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RELATÓRIO TÉCNICO
Equipe 16
Diego de Mattos
Donato Collani
Fernando A. Pavão
Guilherme G. Pedreira
Marco A. Pfeifer
Rafael M. Maschtakow
Renan F. Metzner
Bauru
2006
SAE Aerodesign 2004 – Equipe MecBauFlyer i
SUMÁRIO
1. Introdução 1
2. Projeto Conceitual 2
2.1. Metodologia 2
3. Projeto Preliminar 7
3.2. Aerodinâmica 9
3.2.1. Sustentação 9
3.2.2. Arrasto 10
3.4. Estabilidade 15
4. Análise Estrutural 20
5. Conclusões 25
Bibliografia 26
Lista de Figuras
Figura 1 – Curvas de sustentação e polares de arrasto para Re = 4,6 x 105. 4
Figura 18 – Força atuante no servo para vôo equilibrado em função da velocidade de vôo. 23
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Seleção do carregamento alar. 4
Lista de Símbolos
W – peso [N] CD – coeficiente de arrasto
Cn – coeficiente de guinada
Lht – distância entre 25% c e 25% da
Cl – coeficiente de rolagem
empenagem horizontal
δ – deflexão de superfície de controle [º]
Lvt - distância entre 25% c e 25% da
ou [rad]
empenagem vertical
Г - ângulo de diedro [º] ou [rad]
Af – área da maior seção da fuselagem [m2]
Va – velocidade de manobra [m/s]
Mfreio – momento produzido pelo freio
Vd – velocidade de mergulho [m/s]
[N.m]
Ude – velocidade de rajada [ft/s]
µ – coeficiente de atrito ou fator de alívio
XB – distância da biquilha ao CG
de rajada
XTP – distância do Trem de Pouso ao CG
T – empuxo [N]
P – Potência [HP]
L – força de sustentação [N]
Q – fator de interferência
D – força de arrasto [N]
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 1
1. INTRODUÇÃO
uma aeronave competitiva capaz de alcançar vôo com a maior carga útil possível.
estabilidade e estruturas.
honeycomb e madeiras.
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 2
2. PROJETO CONCEITUAL
2.1 Metodologia
o regulamento da competição,
em 61 m de pista e pousar em 122 m, sem que haja quebra de componentes do mesmo; deve
utilizar ou o motor O.S. Max FX 61 ou o K&B 61 PN6170; a aeronave deverá ser projetada
de tal forma que possa ser totalmente inserida em um espaço de volume definido, cuja
geometria é um losango de diagonais iguais a 2,8m e 2,4m, tendo uma altura máxima igual a
compartimento de carga. O avião deverá circular o campo pelo menos uma vez.
maximização da área alar de acordo com os parâmetros estabelecidos visando uma maior
uma análise qualitativa entre as configurações monoplano e biplano, sendo assim para esta
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 3
aeronave adotou-se a configuração monoplano. Esta decisão deveu-se ao monoplano ser mais
eficiente aerodinamicamente, segundo Stinton [9]. Assim como uma análise entre
A carga vazia pode ser expressa por uma fração do peso total, como demonstrado na
Equação 2. Esta razão é adotada como ponto de partida para a estimativa dos pesos.
