêmen. Assim, o contato social
com o soropositivo não configura risco de contágio. Por outro lado, a pessoa que ignora estar contaminada
pode transmitir a doença. A situação de risco mais importante é a relação sexual, especialmente a anal, pois a
mucosa do reto é mais frágil que a da vagina e se rompe facilmente durante o coito, abrindo caminho à
entrada do vírus na corrente sangüínea. Outro fator de risco são as transfusões de sangue. A terceira é a
aplicação de injeções com agulhas contaminadas. E a quarta é a gestação; a mulher infectada muitas vezes
contamina o feto.

ELEVADORES (2)

Em Caso de incêndio
Em caso de incêndio, não utilize os elevadores.

O abandono do edifício deve ser feito pelas escadas,


obedecendo ao plano de abandono.
240
Nada de Pânico
Se o elevador parar entre andares, os ocupantes devem:
manter a calma, pois o perigo não é iminente;
acionar o botão de alarme e/ou utilizar o interfone para pedir ajuda;
solicitar que chamem o zelador e, se necessário, a empresa conservadora ou o /Corpo de Bombeiros (disque
193);
aguardar com calma.

Não force as portas nem tente sair por conta própria.

Se o elevador parar entre andares e a porta abrir, não tente sair pela abertura.
O elevador pode voltar a funcionar no momento em que você estiver saindo.
Aguarde a sua estabilização.

Nunca se afobe ao tomar o elevador.


Quando a porta do elevador abrir, preste atenção. Antes de entrar, verifique que a cabine do elevador está no
andar.
Falhas mecânicas permitem, às vezes, que a porta abra sem a presença do elevador, o que já provocou muitos
acidentes fatais.

Entre no elevador e saia dele devagar, para evitar colisão com outros usuários.
Não tente entrar no elevador enquanto os ocupantes estiverem saindo.
Ao entrar no elevador e ao sair dele, cuidado para não tropeçar nos degraus que se formam quando ele pára
no mesmo nível do pavimento.

241
MATERIAL COMBUSTÍVEL

Os tecidos sintéticos são muito usados hoje em dia para confecção de tapetes, carpetes, cortinas, colchas,
forrações de estofados e roupas. Eles são altamente inflamáveis. Se não puder evitá-los, tome todo cuidado
para que não entre em contato com o fogo. Basta uma simples fagulha para o fogo se alastrar em poucos
segundos.
Não use avental de plástico ou blusão de nailon quando estiver cozinhando.
Não deixe vasilhames ou talheres de plástico em cima do fogão.
Nunca deixe uma panela com óleo esquentando no fogo enquanto vai fazer outras coisas.

O gás de cozinha é altamente inflamável. Por isso, verifique sempre se não há vazamentos.
Nunca derreta cera no fogo.
Guarde todo material inflamável e de limpeza em lugar seguro, arejado e afastado do fogo.
Nunca armazene gasolina em casa. O risco é muito grande.
Evite acumular objetos fora de uso (jornais, pneus, roupas velhas, caixas de papelão vazias, etc.), pois podem
facilitar a propagação do fogo.

Antes de sair de casa, verifique:


Se o gás está desligado;
Se o ferro de passar está desligado;
Se os cigarros estão apagados nos cinzeiros.

242
ENXAQUECA (2)

Tipos de enxaqueca

Muitos tipos diferentes de enxaqueca já foram identificados. Estão descritos abaixo os tipos mais comuns.

Enxaqueca comum

As dores de cabeça freqüentes podem afetar apenas um lado da cabeça ou ambos, e duram entre 2 e 30 horas;
algumas vezes elas vêm acompanhadas de náuseas e vômitos. Também podem ocorrer perturbações da visão
ou cegueira parcial, embora estes sintomas estejam normalmente associados à enxaqueca clássica.

A enxaqueca comum se inicia, em geral, na puberdade e afeta um em cada dez adultos. Por outro lado, uma
em cada cinqüenta pessoas sofre de enxaqueca clássica, e outros tipos são mais raros.

Enxaqueca clássica

Uma crise de enxaqueca clássica provoca uma dor latejante num dos lados da cabeça. Ocorrem outros
sintomas, como cegueira temporária ou parcial, vômitos e extrema sensibilidade a luz e a sons.

Enxaqueca basilar

As mulheres jovens são as mais afetadas por esse tipo de enxaqueca que esta associada ao transtorno de uma
artéria específica que irriga a parte posterior do cérebro. Os sintomas que acompanham esse tipo de dor de
cabeça são tonturas, cegueira temporária e desmaios.
243
Dor de cabeça múltipla

Considerando um tipo de enxaqueca, afeta quase exclusivamente os homens. A dor surge em intervalos
regulares, uma ou duas vezes por dia, e dura 1 ou 2 horas; em geral, o paciente já acorda de manhã com dor
de cabeça. A ingestão de bebida alcoólica muitas vezes desencadeia um ataque desse tipo.

A dor intensa e penetrante ocorre em volta do olho, do ouvido ou da face; ela às vezes vem acompanhada de
lacrimejamento, congestão nasal e vermelhidão no lado afetado.

Tratamento: o paciente deve repousar num quarto às escuras e tentar dormir. Analgésicos são extremamente
eficazes quando tomados bem no início da crise.
Se os analgésicos comuns não surtirem efeito, consulte um médico. Ele receitará medicamentos e,
eventualmente, tranqüilizantes, que deverão ser tomados com regularidade para prevenir ou atenuar as crises.

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (3)

Efeito dos contaminantes à saúde


Sistema Respiratório

Um fantástico mecanismo natural a nosso serviço. Sua finalidade é absorver o oxigênio do ar e transferi-lo
para o sangue. Durante a respiração, o ar penetra pelo nariz ou boca, e através da traquéia atinge os pulmões.
Nos pulmões, o ar ainda passa por pequenos tubos (bronquíolos), até chegar aos alvéolos, onde o oxigênio é
transferido para a corrente sangüínea. Nesta fase do processo, os alvéolos trocam o oxigênio pelo gás
carbônico do sangue (que é o gás residual não aproveitado pelos órgãos do corpo) e o transfere para ser
expirado. O oxigênio é então distribuído pelo sangue por todos os órgãos do corpo humano, os quais
realizarão suas funções distintas. Como podemos ver, o sistema respiratório é de fundamental importância
para a realização do milagre da vida. Alguns contaminantes provocam reações imediatas no organismo como
tosse, tonturas, dores de cabeça, espirros ou falta de ar. Existem porém, doenças provocadas por certos ar,
que só são descobertas após vários anos de exposição.

Defesas naturais do organismo

O corpo humano tem um incrível sistema respiratório que leva o ar contendo oxigênio para os pulmões. Para
que possamos respirar um ar limpo e normal, as defesas do nosso organismo agem como purificadores de ar.

Pêlos: os pêlos do nariz , servem para segurar e prender as partículas maiores que inalamos juntos com o ar.

Cílios: os cílios são pequenos pêlos, que auxiliam no trabalho de purificação do ar. Pulsando 10 a 12 vezes
por segundo, eles movimentam as partículas que possam ter passado pelo nariz, de modo que seja possível
expectorá-las.

244
Muco: as vias respiratórias possuem uma substância líquida chamada muco, que serve, juntamente com os
cílios, para arrastar essas partículas até a garganta. A tosse é um reflexo do corpo que expulsa e joga fora
essas partículas.

ELEMENTOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA (2)

Previsão

Você não precisa de uma bola de cristal para prever os perigos do trânsito, apenas precisa prever e preparar-se
para algumas eventualidades comuns no dia-a-dia, como furar um pneu, um buraco ou óleo na pista, um
pedestre fazendo a travessia fora do local adequado, um acidente, etc.

Essas previsões podem ser desenvolvidas e treinadas no uso do seu veículo e são exercidas numa ação próxima
(imediata) ou distante (mediata), dependendo sempre do seu bom senso e conhecimento.

A direção defensiva exige tanto a previsão mediata como a imediata, sendo que algumas, inclusive, fazem
parte das leis de trânsito (cuidados com o veículo, equipamentos obrigatórios).
Exemplos:
Fazer a revisão do veículo, abastecer de combustível, verificar os equipamentos obrigatórios são previsões
mediatas que podem ser feitas com antecedência, de forma planejada.
Ver um pedestre ou um cruzamento perigoso logo a sua frente e prever complicações (o pedestre atravessar de
repente, o veículo "furar" o sinal), é uma previsão imediata.

Decisão

Sempre que for necessário tomar uma decisão, numa situação de perigo, ela dependerá do conhecimento das
alternativas que se apresentem e do seu conhecimento das possibilidades do veículo, das leis e normas que
regem o trânsito, do tempo e do espaço que você dispõe para tomar uma atitude correta.
Essa decisão ou tomada de atitude vai depender da sua habilidade, tempo e prática de direção, previsão das
situações de risco, conhecimento das condições do veículo e da via.

Ao renovar o exame de habilitação, o condutor que não tenha curso de Direção Defensiva e Primeiros
Socorros, deverá a eles ser submetido conforme art. 150 do CTB e Resolução nº 50 - CONTRAN.
Portanto, esteja sempre preparado para fazer a escolha correta nas situações imprevistas, de modo que possa
contribuir para evitar acidentes de trânsito, mantendo-se atento a tudo que circunda a via, mesmo à sua
245
traseira, para que esta decisão possa ser rápida e precisa, salvando sua vida e a de outros envolvidos numa
situação de risco.

NUM DIA DE VERÃO...

Num dia de verão estava observando duas crianças brincando na praia.

Elas trabalhavam muito, construindo um castelo de areia, com torres, passarelas e passagens internas.

Quando estavam quase acabando, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e
espuma.

Achei que, depois de tanto esforço e cuidado, as crianças cairiam no choro.

Mas tive uma surpresa!

Em vez de chorar, correram pela praia, fugindo da água, rindo de mãos dadas e começaram a construir outro
castelo.

Compreendi que havia aprendido uma grande lição!

Gastamos muito tempo da nossa vida construindo alguma coisa e, mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá
vir e destruir tudo o que levamos tanto tempo para construir.

Mas quando isso acontecer, se isso acontecer, somente aquele que tem as mãos de alguém para segurar, será
capaz de sorrir!!!

"Só o que permanece é a amizade, o amor e o carinho... O resto é feito de areia!"

246
ALIMENTE A SUA SAÚDE

Equilíbrio é a palavra de ordem na alimentação. Seja racional e ganhe em saúde.

Em tudo na vida é necessário haver equilíbrio. Na alimentação é fundamental. É através do equilíbrio entre a
quantidade e a qualidade dos alimentos que ingerimos, que o corpo recebe e aproveita os nutrientes
essenciais para o seu perfeito desenvolvimento e manutenção.
A roda dos alimentos representa uma ilustração do que deve ser a alimentação equilibrada, apresentando os
diversos alimentos agrupados segundo a semelhança das suas características nutritivas.

A cada grupo de alimentos é conferida uma importância, que se traduz pela proporção em que eles devem
entrar na alimentação.

Da análise da roda dos alimentos retira-se como mensagem que:

 Deve-se comer diariamente alimentos de todos os grupos, na proporção em que estão representados,
para garantir uma alimentação completa;

247
 nenhum grupo deve ser dispensado, ou substituído por um maior consumo de outro, para garantir o
equilíbrio;

 deve-se variar o mais possível dentro de cada grupo de alimentos, pois apesar das semelhanças,
existem diferenças. Variando o tipo de alimento ingerido, terá uma alimentação mais rica, equilibrada
e completa.

Os grupos representados na roda dos alimentos são:

Alimentos do Grupo 1

Leite, queijo e iogurtes - são grandes fornecedores de cálcio e de proteínas, e representam 14% do consumo
total diário de alimentos.

Alimentos do Grupo 2

Carne, peixe e ovos - são grandes fornecedores de proteínas, e representam 10% das necessidades diárias.

Alimentos do Grupo 3

Azeite, óleos e outras gorduras alimentares - são os grandes fornecedores de gordura, e representam 3% das
necessidades diárias.

Alimentos do Grupo 4

Pão, massas, arroz e outros cereais; leguminosas (feijão, grão, ervilhas, favas, lentilhas, soja); tubérculos
(batata) – são os principais fornecedores de hidratos de carbono (açúcares de absorção lenta), e representam
30% das necessidades diárias.

Alimentos do Grupo 5

Frutas e produtos hortícolas - fornecedores de vitaminas, sais minerais, fibras e água, constituindo cerca de
43% das necessidades diárias.

45 dias sem comer e 7 sem beber

A água, apesar de não estar representada na roda dos alimentos, é indispensável à vida, e as necessidades de
água são prioritárias em relação às necessidades de alimentos (conforme as suas reservas, uma pessoa pode
sobreviver sem comer cerca de 45 dias, mas sem beber não vive mais do que uma semana).

O açúcar e as bebidas alcoólicas não estão representadas na roda dos alimentos, por não serem essenciais à
vida, ou seja, não precisam (nem devem) estar presentes na alimentação diária.

A nutrição estuda as quantidades ótimas de nutrientes fornecidos pelos alimentos e a forma como são
utilizados pelo organismo.

Todos os alimentos fornecem nutrientes (hidratos de carbono, proteínas, gorduras, vitaminas, sais minerais,
fibras e água), em maior ou menor quantidade, sendo que, a melhor forma de garantir uma ingestão
adequada é consumir uma variada gama de alimentos, distribuídos ao longo do dia.
248
249
RISCOS DE INCÊNDIOS (4)

Agentes Extintores
É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai combater, antes de escolher o agente extintor ou
equipamento de combate ao fogo. Um erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de
combater as chamas; ou pode piorar a situação, aumentando ainda mais as chamas, espalhando-as, ou
criando novas causas de fogo (curtos-circuitos).

Os principais agentes extintores são os seguintes:

 Água na forma líquida (jato ou neblina)

 Espuma mecânica (a espuma química foi proibida)

 Gases e vapores inertes (CO2, N, Vapor d ´água)

 Pó químico

 Agentes halogenados (e respectivos alternativos)

AGENTES EXTINTORES

CLASSES DE INCÊNDIO H2O ESP PQ CO2

SIM SIM NÃO NÃO

NÃO SIM SIM SIM

NÃO NÃO SIM SIM


LEGENDA: H20=água ; ESP=espuma ; PQ=pó químico ; CO2=gás carbônico.
Ao usar um extintor, lembre-se de:

1. agir com firmeza e decisão, sem se arriscar demais

2. manter a calma e afastar as pessoas

3. desligar os circuitos elétricos envolvidos

4. constatar não haver risco de explosão

5. usar o agente extintor correto

6. observar para que não haja reincidência dos focos

250
Num ambiente tomado pela fumaça, use um lenço molhado para cobrir o nariz e a boca e saia rastejando,
respirando junto ao piso.
Molhe bastante suas roupas e mantenha-se vestido para se proteger.
Vendo uma pessoa com as roupas em chamas, obrigue-a a jogar-se no chão, envolva-a com um cobertor,
cortina, etc.

PRINCÍPIOS DA REANIMAÇÃO

Para que a vida possa ser preservada faz-se necessário que mantenhamos um fluxo constante de oxigênio
para o cérebro. O oxigênio é transportado para os tecidos cerebrais através da circulação sangüínea. O
coração é a bomba que mantém esse suprimento e, se ele parar (parada cardíaca), sobrevirá à morte, a menos
que se tomem medidas urgentes de ressuscitação.

As manobras de ressuscitação cardiopulmonar resumem-se na seqüência de origem norte-americana


denominada "ABC da vida", a qual podemos adaptar a nossa língua:

A = Airway = Abertura das vias aéreas

B = Breathing = Respiração

C = Circulation = Circulação

A correta aplicação das etapas da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) poderá manter a vida até que a
vítima se recupere o suficiente para ser transportada para uma unidade hospitalar ou até que possa receber
tratamento pré-hospitalar por uma equipe especializada.

As manobras de suporte básico de vida (SBV) são diferentes das manobras de suporte avançado de vida
(SAV). Esta última consiste no emprego de profissionais devidamente capacitados e no uso de equipamentos
adicionais tais como: monitores cardíacos, desfibriladores, terapêutica líquida intravenosa, infusão de
medicamentos, entubação orotraqueal, etc.

Atualmente, o conceito da "Corrente da Sobrevivência" da Associação Americana do Coração, nos informa


que as chances de sobrevivência das vítimas de paradas cardíacas poderão crescer muito se observarmos os
quatro elos da corrente, ou seja:

1º Elo = ACESSO RÁPIDO - Compreende desde os primeiros sinais de um problema cardíaco, seu
reconhecimento, o acionamento de equipes especializadas através do fone 193, até o despacho de
profissionais médicos ou socorristas para o atendimento da emergência no local.

2º Elo = RCP IMEDIATA - As manobras de RCP são mais efetivas quando iniciadas imediatamente após o
colapso da vítima. É fundamental que se desenvolvam programas de treinamento para capacitar as pessoas
da comunidade na identificação de problemas cardíacos, na forma de acionamento dos serviços de
emergência e na execução das manobras de RCP ao nível de suporte básico da vida.

251
3º Elo = RÁPIDA DESFIBRILAÇÃO - Uma rápida desfibrilação é o elo da corrente que provavelmente
represente a maior chance de sobrevivência numa emergência cardíaca. A Associação Americana do Coração
recomenda que as manobras de desfibrilação externa sejam difundidas e que organizações como os Corpos
de Bombeiros sejam treinadas e equipadas com desfibriladores, de forma a possibilitar seu emprego no
menor espaço de tempo possível.

4º Elo = CUIDADOS AVANÇADOS SEM DEMORA - Este último elo, diz respeito as manobras de
suporte avançado, providenciadas no local da cena por médicos ou paramédicos para o tratamento do
problema cardíaco de forma mais efetiva.

As doenças cardíacas possuem fatores de risco que podem ser alterados, são eles:

1. Fumar – Um fumante tem 70% a mais de probabilidade de sofrer um ataque cardíaco em relação a um
não fumante;

2. Alta pressão sangüínea – A hipertensão arterial é a principal causa dos ataques cardíacos e dos acidentes
vasculares cerebrais. Recomenda-se verificar a pressão arterial pelo menos um vez a cada ano;

3. Alto nível de gordura no sangue – Um médico poderá facilmente medir o nível de colesterol no sangue
com um simples teste. Uma alimentação equilibrada, com uma dieta de baixo nível de colesterol e gorduras,
poderá ajudar a controlar esses níveis.

4. Diabetes – A diabetes aparece mais freqüentemente durante a meia idade, muitas vezes em pessoas com
peso corporal excessivo. Somente exames médicos periódicos poderão identificar adequadamente esta
enfermidade e recomendar um programa adequado ao seu controle.

Obs.: Existem ainda fatores que contribuem indiretamente com os problemas cardíacos, tais como a
obesidade, a inatividade e o estresse.

PENSE BEM, SUA VIDA PODE DEPENDER DESSES FATORES!

252
DOENÇA DE CHAGAS (1)

O Maior transmissor da doença de chagas no Brasil tem um nome pomposo: Triatoma, mas é vulgarmente
conhecido por várias alcunhas, como bicho-de-parede, bicho-de-frade, gaudério, procotó, rondão, chupança e
barbeiro.

Uma descrição sucinta do Triatoma diria que é um inseto com perto de 2 centímetros de comprimento, asas
achatadas, largas e listradas nas bordas, não muito diferente de uma barata doméstica comum, mas com um
ferrão comprido. Ao contrário da barata, porém, é hematófago, ou seja, alimenta-se de sangue. E sua ação
devastadora tem causado anualmente milhares de mortes em toda a América Latina, desde o norte do México
até o centro do Chile e da Argentina.

Este bicho assassino tem hábitos altamente suspeitos. Durante o dia, esconde-se no madeirame e nas frestas
das paredes de barro de casebres e choças de pau-a-pique. De noite, valendo-se da escuridão, sai de seu
esconderijo e vai picar os moradores que se encontram dormindo. O pior de tudo é que, além de chupar o
sangue das pessoas, defeca, também, ao mesmo tempo. E é pelas fezes que transmite a doença de Chagas.

253
O nome científico da doença de Chagas é Tripanossomíase americana ou brasileira, porque seu causador é
um micróbio chamado Trypanosoma cruzi. Este germe vive naturalmente no sangue de alguns animais
(principalmente no cão, no gato e nos roedores em geral). Ao sugar o sangue de um desses animais
infectados, o "barbeiro" contamina-se com o micróbio e aloja-o em seu intestino. Mais tarde, ao picar uma
pessoa e defecar junto à picada ele passa o germe para o homem. A doença de Chagas, portanto, raramente é
transmitida de modo direto de pessoa para pessoa, ou de qualquer animal para um ser humano - quase
sempre é preciso que exista um "barbeiro" que sirva de agente intermediário.

Como e Onde Age o Trypanossoma cruzi


A picada do "barbeiro": costuma provocar coceira; fora este comichão, é completamente inofensiva. O
perigo todo está nas fezes que deposita - são elas que estão carregadas de tripanossomos.

O Trypanossoma cruzi é um protozoário flagelado, capaz de mudar de forma de acordo com o ambiente em
que se encontra. Essas mudanças são acompanhadas de profundas alterações em suas características
biológicas, virulência e capacidade de adaptar-se aos vários meios em que sobrevive. No sangue ele se
apresenta sempre sob a forma de tripanossomo, ou seja, de microorganismo unicelular com um flagelo (que
serve para seu deslocamento), corpo alongado e curvo, afilando-se nas extremidades. Passando, porém, do
sangue para as células dos tecidos, adota a forma de leishmânia, ou seja torná-se ovóide e perde o flagelo.
Nessa forma simples, cresce e se reproduz com rapidez, inundando a célula invadida. Multiplica-se a ponto
de destruir a célula e, rompendo-a, retorna à corrente sangüínea. De volta ao sangue, o parasita reassume a
forma de tripanossomo e espalha-se por todo o organismo, assaltando novas células em qualquer parte do
corpo, mas de preferência as fibras musculares e, muito particularmente, os músculos cardíacos.

A partir daí o ciclo se repete indefinidamente. Dentro das células dos tecidos, os minúsculos ovóides
flagelados multiplicam-se intensamente, destruindo as hospedeiras; fora delas, retomam a forma flagelada e
emigram novamente. de maneira geral, a forma flagelada seve unicamente à locomoção e migração do
parasita (é assim que ele aparece nas fezes do "barbeiro"), enquanto a sua forma flagelada assegura sua
permanência e reprodução, causa dos danos e lesões características da doença de Chagas.

Multiplicando-se no coração, por exemplo, os parasitas ocupam o maior eixo do músculo, formando grandes
aglomerados, verdadeiros ninhos. A lesão predominante é sobre o miocárdio, mas são atingidos também,
embora menos intensamente, o pericárdio, o endocárdio e as artérias coronárias. Nas fibras musculares, eles
destroem a disposição em camadas, que é a principal característica das fibras normais.

Além do coração e dos músculos, o parasita causa lesões também no fígado, no sistema nervoso (encefalites,
mielites, etc.), e nos gânglios linfáticos. No sistema sangüíneo, provoca uma linfocitose precoce e
persistente.

254
255
MOTOCICLISTAS (4)

Os cuidados com a garupa

Todo veículo tem limite de peso, tenha ele duas, quatro, dezoito ou cem rodas. Assim, se seu duas rodas é
pequeno e leve, evite levar um garupa de 100 quilos, especialmente quando você próprio já pesa quase isso. Por
outro lado, se seu garupa não tem experiência de andar de duas rodas, ensine a ele a segurar-se bem em você e
acompanhar sua inclinação nas curvas. Isso é válido tanto na cidade como na estrada, em qualquer condição de
utilização de um veículo de duas rodas. Três numa só moto, nunca!

Situações adversas

Areia, manchas de óleo, cascalho, costelas, buracos mil, pistas alagadas. Situações difíceis para veículo de
muitas rodas, quanto mais para um que só tem duas. Para lidar com essas situações, a primeira providência é
sempre diminuir muito a velocidade. Em areia, sobre cascalho e em manchas de óleo, passe devagar e em linha
reta. Sobre costelas e buracos, fique de pé sobre as pedaleiras, pois isso facilita o controle e aumenta o
equilíbrio. Noite, chuva e neblina são condições para as quais você não tem controle: elas existem, aparecem e
pronto. À noite os problemas começam pelo fato de que sua capacidade visual diminui para um sexto da que
você tem de dia. Seis vezes menos visão, a solução básica é diminuir a velocidade e aumentar a distância do
veículo à frente, que pode inclusive não ter sinal de freio funcionando. Na chuva, reduza ainda mais a
velocidade, aumente mais a distância, use capacete com visor fechado e evite a todo custo acelerações e
frenagens fortes. Sob neblina, a primeira coisa que desaparece são as cores mais fracas, que refletem menos luz.
Aumenta então a importância de cores mais forte, mais visíveis, e das faixas refletivas no capacete e no
macacão. Reduza bastante a velocidade, ou quando você conseguir ver alguma coisa, ela já estará no seu colo.
Use farol baixo, jamais o alto, pois ele formará um halo de luz bem diante de seus olhos e você não enxergará
absolutamente nada. Mantenha-se distante de qualquer coisa que possa estar se movendo e prepare-se para
reações rápidas e manobras fortes. Se chuva e neblina acontecerem juntas, use todo o seu poder de concentração
e tente executar todas as manobras com o máximo de cuidado e maciez. As mesmas recomendações valem para
quando há chuva à noite – e dobre tudo quando a neblina vier à noite e com chuva.

De qualquer maneira, seu veículo de duas rodas estará sempre pronto a levá-lo de volta à sua casa, mesmo nas
piores situações. É só ter calma, cabeça no lugar, não beber, não tomar drogas: ter a atitude certa para gozar das
delícias que seu veículo de duas rodas pode lhe proporcionar.

DICAS

 Cuide do seu amigo de duas rodas que ele cuidará de você;

 A motocicleta é um veículo versátil, econômico, fácil de estacionar, dribla os "engarrafamentos", etc., Só


tem duas coisas que ele não pode fazer por você: ensiná-lo a pilotar com segurança, e fazer sua própria
manutenção;

 Use sempre o capacete;

 Procure usar sempre equipamentos de proteção, como luvas, botas e calças resistentes;

 Lembre-se: sua segurança só depende de você;


256
 Leia com atenção o Manual do Proprietário;

 Use somente lubrificante de qualidade;

 Use sempre roupas claras e resistentes;

 Mantenha o farol aceso dia e noite;

 Antecipe todas situações de risco

 Redobre a atenção ao se aproximar de cruzamentos;

 Respeite a sinalização;

 Mantenha sempre uma distância segura dos demais veículos;

 Lembre-se: o passageiro na garupa e você devem sempre usar capacete;

 Chuva, neblina e areia: Diminua a velocidade.

257
SE SEU FILHO ESTÁ USANDO DROGAS

258
 Procure informação e, se possível ajuda especializada mesmo, antes de conversar com o seu filho.
Ele sempre terá um argumento para justificar o uso, além de minimizar o problema

 Não permita que seu filho fume maconha dentro de casa, a fim de manter o controle. Essa atitude,
além de proibida por lei, não diminui os riscos

 Se o seu filho está arredio e não quer te escutar, procure alguém que ele respeite, como um parente ou
amigo da família

 Leve - o para um psicólogo ou psiquiatra especializado. Além de mostrar que ele está prejudicando a
própria vida, a terapia pode ajudar nas questões que o levaram a buscar a droga. È importante que o
profissional tenha experiência na área

 Participe de grupos de ajuda mútua dirigidos para pais de dependentes, ainda que seu filho não esteja
em tratamento. Mudando seu comportamento, é possível que seu filho decida se tratar

 Coloque limites em casa, como delegar tarefas, controlar o dinheiro e impor horários. Enquanto o
jovem tem tudo o que precisa, dificilmente sente - se estimulado a largar as drogas

 Seja firme e nunca volte atrás. Negar ajuda pode ser melhor ajuda

 Lembre - se que, pagando dívidas que seu filho fez com traficantes, você pode estar dando início a
um ciclo vicioso. Não deixe de procurar ajuda quando a situação envolver traficantes

259
AFOGAMENTOS (2)

Primeiros socorros
O afogamento é uma das formas mais comuns de asfixia.
Os primeiros socorros são idênticos para crianças e adultos.

Veja como fazer

Aja com rapidez


Retire o afogado da água o mais depressa possível.
Antes de iniciar a respiração artificial, tire a água que o afogado engoliu e que penetrou nas vias
respiratórias. Para tanto, coloque o afogado de bruços, erguendo-lhe a cintura a uns 45 centímetros do chão,
de maneira tal que a cabeça fique mais baixa que os pulmões e o estômago.

Sacuda o afogado para que a água saia. Não perca com isso mais que meio minuto.

Coloque o afogado na posição correta


Em seguida, prepare o afogado para receber a respiração boca a boca.
Vire-o de costas e coloque a cabeça dele em posição adequada: com uma das mãos levante o pescoço e com
a outra force a cabeça para trás.
Em seguida, com os polegares, abra a boca do afogado e verifique se há algum material obstruindo a
passagem do ar: sangue, dentadura, vômito, etc.
Retire-o antes de iniciar a respiração.

Inicie a respiração boca a boca


Conserve a cabeça da vítima na posição correta, colocando uma das mãos sob o queixo e outra sobre a testa.
Com a mão que está sob o queixo, empurre delicadamente o maxilar para trás fazendo com que o pescoço
fique esticado e as vias aéreas liberadas.
Com os dedos da mão que está sobre a testa, aperte as narinas do afogado para evitar que o ar escape.
Ponha sua boca aberta sobre a dele, soprando fortemente até notar a expansão do peito do acidentado.
Afaste, então, sua boca para que haja expulsão do ar e assim se esvazie o pulmão do acidentado. Repita a
manobra num ritmo de 15 a 20 vezes por minuto, até que a respiração esteja normalizada. Quando isso
ocorrer, coloque o afogado em uma cama aquecida.

260
Continue a vigiá-lo, pois a qualquer momento poderá cessar novamente a respiração ou ocorrer uma síncope.

Ele não deve levantar-se pelo menos por 24 horas.

O mesmo método da respiração boca a boca pode ser aplicado nos casos de asfixia causada por saco plástico
enfiado na cabeça, comum nas brincadeiras de crianças.

ESCORPIÕES (3)

Envenenamento

Os escorpiões possuem uma quantidade muito pequena de veneno na glândula, mas de grande atividade
tóxica.

A maior parte dos acidentes em adultos é benigna, mas em crianças e idosos é quase sempre fatal, se não
forem tomadas as devidas providências em curto espaço de tempo.

O veneno é rapidamente absorvido pela pele e músculos, deslocando-se para o sangue, rins, pulmão e
sistema nervoso. A maior ação ocorre no sistema nervoso, com efeitos locais e sistêmicos.

O envenenamento por estes animais causa dor local intensa, que se irradia por todo o corpo, podendo ainda
ocorrer inchaço e vermelhidão leves no local da picada.

A dor causada se torna tão intensa que o paciente entra em choque neurogênico, o que pode levá-lo à morte.

Outros efeitos visíveis, além da dor, são: aumento de todas as secreções; perturbações respiratórias; paralisia
respiratória; choque devido ao aumento da pressão sanguínea; alterações cardíacas; vômitos; cólicas
intestinais; diarréia; aumento da urina com emissão involuntária desta; tremores musculares; convulsões;
paralisias musculares e outros.

261
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (3)

O acidente ocular de trabalho e sua prevenção

Os acidentes com os olhos podem acontecer repentina e inesperadamente, e o indivíduo pode percebe-los
imediatamente ou apenas horas mais tarde, quando surgirem, sintomas como irritação, hiperemia ou
sensação de corpo estranho.

A inaptidão para o trabalho causada pelo comprometimento ocular é muito maior do que qualquer outro tipo
de acidente uma vez que é em média de 15 semanas, quando não permanente, contra as 5 para aqueles que
afetam outras partes do corpo.

Os profissionais mais atingidos pelo trauma ocular são os das seguintes áreas: metalurgia, construção civil,
marcenaria, mecânica, têxtil, cerâmica, industria química, industria de produtos alimentícios, transporte,
pesca, artes gráficas e mineração.

262
As lesões oculares mais encontradas são: corpos estranhos, úlceras traumáticas, queimaduras, contusões e
lacerações e até perfurações do globo ocular.

Os sintomas mais comuns são: dor, baixa da visão, ardor, lacrimejamento, fotofobia, vermelhidão, secreção
ocular e sensação de corpo estranho nos olhos.

As causas dos acidentes de trabalho oculares podem ser: 1) físicas, responsáveis por 10% dos acidentes e 2)
falta de supervisão, responsável por 88% dos acidentes.

Entre as causas físicas destacamos a falta de proteção eficiente (como os óculos de proteção com lentes de
segurança), trajes inadequados, má iluminação e ventilação do ambiente de trabalho e a má disposição ou a
manutenção inadequada dos equipamentos.

Já no caso referente à supervisão, sabemos ser esta de extrema importância na prevenção de acidentes
oculares, devendo no entanto ser constante, de modo a obrigar a totalidade dos funcionários. A educação é a
principal arma de apoio devendo ser constante e duradoura. Há a necessidade de uma organização com plena
autoridade de supervisão que se encarregue do assunto e faça cumprir a legislação já existente com
referencia aos acidentes de trabalho.

Cabe à supervisão, fiscalizar as condições de trabalho dos funcionários, promovendo mudanças para que
estas tornem-se as mais adequadas possíveis. Assim, a verificação do estado de manutenção do maquinário
bem como a avaliação das condições de trabalho que é submetido o funcionário é papel da supervisão,
funções estas de extrema importância.

Quanto às condições de trabalho, deve-se avaliar: ventilação e iluminação do local, necessita de ar


condicionado, aspiradores e exaustores, uso de óculos de proteção, horas de trabalho e descanso, entre
outras. Correia Bastos aconselha um descanso de 10 minutos após a 3ª hora de trabalho, pois é após este
período que os acidentes são mais comuns.

Com relação aos óculos de proteção, os mais utilizados são os com lentes de vidro temperado ou endurecido
com 3 milímetros de espessura, que apresenta ótimas qualidades ópticas. Temos ainda lentes com vidros
laminados coloridos e plásticos.

Os óculos protetores protegem os olhos de areia, fagulhas, gases, pancadas, pó, vento e energia radiante.

Para sua total eficiência, cada óculos de proteção deve ser modulado de acordo com a necessidade e função
do trabalhador, e deve-se ter sempre à mão materiais de fácil limpeza dos mesmos.

Não somente o trabalhador que faz o serviço deve estar com os óculos de proteção, mas também todos que o
cercam.

Infelizmente o uso dos óculos protetores não é muito difundido em nosso meio, devendo haver um maior
número de campanhas educativas com o intuito de incentivar e conscientizar os trabalhadores da importância
do seu uso rotineiro e habitual.

O custo da prevenção não é alto, se levarmos em conta a economia proporcionada pela saúde do trabalhador
e o seu baixo custo quando comparado com a incapacidade do mesmo para o trabalho.

263
264
RECOMENDAÇÕES PARA CHECK UP

Medo dos testes?


Muitas pessoas não fazem exames de rotina porque elas têm medo de descobrir que têm câncer. Apesar de
obviamente os exames de screening serem realizados para detectar a doença, a grande maioria das pessoas
examinadas está livre de doença. Exames normais são um alívio para as pessoas, principalmente aquelas de
alto risco para o desenvolvimento de câncer.

Detectar doenças que põem em risco a vida das pessoas tão cedo quanto possível oferece a maior
oportunidade de cura e sobrevida, com a melhor qualidade de vida. O câncer não pára de crescer só porque a
pessoa não está pronta para lidar com ele. O que você não sabe pode machucar você.

Sumário das recomendações da American Cancer Society para detecção precoce do câncer em pessoas
assintomáticas
Tipo de exame Sexo Idade Freqüência

Sigmoidoscopia
M&F 50 anos ou mais cada 3 - 5 anos
(preferencialmente flexível)

Teste de sangue oculto nas fezes M&F 50 anos ou mais anualmente

Toque retal M&F 45 anos ou mais anualmente

Exames de próstata M 45 anos ou mais anualmente

18 anos ou mais
Teste de Papanicolaou F anualmente*
(sexualmente ativa)

Exame pélvico 18 a 40 anos cada 1 - 3 anos


F
(ginecológico) acima de 40 anos anualmente

Auto-exame de mama F 20 anos ou mais todo mês

20 a 40 anos cada 3 anos


Exame clínico da mama F
acima de 40 anos anualmente

Mamografia F acima de 40 anos anualmente

Aconselhamento médico e exame acima de 20 anos cada 3 anos


M&F
físico de rotina acima de 40 anos anualmente

* depois de três exames consecutivos normais, o teste de Papanicolaou pode ser realizado com uma
freqüência menor, a ser determinado pelo médico.

265
Os testes dizem se você tem câncer?
A maioria dos exames preventivos não diz se você tem câncer ou não. O que eles fazem é indicar condições
anormais, que podem ser causadas pelo câncer - ou que podem ser precursoras do câncer.

Um exame preventivo positivo requer uma investigação mais completa. Alguns exames adicionais podem ser
realizados para encontrar a causa do resultado positivo, e determinar se o câncer está ou não presente.

Se o seu médico não pede estes exames


É importante lembrar que estas são recomendações da Sociedade Americana do Câncer. Não são regras.
Alguns médicos podem acreditar que alguns exames são mais ou menos importantes do que estas
recomendações.

Para ser responsável pela sua própria saúde, pergunte ao seu médico sobre todos os aspectos do chamado
check-up relacionado ao câncer e se você deve se submeter aos exames recomendados pela ACS, nos
intervalos citados. Se seu médico achar que exames não são necessários, ou propor outros intervalos, no seu
caso, pergunte por quê.

Siga as indicações de seu médico, mas se você não se sentir satisfeito, obtenha uma segunda opinião.

266
TRAUMAS DE TÓRAX E COLUNA

Existe também o grave problema das lesões na coluna, muito comuns nos acidentes por desaceleração. Estas
vítimas, se atendidas de forma inadequada ou por pessoa leiga que não possua os conhecimentos das técnicas de
socorro e imobilização, poderão ter suas lesões agravadas ou o comprometimento neurológico definitivo da
região atingida.

O tratamento imediato, logo após o acidente é essencial porque a manipulação imprópria pode causar dano
maior e perda da função neurológica. Qualquer vítima de acidente de trânsito, queda de nível, ou qualquer outro
traumatismo na região craniana ou cervical, deverá ser considerada portadora de uma lesão na coluna vertebral,
até que tal possibilidade seja afastada.

Os sinais e sintomas mais comuns de lesão na coluna incluem: dor regional, a incapacidade de movimentar-se, a
perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e inferiores, a sensação de formigamento nos membros,
deformidade na coluna, entre outros.

Vítimas conscientes devem ser orientadas para não movimentarem a cabeça. Antes de remover a vítima, o
socorrista deverá imobilizar a coluna usando um colar cervical e uma tábua de suporte (maca rígida). Pelo
menos três socorristas devem cuidadosamente posicionar a vítima na maca rígida, usando a técnica do rolamento
em monobloco. Um socorrista (líder) deve assumir o controle da cabeça da vítima para evitar movimentos de
flexão, rotação ou extensão, para tal, deve posicionar as mãos em ambos os lados da cabeça da vítima, mantendo
constante alinhamento e leve tração.

As vítimas sentadas devem ser removidas com o uso de macas rígidas curtas, da forma que segue:

1. Imobilize a cabeça da vítima com as mãos, alinhando-a em posição normal (linha de tração);

2. Um segundo socorrista aplica o colar cervical;


267
3. Posicione a maca rígida curta (imobilização da coluna vertebral) movimentando a vítima o mínimo
possível;

4. Fixe a vítima com os tirantes e ataduras;

5. Remova a vítima girando-a e deitando-a sobre uma maca rígida longa.

Em acidentes motociclísticos, a pessoa que presta o socorro deverá remover o capacete da vítima com muito
cuidado, para não converter uma contusão cervical (no pescoço) em lesão da medula.

O capacete deve ser removido com o auxílio de dois socorristas, a menos que haja dificuldade na remoção,
aumento da dor (vítima consciente) ou esmagamento do capacete. Em tais casos, o socorrista deve imobilizar a
vítima na tábua de suporte com o capacete no lugar.

Enquanto um socorrista (líder) remove o capacete, um segundo imobiliza a cabeça e o pescoço, mantendo-os
alinhados.

Os traumatismos de tórax caracterizam-se pelos seguintes sinais e sintomas: dor regional, aumento de
sensibilidade na região lesada, dor que se agrava pela respiração, respiração superficial (encurtamento ou
dificuldade de respirar), eliminação de sangue com tosse, cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas, posturas
características (vítima inclinada sobre o lado da lesão, com a mão ou o braço sobre a região lesada, e imóvel), e,
sinais de choque (pulso rápido e PA baixa).

Nas fraturas de costelas, caracterizadas por uma dor intensa, o socorrista deverá providenciar o atendimento pré-
hospitalar imobilizando o braço da vítima sobre a fratura, usando para tal uma bandagem triangular como tipóia
e outra para fixar o braço sobre o tórax.

Quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos poderá ocorrer o que denominamos de respiração
(movimento) paradoxal. Essa lesão específica denomina-se de tórax instável ou tórax em báscula. O tratamento
pré-hospitalar consiste em estabilizar o segmento instável (em báscula) que se move paradoxalmente durante as
respirações. O socorrista deverá usar uma almofada pequena ou toalhas dobradas presas com fitas adesivas
largas. O tórax não deverá ser totalmente enfaixado. Transportar a vítima deitada sobre a lesão. Se possível, o
socorrista deverá ministrar oxigênio suplementar à vítima.

Alguns traumatismos na região da caixa torácica acabam provocando lesões internas nos pulmões e no coração
(pneumotórax, hemotórax, etc.). O ar que escapa do pulmão perfurado e as hemorragias de dentro do tórax
podem resultar colapsos pulmonares. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio pode também resultar
numa perigosa compressão do coração. Todas estas lesões são emergências sérias que requerem pronta
intervenção médica. O socorrista poderá identificá-las pelos seguintes sinais e sintomas: desvio de traquéia,
aumento do volume das veias do pescoço, cianose e sinais de choque, e, enfisema subcutâneo (coleção de ar
abaixo da pele). Nesses casos o socorro consistira simplesmente na condução urgente da vítima para que a
mesma possa receber atendimento médico adequado.

268
PARADA CARDÍACA

A parada cardíaca é definida como uma cessação súbita e inesperada dos batimentos cardíacos. O coração para
de bombear o sangue para o organismo e os tecidos começam a sofrer os efeitos da falta de oxigênio. O cérebro,
centro essencial do organismo, começa a morrer após cerca de três minutos privado de oxigênio.

O socorrista deverá identificar e corrigir de imediato a falha no sistema circulatório. Caso haja demora na
recuperação da vítima, esta poderá sofrer lesões graves e irreversíveis.

269
A compressão torácica externa é eficiente na substituição dos batimentos do coração por dois motivos
principais: primeiro, pelo fato do coração estar situado entre o osso esterno (que é móvel) e a coluna vertebral
(que é fixa) e, segundo, porque o coração quando na posição de relaxamento, fica repleto de sangue. Portanto, o
coração ao ser comprimido pelo osso esterno expulsa o sangue e depois, ao relaxar-se, novamente se infla,
possibilitando uma circulação sangüínea suficiente para o suporte da vida.

Em caso de parada cardíaca, o socorrista deverá seguir as instruções abaixo:

1. Posicione a vítima deitada sobre uma superfície plana e rígida;

2. Verifique o pulso na artéria carótida (no pescoço) para certificar-se da ausência de batimentos cardíacos.
Somente inicie a compressão torácica externa quando não houver pulso;

3. Localize a borda das costelas e deslize os dedos da mão esquerda. Para o centro do tórax, identificando
por apalpação o final do osso esterno (apêndice xifóide). Marque dois dedos a partir do final do osso
esterno e posicione sua mão direita logo acima deste ponto, bem no meio do peito da vítima. Coloque a
sua mão esquerda sobre a direita e inicie as compressões. A compressão cardíaca é produzida pela
compressão vertical para baixo, exercida através de ambos os braços do socorrista, comprimindo o osso
esterno sobre o coração da vítima.

A compressão torácica externa deve ser realizada com os braços esticados usando o peso do corpo do socorrista.
Não esqueça que você deve realizar as compressões junto com a respiração de boca a boca. Se estiver
socorrendo a vítima sozinho, dê dois sopros (ventilações) e faça quinze compressões, num ritmo de oitenta a
cem compressões por minuto.

Se o socorro for em dupla, para cada ventilação dada pelo primeiro socorrista, o segundo deve executar cinco
compressões (ritmo de 80 a 100 por minuto). Com dois socorristas, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) deve
ser realizada com um socorrista posicionado de cada lado da vítima, podendo os mesmos, trocar de posição
quando necessário, sem no entanto interromper a freqüência de cinco compressões por uma ventilação (5x1).

O pulso carotídeo deve ser apalpado periodicamente durante a realização da RCP, a fim de verificar se houve o
retorno dos batimentos cardíacos. Verifique o pulso após o primeiro minuto de RCP e a cada poucos minutos
desde então. Não demore mais que 5 segundos para verificar o pulso para não comprometer o ritmo das
compressões.

A compressão e a descompressão devem ser ritmadas e de igual duração. A palma da mão do socorrista não deve
ser retirada de sua posição sobre o osso esterno, porém a pressão sobre ela não precisa ser feita, de forma que
possa retornar a sua posição normal.

Em crianças, a massagem cardíaca deve ser realizada com apenas uma das mãos posicionada sobre o meio do
peito da vítima, no terço inferior do osso esterno.

No socorro de bebês, o socorrista deve apalpar o pulso na artéria braquial, e realizar a massagem cardíaca com
apenas dois dedos. Comprimir o peito do bebê, um dedo abaixo da linha entre os mamilos.

Qualquer vítima inconsciente deverá ser colocada na posição de recuperação. Esta posição impede que a língua
bloqueie a passagem do ar. O fato da cabeça permanecer numa posição ligeiramente mais baixa do que o resto
do corpo, facilita a saída de líquidos da boca da vítima. Isto reduz o risco de aspiração de conteúdos gástricos. A

270
cabeça e a região dorsal (coluna vertebral) devem ficar alinhadas, enquanto os membros dobrados mantêm o
corpo apoiado em posição segura e confortável.

271
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (4)

Doenças

Apesar das defesas naturais, alguns contaminantes conseguem penetrar profundamente no sistema
respiratório e causar algumas doenças, como as pneumoconioses. Veja abaixo alguns exemplos de
pneumoconioses:

Silicose - é causada por partículas da sílica, muito comum nas indústrias cerâmicas, minerações, pedreiras e
metalúrgicas, provocando uma redução na capacidade respiratória.

Abestose - é causada pelas fibras do abesto (amianto), provocando redução na capacidade de trânsferência
de oxigênio para o sangue, além de câncer.

Antracose - também conhecida como "doença do pulmão preto" ou "doença dos mineiros". É causada pela
inalação de partículas de carvão mineral.

Bissinose - é causada principalmente pelas partículas de algodão, comum nas indústrias têxteis. Provocam
redução na capacidade respiratória, febre e tosses freqüentes.

Pulmão dos fazendeiros - é provocada pala inalação de partículas dos cereais (sementes), madeiras ou
fenos. Causam um tipo de cicatrização nos pulmões, febre, calafrios, tosse, dores musculares e redução na
capacidade de respiração.

Doenças mais comuns - bronquites, resfriados crônicos, alergias e sinusites são também provocadas pela
inalação de contaminantes.

Como se proteger dos contaminantes


Uma das formas de proteger o trabalhador contra a inalação de contaminantes atmosféricos é através do uso
de Equipamento de proteção Respiratória (EPR).

272
Estes equipamentos, popularmente conhecidos como respiradores (máscaras), são constituídos por uma peça
que cobre, no mínimo, a boca e o nariz, através da qual o ar chega à zona respiratória do usuário, passando
por um filtro ou sendo suprido por uma fonte de ar limpa.

Os respiradores filtrantes são geralmente compostos de várias camadas de filtros, que retém certos
contaminantes suspensos no ambiente de trabalho.

CURIOSIDADES DA DIREÇÃO DEFENSIVA

Você Sabia que ...

Para um carro, bater num objeto fixo a uma velocidade de 60km/h, equivale a cair de um prédio de 4 andares
(numa altura de aproximadamente 14 metros)?

Se a velocidade for de 80km/h, o impacto equivale ao de uma queda livre de 25 metros?

Uma pessoa adulta só consegue suportar um peso que seja, no máximo, 3 vezes superior ao seu próprio
peso?

Mesmo que o veículo esteja numa velocidade de 20km/h, o impacto sob um objeto fixo resulta numa força
superior a até 15 vezes ao peso da pessoa? Daí resultam os graves ferimentos, que em muitos casos, podem
ser fatais.

Quando dois veículos a 25km/h se chocam, as velocidades somam-se, resultando num impacto
correspondente a 50km/h?

40% das mortes em acidentes são causadas por choque contra o pára-brisas, o marco do pára-brisas ou o
painel de instrumentos?

30% das lesões fatais em colisões foram causadas porque a vítima bateu contra o volante?

Uma em cada 5 lesões aconteceu porque pessoas dentro do veículo bateram-se umas contra as outras?
273
8 em cada 10 pessoas que não usavam o cinto de segurança morreram em acidentes com pelo menos um dos
veículos a menos de 20 km/h?

Os cintos de segurança são desenvolvidos tendo por base o indivíduo adulto. Por isto, não devem ser usados
por crianças com menos de 1,40m de altura. A correta utilização do cinto de segurança por crianças, grávidas
e bebês é diversa da forma com que os demais passageiros e condutor o utilizam.

SEGURANÇA NO LAR (7)

Instalações Elétricas
Não ligue mais de um aparelho elétrico na mesma tomada. Se a corrente elétrica está acima do que a fiação
suporta, ocorre um superaquecimento dos fios. Aí pode começar o incêndio.

Não utilize fios elétricos descascados ou estragados. Quando encostam um no outro, provocam curtos-
circuitos e faíscas, que podem ocasionar um incêndio. De tempos em tempos, faça uma revisão nos fios dos
aparelhos elétricos e na instalação elétrica da sua casa.

Se algum aparelho elétrico ou tomada apresentar defeito, não pense duas vezes para mandar consertá-los.
Não faça ligações provisórias.
A fiação deve estar sempre embutida em conduítes.
Os quadros de distribuição devem ter disjuntores. Se os dispositivos de proteção ainda forem do tipo chave-
faca, com fusíveis cartucho ou rolha, substitua-os por disjuntores.

274
Caso note aquecimento dos fios e queima frequente de fusíveis, chame um técnico qualificado para fazer
uma revisão.

Toda instalação elétrica tem de estar de acordo com a NBR-5410 da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas).

Um simples curto-circuito pode causar uma grande tragédia.

A PARÁBOLA DA ROSA

275
Um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, ele a
examinou.

Ele viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou, "Como pode uma
bela flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"

Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa, e antes que estivesse pronta para
desabrochar, ela morreu. Assim é com muitas pessoas.

Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescendo em meio aos
espinhos de nossas faltas.

Muitos de nós olhamos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.

Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Nós nos recusamos a regar o
bem dentro nós, e consequentemente, isso morre.

Nós nunca percebemos o nosso potencial.

Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e
encontrar a rosa dentro de outras pessoas.

Essa é a característica do amor - olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas.

Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajuda-a a perceber que ela
pode superar suas aparentes imperfeições.

Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos.

Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.

276
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

Ao chegar na cena de um acidente, o socorrista deverá inicialmente verificar as condições de segurança e


prevenir-se escolhendo adequadamente seus equipamentos de proteção individual (EPIs).

A avaliação primária é sempre o primeiro passo do socorrista após a verificação das condições de segurança
no local do acidente. Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir de
imediato, problemas que ameacem a vida a curto prazo.

O socorrista deverá posicionar-se ao lado da vítima e executar a avaliação rapidamente, geralmente em um


prazo inferior a 45 segundos, para determinar as condições da vítima nas seguintes áreas:

1. Estado de consciência,

2. Vias aéreas e coluna cervical,

3. Respiração, e

4. Circulação.

Antes de começar a avaliar a vítima, o socorrista deverá apresentar-se dizendo seu nome, identificando-se
como pessoa tecnicamente capacitada e, perguntando à vítima se poderá ajudá-la (pedido de consentimento
para prestar o socorro).

Os problemas que ameaçam a vida, por ordem de importância são:

1. Vias aéreas = estão obstruídas? (pela língua ou corpo estranho);

2. Respiração = existe respiração adequada?

3. Circulação = existe pulso para indicar que o coração está circulando sangue? Existe
algum sangramento grave ?

 São fontes de informação no local da cena:

 A cena por si só;

 A vítima (se estiver consciente e orientada);

277
 Familiares, testemunhas ou curiosos;

 O mecanismo da lesão; e

 Qualquer deformidade maior ou lesão óbvia. Qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência
médica.

Lembre-se que o propósito da avaliação primária consiste na identificação e correção imediata das falhas no
sistema respiratório e/ou cardiovascular, que representem risco iminente de vida ao vitimado.

