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COACHING EM CARREIRA

“ Eu dormia e sonhava que a vida era alegria.


Despertei e vi que a vida era serviço.
Servi e aprendi que o serviço era alegria”

Rabindranath Tagore

Introdução

As empresas vêm se ocupando de seu foco de negócio e não mais


utilizam seu tempo para dar atenção à carreira de seus colaboradores. A
velha postura paternalista que se apropriava das carreiras e assumia o
papel de “desenvolvedor”, hoje devolve ao profissional a função de cuidar
de sua carreira. Passa-se a falar então do autogerenciamento de carreira,
onde cada um trata de identificar seus objetivos e os meios para alcançá-
los. Assim, a maneira como encaramos nossa carreira irá definir nossa
empregabilidade.

Nestas condições ocorrem as demissões em massa e o aumento da


competitividade no mercado de trabalho, formando assim um panorama de
grande ansiedade e apreensão entre aqueles que buscam um lugar ao sol.
Surge então um novo conceito de emprego, em que a garantia de carteira
assinada e a estabilidade conquistada pela lealdade e dedicação, dá lugar a
necessidade de mudança permanente e de abertura ao aprendizado.

Cabe ressaltar que o mercado de trabalho também era outro: mais


emprego, carreiras mais estáveis, menos exigências em relação à
formação profissional. Observa-se então o novo perfil profissional.

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Se nos preocupamos com nossa carreira e futuro profissional, estamos
na verdade pensando em nossa empregabilidade. Pensamos: será que
estou no caminho certo? Vou conseguir um novo emprego? Vou conseguir
manter este emprego? Estou preparado para o futuro e para competir no
mercado de trabalho? Contudo, não pensamos se estamos investindo em
nossa qualificação, se estamos desenvolvendo as competências e
habilidades necessárias e não aprofundamos nosso autoconhecimento para
além de nossa zona de conforto.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

CARREIRA:
“Carreira é o autoconhecimento de como as experiências pessoais e
profissionais relacionam-se com seu trabalho atual e futuro para maximizar
suas habilidades e comportamentos e atingir seus objetivos de vida” (Jim de
Vito, Diretor de Desenvolvimento Gerencial da Johnson e Johnson
Internacional)

EMPREGABILIDADE:
O termo empregabilidade é tão novo que ainda não consta em dicionários.
Nos EUA o termo employability significa a condição de dar emprego ao que
se sabe, a habilidade de ter emprego. Assim, entende-se que:
Empregabilidade significa o conjunto de competências e habilidades
necessárias para alguém conquistar e manter sua colocação dentro de uma
empresa. Significa a capacidade de obter e reter um emprego de maneira
sempre firme e válida. (Carreira & Competência. Gerenciando seu Maior
Capital. Idalberto Chiavenato)

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NETWORKING:
Já Networking é um termo que refere a uma rede de relacionamentos
pessoais, que deve ser cultiva como um importante capital social. O cultivo
de relações pessoais saudáveis e duradouras deve ser constante, onde você
possa não só pedir ajuda, mas ajudar aos seus amigos e conhecidos
fortalecendo seus laços.

COMPETÊNCIA:
Podemos definir competência como um conjunto de conhecimentos,
habilidades, atitudes e comportamentos que permitem ao indivíduo
desempenhar com eficácia determinadas tarefas, em qualquer situação.
Neste aspecto, entendemos ser fundamental a atenção as atitudes que
praticamos em nosso dia a dia e as habilidades que estamos desenvolvendo
pois estas nos conduzirão ou não para o desenvolvimento de competências.

MARKETING PESSOAL:
E quanto ao Marketing Pessoal entendemos como sendo um conjunto de
práticas que nos permite “vender” nossos talentos e habilidades de maneira
a nos tornar atrativos para o mercado de trabalho. Segundo Cláudio
Nasajon “Vender-se significa passar aos demais uma imagem positiva de si
próprio, salientando suas melhores virtudes, apresentando suas idéias com
impacto, formando opiniões favoráveis a seu respeito.”

