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Conceitos e Grandezas

 Luz
Luz é uma radiação eletromagnética capaz de produzir sensação visual. Em outras palavras, é a parte do espectro
que podemos ver. Trata-se de uma radiação com comprimento de onda entre 380 e 780 nm (nanômetros ), sendo
uma parte do conhecido espectro de radiação eletromagnética.
 Ofuscamento
Ofuscamento causa desconforto entre observadores e pode prejudicar a performance visual. Ele pode originar-se
diretamente de lâmpadas ou luminárias, ou indiretamente através de superfícies reflexivas. O ofuscamento depende
da luminária, do tamanho da fonte de luz, do posicionamento dos mesmos em relação ao observador, do brilho do
campo visual e do brilho da superfície de fundo. Esforços especiais devem ser feitos no sentido de evitar
ofuscamento reflexivo nas telas de computadores e terminais de vídeo.
 Ângulo de radiação
O ângulo de radiação é um ângulo sólido produzido por um refletor que direciona a luz.
 Ciclo Regenerativo do Halogênio
Como as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas de halogênio possuem um filamento que emite luz com a passagem
da corrente elétrica. Partes do filamento, que são os átomos de tungstênio, evaporam durante o processo. Em
lâmpadas incandescentes convencionais, os átomos de tungstênio depositam-se na superfície interna do bulbo, o que
significa que o bulbo deverá ser suficientemente grande para evitar o seu rápido escurecimento. Já as lâmpadas de
halogênio, são preenchidas com gases inertes e halogênio que capturam os átomos de tungstênio e os transportam de
volta para o filamento. Este fenômeno, chamado de ciclo do halogênio, se repete durante todo o funcionamento da
lâmpada. Com isto, o tamanho da lâmpada pode ser reduzido significativamente, e ainda, com luz mais brilhante e
durabilidade maior.
 Coeficiente de reflexão
É a relação entre o fluxo luminoso refletido e o fluxo luminoso incidente em uma superfície. Eles variam de acordo
com as características de reflectância dos materiais. Esses coeficientes são geralmente dados em tabelas, cujos
valores sofrem influências das cores e dos materiais utilizados.
 Curva de Distribuição Luminosa
É a representação da Intensidade Luminosa em todos os ângulos em que ela é direcionada num plano. Esta curva
indica se a lâmpada ou luminária, tem uma distribuição de luz concentrada, difusa, simétrica, assimétrica etc.
 Eficiência da Luminária
Eficiência da luminária é um importante critério de economia de energia e decisivo para os cálculos luminotécnicos.
É a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma luminária, medido sob condições práticas especificadas, e a
soma dos fluxos luminosos individuais das lâmpadas operando fora das luminárias em condições também
específicas.
 Eficiência do Recinto
São valores apresentados em tabelas, onde estão relacionados valores de Coeficiente de Reflexão do teto, parede e
piso, com a curva de distribuição luminosa da luminária utilizada e o índice do recinto.
 Eficiência Energética
Eficiência energética é a relação entre o fluxo luminoso e a potência consumida, portanto por um watt consumido.
Uma lâmpada incandescente standard clara produz de 10 a 15 lm/w, uma fluorescente compacta DULUX®, de 50 a
80 lm/w, e uma vapor de sódio NAV®, de 80 a 140 lm/w.
 Espectro de Radiação Visível
É uma faixa de radiação eletromagnética, com comprimento de onda entre 380 a 780 nm (nanômetros), ou seja, da
cor ultravioleta à vermelha, passando pelo azul, verde, amarelo e roxo. As cores azul, vermelho e verde, quando
somadas em quantias iguais, definem o aspecto da luz branca. Espectros contínuos ou descontínuos resultam em
fonte de luz com presença de comprimentos de ondas de cores distintas. Cada fonte de luz tem, portanto, um aspecto
de radiação próprio que lhe confere características e qualidades específicas.
 Fator de Depreciação
Todo o sistema de iluminação tem, após sua instalação, uma depreciação no nível de iluminância ao longo do tempo.
Esta é decorrente da depreciação do fluxo luminoso da lâmpada e do acúmulo de poeira sobre lâmpadas e
luminárias. Para compensar parte desta depreciação, estabelece-se um fator de depreciação que é utilizado no
cálculo do números de luminárias. Este fator evita que o nível de iluminância atinja valores abaixo do mínimo
recomendado.

