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54-MISTÉRIO DAS ENTIDADES

Há vários “tipos” de mistérios que poderiam ser divididos em várias nuances. Mistérios
insolúveis; mistérios criados pela mente humana e, claro, mistérios passíveis de
revelação. A religião é farta de mistérios, cuja “revelação” sempre está baseada na fé do
indivíduo que, mesmo sem comprovação tácita, acredita em tudo que lê nos livros ditos
sagrados e em seus mestres que pregam e conseguem obter a credibilidade de seu
discípulo sem fazer muita força. Todo povo tem seu folclore e, geralmente, este é
recheado de casos misteriosos que jamais seriam solucionados à luz da ciência. No
campo científico, sim, os mistérios podem ser descobertos por causa dos testes, estudos
e pesquisas que podem levar à resposta. Assim mesmo, ainda haverá algo mais a
descobrir, voltando à condição de misterioso. Por sua vez, os mistérios místicos seriam
um misto de religioso e científico. O seu caráter precípuo seria a religiosidade, porém a
sua solução poderia acontecer, porque o misticismo é fundado na pesquisa e na
conseqüente descoberta dos fatos, cabendo-lhe também o lado empírico. É nesse grupo
que se encaixariam as entidades espirituais ou extraterrestres. Além das manifestações
habituais desses seres, imaginários, ou não, isto é, através de naves, e outros tipos de
aparição, eles enviam mensagens aos habitantes do planeta Terra, ora através dos
chamados médiuns (ou “canalizadores”, que se tornou o jargão do momento), ora via
aparelhos eletrônicos. O “modus operandi” dessas comunicações nada convencionais, é
de conhecimento geral, ou seja, uma pessoa dotada de poderes extrasensoriais, teria a
capacidade de retransmitir mensagens enviadas de outros mundos, dimensões e, sabe-se
lá de onde mais. Outro dado bastante conhecido através dos meios de informação, é a
forma física dessas entidades espaciais, espirituais ou extradimensionais. Uns seriam
idênticos à forma humana, outros, nem tanto. E há aqueles de configuração amorfa, ou
seja, totalmente desprovidos da imagem física tal como se conhece. As mensagens
psicografadas ou psicofonadas seriam de conteúdo e teor diversos. Umas, otimistas,
exaltando sempre o lado positivo da vida, dando esperanças de que bons tempos
chegarão, outras, em tom alarmista e negativista, ameaçando com o iminente final dos
tempos, ou catástrofes devastadoras. A ambigüidade, portanto, sempre estará na
essência dessas mensagens. De outro modo, há também as entidades comunicantes que
seriam mais didáticas. O objetivo central seria o de “ensinar o caminho” e não “dar a
bengala”. Evitam religiosismos e vão direto ao cerne da questão, evidenciando o lado
científico e dando mais credibilidade à mensagem que geralmente chega sob o formato
de “perguntas-e-respostas”, dando-lhe uma certa consistência que, mesmo sem obter
uma comprovação inicial, já poderá direcionar melhor à uma pesquisa mais avançada.
Enfim, verdade ou mentira, como tais mensagens poderiam ser explicadas?
Interveniência real de comunicantes de outras esferas ou dimensões? Fruto da mente do
intermediário? Imaginação fértil? Oportunismo? Apesar de tudo, deve-se levar a sério -
se os resultados são positivos - se tais mensagens trouxerem de fato um clamor de
esperança a uma sociedade degradada em função de situações que presumem o
contrário? Nesse caso os fins estariam justificando os meios? A verdade é que, existindo
ou não, tais “comunicantes com outros padrões” - sejam eles daqui ou de acolá –
continuam intrigando os homens com seus misteriosos recados, consistentes, ou não.
Assim, o bom senso manda que somente se “filtre” desses estranhos “seres” o
conteúdo que possa ser aproveitado de uma forma prática e eficiente. Existe muita
filosofia, muito romantismo e muito idealismo na maioria das mensagens. Talvez seja
por isso que o ser humano fala e pensa muito, mas age pouco. Filtrando a essência
positiva e colocando-a em prática, é certo que o lirismo vai para o segundo plano e a
humanidade poderá aprender mais com essas pretensas entidades de outros orbes.
Enfim, falar é fácil, fazer é que são elas!”.

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