Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2018
Resumo
Este estudo é o registro do processo de pesquisa e
desenvolvimento do trabalho de conclusão do curso de Design
Gráfico e Digital, desenvolvido no Istituto Europeo di Design, em
São Paulo, entre 2017 e 2018. O projeto “Translúcida” pretende
trazer uma reflexão sobre a degradação da arquitetura histórica
no Centro de São Paulo.
Palavras-Chave
Patrimônio Histórico, Degradação, Memória Urbana
Abstract
This study is a register of the research and development
process of the Graphic Design project “Translúcida”, developed
in São Paulo between 2017 and 2018. The "Translúcida" project
intends to generate a debate about the deterioration of historical
architecture in the Center of São Paulo.
Keywords
Historical Patrimony, Deterioration, Urban Memory
Sumário
1 Arquitetura Histórica e Patrimônio
Material 19
1.1 São Paulo e o Centro Histórico 21
1.2 Patrimônio Histórico 33
1.2.1 Contexto e Identificação 33
1.2.2 Como identificar o
Patrimônio Histórico 37
1.3 Arquitetura Histórica no
Centro de Sâo Paulo 41
1.3.1 Mosteiro de São Bento 47
1.3.2 Edifício Martinelli 49
1.3.4 Centro Cultural Banco
do Brasil 51
1.3.5 Pateo do Collegio 53
1.3.6 Catedral da Sé 55
1.3.7 MASP 57
2 O Centro de São Paulo e a Memória
Urbana 59
2.1 Memória Urbana 61
2.2 O Centro de São Paulo Hoje 69
3 A degradação do espaço público em
São Paulo 75
3.1 A degração do espaço público
e as razões para o seu
acontecimento 77
3.2 Restaurações do Patrimônio
histórico arquitetônico no
centro de São Paulo
4 Processo Criativo 91
4.1 Edifícios degradados em uso 99
4.2 Edifícios degradados ocupados 105
4.3 Conceitos, Insights e Naming 109
4.4 Cores, Identidade e Materiais 111
5. Considerações fInais 137
Bibliografia 143
9
Introdução
11
A cidade de São Paulo, fundada em 1554, nos arredores
do Pateo do Collegio, oferece ainda antigos retratos do que
já foi e, com eles, mostra o que se tornou. Com suas refações e
reconstruções, tornou-se o que é representado pela expressão
que muitos já ouvimos: uma “selva de pedras”. Vivemos na loucura
de cada uma de nossas vidas, em uma cidade que não para, que
não tem descanso. Trazemos, enquanto habitantes, a pressa e
o imediatismo, impregnados nessa tal selva. Fazemos parte de
um todo e esse todo é uma multidão de pessoas sem percepção
sobre o que está acontecendo ao seu redor e o que pode um dia ter
acontecido no lugar em que estamos, aqui e agora.
13
pode utilizar e é o local com mais pontos históricos. Mesmo assim,
desde 1970, o centro da cidade vem sendo degradado com projetos
de revitalização que, em sua maioria, não funcionam, e isso acaba
fazendo com que cada vez mais pessoas não tenham vontade de
ir ao centro e não tenham interesse em conhecer sobre. Muitas
das pessoas que trabalham e estudam na região sequer sabem da
relevância que ela tem para nós, enquanto paulistas.
14
Considerando esse contexto e situação, a presente pesquisa
pretende responder algumas perguntas (sua problemática),
sendo elas as seguintes: por que há dificuldade de manutenção
do patrimônio histórico na cidade de São Paulo? Por que algumas
construções em estado de calamidade são ignoradas? Como o
design pode ajudar a conscientizar a população sobre o processo
de degradação arquitetônica?
15
Alguns outros objetivos podem ser citados, como desenvolver
a consciência da população com relação ao centro de São Paulo e
a memória urbana da cidade, tentando fazer com que as pessoas
se interessem mais pelo espaço público que lhes pertence; criar
um material que desperte a curiosidade nas pessoas sobre onde se
encontra o edifício em questão e quais são os motivos pelos quais
a construção não é tombada e considerada patrimônio histórico
– mesmo tendo sido durante um breve período de tempo o prédio
mais alto de São Paulo; gerar o diálogo sobre as construções
históricas pertencentes à cidade e qual a relevância delas para o
que somos hoje.
