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Marthon Jonas - TCC - o Desenvolvimento e Utilidades Da Iluminação Automatizada em Uma Residência PDF
Marthon Jonas - TCC - o Desenvolvimento e Utilidades Da Iluminação Automatizada em Uma Residência PDF
PARAÍBA
João Pessoa
2017
MARTHON JONAS SALES CARDOSO
João Pessoa
2017
ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO E UTILIDADES DA ILUMINAÇÃO
AUTOMATIZADA EM UMA RESIDÊNCIA
examinadora:
___________________________________________
Prof. Dra. Andréa Samara Santos de Oliveira Gomes
Orientadora
___________________________________________
Professor Membro da Banca
Avaliador
Dedico este trabalho a todos os familiares,
amigos e professores que acreditaram no meu
potencial e que contribuíram de forma direta ou
indireta para a conclusão do mesmo.
AGRADECIMENTOS
In this work a study was carried out on the development and utilities of automatic
lighting in a residence, starting from the knowledge about the historical roots of residential
automation and presenting its development and evolution to the present day. The main
motivation of this study was to understand the benefits gained from the growth of new
technologies invented by man, making electronic components more and more independent of
their handling and having as main focus a convenience and energetic energy driven by the use
of intelligent components in a residence. In order to do so, an illustrative practical activity has
been performed with the intention of demonstrating that it is possible to obtain energy efficiency
using automatic lighting and controlling light intensity through dimerization and a remote
control. With this, and using mathematical equations, it was possible to calculate the energy
saving (in kWh) between a lamp with its maximum luminous intensity and its intensity
diminished through the commands of an infrared remote control.
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10
2. HISTÓRICOS E PRINCIPAIS CONCEITOS ............................................................ 11
2.1 A automação residencial ............................................................................................ 11
2.1.1 O surgimento da automação residencial ............................................................. 12
2.2 Domótica .................................................................................................................... 14
2.2.1 Vantagens e desvantagens da domótica.............................................................. 15
3. A ILUMINAÇÃO NA CASA AUTOMATIZADA (DOMÓTICA) ............................ 17
3.1 Generalidades ............................................................................................................. 17
3.2 Exemplos tradicionais de comandos de luz ............................................................... 18
3.2.1 Comando de luz com interruptor simples ........................................................... 18
3.2.2 Comando de luz com interruptor three-way ....................................................... 19
3.2.3 Comando de luz com interruptor four-way ........................................................ 19
3.3 A iluminação automatizada........................................................................................ 20
3.3.1 A eficiência energética da iluminação automatizada ......................................... 21
4. MATERIAL E MÉTODO .............................................................................................. 23
4.1 Módulos utilizados ..................................................................................................... 23
4.2 Metodologia ............................................................................................................... 28
4.3 Análise da eficiência energética com a utilização da dimerização ............................ 35
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 39
6. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 40
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1. INTRODUÇÃO
A energia elétrica é um dos fenômenos mais importantes descobertos pelo ser humano.
Com ela, as pessoas puderam inventar milhares de tecnologias para melhorar os seus estilos de
vida, salvar vidas, locomover- se mais rápido e, principalmente, para enfrentar a escuridão da
noite.
As lâmpadas elétricas foram umas das primeiras invenções feitas após o descobrimento
da eletricidade e que são utilizadas até hoje nas vias públicas, nas industrias, no comercio e nas
residências. Elas tornam as pessoas capazes de enxergar e exercer quaisquer atividades durante
a noite e iluminar ambientes escuros.
Não satisfeitos apenas com o liga/desliga das lâmpadas, o ser humano criou meios para
melhorar sua comodidade, comunicação, climatização, segurança e iluminação, dentre esses
meios estão a utilização de aparelhos com infravermelho e os módulos elétricos inteligentes,
com isso, e com a capacidade e necessidade do ser humano de criar novas tecnologias, foi
surgindo aos poucos a automação residencial.
A iluminação automatizada é um dos ramos da automação residencial, com ela as
pessoas são capazes de controlar a luminosidade de uma lâmpada através de algum aparelho
eletrônico contendo a programação necessária para executar esse tipo de atividade, tornando os
sistemas mais inteligentes e capazes de controlar a iluminação sem a necessidade de pressionar
interruptores.
Pensando na comodidade, economia financeira e eficiência energética, este trabalho tem
como objetivo estudar o desenvolvimento e as utilidades da iluminação automatizada em uma
residência e analisar se realmente há vantagens econômicas e eficiências energéticas na
iluminação automatizada em relação a iluminação com acionamento manual.