Wútil + Wcombustíel
W0 = (2)
⎛1 − Wvazio ⎞
⎜ W0 ⎟⎠
⎝
O estudo do perfil foi realizado com o software Xfoil objetivando a construção das
alto ângulo de estol, com o Selig 1223 apresentando os melhores resultados: C lMAX = 2,26 e
2 2
1.5 1.5
Cl
Cl
1 1
0.5 0.5
0 0
-10 -5 0 5 10 15 20 0 0.025 0.05 0.075 0.1 0.125 0.15
Alpha (°) Cd
Selig 1223 NACA 9512 Selig 1221 Selig 1223 NACA 9512 Selig 1221
W0 1
.ρ .VS .(C L )MAX
2
= (3)
S 2⋅n
A partir de uma planilha de cálculos desenvolvida para a previsão de carga útil, foram
Optamos pela carga alar 4, pois com o mesmo carregamento possui uma menor
estrutural). Portanto com a razão de aspecto A = 6,38 e com a equação 4, resulta uma área
b2
A= (4)
S
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 5
empregados partiu-se para a definição da geometria da asa. Para tal realizaram-se simulações
razão de aspecto igual a 6,38, com corda constante de 0,40 m em 50% da semi-asa e razão de
O enflexamento Λc/4 não foi considerado pois as velocidades de operação da aeronave não são
altas o suficiente para o emprego de tal parâmetro. Após as simulações chegou-se à conclusão
recomendações de Raymer [3]. Foram utilizados para a construção das asas, isopor, casca de
(a) (b)
Figura 2 – distribuição dos coeficientes de pressão (a) e Planiforme da asa (b)
grande importância durante a concepção de uma aeronave, pois a sua escolha afeta
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 6
Torenbeek [7] propõe para a estimativa das áreas das empenagens o método dos
coeficientes de volume de cauda representado pelas Equações 5(a), horizontal, e 5(b), vertical.
Lht .S ht Lvt .S vt
V ht = (a) e V vt = (b) (5)
c .S b.S
2409 invertido analisando sua curva de sustentação e polar de arrasto e também com a
empenagem horizontal como Sht/S = 0,1698 (valor relativo à aeromodelos que varia de 8 a
0,1483 m². A corda e a envergadura, cht = 0,22 m e bht = 0,6741 m respectivamente são
encontrados para uma razão de aspecto Aht = 3,0641 sendo planiforme retangular.
Foi adotado o perfil simétrico NACA 0009 para a empenagem vertical, pois apresenta
De acordo com Torenbeek [7] o valor recomendado para o perfil é V vt = 0,04, porém
aerodinâmicos é de Lvt = 0,8240 m, obtendo-se uma área de Svt = 0,0746 m². Definiu-se outras
sendo concebida em formato aerodinâmico e com a menor área molhada possível. Além disso,
Uma seção circular seria o ideal segundo Raymer [3], mas a construção foi realizada
com placas de honeycomb resultando em uma seção retangular. Com esta condição procurou-
Torenbeek [7] com o intuito de evitar ou reduzir o descolamento do escoamento nesta região,
a razão λab = 0,75 é determinada pela Equação 6, onde a área da maior seção reta da
l ab
λab = (6)
A f ⋅ (4 π )
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 8
Raymer [3] recomenda que o peso da aeronave aplicado na bequilha resulte entre 8 e
A altura do trem de pouso foi dimensionada a fim de permitir que a hélice de maior
diâmetro correspondente ao motor utilizado (14x4) mantenha uma distância segura do solo.
Raymer [3] recomenda um rake angle de 7º e uma distância de trail de no mínimo 16% do
diâmetro da roda sendo adotado o valor de 15,5 mm. O trem de pouso principal foi construído
em material composto (fibra de carbono e resina epóxi). Para a fixação utilizou-se alumínio e
O dimensionamento de freios de sapata rígida interna proposto por Shigley [11] foi
utilizado para o conhecimento do momento produzido pelo sistema de frenagem, utilizado nas
rodas do trem principal. O momento produzido no freio Mfreio = 5,6 N.m pode ser considerado
3. Projeto Preliminar
A escolha pelo motor o O.S. FX 61, tipo “glow” deveu-se à maior facilidade de
Para a seleção da hélice foi feito um ensaio para determinar a força de tração de várias
hélices. A bancada abriga o motor, tanque de combustível e uma mola, como visualizado na
relativas.
(a) (b)
Figura 4 – (a) Bancada para ensaio do sistema propulsor e (b) Ensaio Dinâmico.
Assim, um gráfico com as curvas das hélices foi gerado, como visto na Figura 5.