INCÊNDIOS

Três componentes são necessários para iniciar um incêndio: o calor (faísca elétrica ou chama exposta), o
material combustível e o oxigênio para mantê-lo. A eliminação de qualquer um desses três componentes
necessários à combustão romperá o chamado triângulo do fogo e impedirá sua propagação.

Nos casos de incêndio, como o fogo se espalha muito rapidamente, é preciso agir com rapidez e clareza,
avisando as pessoas do perigo e alertando os serviços de emergência imediatamente.

Sem correr riscos, faça tudo que puder para ajudar as pessoas a saírem da edificação em chamas. Dispare o
alarme de incêndio e procure as indicações de saída de emergência. Se estiver em um prédio alto, saia pelas
escadas e não use o elevador. Tão logo consiga chegar em um local seguro chame os bombeiros pelo fone de
emergência 193.

Mantenha-se informado sobre os procedimentos em casos de incêndio no seu local de trabalho ou, se estiver
apenas visitando um edifício ou empresa, siga as instruções dadas pelos funcionários do lugar.

O fogo em um espaço confinado provoca uma atmosfera altamente perigosa, com pouco oxigênio e muito
possivelmente contaminada por monóxido de carbono e outros gases tóxicos da combustão. Nunca entre em
uma casa ou edifício em chamas ou tomada pela fumaça, nem tampouco abra portas que levem a um cômodo
em chamas. Deixe as tarefas de salvamento e resgate para os serviços de emergência. Se ficar preso em um
local em chamas, vá para um ambiente que tenha janela e feche a porta, colocando um cobertor ou casaco na
fresta embaixo da porta para impedir a entrada de fumaça. Peça socorro pela janela e espere a chegada do
socorro mantendo a calma e evitando o pânico. Se tiver de passar por ambientes tomados pela fumaça, ande
bem próximo ao solo (rastejando), pois o ar ao nível do piso é mais limpo e a temperatura também é menor
(os gases quentes tendem a subir e acumular-se no teto).

No caso de suas roupas pegarem fogo e não houver ajuda por perto, apague as chamas deitando-se e rolando
no chão (técnica de parar, deitar e rolar). Caso outra pessoa tenha as roupas em chamas, ajude-a deitando-a
no chão com a parte em chamas para cima e jogando água sobre ela. Outra alternativa é enrolar a vítima em
um tapete, cortina ou cobertor (que não seja de náilon ou tecido inflamável), isso faz com que as chamas
fiquem sem ar e sejam abafadas.

278
Lembre-se de não tentar combater um incêndio (com o uso de extintores ou o sistema hidráulico preventivo
– hidrante de parede) a menos que já tenha chamado os serviços de emergência e não esteja correndo perigo.

FERIMENTOS

Qualquer rompimento anormal da pele ou superfície do corpo é chamado de ferimento. A maioria dessas
lesões comprometem os tecidos moles, a pele e os músculos. As feridas podem ser abertas ou fechadas. A
ferida aberta é aquela na qual existe uma perda de continuidade da superfície cutânea. Na ferida fechada, a
lesão do tecido mole ocorre abaixo da pele, porém não existe perda da continuidade na superfície.

Todos os ferimentos logo que ocorrem, causam dor, produzem sangramentos e podem causar infecções.

As roupas sobre um ferimento deverão ser sempre removidas para que o socorrista possa melhor visualizar a
área lesada. Remova-as com um mínimo de movimento. É melhor cortá-las do que tentar retirá-las inteiras,
porque a mobilização poderá ser muito dolorosa e causar lesão e contaminação dos tecidos.

O socorrista não deverá tocar no ferimento, caso a ferida estiver suja, ou ainda, se for provocada por um
objeto sujo, deverá ser limpa com o uso de água e sabão. Diminua a probabilidade de contaminação de uma
ferida, utilizando materiais limpos e esterilizados para fazer o curativo inicial. Todos os ferimentos devem
ser cobertos por uma compressa (curativo universal), preparada com um pedaço de pano bem limpo ou gaze
esterilizada. Esta compressa dever ser posicionada sobre a ferida e fixada firmemente com uma atadura ou
bandagem.

No socorro pré-hospitalar é indicado o uso de bandagens triangulares que podem ser confeccionadas em
diversos tamanhos, no entanto, recomenda-se o uso de bandagens com base de no mínimo 1 metro de
comprimento. Confeccionada em algodão crú com costura dupla nos acabamentos, a bandagem é largamente
utilizada na proteção de ferimentos, quer na posição aberta (estendida) ou dobrada, proporcionando uma
técnica de socorro rápido e seguro.

Antes de utilizar a bandagem, o socorrista deverá proteger o ferimento com compressas limpas e de tamanho
adequado. Deixe sempre as extremidades descobertas para observar a circulação e evite o uso de bandagens
muito apertadas que dificultam a circulação sangüínea, ou ainda, as muito frouxas, pois soltam.

Não devemos remover corpos estranhos (facas, lascas de madeira, pedaços de vidro ou ferragens) que
estejam fixados em ferimentos. As tentativas de remoção do corpo estranho (objeto cravado) podem causar
hemorragia grave ou lesar ainda mais nervos e músculos próximos a ele. Controle as hemorragias por

279
compressão e use curativos volumosos para estabilizar o objeto encravado. Aplique ataduras ao redor do
objeto, a fim de estabiliza-lo e manter a compressão, enquanto a vítima é transportada para o hospital, onde o
objeto será removido.

Se o ferimento provocar uma ferida aberta no tórax da vítima (ferida aspirante) e, for possível perceber o ar
entrando e saindo pelo orifício, o socorrista deverá imediatamente providenciar seu tamponamento, para tal,
deverá usar simplesmente a mão (protegida por uma luva descartável) sobre a ferida ou fazer um curativo
oclusivo com material plástico ou papel alumínio (curativo de três pontas). Após fechar o ferimento no tórax,
conduza a vítima com urgência para um hospital.

Se o ferimento for na região abdominal da vítima e houver a saída de órgãos (evisceração abdominal), o
socorrista deverá cobrir as vísceras com um curativo úmido e não tentar recolocá-las para dentro do abdome.
Fixe o curativo com esparadrapo ou uma atadura não muito apertada. Em seguida, transporte a vítima para
um hospital. Não dê alimentos ou líquidos para o vitimado.

Em alguns casos, partes do corpo da vítima poderão ser parcialmente ou completamente amputadas. Às
vezes, é possível, por meio de técnicas microcirúrgicas, o reimplante de partes amputadas. Quanto mais cedo
a vítima, junto com sua parte amputada, chegar no hospital, melhor. Conduza a parte amputada protegida
dentro de um saco plástico com gelo moído. O frio ajudará a preservar o membro. Não deixe a parte
amputada entrar em contato direto com o gelo. Não lave a parte amputada e não ponha algodão em nenhuma
superfície em carne viva.

Em casos de esmagamento (normalmente encontrados nos acidentes de trânsito, acidentes de trabalho,


desabamentos e colapsos estruturais), se a vítima ficar presa por qualquer período de tempo, duas
complicações muito sérias poderão ocorrer. Primeiro, a compressão prolongada poderá causar grandes danos
nos tecidos (especialmente nos músculos). Logo que essa pressão deixa de ser exercida, a vítima poderá
desenvolver um estado de choque, à medida que o fluido dos tecidos vá penetrando na área lesada. Em
segundo lugar, as substâncias tóxicas que se acumularam nos músculos são liberadas e entram na circulação,
podendo causar um colapso nos rins (processo grave que poderá ser fatal).

O tratamento merecido por uma vítima com parte do corpo esmagado é o seguinte:

1. Evite puxar a vítima tentando liberá-la. Solicite socorro especializado para proceder o resgate
(emergência fone 193);

2. Controle qualquer sangramento externo;

3. Imobilize qualquer suspeita de fratura; Trate o estado de choque e promova suporte emocional
à vítima;

4. Conduza a vítima com urgência para um hospital.

280
PEDESTRES (3)

Guarda de trânsito

Os guardas de trânsito controlam e organizam a circulação de veículos, dispensando também atenção


e proteção aos pedestres.

A eles deverão ser feitos pedidos de informação, ajuda e reclamação sobre problemas envolvendo
veículos, condutores e pedestres.

As estradas

As estradas são perigosas para o pedestres, porque nelas os veículos transitam em velocidade. Por
isso, as seguintes normas deverão ser obedecidas:

 caminhar sempre pelo lado esquerdo da estrada;

 se existir acostamento, o pedestre é obrigado a caminhar por ele; se não existir, deverá caminhar o
mais distante possível do lugar de passagem dos veículos;

 para atravessar, o pedestre deverá olhar primeiro para esquerda, depois para a direita, e mais uma vez
para a esquerda, começando a travessia somente depois de certificar-se através da visão e da audição
de que nenhum veículo se aproxima;

 atravessar sempre em lugar mais seguro, em linha reta, nunca em curvas, aclives ou declives;

 estimar a distância e a velocidade dos veículos nos dois sentidos de circulação antes de atravessar;
281
 se houver algum veículo se aproximando, aguardar sua passagem e só depois atravessar;

 utilizar sempre a passarela para pedestre, quando existir;

 se estiver em companhia de outras pessoas, caminhar em fila única (uma atrás do outro);

Seja prudente ao atravessar uma estrada. Garanta sua segurança.

Ao anoitecer, a estrada fica mais perigosa para o pedestre. Nesta situação, ele deve ter
cuidado de ver e ouvir todos os veículos, e ser visto pelos condutores.

Nesta ocasião, deve procurar sempre:

 usar roupas claras;

 levar uma lanterna acesa na mão.

PREJUÍZOS DO HÁBITO DE FUMAR

1- Entorpecimento mental;
2- Inflamação do estômago;
3- Ineficiência física;
4- Tosse;
5- Angina do peito;
6- Gangrena;
7- Doações de Sangue;
8- Visão, entre outros.

O que está comprovado sobre a fumaça ambiental do tabaco

- é inalada, absorvida e processada por não-fumantes


- é quimicamente similar a fumaça inalada pelo fumante, e esta é carcinogênica
- contém substâncias que causam câncer
- pode causar câncer e lesões genéticas (que originam câncer) em animais de laboratório
- está associada a problemas cardíacos
- causa problemas respiratórios em crianças de até 18 meses
- retarda o desenvolvimento fetal

Substâncias da Fumaça do Cigarro

282
Quando cigarros industrializados ou de fumo-de-rolo, cachimbos e charutos são acesos, algumas substâncias
são inaladas pelo fumante e outras se difundem pelo ambiente. Essas substâncias são nocivas à saúde.
Todas as formas de uso do tabaco, inclusive os cigarros com mentol, filtros especiais, com baixos teores
(light, extra-light) etc. tem uma composição semelhante, não havendo, portanto cigarros "saudáveis" ou
cachimbos e charutos que façam menos mal. Isso ocorre porque, mesmo escolhendo produtos com menores
teores de alcatrão e nicotina, os fumantes acabam compensando essa redução, fumando mais cigarros por dia
e tragando mais freqüente ou profundamente, ou seja, fazendo outras modificações compensatórias em
conseqüência da dependência à nicotina.
A fumaça do cigarro é uma mistura de cerca de 5 mil elementos diferentes.

LEGISLAÇÃO (9)

Seção XIV - da prevenção da fadiga

Art.198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover


individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.

283
Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por
impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos,
podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do
empregado serviços superiores às suas forças.

Art.199 - Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao trabalhador, capazes de
evitar posições incômodas ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija que trabalhe sentado.

Parágrafo único - Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua disposição
assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.

284
CUIDADO COM O INFARTO (1)

Se você fuma, come muita gordura, trabalha fora, tem vida sedentária e ainda por cima está acima do seu
peso ideal, é forte candidato a sofrer um ataque cardíaco. O quadro fica ainda pior se você for diabético ou
tiver casos de infarto na família.

O risco de ter um ataque cardíaco, tanto pode ser para homens, como para mulheres. O número de mulheres
com doenças das coronárias tem aumentado muito nos últimos tempos. Se você faz parte deste grupo de
risco, saiba como se proteger.

A maior responsável pela obstrução coronariana é o excesso de gordura - colesterol e triglicérides - no


sangue. São elas que formam a maior parte das "placas de ateromas", camadas de gordura depositadas nas
paredes arteriais. Essas placas, compostas basicamente de colesterol "ruim", o LDL, podem "entupir" as
coronárias. Porém, o lado "bom" do colesterol, o DHL, protege a pessoa contra os problemas coronarianos.
Esse processo de entupimento das artérias chama-se aterosclerose.

O que é o infarto, quais são os primeiros sintomas e tratamento

O infarto representa a morte de uma porção do músculo cardíaco (miocárdio), por falta de oxigênio e
irrigação sangüínea. A oxigenação necessária ao funcionamento do coração ocorre por um conjunto de vasos
sangüíneos, as artérias coronárias. Quando uma dessas coronárias se obstrui, impede o suprimento de sangue
e oxigênio ao músculo, resultando em um processo de destruição chamado necrose, e se a área necrosada for
grande, o coração pára.
O maior sintoma de um infarto é a dor. A sensação é de "aperto" localizada no peito, à altura do coração.
Essa dor é tão intensa que provoca suores frios, náuseas, vômitos e vertigens, ela costuma se irradiar para os
ombros e braços (geralmente o esquerdo), para a mandíbula, as costas, e a projeção do estômago no
abdômen.

O diagnóstico do infarto é realizado através dos exames: eletrocardiograma, hemograma e dosagem, no


sangue, de enzimas resultantes da destruição de células cardíacas.

O tratamento deve ser feito em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI),para prevenir complicações como as
arritmias , a insuficiência cardíaca e para dissolver, por um processo chamado trambólise, possíveis trombos
que se formem no local da obstrução.
285
INSOLAÇÃO

Acidente grave, provocado por calor excessivo ou exposição direta e prolongada ao sol. A vítima fica
abatida, cansada e com uma sensação geral de fraqueza. Como conseqüência imediata desse estado podem
ocorrer distúrbios circulatórios, perturbações cerebrais, febre alta (até 42º C), vômitos, interrupção da
transpiração, pulso acelerado, convulsões e até morte (nos casos mais graves, precedida de colapso
circulatório).

O que fazer

Providencie socorro médico imediato. Enquanto aguarda:

1.Remova a vítima para um local fresco e bem ventilado, à sombra.

2.Deite o acidentado de costas e despeje água fresca sobre seu corpo. Envolva sua cabeça em toalhas
molhadas e o corpo num lençol ensopado em água fria. Coloque uma bolsa de gelo sobre a cabeça da vítima.
Atenção: Assim que a pessoa voltar a transpirar, você pode interromper essas operações.

3.Faça massagens vigorosas nas pernas, braços e em toda a pele do doente.

4.Se possível, faça-o beber água ou dê-lhe bebidas frias.


Atenção: Nunca ofereça à vítima café, chá ou outros estimulantes.

286
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (4)

Combustão espontânea
Alguns produtos podem se inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presença de
uma fonte de ignição. Estes produtos são transportados, na sua maioria, em
recipientes com atmosferas inertes ou submersos em querosene ou água. O fósforo
branco ou amarelo, e o sulfeto de sódio são exemplos de produtos que se ignizam
espontaneamente, quando em contato com o ar.

Quando da ocorrência de um acidente envolvendo estes produtos, a perda da fase


líquida poderá propiciar o contato dos mesmos com o ar, motivo pelo qual a
estanqueidade do vazamento deverá ser adotada imediatamente.-

Outra ação a ser desencadeada em caso de acidente é o lançamento de água sobre o


287
produto, de forma a mantê-lo constantemente úmido, desde que o mesmo seja
compatível com água, evitando-se assim sua ignição espontânea.

Perigoso quando molhado

Algumas substâncias, por interação com a água, podem tornar-se espontaneamente


inflamáveis ou produzir gases inflamáveis em quantidades perigosas. O sódio
metálico, por exemplo, reage de maneira vigorosa quando em contato como a água,
liberando o gás hidrogênio que é altamente inflamável. Outro exemplo é o carbureto
de cálcio, que por interação com a água libera acetileno. Para esses materiais as
ações preventivas são de suma importância, pois quando as reações decorrentes
destes produtos se iniciam, ocorrem de maneira rápida e praticamente incontrolável.

DIREÇÃO DEFENSIVA (7)

Comportamentos Perigosos no Trânsito

Além de tudo que você já aprendeu para evitar acidentes, ainda existem alguns comportamentos que são
causadores de situações perigosas ao conduzir seu veículo pelas vias.

288
Se você conhecê-los e evitá-los, certamente estará diminuindo os riscos de se envolver em acidentes ou pôr em
perigo seu veículo e os outros usuários que transitam pelas vias, mostrando que você é um condutor defensivo.

Manobra de marcha à ré

Por ser considerada manobra perigosa, você deve evitá-la sempre que possível e nunca realizá-la sem adorar
medidas de segurança numa via, por onde circulam veículos e pedestres.

Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à
segurança, resulta em multa, sendo considerada em infração grave (Art 194 - CTB).
Ela serve apenas para pequenas distâncias e para manobras como entrada e saída de garagem, estacionamento,
não sendo permitido usá-la para locomover-se de um a outro local nas vias públicas.

Para evitar riscos, jamais dê marcha à ré em esquinas, não saia de ré de garagens ou estacionamentos, pois sua
visão da área estará prejudicada. Use sempre os retornos. Fique atento.
Conduzir nas vias rurais

Muitos acreditam que conduzir nas vias rurais é melhor e mais fácil que conduzir nas cidades, por não haver
trânsito contínuo de veículos, pedestres e toda a sinalização que regulamenta o trânsito.

Porém, justamente a falta de determinados tipos de sinalização, que é desnecessária nas rodovias, leva a
comportamentos bem diferentes das áreas urbanas e que se transformam em grandes causadores de acidentes,
reforçados por atitudes erradas e desatentas de condutores irresponsáveis, que pretendem burlar as leis de
trânsito, pondo em risco a sua vida e a dos demais usuários das vias.

FRATURAS (2)

O advento da radiologia tornou mais rápida e eficaz a identificação de uma fratura, sem manipulação da
parte afetada e independentemente dos principais sintomas: dor, mobilidade anormal, crepitação,
deformidade, edema e outros.

Fratura é a interrupção na continuidade de um osso, ou de uma cartilagem, provocada geralmente por


traumatismo. Existem ainda outros tipos de fraturas: patológicas, que decorrem de fatores congênitos e
hereditários, desequilíbrios hormonais, deficiências vitamínicas, tumores ósseos e outras causas; fraturas por
289
fadiga ou sobrecarga, que aparecem durante a atividade funcional, sobretudo nos pés, depois de longas
caminhadas; e as obstétricas, sofridas por recém-nascidos em partos laboriosos.

Em virtude da calcificação incompleta, as crianças têm ossos mais vulneráveis a fraturas, assim como os
adultos idosos, e especialmente as mulheres, que desenvolvem osteoporose após a menopausa.

Quanto ao grau, as fraturas dividem-se em completas, quando as duas partes do osso se separam
inteiramente, e incompletas, como na fissura, em que o osso racha mas não se divide, e na inflexão, em que à
rachadura se acrescenta um arqueamento. Segundo a configuração, as fraturas definem-se como
longitudinais, transversais, oblíquas, espiróides e complexas. De acordo com a localização no osso, são
epifisárias, metafisárias ou diafisárias.

Quanto ao estado das partes moles, existem fraturas subcutâneas ou fechadas, e expostas ou abertas, quando
a pele é lesada e o foco de fratura se comunica com o exterior. O número de lesões no osso determina que a
fratura seja única, quando há um só traço no mesmo osso; múltipla, se este se quebrar em mais de um
segmento; cominutiva, se houver mais de dois fragmentos; ou configurada como esmagamento, quando há
muitas lesões na arquitetura óssea.

O traumatismo provocador da fratura pode resultar de uma ação direta, como a do choque de um automóvel,
ou de mecanismos indiretos: arrancamento, flexão, compressão, deslizamento e torção. Os fragmentos do
osso fraturado apresentam-se sem desvio, quando não existe alteração de seus eixos, ou com desvio, que
pode ser angular, lateral, de rotação e longitudinal.

O tratamento de um fraturado inclui três providências básicas: redução, para reconduzir o osso a sua forma
anterior; imobilização, que visa a manter a redução e permitir a consolidação correta; e mobilização,
recuperação funcional e fisioterapia. A reparação se faz pelo calo ósseo, que evolui por fases: calo fibroso,
calo provisório e calo definitivo. As fraturas estão sujeitas a complicações imediatas -- lesão vascular,
nervosa e de órgãos viscerais ou parenquimatosos, interposição de partes moles etc. -- e tardias, como
infecção, consolidação viciosa, necrose, rigidez articular e outras

DORES DE DENTE (2)

Quente e frio

Se um dente dói quando está em contacto com coisas quentes e fica aliviado em contacto com o frio, estamos
perante outro tipo de situação. Este sintoma indica que o dente está a “inchar” no seu interior. O calor
aumenta este “inchaço” e o frio diminui-o. Numa situação destas, o nervo do dente está irremediavelmente
perdido.

290
Se um dente dói ao mastigarmos, ao calor e ao frio este pode estar fraturado e a necessitar de tratamento. O
tratamento é urgente, de forma a manter a estrutura do dente íntegra. Se fratura a câmara pulpar, local onde
está localizado o nervo do dente, pode levar à morte do nervo.

As fraturas podem ser diferenciadas de outros problemas, pois doem sempre que se mastiga de uma certa
maneira, e sempre daquela maneira...

Os problemas de mordida, como por exemplo o ranger dos dentes durante a noite, pode levar a dores
específicas que vão desde a sensibilidade aos frios e doces devido ao desgaste no esmalte, até às dores e
fadiga na articulação da boca - a temporomandibular (ATM).

Palitos, maços de tabaco e gengivas

Um outro tipo de dor de dentes acontece quando se morde uma coisa dura ou quando fechamos a boca com
muita força. Sente-se uma dor momentânea que vai desaparecendo lentamente ao longo dos dias seguintes,
como se fosse uma dor muscular típica. Foi “apenas” um traumatismo do dente.

Os problemas gengivais, que tantas vezes são a causa da perca de dentes na idade adulta, não dão sintomas
até ser tarde demais.

Quando os dentes doem devido a problemas deste tipo, é provável que o dente possa estar perdido.

Existem sintomas dolorosos gengivais que podem acontecer, não por uma situação grave, mas sim porque
algum objeto estranho ficou preso na sua gengiva e infectou. Por exemplo, certas pessoas usam os maços de
cigarros para substituir o fio dental ou palitos de madeira inadequados. Nestes exemplos, é comum ficarem
as gengivas inflamadas com bocados de prata, cartão ou madeira que ficaram presos na gengiva.

99% das situações podem ser prevenidas

A boca é uma zona muito sensível e por causa de dores de dentes há pessoas que não trabalham, ficam de
cama, não comem, há, inclusive, crianças que ficam afetadas psicologicamente. 99% destas situações podem
ser prevenidas. No entanto, logo que sinta algum destes sintomas, consulte o seu médico dentista. É que
quanto mais depressa tratar do problema, menos danos causará aos seus dentes.

ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (3)

Acidentes graves

O que fazer

Numa emergência, diante de uma fratura evidente ou de suspeita de fratura de coluna, aja assim:

1.Mande alguém imediatamente em busca de socorro médico.

2.Restabeleça a respiração da vítima ou assegure-se de que a respiração é satisfatória. Se for preciso fornecer
respiração artificial ao acidentado, lembre-se:
291
Nunca use métodos que exijam compressão do tórax;
Use o método boca a boca ou o método boca a nariz, e com um especial cuidado: não movimente o pescoço
da vítima .

3.Controle eventuais hemorragias.

4.Se tiver que transportar o acidentado, siga cuidadosamente as instruções de transporte de doentes e feridos.

5.Lembre-se de que qualquer erro no modo de transportar um acidentado com lesão na coluna pode levá-lo a
uma paralisia permanente ou até à morte.

292
RISCOS E PRAZERES DAS DROGAS (1)

O risco do prazer. Correr riscos faz parte da natureza humana. Corre-se riscos para se sentir vivo, aprender
mais sobre si mesmo, testar suas habilidades e limites ou até arriscar a integridade física ou mental como
forma disfarçada de suicídio. Também se correm riscos por quê eles dão prazer, alguns aceitos socialmente,
outros não. Exemplo disso são as competições automobilísticas em pistas apropriadas para isto, por outro
lado há corridas pelas ruas da cidade nas madrugadas, desconsiderando todos os sinais de transito.

E quando o assunto é drogas? O que são drogas?

Elas trazem junto algum prazer (senão ninguém as usaria). Trazem também riscos, que podem estar
relacionados aos efeitos diretos da droga; riscos legais; sociais e riscos de dependência.

O fato de uma droga ser legal ou ilegal não está relacionado a suas propriedades químicas ou seus riscos para
a saúde. Um critério popular é achar que tudo o que é natural não prejudica. Isto não é verdade. Veneno de
cobra, vírus e bactérias são naturais e podem causar um estrago danado. O critério científico-farmacológico é
chamar "drogas", de droga psicotrópica, por serem substâncias que atuam no cérebro modificando a maneira
de sentir, pensar e de agir.

293
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQÜENTEMENTES SOBRE SEUS
OLHOS (2)

1. Exercícios oculares melhoram minha visão?

Geralmente não. Pegue como exemplo a situação comum onde a redução da visão é por defeito do cristalino.
A lente natural do olho (cristalino) é uma substância transparente feita por células epiteliais. Ela continua a
crescer por toda a vida como seus cabelos e unhas, embora mais vagarosamente. Diferente dos cabelos e
unhas, contudo, as células velhas do cristalino não podem ser perdidas e se acumulam causando um
espessamento do cristalino com o passar dos anos.

O processo é parecido com a adição das camadas em um tronco de uma árvore com o passar dos anos. Com
o espessamento torna-se mais difícil para o cristalino focalizar (por isso as pessoas acabam necessitando de
óculos com maior poder , com o envelhecimento).

Não há exercícios que parem o crescimento destas células ou corrijam os problemas visuais adquiridos.
Contudo, há outras condições, como estrabismo, insuficiência de convergência, onde exercícios oculares
ajudarão.

2. Ler com luz fraca ou assistir TV prejudicam minha visão?

Ao contrário da crendice popular, não. Ler com luz fraca, ler muito ou assistir muito TV pode causar tensão
ocular. Tensão ocular é um "stress" da musculatura ocular ocorrida quando os olhos se cansam. É como outra
tensão muscular qualquer e isto não causa danos permanentes. Também chamado Astenopia.

294
3. Com que freqüência eu deveria fazer um exame ocular?

Depende de sua idade e de sua história familiar. Pessoas mais velhas, usualmente, deveriam ter seus olhos
examinados uma vez por ano ou regularmente. Pessoas com problemas oculares ou que tenham história de
doença ocular na família, devem consultar um oftalmologista a cada 6 meses. A maioria das pessoas jovem
somente necessita de ter seus olhos examinados a cada 2 ou 3 anos. Porém nós aconselhamos aos nossos
pacientes o melhor possível: "Se você perceber uma mudança repentina em sua capacidade de ver, não
espere até sua próxima visita, faça um exame de seus olhos imediatamente".

4. Quando eu deveria trazer meu filho (a) em seu primeiro exame ocular?

É na fase pré-escolar. No entanto, em qualquer época que você perceba que seu filho é estrábico (olhos
tortos) ou pareça ter problemas para enxergar bem, não espere, marque um exame ocular.

OBESIDADE (3)

Dieta
A dieta para emagrecer deve ser orientada por profissionais habilitados, para evitar distúrbios metabólicos e
perda de peso muito rápida. Esta perda muito rápida geralmente é feita as custas de tecido muscular, o que é
absolutamente indesejável. Basicamente as dietas devem ser hipocalóricas, fornecendo em torno de 1200
calorias por dia; a gordura deve ser restrita ao mínimo possível. Por exemplo, cozer os alimentos com menos
óleo, não temperar a salada e os legumes com óleo (só vinagre e sal), evitar alimentos gordurosos, como os
embutidos (salame, presunto, etc), dar preferência ao queijo fresco (quanto mais amarelo o queijo, maior o
seu teor de gordura), laticínios desnatados ou diet, não usar e abusar das frituras, preferindo alimentos
cozidos ou grelhados. Não esquecer que os diferentes tipos de óleos e azeites não diferem muito no seu teor
calórico, mas sim no tipo de gordura que contém. As gorduras associadas às carnes devem ser retiradas antes
de cozer. As bebidas alcóolicas e os açucares (refrigerante, só diet ) também devem ser evitados, para ajudar
na diminuição das calorias totais. A quantidade de proteína da dieta deve ser mantida.

As dietas de muito baixa caloria (700 - 800 calorias) não devem ser utilizadas sem critério, pois suas
conseqüências podem ser desastrosas. Segue uma tabela de calorias de vários grupos alimentares para que
você possa balancear sua dieta. Divida o seu dia em quatro refeições - café da manhã, almoço, lanche da
tarde e janta - e inclua no seu cardápio as verduras, os legumes, os laticínios, as frutas, as carnes e os cereais,
e terá uma dieta adequada, com todos os nutrientes necessários a boa saúde. Adquira este habito, pois a
tendência a engordar não desaparece, e se você não mantiver as alterações no seu comportamento alimentar,
provavelmente será mais um dos inúmeros obesos com o popular efeito sanfona -
emagrece/engorda/emagrece/engorda.

Exercício físico
Deve ser realizado junto com a dieta, para aumentar o gasto calórico. Os exercícios bons para perder peso
são os mesmo que condicionam o aparelho cardiovascular - natação, caminhar, correr, bicicleta, aeróbica.
Mas atenção: a maioria dos obesos não fazem exercícios e tem um baixo condicionamento - comece com
295
exercícios leves e de curta duração, como por exemplo caminhar 15 minutos por dia, e aumente
progressivamente o tempo e a intensidade do exercício. Exercícios como musculação e ginástica localizada
não condicionam o físico e são ineficientes para ajudar a perder peso. Servem para definir a musculatura e
evitar a flacidez. A hidroginástica não proporciona grandes perdas calóricas, mas é uma alternativa para
obesos que com problemas articulares e de ligamentos ou tendão, que precisam de exercícios de baixo
impacto no aparelho locomotor. Além das vantagens citadas, o exercício aeróbico também previne a queda
nas necessidades energéticas que acompanham o emagrecimento.

ESCORPIÕES (4)

Aspectos Clínicos

Nos acidentes escorpiônicos, têm sido relatadas manifestações locais e sistêmicas.

Manifestações locais:

Caracterizam-se fundamentalmente por dor no local da picada, às vezes irradiada, sem alterações do estado
geral. O tratamento sintomático para o alívio da dor, feito através da utilização de analgésicos ou bloqueio
local com anestésicos, consiste na principal medida terapêutica que corresponde à maioria dos acidentes
registrados no país.

Manifestações Sistêmicas

Menos freqüentes, caracterizam os acidentes como moderados ou graves. Além da dor local, alterações
sistêmicas como hiper ou hipotensão arterial, arritmias cardíacas, tremores, agitação psicomotora, arritmias
respiratórias, vômitos e diarréia. O edema pulmonar agudo é a complicação mais temida. Nesses casos, além
do combate à dor e tratamento de suporte, está indicada a soroterapia. A gravidade no escorpionismo
depende de fatores como a espécie e tamanho do escorpião causador do acidente, da massa corporal do
acidentado, da sensibilidade do paciente ao veneno, da quantidade de veneno inoculado e do retardo no
atendimento.

296
A IMPORTÂNCIA DA BOA VISÃO (1)

É muito importante cuidar da visão desde a gestação. Hoje existem 40 milhões de cegos no mundo e pelo
menos metade deles poderiam estar enxergando, simplesmente conhecendo as doenças, sintomas e situações
que podem levar à cegueira. As informações contidas aqui foram retiradas do "Manual da Boa Visão"
elaborado pelo Núcleo de Prevenção à Cegueira da Unicamp.

Cuidados na gravidez

297
O cuidado mais importante é seguir corretamente o pré-natal, evitando assim, problemas de visão da mãe e
do filho que vai nascer.

Doenças como rubéola e toxoplasmose,que podem afetar as mães nos 3 primeiros meses de gravidez, podem,
ao mesmo tempo, causar cegueira e problemas neurológicos na criança.

Cuidados com os bebês

As conjutivites, também conhecidas como dor-d'olhos, e que podem aparecer nos primeiros dias de vida do
bebê, devem ser examinadas pelo médico, para que o tratamento seja correto.

Deve ser levada com urgência ao oftalmologista toda criança que apresentar ao nascer, mancha branca na
menina dos olhos, muito lacrimejamento, olhos muito grandes, olhos que balançam muito de um lado para o
outro, ou crianças que não suportam a claridade.

Desenvolvimento da visão

Oitenta e cinco por cento (85%) do nosso relacionamento com o ambiente em que vivemos é feito através da
visão. Ao nascer, a criança enxerga pouco. Sua visão vai se desenvolvendo a cada dia, até que aos 5 anos,ela
atinge uma visão completa, como a do adulto. Por isso é muito importante que os problemas de visão das
crianças sejam tratados antes dos 6 anos, período em que a visão está se desenvolvendo.

PICADAS DE COBRAS VENENOSAS (2)

298
Os soros comumente aplicados após a picada de cobra são os seguintes:

 cobra desconhecida = soro anti-ofídico (polivalente);

 jararaca = soro anti-botrópico ou soro anti-ofídico (polivalente);

 cascavel = soro anti-crotálico ou soro anti-ofídico (polivalente);

 surucucu = soro anti-laquético ou soro anti-ofídico (polivalente); e

 coral verdadeira = soro anti-elapídico ou soro anti-ofídico (polivalente).

Nos acidentes com cascavel (a cobra com chocalho na ponta da cauda), a picada é dolorosa no momento,
mas desaparece depois de algum tempo.

Passados 30 a 60 minutos, o acidentado(a) fica com "cara-de-bobo", devido à queda de pálpebras e paralisia
dos músculos dos olhos; o indivíduo vê dupla imagem turva. Para poder ver, tenta abrir as pálpebras e, como
não consegue, franze a testa para tentar levantá-las com os músculos frontais.
A urina fica vermelho-castanho-escuro e diminui muito em volume, ou pára, nos casos mais graves.

O envenenamento por cascavéis é dos mais sérios e de maior índice de mortalidade, podendo matar em
poucas horas, ou após 6-12 dias, devido à lesão renal.

Nas picadas de cascavel, mesmo no caso da dor desaparecer, a vítima deve ser levada a um Médico, pois
ocorrerá necrose ao redor, que pode estender-se por todo o membro atingido, com a conseqüente amputação.
Nas picadas de jararaca, além da cara-de-bobo e urina escura (vermelha e turva), podem aparecer bolhas no
local e sangramento das gengivas; o sangue não coagula e fica uma cicatriz, devido à necrose no local da
picada.

299
ELEMENTOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA (3)

Habilidade

A habilidade se desenvolve por meio de aprendizado e da prática. Devemos aprender o m odo correto de
manuseio do veículo e executar várias vezes essas manobras, de forma a fixar esses procedimentos e adquirir a
habilidade necessária à prática de direção no trânsito das vias urbanas e rurais.

Esse requisito diz respeito ao manuseio dos controles do veículo e à execução, com bastante perícia e sucesso,
de qualquer uma das manobras básicas de trânsito, tais como fazer curvas, ultrapassagens, mudanças de
velocidade e estacionamento.

Atualmente a Permissão para Dirigir tem a validade de 12 meses, sendo conferida a Carteira Nacional de
Habilitação ao término desse prazo, desde que o condutor não tenha cometido nenhuma infração de
natureza grave ou gravíssima nem seja reincidente em infração média.
Ser um condutor hábil ou com habilidade significa que você é capaz de manusear os controles de um veículo e
executar com perícia e sucesso qualquer manobra necessária no trânsito, tais como: fazer curvas, ultrapassar,
mudar de velocidade ou de faixa, estacionar, etc.

Não esqueça que a prática conduz à perfeição, tornando você um condutor defensivo.
É necessário conhecimento e atenção para que você possa fazer uma previsão dos problemas que vai encontrar
no trânsito e tomar, no momento necessário, a decisão mais correta, com habilidade adquirida pelo trino no uso
da direção, tornando o trânsito mais humano e segura para você e para todos.
A Direção Defensiva só funcionará se cada condutor conhecer e praticar os elementos básicos que delam fazem
parte, no dia-a-dia, cada vez que fizer uso do seu veículo nas vias públicas (urbanas e rurais).

Com o Código de Trânsito Brasileiro surgiram vários manuais ou livretos que ajudam a atualizar seus
conhecimentos. Mantenha-se atento a todas as mudanças e dirija dentro da Lei. Atualize-se sempre.

300
SEGURANÇA NO LAR - ACIDENTES

Fontes de queimaduras
Fique atento a várias situações domésticas que podem causar acidentes envolvendo queimaduras. Evitá-las é
de sua total responsabilidade.

Álcool - Bisnagas ou garrafas plásticas contendo álcool são verdadeiras bombas. Evite-as.
Se não houver outro modo, mantenha-as longe do fogo e fora do alcance das crianças.

Gás - Vazamentos de gás não devem ser verificados com o uso de fósforos.
Passe espuma de sabão no local suposto; se borbulhar é porque existe vazamento.
Usando fósforos, se houver vazamento grande, poderá ocorrer explosão e incêndio.

Fogo - Se você ou alguém de sua família sofre de epilepsia ou outra doença que provoca ataques
convulsivos, evite ficar perto do fogo.
Mantenha as crianças afastadas de fogões e fogueiras.
Mesa - Cuidado com os pratos quentes colocados sobre a mesa.
Fique atento às crianças pequenas, que podem puxar a toalha, entornando líquidos quentes sobre si mesmas.

Gasolina - Evite fumar ao lidar com gasolina. Cuidado também com os fósforos acesos. Não armazene
gasolina e nenhum outro líquido inflamável em casa.

Engasgo

Segure a criança por trás, pela cintura. Suspenda-a no ar, de forma que o tronco, os braços e a cabeça fiquem
curvados para baixo.
Com uma das mãos, mantenha-a nesta posição. Coloque a outra mão acima do umbigo da criança e aperte
301
rapidamente o punho contra o estômago dela.
Repita o movimento até que o corpo estranho seja expelido pela boca.

Corpos Estranhos no Nariz

Tente fazer a criança respirar pela boca e segurar o ar nos pulmões.


Aperte a narina desobstruída e peça para a criança assoar.
Esta manobra requer a colaboração da criança, o que nem sempre é possível.
Se o objeto não for expelido ou se a criança não colaborar, não insista. Leva-a imediatamente ao pronto-
socorro mais próximo.

DISTÚRBIOS DO APETITE

A anorexia nervosa e a bulimia são distúrbios caracterizados por um comportamento alimentar bizarro.
Ocorrem com muito mais freqüência no sexo feminino do que no masculino e acometem pessoas que têm
uma preocupação excessiva com a aparência e a forma do corpo.

A anorexia nervosa está presente em aproximadamente 1% das adolescentes ou jovens adultas, enquanto a
incidência da bulimia é de aproximadamente 5%. A principal característica da anorexia nervosa é uma visão
distorcida da imagem corporal. Existe um medo mórbido de ganhar peso ou tornar-se obesa. Já a bulimia
nervosa caracteriza-se por uma compulsão em alimentar-se.

O indivíduo acometido chega a ingerir 2000 a 3000 cal em uma única refeição, parando de comer apenas
quando acontece algo que o interrompa, como por exemplo, o término da comida, a interferência de outra
pessoa ou quando começa a passar mal. Nesses momentos, ele costuma ter uma terrível sensação de perda de
controle. Aí, para compensar, ele provoca vômitos, ingere quantidades excessivas de anorexígenos, laxativos
ou diuréticos ou exercita-se excessivamente.

Esses distúrbios da alimentação acompanham-se de morbidade e mortalidade significativas. A anorexia


nervosa provoca todos os distúrbios associados à desnutrição e em casos extremos a morte. Já a bulimia
nervosa associa-se mais freqüentemente a distúrbios hidroeletrolíticose aos efeitos físicos dos vômitos. A
taxa de mortalidade infelizmente não é desprezível, gira em torno de 15%. A causa mortis, além daquela
provocada pela desnutrição pode ser arritmia cardíaca, hemorragia digestiva, suicídio, etc.

302
O tratamento baseia-se predominantemente em psicoterapia, não raro necessitando do uso de medicamentos,
como antidepressivos, que serão indicados pelo psiquiatra, conforme julgue necessário. Freqüentemente
recorre-se também ao auxílio de um endocrinologista ou clínico para controlar os distúrbios metabólicos
associados.

O diagnóstico às vezes é difícil, porque os pacientes tendem a esconder a situação. Na anorexia nervosa o
paciente emagrece muito, a mulher para de menstruar e fica edemaciada. O diagnóstico diferencial inclui,
além de vários distúrbios psiquiátricos, o abuso de drogas, doenças como AIDS, hipertireoidismo, câncer,
diabetes e a própria desnutrição. No caso da bulimia nervosa, o diagnóstico diferencial inclui outros
distúrbios psiquiátricos e as patologias associadas a vômitos.

Enfim, pessoas portadoras desses distúrbios podem beneficiar-se muito das várias modalidades terapêuticas
disponíveis e não devem envergonhar-se de procurar ajuda.

DEPRESSÃO (3)

Depressão é uma doença muito comum em todas as sociedades. Tem aumentado sua freqüência em
populações mais jovens. É a segunda causa de morte (por suicídio), superada apenas por acidentes entre os
jovens americanos.

Ocorre em todas as idades, sua incidência atinge cerca de 6% da população, e cerca de 20% das pessoas irão
apresentar ao menos um episódio depressivo ao longo da vida. Pode se apresentar de várias maneiras, aí é
que começa a complicação.

A definição de depressão pela Organização Mundial de Saúde (OMS), através da Classificação Internacional
de Doenças (CID - 10), implica que devam estar presentes em graus variados de intensidade, nos episódios
típicos, humores deprimidos, perda de interesse e prazer nas atividades, energia diminuída levando a uma
fadiga aumentada e atividade diminuída.

Podem ocorrer idéias suicidas, e pessoas deprimidas suicidam trinta vezes mais que a população geral.

Hoje se sabe que a depressão é acompanhada por alterações em substâncias no Sistema Nervoso Central, os
neuros transmissores, principalmente a noradrenalina e a serotonina. É também vista como uma condição
crônica em muitos casos necessitando tratamento prolongado.
303
Cerca de dois terços dos deprimidos não procuram ajuda médica, tentam se tratar com receitas caseiras, uso
de vitaminas, busca religiosa e outros recursos.

Contudo a depressão não se limita a alterações neurobiológicas. É antes uma experiência de profunda dor,
que mobiliza os sentimento mais primitivos tanto no deprimido como nas pessoas com quem convive.

Ocorre que entre os deprimidos observa-se comportamentos que visam reduzir o mal estar, e alguns destes
comportamentos é que definimos como "Amante" causadora de separações.

A pessoa deprimida está com os piores sentimentos em relação a si mesma, com idéias de culpa, de
inutilidade, redução da auto-confiança e auto-estima. É compreensível que alguém neste estado queira se
livrar dele, da maneira que puder. Que sinta inveja de quem não está deprimido, e que fique mais amarga e
hostil na convivência.

DIREÇÃO DEFENSIVA (8)

Listaremos a seguir, algumas sugestões para você condutor, que pratica a Direção Defensiva, conhecer e usar
nas rodovias, dirigindo com segurança e tranqüilidade:

Faça revisão no seu veículo antes de iniciar a viagem, verificando todos os equipamentos obrigatórios, o estado
do motor e do veículo e não esqueça de encher o tanque de combustível.

Verifique, no guia rodoviário, o trajeto que irá fazer, informe-se sobre os locais de serviços mecânicos, postos de
gasolina, hotéis, restaurantes, Polícia Rodoviária, atendimento médico de emergência, enfim tudo que possa
precisar.

Para entrar nas rodovias de maior velocidade, lembre-se de que você seja parte integrante do trânsito,
deslocando-se de maneira coerente com as condições locais e o fluxo de veículos.

Mantenha-se no ritmo da maioria, procurando nunca frear bruscamente, não parar sobre a pista, não dar marcha
à ré e não fazer manobras na pista. Se perder uma saída ou retorno, siga até a próxima. É mais seguro.

Observe e obedeça à sinalização, preste atenção a tudo, pois você não terá tempo de pensar duas vezes. Por isso,
mantenha-se bem distante do veículo da frente para evitar colisões.

Cuidado com a fadiga e o sono, pois você não percebe quando começa a dormir ao volante e a fadiga tira de
você as condições de reagir prontamente em caso de emergência.

304
Ao dirigir nas rodovias, principalmente à noite, a tentação é maior para exceder a velocidade além da permitida,
tornando bem mais difícil qualquer manobra que você tenha que fazer, ou sua parada numa emergência, além de
impedir a sua visão de obstáculos ou problemas na via.

Ao entrar ou sair das rodovias, diminua a marcha na pista de desaceleração ou em local indicado, e aguarde o
momento certo, pois estas manobras são muito perigosas por causa das velocidades mais altas.

Cuidado com os dias de chuva, pois as pistas tornam-se escorregadias, sujeitas a derrapagens, o tempo e o
espaço para parar é maior, e todas as manobras tornam-se mais difíceis e perigosas com a chuva. Diminua a
velocidade.

Quando for ultrapassar, ou mudar de faixa use as setas, olhe pelos retrovisores, olhe de novo, e só comece a
ultrapassagem com segurança. Após ultrapassar, espere até ver no seu retrovisor o veículo que ultrapassou, para
sinalizar e voltar à faixa de origem.

“Direção Defensiva" é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas (erradas) dos outros e das
condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de trânsito.

INSÔNIA (2)

Formas de tratamento
O tratamento da insônia pode basear-se numa estratégia farmacológica (uso de medicamentos) ou
psicológica (promoção de comportamentos facilitadores/evicção de comportamentos inibidores do sono).

Nas situações agudas de "reação de dor" ou ansiedade (perda de ente querido, exame) o tratamento
farmacológico poderá ser o mais adequado (recurso a medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos em
tratamento de curta duração).

Na insônia crônica, a abordagem inicial deve ser psicológica; se não for suficiente, pode haver lugar à
utilização de medicamentos hipnóticos.

Formas de prevenção
Em primeira instância, a prevenção e o tratamento da insônia residem na correção das situações subjacentes
ou precipitantes.

São exemplo de estratégias promotoras do sono:

1. ir para a cama só quando se tem sono;

2. usar a cama/ o quarto apenas para descansar (e não para ver televisão, trabalhar, etc.);
305
3. ao fim de 20 minutos sem adormecer, sair da cama e regressar apenas quando se tem sono;

4. acordar todos os dias à mesma hora, independentemente do número de horas dormidas, e evitar
dormir durante o dia;

5. suspender o consumo de nicotina e cafeína, sobretudo à noite;

6. estabelecer um programa diário de exercício físico;

7. evitar o álcool;

8. limitar o consumo de líquidos à noite;

9. aprender e praticar técnicas de auto-relaxamento. O ambiente de sono deve ser repousante, com o
mínimo de luz e ruído.

Quando consultar o médico especialista


Uma insônia persistente merece sempre uma investigação quanto à causa, e uma intervenção com tratamento
adequado do mecanismo subjacente e /ou da perturbação do sono em si.

RCP – RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR

As complicações mais comuns produzidas por manobras inadequadas de RCP são as seguintes:

1. A vítima não está posicionada sobre uma superfície rígida;

2. A vítima não está em posição horizontal (se a cabeça está elevada, o fluxo sangüíneo cerebral
ficará deficitário);

3. As vias aéreas não estão permeáveis;

4. A boca ou máscara não está apropriadamente selada na vítima e o ar escapa;

5. As narinas da vítima não estão fechadas;

6. As mãos foram posicionadas incorretamente ou em local inadequado sobre o tórax;

306
7. As compressões são muito profundas ou demasiadamente rápidas (não impulsionam volume
sangüíneo adequado);

8. A razão entre as ventilações e compressões é inadequada;

9. A RCP deixa de ser executada por mais de 5 segundos (alto risco de lesão cerebral).

As manobras da RCP não são indicadas nas vítimas que se encontram em fase terminal de uma condição
irreversível e incurável, mas uma vez iniciada a RCP devemos mantê-la até que:

1. Haja o retorno espontâneo da circulação (retorno do pulso). Continuar a ventilar;

2. Haja o retorno da respiração e da circulação;

3. Pessoal mais capacitado chegar ao local da ocorrência;

4. Socorrista estiver completamente exausto e não conseguir realizar as manobras de


ressuscitação.

RCP-LISTA DE CONSULTA ADULTOS CRIANÇAS BEBÊS


Parada respiratória com pulso
5 segundos 3 segundos 3 segundos
presente. Ventile a cada...
Um dedo abaixo
Parada cardíaca. Local da Dois dedos acima do final
Como no adulto da linha entre os
compressão... do osso esterno
mamilos
Duas mãos sobrepostas, Somente a palma
Método da compressão sobre o
com a palma de uma mão de uma mão sobre Dois ou três dedos
esterno...
sobre o peito o peito
Número de compressões por
80 - 100 80 – 100 100 – 120
minuto...
Afundamento do esterno durante
3,5 à 5 cm 2,5 à 3,5 cm 1,5 à 2 cm
as compressões...
Razão entre as compressões e as
15 x 2 5x1 5x1
ventilações...
Contagem das compressões 1 e 2 e 3 e 4 e 5...15, 1 e 2 e 3 e 4 e 5,
1,2,3,4,5, ventile
durante a RCP ventile, ventile ventile
Lembre-se que os conhecimentos sobre RCP requerem prática com manequins, supervisionada por pessoal
técnico autorizado.

Cuidado!
Não pratique compressões torácicas em nenhuma pessoa

307
308
PARÁBOLA DO CAVALO

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua
pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho
poço abandonado. O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo de lá.

O fazendeiro foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se de que o animal não
se havia machucado. Mas, pela dificuldade de alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia
a pena investir na operação de resgate. Tomou, então a difícil decisão: determinou ao capataz que se
sacrificasse o animal jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.

Os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra pra dentro do buraco de forma a cobrir
o cavalo. Mas, à medida que a terra ia caindo em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no
fundo, possibilitando o cavalo subir.

Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas ao contrário, estava subindo à medida
que a terra enchia o poço, até que finalmente, conseguiu subir!!! Se você tiver "lá em baixo", sentindo-se
pouco valorizado, quando, certos de seu "desaparecimento", os outros jogarem sobre você terra da
incompreensão, da falta de oportunidade e de apoio, lembre-se do cavalo desta historia. Não aceite a terra

309
que jogarem sobre você, sacuda-a e suba sobre ela. E quanto mais jogarem, mais você vai subindo, subindo,
subindo... sorrindo, sorrindo, sorrindo...

ACIDENTES NOS OLHOS (3)

Queimaduras por substâncias químicas

1.Deite a vítima com a cabeça repousando do lado correspondente ao olho atingido, para evitar que a
substância penetre mais ainda e/ou escorra para o outro olho.
310
2.Jogue grande quantidade de água corrente, em jato leve, no olho atingido (durante dez minutos, quando se
tratar de acidente com ácidos; durante vinte minutos, no caso de a substância ser uma base, como a soda
cáustica). A tendência natural da vítima é fechar as pálpebras, para defender-se do jato de água. Mantenha-as
bem abertas segurando-as como o polegar e o indicador.

Atenção: Essa lavagem deve uma feita calma e cuidadosamente. Não a interrompa antes do tempo
recomendado.

3.Cubra os olhos da vítima e leve-a ao pronto-socorro. Se a dist6ancia for muito grande, procure continuar a
irrigação durante o trajeto.

Queimaduras por raios ultravioleta

Muito comuns em pessoas que trabalham em indústrias de aço ou vidro, em laboratórios de fotografia,
estúdios cinematográficos e de televisão; afetam também pessoas que ficam por muito tempo expostas ao sol
ou ao brilho da neve. Os efeitos surgem à noite ou na manhã seguinte, quando a cabeça dói muito e os olhos
se apresentam inflamados, vermelhos e doloridos.

1.Leve a vítima ao médico, com os olhos cobertos com gaze esterilizada.

2.Se tiver de esperar o médico em casa, deixe o acidentado num quarto escuro e lave-lhe os olhos com água
fria.

Prevenção

1.Nunca olhe diretamente para o Sol ou para um eclipse solar, nem mesmo com óculos escuros: isso pode
provocar lesões graves.

2.Colírios devem ser usados estritamente de acordo com a recomendação médica.

3.não trabalhe sem proteção adequada com instrumentos que soltem farpas ou fagulhas.

ENVENENAMENTO

311
Produtos venenosos devem ser mantidos fora do alcance das crianças. Nunca se deve usar garrafas de
refrigerante para guardar gasolina ou veneno, ou produtos domésticos como água sanitária, detergente, soda
cáustica, etc.

Em caso de suspeita de envenenamento, faça a pessoa vomitar, colocando o dedo em sua garganta ou
fazendo-a beber água, com sabão ou sal, ou dê-lhe chá de losna. Faça a pessoa tomar bastante leite, ovos
batidos ou farinha misturada com água, uma vez ingeridos esses alimentos, obrigue o indivíduo a vomitar,
até que a substância expelida esteja clara. Não provoque vômito em quem engoliu querosene, gasolina, um
ácido forte ou uma substância corrosiva, como soda cáustica. Quando antes você conseguir auxílio médico,
melhor para a vítima do envenenamento.