11
“O termo automação (do latim automatus, que significa mover-se por si) foi criado na
década de 1940 por um engenheiro da Ford Motor Company” (LAMB, 2015, p. 2). Este termo
é sinônimo da palavra automático, ou seja, tornar um objeto capaz de realizar determinada
atividade sem a intervenção direta do ser humano. Levando em consideração esse conceito,
podemos definir que a automação residencial é a tecnologia que estuda a automação de um
prédio ou habitação (PRUDENTE, 2011). Ou seja, é a tecnologia que tornou as pessoas capazes
de automatizar diversas atividades domésticas, diminuindo grandes esforços e facilitando suas
vidas.
(...) pode-se marcar como início da Automação Industrial o século XVIII, com
a criação inglesa da máquina a vapor, aumentando a produção de artigos
manufaturados, e estas foram às décadas da Revolução Industrial. No século
seguinte a indústria cresceu e tomou forma, novas fontes de energia e a
substituição do ferro pelo aço impulsionaram o desenvolvimento das
indústrias na Europa e EUA. Neste contexto, nos anos que seguiram, foram
criados dispositivos mecânicos chamados relés, que em breve tomariam as
fabricas. A todos esses acontecimentos, e a outros que seguiram, foi dado o
título de II Revolução Industrial. (SILVEIRA, LIMA, 2003, p. 1).
A revolução industrial foi o marco inicial para a automação, pois foi com o surgimento
das máquinas e a necessidade de diminuição da mão de obra, para minimizar os custos
financeiros e agilizar os processos de fabricação de produtos, que os donos das indústrias
começaram a investir no controle automático das máquinas. Porém, os ambientes fabris ainda
não desfrutavam de processos de automação muito sofisticados. (SILVEIRA, LIMA, 2003).
Ao longo dos anos, novas tecnologias foram estudadas e inventadas, isto possibilitou
alguns avanços para a automação industrial. Dentre essas novas tecnologias, os CIs (circuitos
integrados) possibilitaram um grande desenvolvimento nos sistemas de controle, assim como a
criação dos primeiros computadores.
2.2 Domótica
A Figura 5 está representando as várias tecnologias que podem ser aplicadas dentro de
uma residência para torna-la automatizada e inteligente, dentre eles, o comando e controle da
luminosidade, controle de persianas, comando e controle dos eletrodomésticos, controle de
sistemas de alarme antifurto e controle dos parâmetros ambientais da residência.
Maior versatilidade: É possível ter autonomia na instalação de uma casa domótica, pois
os seus componentes são facilmente programáveis, devido ao uso de softwares
exclusivos.
Maior economia na gestão da energia: É possível controlar o uso da energia em uma
residência de diversas formas, na iluminação, no aquecimento, no condicionamento do
ar, entre outros, possibilitando uma economia significativa na gestão de uma casa
domótica.
3.1 Generalidades
As lâmpadas elétricas, que são os instrumentos da iluminação elétrica, hoje em dia, estão
cada vez mais sofisticadas e econômicas, além de possuir uma fácil instalação. Porém, a
dificuldade surge quando a instalação de seus componentes precisa ser feita em um determinado
ambiente com o intuito de agradar as pessoas que a utilizarão.
vista nos cursos de instalações elétricas prediais e discutidas rapidamente em outros cursos que
envolvam a iluminação.
Em ambientes que contenha uma iluminação elétrica, se faz necessário, pelo menos, que
haja um comando elétrico, no caso, um interruptor, e um ponto de luz, no caso, uma lâmpada.
Com os comandos de luz é possível desligar e ligar uma ou mais lâmpadas através do
pressionamento de teclas. Os mais comuns tipos de comandos de luz são: comando com
interruptor simples, comando com interruptor three-way (paralelo), comando com interruptor
four-way (intermediário).
O comando de luz com interruptor simples consiste no acionamento manual de uma ou mais
lâmpadas, a partir de um único interruptor simples. Ou seja, é o acionamento mais comum e
que toda casa, condomínio, prédio, comércio e indústria possuem.
Todo o equipamento possui uma potência, que geralmente vem ilustrada em sua
embalagem e é apresentada em Watts, que simboliza a quantidade de energia necessária para o
equipamento funcionar no seu regime total de carga. Com a lâmpada não é diferente. Todas
elas possuem uma potência ativa que, hoje em dia, varia de 7 á 150 Watts de acordo com o
fabricante e a necessidade do consumidor.