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AUTOCONHECIMENTO – O PRIMEIRO PASSO PARA A AUTOGESTÃO

A gestão de carreira começa pelo autoconhecimento. Conhecer-se como


profissional exige que se faça aquela parada estratégica que geralmente
não nos preocupamos em fazer. É preciso coragem, transparência e um
forte desejo de buscarmos a mudança. Refletir sobre a carreira implica em
identificar e assumir nossos erros, enganos e frustrações, mas acima de
tudo reconhecer suas conquistas, aprendizagem e valor.

Métodos para ampliar o autoconhecimento:


Avaliação de 360º: trata-se de uma metodologia específica que permite a
avaliação de competências específicas através de um método de feedback
colhido de superiores, pares e subordinados.

Feedbacks Frequentes: é a busca de simples feedbacks dentro do ambiente


de trabalho através de pessoas de confiança, que conheça o avaliado
suficientemente e tenha visão crítica adequada.

Mapeamento do Perfil: esta técnica necessita a ajuda de um profissional


especializado que se utilize de instrumentos de investigação do
comportamento para aplica-lo e posteriormente dar o feedback. Esta
técnica tem a vantagem de trazer experiência a cerca das técnicas usadas
nos processos seletivos.

Psicoterapia: através deste método pode-se ir além da esfera profissional e


abordar o indivíduo de forma completa.

Autoanálise: diz respeito a análise de si mesmo buscando observar as


reações dos demais ao nosso comportamento, tomando o outro como
referência de ti mesmo.

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Em qualquer deste métodos exigirá do profissional grande abertura a ouvir
críticas e refletir sobre elas. É necessário ainda ter claro que não existem
verdades absolutas, e que apenas através dos outros poderemos ter noção
de nossa imagem externa. Este referencial pode dar a idéia dos aspectos
que precisam ser desenvolvidos ou aprimorados para melhor adaptar-se e
inserir-se no mundo do trabalho.

Ao refletir sobre autoconhecimento e autogestão não podemos deixar de


pensar em autoestima, na medida em que esta se mostra a base mestra e
ao mesmo tempo a mola propulsora de toda a carreira. A forma como nos
sentimos em relação a nós mesmos é o conceito básico de autoestima. É
um sentimento que afeta a nossa vida sob todos os aspectos: nossa relação
com filhos, cônjuge, no trabalho, no sexo e como obtemos ou não sucesso.
Quanto mais felizes e orgulhosos estamos sobre nós mesmos, mas somos
impulsionados a acreditar em nossa capacidade de realização, de superação
e de êxito. Todas as nossas reações são determinados pelo que pensamos
sobre quem pensamos que somos. O julgamento que fazemos de nós
mesmos, conduzirá nossas vidas.

Nascemos com uma capacidade infinita de desenvolver autoconfiança e


autoestima. Ao longo de nossas vidas e das experiências que vamos
acumulando, formamos uma autoimagem que pode nos levar a acreditar o
quanto bom somos. Nosso nível de exigência, assim como as expectativas
que os outros fazem de nós contribuem fortemente para a consolidação ou
destruição de nossa autoestima. Sobretudo as pessoas significativas, pais,
professores, amigos, namorados podem nos conduzir a assimilar conceitos e
padrões que vão certamente interferir em nossa autoestima. As vezes nos
perguntamos se existem alguém com excesso de autoestima (aqueles que
julgamos soberbos e arrogantes). Não, realmente não. Autoestima é um
sentimento que, se bem desenvolvido, atinge um estado de equilíbrio, não
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havendo a possibilidade de ser exagerada. O que ocorre com o arrogante é
que tenta esconder sentimentos de inferioridade e baixa autoestima por trás
de uma imagem supervalorizada.
Algumas vezes bloqueamos o desenvolvimento de nossa autoestima através
de sabotadores internos. Isso mesmo! Sabotamos a nós mesmos e
impedimos nosso sucesso. Estes sabotadores atuam de forma que muitas
vezes não percebemos, mas se o identificarmos poderemos supera-los
melhor. Alguns destes sabotadores se mostram quando:
Adiamos nossas ações
Repetimos nossos erros
Distraimo-nos de nossos objetivos
Complicamos, colocando objeções para nossas metas
Desanimamos, reagindo com pessimismo
Duvidamos de nossa capacidade de êxito
Sugestões para desenvolver sua autoestima:
Não perca o contato com a criança que você foi e sempre será
Desenvolva o bom humor, seja menos autocrítico
Dedique algumas horas da semana para fazer o que você realmente
gosta e lhe dá prazer
Invista em você, em seu desenvolvimento e cultive bons hábitos
Evite julgar os outros, pratique o perdão
Aceite e valorize seu momento presente. Viva-o intensamente
Pratique trabalhos voluntários, seja cidadão
Faça amigos, compartilhe seus problemas, confie em alguém
Respeite seus limites, conheça-se
Cuide de sua saúde com prioridade
Expresse suas emoções, cultive o bom humor a alegria de viver
Valorize as pequenas coisas da vida, redescubra o prazer de viver

