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Interpretação e compreensão textual

A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente escrito nele, das
frases e ideias ali presentes. Já a interpretação de texto está ligada às conclusões que podemos
chegar ao conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o leitor
teve sobre o texto. É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível
interpretá-lo sem compreendê-lo.

O que é compreensão de texto

A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a análise objetiva
e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto. As expressões que geralmente se
relacionam com a compreensão são:

 Segundo o texto…;
 De acordo com o autor…;
 No texto…;
 O texto informa que...
 O autor sugere…

O que é interpretação de texto

A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, depois de estabelecer conexões
entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos tirar com base nas ideias
do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo, e são relacionadas com a dedução do leitor.
Existe uma ciência que estuda a teoria da interpretação, chamada de hermenêutica. Ela é um
ramo da filosofia, que estuda a interpretação de textos em diversas áreas, como literatura,
religião e direito.Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:

 Diante do que foi exposto, podemos concluir…


 Infere-se do texto que…
 O texto nos permite deduzir que…
 Conclui-se do texto que...
 O texto possibilita o entendimento de
01. Considerando as ideias e a estrutura do texto acima, julgue os itens.

1. O texto defende que a sociedade brasileira, apesar de vítima da violência do contexto


tecnológico atual, tem por valor superafetado a proteção do direito à vida, garantido
constitucionalmente.

2. Entre os pilares que sustentam a Carta Magna brasileira — a dignidade da pessoa, o respeito
ao cidadão, a garantia da sua integridade, o fortalecimento do bem comum e o resguardo do
direito à vida —, sobreleva-se este último, pela qualidade de incondicional.

3. É redundante afirmar que a Constituição do Brasil dá especial ênfase à defesa à existência no


país, uma vez que a vida sobreleva-se a constituições sociais e está pressuposta em vários
dispositivos legais.

4. O texto argumenta que é universal e incontestável a consciência de que urge o


estabelecimento de formas mais fraternas de convivência no mundo atual.

5. O texto estrutura-se de forma dissertativa, com léxico predominantemente denotativo,


apesar de haver palavras empregadas em sentido conotativo, a exemplo de “soa” (L.6) e
“ornada” (L.18).
02. Julgue os itens, a respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima.

1. De acordo com o texto, a “situação de extrema privação” (L.3) justifica porque “ensinar a
pescar pode ser muito pouco” (Ls. 2/3).

2. Pelo emprego da expressão “A pobreza é uma metáfora” (L.4), o autor sugere que a
verdadeira privação não existe; é uma ficção social utilizada politicamente para encobrir as
desigualdades sociais.

3. A expressão “nesse tipo de definição” (L.7) refere-se à definição de pobreza segundo critérios
de “sofrimento suficiente” e “sofrimento insuficiente”, mencionados no parágrafo anterior.

4. Considerando que a flexão de singular preserva a coerência textual na substituição de “as


rendas” (L.9) pelo seu correspondente singular, seria também preservada a correção gramatical
com essa substituição.

5. No último parágrafo do texto, duas possibilidades para se enfrentar a “insuficiência de


recursos” (L.11) correspondem às ações resumidas como “dois rumos básicos” (L.13).
03. Com relação às ideias do texto, julgue os itens a seguir.

1. Infere-se do primeiro parágrafo que as angústias do indivíduo/sujeito da modernidade se


reduziriam, caso o Estado promovesse ações democráticas que compatibilizassem as aspirações
individuais com as de interesse coletivo.

2. A autora do texto assume que a falência do modelo vigente de Estado é evidenciada pela
prevalência de uma economia que, fundada na má distribuição de renda na sociedade, promove
a privatização da assistência e da previdência social.

3. Como o Estado carece de mecanismos que promovam a erradicação das diferenças sociais, a
violência e a corrupção atingem a classe política brasileira.

4. O genocídio, a criminalidade e a delinquência, indicadores da ausência da gestão do Estado


como instituição voltada para os interesses coletivos, são causas do malestar civilizatório.

5. Uma das ideias implícitas no texto é a de que a razão científica e a tecnologia não promovem
a conciliação dos interesses sociais de forma democrática.

04. Com base no poema acima, julgue os itens subsequentes.

1. Considerando-se as relações entre os termos da oração, verifica-se ambiguidade no emprego


do adjetivo “pensativos” (v. 40), visto que ele pode referir-se tanto ao termo “vossos mortos”
(v.38) quanto ao núcleo nominal “olhos” (v.40).

2. No poema, que apresenta uma denúncia de atos de abuso de poder, foram utilizados os
seguintes recursos que permitem que a poeta se dirija diretamente a um interlocutor: emprego
de vocativo nos versos 1, 9 e 33 e de verbos na segunda pessoa do plural, todos no imperativo
afirmativo.

3. O emprego do pronome possessivo em “seus rutilantes vestidos” (v.12) evidencia que essa
expressão corresponde à vestimenta usada por autoridades em eventos solenes.
4. No verso 23, a forma verbal “nascidas”, apesar de referir-se a todas as expressões nominais
que a antecedem, concorda apenas com a mais próxima, conforme faculta regra de
concordância nominal.

5. Os trechos “Por sentenças, por decretos” (v.29) e “Por fictícia autoridade, vãs razões, falsos
motivos” (v.35-36) exercem função adverbial nas orações a que pertencem e ambos denotam o
meio empregado na ação representada pelo verbo a que se referem.

05. Com base nos sentidos do texto e utilizando-se das noções de teoria da argumentação,
julgue os itens a seguir.

1. O discurso do texto caracteriza-se como um discurso-segundo, que faz referência a um


discurso-primeiro, anterior, que se presume favorável a excluir do Ministério Público a
realização plena e autônoma de investigações criminais.

2. Foram empregados no texto, em sustentação à tese defendida, a argumentação pelo exemplo


e o desenvolvimento do raciocínio pelo método da exclusão.

3. Negar um argumento é uma forma de desqualificá-lo. Esse recurso foi aplicado em “estes
postulados não se irradiam sobre procedimentos de cunho meramente informativo” (L. 2-3).

4. Estão presentes no texto expressões que marcam a parcialidade do autor diante do assunto
tratado. São exemplos: “insustentável argumento” (L.11); “o que é ainda mais excêntrico” (L.12)
e “perigoso recuo do Estado’ (L.13).

5. Nas linhas de 23 a 33, ao empregar verbos no futuro e substantivos adjetivados para criar um
possível cenário futuro, o autor recorre ao raciocínio tautológico. 6. A expressão “do Oiapoque
ao Chuí” poderia figurar no lugar de “do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte” (L.1), sem
prejuízo do sentido geral do texto.

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