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Empuxo x Velocidade
50
45 13x4
12x6
Empuxo [N]
40
11x9
35
12x8
30
25
20
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Velocidade [m/s]
de seus coeficientes. Estes adimensionais são aplicados nas Equações 9 e 10 que definem as
L = ρ ⋅ (V 2 2).S .C L (9)
3.2.1. Sustentação
que permite determinar a força de sustentação da asa para vários ângulos de incidência, como
visto na figura 6, sendo verificado o valor máximo de C LMAX = 1,95 . O ensaio foi realizado
Curva de Sustentação
2,5
2
1,5
CL
0,5
0
-4 0 4 8 12 16 20
Alpha [°]
O fator F, equação 12, corrige CL α devido à interferência das asas com a fuselagem:
2
⎛ d⎞
F = 1,07 ⋅ ⎜1 + ⎟ (12)
⎝ b⎠
sustentação da aeronave será representada pela sustentação gerada pela asa, fuselagem e
empenagem horizontal.
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3.2.2. Arrasto
C D = C D 0 + C Di (13)
por Raymer [3] e é expresso pela Equação 14. Para o valor do coeficiente de fricção Cf
admitiu-se que todos os componentes possuíam fluxo turbulento e utilizou-se a Equação 15.
C D0 =
∑ (C f .FF .Q.S wet )
+ C Dmisc (14)
S
0,455
Cf = (15)
(log 10 Re) .(1 + 0,144.M ) 0,65
2 , 58
empenagens, enquanto que para a fuselagem e a cauda é dado pela Equação 17. Nesta última,
⎡ 4⎤
FF = ⎢1 +
0,6
[
.(t / c ) + 100.(t / c ) ⎥. 1,34.M 0,18 .(cos Λ m ) 0, 28 ] (16)
⎣ ( x / c )m ⎦
⎛ 60 f ⎞
FF = ⎜⎜1 + 3 + ⎟ (17)
⎝ f 400 ⎟⎠
O arrasto do trem de pouso e rodas é resultado de CDmisc , calculado com a Equação 18.
Para elementos regulares indica-se para a constante D/q/Sfrontal o valor de 0,25. A área frontal
das rodas e trem de pouso é igual a Sfrontal = 0,0055 m², resultando em CDmisc = 0,001714.
D/q
C Dmisc = (18)
S ref
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Os valores calculados são dados na tabelas 5 são obtidos para uma velocidade de 12
m/s.
(
C Ditrimmed = K ⋅ C Lα ⋅ α )
2
+ η ht ⋅
S ht
S
( )
⋅ K ht C Lht
2
(19)
K = 1 (π . A.e) (20)
asa. Com o rendimento ηht de 90%, conforme Raymer [3], para o coeficiente de sustentação
A condição de máxima relação L/D e mínimo empuxo requerido foi adotada para
2 ⋅W K
VC = ⋅ (22)
ρ ⋅ S CDO
adotado como 0,05 , valor recomendado por Raymer [3] para asfalto ou concreto seco. O
efeito solo que afeta diretamente os coeficientes de sustentação e arrasto induzido foi
g
a= [T − D − µ (W0 − L )] (23)
W0
Curvas de Desempenho
70
S [m]; V [m/s]; a [m/s²]
60 Aceleração
Velocidade
50
Distância Percorrida
40
30
20
10
0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0
Tempo, [ s ]
decolagem em que a cada intervalo de 0,2 s eram obtidos os valores das variáveis da Equação
22, além da aceleração, velocidade e posição, com suas curvas visualizadas na Figura 9. Os
resultados mostraram que para uma carga útil de Wútil = 11,0 Kg o modelo atingia em 7,0
segundos uma velocidade de Vto = 13,73 m/s, excedendo em 10% a velocidade de estol,
atendendo a indicação da FAR Part 23. Construiu-se o gráfico de carga útil a partir da
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 15
A velocidade máxima em vôo nivelado é determinada pela análise gráfica das curvas
respectivamente pelas Equações 25 e 26. Para esta condição encontrou-se o valor de 19,5 m/s.
PDISP = T ⋅ V (25)
PREQ = D ⋅ V (26)
0,6
2
Potência, [HP]
Potência Requerida
Razão de Subida, [m/s]
0,5
Razão de subida à potência
Potência Disponível 1,5 máxima
0,4
0,3
1
0,2
0,1
0,5
0
5 7,5 10 12,5 15 17,5 20 22,5
0
Velocidade, [m/s] 10 12,5 15 17,5 20
V [m /s]
potências descritas acima e que gerou para a aeronave o gráfico da Figura 11, deste é possível
VY = V ⋅
(T − D ) (27)
W
Segundo a FAR Part 23 indica para o toque no solo uma velocidade 15% acima de VS,
ou seja, VTD = 13,432 m/s. Adaptando a planilha criada para a análise de carga útil foi possível
de atrito gerado pelo acionamento dos freios estimado em µ = 0,3 a aeronave parou em 67 m.