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En fim , a u t oe st im a é u m a e x pe r iê n cia ín t im a : r e side n o ce r n e do
n osso se r . É o qu e e u pe n so e sin t o sobr e m im m e sm o, e n ã o o qu e
o ou t r o pe n sa de m im . É a pot e n cia liza çã o do n osso se r .
D e se n volve r a u t oe st im a é e x pa n dir n ossa ca pa cida de de se r fe liz!
Envolve sabedoria. É um saber viver.

MERCADO DE TRABALHO

Segundo Chiavenato, a configuração do emprego apresenta-se de maneira


a focar-se sobretudo no resultado esperado e exigido pela empresa, mas
acima de tudo mostrando expectativas voltadas ao desenvolvimento do
indivíduo (vide quadro 1).

Valores voltados até então ao tempo de empresa, a dedicação e a lealdade,


dão lugar a atitudes empreendedoras que agreguem valor efetivo ao
negócio. A relação empresa x profissional passa a ser caracterizada pela
parceira, focando na mudança e na inovação constante. O compromisso do
indivíduo com sua empresa passa a ser integral, mas acima de tudo
gerando compromisso com seu próprio desenvolvimento pessoal e
profissional. A capacidade criativa e a flexibilidade para a mudança
constante geram cada vez mais.

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Quadro 1
DE PARA
Emprego bu rocrático Parceiro no negócio
Foco na manutenção Foco na mudança e inovação
Ênfase na rotina e no cotidiano Ênfase na inovação e na criatividade
Executor de tarefas rotineiras Tomador de decisões e solucionador de
problemas
Trabalho mecânico e repetitivo Trabalho mental e variado
Atividade manual e física Atividade intelectual e cerebral
Obediência cega e conformismo Contestação e crítica
Vontade de fazer Vontade de melhorar continuamente
Apego aos regulamentos internos Idéias novas e sugestões de mudança
Ênfase nos meios e métodos Ênfase nas metas e nos resultados
Trabalho individual e isolado Trabalho em equipe
Trabalho dentro da empresa Trabalho em casa ou em tempo parcial

Dentro desta realidade, cabe a cada profissional mudar seu foco de análise
e entender que acima de tudo é necessário voltar-se ao seu
autodesenvolvimento e a construção de atitudes de mudança constante.
Sendo flexível e desviando o olhar para si mesmo, cada um encontrará suas
necessidades de desenvolvimento.
Percebe-se que alguns conceitos já não se aplicam e que algumas crenças
já não possuem efeito. Por exemplo: o que sempre foi entendido como
liderança? Aquele que comanda equipes, que tem pulso firme para conduzir
as pessoas a obter resultados. Esta primeira constatação, muitas vezes
geradora de conflito, dúvida e vacilação gera medo, insegurança e
ansiedade. Logo em seguida, ficamos paralisados, nos deprimimos e não
sabemos como agir. Este é o momento em que fica claro a necessidade de
mudança e definição de rumos. É preciso refletir. É fundamental saber
quem somos e o que queremos para nosso futuro.

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Através desta reflexão, entenderemos a formação de novos paradigmas que
norteiam a gestão de carreira. Devemos assim, entender que paradigmas
são estes e como interferem em nosso cotidiano.