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 Fator de Utilização
É o fator que indica a eficiência luminosa do conjunto lâmpada, luminária e recinto.
 Fluxo Luminoso (lm)
O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte de luz medida em lúmens, na tensão nominal de
funcionamento.
 Iluminância (E)
Expressa em lux (lx), indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre uma superfície situada a uma
certa distância desta fonte. É a relação entre intensidade luminosa e o quadrado da distância (l/d2 ). Na prática, é a
quantidade de luz dentro de um ambiente, que pode ser medida com o auxílio de um luxímetro. Para obter conforto
visual, considerando a atividade que se realiza, são necessários certos níveis de iluminância médios. Os mesmos são
recomendados por normas técnicas (ABNT - NBR 5413).
 Intensidade Luminosa (I)
Expressa em candelas (cd), é a intensidade do fluxo luminoso de uma fonte de luz projetada em uma determinada
direção. Uma candela é a intensidade luminosa de uma fonte pontual que emite o fluxo luminoso de um lúmen em
um ângulo sólido de um esferoradiano.
 Luminância
Medida em cd/m2, é a intensidade luminosa produzida ou refletida por uma superfície existente.
 Potência Consumida (P)
É a energia elétrica consumida por uma fonte luminosa medida em watts (W). Para fontes que funcionam com
auxílio de equipamentos (transformadores e reatores), deve-se considerar a potência consumida pelos mesmos,
somada à potência das lâmpadas.
 Índice de Reprodução de Cor
Refere-se à correspondência entre a cor real de um objeto ou superfície e sua aparência diante de uma fonte de luz. A
luz artificial, como regra, deve permitir ao olho humano perceber as cores corretamente ou o mais próximo possível
da luz natural. Lâmpadas com IRC igual a 100 apresentam as cores com total fidelidade e precisão. Quanto mais
baixo o índice, mais deficiente é a reprodução das cores. Os índices variam conforme a natureza da luz e são
indicados de acordo com o uso de cada ambiente.
 Temperatura de Cor
Temperatura de Cor é a grandeza que expressa a aparência de cor da luz, sendo sua unidade o Kelvin (K). Quanto
mais alta a temperatura de cor, mais branca é a cor da luz.
◦ A luz quente é que tem aparência de cor amarelada e a temperatura de cor baixa: (menor que 3000 K).
◦ A luz fria, ao contrário, tem aparência azul - violeta, com temperatura de cor elevada: (6000 K ou
mais).
◦ A luz branca natural é aquela emitida pelo sol em céu aberto ao meio dia, cuja temperatura de cor é
5800 K.
 Vida Custo / Benefício
É o número de horas atingido quando houve determinada depreciação do fluxo luminoso inicial do lote ensaiado,
decorrente da depreciação do fluxo luminoso de cada lâmpada e de suas respectivas queimas.
 Vida de uma Lâmpada
O conceito de vida de uma lâmpada é dado em horas, e é definido por critérios pré estabelecidos, considerando
sempre um grande lote testado sob condições controladas e de acordo com as normas pertinentes.
 Vida Média
É a medida aritmética do tempo de duração de cada lâmpada ensaiada.
 Vida Mediana
É o número de horas resultantes, onde 50% das lâmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas.

Lâmpadas
 Lâmpadas Mistas
Como o próprio nome diz, são lâmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga. Funcionam em tensão
de rede 220V, sem uso de reator. São, via de regra, alternativas de maior eficiência para substituição de lâmpadas
incandescentes de altas potências. Lâmpadas de Vapor de Mercúrio em Alta Pressão
Lâmpadas de descargas com aparência branco azulada, eficiência de até 55 lm/w, apresentadas em potências de 80 a
1000W. Normalmente utilizadas na iluminação de vias públicas e áreas industriais.