312
FUMO (2)

Dez razões para parar de fumar

1 - Após 6 horas sem fumar, a pressão e o coração se normalizam. Após 30 dias, estão
completamente normais

2 - Após 1 dia sem cigarro, o pulmão funciona melhor

3 - Após 2 dias sem fumar, o olfato e o paladar sofrem uma significativa melhora

4 - Após 3 semanas, os exercícios físicos ficam mais fáceis de serem executados

5 - A circulação sanguínea melhora após 2 meses sem cigarro

6 - Após 3 meses, o número de espermatozóides normaliza e há um significativo aumento


em sua qualidade

7 - Após 1 ano o risco de problemas cardíacos está reduzido

8 - Após 5 anos sem fumar, o risco de problemas no coração são iguais aos de uma pessoa
que nunca tenha fumado

313
9 - Dentes, mãos e pele clareiam após o término do vício

10 - Aumento da qualidade de vida, disposição e humor

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (5)

Como identificar um bom respirador

314
Para que o respirador seja adeqaudo e garanta uma eficiente proteção respiratória, devemos considerar as
seguintes características:

Eficiência do filtro - A qualidade do elemento filtrante é muito importante para a adequada proteção
respiratória. É muito importante que se faça a escolha do filtro apropriado para cada situação e contaminante.

Vedação - Um respirador que não se ajusta bem à face não dará uma boa vedação, e não estará protegendo o
usuário, uma vez que os contaminantes entrarão pelas deficiências de vedação.

Tempo de uso - Após ter sido selecionado, com base nos riscos existentes no ambiente de trabalho, o
respirador deve ser usado por todo o tempo em que você permanecer no ambiente contaminado. A exposição
a estes ambientes, mesmo que por curtos períodos pode causar doenças ocupacionais ou até mesmo a morte.

Como colocar adequadamente um respirador


1. Leve o respirador ao rosto, apoiando-o inicialmente no queixo e depois cobrindo a boca e o nariz. Puxe o
elástico superior, ajustando-o bem, acima das orelhas. depois faça o mesmo com o elástico de baixo,
passando-o pela cabeça e ajustando-o na nuca.

2. Com dois dedos de cada mão pressione a peça de alumínio de forma a moldá-la ao seu formato de nariz.

3. Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador cobrindo toda sua superfície e inale. O ar
não deve passar pelas laterais.

De borracha, silicone ou elastômero

1. Coloque o respirador no rosto e posicione o elástico superior sobre a cabeça. Encaixe os elásticos
inferiores (de baixo) ligando as presilhas atrás do pescoço.

2. Puxe as extremidades dos elásticos superiores, e depois os inferiores, para fazer o ajuste do respirador ao
rosto.

3. Verificação de vedação com pressão positiva: Coloque a palma da mão sobre a válvula de exalação e
assopre suavemente várias vezes. A peça facial deverá se expandir suavemente sem ocorrer vazamento.

4. Teste de pressão negativa: Coloque as mãos sobre os cartuchos e/ou filtros e inale profundamente várias
vezes. A peça facial deverá comprimir levemente contra o rosto sem ocorrer vazamento.

COMO PREVENIR ACIDENTES COM OFÍDIOS (2)

11. Procurar controlar o número de roedores existentes na área de sua propriedade. Não se esquecer de que
ao lado dos outros problemas de saúde pública, a diminuição do número de roedores irá comprometer o ciclo
biológico das serpentes venenosas que deles se alimentam. Só isso diminuirá fatalmente a fauna ofídica da
região.

12. Não montar acampamento junto a plantações, pastos ou matos denominados “sujos”, regiões onde há
normalmente roedores e maior número de serpentes.

315
13. Não fazer piquenique às margens dos rios ou lagoas, deles mantendo distância segura, e não encostar em
barrancos durante a pescaria.

14. Nas matas ou nas beiradas das entradas, em acampamentos ou piqueniques, nunca deixar as portas do
carro abertas, principalmente ao anoitecer. Mesmo durante a troca de pneu, ter essa precaução. A falta de
cuidado deixa o motorista posteriormente preocupado com a possibilidade de ter uma serpente dentro do
carro.

15. O manuseio de serpentes vivas deve ser feito com laço de Lutz ou com ganchos apropriados, por pessoas
treinadas e com aptidão para o ofício.Não tocar nas serpentes, mesmo mortas, pois por descuido ou
inabilidade há o risco de ferimento por esbarro nas presas venenosas. Nos Institutos de pesquisa dedicados
também ao trabalho com serpentes venenosas vivas, os acidentes ocorrem em laboratórios ou em
serpentários com técnicos especializados com extração de veneno na ordem de 1:10.000 extrações. Este risco
é inerente ao trabalho e pode ser evitado pelo uso de gás carbônico, que tem a dupla finalidade de provocar
a anoxia da serpente e deixá-la inerte alguns segundos, tempo suficiente para extrair o veneno e não
traumatizá-la com contenção mais violenta.

16. Não assustar as pessoas com serpentes, aranhas ou escorpiões, mesmo que sejam de brinquedo; o medo
inato pode trazer conseqüências imprevisíveis.

17. No período noturno, nos sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, deve ser evitada a vegetação
muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins.

18. Não matar, não deixar matar e não espantar da região as emas, as siriemas, os gaviões, inimigos das
serpentes, os quais, assim como o gambá ou cangambás, matam e comem cobras. O gambá, animal
implacavelmente morto pelo homem nos sítios e nas fazendas, é de extraordinária resistência aos venenos
ofídicos, especialmente ao da urutu – Bothrops alternatus.

19. Animais domésticos como galinhas e gansos, em geral, afastam as serpentes das áreas mais próximas as
habitações.

PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (4)

Acidentes oculares domésticos

Muitos materiais e produtos são responsáveis por acidentes oculares domésticos. Dentre eles, podemos citar
os produtos de limpeza (desinfetantes, detergentes, alvejantes, etc.), inseticidas, objetos pontiagudos
(tesouras, facas, garfos, agulhas, etc.), objetos inflamáveis (álcool, etc.), produtos com temperaturas elevadas
(fósforo, óleo para fritura, etc.), plantas domésticas que liberem substâncias (coroa-de-cristo, etc.), entre
outros.

316
Estes produtos provocam desde queimaduras até lesões perfurantes graves do globo ocular, devendo portanto
ser evitado o seu manuseio sem os devidos cuidados preventivos. Um cuidado especial é o de se estocar tais
produtos longe do alcance de crianças.

Por fim, cabe ainda lembrar a importância do uso do cinto de segurança nos veículos, pois pesquisas
mundiais demonstram a eficácia deste objeto de segurança na medida em que diminui em uma percentagem
alta o número de acidentes oculares graves, como as perfurações, que podem gerar perda da função visual. É
importante lembrar que o uso do cinto de segurança é indispensável sempre que se entrar em um automóvel,
as cidade ou na estrada; pesquisa demonstraram que um grande número de acidentes automobilísticos
ocorrem em um raio de 1km próximo à residência da vítima.

317
PEDESTRES (4)

Comportamento dos passageiros nos veículos

Para cada veículo, existem formas corretas de se comportar, que devem ser observadas:

Em transporte coletivo

 em zona urbana, esperar atento e sem brincadeiras a chegada do veiculo, aguardando no ponto de
parada; quando estiver na estrada, esperar no acostamento, mas sempre distante do local de passagem
dos veículos;

 se houver fila, respeitar seu lugar, evitando brigas e desentendimentos;

 para subir (entrar) ou descer (sair), só o fazer depois que o veículo estiver totalmente parado;

Uma vez dentro do veículo, alguns cuidados devem ser observados pelo passageiro:

 ele não deve debruçar na janela, nem colocar partes do corpo ou objetos para fora;

 ao viajar em pé, deve segurar em local próprio, pois o veículo pode parar inesperadamente, evitando,
assim, cair sobre os que estão sentado e, também, ser projetado para fora ou para a frente do veículo,
acidentando-se;

 no caso de existir deficiente físico, pessoa idosa ou gestante viajando em pé, deve ceder (caso seja
possível) seu lugar a essa pessoa;

 antes de chegar ao destino, deve se preparar para descer (sair) do veículo, avisando antecipadamente
ao condutor sua intenção.

LEMBRE-SE: ao descer do veículo, deve-se procurar a faixa de pedestre para atravessar a


pista. Se não houver, procurar uma passarela, passagem subterrânea ou local onde não haja
carros estacionados, árvores ou objetos que dificultem a visão.

Em transporte particular

 em zona urbana, subir e descer do veículo sempre do lado da calçada; na estrada; faça-o no
acostamento, quando houver;

318
 dentro do veículo, ficar quieto, evitando distrair a atenção do condutor;

 manter a cabeça, membro e objetos dentro do veículo;

 crianças com até 10 anos de idade devem, sempre, sentar-se no banco traseiro do veículo;

 o condutor e todos os passageiros (inclusive crianças, acima de 10 anos) devem, sempre, usar o cinto
de segurança.

Cuidados com as crianças

Em todos os lugares, as crianças devem ser alvo de atenção, especialmente quando caminham
nas vias públicas, observando-se as seguintes regras:

 precisam ser bem vigiadas pelos adultos;

 na calçada, devem sempre ficar longe do meio-fio, seguras pela mão ou no colo;

 a elas devem sempre ser ensinadas as normas de trânsito.

CUIDADO: é muito perigoso deixar crianças brincarem na rua. Brincando, elas se distraem e
poderão causar ou sofrer acidentes. As crianças devem brincar em parques, praças ou
quintais.

Recomendações gerais

 Na calçada, caminhar sempre do lado direito, longe do meio-fio;

 Olhar para os dois lados antes de atravessar uma pista;

 Atravessar sempre perpendicularmente à calçada, e na área de seu prolongamento;

 Obedecer à sinalização de trânsito;

 Nunca atravessar uma pista, passando entre dois veículos estacionados ou parados;

 Nas calçadas ou passeios e nos acostamentos, caminhar sempre do lado contrário ao sentido da
circulação dos veículos;

 Só atravessarem lugares nos quais exista visibilidade;

 Utilizar adequadamente os transportes coletivos e veículos particulares;

 Após descer (sair) de veículo, nunca atravessar imediatamente a pista;

 Ter cuidado especial com crianças pequenas;

 Só passear com animais presos;

319
 Auxiliar crianças, pessoas idosas e deficientes físicos na travessia das pistas;

 Obedecer sempre às regras de trânsito.

DOAÇÃO DE SANGUE

320
Naturalmente doamos sangue porque alguém dele precisa. Pela facilidade e segurança com a qual pode ser
retirado, associado ao enorme beneficio para quem dele necessita, doar sangue pode ser considerado um
gesto simples de pessoas dispostas a ajudar o próximo, contribuir para a cura de enfermos. Quando doado
para aquele que não conhecemos pode ser considerado um ato de profundo humanismo e respeito ao
próximo.

Um maior conhecimento dos riscos das transfusões, uma nova consciência dos profissionais de bancos de
sangue associados a pressão regulamentar dos órgãos fiscalizadores, tem tornado a doação um processo
seguro sem riscos para o doador e essencial para garantir a qualidade do processo desde a coleta até a
transfusão.

O doador de sangue deverá ser voluntário, estar com boa saúde, alimentado, descansado. Deverá ser de
maior ( por questões legais ) e acima de 50 kg. Deverá ser respeitado um intervalo desde a última doação de
3 meses para a mulher e 2 meses para o homem. Uma triagem clínica será efetuada no banco de sangue por
médico clínico que o examinara medindo a pressão arterial, o pulso e procurando sinais de doenças
transmissíveis. Uma anamnese dirigida e feita com o objetivo de detectar o uso de medicamentos, infecções
virais recentes, vacinações, gravidez, alcoolismo que podem ser causas impeditivas temporárias. Grande
importância é dada a história sexual, uso de tatuagens e drogas na tentativa de se afastar os indivíduos do
grupo de risco para a AIDS. Pacientes de grupos de risco, que tiveram hepatite, malária ou portadores de
Doenças de Chagas são considerados inaptos definitivamente a doação. Toda ênfase é na proteção ao
paciente.

Ao doador procura-se ser grato, reconhecer o seu ato de altruísmo e oferecer conforto. O ambiente deverá ser
claro, silencioso, agradável.As pessoas deverão ser simpáticas e eficientes. O ato de doar e simples e dura
menos de dez minutos. Algum desconforto pode ser causado pela punção da agulha e alguns doadores podem
sentir-se desconfortáveis pela ansiedade. Todo o material utilizado e descartável e não poderia ser hoje de
outra forma: bolsas plásticas estéreis em sistema fechado e inviolável até o momento do uso. Nenhuma
doença transmissível poderia ser transmitida ao doador uma vez que nada é nele injetado.

A doação portanto e segura e confiável. Após a doação ele recebera um lanche e será orientado a retornar
para receber os resultados dos exames feitos em seu sangue. Alguns bancos de sangue orientam os doadores
quanto aos possíveis resultados falsos positivos e procedem encaminhamento a um médico para
esclarecimento em caso de resultados alterados. É importante desmistificar a idéia de que doar "purifica o
sangue, engorda ou emagrece, atrapalha o desempenho sexual e principalmente torna o indivíduo
"habituado" obrigando-o a doar sempre. Alguns doadores aceitam ser reconvocados pelo banco de sangue
rotineiramente mas isto só os torna mais humanos.

Com a evolução das técnicas, existe hoje nos centros especializados um tipo diferente de doador que torna-se
mais freqüente e provavelmente será maioria dentro de alguns anos: O "Doador de Plaquetas". Na verdade
equipamentos especializados permitem que através de uma técnica conhecida como aferese, separemos
apenas um componente do sangue do doador, devolvendo-lhe o restante. Extremamente útil para coleta de
plasma, plaquetas e leucócitos exigem maior dedicação do doador mas permite um maior aproveitamento e
melhor Hematologista e Hemoterapeuta

LACRAIAS

321
As "lacraias", também conhecidas como "centopéias", são animais caçadores noturnos muito rápidos e têm o
corpo adaptado para penetrar em frestas, onde se escondem durante o dia. Podem medir até 23 cm e se
alimentam de insetos, lagartixas, camundongos e até filhotes de pássaros.

Têm o corpo formado por 21 segmentos, cada um com um par de patas pontiagudas. Em sua cabeça situam-
se duas antenas e olhos. Embaixo dela ficam os ferrões venenosos que funcionam como pinças. O último par
de patas não serve para a locomoção, e sim como órgão sensorial e de captura de alimentos. Quando esse
órgão pressente ou toca em uma presa, a segura com força e todo o corpo da lacraia se dobra para trás. Aí,
então, ela injeta o veneno que paralisará ou matará a presa, que depois será ingerida aos pedaços.

O veneno das lacraias é muito pouco tóxico para o homem. Embora existam muitas lendas a respeito desse
animal, não há, no Brasil, relatos comprovados de morte nem de envenenamentos graves em acidentes com
lacrais. Os sintomas são dor forte e inchaço (edema) no local da picada. Em acidentes com lacraias grandes
também podem ocorrer febre, calafrios, tremores e suores, além de uma pequena ferida.

As lacrais gostam muito de umidade. Como perambulam muito, é comum penetrarem nas casas, onde
causam muitos acidentes, que podem ser evitados tomando-se as seguintes precauções:

• limpar os ralos semanalmente com creolina e água quente, e mantê-los fechados quando não em
uso;
• limpar e manter fechadas as caixas de gordura e os esgotos;
• os jardins devem ser limpos, a grama aparada e as plantas ornamentais e trepadeiras devem ser
afastadas
das casas e podadas para que os galhos não toquem o chão;
• porões, garagens e quintais não devem servir de depósito para objetos fora de uso que possam servir
de esconderijo para as lacraias;
• os muros e calçamentos devem ser cuidados para que não apresentem frestas onde a umidade se
acumule e os animais possam se esconder.

Tomando-se esses cuidados, a ocorrência de lacraias diminui muito. Mas, em caso de acidente, evite beber
álcool, querosene, cachaça, etc., pois isso só lhe causaria intoxicação. Mantenha o local da picada o mais
limpo possível. Embora o veneno das lacraias não seja muito perigoso para o ser humano, é bom procurar
orientação médica.

Tratamento

Não existe antídoto. Deve-se aplicar compressas quentes no local. Pode-se fazer uso de analgésicos e
anestésicos sem adrenalina no local.

DROGAS (5)

Tipos

Ansiolíticos
322
São os tranquilizantes e relaxantes, e reduzem o estado de alerta.
*São medicamentos quando receitadas e acompanhadas por médicos. Viram drogas ao serem utilizadas por
conta própria. Também ativam o Circuito de Recompensa, liberando mais dopamina, o que reforça o
consumo. Portanto, viciam.

Efeitos no cérebro

Todos os Benzodiazepínicos de estimular os mecanismos no nosso cérebro que normalmente combatem


estados de tensão e ansiedade. Assim, quando, devido as tensões do dia a dia ou por causas mais sérias,
determinadas áreas do nosso cérebro funcionam exageradamente resultado num estado de ansiedade, os
benzodiazepínicos exercem um efeito contrário, isto é, inibem os mecanismos que estavam
hiperfuncionantes e a pessoa fica mais tranquila como que desligada do meio ambiente e dos estímulos
externos.
Como consequência desta ação os ansiolíticos produzem uma depressão da atividade do nosso cérebro que se
caracteriza por:
1) Diminuição de ansiedade;
2) Indução de sono;
3) Relaxamento muscular;
4) Redução do estado de alerta.
É importante notar que estes efeitos dos ansiolíticos benzodiazepínicos são grandemente alimentados pelo
álcool, e a mistura álcool + estas drogas pode levar uma pessoa ao estado de coma. Além desses efeitos
principais os ansiolíticos dificultam os processos de aprendizagem e memória, o que é, evidentemente,
bastante prejudicial para as pessoas que habitualmente utilizam-se destas drogas.
Finalmente, é importante ainda lembrar qua estas drogas também prejudicam em partes nossas funções
psicomotoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis, aumentando a probabilidade de acidentes.

Aspectos gerais

Os benzodiazepínicos quando usados por alguns meses seguidos podem levar as pessoas a um estado de
dependência. Como consequência, sem a droga o dependente passa a sentir muita irritabilidade, insônia
excessiva, sudoração, dor pelo corpo todo podendo, nos casos extremos, apresentar convulsões. Se a dose
tomada já é grande desde o início a dependência ocorre mais rapidamente ainda. Há também
desenvolvimento de tolerância, embora esta não seja muito acentuada, isto é a pessoa acostumada à droga
não precisa aumentar de muitas vezes a dose para obter o efeito inicial.

ASFIXIA (3)

Obstrução por corpos estranhos

 Chame o Corpo de Bombeiros ( tel 193 ).

323
 Segure a vítima em pé por trás, pela cintura.

 Coloque a mão com o punho fechado com a outra por cima desta entre o umbigo e o apêndice xifóide
( entre o umbigo e as costelas) da criança e aperte rapidamente o punho contra o estômago dela.

 Repita o movimento até que o corpo estranho seja expelido pela boca ou ela desmaie.

 Deite-a no chão ( de barriga para cima), posicione a cabeça dela de modo que você possa fazer duas
ventilações ( respiração boca a boca ),

 Posicione-se sobre a vítima com as mão sobrepostas com os dedos entrelaçados abaixo do apêndice
xifóide.

 Comprima o abdome quatro vezes na intenção de forçar o ar dos pulmões empurrar o corpo estranho
para fora,

 Abra a boca da vítima e tente tirar o corpo estranho ( objeto )com o dedo indicador.

 Esta manobra pode ser feitas com adultos e crianças, bebês ( 0 as 02 anos ) deve-se segurá-lo com as
costas voltadas para cima sobre seu braço ou sobre uma superfície rígida e dar tapas com o
"calcanhar" da outra mão entre as escápulas (na região dos pulmões no centro ); se o bebê estiver
inconsciente, você deve fazer as ventilações colocando sua boca sobre a boca e o nariz do bebê, com
ele de barriga para cima, em seguida vire-o e dê-lhe os quatro tapas nas costas.

 Tome cuidado com a força empregada nos tapas e ventilações, os bebês são bastante sensíveis.

 Se o corpo estranho não saiu reposicione a cabeça da vítima e repita o procedimento começando com
as duas ventilações, repita até obter sucesso ou a chegado do Corpo de Bombeiros.

Corpos estranhos no nariz

 Tente fazer a criança respirar pela boca e segurar o ar nos pulmões.

 Aperte a narina desobstruída e peça para a criança assoar. Essa manobra requer a colaboração da
criança, o que nem sempre é possível.

Se o objeto não for expelido ou se a criança não colaborar, não insista. Acione o Corpo de
Bombeiros (Tel 193) ou leve-a imediatamente ao pronto-socorro mais próximo,

324
DIREÇÃO DEFENSIVA (9)

Condições Adversas

Condições adversas são todos aqueles fatores que podem prejudicar o seu real desempenho no ato de conduzir,
tornando maior a possibilidade de um acidente de trânsito.

Existem várias "condições adversas" e é importante lembrar que nem sempre elas aparecem isoladamente,
tornando o perigo ainda maior.

Listaremos as seis condições adversas mais importantes para que você as conheça bem, e tome os cuidados
necessários a fim de evitá-las, ou de evitar os danos que elas podem causar a você.
São elas: Luz - - Tempo - - Vias - -Trânsito - - Veículo - - Condutor

Luz: Refere-se às condições de iluminação em determinado local; tanto pode ser natural (sol) como artificial
(elétrica).

O excesso de claridade pode provocar ofuscamentos e a sua falta pode ocasionar uma visão inadequada ao ato
de conduzir, podendo provocar, nos dois casos, condições favoráveis a um acidente.

Exemplo: Ao transitar por uma estrada, o farol alto do veículo em sentido contrário pode causar-nos cegueira
momentânea, dificultando o controle do veículo.

Deve-se avisar o condutor piscando os faróis e desviando nosso foco de visão para o acostamento do lado
direito.
O excesso de luz solar, incidindo em nossos olhos, causa ofuscamento e isso acontece com mais facilidade pela
manhã e à tardinha, podendo ocorrer também pelo reflexo da luz solar em objetos polidos, como latas, vidros,
para-brisas, etc.

Para evitar o ofuscamento devemos proteger-nos usando a pala de proteção (equipamento obrigatório) ou óculos
de sol.

Conduza com mais atenção, mantenha os faróis baixos acesos, use pala de proteção solar ou óculos escuros.
A falta de iluminação nas estradas, assim como os faróis com defeito, mal regulados ou que não funcionam,
causam situações de pouca visibilidade (penumbra) que impedem o condutor de perceber situações de risco a
tempo de evitar danos maiores ao veículo e aos usuários da via, tais como: buracos na pista, desvio, acostamento
em desnível, ponte interditada, etc...

Dirija mais devagar, com atenção redobrada, regule corretamente os faróis e nunca dirija com eles apagados ou
com defeito.

Obs: As outras condições adversas estão listadas em outras DSS

325
ESTADO DE CHOQUE (2)

O estado de choque é um quadro grave, de aparecimento súbito, caracterizado por um colapso no sistema
circulatório. A função do sistema circulatório é distribuir sangue com oxigênio e nutrientes para todas as
partes do corpo. Quando isso, por qualquer motivo, deixa de acontecer e começa a faltar oxigênio nos
tecidos corporais, ocorre o que denominamos estado de choque, ou seja, as células começam a entrar em
sofrimento e, se esta condição não for revertida, as células acabam morrendo.

Em todos os casos, os resultados do choque são exatamente os mesmos. Existe circulação insuficiente de
sangue através dos tecidos para fornecer nutrientes e oxigênio necessários a eles. Todos os processos
corporais normais ficam afetados. Quando uma pessoa está em choque, suas funções vitais diminuem e se as
condições que causam o choque não forem interrompidas e revertidas imediatamente, logo ocorrerá a morte.

O passo inicial no tratamento do estado de choque é reconhecer a sua presença. A vítima em choque,
geralmente apresenta, pulso acelerado, respiração rápida e superficial, palidez da pele, agitação, sede, pele
fria e úmida, náusea, pressão arterial abaixo do limite de normalidade e perda de consciência.

O choque que se segue a um acidente traumático, é freqüentemente resultante de perda sangüínea.

Existem diferentes tipos de choque, no entanto, no atendimento pré-hospitalar o socorro é sempre idêntico.
Após identificado o estado de choque, posicione a vítima deitada e desobstrua sua vias aéreas (fazer isto
antes de qualquer outra manobra de socorro). Em seguida, você deve elevar as pernas da vítima cerca de 30
centímetros (se não houver fraturas), afrouxar suas roupas e impedir a perda de calor corporal, colocando
cobertas ou agasalhos sobre a vítima. Promova suporte emocional mantendo um atendimento constante e
tranqüilizando a vítima.

Controle todos os sangramentos evidentes por compressão e não dê alimentos ou líquidos para a vítima.
Transporte-a para um hospital ou solicite socorro especializado para tal.

326
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS
SOBRE SEUS OLHOS (6)

III - VISÀO PERIFÉRICA

1. O que é Glaucoma?

O olho normalmente produz um líquido claro que é drenado para fora através de buracos microscópicos ao
redor da íris (parte colorida do olho). Por várias razões estas pequenas aberturas podem ocluir, e então a
pressão aumenta dentro do olho. A elevada pressão intraocular pode danificar o nervo óptico (o que transmite
impulsos nervosos do olho para o cérebro). Estes dados podem causar perda da visão. A elevação da pressão
do olho é chamada hipertensão ocular. Se o nervo óptico é danificado, a ponto de conseguirmos medir esta
perda de visão, esta condição é chamada glaucoma.

2. Quais são os outros sintomas do glaucoma?

Além da perda de visão, o glaucoma pode ter outros sintomas como dor, fotofobia (sensibilidade à luz),
diminuição visual rápida, pupilas que não reagem a luz ficando paralisada entre-aberta, halos coloridos ao
redor da luz, olho vermelho, lacrimejamento, dor de cabeça, náuseas e vômitos.

A perda de visão devido ao glaucoma pode ser progressiva quando o paciente não tem outros sintomas e não
sabe ter glaucoma; assim não o tratando, perde a visão da periferia. Esta perda de visão pode também ser
abrupta quando o paciente entra em um quadro de glaucoma agudo onde ele apresentará também dor, que
poderá ser devido a doenças do nervo óptico ou distúrbios agudos da córnea.

Não esquecer que dor pode ter outras causas, como conjuntivite, episclerite, corpo estranho ou doenças da
córnea. E fotofobia pode ser por distúrbios corneanos, conjuntivites, albinismo, falta da íris, meningite ou
neuralgia do trigêmio. O defeito pupilar pode ser fisiológico, congênito (ou sejam a pessoa nasceu com ele),
devido a trauma ocular ou a distúrbios neurológicos. Os halos ao redor da luz podem ser por catarata,
distúrbio corneano e por uso de medicamento. Olho vermelho é o sintoma mais comum em oftalmologia
podendo ser causado por vários distúrbios. Os mais importantes são, conjuntivite, blefarite, processos
alérgicos, hemorragias subconjuntivais e síndrome do olho seco. O lacrimejamento, assim como olho
vermelho, pode ser devido a várias causas como por exemplo, anormalidades da córnea, corpo estranho,
conjuntivite, síndrome do olho seco entre outras. A dor de cabeça pode ser sintoma de várias patologias que
variam desde o stress até meningite, necessitando, portanto, observar os outros sintomas para saber sua causa
específica. As náuseas e vômitos são distúrbios que acompanham quadros de dor forte de qualquer região do
corpo e podem também ser produzidos por alterações no aparelho digestivo.
327
PICADA DE ESCORPIÃO

Escorpiões são encontrados geralmente nas pilhas de madeira, cercas, tijolos, telhas e cupinzeiros. Sapatos e
botas são ótimos esconderijos.

No Brasil existem cerca de dez gêneros e acima de 50 espécies de escorpiões, destacando-se a espécie
venenosa Tytyus serrulatus , de Minas Gerais. Para essa espécie existe um soro anti-escorpionídico.

As espécies de cor amarela, comuns em Minas Gerais, são mais venenosas do que as de cor marrom.

Acidentes com escorpiões são menos freqüentes do que os com cobras, pois eles são pouco agressivos e têm
hábitos noturnos.

O seu veneno é potente, ataca o sistema nervoso (neuro-tóxico) e pode matar nas primeiras 24 horas,
principalmente se a vítima for uma criança.

Sintomas: dores fortes, baixa rápida da temperatura do corpo, suor intenso, aumento da pressão, enjôo e
vômitos. Como agir, no caso de picadas:

1 - manter a vítima em repouso e calma;


2 - lavar o local da picada com água e sabão;
3 - não fazer torniquete no membro acidentado;
4 - aplicar compressas frias nas primeiras horas;
5 - aplicar respiração artificial, se a vítima não estiver respirando bem; e
6 - encaminhar a vítima ao Posto Médico ou Hospital.

328
ALCOOLISMO (4)

A velocidade de assimilação do álcool e a constância com que é ingerido são as principais causas do
alcoolismo, responsável por sérios problemas sociais no mundo inteiro.
Alcoolismo é uma intoxicação, aguda ou crônica, provocada pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas e
constitui um problema médico quando altera ou põe em risco a saúde física ou mental do indivíduo.
Desde cedo, o homem descobriu que as bebidas alcoólicas, por seu efeito tônico e euforizante, permitiam um
alívio da angústia e a liberação de repressões. Esses fatores, entretanto, não são suficientes para explicar a
dependência alcoólica. Assim, devem ser considerados os motivos mórbidos que levam as pessoas a beber
em demasia, bem como a tolerância e a personalidade de cada indivíduo.
A tolerância, definida como a relação entre a concentração de álcool no organismo e o grau de intoxicação,
depende de fatores como idade, sexo, predisposição hereditária, hábitos alimentares, estado orgânico e
psíquico, tempo de intoxicação etc.
As causas do alcoolismo podem ser esquematicamente divididas em (1) ocasionais (quando determinadas
pelo próprio meio ambiente); (2) secundárias (quando a ocorrência do hábito se faz após um transtorno
mental, como a epilepsia e a arteriosclerose cerebral); (3) alcoolismo de causa psicopática (quando
disposições caracterológicas congênitas facilitam o vício); e (4) alcoolismo por conflituação neurótica (o
desenvolvimento neurótico da personalidade é que vai condicionar o aparecimento do hábito).
A metabolização do álcool ocorre no fígado, onde é oxidado pela ação da enzima alcooldesidrogenase,
transformando-se inicialmente em aldeído acético e, a seguir, em ácido acético. A energia liberada por essas
reações é assimilada e utilizada posteriormente pelo organismo, desde que não exceda o nível máximo de
700 calorias. Para uma pessoa de compleição normal, um litro de álcool, ingerido no decorrer de 24 horas,
fornece essa quantidade-limite de energia. Quando o volume de álcool ingerido supera esse limite, entram
em funcionamento outros mecanismos fisiológicos que provocam uma lenta deterioração do organismo.

Efeitos do alcoolismo

No que diz respeito ao sistema nervoso, os sintomas que mais chamam a atenção são o tremor e a
polineurite (sensibilidade à pressão dos troncos nervosos, dores nas extremidades e hipoalgesias). Com
329
relação ao aparelho digestivo, além da falta de apetite, que constitui queixa constante, as complicações mais
comuns são a gastrite com vômitos matinais e a cirrose hepática, que pode levar o indivíduo ao coma e à
morte. No coração pode aparecer uma degeneração adiposa, que se cura com a abstinência, mas que ressurge
com o abuso do álcool. Essa alteração responde pela insuficiência circulatória que se observa em certos
alcoólatras, nos quais o pulso torna-se irregular e a área cardíaca aumenta.
Nos casos mais avançados de alcoolismo, é comum a diminuição da potência sexual. Os testículos se
atrofiam e a excreção hormonal diminui. A atrofia testicular e a lesão hepática provocam, em geral, a queda
dos pêlos axilares e pubianos. Nas mulheres estabelece-se, em alguns casos, amenorréia. Os efeitos do
alcoolismo na saúde mental são ainda mais graves. O indivíduo vive num estado de tensão que o leva
progressivamente a manifestações regressivas no sentido da falta de domínio emocional.
DISTENSÃO

Rompimento parcial de um músculo, acompanhado de dor intensa e aguda. Ocorre devido a uma contração
violenta e desordenada do músculo. Algumas horas depois surge a sensação de que este está tenso; o local
pode ficar arroxeado, e a dor se agrava, diminuindo depois de um ou dois dias.

O que fazer

1.Não movimente o músculo atingido. Se a distensão for na barriga da perna ou na coxa, mantenha a perna
mais alta que o corpo.

2.Aplique bolsa de gelo no local: deixe vinte minutos e descanse outros vinte minutos. Proteja a pele com
uma flanela ou toalha.

3.Procure o médico.

FRATURAS
A ruptura total ou parcial de qualquer dos ossos do esqueleto pode acontecer por acidente, esforços
exagerados e repetidos ou doenças ósseas. Muitas vezes há sinais evidentes de fratura por exemplo, a
exposição de uma ponta de osso ou uma deformidade visível mas normalmente sua identificação pode ser
feita com base em uma ou mais evidências:

 Dor que aumente com o toque e os movimentos;

 Incapacidade funcional do membro o parte lesada: a vítima não consegue fazer todos os movimentos
ou alguns deles;

 Fragmentos expostos, projetando-se para fora ou depositados no fundo do ferimento;

 Angulação ou curvatura anormais da parte atingida;

 Inchaço e descoloração (edema e equimose).

O que fazer

330
Após o acidente, verifique se há algum sinal de fratura. Em de dúvida, seja sempre pessimista.

1.Estanque eventuais hemorragias

2.Imobilize a região fraturada. Nunca leve a vítima ao hospital com, por exemplo, um membro fraturado
balançando, pois a dor será insuportável e poderá haver complicações bem mais sérias que a própria fratura.

LAVE SUA VIDRAÇA...

Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.

Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em
uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! - Está precisando de um sabão novo.

Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! O marido observou calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher
comentou com o marido:

- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que
eu a ensine a lavar as roupas! E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a
vizinha pendurava suas roupas no varal. Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito
brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido: - Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que
outra vizinha ensinou??? Porque eu não fiz nada. O marido calmamente respondeu: - Não, hoje eu levantei
mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! E assim é.

Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.

Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e
limitações. Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo.

"Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela".

331
QUEIMADURAS E LESÕES AMBIENTAIS

A queimadura pode ser definida como uma lesão produzida no tecido de revestimento do organismo por
agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação, etc.

As queimaduras podem lesar a pele, os músculos, os vasos sangüíneos, os nervos e os ossos. Além dos danos
físicos e da dor, as vítimas de queimaduras maiores sofrem social e emocionalmente.

A pele é basicamente uma estrutura de duas camadas, consistindo em uma epiderme externa e uma derme
interna. Abaixo da derme está o tecido celular subcutâneo, abaixo do qual se encontram os músculos e os
ossos.

A pele possui várias funções. Serve para isolar o organismo, protegê-lo da invasão bacteriana, controlar sua
temperatura, reter os líquidos e fornecer ao indivíduo informações sobre o ambiente externo. Qualquer lesão
desta superfície de revestimento permite uma interrupção destes mecanismos e tem significado grave.

De acordo com a profundidade, as queimaduras classificam-se em diferentes graus:

Primeiro grau: atinge somente a epiderme, caracteriza-se por dor e vermelhidão.

Segundo grau: atinge a epiderme e a derme, caracteriza-se por muita dor, vermelhidão e formação de bolhas
de água abaixo da pele.

Terceiro grau: atinge todas as camadas de revestimento da pele, caracteriza-se por pouca dor (devido a
destruição das terminações nervosas da sensibilidade), pele dura e seca, escurecida ou esbranquiçada,
ladeada por áreas de eritema.
332
O socorrista deverá analisar o percentual da área corporal lesada utilizando o método da Regra dos Nove,
que permite estimular a superfície corporal total queimada (SCTQ), de acordo com sua extensão.

O tipo mais comum de queimadura é a térmica. Ao prestar os primeiros socorros a um queimado, que esteja
com suas roupas em chamas, o socorrista deve orientá-lo para que pare, deite e role no chão. Utilize para
abafar o fogo, um cobertor ou toalha molhada. Extinto o fogo, corte e retire as roupas que não estiverem
aderidas a pele da vítima. Para avaliar a dor e evitar o agravamento da área lesada, o socorrista deve resfriar
a parte queimada com água limpa ou, se possível, imergi-la em água corrente até cessar a dor.

Se a queimadura for produzida por produtos químicos, retire imediatamente as roupas impregnadas pela
substância, tomando o cuidado de proteger-se para não se queimar. Depois lave bem a região atingida com
água, para neutralizar os efeitos corrosivos e irritantes do produto químico (no mínimo 15 minutos).

Todo ferimento causado por queimadura é muito vulnerável à infecção e, por isso, deve ser coberto com um
curativo limpo e estéril.

Além da dor intensa, as queimaduras podem causar infecção e o estado de choque pela constante perda de
líquidos corporais. Se a vítima sentir sede, o socorrista pode dar-lhe toda a água que desejar beber, porém,
lentamente. Se a vítima estiver inconsciente, o socorrista não deverá dar-lhe água.

É absolutamente contra indicado a aplicação sobre queimadura de qualquer substância (pomadas, cremes)
que não seja água ou curativo estéril.

Em resumo, ao prestar socorro para vítimas com queimaduras, o socorrista não deve furar bolhas, não deve
retirar roupas queimadas presas a pele, nem submeter a ação de água uma queimadura com bolhas rompidas
ou área onde não há pele. Nestes casos apenas cubra a área lesada com um pano bem limpo e transporte a
vítima para um hospitalar para receber atendimento adequado.

333
334
PARADA RESPIRATÓRIA

Podemos definir a parada respiratória como uma supressão súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser
ou não, acompanhada de parada cardíaca.

Em caso de parada respiratória, siga as instruções a seguir:

1. Determine o estado de consciência da vítima.

A pessoa que presta o socorro deve chamar e movimentar levemente a vítima. Nos casos de
parada respiratória após um acidente traumático (em especial nos traumas de cabeça e
pescoço), movimente a cabeça da vítima o mínimo possível, para evitar o agravamento de
lesões já existentes e até uma paralisia por compressão da medula espinhal.

2. Posicione a vítima.

Se a vítima encontra-se inconsciente, ou seja, não responde, deite-a de costas sobre uma
superfície plana e rígida e abra as vias aéreas, elevando o queixo e inclinando a cabeça para
trás (extensão da cabeça). Figura ABERTURA DAS VIAS AÉREAS

3. Verifique se a vítima está respirando.

Posicione o seu ouvido sobre a boca e o nariz da vítima e verifique se ela respira (ver, ouvir e
sentir). Tente ouvir e sentir o ar expirado pela vítima, observando ainda, se o peito está
movimentando-se (expansão do tórax).

4. Inicie a respiração artificial.

Se a vítima não respira, proceda da seguinte forma:

1. Feche as narinas da vítima com seus dedos (polegar e indicador);

2. Coloque sua boca com firmeza sobre a boca da vítima;

3. Sopre lentamente até o peito dela encher-se, retire sua boca e deixe o ar sair livremente.

No socorro de adultos, mantenha a freqüência de 1 ventilação a cada 5 segundos e, 1 ventilação a cada 3


segundos para crianças e 1 sopro bem suave a cada 3 segundos para bebês (0 a 2 anos). Após controlada a
situação, transporte a vítima para um hospital. Se não houver retorno espontâneo da respiração, mantenha a
respiração artificial durante todo o transporte, até a chegada na unidade hospitalar.

Obs.: Sempre que possível, realize a respiração artificial com o auxílio de um equipamento de proteção
(máscara facial), evitando o seu contato direto com a boca da vítima.

DIREÇÃO DEFENSIVA (10)

335
Condições Adversas

Tempo

Algumas condições atmosféricas dificultam muito nossa visão na estrada, prejudicando o correto uso do veículo
no trânsito.

A chuva, o vento, o granizo, a neve, a neblina e até mesmo o calor excessivo, diminuem muito a nossa
capacidade de ver e avaliar as condições reais da estrada e do veículo.

Além da dificuldade de vermos e sermos vistos, as condições adversas de tempo causam problemas nas estradas
como barro, areia, desmoronamento, tornando-as mais lisas e perigosas, causando derrapagens e acidentes.

Reduza a marcha, acenda as luzes, e se o tempo estiver muito ruim, saia da estrada e espere que as condições
melhorem. Procure para isso um local adequado, sem riscos, como um recanto, Posto rodoviário ou, ainda,
posto de gasolina.
Vias

Antes de iniciarmos um percurso devemos procurar informações sobre as condições das ruas, das estradas que
vamos usar, para planejarmos melhor nosso itinerário, assim como o tempo de que vamos precisar para
chegarmos ao destino desejado.
Procure informar-se das condições das ruas e das estradas com o guarda, pelo rádio, ou com outros condutores
que a usem com freqüência, e tome as providências necessárias para a sua segurança no percurso
Conhecendo suas reais condições como: estado de conservação, largura, acostamento, quantidade de veículos,
etc... podemos nos preparar melhor para aquilo que vamos enfrentar e tomar os cuidados indispensáveis à
segurança e ao uso de equipamentos que auxiliem no percurso, como por exemplo o uso de correntes nas
estradas.

São muitas as condições adversas das vias de trânsito e listamos algumas para que você tenha idéia dos
problemas que irá enfrentar:

curvas; desvio; subidas e descidas; tipo de pavimentação; largura da pista; desníveis; acostamento;
trechos escorregadios; buracos; obras na pista.

Verifique se os equipamentos de uso obrigatório para tais situações estão em perfeitas condições de uso,
assim como o bom funcionamento do veículo.

A FAMOSA RESSACA

336
A palavra ressaca é usada para descrever diferentes efeitos posteriores da ingestão de bebidas alcoólicas. O
mais comum deles é a dor de cabeça. A maioria das dores de cabeça de ressaca é talvez causada pelo abuso
de fumo que geralmente acompanha as noitadas alegres e pelo fato de que os locais em que se bebe são
freqüentemente pouco ventilados e cheios de fumaça.

O segundo componente de uma ressaca é o enjôo, o estômago embrulhado. Sua causa é a irritação do
revestimento do estômago provocada pelo álcool. Esse efeito pode reduzido se a pessoa come durante ou
antes de começar a beber. Os alimentos apenas diluem as bebidas, tornando-as menos irritantes para o
estômago, como também atrasam a absorção do álcool na corrente sangüínea.

Mas, quase sempre, uma ressaca é uma combinação de dor de cabeça, náuseas, tontura, letargia (sono
profundo) e sensação de estar boiando a uns 12 centímetros do solo. A maioria desses sintomas resulta da
desidratação.

O corpo torna-se desidratado depois de uma bebedeira porque o álcool é diurético: estimula os rins a
filtrarem a água do sangue. Assim, uma pessoa que bebe elimina mais água na urina do que a quantidade que
ingere. Se uma pessoa toma 3 litros de cerveja durante uma noite, ela urina mais de 3 litros de água. Na
manhã seguinte seu corpo estará desidratado e o engrossamento do fluido sangüíneo terá ampliado a
concentração de vários sais minerais.

Para preveni-los o melhor meio é tomar um litro de água antes de ir para a cama, tomar um remédio para dor
de cabeça - de preferência numa forma solúvel para não irritar o estômago. Também ajuda a ingestão de
vitamina C, de sucos de tomate ou limonadas, de ostras com limão, etc..

337
CÂNCER DE PELE (2)

Prevenção que se deve ter

A primeira providência que se deve tomar para evitar o câncer de pele é não se expor ao sol das 10 às 15
horas; é nesse intervalo que se formam os raios ultravioletas e que provocam os efeitos mais nocivos contra a
pele, e nesse horário também são irradiados os raios do tipo b.

Os raios que precipitam o aparecimento de lesões cancerosas são especialmente os UV-B (Ultravioleta b -
são raios de curto comprimento, com um nível de energia que permite rápido bronzeamento mas, pode
provocar queimaduras graves)Eles atingem o núcleo das células que provoca mutação dos cromossomos.
Normalmente as pessoas de pele clara que tomam sol constantemente sem usar filtro protetor, dificilmente
deixarão de desenvolver um carcinoma (tumor de menor gravidade que o melanoma).

Já os UV-A (ultravioleta - são raios de longo comprimento, com baixo nível de energia, demora para
bronzear e produzir queimaduras), são ótimos para bronzear, mas são causadores do envelhecimento da pele.
A longo prazo , além das rugas e flacidez, os UV-A também podem causar câncer cutâneo. Isso acontece pelo
efeito acumulativo dos raios

O fator de proteção solar (FPS) é muito importante quando se pensa em tomar sol. Ele se relaciona
diretamente com a qualidade e com a natureza dos filtros usados na elaboração do bronzeador. Por exemplo,
se o bronzeador tiver FPS 6 significa que ele permite exposição ao sol um período seis vezes maior do que
sem o uso do filtro solar. Veja na tabela abaixo que tipo de filtro você deve usar para um bronzeamento
seguro:

Cor da Pela Sensibilidade ao sol Fator de proteção


muito clara Forte + que 8
Clara Forte 6e7
Clara/Média Moderada 4e5
Média Pouca 2e3
Castanha/negra Nenhuma 2e3

Com o bronzeamento natural a produção de melanina aumenta e a pele age escurecendo para diminuir a
penetração dos rais ultravioletas do sol. É uma defesa do corpo contra a ação do sol. Por isso para se adquirir
um bronzeado e não uma queimadura é preciso fazer uma exposição gradual começando com um máximo de
15 minutos diários de exposição ao sol, não se esquecendo de evitar o horário crítico que é das 10 às 15
horas.

338
DIRIGIR COM SEGURANÇA (5)

As condições ambientais podem influenciar diretamente sua segurança ao dirigir. Na chuva todo cuidado é
pouco. Ela diminui a aderência da pista, aumentando o perigo de derrapagem e o espaço necessário para se
frear o carro.
O início da chuva faz com que a água se misture ao pó, óleo e aos resíduos impregnados na pista,
formando uma camada deslizante e exigindo extrema atenção dos motoristas. Deve-se reduzir a
velocidade do veículo, ligar o limpador de pára-brisa, a ventilação interna (ou abrir um pouco os vidros) e
os faróis baixos.
A distância segura é de quatro segundos.
Quando um carro entra em velocidade excessiva numa camada d’água, pode ocorrer a aquaplanagem, isto
é, os pneus perdem o contato com a pista e o carro começa a deslizar sobre a fina camada d’água entre o
pneu e o solo. Nesses casos deve-se diminuir a aceleração (sem frear o carro) girando suavemente o
volante para a direita e para a esquerda até os pneus retomarem o contato com a pista. Se você frear o
veículo ou girar excessivamente as rodas, no momento em que elas voltarem a tocar o solo poderá haver
uma mudança brusca de direção, com conseqüente descontrole do veículo.

Um nevoeiro muito forte impede a visibilidade. Você pode esperar no acostamento (ou em algum local
seguro, como um posto de gasolina, por exemplo), ligando o pisca-alerta e sinalizando com o triângulo de
segurança a uns 40 passos de distância do veículo. Se não houver acostamento ou o mesmo não for
seguro, não pare. Prossiga com redobrada atenção, utilizando faróis baixos e em velocidade reduzida.

Nas estradas de terra, lama ou areia a aderência dos pneus é bem menor. Diminua a velocidade nas curvas
e freie com antecedência. Nos trechos com muita lama ou areia prefira uma marcha mais longa e não
acelere muito, para evitar que as rodas patinem. Se o carro encalhar procure cavar um caminho e calce as
rodas com o que você tiver à mão, jornal, tapetes de borracha, galhos, pedras, etc.

As descidas de serra podem acabar com os freios de seu carro. Procure descer sempre com a mesma
marcha que usaria para subir, aproveitando o efeito do freio-motor.

Trafegue com atenção redobrada e velocidade reduzida em áreas onde existe a presença de animais. Não
se deve buzinar quando os mesmos estão na pista, pois o barulho pode deixá-los nervosos e fazê-los
investir contra o carro.

Como já citamos, 90% dos acidentes são causados por falha humana, freqüentemente, relacionadas à
saúde do motorista. Uma variedade de remédios, com ou sem receita, pode afetar o desempenho do
motorista. Alguns remédios, para tosse e resfriado, que podem ser facilmente obtidos nas farmácias, fazem
parte deste grupo. Remédios tomados em combinação com outros ou com o álcool podem ter um efeito
cumulativo.

COMO SE COMPORTAR NA PRAIA

339
340
UM ALERTA DO SEU ANJO DA GUARDA!

ÁGUA NO UMBIGO....

SINAL DE PERIGO!

CORRELATOS PSICOSSOCIAIS DO TABAGISMO

Correlatos Sociais

No mundo desenvolvido, particularmente nos países onde há campanhas/políticas antifumo bem


organizadas, o tabagismo é estreitamente relacionado com a situação socioeconômica, sendo mais prevalente
entre pobres, trabalhadores braçais semi qualificados, desempregados, indivíduos com baixos níveis culturais
e mães solteiras. Além disso, essa demarcação entre os grupos sociais está se acentuando: nas últimas 3
décadas a prevalência do tabagismo caiu mais de 50% nas classes mais elevadas da sociedade britânica, mas
permaneceu imutável nos grupos mais desvalidos. De modo semelhante, os índices de cessação do

341
tabagismo no Reino Unido mostram grande relação inversa com a privação social.

Correlatos Psiquiátricos

A depressão é um fator importante de risco de dependência de nicotina. Nos fumantes é maior a prevalência
de história de depressão significativa e, nesses casos, a probabilidade de cessação do tabagismo é menor do
que nos indivíduos sem história de depressão. Sugeriu-se que a associação entre depressão e tabagismo pode
ser devida a uma predisposição genética comum às duas doenças. Outros fatores de risco da dependência de
nicotina incluem esquizofrenia (70 a 90% dos esquizofrênicos são fumantes) e abuso de múltiplas drogas,
particularmente álcool, cocaína e heroína.
Assim, é provável que a maioria que continua fumando é composta por aqueles com problemas psiquiátricos
ou sociais. Além disso, é provável que esses fumantes sejam mais dependentes do tabaco e menos
interessados em abandoná-lo.

342
DIRIGIR COM SEGURANÇA (6)

O álcool é um dos principais fatores causadores de acidentes com veículos. Mesmo pequenas quantidades,
abaixo do limite legal (que é de seis decigramas por litro de sangue) podem prejudicar os reflexos e o
desempenho do motorista.
O tempo para eliminar o álcool do organismo depende da quantidade consumida e de outros fatores,
podendo levar várias horas. Seu efeito na capacidade de dirigir é também influenciado por outros fatores,
tais como cansaço, ingestão de alimentos e de remédios.
Lembre-se, dirigir embriagado é uma infração gravíssima e sua penalidade inclue multa de R$ 864,99,
suspensão do direito de dirigir, recolhimento da carteira de habilitação, retenção do veículo e detenção de
seis meses a três anos.

Já a fadiga está envolvida em um número significativo de acidentes de trânsito. Portanto, os motoristas


precisam estar atentos aos seus sintomas iniciais e tomar medidas efetivas que evitem sua evolução.
Quando esses sinais não são levados em conta, a atenção começa a diminuir e podem surgir problemas de
segurança.
Em viagens mais longas, faça paradas periódicas para descansar e alongar os músculos. Antes de dirigir,
não exagere na alimentação, dando preferência a pratos leves e de fácil digestão. Não lute contra o sono,
se for preciso, pare e descanse.

Mais da metade dos acidentes de trânsito com mortes ocorre à velocidade igual ou inferior a 64 Km/h e
65% dos acidentes fatais e 80% dos acidentes de trânsito, em geral ocorrem, num raio de 40 Km do local
de residência das vítimas.
Portanto, fique atento sempre!

ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (4)

Acidentes na coluna causados por mergulho

É comum que tais acidentes resultem num pescoço quebrado, com grave risco de lesão na medula espinal.

O que fazer

343
1.Faça a vítima vir à tona. Se ela estiver flutuando com o rosto voltado para dentro da água, suporte-lhe a
cabeça e o pescoço, virando cuidadosamente seu corpo de barriga para cima. Se possível, isso deve ser feito
por duas pessoas: uma sustenta a cabeça e a outra gira o corpo, fazendo a rotação simultânea de todo o
corpo.

2.Observe se a vítima está respirando. Lembre-se sempre de tentar o boca a boca se ela não respira mais. Se
necessário, pratique o boca a boca ainda dentro da água.

3.Nunca deixe a cabeça tombar para trás nem para a frente ou para qualquer dos lados.

4.Consiga uma tábua que flutue e coloque-a sob a vítima, sem lhe dobrar o corpo.

5.Fixe o corpo da vítima à tábua, usando tiras de pano para a cabeça e cordas para o corpo.

6.Deslize a tábua até a margem e retire-a da água cuidadosamente. A vítima poderá ser conduzida até o
hospital mais próximo sobre essa mesma tábua.

CUIDADO COM O INFARTO (2)

E depois do infarto?
Depois que a pessoa sofre um ataque cardíaco é preciso avaliar o prejuízo, saber qual a extensão do
miocardio que foi atingida pela necrose e qual coronária está entupida.

