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RELATÓRIO TÉCNICO CIENTÍFICO DE REGÊNCIA

Campo Grande-MS

Maio/2010
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RELATÓRIO TÉCNICO CIENTÍFICO DE REGÊNCIA

Fabiano da Silva Braga

Relatório apresentado como requisito de


avaliação ao Curso de Letras, do 5º
semestre, Período Noturno, Disciplina no
estágio supervisionado – I Língua
Portuguesa, ministrada pelo Professor
Guevara Vasco Toledo Pereira.

Campo Grande/MS

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2010

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. IDENTIFICAÇÃO DO ACADÊMICO 6

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DO ESTÁGIO 7

3. DESENVOLVIMENTO 8

3.1 ETAPA DE VIVÊNCIA: A ESCOLA 9

3.2 A SALA DE AULA 10

4. ETAPA DE INTERAÇÃO 12

5. ETAPA DE DOCÊNCIA 14

6 CONCLUSÃO 15

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17
1. INTRODUÇÃO

Este relatório visa atender requisito de avaliação da Disciplina de Língua


Inglesa, a Unidade Didática – Estágio Supervisionado – II / Língua Inglesa. É
uma exigência do processo avaliativo do Curso de Letras e tem como objetivo
exercitar os acadêmicos na capacidade de regência, mostrar os desafios
enfrentados e as dificuldades superadas pelo acadêmico dentro da sala de aula
com a finalidade de conhecimentos, assim como a apreensão de novos
valores.

O presente trabalho foi realizado na Escola Estadual 11 de Outubro,


sendo que a regência do estágio foi realizada na turma do 3º ano D do ensino
médio, onde o ensino da Língua Inglesa nessa fase da vida dos alunos nas
séries finais do Ensino Médio é voltada para prepará-los para o vestibular e o
mercado de trabalho.

Para Francisco e Pereira (2004) estágio surge como processo

fundamental na formação do aluno estagiário, pois é a forma de fazer


a transição de
aluno para professor “aluno de tantos anos descobre-se no lugar de
professor”.

Dessa forma, este estudo está organizado por itens que caracterizam as
Unidades Didáticas no corpo do “Desenvolvimento” e “Considerações Finais”
que apontam à apreensão dos conhecimentos socializados de forma geral,
indicando o crescimento cultural adquirido.

Portanto, todo conteúdo descrito ao longo deste trabalho, apresenta tudo


que estudamos e aprendemos durante as aulas, ministradas por professores
interativos e pelo professor local, com o objetivo de somar conhecimentos e
experiências.

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2 IDENTIFICAÇÃO DO ACADÊMICO

Nome do estagiário (a): FABIANO DA SILVA BRAGA


Registro do acadêmico (a): 146291
Curso: LETRAS
Semestre: 5°
Endereço Residencial: R: JOÃO GOMES BATISTA 149, CONJUNTO BURITI.
Fone: (67) 3380-3845

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2.1 IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DO ESTÁGIO

Estabelecimento de ensino: E. E. OLINDA CONCEIÇÃO TEIXEIRA BACHA.


Endereço: RUA DAS CAMÉLIAS, 1446 CONJUNTO BURITI.
Telefones: (67) 3314 6062
Diretor (a): MARLI APARECIDA BORTOLOTI PEREIRA.
Diretor (a) Adjunto (a):
Coordenador (a) Pedagógico (a): EVELISE RIBEIRO V. DA SILVEIRA.
Orientador (a) Educacional:
Professor (a) regente: RICARDO AGRA MOREIRA

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3. DESENVOLVIMENTO

Nesta fase do curso de letras, foi obtida uma real experiência no


campo de estágio, a parte da regência propriamente dita, com seus altos e
baixos prazeres em ser um professor de Língua Portuguesa que proporcionou
um contato real com uma sala de aula, o processo de docência é uma
experiência fascinante, tanto para o professor que já está a mais tempo na
profissão como para o estagiário que inicia o seu processo de lecionar, ainda
tímido e meio inexperiente no campo da docência.