16
criativo e nos aprofundaremos nas escolhas de design do produto
final, respondendo à pergunta inicial sobre o que o design pode
fazer para gerar a conscientização da população a respeito da
degradação.
17
1. Arquitetura
Histórica e
Patrimônio
Material
19
1.1 São Paulo
e o Centro Histórico
22
Imagem 1: Fundação da Cidade de São Paulo, obra de Antônio Parreiras
Fonte: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/81/Ant%C3%B4nio_Parreiras_-_
Funda%C3%A7%C3%A3o_de_S%C3%A3o_Paulo%2C_1913.jpg> Acesso em 23 mai. 2018.
24
em busca do ouro, e eles acabaram por descobrir minas de ouro
em Goiás e em Cuiabá, no início do século XVIII.
26
Imagem 2: O Grito do Ipiranga - obra de Pedro Américo
Fonte: <https://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2015/02/o-grito-do-ipiranga.jpg>
Acesso em 23 mai. 2018.
28
Imagem 3: Hospedaria dos Imigrantes de São Paulo
Fonte: <http://www.scielo.br/img/revistas/hcsm/v21n1//0104-5970-hcsm-2014005000008-gf02.jpg>
Acesso em 23 mai. 2018.
Souza continua:
30
Os imigrantes trouxeram para São Paulo diversos novos
hábitos, dentre estes podem ser considerados modos de se vestir,
de se comunicar, de se alimentar. Trouxeram também técnicas e
hábitos culturais que transformaram o país.
32
1.2 Patrimônio Histórico
1.2.1 Contexto e Identificação
34
§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o
conhecimento de bens e valores culturais.
§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos,
na forma da lei.
§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores
de reminiscências históricas dos antigos quilombos.
38
Devido aos fatos acima, Holanda (1971) diz que “somos
ainda hoje desterrados em nossa terra”, pois, a maioria de nossas
memórias e monumentos históricos flertam mais com a história
europeia do colonizador do que as heranças indígenas brasileiras
em si. Basta pensar nas cidades como Rio de Janeiro e Salvador, que
obtiveram muita influência europeia por terem sido as primeiras
capitais da colônia, a quantidade de monumentos portugueses
e de outros países europeus, como a França, que existem nessas
capitais, reforçando a fala do teórico.
40
1.3 Arquitetura Histórica
no Centro de São Paulo
- o solo;
- os edifícios (o elemento mínimo);
- o lote (a parcela fundiária);
- o quarteirão, a fachada (o plano marginal);
- o logradouro (espaço privado do lote sem construção);
- o traçado/a rua, a praça, o monumento, árvore e a vegetação;
- o mobiliário urbano. (LAMAS, 2007, p. 79-110)
42
Entretanto, para o progresso, alguns imóveis históricos
precisaram ir além de serem reformados, tendo necessidade de
serem demolidos, como foi o caso de algumas igrejas, que, devido
ao alargamento das vias urbanas e trem, precisaram dar espaço
para a modernidade e, logo após, foram reconstruídas de forma
mais moderna, condizentes que o aspecto urbano que a cidade
desejava exprimir para quem a visitasse. Um exemplo disso é a
substituição da antiga Catedral da Sé colonial pela atual, que é
definida como uma catedral neogótica, instruída por Max Hehl.
Além disso, largos e praças receberam paisagens denominadas,
na época, à inglesa, baseadas na morfologia urbana da Inglaterra,
que consistia na visão tripartite adotada pela escola inglesa, que,
de acordo com Gimmler Neto et al (2014), consistia em pensar três
complexos formais: o plano urbano, o tecido urbano e o padrão de
uso e ocupação, tanto do solo quanto da edificação.