Para saber de tudo isso é preciso realizar exames como o ecocardiograma (ecografia do coração), testes de
esforço (exame realizado com a esteira e a ergométrica) e a cineangiocoronariografia (verificação do estado
das coronárias e, se necessário, do coração, através da introdução de uma microcâmera nas artérias
cardíacas). Só então é escolhido o melhor tratamento definitivo ao caso.

344
Os métodos mais usados são as cirurgias em que se implantam pontes de veia safena ou mamária. Essas
pontes criam uma via alternativa de passagem para o sangue que vai irrigar o músculo cardíaco.

Outra técnica também muito usada é a angioplastia, em que a placa de ateroma é esmagada por um balão de
borracha introduzido através de uma artéria.

Mudar os hábitos. Uma questão de sobrevivência.


O primeiro passo é controlar a alimentação. A dieta deve ser composta de carnes magras, de preferência
peixes e aves, e muita verdura e legumes. Os óleos indicados são os de origem vegetal, notadamente de
milho ou de girassol. Azeite de oliva também é indicado pois é rico em DHL.

Os médicos recomendam começar um programa de exercícios sempre sob orientação. Caminhadas são
aconselháveis. Outra recomendação é mudar os hábitos, fugindo do stress e tentando manter a calma em
qualquer situação.

O risco de infarto nas Mulheres


Nas mulheres, o infarto costuma ser mais fatal que nos homens. Os fatores podem ser hormonais, que tornam
a parede do músculo cardíaco mais fina necrosando com maior facilidade.

Há algum tempo atrás, infarto era coisa para homem. Mas, as coisas mudaram, e a cada dia que passa o
número de mulheres infartadas é cada vez maior. As razões são inúmeras, a primeira delas é o fumo, que
aumentou sensivelmente entre o público feminino.

A segunda razão é que nos dias de hoje a mulher participa como o homem na vida profissional competitiva.
Além dela ganhar um espaço no mercado de trabalho, também ganhou hipertensão arterial, stress emocional
e obesidade.

As pílulas anticoncepcionais, que mexem com todo o sistema circulatório, são outro fator. Quando é
associado ao fumo, aumenta em dez vezes a chance da mulher infartar.

COMO PREVENIR ACIDENTES COM


ARANHAS E ESCORPIÕES

1 - Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem.

2 - Examinar e sacudir calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.

3 - Afastar camas das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários.

4 - Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção.

5 - Limpar regularmente atrás de móveis, cortinas, quadros, cantos de parede.

6 - Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meia-canas e rodapés. Utilizar telas e vedantes em
portas, janelas e ralos. Colocar sacos de areia nas portas para evitar a entrada de animais peçonhentos.

345
7 - Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros. Evitar plantas tipo
trepadeiras e bananeiras junto as casas e manter a grama sempre cortada.

8 - Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são alimentos para aranhas e
escorpiões.

9 - Preservar os predadores naturais de aranhas e escorpiões como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e
galinhas.

10 - Limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas.

11 - Não colocar mãos ou pés em buracos, cupinzeiros, monte de pedra ou lenha, troncos podres, etc.

CÂNCER - CONCEITOS BÁSICOS (3)

Modalidades Terapêuticas
Cirurgia.

É o mais antigo e mais definitivo, quando o tumor é localizado, em circunstâncias anatômicas favoráveis.
Em geral é o tratamento mais importante, que influencia mais na cura do paciente. Para alguns tipos de

346
câncer, no entanto, apenas a cirurgia não é suficiente, devido à disseminação de células cancerosas local ou
difusamente.

Radioterapia.

É o mais utilizado para tumores localizados que não podem ser ressecados totalmente, ou para tumores que
costumam recidivar localmente após a cirurgia. Pode causar efeitos colaterais localizados, principalmente
por lesão de tecidos normais adjacentes ao tumor. A quantidade de radiação utilizada depende do tipo de
tumor, e é medida em rads.

Quimioterapia.

É o tratamento sistêmico para o câncer. Consiste na utilização de medicamentos que tem ação citotóxica
(causa danos às células). Podem ser utilizadas combinações de vários medicamentos diferentes, pois nos
tumores há freqüentemente sub populações de células com sensibilidade diferente às drogas antineoplasicas.
Os mecanismos de ação das drogas são diferentes, mas em geral acabam em lesão de DNA celular. A
toxicidade contra células normais é a causa da maioria dos efeitos colaterais (náuseas, vômitos, anemia,
mielossupressão). Pode ser usada como tratamento principal (leucemias, linfomas, câncer de testículo), mas
normalmente é adjuvante, após tratamento cirúrgico ou radioterápico, ou paliativo, em doenças mais
avançadas.

Terapia biológica.

Usam-se modificadores da resposta biológica do próprio organismo frente ao câncer, "ajudando-o" a


combater a doença (linfoquinas, anticorpos monoclonais). Pode-se usar também drogas que melhoram a
diferenciação das células tumorais, tornando-as de mais fácil controle.

Obtendo sucesso no tratamento


O sucesso da terapia contra o câncer depende da escolha das modalidades de tratamento que mais se
adequam ao paciente e à sua doença, necessitando muito a cooperação entre especialidades. Suporte geral
também é muito importante, incluindo controle de distúrbios metabólicos, infecciosos, cardiopulmonares,
freqüentes nos pacientes submetidos a tratamentos agressivos.

ESMAGAMENTOS

Acidentes muito comuns, especialmente no trabalho e em desastres automobilísticos. Exigem socorro médico
urgente.

O que fazer

347
1.Quando chamar o pronto-socorro, informe a extensão do acidente e especifique qual a parte esmagada, para
que a ambulância já venha com material adequado à emergência.

2.Se o esmagado estiver sob escombros dos quais é difícil retirá-lo, chame também o Corpo de Bombeiros.

3.Esmagamentos das extremidades

Caso a vítima não esteja presa, deite-a e facilite sua respiração, desobstruindo o nariz e a boca de possíveis
detritos; se a extremidade esmagada estiver suja e o atendimento for demorar, despeje água oxigenada ou água
corrente sobre a ferida; mas não mexa em nenhuma estrutura lesada. Estanque a hemorragia. Proteja a
extremidade esmagada, cobrindo-a com gaze esterilizada ou pano limpo.

4.Esmagamento do tórax

Se possível, deite a vítima e desobstrua-a a boca e o nariz, para facilitar a respiração, se houver ferida aberta,
estanque a hemorragia

5.Esmagamento do abdome

Deixe a vítima deitada de costas, com a cabeça no mesmo nível do corpo;


Tampe completamente qualquer ferida aberta, com gaze esterilizada ou panos limpos, fechando as bordas com
esparadrapo para evitar contaminação. Observe se a vítima tem hemorragia interna, que pode se manifestar por
estes sinais: palidez intensa, suores frios, pulso fraco, coração demasiadamente acelerado. Nesse caso, ponha sua
cabeça mais baixa que o corpo. Limpe sua boca de detritos e vômitos e tire pontes e dentaduras.

6.Esmagamento da cabeça

Deite a vítima de forma que sua cabeça fique mais baixa que o corpo;
Controle as hemorragias sem apertar bandagens em torno da cabeça;
Desobstrua boca e nariz de sangramentos, vômitos, detritos etc;
Tampe os orifícios que estiverem sangrando;
Não mova a vítima: apenas imobilize-a até que o socorro chegue.

7.Nunca tente mover o esmagado se você não tiver certeza absoluta de que pode fazê-lo.

8.Tente acalmar e confortar a vítima e impeça-a de ver a parte esmagada.


Atenção: Nunca dê água ao acidentado.

ENVENENAMENTOS

Venenos são substâncias que, quando em contato com o organismo, causam transtornos que perturbam e
lesam a saúde, podendo chegar a ser fatais.

Os venenos poderão ser ingeridos, inalados, absorvidos pela pele ou injetados. Quando penetram no corpo,
as toxinas passam para a corrente sangüínea e para todos os tecidos.

348
As toxinas que mais comumente causam acidentes são: os medicamentos, os produtos de limpeza, os
alimentos deteriorados, os raticidas, os inseticidas, os entorpecentes em geral, a fumaça de incêndios e os
venenos de animais peçonhentos.

As características do envenenamento variam, dependendo do tipo de veneno, da forma como penetrou no


organismo e, da quantidade consumida. A vítima, quando consciente, ou uma testemunha poderão informar o
socorrista sobre a ocorrência. Se ela estiver inconsciente, características externas (cheiro de gás ou
recipientes suspeitos) lhe darão os indícios necessários. O atendimento médico é sempre aconselhável nesses
casos.

Embora possa ser fatal, a maioria dos casos de intoxicação poderá ser tratada com sucesso. Os sinais e
sintomas mais comuns de envenenamentos são: alterações do hálito, dor abdominal intensa, mudança da cor
dos lábios e língua, náuseas e vômitos, dores de cabeça e perda da consciência, entre outros.

Em caso de envenenamento por inalação (fumaças e gases tóxicos), o socorrista deverá retirar a vítima para
um local seguro e arejado, desobstruir suas vias respiratórias e verificar se há necessidade de manobras de
ressuscitação (em caso de parada respiratória e/ou parada cardíaca).

Se o veneno foi ingerido (medicamentos, alimentos deteriorados), o socorrista deve prestar os primeiros
socorros provocando o vômito dos produtos ingeridos. Faça a vítima beber água morna (3 ou 4 copos) e em
seguida, toque sua garganta, a fim de despertar o reflexo do vômito. Não induza ao vômito vítimas que
sofreram envenenamentos provocados pela ingestão de substâncias corrosivas ou irritantes (ácidos, soda
cáustica, água sanitária, etc) ou ainda, vítimas inconscientes (desacordadas) ou em convulsão. Apesar de em
muitos casos ser possível a indução ao vômito, o socorrista deverá estar alerta pois a vítima correrá sempre o
risco de aspirar conteúdos gástricos. Na dúvida, não tente provocar o vômito.

Vestes impregnadas de substâncias venenosas ou corrosivas, devem ser retiradas e, neste caso, o socorrista
deverá lavar o local atingido com bastante água corrente para neutralizar a ação da substância perigosa (use
sempre EPIs).

SINAIS VITAIS (3)

6. Coloração da pele
349
A cor da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos vasos sangüíneos subcutâneos.

Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque ou com infarto do
miocárdio. Uma cor azulada (cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e
também em alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do
envenenamento por monóxido de carbono (CO) e na insolação.

7. Estado de consciência

Normalmente, uma pessoa está alerta, orientada e responde aos estímulos verbais e físicos. Qualquer
alteração deste estado pode ser indicativo de doença ou trauma.

O estado de consciência é provavelmente o sinal isolado mais seguro na avaliação do sistema nervoso de
uma pessoa. Uma vítima poderá apresentar desde leve confusão mental por embriaguez, até coma profundo,
como resultado de uma lesão craniana ou envenenamento.

8. Capacidade de movimentação

A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como paralisia e pode ser o resultado de
uma doença ou traumatismo.

A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um acidente, pode ser o indicativo de
uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna cervical). A incapacidade de movimentar
somente os membros inferiores, pode indicar um lesão medular abaixo do pescoço. A paralisia de um lado do
corpo, incluindo a face, pode ocorrer como resultado de uma hemorragia ou coágulo intra-encefálico
(acidente vascular cerebral).

9. Reação a dor

A perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão, geralmente é acompanhada também de
perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o movimento é mantido, e a vítima se queixa apenas de
perda da sensibilidade ou dormência nas extremidades. É extremamente importante que este fato seja
reconhecido como um sinal de provável lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do
acidentado não agrave o trauma inicial.

QUEIMADURAS POR ELETRICIDADE

Nas queimaduras elétricas, em primeiro lugar verifique se a vítima continua respirando. Caso houver parada
respiratória e/ou cardíaca, proceda o socorro com as manobras de ressuscitação. Muito cuidado, nos
acidentes elétricos, onde a vítima pode ficar presa ao condutor energizado, ou ainda, ser arremessada
violentamente para longe. O socorrista deve afastar a vítima do contato com a corrente elétrica utilizando-se
dos seguintes recursos:

350
1. Desligando o interruptor ou a chave elétrica;

2. Removendo o fio ou condutor elétrico com auxílio de qualquer material isolante (cabo de
vassoura, tapete de borracha, etc.).

O socorrista deve pesquisar por mais de um ferimento (ponto de entrada e ponto de saída da eletricidade) em
toda vítima de queimadura elétrica. Tais acidentados devem ser sempre conduzidos para avaliação médica.

Nas lesões provocadas pela exposição ao calor (cãibras pelo calor, exaustão e insolação) o socorro deverá ser
realizado removendo a vítima para um local ventilado e resfriando-a rapidamente com banhos frios e
aplicações de bolsas com gelo.

Já as lesões provocadas pelo frio são caracterizadas pelos seguintes sinais e sintomas: calafrios, perda da
sensibilidade, respiração e pulso lentos, perda da visão, descoloração, inconsciência e congelamento de parte
do corpo. Nestas situações a vítima deverá ser removida para local aquecido e seco e o socorrista deverá
aquecê-la com cobertores e oferecer líquidos quentes.

Nos casos de um resfriamento localizado, provocado pelo congelamento da água intracelular (que produz
cristais de gelo que podem destruir as células) haverá uma insensibilidade na área afetada e o aparecimento
de manchas na pele, a qual alterará sua coloração de branca para amarela e, posteriormente, para uma cor
azulada. A área atingida ficará dura ao tato. Nesses casos o socorrista deverá aquecer a área atingida
aplicando uma fonte de calor externo, não friccionar a região atingida para evitar a destruição celular e, secar
bem a área e cobri-la com bandagens limpas e quentes, para evitar um novo congelamento.

Regra dos nove

ADULTO CRIANÇA
Cabeça e pescoço 9% 18%
Membros superiores 9% 9%
Tronco anterior 18% 18%
Tronco posterior 18% 18%
Genitais 1% --
Membros inferiores 18% 14%

PEGADAS NA AREIA

Uma noite eu tive um sonho...

351
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor, e através do céu, passavam cenas da minha vida.

Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia.
Um era o meu, e o outro era do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás para as pegadas na areia, e notei
que muitas vezes no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei, também, que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver.
Isso aborreceu-me deveras, e perguntei:

- Senhor, me dissestes que uma vez que eu resolvi Te seguir,


Tu andarias sempre comigo todo o caminho; mas notei que durante as maiores atribulações do meu viver
havia na areia dos caminhos da vida, apenas um par de pegadas.
Não compreendo porque nas horas que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixastes.

O Senhor respondeu:

"Meu precioso filho, Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento.
Quando viste na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que Eu te carreguei nos braços."

352
DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA (2)

Tipos de dor de cabeça

Dor de cabeça provocada por tensão:

Esta é de curta duração, mas volta a atacar de tempo em tempo, quando não se combate a causa. Ela é em
geral o resultado da fadiga e das tensões diárias. Ocasionalmente, esta dor de cabeça muito freqüente indica a
presença de males crônicos, como anemia, pressão alta ou uma doença nos rins.

A aspirina ajuda a aliviar a dor, mas não se deve tomar mais do que dois comprimidos de cada vez. Se
necessário , repete-se a dose quatro horas mais tarde.
Algumas medidas preventivas podem ser efetuadas, como tentar relaxar mais e evitar situações de tensão. Se
isso não der resultado e as dores de cabeça voltarem a ocorrer, consulte um médico.

Dor de cabeça relacionamento com excessiva emocional

A dor que começa durante o dia e aumenta de intensidade no final da tarde é, em geral, o resultado de uma
tensão intensa e prolongada, muitas vezes acompanhada de depressão e de outros distúrbios psicológicos.

Os analgésicos aliviam a dor temporariamente, mas, se ocorrer todos os dias , é importante ir ao médico caso
ocorram outros sintomas, como perda de peso ou dificuldades para dormir, porque eles podem ser indícios de
uma depressão mais séria.

Dores de cabeça em pessoas idosas

As dores de cabeça que afetam as idosas em geral têm causas mais graves do que as que ocorrem em pessoas
jovens.

Uma dor intensa pode ser um dos sintomas do herpes-zoster, popularmente, conhecido como cobreiro (uma
infecção causada por vírus), ou de uma doença dos ossos localizada em torno do globo ocular pode indicar a
presença de glaucoma (pressão anormalmente alta no globo ocular); a dor de cabeça que vem acompanhada
de perda de peso e de sensibilidade no couro cabeludo pode Ter como causa uma inflamação das artérias que
irrigam o couro e os olhos.

353
Tratamento: todos estes casos requerem urgentes cuidados médicos.

RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQÜENTEMENTE PERGUNTADAS


SOBRE SEUS OLHOS (3)

1. Por que eu vejo "halos" ao redor das luzes?

Halos são resultados de luz refletida ou espalhada. Isto pode ser devido a óculos fracos, fatigantes que
produzam uma imagem borrada ou lentes de contato riscada. Nestes casos, halos não indicam um problema
próprio dos olhos.

No entanto, halos podem ser sinal de glaucoma ou início de catarata. Portanto, se você vê halos é melhor
consultar um oftalmologista.

2. O que são "manchas escuras" que em algumas situações vejo diante dos meus olhos?

Há duas causas de manchas escuras. Uma é o que chamamos de "corpos flutuantes" - floaters, são pequenos
e inofensivos feixes de células que podem formar-se no vítreo (o gel transparente que preenche o olho).
Embora eles estejam dentro do olho, corpos flutuantes são vistos como manchas, sombras na retina e
parecem estar em frente do olho. Floaters aparecem como pequenos insetos negros e com maior freqüência
quando se está cansado ou esteve sujeito a luzes brilhantes. A sua duração varia naturalmente, de pessoa para
pessoa e podem demorar semanas ou meses para desaparecerem.

A outra causa de manchas escuras pode ser mais séria. O gel vítreo pode de fato liquefazer e separar-se da
retina (fundo do olho). Quando esta separação do vítreo ocorre, sólidos feixes de gel estarão flutuando no
líquido. Estes sólidos feixes freqüentemente aparecerão como manchas escuras,

Quando o "gel" é separado, ele exerce uma tração que pode produzir um "buraco ou rasgo" na retina. Se isso
ocorrer, a condição deve ser tratada prontamente, caso contrário, isto pode levar ao descolamento de retina.

A separação do vítreo é bastante comum, especialmente em pessoas mais velhas. Somente cerca de 1 em 6
pessoas que têm separação do vítreo desenvolve buracos na retina. No entanto, sem um exame ocular
adequado, não tem como determinar se há somente separação vítrea ou um rasgo na retina.

354
Portanto, se as manchas escuras que você vê não desaparecem ou se ocorre repentino ataque de muitas novas
manchas escuras , aconselhamos : ligue e marque um exame imediatamente.

RISCOS E PRAZERES DAS DROGAS (2)

Serão descritos alguns aspectos relacionados às drogas de uso mais comum em nosso meio.

Drogas depressoras do Sistema Nervoso Central (SNC) - diminuem o funcionamento cerebral, a pessoa fica
desligada, devagar, flutuando.

Álcool

Somente no século XIX, o alcoolismo começou a ter aceitação científica como conceito de doença. O mérito
desta concepção foi retirar o enfoque moralista, do alcoolismo como 'vício', sendo substituído pelo de
'doença' em seu conceito mais amplo, como entidade clínica na qual a alta ingestão de álcool provoca
doenças físicas e mentais.

Alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, está associado a cerca de 50% dos
acidentes com morte, 50% dos homicídios e 25% dos suicídios. O tratamento envolve principalmente a
orientação profissional, que pode incluir tratamento comportamental e psicológico e/ou participação em
programas de auto-ajuda (Alcoólicos anônimos). A intervenção farmacológica visa aliviar os sintomas de
abstinência e evitar recaídas.

Causas

Filhos de alcoolistas tornam-se alcoolistas com freqüência quatro vezes maior que filhos de não-alcoólicos,
sugerindo um fator genético. Pessoas muito ansiosas, tímidas e reprimidas, podem usar o álcool para obter a
sensação de liberação e poder. Há um aforismo psicanalítico de que a auto-crítica é solúvel em álcool.

Os pacientes mais gravemente acometidos podem ter maior dificuldade no confronto com o problema.
Muitos tentaram parar várias vezes, porém sem sucesso. Como esses indivíduos são geralmente muito
sensíveis à rejeição, é importante que os médicos os tratem com a mesma preocupação que dariam a
pacientes com qualquer doença crônica, que aceitem as recaídas e encorajem a continuação do tratamento.
355
Efeitos do álcool

Uma característica das bebidas alcoólicas não compartilhada por nenhuma outra droga psicotrópica, é o
fornecimento de energia. São, contudo, "calorias vazias", pois não estão associadas a proteínas, sais minerais
ou vitaminas. Em média, um indivíduo pode transformar 7g de álcool por hora. Não há qualquer
medicamento desintoxicante, como se pretende com uso de injeção de glicose (é raríssimo um alcoolista
apresentar hipoglicemia) e outras recursos usados no passado que trazem mais riscos que benefícios.

A adaptação do Sistema Nervoso Central ao álcool estabelece um estado de dependência física. Essa
dependência se torna aparente quando a redução da ingestão ou a abstenção do álcool causa desconforto
subjetivo e sinais objetivos de abstinência. Os sintomas de abstinência incluem: ansiedade, taquicardia,
hipertensão, tremores, náuseas e vômitos e insônia. Entre os sintomas mais pronunciados estão, ilusões
auditivas ou visuais, alucinações, uma pequena porcentagem de pacientes apresenta uma ou mais
convulsões. A manifestação mais grave da abstinência do álcool é o delirium tremens, um estado confusional
severo caracterizado por profunda agitação, alucinações, delírios, tremores e convulsões.

Tratamento

Nas urgências como no Delirium Tremens ou grave síndrome de abstinência, deve-se realizar tratamento
médico específico. O alcoolismo é uma doença crônica. É fundamental que se mantenha a continuidade do
tratamento com o objetivo de prevenir as recidivas.

Alcoólicos Anônimos, (AA). É uma organização fundada por um ex-alcoolista, dedicada ao auxilio de
alcoolistas, com grupos de auto-ajuda. Al-Anon, para companheiros, parentes, e amigos de alcoolistas, Al-
Ateen, para adolescentes e crianças, com função de suporte. Hoje presente em quase todo o mundo tem
obtido bons resultados na recuperação dos alcoolistas que os procuram.

Além destes recursos, ainda há que se tratar das doenças associadas ao alcoolismo, como comprometimento
hepático, cerebral, nutricional. Some-se a isto os custos econômicos (faltas ao trabalho, acidentes de
trabalho, acidentes de transito), emocionais e sociais ocasionados pelo álcool.

356
ACIDENTES NA COLUNA VERTEBRAL (5)

Dores na coluna vertebral

Dores frequentes ao longo da coluna vertebral exigem tratamento médico. Para aliviar
uma crise:

1.Repouse. É fundamental deitar-se sobre uma superfície indeformável, mas não


totalmente rígida.

2.Faça aplicações de calor: bolsa de água quente, compressas ou banhos de imersão.

3.Tome analgésicos.

Prevenção

357
Uma das causas mais comuns das dores na coluna é a má postura corporal. Assim:

1.Durma de costas, com travesseiro baixo; ou durma de lado, com um ou ambos os


joelhos levemente flexionados. Use colchão nem muito duro nem muito mole, apenas
firme.

2.Sente, levante e caminhe o mais ereto possível.

3.Quando estiver sentado, apóie as costas em toda a extensão no espaldar da cadeira.

4.Caminhe com os pés apontados para a frente e coloque o maior peso do corpo sobre os
calcanhares.

5.Nunca se curve para frente com as pernas esticadas: agache-se flexionando os joelhos.

6.Ao levantar um peso, flexione os joelhos e mantenha o peso junto ao corpo.

7.Evite ficar de pé por longo tempo.

8.Mantenha seu peso normal. Lembre-se: a obesidade é séria sobrecarga para a coluna.

SOCORRO PRÉ-HOSPITALAR

A experiência universal indica que um grande número de pessoas que falecem em decorrência de
traumatismo ou mal súbito poderia ser salvas. Para isso, seria suficiente que os conhecimentos de suporte
básico da vida e as técnicas, atualmente disponíveis para o atendimento dessas condições, fossem
corretamente aplicadas em seus portadores, desde o local onde ocorreu o acidente, durante o transporte, até a
chegada da vítima nas unidades hospitalares.

As potencialidades de recuperação desses acidentados crescem, em relação à rapidez com que essas
emergências e urgências são reconhecidas e adequadamente tratadas. Medidas intempestivas podem resultar
em óbito ou incapacidade desnecessária.

O ensino de técnicas de suporte básico da vida assume relevada importância num país como o Brasil, onde
os índices de mortalidade e seqüelas provocadas por acidentes são elevados e onde a maioria da população é
pouco preparada para a prevenção de acidentes e para a prestação de socorro ao nível pré-hospitalar.
Acidentes podem acontecer a todos nós, e se tivermos um atendimento correto e rápido, poderemos salvar
uma vida ou, pelo menos, minimizar dor e problemas de saúde futuros.

Mas como poderemos prestar os primeiros socorros? Bem, seguindo as orientações contidas neste manual,
qualquer pessoa poderá ajudar em uma emergência, mas é importante lembrar que isso não a torna um

358
socorrista profissional. Para se profissionalizar é necessário adquirir muito mais informações e habilidades,
treinamento adequado e inclusive, para muita das funções, diploma e registro profissional.

Para prestar primeiros socorros é preciso conhecimento, treinamento e experiência. Como essa tarefa não é
uma ciência exata, está sujeita a erros humanos e a circunstâncias que fogem de nosso controle. Portanto,
devemos aceitar que, mesmo com o tratamento adequado, e por mais que tentemos, uma vítima poderá não
responder conforme o previsto e vir até a morrer.

Infelizmente, muitos dos que prestam os primeiros auxílios têm medo de fazer algo errado, e das
conseqüências legais de sua atuação. É importante lembrarmos que no Brasil todos os cidadãos são
obrigados, por lei, a socorrer vítimas de acidentes ou mal súbito. Se não o fizerem, configura-se a omissão de
socorro, que não é um encargo exclusivo do pessoal médico ou de socorristas profissionais. Se você fizer o
que leu neste manual e não ultrapassar seus limites, não atuando naquilo que não foi treinado para fazer, não
terá nada a temer do ponto de vista legal. O risco existe se você não atender alguém podendo assim
fazê-lo. Lembre-se também que chamar por socorro especializado é algo tão importante quanto cuidar da
vítima. No entanto, com o auxílio deste manual lido com atenção, qualquer pessoa poderá enfrentar com
segurança os imprevistos e acidentes da vida.

DIREÇÃO DEFENSIVA (11)

Condições Adversas

Trânsito

Aqui nos referimos à presença de outros elementos (pedestres, veículos, animais, etc) na via, e também a
determinadas ocasiões (natal, carnaval, férias) que interferem no comportamento do condutor e na
quantidade de veículos em circulação nas vias.
Pode-se diferenciar duas situações de trânsito:

Nas cidades (vias urbanas)

O trânsito é mais intenso e mais lento, havendo maior número de veículos, mas existe uma sinalização específica
para controle do tráfego com segurança.

Em determinados locais (área central, área escolar, órgãos públicos) em que o número de veículos é maior, e
também em determinados horários (entrada ou saída de trabalhadores e escolares) que chamamos de "rush", em
que aumentam as dificuldades de trânsito.

Se possível evite estes horários ou locais, faça uso do transporte coletivo, obedeça toda a sinalização existente,
redobre a atenção e cuidados ao conduzir.
Nas estradas (vias rurais)

359
Os níveis de velocidade são maiores mas o número de veículos geralmente é menor, o que predispõe o condutor
a exceder a velocidade permitida, aumentando também o risco de acidentes, além de cometer infração de
trânsito.

Em determinadas épocas (férias, feriadão, festas) o número de veículos aumenta muito, causando
congestionamento e outros tipos de problemas com o trânsito.

Verifique as reais condições do seu veículo, abasteça-o de combustível necessário ao percurso e mantenha a
calma.
Em certos locais, as condições de trânsito mudam devido à presença de tratores, carroças, animais, ônibus de
excursão, caminhões de transporte, etc., tornando o trânsito mais lento e mais difícil.

Há também a possibilidade de recuperação de vias, ou construções, situações que causam sérios problemas ao
deslocamento e dificultam o trânsito no local.

O bom condutor é cauteloso. Observa bem à sua frente, prevê situações de risco no trânsito, evita
situações difíceis, obedece às instruções recebidas no percurso e sempre mantêm a calma e a educação

PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES (5)

Primeiros socorros oculares

A primeira e mais importante medida de socorro após um acidente ocular é a lavagem do mesmo com água
limpa em abundância. A única exceção se faz às perfurações oculares, que devem ser encaminhadas
imediatamente ao oftalmologista para os devidos reparos (quando possível). É importante evitar-se a
compressão do globo ocular até a avaliação da extensão da lesão provocada pelo acidente.

É sempre importante a avaliação do profissional especializado (oftalmologista) que possui os equipamentos


necessários para um adequado exame do olho.

O uso de colírio anestesiado para alívio dos sintomas é um procedimento apenas aceito durante o exame do
olho acometido e somente pelo profissional habilitado. Nunca deve ser usado inadvertidamente ou como
rotina por pessoa não habilitada, uma vez que o seu abuso pode gerar problemas oculares graves como
úlceras e cegueira, sendo inclusive necessária a proibição de sua comercialização sem prescrição médica
oftalmológica.

360
SINTOMAS PERIGOSOS (2)

Quando procurar um médico?

361
4. Inchaço ou nódulos na mama ou de outro órgão
Muitos tumores podem ser sentidos através da pele, principalmente na mama, nos testículos ou partes moles
do corpo. Também o aparecimento de gânglios (nódulos) como por exemplo nas axilas ou no pescoço, pode
ser algum sinal de que algo não vai bem. Em geral, qualquer nódulo ou aumento de volume de algum órgão
deve ser prontamente relatado a um médico, para avaliação.

5. Indigestão ou dificuldade para engolir


Estes dois sintomas são conhecidos como dispepsia e disfagia, e podem indicar câncer de esôfago, estômago
ou faringe (o tubo que conecta a boca ao esôfago). Geralmente quando estes sintomas estão presentes, o
tumor pode estar num estágio mais avançado, portanto a procura de um médico deve ser imediata.

6. Mudança recente numa verruga ou mancha


Verrugas ou manchas que mudam de cor, perdem a definição das bordas, sangram, ou crescem devem ser
vistas por um médico imediatamente. Estas lesões podem significar melanoma, uma doença bastante
agressiva, mas com altas taxas de cura se tratadas precocemente.

7. Tosse ou rouquidão persistente


O desenvolvimento de tosse que dura mais do que duas semanas é um sinal importante, que deve ser visto
por um médico. Juntamente com rouquidão prolongada, pode indicar uma neoplasia de pulmão, laringe
(caixa da voz), ou tireóide. Podem sugerir estágios mais avançados da doença e por isso a procura de um
médico deve ser rápida.

ATENÇÃO!

Perda de peso, fraqueza, febre, dor podem também ser sintomas muito importantes.

CAMINHOS DISPONÍVEIS CONTRA AS DROGAS

1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar
somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem nos adultos.

2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para
decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos
interesses imediatos da pessoa.

3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as
substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas?

362
4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise
exatamente na juventude.

5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores
dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger
quem não se defende.

6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só
recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.

7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas
não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.

8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do
esporte perdem sua majestade devido às drogas.

9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria
indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais
satisfatórios.

10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma
pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona
(integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a
religiosidade, a ética e a cidadania.

CUIDADOS NA PRAIA (2)

Bandeiras

1 - Bandeira vermelha: MAR PERIGOSO!

Evite entrar na água. Nesta situação, o mar apresenta grandes ondas e correntes muito fortes;

363
2 - Bandeira amarela: MAR RUIM!

Preste atenção pois a qualquer momento você pode ser surpreendido pelo mar;

3 - Bandeira verde: MAR BOM!

O mar oferece condições à prática do banho. Contudo, esteja sempre atento e ciente de suas
limitações.

TRÊS CONSELHOS...

Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinte
proposta para a esposa: "Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter
condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa,
que você me espere e enquanto eu estiver fora, seja FIEL a mim, pois eu serei fiel a você".
Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém
para ajudá-lo em sua fazenda.
O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi
aceito.
O pacto foi o seguinte: "Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das
minhas obrigações. EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que
eu for embora. No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho".
Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS, sem férias e sem descanso. Depois de vinte anos chegou
para o patrão e disse: "Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa".
O patrão então lhe respondeu: "Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes quero lhe fazer uma proposta,
tudo bem? Eu lhe dou o seu dinheiro e você vai embora, ou LHE DOU TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai
364
embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos, se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu
quarto, pense e depois me dê a resposta". Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe: - "QUERO OS TRÊS
CONSELHOS". O patrão novamente frisou: "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro". E o empregado respondeu: "Quero
os conselhos". O patrão então lhe falou:
1. NUNCA TOME ATALHOS EM SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.
2. NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal.
3. NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode se arrepender e ser tarde demais."
Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim: "AQUI VOCÊ TEM TRÊS PÃES, estes dois são
para você comer durante a viagem e este terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa".
O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.
Após primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou:
"Pra onde você vai?" - Ele respondeu:"Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por essa
estrada". O andarilho disse-lhe então: "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez, e você chega em
poucos dias". O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho, então voltou e seguiu o
caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se.
Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor.
Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo
conselho. Voltou, deitou- se e dormiu. Ao amanhecer, após tomar café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia
ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido. O hospedeiro: e você não ficou curioso?
Ele disse que não. No que o hospedeiro respondeu: VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois meu filho
tem crises de loucura, grita durante a noite e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal. O rapaz prosseguiu na sua longa
jornada, ansioso por chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada...
Já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa. Estava
anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem
estava acariciando os cabelos. Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro
aos dois e a matá-los sem piedade. Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho. Então parou,
refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão. Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele
disse: "NÃO VOU MATAR MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite
de volta. Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre FUI FIEL A ELA". Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a
esposa abre a porta e o reconhece, se atira em seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então
com as lágrimas nos olhos lhe diz: "Eu fui fiel a você e você me traiu... Ela espantada lhe responde: - "Como? eu nunca lhe trai,
esperei durante esses vintes anos. Ele então lhe perguntou: "E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer? E
ela lhe disse: "AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com
vinte anos de idade". Então o marido entrou, conheceu, abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa
preparava o café.
Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão. APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE
EMOÇÃO, ele parte o pão e ao abri-lo encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação. Muitas vezes
achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade...
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos
acrescentará... Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois...
Espero que você, assim como eu, não se esqueça desses três conselhos e que, principalmente, não se esqueça de CONFIAR em
DEUS (mesmo que a vida muitas vezes já tenha te dado motivo para a desconfiança).

365
PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DA SAÚDE
OUPACIONAL

Regulamentado em 29 de Dezembro de 1994, com a reedição da Norma Regulamentadora Nº 7 (NR 07), da


Portaria 3.214 / 78 do Ministério do Trabalho.

O que é PCMSO?
São procedimentos e condutas a serem adotados pelas empresas em função dos riscos aos quais os
funcionários se expõem, durante a jornada de trabalho, com o objetivo de preservar a saúde e integridade
física dos mesmos.

Qual a importância do PCMSO?


* Alinhar a indústria aos processos de gestão sistêmica de empresas onde a qualidade, produtividade,
condições de trabalho, meio ambiente e acesso ao mercado caminham cada vez mais interligados.
* Atender à legislação em vigor.
* Prevenir ações judiciais decorrentes do aparecimento de doenças ocupacionais e acidentes de
trabalho evitando custos econômicos relacionados a processos jurídicos cíveis, trabalhistas e
previdenciários.
Que ações o PCMSO estabelece?
* Definição dos prováveis riscos a que o trabalhador possa estar exposto em sua ocupação.
* Estabelecer as ações preventivas das doenças ocupacionais após identificação dos riscos.
* Avaliação médica ocupacional e emissão de atestados de saúde obrigatórios em lei.
* Arquivo, estatística e emissão do Relatório Anual.
Como implementar o programa
*Através da integração da coordenação do PCMSO e efetiva atuação do empresário para garantir sua
eficácia.

366
DOENÇA DE CHAGAS (2)

Sintomas e Perigos
A doença de Chagas só se manifesta de dez a vinte anos depois que o paciente a contraiu. O pior de tudo é
que a doença se introduz de maneira insidiosa nos seres humanos. Em 1912, logo depois de ter identificado o
Trypanosoma cruzi, Carlos Chagas notou que outro inseto semelhante, apenas um pouco mais avantajado, o
Panstrogylus geniculatus, que vivia em tocas de tatus, também era hospedeiro e transmissor do parasita.
Estudos revelam a existência de pelo menos 31 espécies diferentes de "barbeiros" (triatomídeos) parasitados
pelo Trypanosoma. Além disso, verificou-se que o germe pode introduzir-se no organismo humano por duas
vias principais. Sempre depositado na pele com as fezes do "barbeiro", infecta sem dificuldade o local da
picada, passando para o sangue; mas também penetra com facilidade em qualquer mucosa (Boca e
conjuntiva dos olho, principalmente).

Se uma pessoa, picada pelo "barbeiro", durante o sono coçar o local picado e depois passar os dedos
infectados sobre os olhos, dias após estará com a conjuntiva inflamada, as pálpebras inchadas e ponto de não
poder abri-las. Semanas mais tarde deverão surgir outros sintomas de infecção: febre, mal-estar, fraqueza,
palpitações e cansaço generalizado. Essas são as queixas típicas dos chagásicos.

Neste ponto, diz-se que a doença está em sua forma aguda e poderá matar o paciente em conseqüência de
uma inflamação difusa e intensa do coração (miocardite). Mas também é possível que os sintomas regridam
espontaneamente. E a regressão pode durar semanas, meses ou até anos sem qualquer outra manifestação,
tomando a moléstia sua forma crônica. Em geral, porém, passado o período de cura aparente, surgem as
manifestações da cardiopatia chagásica - pressão baixa, taquicardia ou braquicardia, tonturas, falta de ar,
inchaço nas pernas - e o paciente tem seus dias de vida contados: de forma geral não ultrapassa os cinqüenta
anos de idade, podendo morrer súbita ou lentamente.

Diagnóstico e Prevenção
Os principais meios para o diagnóstico da doença de Chagas em sua forma aguda é o exame microscópico de
uma gota de sangue do paciente, para a eventual identificação do Trypanosoma, ou a biopsia de um gânglio
linfático. Na forma crônica, porém, os parasitos tornam-se raros na corrente sangüínea e, então, o
diagnóstico deve basear-se em método indireto: verifica-se se o organismo está produzindo anticorpos contra
o Trypanosoma cruzi. Para isso faz-se uma prova imunológica com o soro sangüíneo do doente, denominada
"reação de fixação do complemento para a doença de Chagas" ou "reação de Guerreiro e Machado", ou de
"Machado Guerreiro" como é mais comumente conhecida.

Até agora a doença de Chagas não tem cura cientificamente reconhecida. Enquanto os pesquisadores não
descobrem um remédio eficaz, o combate à doença tem que se limitar à sua prevenção. E até agora o método
367
profilático mais prático tem sido o combate sistemático ao "barbeiro". Para isso, equipes especializadas
percorrem as regiões infestadas, visitando o maior número possível de casas de barro e pau-a-pique,
tratando-as com doses maciças de inseticida. Evidentemente, a doença de Chagas é, além da moléstia
terrível, conseqüência da miséria social, porque ataca sobretudo as camadas mais desamparadas da
população, aquelas que por sua pobreza são obrigados a viver em choças, em condições sub humanas.

Mas nem tudo deve ser encarado com pessimismo. O alarma contra a doença de Chagas já encontrou eco em
todas as partes do mundo. Novos medicamentos acham-se em observação; alguns com resultados mais
positivos na forma aguda da moléstia.

368
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS
SOBRE SEUS OLHOS (4)

7. Por que algumas vezes vejo flashes de luzes?

Flashes de luzes pode ser sinal de separação entre vítreo e retina. A força exercida na retina quando o vítreo é
separado dela pode fazer com que o olho tenha sensação de flashes. Os flashes podem aparecer e desaparecer
durante muitas semanas.

Isto é comum ocorrer entre pessoas mais velhas e usualmente não é uma causa de alarme. No entanto, se as
luzes persistirem, elas podem ser devido a "buracos ou rasgos" na retina. Estes podem ser freqüentemente
reparados com tratamento a laser.

A melhor coisa a se fazer, se você enxerga flashes de luzes, é marcar um exame ocular. O exame determinará
se você tem uma lesão da retina ou separação do vítreo. Se os flashes de luzes re-ocorrerem, você deve ter
seus olhos re-examinados. Se flashes de luzes são acompanhados por um grande número de manchas escuras
ou uma repentina perda do campo visual, marque um exame imediatamente.

Flashes também ocorrem em casos avançados de degeneração macular. Nestes casos, severas alterações ou
grandes sangramentos da porção central da retina podem estimular o nervo óptico a ter sensação de luzes.

10. Por que meus olhos ficam vermelhos?

A causa mais comum de olhos vermelhos é a blefarite crônica. Esta é uma infecção ou inflamação das
margens palpebrais. A condição ocorre quando partículas de poeira, células mortas da pele ou outras
substâncias ocluem a base dos cílios, fazendo com que as glândulas das pálpebras se tornem bloqueadas ou
irritadas cronicamente. Algumas destas condições podem estender para a parte anterior do olho fazendo com
que o olho se torne vermelho, além de apresentar irritação, ardor e coceira das margens das pálpebras.

Se a pessoa tem olho seco (veja questão 37), isto agrava o problema, porque há quantidade insuficiente de
lágrimas para lavar as substâncias inflamatórias. A própria limpeza da margem palpebral com pomadas ou
produtos de higiene ajudarão a prevenir blefarite ou mantê-la sob controle.

Outra causa de olho vermelho é alergia.

Finalmente, olhos vermelhos podem ocorrer devido a certos tipos de colírios. Paradoxalmente estes tipos de
colírios são anunciados como "colírios que clareia", são os que causam a maioria dos olhos vermelhos. Estes
colírios "mantêm a vermelhidão" pois causam a contração dos vasos sanguíneos no olho, mas em 2 a 4 horas,
quando o efeito acaba, os vasos sanguíneos tornam-se novamente dilatados e, assim, novamente vermelhos.
Para sua segurança, use somente medicação ocular quanto esta foi prescrita pelo oftalmologista e siga as
instruções corretamente.

OBESIDADE (4)

A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos,
dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:
369
Obesidade Difusa ou Generalizada
Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente apresenta uma forma
corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se
relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome
Plurimetabólica)
Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo
com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um
risco maior de artrose e varizes.
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um
índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura
abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos
metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples
medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da
obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:

Risco Aumentado Risco Muito Aumentado


Homem 94 cm 102 cm
Mulher 80 cm 88 cm
A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível
do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bio-impedância, a Tomografia Computadorizada, o
Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se
pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.

Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com


curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do
paciente.

DIREÇÃO DEFENSIVA (12)

Condições Adversas

Veículo

É um fator muito importante a ser considerado na ocorrência de acidentes, sendo as condições do


veículo responsáveis por um número enorme dos acidentes ocorridos em trânsito, normalmente
envolvendo outros veículos, pedestres, animais e o patrimônio público.
370
Devemos sempre manter o veículo em condições de transitar e reagir instantânea e eficientemente a
todos os comandos necessários, pois: "não é possível dirigir com segurança usando um veículo
defeituoso".

Lembre-se: Um veículo em mau estado de conservação, além da possibilidade de deixá-lo na mão, vai
resultar numa penalidade prevista no Código.
São muitas as condições adversas causadas por um veículo defeituoso; aqui listaremos apenas os
defeitos mais comuns que podem causar acidentes:
. pneus gastos;
. limpadores de pára-brisa com defeito;
. freios desregulados;
. falta de buzina;
. lâmpadas queimadas;
. espelhos retrovisores deficientes;
. defeito nos equipamentos obrigatórios;
. cinto de segurança defeituoso.

Lembre-se: Revisões periódicas e completas mantêm seu veículo em boas condições de uso, e pequenos
cuidados diários garantem sua segurança no trânsito e o cumprimento da legislação.

AFOGAMENTOS (3)

Após ser retirado da água, o afogado geralmente está inconsciente, frio, arroxeado e com as pupilas
dilatadas. Às vezes já não respira mais, e o pulso está imperceptível. Não conclua, por isso, que a vítima já
está morta: a reanimação quase sempre é possível. Aja rapidamente, mas com calma e decisão.

O que fazer

1.Mande alguém em busca de socorro médico.

2.Veja se o tórax do afogado se eleva com o ritmo normal da respiração. Se isso não ocorre, comece
imediatamente as manobras de reanimação. Caso contrário, siga com rapidez estas instruções.

371
3.Esvazie o estômago da vítima. Se for um adulto, deite-o de lado, com a coluna reta, sobre uma superfície
lisa e firme (de preferência, levemente inclinada, de modo que a cabeça fique mais baixa que o corpo), e
comprima-lhe o estômago, como mostra a figura à esquerda. Se for um menor de 10 anos, proceda conforme
mostra a figura seguinte.

4.Assim que o afogado começar a vomitar, dê-lhe golpes secos nas costas, para evitar a aspiração do vômito.

5.Comece então o trabalho de reanimação. Atenção o tratamento médico posterior à reanimação é


indispensável: sem ele, a vítima pode, mesmo dias depois, vir a sofrer distúrbios cardíacos, circulatórios,
pulmonares, renais e cerebrais.

TURBERCULOSE (1)

A Tuberculose é uma doença crônica, infecto-contagiosa, produzida pelo Mycobacterium tuberculosis e que
se caracteriza anátomo-patológicamente pela presença de granulomas e de necrose caseosa central, ainda
representando um grande problema em Saúde Pública. Pode atingir todos os grupos etários, embora cerca de
85% dos casos ocorram em adultos e 90% em sua forma pulmonar. De cada 100 pessoas que se infectam
com o bacilo, cerca de 10 a 20% adoecerão. Dados recentes do Ministério da Saúde indicam um aumento de
sua incidência em todo o território nacional.

Transmissão

O contágio ocorre por via inalatória, a partir de aerossóis durante o ato da tosse, fala e espirro de pessoas
eliminadoras de bacilos (bacilo de Koch). Os pacientes não bacilíferos e os que apresentam a forma
extrapulmonar não oferecem risco significativo de contaminação. Os aerossóis ficam em suspensão no ar
como gotículas microscópicas (chamadas de gotículas de Pflugge) que ao serem aspiradas por uma pessoa
372
sã, ultrapassam os mecanismos de defesa da árvore respiratória vindo a se depositar nos alvéolos pulmonares
onde então iniciarão o processo patológico da doença. Fato de importância é que um paciente após 2
semanas de tratamento correto faz com que os bacilos percam em infecciosidade e, praticamente, não há
mais risco de infecção. Outras vias de transmissão são também possíveis como a digestiva, cutânea e outras,
mas são raras e não possuem importância epidemiológica.

O bacilo

A tuberculose humana é quase exclusivamente causada pelo Mycobacteriumtuberculosis. Essa micobactéria


se caracteriza por ser álcool-ácido-resistente(BAAR) em colorações feitas no exame de escarro ou outros
líquidos, possuindo taxa de crescimento lento, levando em média seu cultivo em laboratório, cerca de 6
semanas (cultura). Tem a capacidade de permanecer em estado de latência fisiológica durante longo tempo,
assumindo o poder de parasitismo intracelular.

Alguns dados dos pacientes sujeitos a infecção

São mais susceptíveis à doença a raça negra, os extremos etários (infância e velhice), a má nutrição e a
promiscuidade, profissionais de saúde e mineiros portadores de silicose, o alcoolismo, uso de medicamentos
como corticóides, portadores de outras doenças como o diabetes, neoplasias (mais comumente os linfomas e
a AIDS) e a sarcoidose.

COMO TER UMA VIDA SAUDÁVEL (E EVITAR O CÂNCER)

Alimentação
 Diminua a ingestão de gorduras.

 Dê preferência às carnes brancas, como a do frango, sem pele, peru ou peixe. Retire toda a gordura
da carne antes de prepará-la.

 Escolha leite e derivados desnatados ou semi-desnatados.

 Evite molhos à base de ovos e óleo, como maionese.

 Inclua frutas, verduras e legumes variados na sua alimentação diária (pelo menos cinco porções
diárias).

 Coma alimentos ricos em fibra, como cereais integrais, farelos de cereais, frutas e vegetais.

Atividade Física
 Use escadas ao invés de elevador quando subir ou descer até três andares.

373
 Desça do ônibus, trem ou metrô um ponto antes de seu destino.

 Estacione seu carro um pouco mais distante do que o habitual.

 Evite usar o carro, sempre que possível.

 Passe menos tempo em frente da TV ou computador.

Hábitos
 Pare de fumar!

 Limite a ingestão de bebidas alcoólicas. não se deve tomar mais do que um drinque por dia.

 A mulher deve fazer auto-exame de mama todo mês.

 O homem deve fazer auto-exame de testículos todo mês.

 Evite a exposição prolongada ao sol e use filtro solar fator 15, no mínimo.

 Faça regularmente auto-exame de boca e pele.

PRESSÃO ARTERIAL

Pressão alta

A elevação da pressão arterial (hipertensão) não é sinal de doença cardíaca, nem quer dizer que a pessoa está
necessariamente doente. Mas, de modo geral, deve ser encarada como sinal de alerta. Quando a pressão

374
arterial se eleva, a vítima pode sentir dor de cabeça, tonturas, visão de pontos e, nos casos mais graves, sofrer
perda de acuidade visual. Há dois tipos de pressão alta: a hipertensão primária ou essencial, sem causa
determinada, e a hipertensão secundária, que surge como reflexo de algum distúrbio orgânico, como doenças
renais, glandulares, das artérias ou cerebrais.

O que fazer

Somente o médico pode avaliar o quadro e determinar o tratamento. Ele deve ser procurado imediatamente
após o surgimento dos sintomas.
Atenção: Não tome medicamentos "para baixar a pressão" sem prescrição médica.

Pressão baixa

Na maioria dos casos, a pressão baixa (hipotensão) é um fenômeno fisiológico sem importância; muitas
pessoas sentem enjôos leves, tonturas e podem até desmaiar ao mudar bruscamente de posição ou ao se
levantar de repente. Esse distúrbio ocorre devido à diminuição repentina (mas pouco duradoura) da
oxigenação do cérebro, provocada pela brusca mudança de posição. A pressão arterial também pode cair
subitamente devido a acidentes circulatórios (como hemorragias). Outras vezes é sintoma de doença (como
infecções agudas e insuficiência cardíaca).

O que fazer

1.Quando a pressão cair por mudança brusca de posição, deite-se, que as tonturas e o desconforto passarão
logo.

2.Se as tonturas forem intensas, sente-se, cruze as mãos na nuca, enfie a cabeça entre as pernas, curvando-se
totalmente para a frente, e faça força com as mãos para baixo, enquanto força a cabeça para cima.

3.Se você perceber que sua pressão é constantemente baixa, ou se as tonturas se repetem com freqüência ao
levantar-se pela manhã ou ao erguer-se repentinamente de uma cadeira, por exemplo, procure o médico.

DIREÇÃO DEFENSIVA (13)

Condições Adversas

Condutor

Talvez seja essa a condição adversa mais perigosa, mas é também a mais fácil de ser evitada, pois se trata do
estado em que o condutor se encontra física e mentalmente no momento em que irá fazer uso do veículo em
trânsito.

375
São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do condutor (doenças físicas, problemas
emocionais) e podem ser momentâneas ou passageiras, mas também definitivas (problemas físicos, corrigidos e
adaptados ao uso do veículo).

Cabe ao condutor avaliar suas reais condições ao propor-se a dirigir um veículo, e ter o bom senso necessário
para evitar envolver-se em situação de risco.

Lembre-se: Dirigir quando se sentir sem condições físicas ou emocionais, põe em risco não só a sua vida, mas a
de todos os usuários do trânsito.
Existem muitas condições adversas do motorista, sendo as mais comuns:

 Físicas
. fadiga;
. dirigir alcoolizado ou após ter utilizado um "rebite";
. sono;
. visão ou audição deficiente;
. perturbações físicas (dores ou doenças).

 Mentais
. estados emocionais (tristezas ou alegrias) ;
. preocupações;
. medo, insegurança, inabilidade.

Se se sentir indisposto, cansado, com dores, procure auxílio médico e evite dirigir. Se a perturbação for
emocional, como morte na família, notícias ruins e/ou problemas, consiga alguém para dirigir no seu lugar, faça
uso do transporte coletivo ou táxi,
É mais seguro para você e para os outros.

DORES DE CABEÇA E ENXAQUECAS (3)

Tipos de dor de cabeça

Dor de cabeça provocada por infecção

Este tipo de dor, bastante comum em crianças é, em geral , acompanhado de febre provocada por dor de
dente, sinusite ou infecção no ouvido.

376
Tratamento: a criança deve ficar em repouso, com o quarto na penumbra. Além de aspirinas infantil, deve-se
dar a ela uma grande quantidade de líquidos. É sempre bom, todavia, consultar um médico.