Como já citado no tópico 3.3 deste trabalho, a dimerização é uma das grandes vantagens
quando se relaciona a economia de energia com uma lâmpada automatizada, pois é possível
controlar a sua potência consumida e assim diminuir o seu gasto de energia.
A dimerização faz com que a potência consumida pela lâmpada seja inferior a sua
potência total, por isso que o consumo final com a lâmpada dimerizada é inferior. Com isso é
necessário o acréscimo da porcentagem da potência nos cálculos matemáticos.
Em todos os estados do Brasil existe uma concessionária de energia elétrica, que é uma
empresa responsável pela transmissão da energia elétrica para cada residência, a qual atribui
um preço tarifário em reais por cada kWh usufruído pelo consumidor. Cada concessionária
possui as suas tarifas e os seus benefícios de acordo com a modalidade (perfil) de cada
consumidor (baixa, média e alta tensão). Para saber o valor do consumo gasto em reais por cada
lâmpada utilizada em uma residência, basta fazer uma regra de três simples, no qual o “X”
representa o valor em reais do consumo da lâmpada em kWh.
4. MATERIAL E MÉTODO
No intuito de demonstrar a maioria dos conceitos apresentados neste trabalho foi realizada
uma atividade prática utilizando os módulos inteligentes e educacionais da empresa italiana De
Lorenzo. Para isso foi montada uma bancada com alguns módulos essências e específicos para
o acionamento de lâmpadas através do controle remoto por infravermelho. Uma das lâmpadas,
além de ser ligada ou desligada, também pode ser dimerizada de acordo com a vontade de quem
as utilizar. Assim foi possível visualizar, mais de perto, os benefícios e as vantagens adquiridas
com a utilização da iluminação automatizada em uma residência.
Foi utilizado também um outro módulo básico, que é uma unidade de fonte de
alimentação para o barramento do sistema, denominado DL2101T71. Segundo o seu manual,
ele converte uma tensão de até 230 V (CA) em uma tensão de 29 V (CC) para alimentar o
sistema de dados.
O módulo utilizado para enviar sinais através de duas saídas para outros dois
componentes elétricos conectados ao sistema e que possam ser independentes entre si é
denominado de DL2101T90, conhecido também como módulo das saídas binárias. Essas duas
saídas podem desempenhar funções diferentes de acordo com a programação destinada para
elas. Essa programação é elaborada em um software específico para o sistema, sendo
desenvolvida para suprir a necessidade / objetivo de quem utilizará o módulo. Nesta prática,
por exemplo, o objetivo é o acionamento de duas lâmpadas independentes entre si e que serão
acionadas a partir de dois tipos de comandos elétricos. Quando um dos comandos for executado,
uma das saídas fechará e a lâmpada acenderá.
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Um módulo específico utilizado nesta prática foi o DL2101T81. Nele está contido um
dimmer universal que tem a função de regular e controlar a luminosidade de lâmpadas
incandescentes e alógenas. Segundo o fabricante, este módulo possui uma proteção eletrônica
contra curto circuitos e sobrecarga, pode ser alimentado com uma tensão de até 230 V e suporta
uma carga de até 250 W.
O módulo utilizado para o acionamento das lâmpadas via controle remoto foi o
DL2101T84. Ele possui um transmissor e um receptor sem fio (infravermelho) que envia e
recebe os dados (comando) e os direciona para o sistema. Segundo o seu manual, o seu
transmissor e o seu receptor funcionam em até 8 metros de distância entre si, o que faz com que
o acionamento de determinada lâmpada seja realizado em diversos cômodos da casa,
dependendo do tamanho da mesma.
Por fim, o último módulo utilizado foi o DL2101T91. É o módulo que contem dois
receptáculos para duas lâmpadas incandescentes independentes entre si. Nesta prática foi
utilizado dois módulos DL2101T91, pois houve a necessidade da utilização de três lâmpadas.
As três lâmpadas possuem uma potência de 18 Watts e todas as três são possíveis de dimerizar.
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4.2 Metodologia
Após estes passos, será aberta uma janela de início do programa. Com ela será
possível adicionar a estrutura básica. Basta clicar com o botão direito em “edifício”, depois
com o botão esquerdo em “adicionar edifício”, então aparecerá uma tela para colocar o nome
do edifício e depois é só clicar em “ok”.