 Lâmpadas de Multivapores Metálicos


São lâmpadas que combinam iodetos metálicos, apresentando altíssima eficiência energética e excelente reprodução
de cor. Sua luz, extremamente branca e brilhante, realça e valoriza espaços e ilumina com intensidade, além de
apresentar longa durabilidade e baixa carga térmica.
◦ Alta Potência: Para a iluminação de grandes áreas, com níveis de iluminância elevados e, principalmente, em

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locais onde alta qualidade de luz é primordial, as lâmpadas de multivapores metálicos de 250 a 3500W são ideais.
Apresentam durabilidade variada, com índice de reprodução e cor de até 90, eficiência energética de até 100 lm/w,
temperatura de cor de 4000 a 6000K, em versões elipsoidais, tubulares e compactas. São indicadas para iluminação
de estádios de futebol, ginásios poliesportivos, piscinas cobertas, indústrias, supermercados, salas de exposição,
salões, saguões de teatros e hotéis, fachadas, praças, monumentos, aeroportos, locais onde ocorrem filmagens e
televisionamentos externos, a exemplo dos sambódromos.
◦ Baixa Potência: Baseando-se nas características das lâmpadas de multivapores metálicos de alta potência,
foram desenvolvidas as de baixa potência de 70 a 400W, em versões compactas. Elas são apresentadas nos formatos
tubular com base bilateral, bipino, elipsoidal e refletora. Todas, sem exceção, apresentam pequenas dimensões, alta
eficiência, ótima reprodução de cor, vida útil longa e baixa carga térmica. Cada uma, dentro de sua característica, é
recomendada tanto para uso interno como externo, na iluminação geral ou localizada. Ideais para shopping centers,
lojas, vitrinas, hotéis, stands, museus, galerias, jardins, fachadas e monumentos.

 Lâmpada de Vapor de Sódio em Alta Pressão


Altíssima eficiência energética de até 130 lm/W, longa durabilidade e, consequentemente, longos intervalos para
reposição, são sem dúvida a garantia da mais econômica fonte de luz. Em versões tubulares e elipsoidais, estas
lâmpadas se diferem pela emissão de luz branca e dourada, indicada para iluminação de locais onde a reprodução de
cor não é um fator importante. Amplamente utilizadas na iluminação externa, em avenidas, auto-estrada, viadutos,
complexos viários etc., têm seu uso ampliado para área industriais, siderúrgicas e ainda para locais específicos como
aeroportos, estaleiros, portos, ferrovias, pátios e estacionamentos.

 Lâmpadas de Descarga em Alta Pressão


As modernas lâmpadas de descarga em alta pressão têm um princípio de funcionamento completamente diferente
das incandescentes. Uma descarga elétrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descarga a
produzirem luz. Esta família de lâmpadas funciona através do uso de reatores e, em alguns casos, só partem com o
auxílio de ignitores. Os reatores são equipamentos auxiliares necessários para manter a estabilização da descarga
elétrica. Os ignitores proporcionam picos de tensão da ordem de 5000 V., necessários para o acendimento das
mesmas. Dependendo do tipo, necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilização total do fluxo luminoso após a
partida. Consiste de uma grande família, diversificada no que diz respeito às características de luz, economia,
potência e durabilidade, o que garante de forma abrangente o uso em locais internos, externos ou situações especiais.

 Lâmpadas Fluorescentes
 As lâmpadas fluorescentes contêm em seu interior vapor de mercúrio e gases inertes. Com a passagem da corrente
elétrica, os elétrons chocam-se com os átomos de mercúrio. Com o choque, a energia é transferida para os elétrons
de mercúrio, que irão passar para uma órbita superior em torno do átomo. Quando estes elétrons regressam à sua
órbita original, eles emitem energia na forma de radiação ultravioleta. A radiação ultravioleta é convertida em luz
visível pela camada fluorescente que reveste a superfície interna do bulbo.

 Lâmpadas Fluorescentes Compactas


Como prova do processo de inovação, existe hoje um a opção de substituição direta ou indireta para cada lâmpada
convencional disponível (muitas vezes obsoleta, dependendo do tipo de aplicação), que garante ganhos e vantagens
adicionais. Neste contexto, surgiram as lâmpadas fluorescente compactas. Foram incorporadas nestes produtos todas
as características e tecnologia das lâmpadas fluorescentes tubulares, consideradas de nova geração, porém, na forma
reduzida. Hoje, é uma linha de lâmpadas com design moderno, extremamente compacto e com diversidade capaz de
atender as mais diferentes necessidades de aplicação, seja comercial, institucional, ou residencial. Quando
comparadas às incandescentes comuns, apresentam as seguintes vantagens:
◦ consumo de energia 80% menor, resultando em uma drástica redução na conta de luz;
◦ durabilidade dez vezes maior, implicando em uma enorme redução nos custos de manutenção e reposição de
lâmpadas;
◦ design moderno, leve e compacto;
◦ aquecem menos o ambiente, representando uma forte redução na carga térmica das grandes instalações,
proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas de ar condicionado;
◦ excelente reprodução de cores, com índice de 85, o que garante seu uso em locais onde fidelidade e valorização
dos espaços e produtos é fundamental;
◦ tonalidade de cor adequada para cada ambiente, obtida graças a tecnologia do pó trifósforo, com opções de:
▪ 2700 K, com aparência de cor semelhante às incandescentes e, portanto, indicadas para ambientes
onde se deseja atmosfera aconchegante e tranqüila, como residências, hotéis, restaurantes refinados etc.
▪ 4000 K, com aparência de cor mais branca, indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular
a produtividade ou o consumo, como em restaurantes do tipo "fast food", lojas, shopping centers, escritórios,