Dor de cabeça provocada por sinusite

Ela ocorre em pessoas de qualquer idade quando os seios nasais (cavidades existentes em torno e atrás do
nariz) ficam congestionados e, em seguida, infeccionados. A dor manifesta-se na testa e nas faces, o nariz
fica obstruído e os olhos lacrimejantes.

Tratamento: quando as inalações, que devem ser feitas duas vezes por dia, não resolvem, o médico em geral
receita um descongestionante nasal ou antibióticos.

Dor de cabeça diretamente associada à fadiga ocular

Muitas dores de cabeça começam atrás ou em volta do globo ocular depois que uma pessoa lê ou escreve
durante um tempo prolongado. Elas são quase sempre provocadas pela tensão nos músculos do pescoço,
deve-se consultar um oftalmologista.

Dor de cabeça associada a dores no pescoço

Muitas vezes ela provém de uma dor que tem início no pescoço, estende-se para os músculos do couro
cabeludo , passando a afetar a parte posterior da cabeça, as têmporas e o fundo dos olhos.

Esse tipo de dor de cabeça é muito comum depois dos 50 anos de idade, quando muitas pessoas passam a
sofrer de dores reumáticas, de fibrosite ou ligeira artrite no pescoço.

Tratamento: as pessoas que sofrem regularmente desse mal não podem expor-se a correntes de ar. Devem
usar encostos especiais no banco do carro e observar uma postura correta. Qualquer pessoa que sofra ataques
freqüentes desse tipo de dor de cabeça deve consultar um médico, que receitará analgésicos antiinflamatórios
e recomendará outros tipos de tratamento, como massagens, relaxantes musculares ou o uso de um colete
ortopédico.

PICADA DE ARANHA

Os tipos de aranha que apresentam maiores perigos são:

 aranha marrom (Loxosceles);

 armadeiras (Phoneutria) - acidentes muito freqüentes (75%); e

 tarântulas (Lycosa) - as mais venenosas.

A foto ao lado mostra o local da picada de uma aranha marrom (Loxosceles), quatro (4) dias depois do
acidente. Este é um caso considerado severo.

377
A mais perigosa, a viúva-negra, é do gênero Latrodectus , famíliaTeridiidae e que ocorre no Brasil, do Sul
até o litoral do Rio de Janeiro.

No Brasil, são também perigosas: a Ctenus nigriventer ,a Lycosa raptoria ,a Lycosa eritrognata (esta presente
nos gramados da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e a Loxoscelis laeta .

Seguir as mesmas recomendações indicadas para as picadas de escorpiões que são:

1 - manter a vítima em repouso e calma;


2 - lavar o local da picada com água e sabão;
3 - não fazer torniquete no membro acidentado;
4 - aplicar compressas frias nas primeiras horas;
5 - aplicar respiração artificial, se a vítima não estiver respirando bem; e
6 - encaminhar a vítima ao Posto Médico ou Hospital.

Outros animais que podem provocar acidentes são:

 abelhas (as africanas são as mais perigosas);

 vespas ou marimbondos;

 mosquitos (especialmente os borrachudos; a oncocercose, transmitida por mosquitos, pode até cegar);

 lagartas urticantes (taturanas ou peludas, provocam queimaduras);

 borboletas (pelos provocam irritação nas mucosas);

 besouros (as cantáridas possuem substância irritante para a pele);

 formigas;

 arraias (a picada é muito dolorosa; o veneno do seu ferrão na cauda, age sobre o sistema circulatório);

 bagres (seu ferrão serrilhado produz uma picada muito dolorosa);

 baiacus (possuem veneno neurotóxico muito ativo na pele e nas vísceras);

 mariscos (podem provocar intoxicação ao serem ingeridos, quando se alimentam de algas tóxicas);

 caramujos (os Planorbídeos transmitem a Esquistossomose);

 águas-vivas (muitas são venenosas, como as caravelas);

 sapos (todos têm glândulas com veneno viscoso, que penetra pelas mucosas e pode até matar);

 lacraias ou centopéias (ao picarem, inoculam veneno, com dor e reação local);

 carrapatos (provocam coceira e pequena inflamação);

378
 morcegos (os vampiros atacam os animais e, raramente, o homem); e

 outros.

379
EM BUSCA DA ESCALADA

Era uma vez uma corrida... de sapinhos!

O objetivo era atingir o ponto mais alto de uma grande torre.


Havia no local uma multidão assistindo.

Muita gente para torcer e vibrar por eles.


Começou a competição.

Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se
ouvia era:

"Que pena!!Esses sapinhos não vão conseguir. Não vão conseguir."

E os sapinhos começaram a desistir.

Mas havia um que persistia e continuava a subida em busca do topo.

A multidão continuava gritando:

"...que pena!!! - Vocês não vão conseguir!"

E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um, menos aquele sapinho que ficava tranqüilo... embora
cada vez mais arfante. Já ao final da competição, todos desistiram , menos ele.

E não é que ele CONSEGUIU!!!!!

A curiosidade tomou conta de todos.

Queriam saber o que tinha acontecido...

E assim, quando foram perguntar como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram.... que ele era
surdo!

Não permita que as pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias
esperanças de nosso coração.

Lembre-se sempre:

Há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos...


O IMPORTANTE É CONTINUAR A ESCALADA E NÃO DESISTIR!

380
DROGAS (6)

Tipos

3 - Inalantes

É a famosa cola de sapateiro, dos meninos de rua. Produz sensação de euforia e excitação, pertubaçãoes
auditivas, visuais e até alucinações. A aspiração repetida do solvente pode resultar na destruição de
neurônios, provocando perda de reflexos, dificuldade de concentração e déficit de memória.
A maioria dos inalantes deprime o sistema nervoso central (SNC) com efeitos agudos muito semelhantes aos
do álcool. Na verdade, muitos usuários de inalantes usam simultaneamente outras drogas, especialmente o
álcool. Os efeitos sedativos combinados aos do álcool podem causar morte súbita.
Os sintomas agudos do abuso de inalantes começam com a desibinoção, que pode surgir com a excitação,
seguida de falta de coordenação, vertigem, desorientação e, então, fraqueza muscular, às vezes alucinações e
certamente coma e morte. A morte pode ocorrer cedo e rápido com o abuso de alguns inalantes que causam
distúrbios no ritmo cardíaco. Isto é chamado de síndrome da morte súbita por inalação (SSD). Os efeitos no
coração são mais prováveis se os níveis de adrenalina forem aumentados através de corrida, excitação ou
medo, por exemplo. Os fluocarbonos disponíveis hoje em dia, principalmente em extintores de incêndio e
certos gases anestésicos, são os principais agentes causadores da SSD. Pode ocorrer morte por asfixia se o
inalante for aspirado de um recipiente fechado. O vapor dos inalantes toma o lugar do oxigênio no recipiente
e nos pulmões. A falta de oxigênio não é detectada pelo cérebro durante a intoxicação devido aos crescentes
efeitos sedativos do inalante. No caso de sobrevivência do usuário, podem ocorrer danos cerebrais
permanentes.
Nitritos, como o amil nitrito são exceções entre os inalantes porque eles não deprimem o sistema nervoso
central. Eles relaxam os vasos sanguíneos e baixam a pressão sanguínea, causando leves torturas e vertigens,
que podem ser sentidas como um "barato" por alguns, mas a principal razão para o uso dos nitritos é a sua
pretensa capacidade de aumentar o prazer sexual.

Os inalantes podem reduzir o fluxo de oxigênio para o cérebro, o que pode matar células do cérebro.
Uma vez que um inalante chega nos pulmões, ele entra na corrente sanguínea. As substancias químicas no
sangue atingem o cérebro em segundos.
O uso excessivo de alguns inalantes pode causar danos à medula óssea. Isto pode causar uma produção
insuficiente de glóbulos vermelhos. A fadiga constante é sintoma deste estado.
O contato crônico com alguns inalantes pode danificar os rins e o fígado e reduzir suas funções. Se isto
acontecer, o corpo fica menos apto para se livrar das toxinas ou produtos do metabolismo (talvez até do
próprio inalante).

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (6)

Cuidados com o respirador


381
Para que o respirador possa ter um bom tempo de duração e conservação, são necessários alguns cuidados do
usuário. Antes de entrar em uma área contaminada, verifique se o respirador não está danificado.

No caso de respiradores com filtros recambiáveis, lave o respirador em água corrente com detergente neutro,
como indicam as instruções; retirando as peças se necessário. Caso os filtros e cartuchos estiverem saturados
troque-os por novos. Não suje nem danifique a parte interna do respirador, que ficará em contato com a
região da boca e do nariz. Se estiver que manusear seu respirador com as mãos sujas, pegue-o pela parte
externa. Não o deixe sobre equipamentos ou lugares sujeitos a poeiras ou contaminantes.

Ao fim do trabalho ou nos intervalos de descanso, guarde o respirador em um saco plástico e coloque-o em
lugar apropriado (gaveta, armário, etc.). Se sentir dificuldade na respiração, cheiro ou gosto do produto que
está trabalhando, pode ser que esteja na hora de trocar de respirador (respiradores sem manutenção) por um
novo, ou substituir os filtros (respiradores com manutenção).

A barba impede o ajuste e vedação adequados do respirador, facilitando a passagem dos contaminates. Por
isso pessoas com barba não devem usar respiradores que necessitem vedação facial.

Em caso de dúvida ou pra informação adicional, procure o responsável pela segurança de sua empresa.

CUIDADOS NA PRAIA (3)

Atenção na praia

1 - Sempre que possível, tome banho em locais assistidos por Salva-vidas, respeitando sempre as bandeiras
de sinalização;

2 - Procure não ultrapassar profundidades superiores a sua cintura. Reconheça suas habilidades e
limitações no mar;
382
3 - Evite tomar banho em locais que tenham correntes (repuxo), obstáculos ou próximos de
desembocaduras de rios;

4 - Evite mergulhar em locais próximos a costões e cuidado também com as superfícies escorregadias
e cortantes, e nunca mergulhe de cabeça em um lugar que você não conhece, pois pode haver uma
pedra ou um banco de areia no fundo e você sofrer algum tipo de lesão na coluna cervical;

5 - Não pratique esporte nem pesque com anzol ou rede em áreas reservadas apenas para
banho,geralmente as praias dispõe de horários específicos para esportes;

6 -Não perca as crianças de vista, e indique onde devem tomar banho ( consulte sempre o Salva-
vidas, ele está ali para orientá-lo). Lembre-se de que elas são pequenas, inexperientes e não tem
consciência do perigo.

Estatísticas

97,5% dos acidentes ocorrem em locais sinalizados com a bandeira vermelha;

66% dos acidentes ocorrem com bandeiras amarelas hasteadas nos postos de Salva-vidas;

57% dos acidentes ocorrem em dias com ondas de até meio metro de altura;

40% dos acidentados são adolescentes com idade inferior a 15 anos;

51% dos responsáveis por crianças de até 14 anos de idade deixam seus filho banharem-se
desacompanhados.

"LEMBRE-SE SEMPRE: ÁGUA NO UMBIGO, SINAL DE PERIGO"!

PREVENÇÃO DE ACIDENTES (2)

Prevenção de acidentes na cozinha

1. Não usar aventais ou toalhas plásticas na cozinha.

2. Quando sair de casa, verifique que nada ficou aceso e que nenhum perigo de incêndio porá em perigo
sua residência.

3. Não coloque panos ou papéis decorativos próximo do fogão.

4. Os cabos das panelas devem ficar voltados para o centro do fogão.

383
5. Cozinha não é lugar para crianças, não permita que elas fiquem sozinhas lá.

6. Deixar fósforos ou isqueiros ao alcance de crianças é um atentado contra sua casa e à integridade física
das mesmas.

7. Ao pegar uma panela quente, tenha certeza que conseguirá transportá-la, evitando que caia de suas
mãos.

Caso fique preso em um incêndio

1. Se não puder sair, mantenha-se próximo de uma janela de preferência com vista para a rua e sinalize
sua posição.

2. Feche, mas não tranque a porta do cômodo onde estiver. Vede as frestas com um cobertor ou tapete
para não deixar entrar fumaça.

3. Em caso de fumaça mantenha-se junto ao chão e utilize um lenço ou toalha molhada sobre o nariz e
boca (filtro), deixe-a escapar abrindo uma janela (ou quebrando o vidro, se ela for fixa).

4. Atire pela janela o que puder queimar facilmente ( papéis, tapetes, cortinas,etc.), mas com cuidado
para não machucar quem estiver na rua.

BOCA SAUDÁVEL (2)

Fala-se sempre mais nos dentes do que na gengiva, será que ela não é importante?

Poderemos dizer que por detrás de uns grandes dentes, estará sempre uma grande gengiva. A gengiva é
fundamental para uma boa saúde oral. Uma gengiva doente pode por em risco a estabilidade dos dentes, para
além de ser uma fonte de infecção crônica para o nosso organismo. As infecções crônicas são prejudiciais
para o coração, sistema respiratório e sistema digestivo. Como se vê, as gengivas não são só importantes
para a nossa boca, como também o são para a nossa saúde geral.

Será que se podem perder dentes devido a doenças na gengiva?

Sim. As principais doenças da gengiva são: gengivite e periodontite. A gengivite é uma inflamação
reversível, ou seja, se for tratada não deixa seqüelas. A periodontite é uma doença destrutiva da gengiva e do
384
osso que segura os dentes. Esta doença, mais conhecida por piorréia, pode levar à destruição do osso alveolar
e, desta forma, à queda dos dentes que perdem o seu suporte na boca. É muito importante o seu diagnóstico
precoce e um acompanhamento durante toda a vida, caso esta doença seja detectada.

O fio dental é mesmo importante?

Infelizmente a maior parte das pessoas não usa o fio dental. No entanto, quando olhamos para as cáries
dentárias, reparamos que a grande maioria começou entre os dentes - área onde a escova de dentes não
consegue controlar a placa bacteriana. Nos doentes com doenças gengivais graves (periodontites), as zonas
de maior destruição são quase sempre entre os dentes. Que mais exemplos podemos querer para começar a
usar o fio?

E as escovas dos dentes, Qual é a melhor?

As escovas dos dentes são fundamentais no controle da placa bacteriana.. A melhor escova de dentes que
existe reúne estas características: consegue chegar a todas as zonas da boca, é macia e tem pelos de nylon.
Por isso não procure marcas, procure estas características.

BOTIJÃO DE GÁS (3)

Procure instalar seu fogão em lugares onde não existam correntes de ar. Além de retardar o cozimento e
gastar mais gás, o vento pode apagar a chama e provocar vazamentos.

Todo recipiente, tanto o que está em uso como o de reserva, deve ficar protegido do sol, da chuva e da
umidade, em local com ventilação natural, de preferência do lado de fora da edificação.

Atenção: Nunca instale ou guarde um Botijão de gás em local fechado como: armário de pia, porão ou
banheiro.

O Botijão em uso e o de reserva não devem ficar próximos de outros produtos inflamáveis, fontes de calor e
faíscas. O abrigo dos Botijões deve ficar afastado no mínimo 1,5m. De ralos, caixas de gordura e esgotos.

385
A mangueira nunca pode passar por detrás do fogão. O calor danifica o plástico, provocando rachaduras e
possíveis vazamentos.

Quando for necessário passar a tubulação de gás por detrás do fogão, ou quando a distância entre o Botijão e
o fogão for maior que 90cm., utilize tubo de cobre em vez de mangueira de PVC.

Cuidados no manuseio

Quando a alimentação dos queimadores estiver deficiente é preciso trocar o Botijão.

Nunca vire ou deite o Botijão, pois caso ainda exista algum resíduo de gás ele poderá escoar na fase líquida,
o que anula a função do regulador de pressão e pode provocar graves acidentes.

Antes de trocar o Botijão, verifique se todos os queimadores estão desligados. Jamais efetue a troca na
presença de crianças, brasas ou faíscas.

Nunca use fósforos ou qualquer tipo de chama para verificar se há vazamentos. Isso pode provocar graves
acidentes.

ASFIXIA (4)

Aspiração de vômito

Ao vomitar a criança pode aspirar o próprio vômito, que vai para os pulmões.

 Deite a criança de lado. A cabeça deve ficar mais baixa que o corpo.

 Com os dedos tape as duas narinas da criança. Coloque sua boca na dela e aspire com força até retirar
o máximo de vômito dos pulmões.

 Não deixe a criança deitar de costas. Acione o Corpo de Bombeiros (Tel 193) ou leve-a
imediatamente ao pronto-socorro mais próximo,

É natural que esta manobra provoque nojo em algumas pessoas. Mas lembre-se de que você está
salvando uma vida, portanto, controle-se.

Aspiração de pó

 Faça a criança tossir bastante. Estimule a tosse com leves tapas nas costas.
386
 Deite a criança de lado.

 Leve-a ao pronto-socorro mais próximo

Dicas úteis

 Guarde os sacos plásticos em local de difícil acesso para as crianças.

 Se notar vazamento de gás em sua casa, evite respirar até conseguir ventilar o ambiente.

 O gás pode provocar asfixia.

 Não ligue o motor do carro em local fechado, sem ventilação. O monóxido de carbono expelido pelo
carro é tóxico e pode matar.

A IMPORTÂNCIA DA BOA VISÃO (2)

O uso de óculos

- Óculos de grau (corretivos) só devem ser usados seguindo-se a orientação do oftalmologista, após consulta
com exame completo.

- As lentes dos óculos devem ser de vidro endurecido ou de acrílico(plástico).

- Não existe uma idade para o início do uso de óculos. Tanto podem ser necessários desde muito cedo (antes
de 1 ano de idade) como só depois de adulto.

387
- Quando o uso de óculos é necessário para uma criança, o tratamento só será bem-sucedido se os pais
colaborarem, encarando o fato com naturalidade, principalmente na presença da criança. Assim ela usará os
óculos com tranqüilidade e segurança.

- Está comprovado que 15% das crianças, e quase todos os adultos acima de 45 anos, precisam usar óculos.

- Tenha dó da criança que precisa de óculos e não os usa. Sua capacidade de aprendizado e observação do
mundo está prejudicada. Criança de óculos não é "coitadinha".

ESCORIAÇÕES

São lesões superficiais da pele causadas por esfoladuras e arranhões.

O que fazer

1.Lave bem as mãos com água e sabão.

2.Limpe o ferimento e toda a área em volta do machucado com água fervida (ou, pelo menos, corrente) e
sabão.

3.Usando gaze esterilizada ou pano limpo, retire os detritos que eventualmente estejam na ferida (terra,
espinhos etc.).

388
4.Lave o ferimento com água fervida e resfriada, usando um chumaço de gaze. Enxugue a área sem esfregar.

5.Também com gaze, aplique mercurocromo, mertiolate, álcool iodado etc., na ferida e na pele ao redor.

6.Se o esfolado é grande ou há corte, cubra com curativo (veja Curativos), deixando espaços para ventilação.

7.Se o ferimento estava sujo com terra, estrume, etc., procure o médico, pois há perigo de tétano.

8.Se aparecer pus na ferida, procure o médico.

ÓBITOS

É difícil estabelecer o momento exato da morte de alguém, algumas vezes ela é apenas aparente
afogamentos, estrangulamentos e mais um sem-número de acidentes e crises agudas de doenças podem
desencadear esse estado, caracterizado por parada respiratória e cardíaca. Por isso, diante de um caso desses,
não hesite em prestar socorro à vítima: tente reanimá-la com a técnica de emergência adequada à situação.
Evidentemente, a reanimação é inútil se já ocorreu a morte efetiva (a morte cerebral). Contudo, esta só deve
ser admitida, por um leigo, diante da ocorrência de uma série de fatores, que nunca devem ser considerados
isoladamente, mas em conjunto:

 Parada respiratória;

 Parada cardíaca;

 Ausência de pulsação;

 Dilatação excessiva das pupilas (as "meninas" dos olhos);

389
 Embaçamento dos olhos;

 Insensibilidade e falta de tônus muscular;

 Ausência total de reflexos oculares a estímulos luminosos.

Como manifestações posteriores, surgem:

 Resfriamento do corpo (que de início é rápido; ele passa a ser lento nas 24 horas que se seguem à
morte,mantendo-se depois o corpo na temperatura ambiente);

 Rigidez cadavérica, que ocorre horas depois da morte;

 Manchas cadavéricas, provocadas pela estagnação do sangue, que surgem principalmente nas regiões
do corpo em contato com a superfície sobre a qual ele repousa.

O que fazer

Sempre que possível, tente a reanimação artificial: lembre-se de que muitas vezes a morte é só aparente.
Diante de um caso consumado, avise imediatamente o médico, para a constatação formal do óbito e as
providências legais. Enquanto espera, se a morte ocorreu por acidente ou em circunstâncias que exijam
investigação policial, não toque no cadáver e impeça que alguém o faça.

SAIBA COMO AGIR NAS EMERGÊNCIAS COM DROGAS

Aprenda a conhecer os sintomas de overdose (intoxicação aguda) e saiba o que fazer quando uma pessoa
exagerou no uso de drogas e pode estar precisando da sua ajuda:

Conheça os sintomas

- Perda da consciência, coma ou sono repentino e/ou profundo


- Respiração lenta ou curta ou parada da respiração
- Sem pulso ou pulso fraco
- Lábios roxos
- Convulsões, movimentos involuntários, desmaios
- Palpitação, taquicardia, dor no peito

Saiba o que fazer:

390
- Chame o resgate ou ajuda médica para emergências, imediatamente.
- Nunca deixe a pessoa sozinha.
- Deite a pessoa de lado, tenha certeza de não haver comida ou vômito na garganta.
- Afaste o queixo do peito.
- Nunca dê outra droga para combater o efeito.
- Nunca ponha nada na boca da pessoa, incluindo água ou medicamentos.
- Se a pessoa estiver tendo uma convulsão segure a sua cabeça com cuidado para não bater no chão ou em
algum móvel

Atenção: A mistura de qualquer droga com álcool ou outras drogas aumenta o risco de overdose, ferimentos,
violência, abuso sexual e morte.

LUXAÇÕES E ENTORSES

Luxações

A luxação é uma lesão onde as extremidades ósseas que formam uma articulação ficam deslocadas,
permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode
ser causado por uma pressão intensa, que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta
contração muscular. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos.

Os sinais e sintomas mais comuns de uma luxação são: dor intensa, deformidade grosseira no local da lesão e
a impossibilidade de movimentação.

Em caso de luxação, o socorrista deverá proceder como se fosse um caso de fratura, imobilizando a região
lesada, sem o uso de tração. No entanto, devemos sempre lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação
de uma fratura.

391
Entorses

Entorse pode ser definida como uma separação momentânea das superfícies ósseas, ao nível da articulação.
A lesão provocada pela deformação brusca, geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação
ou perto dela. Os músculos e os tendões podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos
repentinos e violentos. Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão, ruptura ou
contusão profunda.

A entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada de inchaço e equimose no local da
articulação.O socorrista deve evitar a movimentação da área lesionada, pois o tratamento da entorse, também
consiste em imobilização e posterior encaminhamento para avaliação médica.

Em resumo, o objetivo básico da imobilização provisória consiste em prevenir a movimentação dos


fragmentos ósseos fraturados ou luxados. A imobilização diminui a dor e pode ajudar a prevenir também
uma futura lesão de músculos, nervos, vasos sangüíneos, ou ainda, da pele em decorrência da movimentação
dos fragmentos ósseos. Se a lesão for recente, esfrie a área aplicando uma bolsa de gelo ou compressa fria,
pois isso reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor.

Imobilização

Se o membro fraturado estiver dobrado, o socorrista não poderá imobilizá-lo adequadamente. Deverá então,
com muito cuidado, aplicar uma tração manual para endireitá-lo, o que impedirá a pressão sobre os
músculos, reduzindo a dor e o sangramento que estejam ocorrendo no local da lesão. A tração deverá ser
aplicada com firmeza observando o alinhamento do osso até que o membro fique totalmente imobilizado. Se
o socorrista puxar em linha reta, não causará nenhuma lesão. No entanto, recomenda-se não insistir na
manobra caso a vítima informar que a dor está ficando muito forte.

DIREÇÃO DEFENSIVA (14)

Fatores importantes para evitar acidentes

São comportamentos do condutor que ajudam a evitar ou a criar condições que levem a acidentes. Os
comportamentos corretos são sua maior garantia de chegar em segurança ao seu destino.

Ingestão de substâncias tóxicas, álcool ou remédios

O consumo de algumas substâncias afeta negativamente o nosso estado físico e mental e nosso modo de
conduzir veículos.

Alguns remédios usados, mesmo por recomendação médica, alteram nosso estado geral, prejudicando nosso
desempenho ao volante. Evite tomá-los, ou não dirigir após o seu uso.

Exemplo:
- remédios para emagrecer;
- calmantes e antialérgicos;
- Drogas para manter-se acordados ("rebites")

392
As drogas afetam o raciocínio lógico e o desempenho normal das funções físicas e mentais. Conduzir
alcoolizado é infração gravíssima e acarreta várias penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

Dirigir alcoolizado, em nível superior a 06 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue, resulta em multa de
R$ 957,70 (900 UFIRs), suspensão do direito de dirigir e detenção de seis meses a três anos, sendo considerado
infração gravíssima.

É de prática popular fazer uso de exercícios físicos, café forte sem açúcar, banho frio ou remédios e chazinhos
caseiros na tentativa de diminuir o efeito do álcool no organismo. Isso não adianta, mesmo para aquelas pessoas
que se acham resistentes à bebida ou pensam que conduzem melhor quando bebem.

Importante:

Recursos populares apenas conseguem transformar um bêbado com sono, num bêbado acordado. Nunca
conduza um veículo depois de beber.
Estes recursos populares não funcionam. A única maneira de eliminar a bebida alcoólica do organismo é esperar
passar o tempo necessário para a eliminação natural, que varia de acordo com o peso, a altura, a quantidade e a
espécie de alimentos existentes no estômago e com o tempo decorrido após o ato de beber.

Se você bebeu, tomou remédios ou fez uso de qualquer tipo de droga, não dirija. Espere passar o efeito do
produto ingerido. Tenha cuidado. Infração gravíssima. Não se arrisque.

HEPATITES (2)

O que se sente e como se desenvolve?

No caso das hepatites infecciosas, há um período sem sintomas, chamado de incubação. A duração dessa fase
depende do agente causador. Depois, aparecem sintomas semelhantes, por exemplo, a uma gripe, com febre,
dores articulares (nas juntas) e de cabeça, náuseas (enjôo), vômitos, falta de apetite e de forças. É comum
que a melhora dessas queixas gerais dê lugar ao aparecimento dos sintomas típicos da doença, que são a
coloração amarelada da pele e mucosas (icterícia), urina escura (cor de Coca-Cola) e fezes claras. Pode-se
notar o aumento do tamanho do fígado, com dor quando se palpa a região abaixo das costelas do lado direito.
A duração dessa fase varia de 1 até 4 meses.

De forma geral, a hepatite A costuma ter evolução benigna, não deixando seqüelas.

A hepatite B torna-se crônica em até 5% dos casos e a hepatite C em mais de 80%.

Dos indivíduos com hepatite B crônica, 25 a 40% evoluem para cirrose e/ou câncer de fígado, enquanto que
na hepatite crônica C, isso ocorre em cerca de 20%.

A hepatite D piora a evolução da hepatite B por estar associado a formas fatais.

A hepatite E é geralmente benigna, exceto nas gestantes, nas quais há maior risco de formas graves levando a
óbito materno e fetal.

393
A hepatite alcoólica, assim como as medicamentosas e autoimunes, pode evoluir para cronicidade e cirrose
se a exposição ao agente causador persistir.

A hemocromatose pode evoluir, com o passar dos anos, para a cirrose e o câncer de fígado. A doença de
Wilson quando não tratada, pode evoluir para cirrose, degeneração cerebral e óbito.

Como o médico faz o diagnóstico?

O médico, além da história e do exame clínico, pode testar sua hipótese diagnóstica de hepatite,
principalmente, através de exames de sangue. Entre esses, há os chamados marcadores de hepatites virais e
autoimunes.

Outros testes mostram a fase e gravidade da doença. Em alguns casos, poderá ser necessária uma biópsia
hepática (retirada de um pequeno fragmento do fígado com uma agulha) para que, ao microscópio, se possa
descobrir a causa.

RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS


SOBRE SEUS OLHOS (7)

1. Como o glaucoma é detectado? Como eu sei que tenho glaucoma?

Cerca de 2% dos indivíduos com idade acima de 35 anos têm glaucoma. Os sintomas precoces incluem
perda da visão periférica. Como esta perda de visão ocorre lentamente, você pode ter glaucoma e não saber,
pos não percebe esta perda de visão. Esta é uma das muitas razões pela qual você deveria fazer um exame
ocular regularmente. Qualquer perda da visão pelo glaucoma é permanente e, muitas vezes, bastante séria,
pois a visão periférica é essencial para fazer as tarefas rotineiras como comer e vestir. Hoje os
oftalmologistas diagnosticam o glaucoma de várias maneiras. Isto inclui não somente medir a pressão do
olho, mas também examinar o nervo óptico e realizar um exame de campo visual para medir o campo de
visão.

2. Glaucoma pode ser curado?

Não. Mas ele pode ser controlado. Uma maneira é através de medicamentos. A outra é usar Laser de Argônio
para criar pequenas aberturas na íris e permitir o escoamento do líquido (humor aquoso) normalmente. Após
um tratamento com Laser, alguma medicação para glaucoma é usualmente necessária. No entanto, o doutor

394
examinará seus olhos periodicamente para ter certeza que as condições estão sob controle.

ESCORPIÕES (5)

Soros

O soro antiescorpiônico é uma solução purificada de anticorpos específicos para uso no envenenamento por
escorpiões do gênero Tityus. Não pode ser usado para acidentes com aranhas.

Nos casos benignos, onde a dor é suportável, a soroterapia é dispensada pelo médico após a aplicação de
anestésicos locais e o desaparecimento da dor.

A soroterapia deve ser feita em:

- Crianças menores de 7 anos;

- Adultos idosos;

- Adultos em que a dor persiste após a aplicação de analgésicos locais.

395
Em acidentes com escorpiões pode ser usado, eventualmente, o soro antiaracnídico polivalente (que possui
uma parte de anticorpos contra o veneno de escorpiões), mas este é, geralmente, menos usado por causar
reações alérgicas e choque.

O soro deve ser aplicado o mais rápido possível, com a maior segurança e presteza. É inoculado por via
endovenosa e só pode ser feito em hospitais, por médicos e enfermeiros autorizados pelo Ministério da
Saúde.

O soro não é fornecido a pessoas para uso em animais ou mesmo para armazenamento em fazendas. Não é
fornecido também para o uso em acompanhamentos em viagens.

ENGASGAMENTO

O engasgamento ou sufocação pode ser definido como uma obstrução total ou parcial das vias aéreas,
obstrução esta, provocada pela presença de um corpo estranho.

Na obstrução total das vias aéreas a vítima não consegue tossir, falar ou respirar.

Em caso de engasgamento ou sufocação, auxilie a vítima prestando o socorro da forma que segue:

1. Se a vítima está consciente, de pé ou sentada, posicione-se por trás dela e coloque seus
braços ao redor da cintura da vítima. Segure um dos punhos com a sua outra mão, colocando
o polegar contra o abdome da vítima, entre o final do osso esterno (apêndice xifóide) e o
umbigo. De então repetidos puxões rápidos para dentro e para cima, a fim de expelir o corpo
estranho. Repita os movimentos até conseguir desobstruir as vias aéreas da vítima, ou então,
até ela ficar inconsciente.

2. Se a vítima está inconsciente, deite-a de costas e posicione-se sobre o seu quadril. Coloque
a palma de uma de suas mãos contra o abdome da vítima, cerca de 4 dedos acima do umbigo.
Com a outra mão sobre a primeira, comprima 5 vezes contra o abdome da vítima com
396
empurrões rápidos para cima. Depois abra a boca da vítima e pesquise a presença do corpo
estranho. Se esse aparecer na boca, retire-o com seu dedo. Se não, providencie uma ventilação
e se o ar não passar, reposicione a cabeça e ventile novamente. Se a obstrução persiste repita o
procedimento novamente, até conseguir expulsar o objeto que causa a obstrução respiratória.

3. Lactentes devem ser virados de cabeça para baixo sobre o braço de uma adulto. Dê 5
pancadas firmes no meio das costas da vítima. O socorrista deve posicionar a cabeça do bebê
num nível abaixo do resto do corpo, de forma que o objeto que está sufocando possa sair das
vias aéreas. Vire o bebê e comprima 5 vezes sobre o tórax, em seguida, tente visualizar o
corpo estranho na boca do bebê e remova-o com seu dedo mínimo. Se o corpo estranho não
aparece, repita as manobras de compressão nas costas e sobre o tórax, até conseguir a
completa desobstrução.

Obs.: em pessoas extremamente obesas ou em estágio avançado de gravidez, a técnica de compressão


abdominal (manobra de Heimlich) não deve ser executada. Nesses casos, recomenda-se a compressão sobre
a parte inferior do tórax da vítima, ou seja, a substituição da compressão abdominal por compressão torácica.
PARADA CARDÍACA

OS MALES QUE O CIGARRO PODE CAUSAR À SAÚDE

O fumo aumenta em até seis vezes o risco de ataques cardíacos

Considerado por muitos anos símbolo de status, o cigarro é um dos piores inimigos da saúde. Várias doenças
têm o fumo como uma das principais causas. O câncer de pulmão, altamente fatal, é uma delas. Pesquisas
indicam que a quantidade de cigarros fumados por dia é proporcional ao risco de se ter a doença. Isso quer
dizer que, se a pessoa fuma de 1 a 9 cigarros por dia, ela tem 5 vezes mais chance de ter câncer, enquanto
alguém que fume mais de 40 cigarros por dia terá uma chance 20 vezes maior que um não-fumante.

Dados publicados recentemente pelo Instituto Dante Pazzanese confirmaram que o fumo aumenta em quase
seis vezes o risco de infarte. A pesquisa, desenvolvida pelo cardiologista Álvaro Avezum, foi realizada na
Grande São Paulo, mas seus resultados podem ser aplicados em outras regiões. “Este é o último maço”, diz a
jornalista Juliana Tonin, de Campinas, ao confirmar os males do fumo para o coração. Fumante há cerca de
quatro anos, ela é reincidente no vício. “Tinha parado de fumar e voltei em 1998. Mas desta vez é para
valer”, promete.

Parar de fumar talvez não livre Juliana dos males do tabaco. Filha e namorada de fumantes, ela corre o risco
de contrair algumas doenças ao conviver num ambiente onde outras pessoas fumam. Cerca de 25 a 46% das
mulheres que morrem de câncer de pulmão e 13 a 37% dos homens que morrem da mesma doença não
fumavam e alguns médicos começam a questionar se os pacientes conviviam com fumantes, embora não
tenha sido divulgado nenhum estudo neste sentido.

O fumo também aumenta o risco de incidência de outros males. Nas mulheres, o câncer cervical tem três
vezes mais chances de ocorrer do que em mulheres não fumantes. Tumores no pâncreas, laringe também
podem ser causados pelo cigarro. Falar que o fumo é a causa mais importante para problemas respiratórios

397
chega a ser redundante: há mais de 20 anos os especialistas alertam que o vício é um dos principais
responsáveis por bronquites crônicas e enfisema pulmonar. Nas gestantes - sim, há mulheres que não
conseguem largar o cigarro por tantos meses e fumam durante a gravidez - o cigarro provoca partos
prematuros e o nascimento de crianças abaixo do peso.

Pura química - As folhas de fumo contém mais de 4.500 complexos químicos, muitos dos quais se
transformam em outras combinações. Entre esses complexos se incluem o arsênico, a amônia, o sulfito de
hidrogênio e o cianeto hidrogenado. Talvez o mais letal de todos os elementos seja o monóxido de carbono,
que é idêntico ao gás que sai do escapamento dos automóveis. Como o monóxido de carbono tem mais
afinidade com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio, ele toma o lugar do oxigênio, deixando o
nosso corpo totalmente intoxicado.

Nem sempre é fácil largar o hábito do fumo. Mas sempre é bom para a saúde. Se você deseja parar de fumar,
saiba que alguns benefícios são quase imediatos. 30 minutos depois de fumar o seu último cigarro, sua
pressão arterial, seu batimento cardíaco e sua temperatura voltam ao normal. Ao final de 8 horas, o nível de
oxigênio e gás carbônico do seu sangue começa a se equilibrar, e a sua chance de ter um ataque do coração já
começa a cair. “Algumas semanas depois de ter parado de fumar, o seu olfato, o paladar e a sua respiração se
normalizam”, diz o cardiologista Antonio Silva Reis.

O risco de desenvolver um ataque do coração, após alguns meses, vai cair para menos de 50% e, depois de
10 anos sem fumar, aquelas pessoas que tinham células pré-cancerosas nos pulmões passam a ter células
normais. Após 15 anos de abstinência não existirá o risco de desenvolver doenças do coração causadas pelo
cigarro.

Tratamento - Está mais do que provado que fumar é um vício como qualquer outro. Como as pessoas que
fumam sentem-se mais relaxadas, buscam cada vez mais o cigarro. Para quebrar o hábito de fumar, é
necessário fazer um tratamento que elimine a dependência da nicotina. Vários tratamentos têm sido
sugeridos. Um deles é o uso de grupos de apoio, nos moldes dos "Alcoólicos Anônimos", em que são feitas
discussões sobre os malefícios do fumo e as pessoas recebem apoio para eliminarem o vício. Também a
hipnose e psicoterapia podem ajudar nos casos em que a ansiedade é um fator importante. Algumas pessoas
se beneficiam do uso de acupuntura, com bons resultados. Porém, um tratamento que tem resolvido bastante
é o uso de bandagens de nicotina auto-adesivas ("nicotine patches"), que liberam quantidades de nicotina
através da pele, dando à pessoa a sensação de ter fumado, sem precisar do cigarro. Também são de grande
utilidade as gomas de mascar com nicotina, que dão a mesma sensação de que a pessoa fumou. Segundo
Reis, estudos realizados nos Estados Unidos mostraram que o uso das bandagens de nicotina ou de goma de
mascar com nicotina é bem mais eficiente do outros métodos. Estão sendo testadas outras formas de
nicotino-terapia, sob a forma de spray nasal e inaladores.

398
AIDS (2)

Histórico

A doença foi detectada pela primeira vez em 1979, entre homossexuais masculinos americanos. Por
apresentar sintomas parecidos com os de outras moléstias, pôde a princípio passar despercebida e assim
expandir-se rapidamente. O primeiro diagnóstico foi feito em 1981, e em 1983 o vírus foi identificado na
França, por uma equipe do Instituto Pasteur. Em 1985, criou-se o primeiro método para descobrir no sangue
anticorpos do vírus da AIDS. Baseava-se na técnica denominada ELISA. Esse exame foi a princípio criticado
por apenas indicar a presença ou ausência de anticorpos no sangue. Objetava-se que o exame poderia dar
resultado positivo em pessoas que eram apenas portadoras do vírus. Contudo, uma experiência do Instituto
Nacional de Saúde dos Estados Unidos indicou que cinco a dez por cento das pessoas com resultado positivo
realmente contraem a doença.
No início da década de 1990 foi testada uma série de medicamentos contra o HIV. Nenhum deles, porém,
mostrou-se capaz de curar a doença. O único que efetivamente conseguia retardar a evolução do mal --
embora ao custo de pesados efeitos colaterais, sobretudo a anemia -- era o AZT (azidovidina). Outro campo
de pesquisa eram os remédios contra as infecções oportunistas. Nenhum deles, porém, apresentava
resultados comprovadamente eficazes. Apesar dos esforços, a AIDS espalhava-se rapidamente e se previa
que no ano 2000 o número de infectados pelo HIV poderia chegar a quarenta milhões em todo o mundo.
Em 1996 divulgou-se a descoberta de uma combinação de três medicamentos capaz de reduzir o ritmo de
reprodução do HIV. O coquetel incluía dois bloqueadores de transcriptase reversa -- o já conhecido AZT e
mais o 3TC -- e um inibidor de protease. Doentes precocemente submetidos a essa terapia se recuperaram
fisicamente sem perda da qualidade de vida e os especialistas começaram a encarar a AIDS já não como
incurável, mas como doença crônica.

Prevenção e tratamento

A grande arma contra a AIDS é a prevenção. As campanhas sanitárias recomendam, em primeiro lugar,
relações sexuais estáveis, com um mínimo de parceiros. Em segundo, o uso de preservativos (camisinhas).
Em terceiro, para injeções usar exclusivamente seringas e agulhas descartáveis ou esterilizadas e, nas
transfusões, sangue testado. E, finalmente, que as mulheres infectadas evitem ter filhos. A outra arma é o
diagnóstico precoce, para o que já se desenvolveram vários testes.

399
PREVENÇÃO DE ACIDENTES (3)

Prevenção de acidentes com automóveis

1. Use sempre o cinto de segurança.

2. Realize manutenções regulares em seu veículo.

3. Não fumar nem permitir que fumem perto de veículos acidentados, ou onde houver forte cheiro de
gasolina ou álcool.

4. Fumar em automóvel com todas as janelas fechadas, cria concentrações perigosas de monóxido de
carbono.

5. Forte cheiro de combustível no motor ou na cabine de um carro, ou aumento repentino de consumo


são indícios de vazamento.

6. Cuidado, podem provocar um incêndio.

7 . Evitar deixar crianças sozinhas dentro de automóveis com as chaves na ignição ou mesmo sem as
chaves mas estando o veículo em uma ladeira.

8 . Respeite sempre e acredite nas placas sinalizadoras.

400
CÁRIE DENTÁRIA (1)

Apesar de ser de fácil prevenção, a cárie dentária é uma das doenças mais frequentes no mundo.

O que é

A cárie dentária é, juntamente com a gripe, a doença mais freqüente do mundo! Atinge indivíduos de todas
as idades, mas, com maior incidência, crianças e adolescentes. É um processo patológico que resulta de uma
destruição localizada no dente. O esmalte começa a ser destruído por ácidos orgânicos. Esses ácidos são
produzidos por bactérias que são o resultado da fermentação dos hidratos de carbono (açucares) da dieta.
Essas baterias estão presentes na placa bacteriana que se acumula sobre os nossos dentes.

Quais as causas

A cárie dentária desenvolve-se na presença de três fatores: dentes susceptíveis, bactérias e açucares. Ou seja,
se não lavar-mos os dentes e comermos alimentos que contenham açúcar, temos grandes possibilidades de
vir a ter cáries nos nossos dentes.

Quais os sintomas

A cárie dentária numa fase inicial é assintomática. Com o desenvolver da doença os sintomas variam muito
de pessoa para pessoa. Normalmente, os primeiros sintomas caracterizam-se por uma ligeira sensibilidade
ao frio. Com o avançar da situação podem acontecer vários sintomas: sensibilidade ao frio mais intensa,
sensibilidade ao quente e podem aparecer as primeiras dores durante a mastigação de certos alimentos. Nas
fases mais adiantadas da doença, quando a destruição dente é já muito acentuada, as dores podem ser
constantes e extremamente desagradáveis. Em algumas situações podem aparecer abcessos dentários.

Como se diagnostica

Muitas vezes os primeiros sinais de cárie só são visíveis ao RX. A primeira lesão visível é por vezes uma
pequena mancha branca, que vai aumentando de tamanho, formando uma cavidade no dente. As cavidades
dentárias formadas pela cárie são, normalmente, escuras e por vezes destroem o dente na totalidade. O
diagnóstico deve ser precoce. As melhores formas de diagnosticar esta doença são as visitas regulares ao
dentista e ao higienista oral desde os 2 anos de idade.

401
BOTIJÃO DE GÁS (4)

Vazamentos, o que fazer

Pode ocorrer vazamento de gás se o cone-borboleta não estiver bem ajustado à válvula. Nesse caso,
desenrosque o cone-borboleta e repita a instalação. Cuide para manter o registro e o cone-borboleta em
posição perpendicular à válvula.

Se o vazamento continuar, não tente eliminá-lo de maneira improvisada, com cera, sabão ou qualquer outro
produto. O Botijão pode estar com defeito. Desatarraxe o cone-borboleta, coloque o Botijão em local arejado
e ligue imediatamente para a empresa que lhe vendeu o gás. O nome da empresa deve estar gravado no lacre
e no recipiente. Ela é obrigada a substituí-lo. Se não souber o nome da empresa, chame o Corpo de
Bombeiros.

Na impossibilidade de remover o Botijão para um local arejado, abra as portas e janelas, não fume e não
acenda nenhum tipo de chama ou não provoque nenhum tipo de faísca (acender interruptores de luz).

Cuidados necessários no dia a dia

Não coloque panos de prato ou outros objetos que possam pegar fogo junto ao Botijão, na tampa do fogão ou
perto dos queimadores.

Mantenha os queimadores do fogão sempre limpos, lavando-os em fervura de água e detergente.

Não acenda um queimador quando ainda estiver molhado. A chama sairá irregular e poderá se apagar,
provocando vazamento.

Inspeção das instalações

Devem ser realizadas periodicamente inspeções junto às instalações tanto residenciais como comerciais ou
industriais, por técnicos especializados da distribuidora.

Para sua segurança

Ao usar fogareiro, lampiões, etc., utiliza sempre Botijãozinho de 2kg., nunca outro tipo de Botijão.

Procure não encher demasiadamente a panela de pressão, pois ao cozer os alimentos, poderá entupir a
válvula de segurança e provocar a sua explosão.

402
DROGAS (7)

Tipos

4 - Lança-Perfume

Antigamente o lança-perfume era a coqueluche dos salões - até mesmo as crianças ganhavam tubinhos para
se divertirem nos bailes. Hoje em dia é considerado entorpecente pela vigilância sanitária, e seu uso é crime.
Com fabricação proibida no Brasil, ele aparece por ocasião do carnaval, contrabandeado de outros países sul-
americanos, como Argentina , Paraguai , Uruguai e etc, pois lá seu consumo não é considerado crime.
O lança-perfume é um solvente inalante. Solvente significa substância capaz de dissolver coisas e inalante é
toda substância que pode ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou
boca. Via de regra, todo o solvente é uma substância altamente volátil, isto é, se evapora muito facilmente
sendo daí que pode ser inalada.

Um número enorme de produtos comerciais, como esmaltes, acetona , colas, tintas, benzina, tiners,
propelentes, gasolina, removedores, vernizes, etc., contém estes solventes. Todos estes solventes ou inalantes
são substâncias pertencentes a um grupo químico chamado de hidrocarbonetos, tais como o tolueno, xilol, n-
hexana, acetato de etila, tricloroetileno, etc.

No Brasil é a droga mais usada pelos adolescentes, depois do Álcool. A primeira experiência geralmente
ocorre em casa , segundo a já citada pesquisa do Cebrid. Como o acesso é fácil, o adolescente começa
inalando esmaltes, acetona, removedores e ate o corretivo "Carbex" (no colégio) .

A Trip

Uma cheirada profunda com a boca em um pedaço de tecido embebido pelo solvente, ou no próprio tubo.
Imediatamente uma sensação de euforia e excitação, uma incontrolável dificuldade de se entender o que
estão falando ao seu redor, seguido de um barulhinho constante, semelhante a um apito, ou assobio
("piiiiiiiiii"). O início do efeito, após a aspiração, é bastante rápido, normalmente de segundos a minutos
(em, no máximo de 5 a20 minutos já desapareceu); assim o usuário repete as aspirações várias vezes para
que as sensações durem mais tempo. Passado o efeito, vem uma ressaca, eventualmente semelhante a do
álcool.

Efeitos

Os efeitos os solventes vão desde um estimulo inicial, com muita excitação e aceleração das batidas
cardíacas, até uma depressão, podendo também surgir processos alucinatórios. Eles afetam a respiração,
causando a sensação de estrangulamento e asfixia. Dor de cabeça também é um sintoma comum. Vários
autores dizem que os efeitos dos solventes (qualquer que sejam) lembram aqueles do álcool sendo,
entretanto, que este último não produz alucinações. Depois o sistema nervoso central pode sofrer uma
sobrecarga que leva a pessoa a desmaiar ou ate entrando em coma, é o chamado "Teto".

Dentre esses efeitos dos solventes o mais predominante é a depressão do cérebro. Sabe-se que a aspiração
repetida, dos solventes pode levar a destruição de neurônios (as células cerebrais) causando lesões
irreversíveis do cérebro. Além disso, pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apáticas, têm
dificuldade de concentração e déficit de memória, lesões da medula óssea, do fígado, dos rins e dos nervos
403
periféricos que controlam os nossos músculos.

Os solventes tornam o coração humano mais sensível a uma substância que o nosso corpo fabrica, a
adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Esta adrenalina é liberada toda vez que o
corpo humano tem que exercer um esforço extra, por exemplo, correr, praticar certos esportes, pular de pára-
quedas etc.
Assim, se uma pessoa inala um solvente e logo depois faz esforço físico, o seu coração pode sofrer, pois ele
está muito mais sensível à adrenalina liberada por causa do esforço, podendo levar a morte por síncope
cardíaca.

Abstinência
Os inalantes ou delirantes não causam dependência física, mas, o mesmo não se pode afirmar da psicológica
e da tolerância. Depois de absorvidos pela mucosa pulmonar, essas substâncias são levadas para o sistema
nervoso central, fígado, rins, medula óssea e cérebro, causando neste último o bloqueio da transmissão
nervosa. Para os indivíduos já viciados, a síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está
presente na interrupção abrupta do uso dessas drogas, aparecendo ansiedade, agitação, tremores, câimbras
nas pernas, insônia e perda de outros interesses que não seja o de usar solvente. A tolerância pode ocorrer,
embora não tão dramática quanto de outras drogas.

Saiba um pouco mais...

Uma versão tupiniquim do lança- perfume é um produto muito conhecido pelos adolescentes, é o "cheirinho"
ou "loló" ou ainda " cheirinho da loló". Este é um preparado clandestino, à base de clorofôrmio mais éter.
Mas sabe-se que quando estes "fabricantes" não encontram uma daquelas duas substâncias misturam
qualquer outra coisa em substituição, o que traz complicações quando se tem casos de intoxicação aguda por
esta mistura.
Um outro inalante do gênero é poppers. Vendido em sex shops europeus, e com a propriedade de aguçar a
excitação, é usado principalmente por gays que o aspiram no momento do orgasmo. É raro no Brasil. São
vários os tipos de inalantes, os mais simples e baratos são os mais utilizados, e podem ser:
gasolina, adesivos, fluido para isqueiro, acetona, cola de sapateiro, massa plástica clorofórmio, lança
perfume ,éter, spray para cabelos e desodorantes.

CONVULSÕES

A convulsão pode ser conceituada como uma contração violenta, ou uma série de contrações dos músculos
voluntários, com ou sem perda da consciência por parte da vítima. Suas causas mais comuns são a epilepsia
e a febre alta.
404
Os sinais e os sintomas da convulsão são em geral a perda do equilíbrio, a inconsciência, a palidez, a cianose
dos lábios e a presença de espasmos incontroláveis que sacodem o corpo da vítima.

A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que caracteriza-se em sua fase mais grave, por crises de
convulsão.

As vítimas que sofrem convulsões ou ataques epilépticos podem apresentar, perda de equilíbrio, queda
abrupta, inconsciência, contração de toda a musculatura corporal, aumento da atividade glandular com
abundante salivação, vômitos , e em alguns casos, micção e evacuação involuntárias.

Ao atender uma vítima em crise convulsiva, o socorrista deverá afastar os objetos próximos para que ela não
se machuque (batendo contra eles). Não impeça os movimentos convulsivos, apenas posicione-se de joelhos
atrás da cabeça da vítima e segure-a, a fim de evitar traumatismos. Posicione a vítima lateralmente para que
ela não aspire vômitos e outras secreções para os pulmões.

Quando os espasmos desaparecerem, acomode a vítima confortavelmente e certifique-se de que ela está
respirando (ver, ouvir e sentir). Depois encaminhe-a para receber assistência médica qualificada.
Basicamente, podemos dizer que o tratamento deste tipo de vítimas, resume-se em proteger a vítima durante
o ataque e encaminhá-la para atendimento especializado quando a consciência for recuperada. Durante a
crise, não use de força para conter a vítima, nem ponha nada em sua boca.

O socorrista deve prevenir a convulsão febril em crianças, promovendo banhos de imersão a uma
temperatura igual a do corpo. É recomendável manter compressas frias na região frontal da cabeça. A criança
deverá ser mantida neste banho até a temperatura baixar a níveis próximos do normal. A criança deverá
vestir roupas leves e ser mantida em local arejado e sem correntes de ar.

Uma vez ministrados esses cuidados, encaminhe-a para receber assistência qualificada para detectar e tratar a
causa da febre.

DIREÇÃO DEFENSIVA (15)

Aquaplanagem ou hidroplanagem

Refere-se à falta de contato dos pneus com a pista, chão ou pavimento e ocorre por causa de pistas molhadas ou
poças d'água, sendo sempre mais fácil de acontecer se os pneus estiverem lisos (carecas) ou o veículo velocidade
alta.

Em determinadas situações forma-se uma camada de água sobre o pavimento e o pneu do veículo roda sobre ela
sem ter o atrito necessário para a estabilidade.