Assim, Inquietações e os questionamentos tomam corpo durante as


aulas de Prática de Ensino. Insegurança e tensão também se manifestam nos
alunos-professores quanto a sua atuação em sala de aula e essas sensações
conflitantes aumentam durante e após o estágio de observação e regência,
pressionando o seu filtro afetivo (Krashen, 1982).

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3.1 ETAPA DE VIVÊNCIA: A ESCOLA

Este estágio foi realizado na E. E. Olinda Conceição Teixeira Bacha,


a escola foi fundada no bairro Buriti nos meados do ano de 1982, logo após a
entrega das casas aos moradores do bairro, Ela é uma escola ampla com 16
salas de aula, pátios cobertos e descobertos, sala de informática, quadra de
esportes coberta, cantina, secretaria bem equipada e uma biblioteca que é bem
servida em seu acervo, tendo como doadores a comunidade, pais de alunos e
entidades privadas da região, constam em seu acervo uma grande variedade
de livros didáticos, revistas, mapas, livros infantis, livros tecnológicos e
coletâneas como a BARSA, a biblioteca tem a deficiência de espaço físico, por
não ter mesas para estudos, iluminação adequada e local apropriado para os
alunos realizarem seus estudos e suas buscas por conteúdos, haja vista a
biblioteca estar localizada em uma sala de aula desativada.

A escola tem seu projeto pedagógico e tem como missão valorizar a


parceria com a comunidade, desenvolvendo um trabalho em equipe, visando
assegurar um ensino de qualidade, adequado as necessidades dos seus
alunos, preparando-os para o mercado de trabalho e exercício da cidadania,
assim como os seus objetivos são:

- Assegurar a afetividade do processo ensino aprendizagem;

- Fortalecer a gestão participativa dos processos.

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3.2 A SALA DE AULA

O ambiente físico da sala de aula em que foi realizado os processos


de observação, interação e regência, é compatível com a quantidade de alunos
na sala, sendo uma sala de aula organizada, ampla, limpa e arejada, os
espaços entre as carteiras disponibiliza livre acesso ao professor e aos alunos
na circulação dentro da sala de aula, a sala tem uma pintura com o desgaste
natural do tempo, orem, as paredes são limpas e sem rabiscos, o quadro negro
está em bom estado de utilização assim como as carteiras utilizadas pelos
alunos.

O material didático utilizado nas aulas são em sua maioria


disponibilizado pela secretária de Educação, que está dentro do que pede o
dentro do Referencial Curricular da Rede Estadual de Ensino, além disso, o
professor em conjunto com os alunos sempre trazem materiais acessórios que
são utilizados dentro da sala de aula na aplicação dos conteúdos, assim,
mostrando o interesse deste profissional junto ao seu compromisso de elaborar
um bom plano de aula e de estar sempre em constante aprendizado e busca
de melhores condições de ministrar uma excelente aula aos seus alunos.

A prática pedagógica utilizada dentro da sala de aula pelo professor


local está em conformidade com o que se pede na análise de procedimentos
didáticos, assim como, a concepção de ensino e aprendizagem da linguagem,
analisando o procedimento do professor local foi visto que está em
conformidade no que foi visto por este acadêmico dentro das teorias que
aprendemos nas Unidades Didáticas de FOSE e Fundamentos do Ensino da
Língua Portuguesa.

Os alunos aos quais foram integrantes desse processo de


aprendizagem de experiência de campo do Estágio Supervisionado I / Língua
Portuguesa, são alunos dedicados e interessados pelas aulas, todos foram
analisados um a um e todos demonstraram muito interesse pela aula e com
grande participação coletiva e individual pela matéria, o nível de aprendizagem
foi excelente por parte de todos tantos dos alunos como também por parte do
professor colaborador e deste acadêmico que presenciou todo esta parte do
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processo de aprendizagem, em suma, a compreensão dos conteúdos
ministrados, a realização de tarefas e os trabalhos referentes às aulas de
língua portuguesa foram bastante proveitosas para todos com a participação e
interação tantos do corpo docente assim como do corpo discente.

