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A.L.2.

1 OSCILOSCÓPIO
FÍSICA 11.ºANO

QUESTÃO-PROBLEMA

Perante o aumento da criminalidade tem-se especulado sobre a possibilidade de


formas de identificação, alternativas à impressão digital. Uma dessas formas poderia
ser pela voz. Utilizando um osciloscópio propor um método que permita concretizar a
identificação individual desse modo.

Pretende-se com esta actividade que os alunos aprendam a utilizar um


osciloscópio e a extrair informação diversa da representação gráfica que vêem
no ecrã (diferenças de potencial em função do tempo).

PREPARAÇÃO PRÉVIA

Os alunos terão de rever os conceitos de diferença de potencial e intensidade de


corrente, bem como a montagem de circuitos simples.

1
TRABALHO LABORATORIAL

MATERIAL (POR GRUPO)

Material e equipamento Quantidades


Altifalante

Diapasão

Fios de ligação
“T” 1
Gerador de funções

Microfone

Osciloscópio

2
PROCEDIMENTOS

Segundo as orientações do programa oficial, os alunos deveriam:

• montar dois circuitos com lâmpadas idênticas, um alimentado por um


gerador de tensão contínua e outro de tensão alternada;
• ligar os terminais de cada lâmpada, utilizando os dois canais do
osciloscópio e ajustar as tensões de modo a que as lâmpadas tenham o
mesmo brilho;
• medir, com o osciloscópio a tensão contínua e o valor máximo da tensão
alternada e com um voltímetro a tensão nos terminais das lâmpadas,
comparando-os.
• medir períodos e calcular frequências dos sinais obtidos com um gerador
de sinais, comparando-os com os valores nele indicados
• comparar amplitudes e frequências de sinais sonoros convertidos em
sinais eléctricos, utilizando um gerador de sinais, um altifalante e um
microfone.

No entanto, devido a constrangimentos de tempo e outros, foi elaborado um


procedimento alternativo, que privilegia a interpretação dos sinais sonoros
usando o osciloscópio e o funcionamento do osciloscópio em si (uma vez que
este foi primeiro contacto que os alunos tiveram com o instrumento).

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I - MEDIÇÃO DE PROPRIEDADES DE SINAIS ELÉCTRICOS

1. Usar um cabo adequado para ligar ao canal 1 do osciloscópio a saída de


um gerador de funções. Escolher no gerador um sinal quadrado com uma
frequência entre 1 e 2 kHz e uma amplitude correspondente a cerca de
metade do valor máximo que o gerador pode fornecer. Fazer os seguintes
ajustes nos comandos do osciloscópio:

HORIZONTAL TIME/DIV 0,2 ms/Div

VARIABLE Selector metido para dentro e


totalmente rodado no sentido horário

POSITION X Posição do ponteiro das horas às 10:30

TRIGGER HOLD NORM

LEVEL 0

SLOPE +

MODE AUTO

SOURCE CH1

VERTICAL MODE CH1

CH1 VOLTS/DIV 0,2 V/Div

CH1 AC/GND/DC AC

CH1 POSITION Ponteiro das horas às 09:00

2. Nesta fase deve observar-se uma imagem estável de uma onda


quadrada. Se tal não acontecer, verificar a posição dos selectores. Ajustar
se necessário a intensidade e a focagem do feixe de electrões (botões
INTEN e FOCUS).
3. Colocar o selector AC/GND/DC do canal 1 na posição GND e rodar o
botão POSITION até alinhar o traço luminoso com a linha central da
grelha. Observar o que acontece quando coloca o selector AC/GND/DC na
posição DC. Voltar a colocar na posição AC. Registar o que acontece nas
três posições.

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4. Observar o que acontece quando:
• Se escolhe outros valores para a escala vertical (VOLTS/DIV)
• Se escolhe outros valores para a base de tempo (TIME/DIV)
5. Voltar às escalas iniciais e fazer um desenho à escala deste sinal no
esquema da folha de registo. Determinar a amplitude, a tensão pico a
pico, o período e a frequência desta onda. Ter em atenção que a medição
será tanto mais rigorosa quanto maior for o número de divisões que for
usado para ler a grandeza que se está a determinar.
6. Usar um cabo adequado para ligar ao canal 2 do osciloscópio a saída de
um gerador de funções. Escolher no gerador um sinal sinusoidal com
uma frequência entre 1 e 2 kHz e uma amplitude correspondente a cerca
de metade do valor máximo que o gerador pode fornecer. Escolher CH2
nos selectores TRIGGER: SOURCE e VERTICAL: MODE. Escolher 1 V/Div
no selector VOLTS/DIV do canal 2, colocar o botão POSITION Y às 12:00
e o acoplamento de entrada do canal 2 em DC.