405
Importante:
A falta de contato dos pneus com a pista (hidroplanagem) faz com que o veículo derrape e o condutor perca o
controle do veículo , podendo causar um acidente de trânsito.
Para acontecer a hidroplanagem dos pneus basta haver uma combinação da velocidade do veículo, o tipo de
pista, da calibragem dos pneus, profundidade da água na pista e dos frisos dos pneus e a falta de atenção do
motorista.

Em dias de chuva, reduza a velocidade, examine os frisos dos pneus, faça a calibragem correta, fique atento
quanto às condições da pista e não tente "lavar" o seu veículo usando as poças de água -- mantenha-se alerta.
Maneira de Conduzir

A maneira incorreta de conduzir seu veículo é uma das grandes causas de acidentes nas ruas ou estradas.

Porém, muitos condutores "acham" que estão dirigindo direito por desconhecerem comportamentos adequados e
leis de trânsito que visam manter a segurança nas vias públicas.

Conduzir com fones de ouvidos conectados a aparelhos de som ou telefone celular resulta em multa, sendo
considerado infração média: perda de 4 pontos (Art. 252 - VI - CTB)
Além disso, existem procedimentos praticados por condutores que põem em risco à segurança do trânsito e dos
usuários da via, além da sua e que são passíveis de penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro

Conduza com as duas mãos no volante ou no guidom, evite acender cigarros ou apanhar objetos dentro do
veículo em movimento, fazer movimentos ou manobras bruscas, desviar a sua atenção do ato de dirigir,
participar de brincadeiras. Fique sempre atento.

ACIDENTES LABORAIS E INSS

É triste vermos uma pessoa que possui deformidades decorrentes do trabalho. Há determinados seguimentos em
que histórias trágicas são comuns.

Um dos seguimentos profissionais parece ser campeão em acidentes de trabalho - trata-se do seguimento dos
metalúrgicos, vitimas que são de engrenagens e prensas quotidianamente.

O líder petista Lula foi metalúrgico, e sofreu na época em que trabalhava o decepamento de um dos dedo de sua
mão. Assim ele engrossou a lista dos que um dia tiveram o desprazer de serem vitimas de um infortúnio, de um
acidente laboral.

O Brasil ocupa uma posição de destaque na lista dos maiores em se tratando de acidentes de trabalho. Isto reflete
o despreparo de nossos trabalhadores, o descaso dos proprietários que preferem ter uma fatia maior de lucro a
investir em segurança e treinamento.

E a perspectiva para o futuro é tenebrosa na medida em que o Executivo tem demonstrado vontade inequívoca
de privatizar os seguros acidentários, dentro de uma ideologia neoliberal.

406
Grande parte da doutrina que trabalha com este assunto acredita que houve um avanço a partir do momento que
os encargos indenizatórios foram passados à Previdência Social, seria portanto um retrocesso retirar a
responsabilidade do Estado no cuidado das pessoas acidentadas

apesar de tudo, deve-se ter esperança. Esperança num recomeço, esperança da cura, esperança de ver menos
pessoas indo ao INSS para solicitar seu seguro desemprego após sofrerem a dor de terem suas capacidades
abruptamente diminuídas, ou ainda de perderem um familiar que se sujeito às piores condições possíveis
para levar o pão à sua casa.

PROBLEMAS FÍSICOS DO ENVELHECIMENTO

Pode parecer estranho, mas o processo de envelhecimento tem início assim que uma pessoa para de crescer,
isto é, no final da adolescência.

Felizmente seus efeitos apenas se tornam visíveis muito mais tarde, embora essa época varie bastante.
Algumas pessoas mantêm uma aparência jovem até uma idade relativamente avançada, outras ficam
grisalhas, por exemplo, antes dos 30 anos.
O que acontece depois que uma pessoa para de crescer é que os processos normais de reparação do
organismo assumem um ritmo mais lento, Ou seja, a conservação do corpo se torna cada vez menos eficaz à
medida que o tempo passa. A pele perde sua elasticidade e fica mais enrugada, os ossos e os vasos
sangüíneos se tornam mais frágeis. O cérebro também é afetado pelo processo de envelhecimento, embora as
mudanças mentais não sejam, como muitas pessoas acreditam, para pior. A pessoas mais velhas podem ser
dificuldade para se lembrar de fatos e de números, mas em geral se beneficiam de maior maturidade mental
proporcionada pela experiência.

407
O organismo começa a funcionar mal. Particularmente importantes são as dificuldades de locomoção e de
comunicação, além dos casos de incontinência (incapacidade de controlar a urina e as fezes). Qualquer
alteração desse tipo =tem um efeito drástico sobre a vida social de uma pessoa idosa. Sua participação nas
atividades da família ou da comunidade sofre uma restrição, aumentando sua sensação de isolamento e de
incapacidade.

O que é ainda mais inquietante é o fato de muitas pessoas se resignarem, sem se perguntar se existe alívio
para suas dificuldades. Quem age assim não se dá conta de como sua vida poderia se tornar mais fácil com
um tratamento médico, por exemplo.

RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS


SOBRE SEUS OLHOS (8)

IV - DEGENERAÇÃO MACULAR / PERDA DA VISÃO CENTRAL

1. O que é Degeneração Macular?

Degeneração macular é lesão ou deterioração da mácula (porção central da retina). Ela provém do
endurecimento das artérias do fundo do olho. O principal sintoma é a perda da visão central do campo visual.
Estes efeitos impedem tarefas como ler ou dirigir. Infelizmente, muitos casos de degeneração macular não
podem ser curados. Entretanto, tratamentos com Laser de Argônio podem algumas vezes prevenir uma piora
desta condição.

2. Quais são os sintomas mais comuns de degeneração macular? E eles podem ocorrer por outras
causas?

408
A perda gradual da visão é o sintoma mais comum da degeneração macular. Porém este sintoma pode
também ser causado por catarata, erros de refração, glaucoma, retinopatia diabética (distúrbio na retina
causado pelo diabetes em pacientes mal controlados), doenças corneanas e patologias ou atrofias do nervo
óptico. Os outros sintomas que podem aparecer são: a) distorção de imagens, que tem como outras causas:
erros de refração, outras doenças da mácula, irregularidade da córnea, catarata, uso de mióticos (colírios que
fecham a pupila) e descolamento da retina; b) mancha cega (qualquer parte do campo de visão normal em
que a pessoa enxerga uma mancha escura), tendo como outras causas: descolamento posterior do vítreo,
sangramento dentro do corpo vítreo, condensações do corpo vítreo, descolamento da retina ou opacidades da
córnea.

3. Degeneração macular resulta em cegueira?

Não cegueira total, porque somente a visão central é afetada. A visão periférica usualmente permanece
normal. Embora a pessoa com degeneração macular não seja capaz de ler ou dirigir, ela pode se locomover
através de uma sala com facilidade e executar muitas tarefas do cotidiano.

Em alguns casos pessoas com degeneração macular podem ler com auxílio de lentes de aumento que
estendem a imagem para porções da retina fora da mácula. Infelizmente estas lentes são freqüentemente
difíceis de serem ajustadas, especialmente em pessoas idosas.

4. Como é detectada a degeneração macular?

Nós podemos detectar a degeneração macular através de um exame ocular de rotina antes que o paciente
perceba que a visão central se tornou nublada. Um exame diagnóstico usado é a "angiografia fluorescênica".
Este exame consiste em injeção na veia de um corante amarelo, que circulará pelo corpo, chegando na retina,
de onde serão tiradas fotografias.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES (4)

Prevenção de acidentes gerais

1. Jamais deixe crianças trancadas ao sair de casa. Em caso de incêndio, ou outra emergência, elas não
terão como fugir.

2. NÃO SOLTAR BALÕES, os mesmos podem provocar grandes incêndios.

3. Não soltar fogos de artifícios, podem explodir acidentalmente na mão do usuário, mutilando-o ou
queimando-o.

4. Grande quantidade de papéis, papelões e outros materiais de fácil combustão não devem ser estocados
em locais abertos, próximo a áreas de circulação de pessoas, mas sim guardados em recintos fechados.

5. Após utilizar uma fogueira na mata, camping, etc., jogar água na mesma e cobrir com areia.

6. Ter cuidado com bolas (balões) de gás para crianças, muitas vezes enchidos com hidrogênio. Não
fumar perto deles, o que pode causar explosões e várias queimaduras.
409
7. Não fumar na cama, pois o fumante pode adormecer e o cigarro provocar um incêndio.

8. Não jogar inflamáveis, gasolina, álcool, etc. nos ralos, podem causar acúmulo de gases provocando
explosões

9. Não avivar chamas de churrasqueiras e braseiros jogando álcool ou outros inflamáveis.

BOCA SAUDÁVEL (3)

Como é que se explica que existam pessoas que não tenham cuidados nenhuns e têm ótimos dentes?

Bem, primeiro era preciso saber se eles ou elas têm realmente ótimos dentes e gengivas. Depois se isso for
verdade, pode acontecer que sejam pessoas de baixa susceptibilidade à doença. De fato, existem pessoas cuja
a sua placa bacteriana é pouco patogênica e assim estão menos susceptíveis aos problemas. Este baixo risco
leva a que muitas vezes os poucos cuidados que têm sejam, na realidade, os cuidados adequados.

Ir ao dentista é fundamental?

Ir ao dentista é muito importante. No entanto, é preciso que não seja só para tratar dentes. Ir ao dentista tem
de ser uma consulta integrada onde, para além do tratamento, sejam explicadas as razões dos tratamentos, o
porquê das doenças e qual a melhor forma de no futuro estas doenças não se voltarem a manifestar.

Porque é que os dentes são tão importantes?

Basta saber olhar para nos percebermos quanto os dentes são importantes na nossa vida. Os sorrisos são
muito mais bonitos com dentes do que sem eles. No entanto, existem razões menos poéticas para esta
importância. Os dentes são fundamentais para necessidades básicas da vida: comunicação, alimentação e
sociabilização. Se tivermos em conta que a nossa sobrevivência depende destes aspectos, vamos olhar de
outra forma para os órgãos mais esquecidos e incompreendidos do nosso corpo.

410
DIREÇÃO DEFENSIVA (16)

As Drogas

As drogas são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que atuam sobre as células nervosas que regulam o
psiquismo e podem incapacitar o motorista. Certos medicamentos prejudicam a aptidão para dirigir e drogas
para tirar o sono podem fazer o condutor dormir de olhos abertos. Além de seus efeitos terapêuticos, produzem
efeitos negativos que podem alterar o desempenho do motorista.

Alguns motoristas utilizam drogas com fins que não os medicinais. Além de ser contravenção penal, estes
condutores estão expondo sua vida e a dos passageiros ao perigo. Os problemas mais comuns relacionados a
estes tipos de drogas são:

o Entorpecentes - diminuem a atividade mental, provocando sonolência e deprimindo as tensões


emocionais.

o Estimulantes - normalmente utilizadas para manter a pessoa acordada por um período


prolongado de tempo, causam dependência. Popularmente chamados "rebites", são facilmente encontrados
em postos de gasolina e restaurantes, ao longo das estradas. Misturados com álcool podem levar à coma.

o Alucinógenas - desestruturam a atividade mental, provocando delírios, alucinações, etc.

Classificação Farmacológica Uso Terapêutico Efeitos Colaterais

Antibióticos Combate a infecções Perturbações visuais e


auditivas, tonturas
Antidiabéticos Tratamento de diabetes Vertigem (desmaios)

411
Anti-hipertensivos Tratamento de hipertensão Desmaio, tontura,
hipotensão ortostática
Agentes contra náuseas de Prevenção de náusea Sonolência
viagem
Antiespasmódicos Tratamento de úlceras Perturbações visuais
Antitosse Alívio contra tosse Sonolência
Glicosídios cardíacos Tratamento de ataque Perturbações visuais,
cardíaco congênito debilidade muscular
Diuréticos Tratamento de edemas, Desmaios, fraqueza
hipertensão muscular
Agentes de diagnóstico Refração, testar a visão Perturbações visuais
oftalmológico

AFOGAMENTO

Milhares de pessoas morrem afogadas a cada ano no mundo, na maioria banhistas inexperientes. Em
segundo lugar vêm os afogamentos causados por acidentes com pequenas embarcações.
O afogamento é um processo de sufocação por imersão em um líquido, usualmente água. O líquido obstrui a
boca e as narinas, cortando o suprimento de oxigênio do organismo. A vítima deixa de se debater, perde a
consciência, exala o ar residual armazenado nos alvéolos do pulmão e afunda. O coração bate ainda, débil,
por algum tempo. Mas pára, e a morte sobrevém. O salvamento consiste em tirar da água o acidentado e em
tentar revivê-lo o mais depressa possível. No mar, em rios e piscinas, o salva-vidas deve aproximar-se da
vítima por trás e, mantendo sua cabeça ligeiramente fora d'água e o corpo na horizontal, tirá-lo da água.
Depois, é preciso remover qualquer peça de roupa que dificulte a respiração do afogado e tirar de sua boca
água e areia, que atrapalham a entrada do ar. A seguir, nos casos em que não se disponha de um aparelho
para respiração mecânica ou pulmão artificial, recorre-se à respiração artificial.
Os dois métodos mais difundidos de respiração artificial são (1) boca a boca e (2) método de Holger-Nielsen.
No primeiro, a vítima é deitada de costas. Depois de limpada a boca, o queixo é puxado para a frente e para
cima a fim de abrir passagem ao ar. O operador coloca sua boca sobre a do paciente, selando-a
hermeticamente; depois, fecha-lhe as narinas. Então, alternadamente, sopra na boca da vítima e retira a sua
para permitir-lhe expirar. Se a vítima é uma criança, o operador pode, ao mesmo tempo, apertar levemente o
abdome superior para ajudar a expiração. Deve-se soprar 12 a 15 vezes por minuto na boca do afogado.
No método Holger-Nielsen, a vítima é posta de bruços e a respiração se faz mediante pressão nas costas e
elevação dos braços do afogado, que é deitado com os cotovelos dobrados e as mãos superpostas. A face,
apoiada no braço, é voltada para um lado. Quem aplica a respiração artificial apóia um joelho junto à cabeça
de quem a recebe e coloca as mãos nas costas da vítima, de modo que os polegares se toquem e a parte
posterior das palmas fique sobre uma linha imaginária, estendida entre as axilas. O aplicante se inclina
lentamente para a frente, mantendo os cotovelos rígidos até colocar os braços em posição quase vertical, e
pressiona as costas da vítima. Depois, movimentando-se para trás, desliza aos poucos as mãos e levanta os

412
braços até encontrar resistência nos ombros do afogado. Deixa então que os braços voltem à posição inicial,
completando o ciclo, que deve ser repetido 12 vezes por minuto.

DROGAS (8)

Tipos

5 - Cocaína

É uma das drogas ilegais mais consumidas no mundo.


A cocaína é um psicotrópico, pois age no Sistema Nervoso Central, isto é, sua atuação é no cérebro e na
medula espinhal, exatamente nos órgãos que comandam os pensamentos e as ações das pessoas.
Há dois tipos de envenenamento pela cocaína: um caracterizado pelo colapso circulatório e, o outro, pela
intoxicação do Sistema Nervoso Central - o cérebro, que é o órgão da mente.
A respiração, primeiro é estimulada e, depois decai. A morte advém devido ao colapso cardíaco.
As alucinações cocaínicas são terríveis: no início, um pouco de prazer, mas com o decorrer do tempo, o
usuário pode ouvir zumbidos de insetos, queixando-se de desagradável cheiro de carrapatos; sente pequenos
animais imaginários, como vermes e piolho, rastejando embaixo de sua pele, e as coceiras ou comichões
quase o levam à loucura. Nos casos agudos de intoxicação, pode haver perfuração do septo nasal, quando a
droga é aspirada ou friccionada nas narinas; e queda dos dentes, quando a fricção for nas gengivas.
A maneira como a cocaína é usada pode ter influência nos efeitos. Quanto mais rápido a cocaína é absorvida
e enviada para o cérebro, maior será a euforia experimentada. O reforço do próprio uso e a possibilidade de
efeitos colaterais também são maiores.

Mascar folhas de cocaína devagar e continuamente. As folhas de coca apresentam apenas o equivalente a 1%
do seu peso de cocaína, portanto são engolidas quantidades relativamente pequenas ao mascar. Estes fatores
contribuem para manter níveis baixos de cocaína no sangue e, portanto, significamente menos euforia do que
a obtida com a cocaína através de outras formas.

A cocaína extraída das folhas e purificada como um sal (hidroclorido). Nesta forma, a cocaína pode ser
absorvida por inalação e pode ser injetada. A inalação (cheirar) produz níveis rápidos e também declives
rápidos. Os níveis de cocaína no cérebro, suficientes para surtir efeitos, são atingidos de 3 a 5 minutos. Os
efeitos da injeção intravenosa são ainda mais rápidos, menos de um minuto.

413
Fumar produz efeitos em um tempo mais curto ainda do que o da injeção intravenosa, normalmente abaixo
de 10 segundos. Duas formas de base para a cocaína têm sido usadas para fumar - "freebase" e "crack". Estas
formas são quimicamente idênticas, mas são preparadas de forma diferente. "Freebase" refere-se a base
isolada em éter depois de tratada com sal dissolvido em água com amônia. O éter é evaporado para obter
uma droga muito pura e sólida. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de
água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos
secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como
diz o nome.

ACIDENTES DE TRÂNSITO

Com o passar dos anos, os acidentes de trânsito tem causado um número cada vez maior de vítimas e são os
responsáveis por um número de óbitos e seqüelas graves, também, cada vez mais elevado.

A adoção do novo Código de Trânsito Brasileiro e as campanhas educativas desenvolvidas em todo o país
tem reduzido significativamente tais ferimentos e óbitos. É sabido que a proteção individual dos ocupantes
de um veículo implica no uso constante de cintos de segurança, fixado em três pontos (com retrator), assim
como no uso indispensável de um apoio de cabeça, destinado a evitar os traumatismo da coluna cervical, em
caso de colisão na parte traseira do veículo.

O socorrista ao atender um acidente de trânsito deverá estacionar no acostamento, antes ou após o acidente
(em local seguro), a uma distância capaz de evitar o perigo de um acidente secundário.

Só deverá saltar do veículo quem realmente for prestar socorro e estiver em condições para tal. Inicialmente,
o socorrista deverá preocupar-se em sinalizar o local do acidente, em especial, naqueles onde a rodovia
apresenta trânsito fluindo. Acenda os faróis, o pisca-alerta e use o triângulo de segurança colocado a pelo
menos 50 passos de distância da área do acidente. O socorrista poderá também improvisar uma sinalização
ao lado da via, com o uso de lanternas e galhos de vegetação.

Nunca se aproxime do acidente com cigarro acesso, nem acenda fósforos para iluminar o local. No caso de
vazamento de combustível, poderá ocorrer um incêndio ou explosão.

Muitas pessoas tem sido mortas ou ficado gravemente feridas, durante a prestação de primeiros socorros em
acidentes de trânsito, por não seguirem as regras de segurança descritas acima.

Lembre-se de chamar o socorro especializado imediatamente, pois desse procedimento, dependerá a rápida
chegada dos meios mais adequados para o atendimento das vítimas (Bombeiros fone 193 – Polícia
Rodoviária Estadual fone 1551, Polícia Rodoviária Federal fone 1527). Se estiver na estrada, avise a polícia
rodoviária ou outra autoridade afim. Informe o local do acidente, a gravidade do caso, o número de
acidentados e se possível, o estado aparente das vítimas. Depois volte ao local do acidente e informe que já
solicitou atendimento especializado, tranqüilizando as pessoas envolvidas.

414
Caso não haja nenhum meio de chamar um socorro especializado, preste os primeiros auxílios e conduza as
vítimas para o hospital mais próximo, tomando todas as precauções recomendadas neste manual.

Lembre-se que nos acidentes com colisão na parte traseira do veículo, o efeito da aceleração faz com que a
cabeça seja projetada violentamente para trás, produzindo um sério traumatismo na coluna cervical. Com o
uso do encosto de cabeça como dispositivo de segurança, o movimento repentino é mais restrito, causando
apenas danos menores (dores musculares).

Certamente o emprego de equipamentos de segurança tem reduzido significativamente as lesões, após a


ocorrência de acidentes de trânsito. Atualmente, nossos veículos passaram a sair de fábrica com air bags,
cintos de segurança de três pontos e pára-brisa laminado para proteger os passageiros para que eles não
sejam projetados para fora do veículo em caso de choque. Os vidros laminados evitam também que objetos
vindos do exterior atinjam as pessoas dentro do automóvel. O vidro laminado é formado por uma finíssima
película plástica transparente, colocada entre as duas lâminas do vidro, o que evita seu estilhaçamento após
impactos, reduzindo desta forma, o risco de ferimentos graves, principalmente na região dos olhos e da face.
Com relação aos pneus, os sem câmara demoram mais a esvaziar quando furam. Já os do tipo radial contém
uma camada de fios de aço sob a banda de rodagem que impede a deformação da circunferência dos pneus
proporcionando, maior aderência e mais segurança, principalmente nas curvas.

Além de saber como prestar um socorro é fundamental que você leia atentamente o Código de Trânsito
Brasileiro, especialmente no que se refere às infrações que a partir de agora são enquadradas como crime.
Lembre-se que mais importante do que prestar socorro é respeitar as leis do trânsito e prevenir a ocorrência
de acidentes.

415
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS
SOBRE SEUS OLHOS (9)

V - DESCOLAMENTO DE RETINA

1. O que é descolamento de retina?

Normalmente a retina é presa na parede do fundo do olho onde ela consegue seu suprimento sanguíneo.
Algumas vezes, buracos ou rasgos podem aparecer na retina, permitindo com que o fluido seja filtrado entre
a retina e a parede do olho. Isto causa uma perda da visão. Se um rasgo na retina se torna muito grande e
penetra líquido por ele, a retina pode descolar completamente da parede do olho e isto pode levar a cegueira.

2. O que o paciente pode sentir quando ocorre o descolamento de retina? E quais seriam outras causas
destes sintomas?

O descolamento de retina pode ocorrer sem sintomas mas, às vezes, apresentam flashes de luz, manchas
escuras que se movem ("moscas volantes") e a sensação de uma cortina parcialmente sobre os olhos..

Os flashes de luz também podem ter outras causas como descolamento posterior do vítreo, movimentos
rápidos dos olhos e alguma inflamação da retina. As "moscas volantes" e a sensação de cortina sobre os
olhos podem ser pelas mesmas causas acima citadas com exceção dos movimentos rápidos dos olhos e
também podem ocorrer por distúrbios do corpo vítreo e opacidades corneanas.

3. Como é tratado o descolamento de retina?

Se um "rasgo" na retina é diagnosticado precocemente, o médico pode freqüentemente repor a porção


danificada da retina com Laser ou até com ar. Entretanto, se a retina realmente descolar o tratamento a Laser
não será eficaz e cirurgia imediata é necessária para que haja alguma chance de restaurar a visão do paciente.

416
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR (2)

Tipos de intoxicação alimentar


Em geral, a intoxicação alimentar é provocada por três tipos de bactérias. Cada uma delas se desenvolvem
num determinado tipo de alimento (necessitando de certas condições especiais para poder se multiplicar) e
produz um conjunto deferente de sintomas.

Intoxicação por salmonela


As bactérias do tipo salmonela são a causa mais freqüente de intoxicação alimentar. Elas contaminam todos
os tipos de carne usados na nossa alimentação, antes mesmo de o animal ser abatido. Depois que um animal
é contaminado pela salmonela, ele se torna portador e propagador da bactéria, pois, como ela é eliminada
junto com as fezes, o solo e a água usados pelo animal também ficam contaminados, afetando outros
animais. Os métodos modernos de cultivo intensivo, utilizado atualmente nas fazendas, também facilitam a
disseminação da salmonela e, em geral, a infecção não chega a ser descoberta porque os animais afetados
quase nunca mostram sinais de doença. Depois, quando o animal doente é enviado ao matadouro para ser
abatido , outros animais ficam expostos aos germes, principalmente quando as normas de higiene são
negligenciadas. Como é praticamente impossível distinguir entre carne sadia e contaminada pela salmonela,
a carne infectada acaba sendo comercializada da maneira habitual.

O cozimento completo da carne contaminada, seja em casa, seja por meio de processamento industrial do
produto, destrói totalmente as bactérias nocivas, exceto nos casos de carne descontaminada volta a entrar em
contato com outras carnes infectadas pela salmonela. Existe perigo toda vez que a carne não é cozida durante
o tempo necessário e a uma temperatura suficiente alta para matar a salmonela. Isso acontece, por exemplo,
com as aves congeladas antes de serem levadas ao fogo. Se uma galinha ou um peru grandes forem assados a
uma temperatura demasiado baixa, de modo que o calor não chegue a atingir o centro da ave, há uma grande
possibilidade de que as bactérias sobrevivam. Nesse caso, elas continuarão a se reproduzir e contaminarão
todo o resto da carne, tornando-a inadequada para o consumo. Por isso deve-se tomar muito cuidado com os
frangos grelhados habitualmente vendidos em rotisserias, porque são assados a temperatura muito baixas,
insuficientes para exterminar as bactérias. A intoxicação por salmonelas também pode ser provocada pela
clara de ovo que, depois de se tornar contaminada, passa por processo de desidratação, ou congelamento e é
utilizada, sem cozimento, para coberturas e recheios de bolo.

Sintomas
Se uma pessoa ingere um alimento contaminado por salmonela, 12 ou 48 horas depois ela pode Ter diarréia,
embora esta possa se limitar a apenas um ligeiro desarranjo intestinal.

A gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa, dependendo da quantidade de toxina ingerida e da
resistência natural de cada organismo. Embora a intoxicação por salmonela quase nunca cause enjôos e dores
de estômago, a pessoa contaminada pode Ter, além da diarréia, um pouco de febre e dor de cabeça. Em geral,
numa pessoa com saúde normal, os sintomas desaparecem após três ou quatro dias. No entanto, as pessoas
417
contaminadas continuam portadoras da doença durante vários meses. A razão é que, embora os sintomas
tenham desaparecido, as bactérias continuam presentes no intestino e são eliminadas com as fezes. Por esse
motivo, é muito importante lavar sempre as mãos depois de ir ao banheiro, principalmente se a pessoa vai
manipular alimentos e utensílios usados para comer.

Tratamento: É sempre aconselhável procurar um médico.Nos casos menos graves, um dia de repouso e a
ingestão de uma grande quantidade de água ou de sucos, para compensar a perda de líquidos provocada pela
diarréia ou pelos vômitos, serão o bastante para a recuperação. Também é aconselhável evitar alimentos
sólidos durante um ou dois dias. Se os sintomas persistirem, é aconselhável procurar um médico.

Cuidados especiais
Se os sintomas forem muito acentuados ou levarem mais de três dias para desaparecer, o paciente deve
consultar um médico sem demora. No caso de bebês, crianças ou pessoas idosas afetados pela doença,
também é preciso consultar um médico imediatamente após o aparecimento dos primeiros sintomas. Nesses
casos, a perda de líquidos, em conseqüência da diarréia ou dos vômitos, pode levar uma rápida desidratação
e consequentemente se transformar num problema sério.

Os antibióticos raramente são receitados para pacientes com intoxicação alimentar porque, em geral, eles
atuam apenas sobre a corrente sangüínea, e as salmonelas estão presentes no intestino. Além disso, os
antibióticos podem até mesmo impedir que o mecanismo natural de defesa do organismo combata a infecção.

CÁRIE DENTÁRIA (2)

Como se desenvolve

418
Cada vez que se ingerem alimentos açucarados, os ácidos libertados atacam o esmalte do dente. Se são
vários os ataques ao longo do dia, mais em risco ficam os nossos dentes. Quanto mais tempo um alimento
açucarado ficar na boca, maior é a reação da placa bacteriana. Ou seja, se comer 5 doces de uma vez, estará
exposto aos ácidos durante um período de cerca de 20 minutos, mas se os ingerir um de cada vez, em
diferentes alturas do dia, estará exposto ao efeito dos ácidos por um período 5 vezes maior (cerca de 100
minutos). Estes sucessivos ataques ácidos são os principais responsáveis pelo desenvolvimento da doença e
conseqüente destruição do dente.

Formas de tratamento

As visitas ao dentista são de extrema importância no controle desta doença. Como esta doença é de origem
externa, o controle dos fatores externos é fundamental no tratamento (hábitos de higiene oral,
comportamentos de saúde, dieta e percepções da doença). As lesões causadas nos dentes terão de ser
eliminadas. As cavidades devem ser fechadas com materiais próprios. A eficácia do tratamento depende da
brevidade do diagnóstico.

Formas de prevenção

A prevenção da cárie é fácil. Existem várias formas de reduzir a cárie dentária e, em alguns casos, eliminá-la
completamente:

1. Evitar a ingestão de alimentos açucarados - impedindo os ácidos de se formarem.

2. Aumentar a resistência dos dentes utilizando um dentifrício que contenha flúor.

3. Controlando a placa bacteriana, através de uma correta higiene oral. Escovar os dentes, pelo menos,
duas vezes por dia, com especial atenção das faces oclusais (mastigatórias) e usar a fita dentária.

Quando consultar o médico especialista

A consulta ao dentista deve ser feita sempre de uma forma precoce e sempre que possível sem haver
sintomas. A primeira visita ao consultório dentário deve ser por volta dos dois anos de idade.

Pessoas mais predispostas

Se os progenitores diretos tiverem uma história altiva de cárie, a possibilidade dos descendentes terem uma
tendência maior para a cárie é grande. Pessoas com problemas de falta de saliva, pessoas com deficiências
motoras a nível da destreza da higiene oral.

CONTUSÕES

Acidentes que provocam forte compressão dos tecidos moles a pele, a camada de gordura e os músculos
contra os ossos. Quando a batida é muito violenta, pode haver rompimento dos vasos sangüíneos da região,
419
causando acúmulo de sangue no local (veja sangue pisado). O lugar da batida fica roxo, incha e torna-se
dolorido. Se a pancada compromete algum órgão interno, a vítima pode sentir forte dor local.

O que fazer

1.Logo após o acidente, massageie suavemente o local e aplique compressas frias (veja compressas) ou bolsa
de gelo.

2.Enfaixe em seguida o local.

3.Tome analgésicos comuns (aspirina).

4.Se o inchaço persistir até o dia seguinte, aplique compressas quentes.

5.Nos casos graves, procure o médico.

MORDIDAS

Mordidas de animais domésticos

420
Nesses casos, o risco é a transmissão de moléstias graves, como a raiva, a toxoplasmose e outros. Mesmo
pelo contato, há bichos que transmitem enfermidades ao homem. Por isso é imprescindível que você vacine
todos os seus animais.

O que fazer

1.Se houver suspeita de raiva no animal que o atacou, corra ao posto de saúde mais próximo, porque pode
ser necessária a aplicação do soro anti-rábico. Se possível, leve o animal agressor; se não, prenda-o para que
seja examinado mais tarde.

2.Se você foi mordido por um animal vacinado:


Lave os ferimentos com água e sabão e mantenha-os sob água corrente por alguns minutos, para limpar
melhor a lesão
Desinfete o local com mercurocromo, iodo ou qualquer anti-séptico;
Cubra a ferida com gaze esterilizada e procure o médico.

3.Se você tiver sido lambido por um animal suspeito, lave a região com água e sabão.
Atenção: Desconfie sempre do ataque de animais desconhecidos, e mais ainda da agressão de animais
amigos (estes em geral só atacam os donos ou pessoas com quem estão familiarizados quanto estão doentes).

Mordidas de rato

O simples arranhão de um rato pode transmitir inúmeras doenças, entre as quais a raiva.

O que fazer

Lave o ferimento com água e sabão e procure o médico imediatamente.

Mordidas de morcego

Esse é o transmissor mais perigoso da raiva, porque não é afetado por ela.

O que fazer

Lave o ferimento com água e sabão e procure o médico imediatamente.

DROGAS (9)

Tipos

6 – Maconha

421
É a droga de entrada para consumo das outras drogas. Barata e de fácil acesso, o seu uso continuado interfere
na aprendizagem, memorização e na fertilidade. É uma combinação de flores e folhas da planta conhecida
como Cannabis sativa, e pode ser verde, marrom ou cinza.
Causa vermelhidão nos olhos, boca seca, taquicardia; angústia e medo para uns, calma e relaxamento para
outros.
Vício mundial, a maconha é usada comendo-a, mascando-a, fumando-a; aspirando-a sob a forma de rapé, ou
engolindo-a.

No Brasil, ela é mais usada e, seu emprego é mais comum sob a forma de "cigarros", que apresentam vários
nomes, como: fininho, baseado, dólar, beck e pacau.
Há cachimbos especiais para fumantes, e são conhecidos, em alguns países como "josie" e, outros,
"narguilé".
Existe um cachimbo que filtra a fumaça com água que é conhecido em inglês como "bong". Algumas
pessoas misturam a maconha com a comida e também é usada em forma de chá.
A maconha é considerada um alucinógeno, isto é, faz o cérebro funcionar de forma desconcertante e fora do
normal e seu princípio ativo é o delta nove tetrahidrocanabinol (THC). O THC produz vários efeitos:
avermelhamento da conjuntiva dos olhos (olhos injetados), redução da imunidade pela queda dos glóbulos
brancos, sinusite crônica, faringite , constrição das vias aéreas, atua sobre o equilíbrio, movimentos e
memória.
A potência da droga é medida de acordo com a quantidade média de THC encontrada nas amostras de
maconha confiscadas pelas agências policiais.
· A maconha comum contem uma média de 3% de THC.
· A variedade “sinsemilla” (sem semente, que só contem botões e as flores da planta fêmea) tem uma média
de 7.5% de THC, mas pode chegar a ter até 24%.
· O haxixe (a resina gomosa das flores das plantas fêmeas) tem uma média de 3.6%,mas pode chegar a ter
até 28%.
· A maconha cultivada por hidroponia, conhecida popularmente como SKANK pode ter até 35% de THC.
· O óleo de haxixe, um líquido resinoso e espesso que se destila do haxixe, tem em média de 16% de THC,
mas pode chegar a ter até 43%.
Não cria a dependência física, mas a psicológica. Dependendo da personalidade do usuário, pode ser brutal;
logo se retirada imediatamente, a saúde não correrá nenhum risco, porém, a força de vontade do paciente tem
de ser grande, exatamente para vencer sua necessidade psíquica de buscar a maconha.

CORPOS ESTRANHOS NO ORGANISMO (1)

Na pele

Farpas e espinhos encravados na pele podem ser retirados sem dificuldade.


422
O que fazer

1.Lave o local com água e sabão e desinfete com mercurocromo ou outro anti-séptico.

2.Ferva durante dez minutos, ou aqueça na chama, até que fiquem incandescentes, uma agulha ou uma pinça.
Espere que esfriem e coloque-as sobre um pedaço de gaze esterilizada.

3.Se a ponta do corpo estranho estiver saliente, puxe-a com o auxílio da pinça. Caso contrário, levante uma
camada de pele com a agulha, até liberar uma porção da farpa suficiente para ser puxada pela pinça.

4.Desinfete novamente o local e, se necessário, cubra-o com um curativo.

5.Se a farpa estiver sob a unha, corte-a até que apareça uma ponta que possa ser puxada.

6.Quando a remoção for difícil e o local doer, procure auxílio especificado.

Atenção: Se a lesão foi causada por objetos sujos de terra ou ferrugem, procure o médico. Pode haver perigo
de tétano.

DEPRESSÃO (4)

O que sente a pessoa deprimida?

Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ",
com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que
podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou
tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas
médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram
423
capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e prática de
esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Geralmente o sono e a alimentação estão também alterados,
podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou ganho de peso.
Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo dificuldade para começar a dormir, ou
acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São
comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro
problema físico.

Como é o pensamento da pessoa deprimida?

Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor,
culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes questões
comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda
dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes corriqueiras,
sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos "catastróficos" de suas possíveis decisões
erradas.

Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio

Freqüentemente a pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua própria
morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando ser esta a " única
saída " ou para " se livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria depressão, que fazem a
pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros. Esse aspecto faz com que a depressão seja uma
das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente. É bom
lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma conseqüência da depressão, a qual gera um ciclo vicioso
depressivo que resulta na perda da esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento
médico adequado.

Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais

Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo
desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um peso: trabalhar,
dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações
penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa forma, o relacionamento
com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a
diminuição do desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem fazer o indivíduo tender
a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.

Como se trata a depressão?

O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado à intensidade dos
problemas que a doença traz. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas mostrados
anteriormente, ou pode haver depressões bem mais graves, prejudicando de forma importante a vida do
indivíduo. De qualquer forma, depressões leves ou mais graves necessitam de tratamento médico,
geralmente medicamentoso (com medicações antidepressivas), ou psicoterápico, ou a combinação de ambos.

424
DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA (1)

A tensão do dia a dia é a causa mais freqüente das dores de cabeça mas, elas poderem aparecer por diversas
causas e não escolhem idade e sexo. Fique sabendo, lendo este artigo, os cuidados que se deve ter com as
dores de cabeça em crianças; os problemas das pessoas que sofrem de enxaqueca e as causas mais
freqüentes.

As dores de cabeça são um mal extremamente comum, mas, ao mesmo tempo, um dos mais difíceis de se
definir. A dor varia de intensidade: é sentida como um ligeiro desconforto ou como uma dor insuportável. As
causas são tão variedade que, muitas vezes, fica difícil determinada com exatidão qual o problema físico ou
emocional que está na raiz do problema.

425
Felizmente, em sua maioria as dores de cabeça não são sintomas de um problema grave, mas apenas sinais
de tensão, fadiga, ansiedade ou distúrbios emocionais. Algumas vezes a dor de cabeça é reflexo de um
distúrbio em alguma outra parte do corpo, muito raramente ocorrendo como resultado de uma doença grave.
A enxaqueca é um tipo especial de dor, que afeta apenas uma área limitada da cabeça. Em geral, é
acompanhada de outros sintomas, como vômitos ou perturbações da visão.

Por que a cabeça dói?

A dor pode originar-se na parte externa do crânio, como resultado da contração e da tensão dos músculos do
pescoço e do couro cabeludo. Ou, então, pode ter origem no lado interno do crânio, devido a uma
inflamação, distorção ou algum outro problema que esteja afetando os vasos sangüíneos ou as membranas
que envolvem o cérebro.

Mas, em ambos os casos, estão envolvidos os mesmos nervos, isto é, aqueles que enviam sinais de dor no
cérebro.

Por isso, é muito difícil determinar a causa de uma dor de cabeça baseando-se apenas no tipo de dor
experimentada.

RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS


SOBRE SEUS OLHOS (10)

VII - MIOPIA, HIPERMETROPIA E ASTIGMATISMO

1. O que significa 20/20 (1.0), 20/40 (0.5)?

Estas são medidas para avaliar o quanto você enxerga à distancia. A relação 20/40 significa que você deve
estar a 20 pés (6 metros) de um objeto para ver este objeto claramente como uma pessoa com visão normal
consegue a 40 pés. A diminuição do segundo número significa melhor visão. Por exemplo: 20/40 de visão é
melhor que 20/60.

2. O uso de prescrição errada de lente pode fazer minha visão piorar?


426
Usando de lentes prescritas erroneamente não fará sua visão piorar, mas pode causar fadiga ocular e cefaléia.

3. Meus óculos pode me causar tontura?

Se as lentes não estão propriamente alinhadas em seus olhos, ou se sua prescrição das lentes foi um pouco
forte, pode resultar em tonturas. Se a tontura persistir regularmente sem seus óculos é uma boa idéia fazer
uma consulta com o médico de ouvido ou de problemas circulatórios.

4. Meus olhos podem me causar dores de cabeça?

Muitas dores de cabeça são relacionadas com stress. Se você também possuir cansaço visual, isto pode
adicionar um desconforto de uma dor de cabeça. Embora, normalmente não seja causa de dor de cabeça.

Outra causa de dor de cabeça é a sinusite. Dores de cabeça por sinusite não são causadas por problemas
oculares; embora o reverso possa ser verdadeiro, pois os olhos são cercados pelos seios da face, assim a
irradiação de uma sinusite pode causar dor ocular.

Um terceiro tipo de dor de cabeça é causada pela dilatação dos vasos sanguíneos da cabeça. Isto é chamado
de enxaqueca.

5. Eu me tornarei dependente de meus óculos se usá-los o tempo todo?

Não. Se sua prescrição está correta você simplesmente verá mais claramente enquanto usar seus óculos. Se
você tirá-los verá menos claramente.

FEBRE AMARELA

É uma doença infecciosa aguda , causada por um vírus RNA, arbovírus do grupo B, ou seja vírus
transmitidos por artrópodes (Arthropod Borne Viruses) do gênero Flavivírus, família Togaviridae, podendo
apresentar ciclo urbano ou silvestre, com transmissão através de vetores alados. É basicamente uma
antropozoonose, isto é, uma doença de animais silvestres, acometendo o homem acidentalmente,
principalmente quando participa de atividades militares em área de selva, extrativismo vegetal, caça ou
desmatamento. Ocorre no norte do Brasil, abrangendo toda a Amazônia, acometendo cerca de quinhentas
pessoas/ano.

Diferencia-se em dois padrões epidemiológicos: o urbano e o silvestre. O primeiro deve-se a ação de um


mosquito de hábitos urbanos, o Aedes aegypti, que transmite a doença de pessoas doentes à uma população
sensível, e que apesar de não ocorrerem casos há mais de cinqüenta anos, volta a causar temor pela
possibilidade de sua reemergência, devido intensa proliferação do Aedes aegypti nos grandes centros urbanos
do Brasil no momento atual. O ciclo silvestre, por sua vez, é mantido pelas fêmeas de mosquitos
antropofílicos (especialmente do gênero Haemagogos), as quais necessitam de sangue para amadurecer seus

427
ovos; têm atividade diurna na copa das árvores, ocorrendo a infecção acidental do homem ao invadir o
ecossistema viral.

Após um período de incubação médio de três a seis dias surgem os primeiros sintomas: febre alta, cefaléia,
congestão conjuntival, dores musculares e calafrios. Algumas horas depois podem ocorrer manifestações
digestivas, tais como, náuseas, vômitos e diarréia, correspondendo à fase em que o vírus está circulando no
sangue (Período de Infecção), evoluindo em dois a três dias à cura espontânea (Período de Remissão).
Formas graves da Febre Amarela, podem surgir um ou dois dias, após a cura aparente, observando-se
aumento da febre e dos vômitos, prostração e icterícia (Período de Intoxicação).Em seguida surgem outros
sintomas de gravidade da doença, tais como, hematêmese (vômito negro), melena (fezes enegrecidas),
petéquias (pontos vermelhos) e equimoses (manchas roxas) em várias regiões da superfície corporal,
desidratação, agitação, delírio, parada renal, torpor, coma e morte (em cerca de 50% dos casos).

O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo que nas formas graves, somente é obtido post-mortem, através
de provas laboratoriais para isolamento do vírus e exame anátomo-patológico.

Não existe tratamento específico para o vírus da Febre Amarela. O tratamento consiste no uso de medicação
sintomática, evitando-se os salicilatos (Ácido Acetil Salicílico e derivados), em função do risco de
hemorragias, utilizando-se preferencialmente o Paracetamol. Pacientes com formas graves da doença
necessitam de cuidados de Terapia Intensiva.

Na prevenção da Febre Amarela fundamental é a aplicação da vacina Anti-Amarílica, na dose de 0,5 ml por
via subcutânea, com aplicação de reforço a cada dez anos.

AFOGAMENTOS (4)

Afogamento é um tipo de acidente muito comum, principalmente no verão, quando a quantidade de


banhistas nas praias e piscinas é bem maior.

Os afogamentos podem ser ocasionados por diversos tipos de acidentes, tais como mergulhos em águas
rasas, abusos de álcool antes de entrar no mar, cãibras ou desmaios durante a prática de natação em águas
profundas, acidentes com veículos aquáticos, etc.

Afogamento pode ser definido como uma sufocação na água. Esta sufocação pode ser provocada pela
inundação das vias aéreas ou pelo fechamento da glote, estimulada pela presença de líquidos (espasmo de
laringe). Nos dois casos, o resultado final será a asfixia (hipóxia) resultante da falta de oxigênio. As células
nervosas são as primeiras a sofrer com a privação de oxigênio, morrendo em poucos minutos.

A primeira providência a ser tomada diante de um afogamento é solicitar socorro especializado (Bombeiros
– emergência fone 193).

428
Os salvamentos não devem ser tentados por pessoas inexperientes que não consigam ter controle sobre as
vítimas em pânico na água. O socorrista deverá realizar o socorro de uma vítima de afogamento, seguindo
sempre a seqüência descrita abaixo:

1. Jogar um objeto flutuante para a vítima ou tentar segurá-la com uma corda, remo ou galho;

2. Se não obter êxito, tentar alcançá-la com um bote ou outro tipo de embarcação;

3. Apenas quando tais tentativas já tiverem sido feitas e se o socorrista for capaz de fazê-lo
tentar o salvamento através da natação.

JÁ FORAM REGISTRADOS INÚMEROS CASOS DE AFOGAMENTOS DUPLOS, QUANDO


PESSOAS NÃO TREINADAS TENTARAM SALVAR VÍTIMAS DE AFOGAMENTO

Em caso de afogamento seguido de parada respiratória, o socorrista deverá iniciar o socorro aplicando a
ventilação artificial o mais rápido possível, mesmo antes da vítima ter sido retirada da água. Se for
necessária a ressuscitação cardiopulmonar, esta deverá ser iniciada assim que a vítima estiver deitada sobre
uma superfície rígida, com o pescoço estabilizado.

A retirada de uma pessoa da água, quando há suspeita de lesão de coluna (provocada por um mergulho em
local raso ou acidente com embarcação) envolve os mesmos princípios de socorro usados em qualquer outra
vítima que apresente igualmente suspeita de tal lesão. Geralmente a vítima com lesão na coluna é encontrada
dentro da água, inconsciente e em decúbito ventral. O socorrista deverá socorrer a vítima desvirando-a, com
o cuidado de não mobilizar sua cabeça e pescoço. A avaliação do acidentado é realizada ainda dentro da
água, e se não há respiração, deverão ser iniciadas imediatamente as manobras de respiração artificial. Com
o auxílio de um segundo socorrista, a vítima deve ser imobilizada em uma maca rígida e posteriormente,
transportada para um hospital. Se não houver o retorno da respiração espontânea, a respiração artificial
deverá ser mantida durante todo o resgate e transporte da vítima.

Os vômitos nos afogados submetidos a RCP, permanecem como principal fator de complicação durante e
após a ressuscitação. Ao contrário do que se preconizava anos atrás, a posição da vítima de afogamento em
água salgada e que necessita manobras de ressuscitação na areia, deve ser paralela a linha do mar, de forma a
evitar vômitos e aspirações, que ocorrem com maior freqüência com a posição cefálica mais baixa. A
indicação anterior objetivava drenar água dos pulmões da vítima por gravidade, mas não é mais
recomendada.

429
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (1)

A avaliação secundária visa obter os componentes necessários para que o socorrista possa fazer a decisão
correta dos cuidados merecidos pela vítima. Podemos defini-la como um processo ordenado para descobrir
lesões ou problemas médicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida.

A avaliação secundária é dividida em três etapas distintas, são elas:

1. Entrevista com a vítima ou testemunhas;

2. Aferição dos sinais vitais; e

3. Exame padronizado da cabeça aos pés.

Entrevista: Etapa da avaliação onde o socorrista conversa com a vítima buscando obter informações dela
própria, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipo de lesão ou enfermidade existente e outros dados
relevantes.

Sinais Vitais: Respiração, pulso, pressão arterial e temperatura relativa da pele.

430
Exame da cabeça aos pés: Apalpação e inspeção visual realizada pelo socorrista, de forma ordenada e
sistemática, buscando identificar na vítima, indicações de lesões ou problemas médicos.

Na avaliação secundária, o socorrista deverá estabelecer um contato com a vítima consciente, identificando-
se e posteriormente obtendo e usando o nome do vitimado para explicar movimentos pretendidos, de forma a
transmitir segurança e tranqüilidade à vítima. Se a vítima estiver inconsciente, questione testemunhas ou
familiares, tentando identificar dados relevantes e o que aconteceu no local.

Após observar o local e assegurar-se das condições de segurança, o socorrista deverá verificar lesões óbvias
e buscar na vítima alguma identificação médica de alerta. Entreviste o acidentado, utilizando as seguintes
perguntas chaves:

1. Nome e idade (se é menor, contatar com seus pais ou um adulto conhecido).

2. O que aconteceu? (identificar a natureza da lesão ou doença)

3. Isso já ocorreu antes?

4. Algum outro problema ou enfermidade atual?

5. Está em tratamento médico?

6. É alérgico a algum medicamento ou alimento?

7. Ingeriu algum tipo de droga, ou alimento?

Lembre-se que no atendimento de vítima inconsciente, a entrevista deverá ser realizada com testemunhas ou
familiares.

APNÉIA DO SONO (2)

Como se diagnostica
O diagnóstico assenta na colheita de uma história clínica detalhada, na observação da orofaringe e no recurso
a exames complementares de diagnóstico:

 Estudo poligráfico do sono.

 Gravação em vídeo dos períodos de sono do doente (em contexto hospitalar).

 Tomografia Axial Computorizada (TAC), para caracterização anatômica das fossas nasais,
nasofaringe e palato).

 Endoscopia.
431
Como se desenvolve
Com o evoluir da situação surgem complicações várias que, no início, se prendem com disfuncionalidade na
vida de inter-relação pessoal, risco de acidentes de viação/trabalho e alterações cognitivas (memória,
concentração). Depois, a privação de oxigenação dos tecidos por períodos prolongados, de forma repetida,
condiciona alterações orgânicas que podem provocar hipertensão arterial, arritmias, insuficiência
respiratória, insuficiência cardíaca e, em situações extremas, podem ser causa de aumento da mortalidade.

Formas de tratamento
O objetivo do terapeuta é tentar ganhar espaço na orofaringe que se encontra obstruída e melhorar/facilitar a
respiração.

Medidas gerais:

 Perda de peso/combater a obesidade.

 Combater o sedentarismo.

 Evitar o consumo de álcool antes de dormir.

Cirurgia:

 Consiste na remoção parcial do véu do paladar (“céu-da-boca”) seguida de reconstrução, numa


técnica cirúrgica que se designa por uvulopalatoplastia (UPP).

Formas de prevenção
A prevenção passa, essencialmente, pela implementação das medidas gerais referidas na secção anterior. No
caso das crianças que são acometidas de apneia do sono por hipertrofia das amídalas/adenóides, poder-se-á
recorrer a amigdalectomia ou adenoidectomia profiláticas.

Pessoas mais predispostas: Indivíduos do sexo masculino, de meia-idade, obesos e sedentários.


DIREÇÃO DEFENSIVA (17)

O Álcool

Beber antes de dirigir ou dirigir depois de beber são as ações mais criminosas do trânsito brasileiro. Ano a ano,
50% de todas as mortes em acidentes de trânsito são provocadas pela ingestão de bebidas alcoólicas. Isto
significa que a ingestão de álcool é responsável, no trânsito, pelo ferimento de 19.900 pessoas, e por mais de
26.000 mortes por ano.

O álcool na corrente sangüínea provoca o afrouxamento da percepção e o retardamento dos reflexos. Dosagem
excessiva conduz à perigosa diminuição da percepção e à total lentidão dos reflexos, diminuindo a consciência
do perigo. Todo condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete gravemente sua segurança, a dos
demais usuários da via e a dos passageiros, que estão apostando suas próprias vidas, 100% nas condições deste
motorista.

Testes realizados com motoristas revelaram que o álcool:

432
 exige maior tempo de observação para avaliar as situações de trânsito, mesmo as mais corriqueiras;

 torna difícil, quase impossível, sair-se bem de situações inesperadas, que dependam de reações rápidas e
precisas;

 leva o motorista a se fixar num único ponto, diminuindo sua capacidade de desviar a atenção para outro
fato relevante;

 limita a percepção a um menor número de fatos num determinado tempo.

Constatada a concentração de mais de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue, a infração é gravíssima, o valor
da multa é de R$ 957,70 (900 UFIRs); o infrator perde o direito de dirigir e está sujeito a processo criminal, com
pena de detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, conforme o caso.

Conseqüências: Risco de Acidentes

Até 0,2 g de álcool por litro de sangue não produz efeito aparente na maioria das pessoas.
De 0,2 a 0,5 - sensação de tranqüilidade, sedação; reação mais lenta a estímulos sonoros e visuais, dificuldade de
julgamento de distâncias e velocidade.
Aumenta duas vezes.
De 0,5 a 0,9 - aumento do tempo necessário à reação a estímulos.
Aumenta três vezes.
De 0,9 a 1,5 - redução da coordenação e da concentração; alteração do comportamento.
Aumenta 10 vezes.
De 1,5 a 3,0 - intoxicação, confusão mental, descoordenação geral, visão dupla, desorientação.
Aumenta 20 vezes.

OBESIDADE (5)

De acordo com suas causas, a obesidade pode ser classificada conforme a tabela a seguir.