44
1.3.1 Mosteiro de São Bento
46
1.3.2 Edifício Martinelli
48
1.3.3 Edifício Altino Arantes
50
1.3.4 Centro Cultural Banco do Brasil
52
1.3.5 Pateo do Collegio
54
1.3.6 Catedral da Sé
56
1.3.7 Museu de Arte de São Paulo
59
2.1 Memória Urbana
62
sobre, sendo um conhecimento comum às pessoas de qualquer
escolaridade, apenas pela vivência. Sendo assim, o autor deixa
claro que a memória coletiva é uma memória viva, aquilo que o
povo não se esquece. Poulet (1992, p. 54-55) afirma que "graças
à memória, o tempo não está perdido, e, se não está perdido,
também o espaço não está. Ao lado do tempo reencontrado, está o
espaço reencontrado". Izquierdo (2006) dá conclusão a essa linha
de pensamento, falando que as representações não são a realidade,
apenas um gatilho para chegar às memórias. Ele exemplifica
com “as ruínas de Roma não são a Roma imperial” (IZQUIERDO,
2006, p. 2), mostrando que apesar dessas ruínas remeterem a um
passado que Roma foi um dia, elas não constituem o que realmente
foi o local na época, mas funcionam como gatilhos nas lembranças
das pessoas, principalmente daqueles que viveram aquela época –
não que isso tire a importância dos que não viveram, mas agora
podem ser motivados a darem importância àquela época e verem
o que mudou, ficou igual e o que deve e não deve ser repetido, em
prol do bem de toda uma nação.
64
história do povo que vivia anteriormente na cidade, que ajuda a
entender muitos costumes, hábitos e até mesmo evitar problemas
que já aconteceram em tempos passados, pois essa também é uma
das serventias da memória, por meio da história.
66
histórico-culturais. A importância do povo na constituição da
memória urbana é de extrema visibilidade, pois é através dos
ensinamentos e rememorações destes que se chega ao consenso e
deliberação das memórias urbanas.
70
e construções. Segundo o portal Gazeta do Povo, “Dória chegou
a dizer durante a coletiva de imprensa para a apresentação do
projeto de requalificação que ‘é inacreditável que a terceira maior
capital do mundo e sétima maior cidade do planeta não tenha
edifícios icônicos’. ‘Tem a ponte estaiada [ponte Octavio Frias
de Oliveira] e o MASP [Museu de Arte de São Paulo], um projeto
da década de 1950, da Lina Bo Bardi, e ficamos aí’, acrescentou”
(ABDALLA, 2017).
72
Serão destinadas 80% das unidades para inscritos que moram
fora da área central, mas que trabalham nesta região. As 20%
moradias restantes serão para interessados que moram e
trabalham na região central. O objetivo é aproximar a moradia
do emprego e dos eixos de transporte de massa e reduzir o
tempo de deslocamento dos trabalhadores. Serão destinadas
500 unidades a famílias de baixa renda que fazem parte de
movimentos de moradia. No caso da entrega desta quinta, os
moradores são do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos
(SANTIAGO, 2016).
75
3.1 A degradação do espaço
público e as razões para
o seu acontecimento
78
De acordo com Pires (1994), o tombamento pode ser definido
como:
80
Além dos meios legais supracitados, existem outras
formas de evitar que exista degradação dos espaços públicos,
principalmente dos patrimônios histórico-culturais. Uma das
medidas que podem ser tomadas é a Ação Popular, respaldada
pela Lei nº 7347, em que o próprio povo denuncia e anula qualquer
ato lesivo ao patrimônio público tombado, podendo ser usada em
diversos casos, principalmente aqueles em que a Constituição
admite como crime contra a arquitetura ambiental.
82
3.2 Restaurações
do Patrimônio Histórico
Arquitetônico
no Centro da Cidade
84
Imagem 11: Antes
Fonte: <https://abrilvejasp.files.wordpress.com/2017/07/arcos-do-jc3a2nio-2.jpg?quality=70&strip=in-
fo&resize=680,453> Acesso em 23 mai. 2018.
86
ajeitar. Por fim, fizeram a restauração da pintura original, para
que o Arco ficasse o mais próximo ao que era originalmente.
