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R: Sim, a Lei 12.654/12 possibilita a coleta de material biológico para traçar perfil
genético em 2 hipóteses: durante as investigações policiais, quando tal forma de
identificação criminal for essencial, segundo despacho do juiz competente; e para os
condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra
pessoa, ou condenados pela prática de crime hediondo. A despeito da literalidade da Lei
e de reiterada jurisprudência no sentido de sua constitucionalidade e aplicação
(inclusive no STJ), há quem alegue a inconstitucionalidade da lei, por ela supostamente
prestigiar o direito penal do autor e ferir a segurança jurídica ao desequilibrar a balança
punição x garantias. (art. 5º, p. único, da Lei 12.037/09 e art. 9º-A da LEP).
2 – Por quanto tempo pode ser feita a interceptação telefônica? Qual o termo inicial? Pode ser
renovado?
R: Nos termos do art. 5º da lei 9296/96 o prazo não poderá exceder 15 dias. Tem a sua
contagem inicial no dia que a medida é efetivada, e não da decisão judicial autorizadora,
segundo entendimento do STJ. Pode ser renovado quantas vezes forem necessárias por
15 dias cada vez, desde que haja decisão judicial e a imprescindibilidade da prova.
R: É a minorante prevista no art. 34, §4º da lei de Drogas. Haverá a diminuição de 1/6 a
2/3, desde que o réu seja primário, tenha bons antecedentes, não se dedique as
atividades criminosas e não integre organização criminosa. Segundo o entendimento
dos tribunais superiores não é crime hediondo.
R: Sim, o perdão judicial e a diminuição de pena de 1/3 a 2/3. (art. 13 e 14 da lei 9807/99.
R: Sim, comete o crime previsto no art. 1º da lei 12.984/14. Constitui crime punível com
reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, as seguintes condutas discriminatórias
contra o portador do HIV e o doente de aids, em razão da sua condição de portador ou
de doente: II - negar emprego ou trabalho; III - exonerar ou demitir de seu cargo ou
emprego.
9 – Existem outros crimes da lei de organizações criminosas que não seja o crime de organização
criminosa propriamente dito?
R: Sim, existem outros crimes como por exemplo “Revelar a identidade, fotografar ou
filmar o colaborador, sem sua prévia autorização por escrito”; e também “Imputar
falsamente, sob pretexto de colaboração com a Justiça, a prática de infração penal a
pessoa que sabe ser inocente, ou revelar informações sobre a estrutura de organização
criminosa que sabe inverídicas”
R: A usura real é a obtenção mediante contrato de lucro patrimonial que exceda o quinto
do valor corrente ou justo da prestação feita ou prometida, abusando o credor da
premente necessidade, inexperiência ou leviandade da outra parte. Tal conduta
encontra-se tutelada pelo Direito Penal, pois está tipificada no art. 4º, “b”, da Lei dos
crimes contra a economia popular (Lei 1.521/ 51). Trata-se de crime em que o agente se
vale de instituto próximo à lesão do Direito Civil (art. 157 do CC) para a prática da usura
real, desde que haja ganhos superiores a um quinto (20%) nos contratos de lucro
patrimonial para o agente. Já a usura pecuniária está definida no art. 4º, “a”, da lei
1.521/51 e pode ser entendida como o empréstimo de dinheiro a juros superior a taxa
estipulada em lei, gerando um lucro excessivo por parte do credor e um grande prejuízo
por parte do devedor. Poder ser, ainda, a cobrança excessiva de ágil, superior à taxa
oficial de câmbio, sobre quantia permutada em moeda estrangeira, bem como o
empréstimo sob penhor que seja privativo de instituição oficial de crédito. Note-se que
na tipificação de usura pecuniária enquadra-se o anatocismo, que é a cobrança de juros
sobre juros, acrescidos ao saldo devedor, em razão de não terem sido pagos no
vencimento.
R: Art. 89: Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar
de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade. Para a
configuração da tipicidade subjetiva do crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93, exige-
se o especial fim de agir, consistente na intenção específica de lesar o erário ou obter
vantagem indevida. Se houve apenas irregularidades pontuais relacionadas com a
burocracia estatal, isso não deve, por si só, gerar a criminalização da conduta. Assim,
para que ocorra o crime, é necessária uma ofensa ao bem jurídico tutelado, que é o
procedimento licitatório. Sem isso, não há tipicidade material. STF. 1ª Turma. Inq
3962/DF, Rel. Min Rosa Weber, julgado em 20/2/2018 (Info 891)
15 - Agente que pratica delitos da Lei de Drogas envolvendo criança ou adolescente responde
também por corrupção de menores?
R: Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos não esteja previsto nos
arts. 33 a 37 da Lei de Drogas, o réu responderá pelo crime da Lei de Drogas e também
pelo delito do art. 244-B do ECA (corrupção de menores). Caso o delito praticado pelo
agente e pelo menor de 18 anos seja o art. 33, 34, 35, 36 ou 37 da Lei nº 11.343/2006:
ele responderá apenas pelo crime da Lei de Drogas com a causa de aumento de pena do
art. 40, VI. Não será punido pelo art. 244-B do ECA para evitar bis in idem. Na hipótese
de o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos não estar previsto nos arts.
33 a 37 da Lei de Drogas, o réu poderá ser condenado pelo crime de corrupção de
menores, porém, se a conduta estiver tipificada em um desses artigos (33 a 37), não será
possível a condenação por aquele delito, mas apenas a majoração da sua pena com base
no art. 40, VI, da Lei nº 11.343/2006. STJ. 6ª Turma. REsp 1.622.781-MT, Rel. Min.
Sebastião Reis Júnior, j. em 22/11/2016 (Info 595).
16 - Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte é necessário que a arma de fogo
tenha sido apreendida e periciada?
OBS: Agora, se a arma tiver sido apreendida e a pericia constatar que ela é totalmente
ineficaz, a conduta será atípica. STJ. 6ª Turma. REsp 1.451.397-MG, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em15/9/2015 (Info 570).
17 – Corrupção de menores (244-B, ECA), se o crime envolver mais de um menor, haverá crime
único?