Classificação da Obesidade de Acordo com suas Causas:

Obesidade por Distúrbio Nutricional

Dietas ricas em gorduras

Dietas de lancherias

Obesidade por Inatividade Física

Sedentarismo
433
Incapacidade obrigatória

Idade avançada

Obesidade Secundária a Alterações Endócrinas

Síndromes hipotalâmicas

Síndrome de Cushing

Hipotireoidismo

Ovários Policísticos

Pseudohipaparatireoidismo

Hipogonadismo

Déficit de hormônio de crescimento

Aumento de insulina e tumores pancreáticos produtores de insulina

Obesidades Secundárias

Sedentarismo

Drogas: psicotrópicos, corticóides, antidepressivos tricíclicos, lítio, fenotiazinas, ciproheptadina,


medroxiprogesterona

Cirurgia hipotalâmica

Obesidades de Causa Genética

Autossômica recessiva

Ligada ao cromossomo X

Cromossômicas (Prader-Willi)

Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl

Cabe salientar ainda que a avaliação médica do paciente obeso deve incluir uma história e um exame clínico
detalhados e, de acordo com essa avaliação, o médico irá investigar ou não as diversas causas do distúrbio.
Assim, serão necessários exames específicos para cada uma das situações. Se o paciente apresentar "apenas"

434
obesidade, o médico deverá proceder a uma avaliação laboratorial mínima, incluindo hemograma, creatinina,
glicemia de jejum, ácido úrico, colesterol total e HDL, triglicerídeos e exame comum de urina.

Na eventual presença de hipertensão arterial ou suspeita de doença cardiovascular associada, poderão ser
realizados também exames específicos (Rx de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico)
que serão úteis principalmente pela perspectiva futura de recomendação de exercício para o paciente.

A partir dessa abordagem inicial, poderá ser identificada também uma situação na qual o excesso de peso
apresenta importante componente comportamental, podendo ser necessária a avaliação e o tratamento
psiquiátrico.

A partir das diversas considerações acima apresentadas, julgamos importante salientar que um paciente
obeso, antes de iniciar qualquer medida de tratamento, deve realizar uma consulta médica no sentido de
esclarecer todos os detalhes referentes ao seu diagnóstico e as diversas repercussões do seu distúrbio.

435
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS
SOBRE SEUS OLHOS (5)

1. Minha pressão arterial tem relação com a minha pressão ocular?

Não. Pressão arterial é medida no sistema cardiovascular (artérias e veias). Pressão ocular é a pressão do
"humor aquoso", o fluído entre a íris (porção colorida do olho) e a córnea (janela transparente em frente ao
olho). Mas por razões que não são inteiramente conhecidas, pessoas com hipertensão arterial têm uma alta
incidência de glaucoma, uma doença causada pela elevação da pressão ocular (veja pergunta 26).

II - PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA CEGUEIRA

2. O que torna a pessoa cega?

Somado aos acidentes e defeitos de nascimento, há muitas causas de cegueira. Graças a moderna tecnologia
médica, muitas destas causas podem ser prevenidas ou controladas.
No passado, a principal causa de cegueira era catarata. A catarata é uma opacidade do cristalino (lente natural
do olho) que ocorre freqüentemente com o processo de envelhecimento. Com o desenvolvimento da catarata,
a visão se torna consideravelmente nublada. Isto pode eventualmente ser um princípio de cegueira.
Felizmente, cataratas podem, agora, ser tratadas por procedimento cirúrgico que remove os cristalinos
opacos e os substitui por uma lente artificial transparente. Em muitos casos, isto não só evita cegueira, mas
resulta em grande melhora da visão.

A segunda causa de cegueira é o glaucoma. Nesta doença, a pressão elevada dentro do olho causa dano
permanente ao nervo óptico. Seu primeiro sintoma é perda de visão periférica. Quando progride, o glaucoma
pode resultar em cegueira total. No entanto, se diagnosticado precocemente, a grande maioria dos casos pode
ser controlada com medicação, ou tratamento a laser, ou cirurgia ou a combinação destes.

A mais comum causa de cegueira é a degeneração macular senil. Diferente da catarata ou glaucoma, que são
usualmente tratados, a degeneração macular é controlada somente em uma pequena porcentagem dos casos.
Degeneração macular é uma alteração da porção central da retina. O primeiro sintoma é a perda da visão
central no campo visual. Devido a visão periférica não ser afetada, a degeneração macular não causa
cegueira total. Pessoas com degeneração macular podem não ser capazes de dirigir carro, e em muitos casos
são incapazes de ler, no entanto, elas podem usualmente vestir-se, alimentar-se sem ajuda e andar por uma
sala sem algum problema. A degeneração macular pode ser controlada com algum tipo específico de laser,
mas não pode ser curada por completo.

Retinopatia diabética, uma doença que causa cegueira por dano na retina em pacientes diabéticos, é tratada
em muitos casos com laser. O controle rigoroso da glicemia e a detecção precoce desta retinopatia são
fundamentais, por isso pessoas diabéticas devem consultar oftalmologista em períodos regulares.
Outras causas mais raras são as doenças hereditárias, como a retinose pigmentar.

OSTEOPOROSE: UM RISCO PARA HOMENS E MULHERES

A osteoporose é a diminuição da massa óssea. O osso é um tecido vivo que se renova com mais intensidade
nas primeiras décadas da vida, sendo que, a partir dos 30 anos, o quadro se inverte e a absorção de osso
436
passa a ser maior que a formação. As mulheres chegam a perder 50% de toda a sua massa óssea, enquanto os
homens perdem cerca de 25%. A falta de atividade física ou a pouca ingestão de cálcio na infância e na
adolescência aumentam a fragilidade do osso e o risco de desenvolver a doença.

Um dos grandes problemas da osteoporose é que ela, por si só, não apresenta sintomas. A maior parte das
pessoas descobre que tem a doença por causa das dores provocadas pelas fraturas, principalmente no fêmur,
no punho e nas vértebras. Elas se tornam muito mais comuns por causa do enfraquecimento dos ossos. O
diagnóstico pode ser feito através de exames laboratoriais e da densitometria óssea.

Descobrir as causas da osteoporose é uma tarefa difícil. Nas mulheres, em grande parte das vezes, o déficit
de estrogênio que ocorre na menopausa é o principal responsável pelo aparecimento da doença. Em casos
aparentemente sem explicação, pode haver uma predisposição genética, no caso da pessoa pertencer à raça
branca ou asiática ou ter parentes próximos com osteoporose. Há casos, passíveis de reversão, nos quais o
desenvolvimento da doença está relacionado com o estilo de vida, bebida, fumo, alimentação e prática de
exercícios físicos.

Algumas providências devem ser tomadas para prevenção da doença. No caso das mulheres, assim que
chega a menopausa, o ideal é procurar o ginecologista para verificar se há necessidade de reposição
hormonal, com estrogênio. Geralmente, a alimentação rica em cálcio, presente no leite e em seus derivados,
também é importante. Além disso, uma providência que não se refere especificamente à prevenção da
osteoporose, mas das fraturas, é evitar, a partir dos 50 ou 60 anos, ter em casa pisos escorregadios ou tapetes
soltos.

O tratamento difere de acordo com o tipo de osteoporose. No caso da pós-menopausa, ele é feito, como já foi
citado, com reposição de estrogênio. Em outros tipos, o tratamento pode ser realizado com reposição de
calcitonina, que é um outro hormônio, com alendronato de sódio, que é um estimulador da formação óssea,
ou com cálcio.

Quanto à atividade física, ela é importante como prevenção e como tratamento, principalmente os exercícios
com carga, que são absolutamente essenciais para a saúde dos ossos. Durante a atividade física, com a
contração da musculatura, ocorre deformação do osso. Quanto maior o estímulo, maior a deformação. O osso
interpreta esta deformação como um estímulo à formação. Os ossos assim se adaptam à sobrecarga
mecânica. A intensidade da carga é mais importante na formação da massa óssea do que a duração do
estímulo

DROGAS (10)

Como posso saber se meu filho está usando a maconha?

Existem certos sintomas que podem ser percebidos. Aqueles que estão drogados com maconha podem:

437
· Parecer estar meio tonto e com alguma dificuldade para caminhar;
· Parecer estar rindo exageradamente ou sem nenhuma razão ;
· Olhos vermelhos e irritados; e
· Dificuldade para lembrar como as coisas aconteceram.

Quando desaparecem os primeiros efeitos, depois de algumas horas, a pessoa pode sentir muito sono.
Ainda que seja difícil distinguir nos adolescentes, os pais têm atentos para mudanças no comportamento
deles.
Devem tentar perceber se seu filho se afasta de todos, se está deprimido, se tem fadiga, se não cuida de sua
aparência pessoal, se é hostil, ou se suas relações com familiares e amigos se deterioraram.
Também pode haver mudanças no desempenho acadêmico, ausência escolar, menor interesse pelo esporte e
por outras atividades favoritas, ou modificação nos hábitos alimentícios ou no sono. Tudo isto pode indicar o
uso de drogas, ainda que não em todos os casos.

Os pais também devem estar pendentes de:

· Coisas que possam indicar o uso de drogas, como cachimbos, ou papéis para enrolar cigarros;
· O cheiro da roupa;
· O uso de incenso e desodorante de ambiente;
· O uso de colírios para os olhos;
· Que haja roupa, posters, jóias, etc., que promovam o uso das drogas;
· Aumento do apetite (doces);
· Distúrbios na percepção do tempo e do espaço;
· Anhedonia - perda de prazer nas atividades comuns;

A IMPORTÂNCIA DA BOA VISÃO (3)

Colírios: como usar e cuidados

Há muitos tipos de colírios destinados ao tratamento de diferentes doenças dos olhos. Os olhos, entretanto,
são órgãos de muita sensibilidade, assim sendo, o uso de qualquer tipo de colírio, sem orientação e controle
do médico, poderá causar mais problemas do que resultados positivos.

Um colírio bom para a conjuntivite de uma pessoa poderá ser prejudicial para outra que "aparentemente"
tenha o mesmo problema. O uso excessivo de colírio pode causar sérios problemas para os olhos, por isso,
siga sempre a orientação do médico.

Como usar um colírio:


438
1 - lavar as mãos;

2 - levantar a cabeça e puxe a pálpebra para baixo a fim de que o colírio caia dentro do olho;

3 - usar apenas uma gota;

4 - manter os olhos fechados por 2 minutos;

5 - não esfregue os olhos ou pisque depois de pingar o colírio.

Cuidados com o colírio:

1 - os vidros devem ser mantidos bem fechados e ao abrigo da luz;vidros abertos há muito tempo devem ser
jogados fora. Observe o prazo de validade impresso na caixa ou no rótulo;

2 - ao usar o colírio, coloque a tampa em lugar limpo, evitando que a parte de dentro encoste em qualquer
superfície ou objeto;

3 - Cuidado com o uso repetido de colírio anestésico que pode levar à perda do olho.

Conjuntivite

A conjuntivite (popularmente chamada de dor-d'olhos) é uma infecção que se caracteriza por uma sensação
de areia nos olhos, olhos vermelhos, purgação (a pessoa amanhece com os olhos grudados), dificuldade para
abrir os olhos na claridade e, às vezes, pálpebras inchadas.

De modo geral, qualquer médico (clinico geral ou pediatra) pode orientar o tratamento. Se o caso complicar-
se ou não melhorar em dois ou três dias com o colírio receitado, deve-se procurar o oftalmologista.

CALAFRIOS E CALOS

Sensação de mal-estar, frio e tremores, com duração de dez a vinte minutos, durante os quais a pele esfria e
fica pálida ou levemente azulada. Quando os calafrios se devem a focos de infecção instalados no organismo,
quase sempre são seguidos de febre.

O que fazer

1.Deite-se, agasalhando-se bem, e meça a temperatura do corpo. Se o termômetro acusar temperatura


superior a 39ºC, chame o médico imediatamente.

2.Enquanto o médico não vem, tome aspirina ou medicamentos antitérmicos, para reduzir a febre.

Atenção

1.Não fique agasalhado demais: isso poderá aumentar a febre.

2.Meça a temperatura do corpo de hora em hora e anote os dados para o médico.


439
3.Se os calafrios forem intensos, tome um banho de água morna ou coloque compressas mornas nas dobras
do corpo.

4.No caso de calafrios devidos a gripe ou resfriados, procure os verbetes correspondentes.

CALOS
Reação da pele ao atrito, pressão ou traumatismo constantes. Geralmente têm cor amarelada e consistência
dura. Seu tamanho varia conforme a localização.

O que fazer

Os calos só desaparecem quando se elimina completamente a causa principal: o atrito. Quando os calos
infeccionam, deve-se:

1.Conservar o pé elevado.

2.Aplicar compressas de algodão embebido em ácido bórico ou algum anti-séptico.

3.Usar almofadas de algodão entre os dedos, para aliviá-los da pressão e do atrito.


Atenção: Nunca corte calos em casa, pois você pode provocar hemorragias e infecções. Procure um
especialista para que ele mesmo avalie a necessidade de remoção.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA

Definimos a insuficiência cardíaca congestiva como uma circulação insuficiente por falta de bombeamento do
coração. Quando o coração não bombeia efetivamente, o sangue procedente dos pulmões pode acumular-se na
circulação pulmonar, isto poderá produzir o escape de líquidos para fora dos vasos sangüíneos. Este líquido
acaba ocupando os alvéolos e dificultando a troca de ar. Seus sinais e sintomas são: a diminuição acentuada da
respiração, ansiedade e agitação, pulso rápido, respiração superficial e rápida, edema no pulso e/ou tornozelo,
inchaço no abdômen, aparecimento de veias do pescoço distendidas e cianose. Normalmente a vítima insiste em
ficar sentada ou de pé e, não é freqüente que a apresentação de dor torácica. O tratamento é semelhante ao das
vítimas com insuficiência respiratória, ou seja, em primeiro lugar acione socorro especializado a fim de que a
vítima seja transportada para um hospital. Em seguida, mantenha a vítima em repouso (posição semi-sentada)
com as vias aéreas permeáveis, ministre oxigênio suplementar e promova suporte emocional.

Acidente vascular cerebral:

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma condição caracterizada pela alteração do suprimento sangüíneo para
certa parte do cérebro. Suas principais causas são:

Trombose Cerebral – causada quando um coágulo (trombo) obstrui uma artéria cerebral, impedindo que o
sangue oxigenado nutra a porção correspondente do cérebro.

440
Hemorragia Cerebral – também chamado derrame cerebral, é quando uma artéria se rompe deixando uma área
do cérebro sem nutrição. O sangue que sai do vaso aumenta a pressão intracraniana pressionando o cérebro e
interferindo em suas funções. Os sinais e os sintomas do AVC variam muito dependendo da localização e
extensão do dano. Geralmente incluem dor de cabeça, desmaio, formigamento ou paralisia da face, dificuldade
para respirar e falar, dificuldade visual, convulsão e perda do controle urinário e intestinal. Lembrar que o risco
de uma AVC aumenta com a idade. O tratamento inclui o acionamento do socorro especializado e transporte
para um hospital. O socorrista deverá estar preparado para ventilar ou realizar manobras de RCP. Se possível,
ministre oxigênio suplementar, mantenha a vítima em repouso e manipule-á com cuidado e lentamente,
mantenha seu corpo aquecido, não dê nada para ela beber ou comer e mantenha-a em posição lateralizada se
houver secreções na boca (para evitar aspirações).

Hipertensão - A hipertensão, também muito conhecida por pressão alta, é uma elevação instável ou persistente
da pressão sangüínea acima de níveis normais. Os seus sinais e sintomas mais comuns são: dor de cabeça
(cefaléia), enjôo, náuseas, ansiedade, zumbido nos ouvidos, hemorragia nasal, formigamento na face e
extremidades e PA diastólica acima de 90mmHg. Ao realizar o tratamento pré-hospitalar da hipertensão, o
socorrista deverá acionar o socorro especializado, posicionar a vítima sentada ou semi-sentada, manter as vias
aéreas abertas e manter a vítima em repouso, acalmando-a até a chegada da equipe de socorro.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (2)

CHECK LIST DA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Atividade Como Executar Porque Executar


Registre os sinais vitais da
A verificação e comparação dos sinais
vítima (executado durante o Verifique e anote: a respiração, o pulso, a pressão arterial
vitais da vítima é fundamental na
exame ou após o tratamento da sistólica e a diastólica e a temperatura relativa da pele.
avaliação de suas reais condições.
vítima.
Inspecione e apalpe a cabeça Apalpe todo o crânio, procure por deformidades, ferimentos, Para identificar possíveis lesões na
da vítima. edemas, equimoses. cabeça.
Para indicar possíveis lesões na
Observe ambas as pupilas, procure por edemas, equimoses,
Inspecione os olhos da vítima. cabeça, no próprio olho, uso de
lesões nas córneas ou pálpebras.
drogas, etc.
Apalpe os ossos da face, o nariz e a mandíbula da vítima. Para indicar possíveis lesões na
Inspecione e apalpe a face,
Procure hemorragias, deformidades, ferimentos ou equimoses. cabeça, fraturas de ossos faciais,
nariz, boca e mandíbula da
Pesquise por liquor no nariz. Verifique na boca possíveis lesões fraturas no crânio, lesões na boca e
vítima.
na língua, perda de dentes ou prótese, pesquise o hálito. mandíbula, ingestão de álcool, etc.
Inspecione ambas as orelhas Pesquise a saída de sangue ou liquor pelos ouvidos. Certifique- Para indicar possíveis perdas da
da vítima (sem movimentar a se de que a vítima pode ouvir. Pesquise edemas ou equimoses audição traumatismo crânio-
cabeça). atrás das orelhas. encefálico ou ferimentos na cabeça.
Para indicar possíveis problemas
Pesquise veias dilatadas, ferimentos, deformidades ou desvios
Inspecione e apalpe o pescoço cardíacos ou respiratórios e
da traquéia. Verifique a coluna cervical, pesquisando por
da vítima. traumatismos na região da coluna
edemas ou deformidades. Aplique o colar cervical apropriado.
cervical.
Para indicar possíveis lesões na
Inspecione e apalpe os ombros Apalpe a clavícula e a escápula da vítima bilateralmente,
cintura escapular da vítima. Fraturas
da vítima (bilateralmente). procure por deformidades, ferimentos, hemorragias ou edemas.
e/ou luxações nos ossos dos ombros.
Inspecione e apalpe o tórax da Apalpe as regiões anterior e lateral do tórax. Pesquise Para indicar possíveis problemas

441
movimentos respiratórios anormais, deformidades, fraturas, respiratórios, fraturas de costelas ou
vítima (bilateralmente).
áreas de contusão ou edemas. esterno, feridas abertas no tórax.
Para indicar possíveis hemorragias
Inspecione e apalpe o abdome Apalpe e pesquise contusões, ferimentos, hemorragias,
internas, eviscerações, contusões e
da vítima. eviscerações. Observe sensibilidade e o tônus/rigidez.
ferimentos.
Para indicar possíveis lesões na região
Apalpe as regiões anterior, lateral e posterior da bacia.
Inspecione e apalpe a região da bacia. Fraturas e/ou luxações dos
Pesquise instabilidade, dor, ferimentos ou hemorragias.
pélvica da vítima. ossos da pelve. Possíveis lesões nos
Procure identificar lesões na região genital.
órgãos genitais.
Apalpe os membros inferiores e membros superiores. Pesquise Para identificar possíveis fraturas,
Inspecione e apalpe as por ferimentos, hemorragias, deformidades ou edemas. Cheque luxações, entorses, ferimentos,
extremidades da vítima. a capacidade de movimentação, a sensibilidade, a presença de traumatismo de coluna, trauma crânio-
pulso distal e perfusão sangüínea. encefálico, etc
A vítima deve ser rolada em monobloco (90 graus). Após
Apalpe e inspecione posicioná-la lateralmente (mantendo sempre a coluna Para identificar possíveis lesões na
visualmente a região dorsal da alinhada), inspecione toda a coluna por apalpação. Pesquise região dorsal da vítima e traumatismo
vítima. nas costas e nádegas, deformidades, áreas de contusão, de coluna.
ferimentos ou hemorragias.

DOR DE CABEÇA

Dor de cabeça comum

Acompanha doenças, pequenas alterações orgânicas ou distúrbios psicológicos. É um sintoma benigno,


quando transitória e isolada, mas merece cuidados especiais quando se torna crônica ou aparece associada a
outros sinais que alertem para alguma doença mais séria.

O que fazer

1.Analgésicos à base de ácido acetilsalicílico (aspirinas) são eficazes, se não houver contra-indicações
médicas.

2.A dor de cabeça devida à tensão nervosa ou ao cansaço físico pode ser aliviada com as técnicas seguintes,
às quais você deve se submeter em relaxamento muscular total:
sente-se, feche os olhos, incline a cabeça para frente e comprima a nuca com os dedos médio e indicador;
solte e repita o ciclo; peça a alguém para massagear em sentido horizontal, lenta mas firmemente, a região do
pescoço que vai da nuca até a mandíbula.
Sob repouso, em ambiente tranqüilo e escurecido, aplique compressas de água fresca ou canforada sobre a
testa.
Se a dor de cabeça for devida à ressaca, tome analgésicos comuns e ponha bolsa de gelo no local dolorido.

Enxaqueca

442
A dor de cabeça da enxaqueca deve-se à dilatação das artérias do crânio. Em geral, as crises iniciam-se após
longas viagens de carro, insônia, tensão nervosa, contrariedades, frustrações, cansaço físico, fome, abuso de
cigarros e álcool, transtornos digestivos e reações alérgicas. Quando a crise se aproxima, a vítima torna-se
irritável, inquieta e cansada. Pode sentir vertigens e zumbido nos ouvidos e sofrer alterações visuais. Em
cerca de uma hora, sobrevêm umas dores de cabeça violentas, persistentes e latejantes. A dor localiza-se em
uma das metades do crânio e atinge a testa, o fundo dos olhos e as têmporas.

O que fazer

1.Observe uma dieta leve.

2.Descanse em local tranqüilo e escuro.

3.Procure o médico.

CHOQUES

CHOQUE ANAFILÁTICO

Grave reação alérgica, às vezes fatal, que ocorre durante ou logo após uma injeção ou picada de inseto. A vítima
previamente sensibilizada e intolerante aos alérgenos inoculados torna-se pálida ou arroxeada, sente frio
intenso, tremores e súbita queda de pressão.

O que fazer

Leve imediatamente a vítima a um hospital. Para retardar a difusão do alérgeno, passe um garrote acima do local
da injeção ou da picada (veja garrote e torniquete).

CHOQUE ELÉTRICO

O que fazer

1.Antes de qualquer socorro ao acidentado, corte a corrente elétrica: desligue a chave geral de força, ou retire os
fusíveis da instalação, ou puxe o fio da tomada.

2.Se a medida anterior não for possível, afaste da vítima o fio ou o aparelho elétrico, usando luvas de borracha
grossas, ou um pedaço de madeira seca, ou ainda uma espessa camada de roupas ou jornais secos.

3.Num acidente ao ar livre, para afastar a vítima do fio, use uma vara comprida e seca, ou um galho de árvore
seco.

4.Para puxar um fio caído de um poste sobre um veículo, utilize uma corda grossa e seca: jogue-a por sobre o fio
e depois, com extremo cuidado, puxe-a pelas pontas, de modo a deslocar o fio sem tocar nele.
Atenção: Não use objetos molhados nem de metal; tampouco toque no acidentado antes de ter isolado a
443
corrente elétrica. Muitas mortes acontecem por tentativas imprudentes de libertar o corpo de uma vítima de
choque elétrico.

5.Se o choque foi leve e a vítima estiver com respiração regular e pulso perceptível, demonstrando apenas leve
atordoamento: conserve-a sob observação constante; após um pequeno repouso, leve-a ao hospital, de
preferência em ambulância.

6.No caso de choque grave, se a vítima não respirar ou tiver parada cardíaca, comece imediatamente as
manobras de reanimação.

7.Se houver queimaduras, proteja-as com gaze esterilizada e dê analgésicos à vítima.

8.Suspeitando de fraturas, imobilize a região.


Atenção: Depois de prestar os primeiros socorros, leve a vítima ao hospital: a observação médica posterior é
indispensável.

DIREÇÃO DEFENSIVA (18)

Comportamentos Seguros no Trânsito

Como você viu, existem vários tipos de colisão que podem acontecer com o seu veículo, e os comportamentos
perigosos dos condutores nas vias também são bem variados, mas o fator mais comum nos acidentes é não ter
conseguido desviar ou parar a tempo o seu veículo, evitando a colisão.

Como parar

Você, condutor defensivo, deve conhecer os tipos de paradas do veículo, tempo e distância necessários para cada
uma delas.

Distância de seguimento
É aquela que você deve manter entre o seu veículo e o que vai à frente, de forma que você possa parar, mesmo
numa emergência, sem colidir com a traseira do outro.

Distância de reação
É aquela que seu veículo percorre, desde o momento que você vê a situação de perigo, até o momento em que
pisa no freio. Ou seja, desde o momento em que o condutor tira o pé do acelerador até colocá-lo no freio.

444
Distância de frenagem
É aquela que o veículo percorre depois de você pisar no freio até o momento total da parada. Você sabe que o
seu veículo não pára imediatamente, não é mesmo?

Distância de parada
É aquela que o seu veículo percorre desde o momento em que você vê o perigo e decide parar até a parada total
do seu veículo, ficando a uma distância segura do outro veículo, pedestre ou qualquer objeto na via.

Importante:
Você deve ter percebido que a distância de parada é a soma da distância da reação mais a distância de frenagem
e portanto, deve ser maior que as duas juntas para evitar a colisão e que esta deve ser a distância de seguimento.

OXIGENOTERAPIA

Qualquer distúrbio no processo respiratório poderá ser potencialmente fatal, pois poderá causar asfixia. Este
é o termo utilizado para definir o sufocamento, ou seja, qualquer condição que impeça o oxigênio de ser
levado ao sangue. A redução de oxigênio no corpo é conhecida por hipóxia. Esta faz com que os tecidos se
deteriorem muito rapidamente (as células cerebrais morrer se forem privadas de oxigênio por cerca de três
minutos).

Os sinais e os sintomas da falta de oxigênio são: respiração rápida, difícil e ofegante, confusão, agitação,
cianose e perda da consciência. Se esta condição de hipóxia não for revertida, a respiração e os batimentos
cardíacos podem parar.

Atualmente, existe um equipamento leve e portátil para a administração de oxigênio suplementar, e muitos
dos que são treinados para prestar primeiros socorros aprendem a usá-lo. O oxigênio poderá ser utilizado
para complementar a respiração artificial ou ainda, para enriquecer o percentual de oxigênio oferecido às
vítimas que conseguem respirar (oxigenoterapia). Se adequadamente ministrado por pessoa treinada, o
oxigênio não causa mal algum.

O socorrista deverá observar as seguintes regras ao usar o oxigênio: não fumar, nem permitir que haja
qualquer chama perto do equipamento de provisão de oxigênio, evitar quedas e batidas no cilindro de
oxigênio, não usar qualquer tipo de lubrificante nas válvulas do equipamento, não deixar de providenciar a
revisão do aparelho e sua recarga após o uso.

445
RESPOSTA ÀS QUESTÕES MAIS FEQUENTEMENTE PERGUNTADAS
SOBRE SEUS OLHOS (11)

1. O que é astigmatismo?

Se a córnea dos seus olhos tem uma forma oval ao invés de esférica ( que é o normal) a visão ficará meio
distorcida. Esta distorção da visão é chamada astigmatismo. Óculos ou lentes de contato usualmente
corrigem o problema.

2. Por que tenho dificuldade em ver objetos próximos enquanto eu sempre tive perfeita visão no
passado?

Mudanças no ponto próximo da visão são um natural resultado do processo de envelhecimento. Se sua visão
para perto não é tão boa como já foi, óculos podem ser prescritos para corrigir o problema. Esta condição é
chamada de presbiopia e passa a ocorrer em torno dos 40 anos de idade.

3. Por que meus óculos novos não melhoram minha visão?

Se o problema foi simplesmente um "erro de refração" em seus olhos, então novos óculos devem corrigir sua
visão. Entretanto, pode ser que exista um problema oftalmológico com seus olhos.

4. Eu não tenho nenhum problema de visão mais fui reprovado em meu exame de habilitação de
motorista. Como?

No Brasil é exigido que você tenha 20/30 de visão (66%), em pelo menos um dos olhos, para passar no teste
para exame de habilitação. Se você não tem 20/30 (66%) ou melhor, em pelo menos um olho, você deveria
ser examinado por um oftalmologista para determinar a razão da perda de visão.

49. Se eu tenho uma prescrição para óculos bifocais, posso ao invés disto usar lentes de contato?

Existe algo semelhante a lentes de contato bifocais, mas não é ainda muito difundido . Há duas outras
alternativas:

446
Você pode ter uma lente de contato em um olho para a visão à distancia e uma lente em outro olho para visão
de perto. Isto permite que você veja bem objetos longe e perto, com um pouco de embaçamento em ambos.
Muitas pessoas acham isto aceitável;

2) Você pode usar lentes de contato para visão à distância e usar óculos de leitura para o trabalho de perto.
Isto elimina a necessidade de óculos para maioria de suas atividades.

AMPUTAÇÕES

Acidentes que provocam a amputação de partes do corpo humano exigem sempre, de parte do socorrista,
ação rápida e eficaz.

O que fazer

1.Estanque a hemorragia, usando a técnica aplicável ao caso.

2.Conduza imediatamente a vítima a um hospital, levando a parte amputada envolvida em gaze ou em pano
limpo. Conforme o caso, os médicos poderão tentar reimplantar o membro ou órgão decepado.

Atenção: Não deixe de tratar da parte amputada e nunca esqueça de levá-la ao hospital; muitas vezes, o
reimplante só se torna possível devido à preservação adequada da parte decepada. Geralmente, a aparência
azulada e ensangüentada de um membro amputado leva a crer que já não há nenhuma possibilidade de
reimplantá-lo. Nunca se deixe levar por essa impressão: depois de socorrida a vítima, cuide da parte
amputada.

3.Impeça que o pânico tome conta da vítima. Mantenha-a imóvel e calma. Se não conseguir isso, dê-lhe um
analgésico ou o calmante que tiver à mão. Fale com ela, procurando infundir-lhe confiança na sua
recuperação.

447
DROGAS (11)

Como abordar um usuário de maconha?

Não é com uma bronca ou com agressão que se aborda um dependente. Realismo e objetividade são
fundamentais. Neste momento, o usuário necessita encarar os seus limites, conhecer as regras, os horários, as
tarefas e seus deveres para com sua família, que tem um papel importantíssimo. O aconselhamento familiar
esclarece e auxilia na melhor maneira de lidar com o usuário, que precisa querer receber ajuda. Caso isso não
ocorra, não force uma situação. Mas, lembre-se: uma boa conversa e uma atitude amiga, certamente, poderão
salvar uma vida.

O que acontece depois que a pessoa fuma maconha?

Quase imediatamente depois de inalar a maconha, a pessoa pode sentir, intoxicação,boca seca, batidas
aceleradas do coração, dificuldades na coordenação do movimento e do equilíbrio, e reações ou reflexos
lentos. Os vasos sangüíneos dos olhos se expandem,por isso ficam avermelhados.
Em algumas pessoas, a maconha aumenta a pressão sangüínea e pode até duplicar o ritmo cardíaco. Este
efeito pode acentuar-se quando se mistura outras drogas com a maconha; algo sobre o qual nem sempre o
fumante pode ter certeza do que é. Depois de 2 ou 3 horas, a pessoa pode sentir muito sono.

O que acontece no organismo

A substância ativa da planta, o THC, age no cérebro em 20 minutos


1. Após ser tragada, a droga leva aos pulmões toxinas como o alcatrão, que prejudicam o aparelho
respiratório, e o THC, que segue para a circulação sanguínea
2. Parte do THC chega ao estômago, fígado e depois aos rins e é eliminada pela urina
2a. Outra parte chega ao baço; acredita-se que nele o THC reduza a produção de linfócitos e enfraqueça o
sistema de defesa do organismo
2b. Há pesquisas que apontam redução pelo THC dos níveis do hormônio sexual masculino testosterona,
podendo provocar infertilidade temporária
3. No cérebro, entre as várias substâncias conhecidas como receptores, existe uma que é ativada pelo THC
3a. No cerebelo, que regula o equilíbrio, postura e coordenação motora, o THC provoca letargia, redução no
controle dos movimentos e desorientação espacial e temporal
3b. No hipocampo, o THC reduz a atividade de neurônios relacionados à memória de curto prazo
3c. No córtex cerebral, que regula a percepção pelos sentidos, o THC pode promover alterações transitórias
nas sensações pelo tato, visão e audição
4. O THC estimula também o aumento da produção de serotonina, substância que promove sensação de
prazer

448
Por quanto tempo a maconha permanece no corpo?

A substância THC na maconha é absorvida pelos tecidos gordurosos de vários órgãos do corpo, onde são
armazenados. Geralmente podemos encontrar restos de THC nos exames regulares de urina até vários dias
depois da pessoas ter fumado maconha. Contudo, no caso das pessoas que fumam muita maconha (fumantes
crônicos), podemos encontrar restos da substância, inclusive várias semanas depois de ter parado de usar a
droga.

449
A IMPORTÂNCIA DA BOA VISÃO (4)

Cuidados em casa

Não deixe ao alcance de crianças objetos cortantes ou pontiagudos, tais como facas, tesouras, garfos, chaves
de fenda, lápis, canetas, varetas e arames.

Em sítios e fazendas é preciso muito cuidado com animais como galinhas, patos, gansos, gatos, papagaios,
etc., que podem atingir os olhos da criança com bicadas ou arranhões.

Cuidado para não deixar produtos de limpeza atingir os olhos (água sanitária, soda cáustica, álcool,
detergentes, etc.). Caso isso aconteça, lave muito bem os olhos (20 a 30 minutos) com água limpa e, somente
após isso, com urgência, procure atendimento médico.

Muitas plantas domésticas, principalmente as pontudas, as espinhosas, ou aquelas que soltam líquido leitoso
(por ex.: Coroa-de-Cristo), podem causar problemas sérios se atingirem os olhos.

Pais que fumam nunca devem segurar seus filhos quando estiverem com o cigarro aceso. Assim, evitarão
irritações causadas pela fumaça e queimaduras que poderão atingir o rosto, especialmente os olhos.

Cuidados no trânsito

O uso do cinto de segurança é indispensável também dentro da cidade, onde se verifica a maioria dos
acidentes com perfurações nos olhos.

Crianças de até 12 anos de idade devem estar sempre no banco traseiro.

Jamais leve criança, de qualquer idade, no colo, principalmente no banco da frente.

ATAQUE HISTÉRICO
450
Apesar de poder ser facilmente confundido com convulsões, ou com crises epilépticas, o ataque de histeria,
popularmente conhecido como "ataque de nervos", tem características próprias: a vítima quase sempre tem a
crise diante de outras pessoas, assumindo atitudes dramáticas. Se cai, não se machuca; tampouco morde a
língua ou baba. O ataque histérico geralmente é desencadeado por situações que impliquem alterações
emotivas, perturbações nervosas, emoções fortes, lesões ou acidentes, provocando distúrbios sensoriais e
motores.

O que fazer

Procure certificar-se de que realmente se trata de uma crise histérica. Nesse caso:

1.Isole a vítima, afastando-a de outras pessoas, especialmente daquelas mais ligadas a ela. Lembre-se de que
o ataque histérico costuma ocorrer quando a vítima tem um "público".

2.Tranquilize-a e tente ganhar sua confiança, sem ridicularizá-la.


Atenção: Não jogue água no rosto da vítima, nem lhe dê tapas. Não a faça cheirar álcool ou amoníaco.
Nunca procure resolver o problema com métodos agressivos.

3.Chame um médico.

BICHO GEOGRÁFICO

451
(Bicho-de-pé) Afecção causada por larvas de germes que parasitam a pele. De início, surge uma pequena
irritação vermelha escura e saliente que, após alguns dias, "caminha", fazendo um trajeto sinuoso.

O que fazer

A larva não se encontra no ponto terminal da irritação, mas num raio de cinco centímetros em torno dele.
Assim:

1.Aplique uma pomada à base de tiabendazol.

2.Com um algodão, passe éter num círculo de dez centímetros de raio, cujo centro é o terminal da irritação.
O resfriamento poderá provocar a descamação da pele e a expulsão do parasita.

3.Limpe freqüentemente o local com água oxigenada ou uma solução de permaganato de potássio, na
proporção de 1 para 5000.

4.Se o tratamento acima não der resultado, procure o médico.

BOLHAS
As causas mais comuns do surgimento de bolhas são: atritos na pele; queimaduras provocadas pelo frio ou
pelo calor; doenças da pele; alergia; irritações da pele por agentes químicos.

O que fazer

1.Nunca perfure a bolha: a pele é a melhor proteção contra infecções.

2.Quando a bolha se romper espontaneamente, lave bem a região com água e sabão, aplique mercurocromo e
cubra o local com um curativo simples.

DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO

DIARRÉIA

452
Eliminação de fezes de consistência líquida ou pastosa através de numerosas evacuações por dia o que pode
ocorrer esporadicamente por um período curto, ou de maneira crônica, com intervalos de evacuações
normais. Suas causas mais comuns são: intoxicações alimentares, irritação do tubo digestivo, particularmente
do intestino; infecção dos ouvidos, nariz, boca, garganta, broncopneumonia etc., verminoses (uma das causas
principais da diarréia crônica); problemas do intestino (por exemplo, colite).

O que fazer

1.Suspenda a alimentação. Ofereça somente água fervida e procure o médico.

2.Nas diarréias causadas por alimentos irritantes ao intestino, adote uma dieta leve, que não contenha
resíduos, como folhas de verdura, bagaços etc.

3.Se a diarréia não passar ou tiver sido provocada por alimentos intoxicados, procure o médico.

DESIDRATAÇÃO

É uma das conseqüências mais graves de várias doenças, principalmente infecciosas, pela falta e/ou ingestão
inadequada de líquidos. De maneira geral, essa enfermidade desencadeia-se pela perda da água e de sais por
meio de vômitos e diarréias, agravada por suores excessivos; e é mais freqüente no verão. Organismos bem
nutridos são normalmente capazes de suportar e vencer infecções sem desidratar-se; o mesmo não ocorre aos
desnutridos ou subnutridos, principalmente de crianças.
A desidratação infantil deve-se, na maioria dos casos, a doenças do aparelho digestivo, como infecções
bacterianas nos intestinos, que provocam vômitos, diarréia e febre alta, fazendo com que a vítima sobretudo
se for desnutrida ou subnutrida perca rapidamente água e sais. Além disso, o desidratado apresenta mal-estar,
dor de barriga, tonturas e sede intensa.

O que fazer

1.Se a vítima é um adulto, dê apenas refeições leves e líquidos à vontade. Faça-o tomar remédios
antiespasmódicos para aliviar as cólicas, as náuseas e diarréia. E procure o médico.

2.Em crianças maiores, suspenda também a alimentação e ofereça água fervida à vontade.
Atenção: Nunca deixe de ir ao médico, porque a desidratação é uma doença grave, com alto índice de
mortalidade.

DIREÇÃO DEFENSIVA (19)

Distância Segura

Para você saber se está a uma distância segura dos outros veículos, vai depender do tempo (sol ou chuva), da
velocidade, das condições da via, dos pneus e do freio do carro, da visibilidade e da sua capacidade de reagir
rapidamente.
453
Existem tabelas e fórmulas para você calcular esta distância, principalmente nas rodovias, mas como elas variam
muito, e dependem além do tipo e peso do veículo, de outros fatores que também variam muito, o melhor é
manter-se o mais longe possível (dentro do bom senso), para garantir a sua segurança.

Porém, para manter uma distância segura entre os veículos nas rodovias, sem a utilização de cálculos, fórmulas
ou tabelas, vamos lhe ensinar a usar "o ponto de referência fixo"

Quando o veículo que está à sua frente passar por este ponto, comece a contar pausadamente: cinqüenta e um,
cinqüenta e dois. (mais ou menos dois segundos).

Se o seu veículo passar pelo ponto de referência antes de contar (cinqüenta e um e cinqüenta e dois), deve
aumentar a distância, diminuindo a velocidade, para ficar em segurança.

Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após você ter falado as seis palavras, significa que a sua
distância, é segura.

Este procedimento ajuda você a manter-se longe o suficiente dos outros veículos em trânsito, possibilitando
fazer manobras de emergência ou paradas bruscas necessárias, sem o perigo de uma colisão.

Atenção:
Esta contagem só é válida para veículos pequemos (até 6 metros) e na velocidade de 80 e 90 km e em condições
normais de veículo, tempo, estrada.

AS CONSEQÜÊNCIAS DRÁSTICAS DO ALCOOLISMO

Os principais sintomas do alcoolismo são a deterioração psicológica e física do viciado. À medida que a
deterioração psicológica avança, o indivíduo vai perdendo sua capacidade mental, torna-se descuidado e
impontual e não pode concentrar-se suficientemente para terminar um trabalho que não gosta de fazer.

A deterioração física freqüentemente começa por tornar gordo e flácido o alcoólatra, mas, nos últimos
estágios da doença, ele pode perder peso rapidamente, devido à subnutrição e são efeitos do álcool no fígado.
Quanto mais álcool é ingerido, mais irritado se torna o revestimento do estômago e dos intestinos, as células
do fígado morrem e são substituídas por um tecido fibroso (cirrose hepática), e a nutrição inadequada pode
afetar os músculos cardíacos e os nervos dos braços e pernas. Além disso, como sua resistência orgânica é
454
enfraquecida pelo álcool, os alcoólatras tendem à pneumonia e à tuberculose e a qualquer outro tipo de
infecção.

Talvez o mais conhecido dos sintomas do alcoolismo seja o delirium tremens - uma série de alterações
agudas e subagudas que ocorrem nos alcoólatras crônicos. Começa com agitação e insônia e se desenvolve
em delírio depois de um ou dois dias. Seus sinais mais terríveis são as alucinações que freqüentemente
tomam a forma de animais, dos quais a vítima tenta fugir.

O único tratamento realmente efetivo para o alcoolismo é fazer com que o viciado deixe de beber. Os
métodos clínicos incluem drogas que, quando ingeridas, provocam no viciado aversão ao álcool. Mas o
sucesso dos tratamentos depende muito da decisão do alcoólatra em deixar o vício. Unicamente uma questão
de força de vontade que médicos clínicos e psiquiatras podem ajudar.

ALERGIA

Reação orgânica de indivíduos sensíveis a determinadas substâncias ou condições ambientais (os chamados
"Fatores alérgenos"). Os alérgenos podem ser distribuídos em seis categorias:

Os que penetram pelas vias respiratórias: pós, pêlos, paina, algodão, lã, fungos, pólen, inseticidas, vapores
industriais e perfumes, entre outros

Os que penetram por via digestiva: farinhas, ovo, leite, peixes, crustáceos, nozes, avelãs, amendoim,
chocolate, carne de porco, morango, mostarda e outras especiarias. Incluem-se nessa relação alguns
medicamentos como antibióticos, sulfas e analgésicos

Os introduzidos por picada de abelha, mosquito, aranha, escorpião, cobra, ou por meio de injeção do soro
animal ou de antibióticos, sulfas, analgésicos e quinina

As que provocam reações alérgicas por contato: vários tipos de flores e plantas, tintas, plásticos, inseticidas,
cosméticos, metais, lã e produtos químicos
455
Alérgenos físicos: calor, frio, luz e outras radiações;
Bactérias, fungos e parasitas, que, além de acarretarem as afecções típicas de sua presença no organismo,
podem provocar reações alérgicas.

O que fazer

1.Tente identificar o alérgeno e afaste-se dele.


2.Procure o médico.

Prevenção

Para pessoas com propensão a reações alérgicas, algumas medidas preventivas, antes do parecer definitivo
do médico, podem ajudar:

1.Eliminar cortinas, tapetes e almofadas.


2.Forrar colchões e travesseiros com plástico.
3.Evitar contato direto do corpo com lã e casacos de pele.
5.Afastar-se de cães, gatos e pássaros.
6.Passar uma solução de ácido fênico a 5% sobre as manchas de mofo das paredes.
7.Tentar identificar e afastar da dieta os alimentos que possam estar provocando reações alérgicas.
8.Todo alimento novo, ao ser introduzido na alimentação de pessoas com propensão a reações alérgicas,
principalmente crianças, deve ser administrado em pequenas quantidades, aumentando-se um pouco cada
dia. Isso evita que uma dose grande possa indispor intensamente o organismo em relação àquele alimento.

DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA (4)

Tipos de dor de cabeça

Dor de cabeça provocada por pancadas e ferimentos

Por mais leves que possam ser, um ferimento ou uma pancada na cabeça costuma provocar dores, muitas
vezes acompanhadas de espasmos musculares e de tonturas. Estas dores desaparecem com o tempo, mas
podem ser intensificadas pela ansiedade que provocam.

Tratamento: o tratamento médico imediato nesses casos consegue aliviar a dor e diminuir sua freqüência e,
algumas vezes, o médico recomenda um programa gradativo de exercícios.

Dor de cabeça provocada por problemas cerebrais graves

As dores de cabeça raramente têm como causa um problema grave no cérebro, como um tumor ou um
abscesso. Mesmo quando existe um tumor cerebral, a dor de cabeça é um sintoma que ocorre apenas nos
estágios avançados da doença e, em geral, é mascarada por sintomas mais acentuados, como fraqueza e
formigamento nos braços e nas pernas , distúrbios da fala vômitos e rigidez dos músculos do pescoço.
456
Contudo, é extremamente improvável que a dor de cabeça ocorra como o único sintoma deste tipo de
problema.

DROGAS (12)

Tipos

Álcool

É a substância psicoativa mais antiga da humanidade. Consumo excessivo traz aplicações no sistema
digestivo, podendo resultar em câncer na boca, faringe, laringe e esôfago, atrofia do cérebro, demência,
icterícia, teleangioma (ruptura dos vasos sanguíneos da superfície), eritema palmar, varizes abdominais,
fluído abdominal, atrofia testicular, pancreatite, edema de tornolzelos, tendência a sangramento fácil, tremor,
aumento do braço, cirrose, vasos sanguíneos dilatados, coração aumentado e enfraquecido, etc. Afeta a
capacidade intelectual, memória e destrói a vida social e afetiva do dependente.

Hepatites relacionadas ao álcool

Mais de 2 milhões de americanos sofrem de doenças do fígado relacionada ao álcool. Alguns desenvolvem
hepatite alcoólica ou inflamação do fígado, como resultado de bebida intensa por longo-prazo. Seus sintomas
são febre, icterícia (amarelamento exagerado da pele, olhos e urina escura) e dor abdominal. A hepatite
alcoólica pode levar à morte se o indivíduo continuar a beber. Se para de beber, esta situação é
freqüentemente reversível. Cerca de 10 a 20% de bebedores pesados desenvolvem cirrose alcoólica, ou
degeneração do fígado. A cirrose alcoólica pode levar à morte se continuar a beber. Embora a cirrose não
seja reversível, em se parando de beber, a chance de sobrevivência e a qualidade de vida da pessoa melhora
consideravelmente. Os acometidos de cirrose, freqüentemente, sentem-se melhor e o funcionamento do
457
fígado pode até melhorar, caso não bebam nada. Embora o transplante de fígado seja necessário como um
último recurso, muitas pessoas com cirrose que param de beber talvez nunca precisem fazer transplante. E
ainda, existe o tratamento para as complicações causadas pela cirrose.

Cardiopatias

Beber moderadamente pode trazer efeitos benéficos ao coração, especialmente entre aqueles com maior risco
para ataques cardíacos, como homens acima de 45 anos e mulheres após a menopausa. Todavia, quantidades
maiores que as moderadas, consumidas por anos aumenta o risco de hipertensão, cardiopatias, e alguns tipos
de derrame.

Câncer

Quantidade maiores de bebidas alcoólicas a longo prazo aumenta o risco do desenvolvimento de certos tipos
de câncer, especialmente no esôfago, boca, garganta e cordas vocais. As mulheres têm um risco ainda maior
de desenvolver câncer de mama se beberem dois ou mais drinques por dia. A bebida também pode aumentar
o risco de câncer de intestino.

Pancreatite

O pâncreas é o órgão que ajuda a regular os níveis de açúcar no corpo, produzindo insulina. O pâncreas
também desempenha papel importante na digestão de diversos alimentos. Bebida intensa no longo-prazo
pode levar à pancreatite (ou inflamação do pâncreas). Os sintomas são dor abdominal aguda e perda de peso,
podendo ser até fatal.

458
CONVULSÕES

Perda repentina de consciência, acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias. Podem ser
desencadeadas por febre muito alta, traumatismos na cabeça, epilepsia, intoxicações e diversas doenças.

O ataque se inicia abruptamente, às vezes precedido de perturbações visuais. O olhar torna-se parado, a
pessoa perde os sentidos e cai. Os músculos relaxam-se e contraem-se, fazendo com que a vítima sacuda
braços e pernas.

O que fazer

1.Deixe a vítima onde estiver, a menos que sua posição seja perigosa. Deite-a, se necessário, segure-a para
impedir que se machuque, mas sem tolher totalmente seus movimentos.

2.Chame o médico.

3.Afrouxe as roupas da vítima e vire-lhe a cabeça de lado, para evitar asfixia.

Atenção: Não lhe dê nada para beber.

4.Retire pontes, dentaduras e detritos da boca da vítima.

5.Coloque um lenço entre seus dentes, para evitar que ela morda a língua.

459
6.Quando as convulsões terminarem, deixe a vítima deitada até que recupere a consciência. Não a deixe
sozinha.

7.Nas convulsões febris em crianças, reduza a febre dando banhos de imersão em água morna durante quinze
a vinte minutos.

CORPOS ESTRANHOS NO ORGANISMO (1)

No olho

Não é difícil remover ciscos dos olhos, pó de ferragem, fuligem ou corpos semelhantes.

O que fazer

1.Esfregue o outro olho, provocando lacrimejamento em ambos os olhos: as lágrimas ajudarão a expulsar o
corpo estranho.

2.Se o corpo estranho for visível, tente retirá-lo com a ponta de um lenço.

3.Se o corpo estranho não for grande, puxe suavemente as pestanas da vítima para fora, deslocando a
pálpebra do globo ocular. Coloque um cotonete horizontalmente no centro da pálpebra para fora e para cima
com o auxílio do cotonete. Retire o corpo estranho com a ponta do cotonete.

4.No caso de areia ou grande quantidade de quaisquer partículas, faça lavagem local: recorte a borda de um
copinho plástico ou de papelão, de forma que ele se encaixe perfeitamente no olho, encha-o com água limpa
(de preferência fervida), encaixe bem o olho nas bordas do copinho e leve a cabeça para trás. Repita a
operação até o olho ficar completamente limpo.

5.Se não puder preparar o copinho, lave o olho na água corrente; coloque a mão em concha sob a torneira
aberta e mergulhe o olho na água. Movimente as pálpebras e o globo ocular até que a água remova as
partículas.

6.Se nenhuma dessas medidas der resultado, procure auxílio médico.


460
No ouvido

Insetos que penetram no canal auditivo provocam desagradável sensação, muitas vezes causando dor de
ouvido e de cabeça, náuseas e até vômitos.

O que fazer

1.No caso de inseto, deite-se com a cabeça de lado e pingue algumas gotas de óleo de oliva ou glicerina.
Permaneça assim por alguns minutos.

2.Depois, com uma seringa ou uma pêra de borracha, lave o ouvido com água morna. Espere um pouco e
retire-a, colocando a cabeça para o outro lado; repita a operação, até que o inseto saia.
Atenção: Não bombeie a água com exagerada pressão. Aplique-a com suavidade.

3.Se a medida acima não der resultado, procure o médico.

DOENÇAS RELACIONADAS AO FUMO (2)

Fumo e gravidez

Fumar aumenta o risco de infertilidade e de complicações da gravidez.


A gestante fumante tem maior chance de abortar, de ter filho prematuro, de baixo peso e de morte do filho no
período perinatal.

Fumar reduz a expectativa de vida


A chance de viver até os 73 anos é de 42% em fumantes e 78% em não-fumantes

Fumar prejudica o tratamento de doenças


Como gastrite, úlcera péptica, esofagite de refluxo, angina, insuficiência cardíaca, bronquite, enfisema e
asma

Fumar aumenta as complicações pós-operatórias


Especialmente em idosos, obesos e pacientes em tratamento de doenças cardíacas ou respiratórias

Fumo Passivo
As pessoas que estão próximas dos fumantes, especialmente em ambientes fechados, inalam mais de 400
substâncias que podem prejudicar a saúde.
O fumante passivo tem maior risco de câncer de pulmão e infarto do miocárdio.
As crianças que convivem com pais fumantes têm maior risco de infecções respiratórias, bronquiolites,
asma, otites e infecções de garganta (amigdalites).

Cigarro e Gravidez: Parceria Perigosa


461
As mulheres têm um motivo a mais para deixar de fumar: durante a gravidez, esse hábito pode fazer imenso
mal ao feto. Quando a mãe fuma durante a gestação, o bebê recebe as substâncias tóxicas do cigarro por
meio da placenta. A nicotina provoca o aumento do batimento cardíaco do feto, e a criança pode nascer com
peso reduzido, menor estatura e alterações neurológicas importantes. Isso sem falar que a gestante tem um
risco aumentado de sofrer um aborto espontâneo, entre outras implicações ao longo dos nove meses. Para
piorar o quadro, durante a amamentação, as substâncias tóxicas continuam sendo transmitidas ao bebê via
leite materno.
Portanto, mulheres, procurem abandonar o cigarro logo agora, porque depois de já estarem grávidas a luta
contra o tabaco fica ainda mais difícil. Porém é fundamental.