Em nota para a Agência Brasil, a prefeitura de São Paulo alegou que
A restauração dos Arcos é importante para a valorização de uma
tecnologia construtiva pouco conhecida utilizada nos primeiros
tipos de construção em São Paulo, que chegou junto com os
imigrantes europeus. Os tijolos utilizados na obra são de calcário,
que não têm a cor comum de tijolos, são mais acinzentados por
conta do tipo de material.
88
Centro Histórico de SP, após sua fachada ter sido pichada como
forma de manifestação, pode-se ver abaixo:
4. Processo Criativo 93
que os imóveis e as condições de vida são mais baratas em regiões
mais periféricas.
A articulação dos movimentos de moradia da cidade de São
Paulo em uma única frente de luta surgiu da necessidade
comum entre os movimentos de uma política de ação direta que
desse visibilidade à urgência de um plano habitacional digno em
São Paulo. Ações que de fato chamassem a atenção da sociedade
e dos poderes públicos para os vazios urbanos que estão à espera
de valorização imobiliário, enquanto pessoas, sem onde morar,
são arrastadas para a periferia da cidade, muitas vezes ocupando
áreas de preservação ambiental. (FLM NA HISTÓRIA, 2016)
94
O prédio levou consigo parte da catedral luterana que
é localizada ao lado. Entenderemos mais sobre a história deste
edifício (que era patrimônio histórico, propriedade do Governo
Federal e, mesmo assim, estava abandonado há 10 anos) mais
abaixo.
4. Processo Criativo 95
Infelizmente essa tragédia só nos traz ainda mais
questionamentos e com isso a sensação de indignação e de
que algo deveria ser feito para que não tivéssemos que assistir
a história da cidade e a história de tantas famílias em chamas,
ruindo por não encontrarmos a solução de um problema tão
grande. Segundo uma matéria do G1, há cerca de 70 edifícios em
estados semelhantes a esse só no centro de São Paulo. Na cidade,
são 206 edifícios que abrigam 46 mil famílias (GUROVITZ, 2018).
96
aconteceu no dia 01 de maio. Tomamos a liberdade de fazer alguns
questionamentos que dizem respeito à opinião da autora: seriam
projetos como a instalação do muro de vidro na raia olímpica da
USP, ou a restauração dos arcos do Jânio a sua cor original, uma
solução de urgência? Em ambos esses projetos, foram gastos mais
de R$16 milhões. Segundo o prefeito da época, toda a verba veio
de iniciativas privadas (G1 SP, 2018). Será que não havia mesmo
nenhum jeito de prestar atenção nessa construção, que era
patrimônio histórico e estava caindo aos pedaços? Ou será que
era mais vantajoso e geraria menos gastos deixar que tomasse o
rumo trágico e já esperado?
4. Processo Criativo 97
98
4.1 Edifícios Degradados
em uso
Capela dos Aflitos
4. Processo Criativo 99
Galeria Presidente
100
Edifício Rolim
102
Palacete Nacim Shoueri
Inaugurado na década de 30, o palacete Nacim Shoueri fica na
Avenida Exterior, número 93, na região da Rua 25 de Março.
Localizado no bairro Parque Dom Pedro II, o Palacete já foi um
dos ícones da arquitetura paulistana, trazendo consigo traços
da influência sírio-libanesa na região. A construção, quando
inaugurada era composta por 54 apartamentos e 15 lojas. Desde
2007 é tombada pelo orgão CONDEPHAAT e a sua antiga
descrição é contrastante com a situação atual da localização onde
se encontra.
106
Edifício Wilton Paes de Almeida
108
4.3 Conceitos, Insights
e Naming
110
4.4 Cores, Identidade
e Materiais
Quando fiz os primeiros protótipos de páginas, no primeiro
semestre, gostaria que a cor principal do projeto fosse o vermelho,
assim como na bandeira da cidade de São Paulo. Além disso, o
vermelho, para mim, é uma cor forte que representa urgência,
chama atenção do leitor cidadão.