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 16
3.4. Estabilidade
O procedimento de cálculo como sugerido por Pullin [14]. Como dados de entrada,
anteriormente, das curvas polares dos perfis, dos dados da aeronave e de gráficos que constam
em Pullin [14].
ou seja, com carga mínima (3 kg) e carga máxima pretendida (11 kg), sendo assim pode-se
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 17
calcular o ponto neutro e os pontos de manobra com manche fixo e livre para vôo reto
nivelado.
a1 ⎛ dε ⎞
hn = h0 + V ht . ⋅ ⎜1 − ⎟ (28)
a ⎝ dα ⎠
Obtendo o valor do ponto neutro manche fixo que está localizado a 26,48 % da cma.
a1 ⎛ dε ⎞
h’n = h0 + V ht . ⋅ ⎜1 − ⎟ (29)
a ⎝ dα ⎠
Obtendo o valor do ponto neutro manche livre que está localizado a 89,30 % da cma.
a1 ⎛ dε ⎞ Vht .a1
hm = h0 + V ht . ⋅ ⎜1 − ⎟ + (30)
a ⎝ dα ⎠ 2.µ
W
µ= (31)
g .ρ .l ht .S w
Sendo assim obtemos o valor do ponto de manobra manche fixo com carga mínima
que está localizado à 29,45 % da cma e o ponto de manobra manche fixo com carga máxima
a1 ⎛ dε ⎞ Vht .a 1
h’m = h0 + V ht . ⋅ ⎜1 − ⎟ + (32)
a ⎝ dα ⎠ 2.µ
O valor do ponto de manobra manche livre com carga mínima que está localizado à
10,42 % da cma e o ponto de manobra manche livre com carga máxima está localizado à 9,60
% da cma.
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 18
Com isso determinam-se as margens estáticas (Hn e H’n) e de manobra (Hm e H’m)
positivas, para que o efeito gerado por uma perturbação no ângulo de ataque da aeronave seja
tabela 10, que serão utilizados para a determinação da variação do coeficiente de momento de
guinada (Cn) da aeronave com a variação do ângulo de guinada (β) do leme, necessário para
LB
L CG LB/4
LB/4
hB1
hB2
SBs
bB1
bB2
A margem de estabilidade direcional com comandos fixos é dada pela equação 33.
dC n ⎡ dC n ⎤
=⎢ ⎥ + V vt ⋅ a1 (33)
dβ ⎣ dβ ⎦ ev
A margem de estabilidade direcional com comandos livres é dada pela equação 34.
dC ' n ⎡ dC n ⎤
=⎢ ⎥ + V vt ⋅ a 1 (34)
dβ ⎣ dβ ⎦ ev
Como já citado no tópico anterior, para se obter uma aeronave estável necessita que a
margem estática seja positiva, sendo assim conclui-se que esta aeronave é estável
direcionalmente.
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4. ANÁLISE ESTRUTURAL
A determinação dos envelopes de vôo, manobra e rajada com seus respectivos fatores
Considerando que a aeronave não deverá realizar manobras bruscas e vôos com
inclinações maiores que 60º, a FAR 23.337 [13] recomenda um fator de carga máximo n = 3 e
m/s, manobra Va = 20,23 m/s e mergulho Vd = 24,49 m/s variando os valores de Cl (1,95 para
Para o cálculo dos fatores de carga para rajada adotou-se o método proposto por
McCormick [8]. A Equação 35 fornece os fatores n, onde Kg é definido pela Equação 36,
sendo função do fator de alívio de rajada µ (Equação 37), V é a velocidade de vôo em nós.