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4. ETAPA DE INTERAÇÃO

Na parte de Interação, foram preenchidos os requisitos básicos


relacionados a esta parte do estágio, acompanhei o professor colaborador
Ricardo Agra Moreira de Língua Portuguesa nas aulas das turmas do 6º ano A,
B e C. Os alunos foram acompanhados de perto por parte deste estagiário
onde foi verificado o caderno com a finalidade ver se os alunos estavam
realmente fazendo as atividades e/ou copiando o conteúdo passado na lousa e
de avaliar a aprendizagem e o empenho do aluno em sala de aula, corrigi as
atividades e tarefas propostas pelo professor colaborador referentes às
matérias aplicadas e tirando as dúvidas dos alunos e ajudando na
compreensão da matéria, confeccionamos materiais didáticos para aplicação
na sala de aula, como: cartazes, quadro de notícias, jornal da escola e mural,
planejamos juntos as atividades que seriam desenvolvidas dentro da sala de
aula, foram conduzidas discussões referentes a assuntos das aulas para
solucionar possíveis dificuldades do aprendizado como: Qual era a dificuldade
que os alunos estavam tendo na aprendizagem do conteúdo, auxiliei os alunos
na execução das atividades e colaborando com o professor cooperador na
confecção de planos de aula a serem executados com base no Referencial
Curricular que norteia o ensino da rede pública em todas as suas escolas,
planejamos atividades dentro e fora da sala de aula.

Contudo nesta etapa o contato com os alunos foi mais expressivo, a


participação junto com o professor colaborador acrescentou bastante no
conhecimento adquirido, pois, na prática de analisar, corrigir e auxiliar os
alunos nas atividades propostas em sala de aula, a interação foi quase que
automática, uma dificuldade apresentada pelos alunos foi a de medo da
aprendizagem da língua portuguesa, pois, por ser uma turma de 6º ano do
ensino fundamental, é comum o medo de aprender.

(...) ”A mais óbvia é que os alunos que temem e


antecipar avaliação negativa tenderá a evitar fazer coisas
que vão fazer com que sejam avaliados negativamente. Mas

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estes podem ser as mesmas coisas que eles precisam fazer
para aprender Inglês. Como Matsuda & Gobel (2001, p.
230)”.

Assim, o conhecimento e a prática do professor colaborador foram


de suma importância no processo de aprendizagem, uma vez que o domínio da
matéria e o alto grau de devoção pela prática de ensinar fizeram toda a
diferença e os alunos notam e se sentem mais seguros no aprendizado, por
sua vez os alunos também participam das aulas, fazendo perguntas e
interagindo com dinamismo e concentração na aprendizagem de sua língua
materna, assim, o professor deve conhecer as dificuldades e o perfil de seus
alunos para investir em uma abordagem de ensino eficaz e eficiente.

(...) ”A abordagem (ou cultura) de aprender é


caracterizada pelas maneiras de estudar, de se preparar
para o uso, e pelo uso real da língua-alvo que o aluno tem
como “normais”. Em qualquer situação será necessário
ainda buscar conhecer as configurações individuais dos
filtros afetivos (as atitudes, motivações, bloqueios, grau de
identificação ou tolerância com a cultura-alvo, capacidade de
risco e níveis de ansiedade) de cada aprendiz e cada
professor. Almeida Filho (2007, p. 13)”.

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5. ETAPA DE DOCÊNCIA

Na parte da regência propriamente dita, foi usada a Abordagem


Comunicativa, pois, a significação e a relevância dos conteúdos dos textos,
diálogos, exercícios para a prática da língua portuguesa que o aluno reconhece
como experiência válida para a sua formação e crescimento intelectual.

(Trata-se de uma questão relativa ao


planejamento de unidades que se materializam nos recursos
didáticos e na própria prática em sala de aula). Almeida Filho
(2007. p. 79).

