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CEFET/MG
Engenharia de Minas
ESPELHOS ESFÉRICOS
Araxá, MG
2012
1. INTRODUÇÃO
Chamamos espelho esférico qualquer calota esférica que seja polida e possua alto poder
de reflexão.
Quando a superfície refletiva considerada for a interna, o espelho é chamado côncavo,
já nos casos onde a face refletiva é a externa o espelho é chamado convexo.
Assim como para espelhos planos, as duas leis da reflexão também são obedecidas nos
espelhos esféricos, ou seja, os ângulos de incidência e reflexão são iguais, e os raios incididos,
refletidos e a reta normal ao ponto incidido.
Para o estudo dos espelhos esféricos é útil o conhecimento dos elementos que os
compõe, que são assim esquematizados:
C é o centro da esfera;
V é o vértice da calota;
O eixo que passa pelo centro e pelo vértice da calota é chamado eixo principal;
As demais retas que cruzam o centro da esfera são chamadas eixos secundários;
O ângulo, que mede a distância angular entre os dois eixos secundários que
cruzam os dois pontos mais externos da calota, é a abertura do espelho;
O raio da esfera R que origina a calota é chamado raios de curvatura do espelho.
Um sistema óptico que consegue conjugar a um ponto objeto, um único ponto como
imagem é dito estigmático. Os espelhos esféricos normalmente não são estigmáticos, nem
aplanéticos ou ortoscópicos, como os espelhos planos.
No entanto, espelhos esféricos só são estigmáticos para os raios que incidem próximos
do seu vértice V e com uma pequena inclinação em relação ao eixo principal. Um espelho
com essas propriedades é conhecido como espelho de Gauss.
Um espelho que não satisfaz as condições de Gauss (incidência próxima do vértice e
pequena inclinação em relação ao eixo principal) é dito astigmático. Um espelho astigmático
conjuga a um ponto uma imagem parecendo uma mancha.
Para os espelhos côncavos de Gauss pode ser verificar que todos os raios luminosos
que incidirem ao longo de uma direção paralela ao eixo secundário passam por um mesmo
ponto F - o foco principal do espelho.
No caso dos espelhos convexos é a continuação do raio refletido é que passa pelo foco.
Tudo se passa como se os raios refletidos se originassem do foco.
2.1. MATERIAL
Banco ótico linear composto por um barramento com escala milimetrada e
dotado de sapatas niveladoras amortecedoras;
Três cavaleiros magnéticos com goleiras;
Perfil de espelho côncavo e convexo;
Painel ótico com disco de Hartl e sapatas niveladoras amortecedoras;
Mesa suporte acoplável ao caveleiro;
Fonte de luz branca com feixe direcional e ajuste focal deslizante;
Lente plano-convexa de 8 di com suporte para acoplamento ao cavaleiro
universal;
Lente plano-convexa de 4 di com suporte para acoplamento ao cavaleiro
universal;
Compasso;
Régua milimetrada;
Conjunto de diafragma.
2.2. ERROS DE ESCALA
INSTRUMENTO ERRO
Painel ótico com disco de Hartl ±0,5º
Escala milimetrada do banco ótico ±0,5mm
Régua milimetrada ±0,5mm
2.3. MONTAGEM
A aparelhagem foi montada de acordo com a foto a seguir:
Após o ajuste:
2.4. MÉTODO
O espelho côncavo foi disposto no disco ótico conforme a figura seguir:
O diafragma de uma ranhura foi trocado pelo de três e foi observado o comportamento
dos três raios refletidos. Assim assinalamos o ponto de incidência central, e o ponto de maior
ocorrência dos raios refletidos. Em seguida determinamos a distância focal entre eles.
Logo após, traçamos a curvatura interna do espelho e assinalamos seus extremos como
A e B. Com o auxilio do compasso com uma abertura igual AB, determinamos a reta
equivalente à diagonal milimetrada existente no disco ótico. Com base nas medidas do passo
anterior identificamos o foco e o vértice do espelho côncavo em estudo. Ainda com o
compasso medimos uma distância de duas vezes o foco do vértice. Identificamos esse ponto
como C que representa o centro de curvatura do espelho esférico.
Logo em seguida fizemos os segmentos AC e BC. Assim foi possível determinar a
abertura do espelho.
Depois giramos o disco ótico e anotamos o comportamento do raio refletido cujo raio
incidente estava contido no eixo principal. Assim, descrevemos o comportamento do raio
refletido cujo incidente era paralelo ao eixo principal.
Giramos o disco no sentido horário, de modo que o primeiro raio incidente passasse
pelo foco, e descrevemos seu comportamento.
Removemos o cavaleiro magnético 2 com a mesa suporte e relatamos o ocorrido.
Em seguida modificamos a posição do espelho de modo que o lado convexo ficasse na
frente conforme figura a seguir:
Assinalamos o ponto de incidência central e o ponto de maior ocorrência dos
prolongamentos dos raios refletidos, o foco do espelho convexo. Verificamos e anotamos a
distância focal deste espelho.
Giramos o disco ótico no sentido horário, de modo que o prolongamento do primeiro
raio incidente passasse pelo foco. Assim descrevemos o ocorrido com o raio refletido.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao colocar o diafragma de 3 ranhuras identificamos na figura a seguir a trajetória dos
três raios refletidos, assim como o vértice do espelho (V) e o foco (F).
Chegamos ao valor de -59 ± 0,5mm para a distância focal deste espelho, o sinal de
negativo indica a prolongação dos raios, já que o ponto focal está após o vértice ao contrário
do que ocorre no espelho côncavo.
Girando o disco de modo que o primeiro raio incida no espelho em direção ao ponto
de foco, ele se refletiu paralelamente ao eixo principal.
Sobre os três raios principais podem destacar que, o que incidir em direção ao centro
de curvatura reflete sobre ele mesmo. O raio que incidir sobre o vértice irá refletir de tal modo
que o ângulo entre incidência e reflexão serão iguais em relação ao eixo principal. E como
observado anteriormente, o raio que incidir em direção ao ponto focal irá se refletir
paralelamente ao eixo principal, o contrário também é válido.
4. CONCLUSÃO
Através dos dados obtidos e da análise das relações, podemos afirmar que os
resultados acompanham a expectativa com a teoria. Foi possível observar diversas
propriedades dos espelhos esféricos e foi possível notar sua enorme gama de aplicações.
É conclusivo que o método utilizado é eficiente já que apesar dos desvios em alguns
resultados o grupo conseguiu compreender toda a fundamentação envolvida na prática.
Dentre os erros observados que podem justificar os resultados um pouco fora do
esperado, devemos citar a dificuldade em trabalhar com a instrumentação do experimento.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMEZ, Osvaldo P.; Física Geral e Experimental I; UNIG - Universidade Iguaçu; FaCET
– Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas; 2007.