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clubes, academia de ginástica, escolas, hospitais etc.

 Lâmpadas Fluorescentes Tubulares


Estas lâmpadas são a clássica forma para uma iluminação econômica. A alta eficiência e a longa durabilidade
garantem suas aplicações nas mais diversas áreas comerciais e industriais. As lâmpadas fluorescentes emitem luz
pela passagem da corrente elétrica através de uma gás. Esta descarga emite quase que totalmente radiação
ultravioleta (invisível ao olho humano) que, por sua vez, será convertida em luz pelo pó fluorescente que reveste a
superfície interna do bulbo. É da composição deste pó fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas de
cor de luz adequadas a cada tipo de aplicação. É ele que determina a qualidade e a quantidade de luz, além da
eficiência na produção de cor. A OSRAM possui hoje duas versões de lâmpadas:
◦ Fluorescente Comum - que apresenta eficiência energética de até 70 lm/w, temperatura de cor variando entre
4100 K e 6100 K e índice de reprodução de cor de 48 a 78.
◦ Fluorescente Trifósforo - LUMILUX® , com eficiência energética de até 100 lm/w, temperatura de cor
variando entre 4000 K e 6000 K e índice de reprodução de cor de 85.
A grande revolução da fluorescente ao longo dos anos tem ficado por conta da redução do diâmetro. Quanto menor,
maior é a possibilidade do desenvolvimento ótico dos refletores, permitindo melhor eficiência das luminárias. As
versões tradicionais de lâmpadas são produzidos em T12 (38mm) ou T10 (33mm), e as versões mais modernas, em
T8 (26mm). O passo mais recente para otimização global dos sistemas fluorescentes é a total miniaturização obtida
com a versão FH® T5 que, além do diâmetro de 16mm, teve uma redução de 50mm no comprimento total.
Compactação, aumento na eficiência energética (104 lm/w), design mais leve e criativo, somado ao fato de terem
sido desenhadas para operações diretas em reatores eletrônico, são fatores que nos conduzem ao futuro. A
performance desta família de lâmpadas é otimizada através da instalações e modernos reatores eletrônicos -
QUICKTRONIC® - de alta frequência, proporcionando grande economia, maior conforto e vida útil mais longa.

 Lâmpadas Halógenas
As lâmpadas halógenas são também consideradas incandescentes. Têm o mesmo princípio de funcionamento, porém
foram incrementadas com a introdução dos gases halógenos que, dentro do bulbo, se combinam com as partículas de
tungstênio desprendidas do filamento. Esta combinação, somada à corrente térmica dentro da lâmpada, faz com que
as partículas se depositem de volta no filamento, criando assim o ciclo regenerativo do halôgenio.
O resultado é uma lâmpada com vantagens adicionais, quando comparada às incandescente:
◦ luz mais branca e uniforme durante toda vida;
◦ alta eficiência energética, ou seja, mais luz com potência menor ou igual;
◦ vida útil mais longa, variando entre 2000 e 4000 horas;
◦ dimensões menores.
Em tensão de rede 127/220V – HALOPAR®, HALOLINE®
Em baixa tensão: HALOSTAR®, HALOSPOT® , DECOSTAR® .

 Lâmpadas Incandescentes
As lâmpadas incandescentes são radiadores térmicos. Consistem de um filamento de tungstênio alojado no interior
de um bulbo de vidro, que é preenchido com gás inerte, uma mistura de um gás inerte com nitrogênio, ou vácuo. A
corrente elétrica que passa pelo filamento aquece-o fazendo atingir temperaturas de até 3000°C. Quando da
passagem da corrente pelo filamento, os elétrons se chocam com os átomos de tungstênio e esta energia é
transformada, em forma de luz e calor.

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