DEPRESSÃO (5)

Muitas vezes o deprimido apresenta redução do desejo sexual, se o parceiro não compreende, pode acusar o
outro de estar com amante. Outras vezes o deprimido pode ao contrário apresentar comportamento
promíscuo, buscando relações sexuais descabidas na tentativa heróica de aliviar sua angústia. Pode fazer uso
de bebidas alcoólicas e drogas com a mesma finalidade. O bem estar é passageiro, o sentimento de culpa e
irritabilidade aumentam, o desempenho no trabalho fica mais comprometido. Se neste momento de intensa
fragilidade houver perda de emprego, conflitos ou separações conjugais, o risco de suicídio se potencializa.

Não é hora de julgar comportamentos, é momento de compreensão - o deprimido está fazendo o que pode
para sobreviver, não que seja o melhor, mas é o melhor que pode fazer.

Esta pessoa que já se sente só, ficará realmente desamparada, e na companhia dos piores sentimentos que
pode experimentar.

Quando duas pessoas se unem, fala-se em comunhão de bens; que estarão unidos na saúde e na doença, na
alegria e na tristeza. Quanto à comunhão de bens e união na saúde e alegria, não há grandes problemas,
contudo quando surgem os males, as doenças, as tristezas, o que era antes meu bem pra cá, meu bem pra lá,
muitas vezes culmina em separação e acaba com meus bens pra cá, e seus bens pra lá - suas doenças e seus
males também.

Ninguém diria a uma pessoa com a perna fraturada, para ela andar, fazer passeios para a perna melhorar. É
comum familiares, amigos e às vezes médicos tentarem ajudar como podem. Dizem a pessoas deprimidas
para esquecer os problemas, ou que não tem problemas para se deprimir, que existem pessoas em pior
situação e não se entregam, ou sugerem férias e passeios. A tolice é tão grande como quando o deprimido usa
drogas ou sexo para melhorar seu mal.

Partilhar e entender esta experiência de dor não é tarefa fácil e não depende só de boa vontade. Depende de
condição interna para acolher até onde possível essa angústia, e encaminhar o companheiro que padece desse
mal a quem de competência para tratamento adequado.

462
A metade dos deprimidos que procuram ajuda médica procuram clínicos, em função de seu mal estar físico e
certo preconceito quanto a procurar psiquiatras. Após vários exames clínicos normais, e infelizmente
algumas prescrições de "calmantes", que mais agravam a depressão, cerca de 5 % dos deprimidos chegam ao
psiquiatra. Se o tratamento for bem conduzido com uso de medicamentos, e algumas vezes auxílio de
psicoterapia, 80% dos casos respondem ao tratamento. Ainda existem casos refratários a todos os
tratamentos existentes.

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR (3)

Intoxicação alimentar por clostrídios


A bactéria responsável por esse tipo de intoxicação alimentar, o Clostridium prefringes, se torna ativa - e
causa problemas – durante o cozimento dos alimentos. Os pratos à base de carne, como os ensopados e as
tortas, por exemplo, são particularmente suscetíveis ao ataque desses germes. Essas bactérias, que estão
presentes no ar, na poeira e no chão, disseminadas pelas moscas, são indestrutíveis e sobrevivem à fervura
durante horas seguidas. Em temperatura abaixo de 20ºC, ou acima de 60ºC, elas se mantém inativas. Porém,
entre esses dois limites, elas se multiplicam rapidamente, contaminando o alimento é mantido aquecido
durante várias horas após o cozimento, quando, quando ele é esfriado lentamente e em seguida não obtém
uma refrigeração adequada ou quando ele é requentado durante vários dias seguidos.

Sintomas
Os sintomas desse tipo de intoxicação surgem em geral entre 12 e 24 horas após a ingestão do alimento
contaminado. Na maioria dos casos, o paciente tem fortes e persistentes does abdominais seguidas de
diarréia,. Entretanto, a temperatura permanece normal e é rara a ocorrência de vômitos. Embora a pessoa se
sinta bastante indisposta durante todo o tempo em que os sintomas persistirem, eles desaparecem depois de
um ou dois dias. Se os sintomas continuarem presentes por mais tempo, é possível que o problema tenha
uma causa completamente diferente.

Tratamento: É sempre aconselhável procurar um médico. Este tipo de intoxicação alimentar deve receber
o mesmo tratamento dado à intoxicação por salmonela. O paciente necessita de um dia de repouso e deve
ingerir uma grande quantidade de líquidos. Caso a diarréia persista, ele deverá seguir tratamento médico. De
qualquer maneira, sempre é aconselhável procurar um médico se os sintomas forem muito acentuados e
persistentes ou se o paciente for uma criança ou uma pessoa idosa.

463
O PODER DOS SUCOS (2)

Os sucos mais importantes

Todas as frutas e hortaliças tem papéis importantes a desempenhar para manter a saúde boa, porém alguns
mais do que outros. Suco de cenoura e de aipo devem se tornar logo parte de sua dieta diária. O suco de
maçã é o único suco que pode ser misturado com qualquer suco de hortaliça.

Folhas verdes, tais como espinafre, salsa, alface e brotos, são de importância vital. Sucos de frutas cítricas é
uma excelente fonte de vitamina C, muito necessária para o nosso corpo.

Todos os benefícios do sucos à saúde

A grande quantidade de alimentos crus, livra o corpo de toxinas, dando-lhe sensação refrescante e tornando-o
energizando e relaxado ao mesmo tempo. Os alimentos puros suavizam a pele, tornam os cabelos brilhantes,
a respiração livre, e todo sistema orgânico fica tão regulado, que você não precisará ,mais se preocupar com
ele. Gripes e resfriados diminuem e se tornam muito mais espaçados.

Pesquisas demonstraram que o beta-caroteno desempenha um papel importante na prevenção de muitas


doenças. Em ação ele funciona como um antioxidante, neutralizando moléculas nocivas conhecidas como
radicais livres. Ao fazer isto, o beta-caroteno protege a valiosa carga genética que existe em cada célula, para
garantir sua saúde, diminuindo as possibilidades do envolvimento das doenças,

Hoje em dia a comunidade médica aconselha o consumo de mais hortaliças que contenha beta-caroteno para
evitar certos tipos de câncer. Fontes : cenoura, agrião, couve-flor,espinafre, nabo, brócolis e abóbora.

A clorofila é um outro elemento que se demonstrou muito valioso para os seres humanos. Encontrada apenas
nas plantas, a clorofila aparece no combate ao crescimento de tumores.

Estes são alguns modos pelos quais os sucos frescos de frutas e hortaliças podem melhorar a sua vida e
ajudar a prevenir uma série de doenças.

Algumas dicas importantes :

 tome os sucos assim que ficarem prontos.

 não armazená-los na geladeira para consumo posterior.

 quando tomar suco de hortaliças trate de mastigá-los.

464
RISCOS E PRAZERES DAS DROGAS (3)

Opiáceos

São vários os derivados do ópio, sendo mais conhecidos a morfina e heroína que se fixam em receptores
cerebrais e em pouco tempo levam a dependência. Tem ação analgésica, pode causar uma euforia inicial
seguida de apatia e sonolência. Em superdosagem pode levar ao coma e morte por parada respiratória. A
abstinência inclui náusea, dores musculares e diarréia.

Inalantes ou solventes

Estão juntamente com a maconha entre as drogas mais usadas por crianças e adolescentes no Brasil.
Incluem-se a gasolina, removedores de tinta, cola de sapateiro, benzina e acetona. São depressores cerebrais
podendo causar inicialmente euforia, sensação de flutuar, tontura; com aumento da dose causam torpor
mental.

Estimulantes do SNC - aumentam a atividade cerebral, o usuário fica ligado, elétrico.

Cocaína - do pó ao caminho das pedras

Cocaína refinada é um pó branco que pode ser aspirado ou injetado, causa um estado de intensa euforia.
Cocaína não refinada são pastas em solventes básicos, resultando nas pedras de crack ou merla, que são
fumados. Tem ação mais rápida e danificante no cérebro. Em doses altas podem causar morte por parada
cardíaca.

Perturbadores do SNC - o cérebro passa a funcionar fora do normal, não em velocidade, mas na qualidade do
funcionamento.

Maconha

Tem efeitos euforizantes, tranqüilizantes e um estado como de sonho. O uso crônico leva a um estado de
apatia e passividade.

Considerações finais

Não existem drogas inócuas para a saúde física ou mental, todas são mais ou menos nocivas em razão de
seus efeitos diretos ou secundários tais como transmissão de doenças - Aids e hepatite entre outras;
acidentes; criminalidade e outros custos familiares e sociais. Existem riscos diferentes para pessoas
diferentes. Quem tem predisposição a desenvolver uma doença mental, o uso de uma droga pode se
constituir numa viagem sem volta para a loucura. As drogas citadas são muito freqüentes em nosso meio e
seu uso apresenta crescimento acentuado em todas as classes sociais. Portanto todos os esforços devem ser
envidados para que haja consciência e educação preventiva a seu uso, além de formação de equipes
multiprofissionais e grupos de auto-ajuda para efetivar o tratamento.
465
SAIBA MAIS SOBRE O DIABETES (1)

Saber como descobrir qual é o problema quando uma pessoa portadora de diabetes sente-se mal e como
saná-lo, talvez seja o sonho de muitos diabéticos. No entanto, a complexidade dessa máquina fantástica que é
o nosso corpo e o pequeno conhecimento técnico sobre seu funcionamento, que a maioria das pessoas tem,
dificulta bastante a sua realização. O que pensar então quando se trata da manipulação de alimentos,
exercícios físicos e medicamentos.

Na era da globalização, o diabético necessita receber informações científicas seguras, objetivas e atualizadas
sobre sua doença, para que possa fazer frente às dificuldades inerentes ao diabetes.

De acordo com dados do próprio Ministério da Saúde, aproximadamente 7,6% da população brasileira entre
35 e 69 anos de idade devem ser portadores de diabetes. Isso equivale a cerca de 11 milhões de pessoas,
sendo que a boa parte dessas pessoas ignora sua condição e portanto não recebe qualquer tipo de cuidado.

Embora se associe o diabetes ao idoso e ao obeso, ele é a principal causa de doenças crônicas na infância. O
diabetes é uma síndrome caracterizada pela presença de níveis elevados de glicose no sangue. A maior parte
dos alimentos ingeridos sofre a ação de diversos sucos digestivos, que os quebram em moléculas mais
simples, geralmente açúcares. A glicose é um açúcar proveniente da dieta. Uma vez ingerido, é absorvido
pelo intestino, passando à circulação sangüínea, onde fica disponível para as células. Toda vez que um
indivíduo ingere hidratos de carbono, dos quais a glicose é um dos mais importantes, a glicemia (glicose
sanguínea) sobe . As células b das ilhotas de Langerhans, localizadas no pâncreas, que é uma grande
glândula localizada atrás do estômago, ao detectarem pequenos aumentos de glicemia, secretam insulina, que
faz com que essa glicose seja utilizada pelas células. A glicose é o principal combustível utilizado pelas
células para produzir energia e crescimento. Quando a quantidade de insulina não é adequada, a maior parte
das células não consegue utilizar a glicose, que permanece no sangue, atingindo níveis excessivamente altos
e extremamente prejudiciais à saúde.

Essa glicose que não foi utilizada e ficou no sangue, é eliminada em parte pela urina, carregando consigo
grande quantidade de água. Isso faz com que a pessoa urine muito (poliúria), perdendo água. Essa perda de
água provoca a sensação de boca seca e muita sede (polidípsia). Se o indivíduo não conseguir compensar a
perda de água ingerindo mais água, pode ficar desidratado. A insulina permite que o corpo armazene glicose
sob a forma de gorduras e proteínas, principalmente proteínas musculares. Importantes enzimas participam
deste processo e são dependentes da insulina. Na deficiência severa de ação de insulina, ocorre a quebra de
gordura e proteínas armazenadas, levando à sensação de fraqueza e muita fome (polifagia), além de perda de
peso. A quebra de gorduras pode levar a uma produção excessiva de ácidos e cetonas que, em quantidades
excessivas, levam a uma situação clínica bastante grave, chamada de ceto-acidose diabética, que requer
imediata atenção médica. Esse quadro manifesta-se através de uma mudança no padrão respiratório: a
respiração torna-se rápida e profunda e o hálito tem um cheiro de acetona. Essas são, portanto, as principais
manifestações clínicas do diabetes.

MENINGITE

466
A Meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro.Esta doença é
causada, principalmente, por bactérias ou vírus, portanto são diversos os tipos de meningites. Nem todas são
contagiosas ou transmissíveis.

Em princípio, pessoas de qualquer idade podem contrair uma meningite, mas as crianças menores de 5 anos
são mais atingidas.

A meningite MENINGOCÓCICA é causada por uma bactéria, o meningococo. É CONTAGIOSA. Pode ser
transmitida pelo doente ou pelo portador através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de
uma pessoa para outra.

Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que
cria através do contato com essas mesmas bactérias, adquirindo portanto, resistência à doença.

As crianças de 6 meses a 1 ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque geralmente ainda não
desenvolveram anticorpos para barrar o desenvolvimento da doença.

É uma doença grave e devemos estar alertas para os sinais e sintomas porque se diagnosticada e tratada logo
pode ser curada sem deixar problemas para o doente.
Qualquer tipo de meningite precisa ser comunicada às autoridades sanitárias, pelo médico ou pelo hospital
onde o paciente está internado.

ATENÇÃO AOS
SINAIS E SINTOMAS
NOS BEBÊS PODE-SE
 Febre Alta TAMBÉM OBSERVAR:

 Dor de cabeça forte  Moleira tensa ou elevada

 Vômito (nem sempre  Gemido quando tocado


inicialmente)
 Inquietação com choro
 Rigidez no pescoço agudo
(dificuldade em movimentar
a cabeça)  Rigidez corporal com
movimentos
 Manchas vinhosas na pele involuntários, ou
corpo "mole", largado
 Estado de desânimo,
moleza

Como combater a doença?


Existe vacina contra alguns tipos de Meningite Meningocócica, para os tipos A, C, W135 e Y, porém elas não
são eficazes em crianças menores de 18 meses. Em crianças maiores de 18 meses e adultos a proteção da
vacina dura de 1 a 4 anos. Por esse motivo elas não fazem parte do calendário de vacinação, e não estão
disponíveis nos Postos de Saúde.

Aos Pais:
467
 Estejam atentos aos sinais e sintomas, para manchas vinhosas na pele, principalmente em crianças
menores de 5 anos.

 Procurem imediatamente um médico para um diagnóstico seguro e tratamento eficiente.

 Se seu filho tiver febre alta, não o mande para a escola. Procure um médico, para saber o motivo da
febre.

 Avisem a escola se seu filho estiver com meningite.

 Após a alta do paciente não existe mais perigo de contaminação, portanto essas crianças não
precisam ser evitadas ou discriminadas, voltando normalmente a frequentar a escola.

 Não há necessidades de fechar escolas ou creches quando ocorre um caso de meningite entre os
alunos, professores ou funcionários da escola, pois o meningococo não vive no ar ou nos objetos.

A limpeza e a higiene devem ser as habituais. Não há necessidade de inutilizar ou desinfectar objetos de uso
pessoal do doente.

468
COCEIRAS

Suas causas variam muito, e cada uma necessita tratamento específico, mas algumas providências são
comuns.

O que fazer

1.Não coce o local.

2.Se você suspeita de que a coceira é de fungo alérgico, tente identificar o alérgeno, afaste-se dele e procure
o médico.

3.Quando a coceira estiver relacionada a parasitas, raspe os pêlos do local e ferva sua roupa.

4.Para aliviar qualquer coceira, faça massagens leves com álcool comum ou canforado, com óleo de oliva
ou, ainda, aplique talco mentolado no local.

CÓLICAS
Dores abdominais constantes e periódicas, que obedecem a um ritmo crescente e decrescente de intensidade.
Manifestam-se nos órgãos ocos do abdome, como a vesícula biliar, os intestinos, a bexiga, o útero e os canais
excretores dos rins.
As causas mais comuns são: espasmos do intestino devido a problemas emocionais; obstrução intestinal;
cálculos; contrações uterinas durante a menstruação (cólicas menstruais); doenças do aparelho digestivo;
intoxicação alimentar, doenças como uremia ou diabetes.

As cólicas devem ser tratadas pelo médico. Para aliviar os sintomas:

1.Sente-se com as pernas flexionadas e apóie as costas num travesseiro, aplicando uma bolsa de água quente
sobre a barriga. Ou adote posição semelhante, segurando as pernas um pouco abaixo dos joelhos.

2.Tome analgésicos comuns não antiespasmódicos e evite laxantes e purgativos. Não faça lavagens
intestinais sem ordem médica. Podem ser contra-indicadas.

3.Compressas quentes no abdome podem aliviar a dor.

DIREÇÃO DEFENSIVA (20)

469
"Direção Defensiva" é o ato de conduzir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas (erradas)
dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de trânsito.
Por que praticar a direção defensiva ?

Pesquisas realizadas em todo o mundo, sobre acidentes de trânsito, apresentaram a seguinte estatística:

 Apenas 6 % dos acidentes de trânsito têm como causa os problemas da via;

 30 % dos acidentes têm origem em problemas mecânicos;

 A maioria dos acidentes, (64%) têm como causa, problemas com o condutor.

Dentre os principais Problemas com o Condutor temos:

 Dirigir sob o efeito de álcool ou substância entorpecente;

 Imprudência - trafegar em velocidade inadequada;

 Imperícia - inexperiência ou falta de conhecimento do local;

 Negligência - falta de atenção, falha de observação.

O Condutor defensivo é aquele que adota um procedimento preventivo no trânsito, sempre com cautela e
civilidade. O motorista defensivo não dirige apenas, pois está sempre pensando em segurança, pensando
sempre em prevenir acidentes. independente dos fatores externos e das condições adversas que possam estar
presentes.

O Condutor defensivo é aquele que tem uma postura pacífica, consciência pessoal e de coletividade, tem
humildade e autocrítica.
Dentro das diferentes técnicas de como conduzir defensivamente existem várias precauções que deve-se tomar
ao iniciar uma jornada, mesmo sem ter conhecimentos especializados de mecânica, para evitar envolver-se em
situações de risco, realizando um trajeto sem cometer infrações de trânsito, sem abusos com o veículo, sem
atrasos de horário, sem faltar com a cortesia devida, ou seja, sem envolver-se em acidentes.

Não esqueça:
"Acidente evitável" é aquele em que você deixou de fazer tudo o que razoavelmente poderia ter feito para evitá-
lo.

A "Direção Defensiva" é indispensável no aperfeiçoamento de condutores. Trata-se de uma forma de praticar, no


uso de seu veículo, uma maneira de dirigir mais segura, reduzindo a possibilidade de ser envolvido em acidentes
de trânsito, apesar das condições adversas.
"Direção Defensiva" é o ato de conduzir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas (erradas) dos
outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de trânsito.

CORRIMENTO NASAL

470
Produção exagerada do muco secretado normalmente pela mucosa do interior do nariz. Causas mais comuns:
resfriados, rinite alérgica, sinusite, corpos estranhos no nariz, rinite crônica.

O que fazer

1.ApLique medicamentos para combater a coriza e a obstrução nasal em gotas ou por meio de nebulizadores.

2.Aplique gotas de soro fisiológico (à venda nas farmácias) ou de uma solução de água e sal de cozinha
(100g de água para cada grama de sal).

3.Em casos de coriza intensa e/ou persistente, podem ocorrer lesões da pelo logo abaixo do nariz: aplique
violeta de genciana a 2%, após ter limpado o local com água e gaze.
Atenção: O uso excessivo de medicamentos contra corrimento nasal pode levar à atrofia da mucosa do nariz.

CORTES

O que fazer

1.Antes de tratar do ferimento, lave as mãos com água e sabão.

2.Lave bem o ferimento com água fervida (ou, pelo menos, corrente) e sabão, limpe o local, procurando
remover eventuais detritos, como terra, graxa, farpas, coágulos de sangue.

3.Estanque o sangramento, cuide da área afetada e encaminhe a vítima ao pronto-socorro.

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR (4)

471
Intoxicação alimentar por estafilococos
O Staphylococus aureus, um microorganismo que causa uma outra forma muito comum de intoxicação
alimentar , geralmente está presente na superfície da pele, principalmente em torno do nariz, e também em
certas infecções cutâneas, tais como cortes sépticos, espinhas e furúnculos. Um corte infeccionado na mão
ou no braço de uma dona de casa que prepara uma refeição para sua família, por exemplo, pode contaminar
os alimentos se eles não forem cozidos a um temperatura de 60ºC ou mais durante no mínimo meia hora. Se
os alimentos contaminados por esta bactéria forem ingeridos crus ou parcialmente cozidos, eles podem
provocar uma intoxicação alimentar que, na verdade, não é causada pela própria bactéria, mas sim pela
toxina que ela produz.

Os alimentos comumente relacionados com esse tipo de intoxicação são presunto, língua, carnes defumadas
(os conservantes usados nesses alimentos, infelizmente não eliminam as bactérias), pasta de carne, maionese,
sorvetes, confeitos e doces industrializados.

Sintomas
Os sintomas surgem de uma a quatro horas após a ingestão do alimento contaminado e costumam ser
bastante acentuados. Logo no início, o paciente sente tonturas e náuseas. Esses primeiros sintomas são
acompanhados de vômitos abundantes que duram entre quatro e seis horas. Algumas pessoas também têm
diarréia, sobretudo se ingerirem uma grande quantidade de toxina. A maioria dos pacientes se recupera em
um período de 24 horas, mas as crianças e as pessoas idosas costumam levar mais tempo para se fazer.

Tratamento: É sempre aconselhável procurar um médico. O tratamento para esse tipo de intoxicação
alimentar é exatamente o mesmo indicado para intoxicação por salmonela e por clostrídio- repouso e uma
abundante ingestão de líquidos.

Tipos de intoxicação pouco freqüentes


Uma forma muito grave, embora extremamente rara, de intoxicação alimentar é o botulismo , doença
causada por uma bactéria do gênero Clostridium. Em vez de atacar o intestino, como os outros tipos de
intoxicação alimentar, o botudismo ataca o sistema nervoso e requer um tratamento totalmente diferente. O
paciente com butolismo precisa ser internado num hospital, onde é submetido a um tratamento intensivo.

HEPATITES (3)

472
Como se trata?

Para as hepatites agudas causadas por vírus não há tratamento específico, à exceção dos poucos casos de
hepatite C descobertos na fase aguda, na qual o tratamento específico pode prevenir a evolução para a
doença crônica.

O repouso total prolongado e a restrição de certos tipos de alimentos, nas hepatites, não ajudam na
recuperação do doente e também não diminuem a gravidade da doença.

De forma geral, recomenda-se repouso relativo conforme a capacidade e bem-estar do paciente, bem como
alimentação de acordo com a tolerância.

Excepcionalmente, é necessária a administração de líquidos endovenosos.

Bebidas alcoólicas são proibidas até algum tempo após a normalização dos exames de sangue.

Remédios só devem ser usados com específica liberação do médico para evitar o uso daqueles que possam
piorar a hepatite.

Na hepatite autoimune, quando diagnosticada pelo médico, o uso de corticóides (assemelhados da cortisona)
estão indicados e modificam favoravelmente o curso da doença.

As hepatites por álcool e por drogas são tratadas basicamente com o afastamento das substâncias lesivas.
Além disso, com medidas de suporte, como hidratação, nutrição e combate aos sintomas da abstinência ao
álcool ou drogas.

Quando a doença é por acúmulo de ferro ou cobre, faz-se uma dieta pobre nesses minerais. Sangrias
programadas na hemocromatose e a penicilamina, na doença de Wilson, são os tratamentos principais.

Como se previne?

As hepatites A e B podem ser prevenidas pelo uso de vacina.

Para prevenção da hepatite A é importante o uso de água tratada ou fervida, além de seguir recomendações
quanto à proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas.

A hepatite B também é prevenida da mesma forma que a AIDS, ou seja, usando preservativo nas relações
sexuais e não tendo contato com sangue ou secreções de pessoas contaminadas (transfusões de sangue, uso
de agulhas e seringas descartáveis não reutilizadas).

A hepatite C é prevenida da mesma forma, porém o risco de contágio sexual não está bem estabelecido.

Trabalhadores da área da saúde (médicos, enfermeiros) devem usar luvas, óculos de proteção e máscara
sempre que houver possibilidade de contato (ou respingos) de sangue ou secreções contaminadas com vírus
da hepatite B ou C com mucosas ou com lesões de pele.

A hepatite alcoólica ocorre pela ingestão repetitiva de grandes quantidades de bebida, sendo o consumo
moderado a melhor forma de evitá-la. As quantidades lesivas são as mencionadas acima, cabendo destacar
que para certas pessoas doses bem menores podem deixá-las doentes. Pessoas que "agüentam" maiores
473
quantidades de álcool antes de ficarem bêbadas, estão igualmente arriscadas à doença grave. Indivíduos com
outras doenças hepáticas sofrem mais facilmente de hepatite alcoólica.

Não se conhecem até hoje formas de prevenção da hepatite autoimune.

Tampouco sabe-se prever os indivíduos que terão hepatite com uso de certos remédios que não fazem mal
para a maioria das pessoas.

CUIDADO COM O INFARTO (3)

Um dos motivos de infartos está na alimentação que está cada vez mais rica em gordura.

Alguns alimentos ricos e pobres em colesterol

Com colesterol Sem colesterol


474
Carnes, miúdos e derivados Clara de ovo
Toucinho Óleos de girassol, milho e soja
Frios: salsicha, presunto, salame,
copa e mortadela Carnes magras e brancas
(peixes e aves)
Frituras em geral Leite e iogurte desnatado
Camarão e Lagosta Queijo-de-minas e ricota
Queijo amarelo Margarina
Gema de Ovo Verduras
Sorvetes e doces em geral Legumes
Leite e derivados Arroz integral

Como evitar o Infarto

 Evite alimentos gordurosos e ricos em colesterol.

 Para de fumar. O cigarro aumenta a pressão e favorece a formação de placas de ateroma e aumenta a
freqüência cardíaca.

 Se você é fumante e não consegue parar evite as pílulas anticoncepcionais.

 Use sal com moderação

 Faça exercícios regularmente, sob orientação médica e após teste de esforço. Lembre-se que
caminhar é melhor que correr.

 Consuma álcool com moderação.

 Modifique seus hábitos, evitando situações de stress.

 Depois dos 35 anos ou conforme orientação médica, faça uma dosagem anual de colesterol.

475
LIÇÃO DE VIDA

Lição de vida

Um belo dia de sol, Sr. Mário, um velho caminhoneiro, chega em casa todo orgulhoso e chama sua esposa
para ver o lindo caminhão que comprara depois de longos e árduos 20 anos de trabalho.

Era o primeiro que conseguira comprar depois de tantos anos de sufoco e estrada.

A partir daquele dia, finalmente seria seu próprio patrão.

Ao chegar à porta de sua casa, encontra seu filhinho de 6 anos, martelando alegremente a lataria do
reluzente caminhão.

Irado e aos berros pergunta o que o filho estava fazendo e, sem hesitar, completamente fora de si, martela
impiedosamente as mãos do garoto, que se põe a chorar desesperadamente sem entender o que estava
acontecendo.

A mulher do caminhoneiro, corre em socorro do filho, mas pouco pôde fazer.

Chorando junto ao filho, consegue trazer o marido à realidade, e juntos levam o garoto ao hospital para
cuidar dos ferimentos provocados.

Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado e bastante abatido, chama os pais e informa que as
dilacerações foram de tão grande extensão, que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados.

Porém, o menino era forte e resisitira bem ao ato cirúrgico, devendo os pais aguardá-lo no quarto.

Ao acordar, o menino ainda sonolento esboçou um sorriso e disse ao pai:

- Papai, me desculpe. Eu só queria consertar seu caminhão, como você me ensinou outro dia.
Não fique bravo comigo!

O pai, enternecido e profundamente arrependido, deu um forte abraço no filho e disse que aquilo não tinha
mais importância. Não estava bravo e sim arrependido de ter sido tão duro com ele e que a lataria do
caminhão
não tinha estragado.

Então o garoto com os olhos radiantes perguntou:

- Quer dizer que não está mais bravo comigo?

- É claro que não! - respondeu o pai.

Ao que o menino pergunta:

- Se estou perdoado papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?


476
Reflita

Nos momentos de raiva cega, machucamos as pessoas que mais amamos, e muitas vezes não podemos
"sarar" a ferida que deixamos.

Nos momentos de raiva, tente parar e pensar em suas atitudes, a fim de evitar que os danos sejam
irreversíveis.

Não há nada pior que o arrependimento e a culpa.

Pense nisso!

DELÍRIO

477
Estado de bloqueio da consciência, descoordenação do pensamento e dos movimentos, acompanhado de
alucinações dos sentidos. As causas mais comuns de delírio são algumas doenças psíquicas, intoxicações,
doenças tóxico-infecciosas (como pneumonia e meningite), arteriosclerose e estados posteriores a
convulsões.
Quando o delírio é grave, o doente torna-se inquieto e desconfiado, assusta-se facilmente e seu humor muda
repentinamente, alternando períodos de depressão e excitação, ansiedade e terror.

O que fazer

1.Proteja a pessoa contra acidentes e mande chamar o médico. Se necessário, imobilize-a na cama,
amarrando-a com lençóis.

2.No caso de delírio causado por febre, dê ao doente um antitérmico e compressas úmidas e frias nas dobras
do corpo.

3.Não deixe de levar o doente ao médico, mesmo que a crise passe facilmente.

DOR NA BARRIGA
Quando a barriga começa a doer com certa freqüência, nunca diagnostique sozinho; tanto pode ser algo sem
importância como tratar-se de sintomas de doenças cuja gravidade não corresponde a maior ou menor
intensidade da dor.

O que fazer

1.Anote as características da dor e procure o médico.

2.Aplique compressas quentes sobre o abdome. Bolsas de água quente também podem ajudar.

3.Não use bolsas de gelo, não tome laxantes e purgativos nem outras drogas.

478
DESLOCAMENTOS, TORCEDURAS E MAUS-JEITOS

Deslocamentos (Luxações)

Estiramento anormal dos ligamentos das juntas, acompanhado do deslocamento total ou parcial das suas
extremidades ósseas. Algumas vezes é possível notar a olho nu que o osso ficou fora do lugar. A vítima sente
forte dor à mínima tentativa de movimentar o membro deslocado e logo aparecem inchaço e arroxeamento
no local.
Acidente muito comum, ocorre como conseqüência de batidas violentas ou quando a movimentação da junta
é forçada muita além de seus limites ou no sentido contrário ao da articulação. Nos casos mais graves, pode
haver fratura.

O que fazer

O tratamento deve ser realizado por um especialista. Enquanto o aguarda, aplique compressas frias na junta
afetada.

Torceduras e maus-jeitos (Entorses)

Distensão de músculos e ligamentos, que se separam temporariamente dos ossos da articulação. Nesses
casos, não chega a haver deslocamentos das extremidades ósseas. Aparece uma dor aguda ou simples toque,
o local fica inchado e, às vezes, arroxeado. Os músculos vizinhos tornam-se tensos e a movimentação do
membro torcido fica extremamente dificultada. Mas é um acidente simples, que se cura em poucos dias. As
torceduras mais comuns são as do tornozelo, joelho, punho e ombro.

O que fazer

As torceduras ou maus-jeitos também devem ser tratados rapidamente. O procedimento básico consiste em
massagear suavemente o local da entorse, colocar compressas frias ou bolsas de gelo sobre a área e
imobilizar a região atingida, enfaixando-a com a técnica aplicável ao caso. Em casos mais sérios, procure o
médico.

479
DESMAIO

Perda repentina e passageira dos sentidos, em conseqüência de uma diminuição temporária de sangue e
oxigênio no cérebro. O desmaio é uma forma moderada de síncope. Nesta, a perda de consciência é bem
mais grave, além de súbita e completa: seus sintomas aproximam-se da morte repentina, sendo às vezes
difícil distingui-los.
Os sintomas que precedem o desmaio, em geral, são fraqueza e sensação de falta de ar, tonturas, zumbido
nos ouvidos e náuseas. O rosto da pessoa fica pálido, e um suor frio cobre sua testa. Em seguida, sua visão
escurece, o controle dos músculos lhe escapa e ela cai, perdendo total ou parcialmente os sentidos.

O que fazer

1.Deite o doente, mantendo sua cabeça mais baixa que seus pés, e afrouxe suas roupas. No caso de uma
cama, levante-a até uma altura mínima de 15 centímetros, usando livros, tijolos ou madeira como calço, de
modo que a cabeceira fique em posição mais baixa. Se você deitar o doente no chão, coloque seus pés sobre
uma cadeira.

2.Mantenha o ambiente sempre arejado: se necessário, use um ventilador ou um leque.

3.Quando a pessoa não perdeu a consciência, estiver sentada ou for difícil deitá-la, peça para que ela coloque
a cabeça entre as coxas e a force para trás, enquanto você a pressiona em sentido oposto.

4.Para reanimar a vítima, dê palmadas suaves na face e na planta dos pés, molhe seu rosto com água fria,
faça-a cheirar sais aromáticos ou água-de-colônia.

5.Nos desmaios causados por calor excessivo, depois de reanimar a pessoa, dê-lhe um pouco de água fresca.

6.Nunca deixe de levar a vítima ao médico depois de um desmaio.


Atenção: Se a vítima para de respirar, faça imediatamente a reanimação.
480
FEBRE

Elevação anormal da temperatura do corpo, motivada por doenças ou exposições ao calor excessivo.
Por meio de um termômetro clínico, a temperatura pode ser medida nas axilas (normal, de 36,2 a 36,9 ºC),
no reto(36,3 a 37,3 ºC) e boca (onde os valores normais são intermediários entre os das temperaturas axilar e
retal).
A temperatura muito elevada 40 a 41 ºC aparece geralmente na fase aguda de doenças infecciosas, quer
quando a doença se instala, quer durante as crises da fase crônica. Pode vir acompanhada de palidez,
calafrios e tremores, avermelhamento da pele (especialmente do rosto), aceleração do pulso e da respiração,
suor excessivo, dores generalizadas pelo corpo, mal-estar, dor de cabeça e até náuseas, vômitos e diarréias,
principalmente em crianças. Estas podem ser levadas pela febre muito alta ao delírio, e confusão mental, a
convulsões e à desidratação, devido à perda excessiva de líquidos.

O que fazer

1.A febre é um sintoma para o médico. Por isso, anote suas características.

2.Aprenda a tomar a temperatura corporal: Sacuda o termômetro (segurando-o pela extremidade oposta à do
reservatório de mercúrio), até que o nível da coluna de mercúrio fique abaixo de 36 ºC. Ou proceda de
481
acordo com as instruções do fabricante, caso esteja utilizando outro tipo de termômetro.
Coloque a extremidade correspondente ao reservatório sob a axila, na boca ou no ânus do doente (nesse caso,
lubrificando-o antes com vaselina). Após 3 minutos, retire o termômetro e verifique a temperatura nele
assinalada.

3.Se possível, verifique a temperatura a cada 15 minutos e a anote: esse registro será muito útil para o
médico.

4.Faça com que o doente tome muitos líquidos, se não estiver vomitando.

5.Enquanto aguarda o médico, aplique compressas úmidas e frias na testa do doente.

6.No caso de crianças, quando a temperatura se eleva rapidamente a mais de 40 ºC, envolva o doente em
uma toalha molhada ou dê-lhe um banho de água morna durante 15 a 20 minutos.

RESFRIADO

Doença muito comum, que consiste na inflamação das mucosas das vias respiratórias superiores, causada por
vírus de vários grupos. Altamente contagioso, o resfriado provoca sensação de aspereza e secura na garganta,
espirros, lacrimejamento, congestão das vias respiratórias e corrimento nasal. Podem surgir também dores de
garganta e rouquidão. Cerca de 48 horas depois, os sintomas se intensificam, o corrimento torna-se espesso e
surgem tosse, mal-estar geral e febre, que raramente ultrapassa 38ºC.

O que fazer

Não existe tratamento específico para resfriado, que desaparece em quinze dias, no máximo. Mas você deve
evitar uma debilidade maior do organismo:

1.Guarde repouso ou, pelo menos, diminua o ritmo normal de suas atividades.

482
2.Procure aliviar os sintomas com analgésicos e antitérmicos.

3.Tome líquidos em abundância, principalmente sucos de frutas.

4.Se houver febre alta, dor de cabeça muito forte ou calafrios, procure o médico.

483
SANGRAMENTO DO NARIZ

As causas mais comuns desse problema são: insolação ou exposição prolongada ao sol; traumatismos locais;
pólipos nasais; doenças infecciosas que inflamam a mucosa nasal; doenças hemorrágicas (como a hemofilia);
pressão alta; carência vitamínica.

O que fazer

Freqüentes sangramentos do nariz exigem intervenção médica, pois podem ser sinal de doenças ou distúrbios
mais sérios. Sangramentos pouco intensos e esporádicos podem ser tratados por você mesmo:

1.Faça o doente sentar numa cadeira, com a cabeça levantada ao máximo.

2.Aplique compressas frias sobre o nariz e a testa e bolsa de gelo sob a nuca: isso provocará um resfriamento
que levará à constrição dos vasos.

3.Se o sangue continua a fluir, peça ao doente para expelir os coágulos (com sopros ligeiros pelo nariz) e
comprimir as asas do nariz durante cinco a dez minutos.

4.Se o sangue esguicha em jato intenso, leve o doente ao pronto-socorro imediatamente. Se a chegada ao
pronto-socorro for demorar muito, instile no nariz do paciente (se ele não tiver pressão alta) duas gotas de
uma ampola de adrenalina aquosa a 1:1000, misturada a 10 mililitros de soro fisiológico, tamponando o nariz
com algodão.
Atenção: Não faça essa instilação mais de quatro vezes por dia.

484
TONTURAS (Vertigens)

Podem ser provocadas pro distúrbios nervosos, problemas de circulação, doenças do aparelho auditivo
(como a labirintite) e traumatismo da cabeça. Problemas de ordem psicológica também podem
eventualmente causar tonturas (por exemplo, as vertigens que algumas pessoas sofrem quanto estão em
ambientes fechados e com muita gente em volta).

O que fazer

1.Leve a vítima para longe do local, de preferência para um ambiente arejado e livre de aglomerações.

2.Afrouxe suas roupas e faça com que ela permaneça deitada e calma.

3.Se for possível, sente-se numa cadeira e peça-lhe que abaixe a cabeça, colocando-a entre os joelhos.

4.Se não houver melhora após uns vinte minutos ou se aparecerem novos sintomas, leve-a a um pronto-
socorro.

485
VÔMITOS

486
Contrações musculares que provocam uma eliminação brusca, total ou parcial, do material contido no
estômago. Simultaneamente, ocorrem reações secundárias, como palidez, sudorese e pulso acelerado. Essa
anormalidade freqüentemente é passageira e resulta, na maioria dos casos, de problemas digestivos ou da
excitação do labirinto (órgão localizado no ouvido externo) e do centro nervoso que comanda os movimentos
antiperistálticos (localizado no cérebro). Neste último caso, o problema afeta pessoas sensíveis, em viagens
de barco, de avião, de trem e de automóvel.

O que fazer

Em caso de acessos de vômitos incontroláveis:

1.Deite a vítima de costas e coloque uma bolsa de gelo na altura da boca do estômago.

2.Procure fazer com que a vítima engula gelo picado ou uma bebida gelada, de preferência um refrigerante
gaseificado.
Atenção: Nem sempre se deve tentar bloquear o vômito ao contrário, ele deve ser estimulado em alguns
casos, como por exemplo em vitimas de alguns tipos de intoxicação. O vômito dos viajantes pode ser
evitado com alguns medicamentos específicos, à venda em qualquer farmácia; além disso, a pessoa sensível
ao problema, ao viajar, deve procurar não olhar para janela e concentrar sua atenção num ponto dentro do
veículo. Quando sentir náuseas, deve respirar com a boca bem aberta.

487
PALPITAÇÃO

Aceleração do número normal de batimentos cardíacos por minuto (caso em que é chamada "taquicardia) ou
alteração no ritmo desses batimentos. Isoladamente, sem outras manifestações, a palpitação (popularmente
"batedeira") pode ainda significar uma simples reação fisiológica a estímulos como cansaço, esforço físico,
excitação etc. Em certos casos, porém, pode fazer parte do quadro de sintomas de algumas doenças ou
distúrbios (por exemplo: hipertensão, hemorragias, febre, anemia, hipoglicemia, aerofagia, flatulência,
intoxicação por drogas estimulantes). A aceleração dos batimentos pode decorrer também de súbitas tensões
emocionais (por exemplo, quando se leva um susto).

O que fazer

1.Se você tem alguma doença cardíaca e as crises de palpitação se intensificarem, volte ao médico.

2.Durante as crises, permaneça em repouso absoluto. Peça a alguém que conte suas pulsações por minuto no
pulso e anote esse dado, que será importante para o médico.

3.Palpitações esporádicas, especialmente em situação de cansaço ou tensão emocional, não tem importância:
descanse, relaxe-se e, quando muito, tome um calmante suave.

4.Se as palpitações forem muito freqüentes ou prolongadas, procure o médico.

488
O CIGARRO E SEUS MALES (2)

Largando o hábito
Nem sempre é fácil largar o hábito do fumo. Mas sempre é bom para a saúde. Alguns benefícios são quase
imediatos. Trinta minutos depois da pessoa fumar o último cigarro, pressão arterial, batimento cardíaco e
temperatura voltam ao normal. Ao final de oito horas, o nível de oxigênio e gás carbônico do sangue começa
a se equilibrar, e a chance de se ter um ataque do coração começa a cair. Algumas semanas depois de ter
parado de fumar, o olfato e o paladar começam a funcionar normalmente, e a respiração se normaliza.

A pessoa que para de fumar sente-se mais energética e o seu risco de desenvolver um ataque cardíaco, após
alguns meses, vai cair para menos de 50% do que quando fumava. Depois de 10 anos sem fumar, aquelas
pessoas que tinham células pré-cancerosas nos pulmões passam a ter células normais e, após 20 anos de
abstinência, passam a ser consideradas não fumantes.

489
Tratamento
Fumar vicia orgânica e psicologicamente. Para quebrar o hábito de fumar, pode ser necessário fazer alguma
forma de tratamento que elimine a dependência física e psicológica da nicotina. Vários tratamentos têm sido
sugeridos. Um deles é o uso de grupos de apoio. Também a hipnose e psicoterapia podem ajudar nos casos
em que a ansiedade é um fator importante. Algumas pessoas se beneficiam do uso de acupuntura, com bons
resultados. Porém, um tratamento que tem resolvido bastante é o uso de bandagens de nicotina auto-adesivas
("nicotine patches"), que liberam quantidades de nicotina através da pele, dando à pessoa a nicotina de que a
pessoa precisa, sem precisar fumar. Também são de grande utilidade as gomas de mascar com nicotina, que
funcionam do mesmo modo. Nessas formas de tratamento há apenas nicotina, e não as outras substâncias
químicas contidas no cigarro, e por isso causam menos mal à saúde.

Mais recentemente, foi mostrado que o uso de alguns medicamentos antidepressivos pode uxiliar no
tratamento da dependência. Se houver interesse, mas dificuldade em largar o vício, o ideal é procurar um
médico.

Por que parar?


Para muita gente, parar de fumar é extremamente difícil. Mas deveriam pensar em todos os benefícios que
isso iria trazer, como saúde, bem estar, economia, além de evitar o incômodo e a doença dos indivíduos
próximos que não fumam.

DIETA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DA PRÓSTATA

.
O maior índice de mortalidade por câncer da próstata é observada em negros americanos, duas vezes mais
freqüente que em brancos. Por outro lado, em Shanghai, China, essa taxa é 120 vezes menor que no negro
americano. Muito curioso é observar que japoneses e chineses ao migrarem para os Estados Unidos passam a
ter muito mais câncer da próstata que os patrícios vivendo no Japão e na China. Ainda mais interessante é
que, com a introdução dos hábitos ocidentais nos países orientais, está ocorrendo aumento das doenças
prostáticas nessa região. A observação que os orientais têm uma incidência muito menor de tumor prostático
que os ocidentais, levou os pesquisadores a procurar um possível fator dietético para esse fato.
.
Estudos populacionais verificaram existir fatores dietéticos causadores protetores de doenças prostáticas. A
dieta ocidental é rica em gordura e relativamente pobre em fibras. A dieta oriental ao contrário é
relativamente pobre em gordura e muito rica em fibras, essencialmente vegetais e frutas. Existe tendência em
admitir a gordura como um fator causativo de câncer da próstata, embora ainda não se tenha confirmação
absoluta.
.

490
Talvez o mais importante seja conhecer os fatores protetores existentes na alimentação dos orientais e
introduzí-los na dieta dos ocidentais. A falta desses componentes e não o excesso de gordura seria o mais
importante. A sugestão inicial que as fibras"protegeriam contra o câncer do cólon foi baseada na observação
de que na África Oriental, onde o consumo de fibras é muito alto, a doença é muito rara.
.
A maior fonte de fibras são os vegetais, cuja ação deve-se a dois elementos denominados isoflavonóides e
ligninas. A soja, pertencente à família das Leguminosas, é a maior fonte de isoflavonóides, e é o elemento
básico da alimentação japonesa. As dietas tradicionais da Asia, Africa e Mediterrâneo contêm um alto índice
de legumes, particularmente feijão, soja, lentilha e ervilha; cereais e aspargos que constituem as maiores
fontes de ligninas. Estudos japoneses demonstraram que os indivíduos que comem diariamente ou
ocasionalmente esses produtos têm muito menos câncer da próstata que os que nunca se alimentam com
esses produtos.

SAIBA MAIS SOBRE O DIABETES (2)

Valores normais de glicemia (níveis de glicose no sangue) são aqueles que oscilam entre 80 e 110 mg/dl.
Quando os níveis de glicemia ultrapassam os 180 mg/dl, aparece glicose na urina (glicosúria).

Existem indivíduos, principalmente obesos, que têm quantidades normais de insulina, às vezes até maiores
do que a de indivíduos não diabéticos, só que essa insulina não funciona adequadamente. Essa situação é
conhecida como resistência periférica à ação da insulina.

491
A prevalência de diabetes vem aumentando progressivamente na população em geral, mais
significativamente nas faixas etárias acima dos 60 anos. Dentre as possíveis causas desse aumento são
citadas o aumento da urbanização e industrialização, sedentarismo, incidência de obesidade, expectativa de
vida e maior sobrevida da própria população de diabéticos.

A etiologia do diabetes é complexa, entrando em jogo fatores genéticos e ambientais, como viroses e os
citados acima.

De uma maneira simplista, podemos dividir o diabetes em tipo I ou insulino-dependente e tipo II ou insulino-
independente. O diabetes tipo I ocorre geralmente em indivíduos jovens e magros e tem um início
tempestuoso. Antigamente era conhecida como diabetes juvenil. Nessa forma, ocorre uma destruição das
células b do pâncreas, destruição essa ainda não muito bem compreendida e que acarreta a insuficiência total
da secreção de insulina. Em sua etiopatogenia participam, com certeza, fatores genéticos, imunológicos (auto
anticorpos anti-insulina, anti-ilhotas e anti GAD) e ambientais. Modernas técnicas genéticas vêm sendo
desenvolvidas com o intuito de identificar parentes de diabéticos tipo I predispostos à doença e com isso
tentar minimizar seu risco.

Já o diabetes tipo II, muito mais freqüente, tem um início insidioso, ocorrendo em pessoas mais idosas e em
geral obesas. Muitas vezes o indivíduo é portador de diabetes durante anos sem percebê-lo. Esses indivíduos
produzem insulina, podendo ter uma diminuída reserva da mesma ou, como ocorre em obesos, existe uma
resistência à ação periférica da insulina.

Além dessas duas formas mais comuns de diabetes, existe ainda o diabetes gestacional e o diabetes associado
a outras patologias, como algumas síndromes ou o uso de altas doses de glicocorticóides.

O diabetes gestacional surge durante a gestação e freqüentemente desaparece ao término da mesma. As


mulheres que tiveram diabetes gestacional tem grande risco de desenvolver diabetes no futuro. Muitas dessas
pacientes conseguem manter-se compensadas apenas com dieta e exercícios. No entanto, algumas podem
requerer o uso de insulina. O uso de hipoglicemiantes orais é contra-indicado durante a gestação, devido aos
riscos para o feto.

Mais raramente, o diabetes pode ser manifestação de outras patologias, como por exemplo a doença de
Cushing e a acromegalia.

TUBERCULOSE (2)

Tuberculose de primo-infecção

Atinge os alvéolos onde em seguida se desenvolve uma reação inflamatória com adenopatia satélite,
constituindo o que chamamos de complexo primário. Este complexo pode ter evolução abortiva e passar
despercebido. Quando não evoluiu para a cura, pode ser desenvolvida reação intensa, formação de cavernas
(pornecrose do tecido pulmonar), disseminação através dos brônquios ou do sangue e acometimento da
pleura. No Brasil a primo infecção acontece na faixa etária até os 15 anos.

Tuberculose de reinfecção

492
Pode resultar de recrudescência da primo-infecção (endógena) ou por contágio atual com um paciente
bacilífero (exógena).

Prevenção

A vacina BCG (bacilo de Calmette-Guérin) é obtida pela atenuação do bacilo tuberculoso, sendo capaz de
induzir a resistência ao indivíduo sem transmitir a doença. É usado por via intradérmica não havendo contra-
indicação absoluta a seu uso, exceto pela presença de eczema ou piodermite extensa. É feita no primeiro mês
de vida fornecendo proteção duradoura em 80% dos casos. A lesão provocada pela vacina leva de 2 a 3
meses até sua cura definitiva, tendo como complicações raras abcesso, adenopatias volumosas (ínguas) e
úlcera crônica.

Diagnóstico

Devem ser investigados os pacientes com tosse com ou sem expectoração persistente por mais de 3 semanas,
emagrecimento, hemoptise (eliminação de sangue no escarro) e principalmente com história epidemiológica
sugestiva da doença. Os exames usados na tentativa do diagnóstico de certeza são a baciloscopia do escarro,
a radiologia do tórax, o teste tuberculínico (PPD) que evidencia o contato prévio com o bacilo e a cultura do
escarro ou outros líquidos sem meio apropriado.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (2)

Check list da avaliação primária

ATIVIDADE COMO EXECUTAR PORQUE EXECUTAR


Observe visualmente a Certifique-se da segurança para si e para A posição da vítima e arredores

493
serão a chave para descobrir
vítima e a área do a vítima. Observar as condições da cena
sobre mecanismos da lesão e a
acidente. e do ambiente.
história da vítima.
Estimule a vítima com movimentos
leves nos ombros e pergunte "você está O tipo de resposta para os
Verifique o estado de
bem?". Se a vítima está consciente e diversos estímulos é importante
consciência da vítima.
responde ao seu chamado, pergunte-a para a elaboração da linha base
Identifique-se.
sobre o que aconteceu e sobre sua de comparações posteriores.
pessoa.
A abertura das vias aéreas é o
Abra as vias aéreas pelo método da
primeiro passo essencial no
cabeça inclinada/queixo elevado. Se há
Verifique as vias aéreas tratamento da vítima. Todas as
suspeita de trauma cervical, não incline
da vítima e estabilize sua outras manobras são inúteis se
a cabeça, imediatamente posicione o
coluna cervical. você não manter as vias aéreas
pescoço em posição neutra e use o
permeáveis e a coluna
método de empurrar a mandíbula.
imobilizada permanentemente.
Com as vias aéreas abertas, incline seu
A respiração poderá estar
ouvido sobre a boca e o nariz da vítima
ausente, rápida ou lenta,
e tente ouvir e sentir a respiração,
superficial ou profunda, ou
Verifique a respiração da observe também se o peito da vítima
ainda, com esforço. A ausência
vítima. esta movimentando-se. Se a vítima não
da respiração requer manobras
respira, inicie imediatamente a
de ressuscitação imediatas, antes
respiração artificial. Se possível, use
de qualquer outro tratamento.
máscara de RCP.
O pulso poderá estar ausente,
forte ou fraco, rápido ou lento,
Apalpe o pulso carotídeo no lado do
ou ainda, irregular. A ausência de
Verifique a circulação da pescoço onde estiver posicionado. Se
pulso requer manobras de
vítima. não houver pulso, inicie imediatamente
ressuscitação imediatas (RCP),
a RCP.
antes de qualquer outro
tratamento.
Procure por sangramentos que Hemorragias graves merecem
comprometam a vida do acidentado. Se atenção e controle imediato,
Verifique hemorragias houver sangramento externo grave, antes de qualquer outro
externas. controle imediatamente com compressão tratamento posterior. A vida fica
direta sobre o ferimento. Use sempre ameaçada diante da perda de
luvas. grandes volumes de sangue.
49

494

Você também pode gostar