Surgimento do Federalismo

O Federalismo surgiu nos Estados Unidos, em fins do Século XVIII, em 1787,

após a proclamação de independência das 13 Colônias Britânicas da América.
Durante a independência, cada colônia se tornou um Estado soberano, porém
para a proteção contra a sua antiga Metrópole estabeleceram uma
Confederação, um pacto de colaboração entre os Estados. Todavia, a qualquer
instante, os participantes poderiam se retirar do pacto, fato que fragilizava a
defesa da região. Com essa ameaça direta, os representantes de cada área se
reuniram na Filadélfia e criaram a base da Federação Norte-Americana.

Na reunião, ficou decidido que cada estado cederia parte de sua soberania a um
órgão central geral, além de proibir a retirada da federal, no caso, a secessão. A
partir desse momento foi formado os Estados Unidos da América, todos estados
autônomos entre si.

Federalismo no Brasil

O Federalismo foi introduzido no Brasil após a Proclamação da República, em

1889. Podemos dizer que o Estado Federal é uma forma de organização e de
distribuição do poder Estadual em que a existência de um Governo central não
impede que sejam divididas responsabilidades e competências entre as
subdivisões.

O Federalismo no Brasil passou por diversas mudanças durante toda sua

história. Na primeira república, após a proclamação, até 1930, o Estado
Federação ficou marcado pelo amplo domínio das Oligarquias, que eram
pequenos grupos e com grande força econômica e política no País, o
Federalismo conheceu sua máxima expressão no país, visto que, esses grupos
possuíam grandes autonomias em relação ao poder central.

Porém, durante o Governo Vargas e a Ditadura Militar, os estados perderam sua

autonomia e o poder foi centralizado e voltado para a União, esse o Governo
central. Pode ser citado como exemplo da perca de poder dos estados o controle
total do dinheiro cobrado por impostos pela central. Dessa forma, fica óbvio o
entendimento de quanto mais democrático um país é, maior será a estrutura do
federalismo.
Com o fim do Regime Militar, o Federalismo retorna com alterações.

Através da constituição "cidadã" de 1988, foi ampliada as competências dos

Estados-membros e estabelece um papel de maior destaque para os municípios,
além de uma autonomia para o distrito federal semelhante às demais unidades
da Federação.

A Federação é formada por quatro unidades, são elas- a união (Governo

Federal), com maior representante o Presidente e Vice-Presidente, o Estado,
com Governadores, os Municípios, pelos Prefeitos e o Distrito Federal com o
Governador, mesmo pelo seu pequeno tamanho e não possuir Municípios.

Diferença de Federalismo Centrífugo e Centrípeto

Para citar essa diferença, usa-se como base a diferença entre os Estados Unidos
e o Brasil. A Federação brasileira é formada através de um fragmento de um
Governo Federal, ou seja, o País que antes era unitário fragmenta-se e formam
Estados. Por ser de dentro para fora essa mudança é chamado de Federação
Centrífuga.

Já os Estados Unidos, a formação da Federação se deu de fora para dentro,

visto que, Estados independentes e soberanos se unem com ideais de proteção
em primeiro momento.

A Confederação do Equador

Uma das maiores prerrogativas do federalismo é a proibição de secessão dos

estados, portanto, a tentativa de separação é combatida.

A confederação do Equador foi um processo separatista ocorrida na província

de Pernambuco, em 1824 após a primeira continuação imposta por Dom Pedro
I, essa que limitava a autonomia presente das provinciais. Insatisfeitos com o
governo central, líderes locais, como padres fazendeiros e comerciantes
organizaram um levante separatista de Pernambuco para com a Colônia
portuguesa, recebendo o nome de Confederação do Equador, pela proximidade
à linha do Equador.
A rebelião se espalhou por outros estados do nordeste, como Ceará e Rio
Grande do Norte, porém foi derrotada pelo império. Seu principal líder, Frei
Caneca, foi morto fuzilado em 1825.

Referências

Barbosa, Antonio José. O federalismo brasileiro [S.l.: s.n.]; Senado Federal,

[21--?], Não paginado;

Gomes, Luiz Flávio- Qual a diferença entre Federação Centrípeta e

Federação Centrífuga?- 2008- https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/36136/qual-
a-diferenca-entre-federacao-centripeta-e-federacao-centrifuga- Acesso em:
18/03/2019;

Souza, Gustavo- Federalismo, sua origem, tipos e características- [S.l.:

s.n.]- http://direitoconstitucional.blog.br/federalismo-sua-origem-tipos-e-
caracteristicas/ - Acesso em: 18/03/2019