Após editar os parâmetros, inicia-se a parte da vinculação dos módulos, ou seja, eles
precisam estar conectados entre si. Em uma instalação tradicional, por exemplo, eles
precisariam estar conectados somente entre fios, porém, nesse caso, se tratam de módulos
inteligentes e precisam de uma interligação virtual para que a programação seja concluída. Essa
interligação é feita através dos endereços de grupo. Quando dois módulos possuem o mesmo
endereço de grupo, eles estão vinculados.
Para criar um endereço de grupo basta clicar com o botão direito em um dos
componentes dos drives dos módulos, depois clicar em “vincular com...”. Após isso, aparecerá
uma janela para colocar o código do endereço. Os códigos e as vinculações estão ilustrados na
Figura 23.
Os códigos 0/0/1, 0/0/2, 0/0/3, 0/0/4 são os endereços de grupos que devem ser criados.
As cores das setas também indicam os quatro endereços e para onde eles deverão ser
vinculados: verde escuro (0/0/1), verde claro (0/0/2), vermelho (0/0/3) e amarelo (0/0/4). Para
vincula-los, basta “arrastar” com o mouse o código do endereço do grupo do drive de um
módulo para outro. Com isso, o programa fica pronto para ser repassado para os módulos físicos
via cabo USB.
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Figura 26: Acionamento dos módulos físicos pressionando um mini botão e aproximando um imã.
Concluída esta etapa, a bancada com os módulos estará apta para realizar todas as
funções desenvolvidas durante a sua programação, ou seja, as lâmpadas conectadas ao módulo
DL2101T91 poderão ser controladas via controle remoto (infravermelho). O controle remoto
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será capaz de ligar e desligar todas as três lâmpadas conectadas ao sistema e também possuirá
um botão especifico para a dimerização de uma delas.
Como já foi visto anteriormente, a dimerização de uma lâmpada não traz apenas
comodidade, visto que o consumidor consegue controlar a intensidade luminosa, mas também
promove um outro benefício bastante procurado pelas pessoas: a eficiência energética vinculada
a economia financeira.
Com a atividade prática realizada neste capitulo foi feita uma análise desse fator,
levando em consideração a dimerização comandada via controle remoto. Essa dimerização é
feita pressionando, sem soltar, um dos botões do controle (um botão para aumentar o brilho,
outro para diminuir). Esse comando afeta diretamente a potência da carga, então, visto que a
potência é igual ao produto da tensão com a corrente, e a resistência da lâmpada é sempre
constante, haverá a diminuição da corrente e da tensão aplicada a ela quando diminuir a sua
intensidade luminosa, ou seja, diminuir sua potência consumida.
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Como foi visto e provado por cálculos matemáticos, a dimerização afeta diretamente a
potência da lâmpada. Com isso é possível calcular a eficiência energética, por mês, desta
lâmpada com o uso da dimerização.
17,42 𝑊 × 5 ℎ × 30 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = = 𝟐, 𝟔𝟏𝟑 𝒌𝑾𝒉 𝒑𝒐𝒓 𝒎ê𝒔
1000
4,3 𝑊 × 5ℎ × 30 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 = = 𝟎, 𝟔𝟒𝟓 𝒌𝑾𝒉 𝒑𝒐𝒓 𝒎ê𝒔
1000
Essa análise de economia foi realizada sem pensar no ambiente ou na ação que o
consumidor realizará utilizando-se da iluminação desta lâmpada. Óbvio que para algumas
atividades humanas a intensidade luminosa não pode ser muito baixa, assim como em outras,
não deve ser muito alta.
5. CONCLUSÃO
Além disso, também foi possível verificar que a dimerização é um dos meios para se obter
economia de energia por mês, através da diminuição na porcentagem da intensidade luminosa
de uma lâmpada. Porém, é importante levar em consideração outros fatores como o ambiente
de iluminação e a atividade humana realizada no ambiente considerado para que sejam
compatíveis com a intensidade luminosa ofertada.
40
6. REFERÊNCIAS
MURATORI, José Roberto; DAL BÓ, Paulo Henrique. Automação Residencial: Conceitos e
Aplicações. 1.Ed. Belo Horizonte: Editora Educere, 2013.
BOLZANI, Caio Augustus Morais. Residências Inteligentes. 1.Ed. São Paulo: Editora Livraria
da Física, 2004.