K g ⋅ U de ⋅ V ⋅ aw
n = 1+ (35)
498 ⋅ (W S )
0,88 ⋅ µ
Kg = (36)
5,3 + µ
2 ⋅ (W S )
µ= (37)
ρ ⋅ c ⋅ aw ⋅ g
Envelope de Rajada
3
Envelope de Manobra
0
0 5 10 15 20 25 30
-1
-2
Velocidade [m/s]
Strojnik [5] apresenta o método utilizado aqui para a determinação dos momentos
0.8
Coeficiente A
0.6
0.4
0.2
0
0 20 40 60 80 100
O fator C é determinado pela extrapolação dos valores da Tabela 10, o cálculo dos
selecionadas estão na Tabela 11. O início da divisão da semi-asa dá-se em 5,3%, pois a partir
deste ponto não há mais interferência com a fuselagem. O fator de carga n é o máximo
b ⎛ W − Wa ⎞
M = A ⋅ C ⋅ ⋅ n ⋅ FS ⋅ ⎜ o ⎟ (38)
2 ⎝ 2 ⎠
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 22
1
P = B ⋅ n ⋅ ⋅ (W0 − Wa ) (39)
2
1 1000
0.8
100 força de cisalhamento,
Coeficiente B
[N]
0.6
momento fletor, [N.m]
10
0.4
0.2 1
5,3 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
semi-asa (%)
0 20 40 60 80 100
Sem i-envergadura [%]
M
σ =− ⋅ ymax (40)
IZ
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 23
foi constatada que a seção crítica é a de 5,3%, com o valor de tensão máxima de 115MPa.
Para o cálculo da carga do profundor, foi analisado o valor da força necessária para
aeronave. A força no manche para vôo equilibrado é obtida pela equação 41.
Pe = B1 × V 2 + B2 (41)
1 ⎡ ⎛ dC b2 ⎞⎤
Pe = me ⋅ ⋅ ρ ⋅ V ² ⋅ S L ⋅ c L ⋅ ⎢b1 − ⎜⎜ n ⋅ ⎟⎥ ⋅ β
⎟ (42)
2 ⎢⎣ ⎝ dβ V V ⋅ a 2 ⎠⎥⎦
Os valores da força no servo para diversos casos de vôo glissado é observado na figura 19.
Força no manche x Velocidade Força do Servo para Vôo Glissado
12000
25
Polinômio (25°)
10000
20
Força no manche
Polinômio (20°)
8000
15 Polinômio (15°)
Pe[gf]
Figura 18 – Força atuante no servo para vôo Figura 19 – Força atuante no servo para vôo
equilibrado em função da velocidade de vôo. glissado.
A força máxima no servo devido à carga no profundor nas devidas condições de vôo é
de 74,26 N com carregamento máximo (11kg) e de 85,94 N com carregamento mínimo (3Kg).
De acordo com o ângulo de glissada máximo da aeronave pode-se admitir uma força
máxima de 34,26 N.
SAE Aerodesign 2006 – Equipe MecBauFlyer 24
Para o cálculo da carga nos ailerons foi utilizado o gráfico da figura 20, recomendado
por Strojnik [5] e pela FAR Part 23. A carga alar multiplicada pelo máximo fator de carga é o
Para a determinação das cargas no trem de pouso e bequilha utilizou-se a FAR Part 23.
Analisou-se nas seguintes condições: pouso nivelado com reações inclinadas, pouso nivelado
com somente o trem principal (nose clear), pouso tail-down, cargas laterais, rolagem com
FS = 2,74, construída em Nylon, nas rodas principais FS = 1,68, de alumínio 6160 T6, e trem
5. CONCLUSÕES
ser competitivo quanto ao desempenho de carga útil quando comparado com os resultados de
BIBLIOGRAFIA
Pennsylvania. AIAA.
2. HALE, F. J. (1999). Aircraft performance, selection, and design. John Wiley & Sons. New
York.
Arizona.
5. FARIA, F. (1992). Modelos rádio controlados. Apostila editada pelo próprio autor. São Paulo,
SP.
6. PAULA, O. L. (2001). Motor torto para voar direito. HoobyLink, nº 52, p. 32-40. Julho/Agosto.
Rotterdam, Holanda.
selig/
11
Carga Útil, [Kg]
Carga = -0,0009H + 11
10,5
10
9,5
8,5
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Altitude-Densidade, [m]
Número 16