112
Então, com o andamento do projeto, o seu conceito foi se
fortalecendo e resolvi que poderia ousar um pouco mais. Levando
em consideração o título, percebi que a palavra "translúcida"
me remete a 2 tipos de transparência: a transparência por si só,
que te permite ver o que está atrás de cada página, porém com
dificuldade, e a transparência com vários reflexos diferentes,
como por exemplo o efeito que o óleo causa na água, ou os reflexos
de um diamante.
Imagens 28 : Colagem
e estudos de cor
Fonte: A autora, 2018.
114
Fiz uma espécie de gradiente de uma cor até a outra que permite
que o leitor navegue pelas cores, chegando da primeira até a última
sem perceber destacadamente que as cores estavam mudando.
Cada tom é referente a uma construção.
116
realmente ler o livro se abaixo das páginas forem colocadas folhas
de papel opacas (que se localizam no final do livro podendo, assim,
ser mobilizadas e colocadas embaixo daquela que se estiver
tentando ler no momento). Portanto, seu miolo muda de acordo
com o que o leitor ou a pessoa que está interagindo com o projeto
escolher, o que se assemelha também às iniciativas poéticas de
Mallarmé. O ponto principal é que ele é um amontoado de cores,
imagens, textos e padrões que se adaptam à vontade de quem
quer que esteja manuseando. A intenção é que a pessoa se esforce
para entender, que a leitura vá além de uma fachada. É necessário
descobrir como manusear e como visualizar as informações de
cada uma das páginas, assim como as histórias de cada um dos
prédios que decidi retratar.
Dois grandes casos análogos e exemplos de livros objetos
são o Na noite escura de Bruno Munari, um livro conhecido como
"Livro Invisível", que muda de acordo com o rolar das páginas e
um reporte anual que a designer Marian Bantjes diagramou, em
folhas transparentes, com uma quantidade grande de informação
ilegível uma vez que o livro é aberto. As páginas são legíveis com
uma folha branca embaixo.
118
manuseando. A intenção é que a pessoa se esforce para entender,
que a leitura vá além de uma fachada. É necessário descobrir
como manusear e como visualizar as informações de cada uma
das páginas, assim como as histórias de cada um dos prédios que
decidi retratar.
120
Imagem 37: Cadete Galvão
Fonte: A autora, 2018.
122
4. Processo Criativo 123
Para dar destaque a fachada de cada uma das construções, utilizei
alguns elementos. Foram estes fotos em preto e branco (tiradas
por mim, com exceção da imagem do edifício Wilton Paes de
Almeida), recortando a fachada das construções em questão, e
posicionando-as em frente a uma textura geométrica ou padrão
colorido, e logo depois, a foto original desfocada. As imagens
foram tiradas de um ângulo de baixo, como quando se caminha
pela cidade e percebe-se essas construções. A intenção é gerar
um alerta a todas as construções que, no dia-a-dia, passam
despercebidas.
124
Imagens 42 e 43: Final - Wilton Paes de Almeida
Disponível em <http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2018/05/edificio-foi-projeta-
do-em-1961-e-abrigou-arquivos-do-deops/predio/@@images/3520df4d-1c88-4a94-b058-c29fe7d3ac27.
jpeg> Com edição da autora. Acesso em 3 mai. 2018.
126
Imagens 46 e 47: Final - Columbia Palace
Fonte: A autora, 2018.
128
Imagens 50 e 51: Final - Galeria Presidente
Fonte: A autora, 2018.
130
Imagens 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60 e 61: Texturas
Fonte: A autora, 2018.
132
O gride possui 7 colunas e 8 linhas. As margens laterais tem
15mm, e as internas 20mm. As margens superiores tem 15 mm e
as inferiores 30mm.
PlayFair Display
PlayFair Display
PlayFair Display
PlayFair Display
1234567890
4. Processo Criativo 133
Cormorant Garamond
Cormorant Garamond
Cormorant Garamond
Cormorant Garamond
Cormorant Garamond
Cormorant Garamond
Por fim, o logo do projeto:
134
5. Considerações
Finais
137
138
O desenvolvimento desse projeto me possibilitou conhecer um
lado diferente da cidade. Moro em São Paulo há apenas 2 anos,
em um bairro distante do centro e que não sofre com os mesmos
problemas. Esse estudo me permitiu conhecer uma São Paulo
diferente, uma necessita de atenção, de cuidado e de soluções
para esses problemas com urgência. Infelizmente a burocracia e
a falta de foco das autoridades gera o descaso contínuo e permite
que tragédias como o desabamento do edifício Wilton Paes de
Almeida aconteçam.