Pode-se entender as mensagens colocadas nas entrelinhas pelo mercado de


trabalho. Ouvir com atenção, entender intuitivamente e observar fatos
concretos pode nos levar e identificar algumas necessidades e expectativas
das organizações. Com relação a funções gerenciais percebe-se algumas
competências fundamentais:

Habilidades pata tomar decisões diante de incertezas (assumir riscos)


Capacidade para desenvolver estratégias de produtividade
Habilidade para adaptar-se às mudanças ambientais
Descobrir nichos de competitividade ou criar diferenciais
Visão global do desempenho da empresa
Atualização quanto aos avanços tecnológicos
Capacidade de reduzir custos e aumentar a eficácia

Devemos estar preparados para competir e lidar com as adversidades do


mercado. É importante desde o início planejarmos nossa atuação passo a
passo:
1. Organize sua casa, sua família e você mesmo. Faça tudo aquilo que
antes você não tinha tempo.
2. Identifique os meios de encontrar o emprego: jornais, revistas,
networking, entidades de classe, universidades, headhunters,
consultorias...
3. Planeje sua ação, administre seu tempo disponível.
4. Analise o mercado de trabalho, observe suas exigências e como
funciona.
5. Elabore seu currículo com dedicação e cuidado. Defina um foco.
6. Melhore sua empregabilidade e aprenda a autogerir sua carreira.
7. Expanda seu network e saiba como cuidar dele.

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NETWORKING – UMA VERDADEIRA OPERAÇÃO DE MARKETING

Na prática, buscar um novo emprego representa iniciar uma forte


operação de marketing. De um lado você é o vendedor, o produto é seu
currículo e de outro lado o mercado é o comprador.

Como em toda estratégia de venda é preciso conhecer bem estas três


vértices, a começar pelo produto. Assim, é fundamental que você
consiga conhecer-se muito bem, compreendendo todos os pontos a seu
favor nesta venda, mas também sem perder de vista as barreiras e os
pontos fracos do seu perfil que possam atrapalhar o sucesso final.

Antes de dar início a qualquer ação concreta, planeje-se. Estabeleça


metas e prazos. Organize um pequeno escritório, com agenda, telefone,
secretária eletrônica, fax, bloco de anotações, computador, jornais e
revistas. Avise a família e coloque-os a trabalhar em equipe com você.
O ambiente familiar deve manter um clima amistoso e produtivo para
facilitar este momento. Mantenha-se informado sobre o que se passa no
mercado de mão-de-obra, e em sua profissão também. Registre todas
as suas ações em uma planilha favorecendo o gerenciamento do seu
networking.
Cabe enfatizar que, a rede relacionamentos construída até este
momento é um dos maiores patrimônios de sua carreira. Fazer uso
desta rede é uma prática cada vez mais comum entre profissionais
ativos e que comportam como atores de sua vida e não como
espectador. Alguns preferem contratar um headhunter, pagar fortunas
para ficar em casa aguardando o momento mágico da entrevista de
emprego. Mas onde fica a gestão de sua carreira, se você não é capaz
de buscar as oportunidades por si mesmo? Como você pretende evoluir
e desenvolver-se profissionalmente se não consegue superar pequenas
dificuldades de timidez, ou de insegurança? Medos e constrangimentos

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vão falar mais alto? Vão se sobrepor a uma atitude destemida e
guerreira? Como você pretende competir no mercado atual se não
consegue competir com seus próprios temores?
Estas questões servem para nos fazer entender que nossa carreira é
um patrimônio pessoal e intransferível. A nós cabe conduzir, corrigir,
evoluir, buscar e definir os rumos que melhor atendem as nossas
necessidades de realização. É indelegável o papel de condutor desta
caminhada. Ter parceiros e aliados podem fortalecer nossa possibilidade
de sucesso e facilitar a obtenção de objetivos, mas estes devem andar
apenas lado a lado.

“ FOI ESTABELECIDO CIENTIFICAMENTE QUE A MAMANGAVA NÃO PODE

VOAR.

SUA CABEÇA É GRANDE DEMAIS E SUAS ASAS PEQUENAS DEMAIS PARA

SUSTENTAR O CORPO.

SEGUNDO AS LEIS DA AERODINÂMICA, SIMPLESMENTE NÃO PODE VOAR.

MAS NINGUÉM DISSO ISSO A MAMANGAVA.....E ASSIM ELA VOA.”

(autor desconhecido)

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