Desse modo, foi obtido um empenho maior tanto na parte do


professor-aprendiz, como também na parte dos alunos que familiarizados com
este método de ensino, pode ter maior percepção e aproveitamento da
disciplina.

Notou-se que a maior dificuldade dos alunos, foi em relação


assimilar o conteúdo, talvez por ser um novo conteúdo eles, ou também por
vergonha de errar na frente de seus colegas, alguns se mostraram as vezes
desinteressados e alheios a aula, daí entra o professor como transmissor e
excitador de conhecimento, reconhecendo as dificuldades e mostrando o
caminho a ser seguido para a maior absorção de conhecimento, também foram
visualizadas algumas dificuldades ao longo das aulas, e superadas também,
como: os alunos indisciplinados e respondões, alunos dispersos e
desinteressados.

Os alunos submetidos às aulas ministradas pelo professor-aprendiz


ficaram satisfeitos com o desempenho e a forma de interação com a turma, no
início houve certa resistência, porém, ao transcorrer das aulas, eles foram se
soltando e interagindo mais com o novo professor-aprendiz.

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6. CONCLUSÃO

Essa experiência como docente foi muito proveitosa e ímpar até esse
momento em nossa vida acadêmica, pude ter a real noção do que é ser um
professor, seus anseios e suas expectativas em sua profissão, sobrando assim
para nós tentarmos ser melhores e transmitir o máximo de nós para uma
educação de qualidade.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise dos dados reflete os resultados positivos do trabalho de


integração entre teoria e prática, observados na desenvoltura dos alunos ao se
posicionarem frente a questões relativas ao ensino-aprendizagem de língua
portuguesa

. A apropriação do discurso teórico atua como apoio para lhes conferir


segurança, como recurso para explicitar tomada de posição durante as
atividades da Prática de Ensino e também como confirmação da escolha
profissional.

No entanto, esse discurso tem outros valores e nuances segundo as


forças que atuam no processo de formação do professor pré-serviço. Motivado
por essas forças e experiências durante o curso de Letras, o aluno-professor
responde diferentemente às atividades da disciplina, o que o leva a enfrentar
momentos de ansiedade e insegurança com relação à prática vivenciada e à
futura atuação profissional.

No processo, essas sensações, além de, muitas vezes, revistas e


superadas, correspondem a uma fase de exploração de possibilidades que a
vida lhe oferece e que são comuns à faixa etária em que se encontra. Talvez, o
tempo e a maturidade ajudem na decisão final e na superação das dificuldades.

Como resultados, verificamos uma superação do modelo justaposto


antigo, no qual as disciplinas de conteúdo estruturavam-se na grade curricular
totalmente desvinculada das de formação profissional do aluno, o que torna,
em nosso caso, o trabalho da Prática de Ensino eficiente, formando
professores que na prática profissional em serviço, provavelmente, manterão
viva a motivação e ativos os conhecimentos adquiridos sobre o processo de
ensinar-aprender. Entretanto, apenas uma pesquisa futura com esses
professores poderá dar conta desse fato, além das variáveis presentes no
processo de estruturação e reestruturação profissional pelos quais esses
professores pré-serviço e em início de carreira passam.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida Filho, J. C. P. de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. 4ª


ed.Campinas, SP:Pontes,2007.

GOMES, Maria Lúcia de Castro. Metodologia do ensino da língua portuguesa /


Curtiba: Ibepex, 2007, 195p.

KRASHEN, S. Principles and Practice in Second Language Acquisition. New


York: Pergamon Press, 1982.

Matsuda, S., & Gobel, P. (2001). Quiet apreensão: Leitura e ansiedades sala
de aula. JALT Journal, 23, 227 – 47

PERRENOUD, Philippe. As competências para ensinar no século XXI: a


formação dos professores e o desafio da avaliação. – Porto Alegre: Artmed ,
2002. 176 p.

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