140
meu tema o patrimônio histórico. Os programas de revitalização
são caros, demorados, raramente saem do papel e, como vimos
em alguns casos, podem ser focados em construções que não
estavam em estado de degradação avançada, e poderiam esperar
um pouco mais.
De qualquer modo, posso dizer que realizar este fez com que meus
horizontes fossem expandidos com relação a todos os problemas
que vêm junto com a má preservação do patrimônio histórico de
São Paulo. Enxergo e observo a cidade agora com outros olhos, e
posso garantir que o meu objetivo foi atingido, pelo menos quanto
à mim mesma. Hoje, caminho pelo centro da cidade, e além de
saber me encontrar, reparo e questiono as histórias e origens de
diversas construções, cada uma com características divergentes
das anteriores, das menos destacadas até às mais grandiosas, e
posso dizer não sinto mais o mesmo medo arrebatador que sentia
do centro de São Paulo quando comecei o projeto. É um projeto que
eu gostaria de ter tido mais tempo para realizar, porém, que em
meio à toda a bagunça dessa rotina de trabalhadora e estudante,
me abriu os olhos para uma responsabilidade que também é
minha: a de me apropriar da cidade em que eu moro e de ter a
vontade de preservar a memória de quem um dia já morou aqui.
144
BARBEIRO, Heródoto. Meu velho CENTRO: Historias do Coração
de São Paulo. 1ª Edição. Edições Sesc SP, 2007. São Paulo.
145
BRENDLER, Guilherme. Decreto vai facilitar uso de imóvel
ocioso para habitação em SP. Folha de São Paulo, 30 de
março de 2016. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
cotidiano/2016/03/1755472-decreto-vai-facilitar-uso-de-imovel-
ocioso-para-habitacao-em-sp.shtml>. Acesso em: 27 mai. 2018.
146
DOMINGOS, Roney. Câmara de SP aprova trocar imóvel ocioso
por moradia popular. G1 SP, 27 de outubro de 2015. Disponível
em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/10/camara-de-
sp-aprova-trocar-imovel-ocioso-por-moradia-popular.html>.
Acesso em: 27 mai. 2018.
147
G1. Prédio de 24 andares desaba após incêndio no Centro de SP.
1º de maio de 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/incendio-atinge-predio-no-centro-de-sp.ghtml>.
Acesso em: 26 mai. 2018.
148
INDOVINA, Francesco. O Espaço Público: tópicos sobre a sua
mudança. Cidades, comunidades e territórios, 2002.
149
em: 27 mai. 2018.
150
cidade que o tempo e o descuido destruíram. 2015. Disponível
em: <http://politica.estadao.com.br/blogs/marco-aurelio-
nogueira/o-centro-novo-de-sao-paulo-uma-cidade-que-o-tempo-
e-o-descuido-destruiram/>. Acesso em: 20 nov. 2017.
151
PINTO, Ana Estela de Sousa. Mobilidade e prédios novos atraem
famílias de volta ao centro de SP. 2017. Disponível em: <http://
www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2017/07/1899301-mobilidade-e-
predios-novos-atraem-familias-de-volta-ao-centro-de-sp.shtml>.
Acesso em: 20 nov. 2017.
152
são entregues no Centro de SP. 2016. Disponível em: <https://
g1.globo.com/sao-paulo/noticia/primeiras-moradias-da-ppp-da-
habitacao-sao-entregues-no-centro-de-sp.ghtml>. Acesso em: 22
nov. 2017.
153
TRIELLI, Daniel; BRANCATELLI, Rodrigo; CARDOSO, William.
Centro de SP ganha 63 mil habitantes. 2011. Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,centro-de-sp-ganha-
63-mil-habitantes-imp-,712822>. Acesso em: 15 nov. 2017
154
155