7. Fazer um desenho do sinal observado no esquema da folha de registo.


Determinar a amplitude, a tensão pico a pico, o período e a frequência da
onda produzida pelo gerador.
8. Se não se estiver a observar o início da imagem produzida pelo
varrimento do feixe de electrões, rodar o botão POSITION X para a direita
até observar o início da imagem luminosa.
9. Colocar o selector VERTICAL: MODE em DUAL e observar. Alternar o
selector TRIGGER: SOURCE entre as posições CH1 e CH2 e observar o
que acontece. Registar o sucedido e explicar.

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II - MEDIÇÃO DE FREQUÊNCIAS E INTENSIDADES SONORAS

1. Configurar o osciloscópio para visualizar o sinal sinusoidal do ponto


anterior, cuja frequência, período e tensão pico a pico já foi determinada
(passo 7).
2. Ligar a saída do gerador de sinais a um “T” que simultaneamente liga ao
osciloscópio e a um altifalante.

3. Alterar a frequência do sinal, do gerador de sinais, e verificar o que


acontece no sinal no osciloscópio. Comparar com o que acontece em
termos sonoros.
4. Regista o menor valor de frequência que conseguiu ouvir.
5. Registar o maior valor de frequência que conseguiu ouvir.
6. Ligar um microfone ao osciloscópio e produzir um som com um
diapasão.

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7. Determinar a frequência do sinal que visualiza no osciloscópio. Comparar
essa frequência com a frequência marcada no diapasão.
8. Utilizando a voz, emitir sons correspondentes a letras ou assobios sobre
o microfone e visualizar no osciloscópio. O procedimento deve ser
repetido por outro colega. Registar as observações.

7
REGISTO, TRATAMENTO E DISCUSSÃO DE DADOS

Foi construída uma folha de registo para os alunos fazerem os registos da


actividade.

I.3
O sinal em AC é semlhante ao DC mas em menores valores de
Com GND vê-se uma linha horizontal, no “zero”. Não há passagem
voltagem
de corrente.
I.5

2,5 1 2,5

5 1 5

5 0,2 m 1

1000

I.7

3,4 1 3,4

6,8 1 6,8

4,8 0,2 m 0,96

1000

I.9 A variação no MODE para DUAL permite ver os dois sinais (do CH1 e do CH2)
em simultâneo, mas com apenas um deles focado, de acordo com a selecção no
TRIGGER.

II.3 Quanto maior a frequência do som, mais agudo ele é.

II.4 fmin=28Hz

8
II.5 fmáx=19 MHz

II.7 ! = 4,5×0,5ms/div = 2,25ms


1 1
!= = = 444,4  Hz
! 2,25×10!!
Este valor é bastante próximo do valor marcado no diapasão, 440Hz, devendo-se
a diferença provavelmente a erros experimentais.

II.8 Aquilo que confere características particulares ao som de um instrumento


musical ou de uma voz humana é o número de harmónicos (som puro cuja
frequência seja um múltiplo inteiro de uma dada frequência) que intervêm e a
proporção com que cada um contribui para o som resultante.
Assim esperar-se-ia que os sinais de cada aluno fosse distinguíeis, apesar de na
prática não se terem observado diferenças significativas.

CONSIDERAÇÕES

1. O protocolo deveria ter contemplado o conceito de tensão eficaz.

BIBLIOGRAFIA

Ventura, G., Fiolhais, M., Fiolhais, C., Paiva, J., & Ferreira, A. J. (2009). 11 F -
Física e Química A - Física - Bloco 2 - 11.º/12.º ano. Lisboa: Texto Editores, Lda.

Martins, I. P., & al., e. (2003). Programa de Física e Química A, 11º ou 12º anos.
Ministério da Educação.

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