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Aracaju
2019
Gustavo de Melo
Max Douglas
Ruan Victor
ARACAJU
2019
SUMÁRIO
Introdução ......................................................................................................
Conclusão.................................................................................................
Referencias................................................................................................
Introdução
A cidade do Rio de Janeiro sofria em 1904 com sérios problemas de saúde publica. Com
cerca de 800 mil habitantes, diversas doenças – como tuberculose, peste bubônica, febre
amarela, varíola, malária, tifo, cólera - assolavam a população e eram objeto de
preocupação dos governantes. O então presidente Rodrigues Alves com o intuito de
modernizar (e embelezar) a cidade e também controlar tais epidemias, iniciou uma série de
reformas urbanas que mudou a geografia da cidade e o cotidiano de sua população.
Com este intuito, em junho de 1904 o governo fez uma proposta de lei que tornava
obrigatória a vacinação da população. Mesmo com 15 mil assinaturas contrárias, a lei foi
aprovada no dia 31 de outubro.
No Brasil, o uso de vacina contra a varíola foi declarado obrigatório para crianças em 1837
e para adultos em 1846. Mas essa resolução não era cumprida, até porque a produção da
vacina em escala industrial no Rio só começou em 1884
Toda a confusão em torno da vacina também serviu de pretexto para a ação de forças
políticas que queriam depor Rodrigues Alves – típico representante da oligarquia cafeeira.
“Uniram-se na oposição monarquistas que se reorganizavam, militares, republicanos mais
radicais e operários. Era uma coalizão estranha e explosiva”, diz o historiador brasileiro
Jaime Benchimol.
O historiador José Murilo de Carvalho aponta para o fato que tiveram várias revoltas
dentro da revolta, isto é, vários segmentos da população de diversas classes sociais e
motivações políticas estiveram a frente destas agitações. Segundo o autor, a motivação
para o povo se rebelar não era fundamentalmente econômica, e nem o deslocamento
populacional ocasionado pelas mudanças ocorridas na cidade (embora, muitos estudiosos
afirmem que a revolta ocorreu por uma soma de insatisfações com a política realizada,
inclusive a remoção das moradias). Para ele, a Revolta da Vacina se distingue de protestos
anteriores pela sua amplitude e intensidade baseada na justificativa moral.
A forma como o processo foi conduzido por Oswaldo Cruz, apesar das boas intenções, foi
entendido como arbitrário e despótico, sendo suas medidas apontadas como violação dos
direitos civis e constitucionais. Além disso, havia um componente moral muito grande,
pois naquela época foi considerado um crime contra honra de um chefe de família que seu
lar, assim como os corpos de suas mulheres fosse invadidos por um desconhecido.
Para Benchimol todos saíram perdendo. Os revoltosos foram castigados pelo governo e
pela varíola. A vacinação vinha crescendo e despencou, depois da tentativa de torná-la
obrigatória. A ação do governo foi desastrada e desastrosa, porque interrompeu um
movimento ascendente de adesão à vacina.
Carvalho analisando a revolta, afirma que o povo: “Embora não se interessassem por
política, embora não votasse, ele tinha razão clara dos limites da ação do Estado. Seu lar e
sua honra não eram negociáveis, a revolta deixou entre os participantes um forte
sentimento de autoestima, indispensável para formar um cidadão”.
Mais tarde, em 1908, quando o Rio foi atingido pela mais violenta epidemia de varíola de
sua história, o povo correu para ser vacinado, em um episódio avesso à Revolta da Vacina.
CONCLUSÃO
Levando em conta do que se foi observado, conclui-se que a Revolta das Vacinas
aborda questões políticos, econômicas e sociais, além do excesso do uso do poder
politico e da interação da população na revolta como reinvindicação dos seus direitos.
Referencia bibliográfica
https://www.infoescola.com/historia/revolta-da-vacina/
https://portal.fiocruz.br/noticia/revolta-da-vacina-2
https://pt.slideshare.net/Amanda_Rickler/revolta-da-vacina-21284719