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Frederico Mendes ³
Resumo
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 Custos
Segundo Martins (2003, p.25), “O custo é um gasto relativo ao bem ou serviço
utilizado na produção de outros bens ou serviços”.
Para Marion (1994), “Custo rural agrícola compreende todos os gastos feitos desde a
preparação da terra até o ponto da colheita.”
Classificação:
Custos Diretos: Marion (1996, p.61), “são os identificados com precisão no produto
acabado, através de um sistema e um método de medição, e cujo valor é relevante, como
horas de mão-de-obra, quilos de sementes ou rações; gastos com funcionamento e
manutenção de tratores”.
Custos Indiretos: Marion (1996, p.61), “são aqueles necessários à produção,
geralmente de mais de um produto, mas alocáveis arbitrariamente, através de um sistema de
rateio, estimativas e outros meios”.
Custo Fixo: Marion (1996, p. 61), “são aqueles que permanecem inalterados em
termos físicos e de valor, independente do volume de produção e dentro de um intervalo de
tempo relevante”.
Custo variável: Marion (1996, p. 61), “são aqueles que variam em proporção direta
com o volume de produção ou área de plantio”.
Em que:
MC = Margem de Contribuição; ·.
RT = Receita Total;
CV = Custos Variáveis;
DV = Despesas variáveis;
Margem de Segurança é o excesso das vendas orçadas (ou vendas reais) sobre o
volume de vendas no ponto de equilíbrio. Ela estabelece quanto às vendas podem cair antes
de começar a ocorrer prejuízo (GARRISON e NOREEN, 2001, p.171).
Margem de Segurança = Vendas Orçadas Totais - Vendas no ponto de Equilíbrio
Ou Produção Total - Produção no ponto de Equilíbrio
Esta mudança na forma de fazer agricultura está tornando cada vez mais o produtor
rural um empresário rural, por gerenciar sua linha de produção. O que tornam as propriedades
rurais não homogêneas, ou seja, serão tratadas conforme a sua necessidade, com foco na linha
de produção especifica.
MARION (1996, p. 43) “a agricultura é definida como a arte de cultivar a terra. Arte
essa decorrente da ação do homem sobre o processo produtivo à procura da satisfação de suas
necessidades básicas”.
O setor agrícola é classificado em dois tipos de culturas: temporárias e permanentes.
Temporárias – De acordo com CREPALDI (1993, p.56) “são consideradas culturas
temporárias aquelas sujeitas ao replantio após a colheita com um período de vida curto,
normalmente não superior a um ano”. Exemplo: soja, milho, arroz, entre outras. Dessa forma
as plantações com prazo inferior a um ano, passam a ser temporárias.
Também são consideradas temporárias aquelas que tenham vida inferior a três anos,
normalmente no máximo de dois anos, desde que produzam uma única colheita.
Permanentes - Segundo CREPALDI (1993, p.56), “são consideradas culturas
permanentes as que não estão sujeitas ao replantio após a colheita, com um período de vida
longo, normalmente em torno de três a quatro anos”. Exemplo: citricultura (laranja, limão),
café, entre outras.
CREPALDI (1993), ainda ressalta que devem ser encaradas como culturas
permanentes aquelas que permanecem vinculadas ao solo, têm um prazo de maturação e
produção superior a, pelo menos um ano, produzem mais de uma vez em sua vida útil
econômica, ou mesmo as que produzem uma única vez, mas têm prazo de maturação e
produção acima do razoável, normalmente acima de dois anos.
3. ESTUDO DE CASO
3.1 Apresentação da empresa e Culturas
A pesquisa foi desenvolvida na Fazenda Nossa Sra. De Fátima situada na BR 295 em
Cristalina – GO, tal empresa foi escolhida devido a facilidade de se obter os dados para
pesquisa.
O município de Cristalina-GO é o vigésimo quarto maior município brasileiro
produtor de grãos, sua produção representa 0,42% da produção brasileira no qual é composta
de duas culturas predominantes: soja e milho, sendo que estes grãos também são os mais
produzidos no Brasil. Por isso a escolha de se analisar estas culturas. (Instituto de Economia
Agrícola – SP)
Conforme Bonato e Bonato (1987),
A soja chegou ao Brasil em 1882, oriunda dos Estados Unidos. Gustavo Dutra foi
quem realizou os primeiros estudos avaliando as cultivares que aqui foram
introduzidas. No princípio, a soja era estudada como forrageira, não se dando valor à
extração de óleo vegetal e obtenção do farelo. Apenas em 1901, foi registrado o
primeiro plantio de soja no Brasil, feito por produtores no Rio Grande do Sul, onde
se encontrou uma situação climática propícia ao cultivo.
Segundo a Wikipédia (2006),
8
40
35
30
25
20
M ar Abr M ai Jun Jul A go Set Out No v Dez Jan Fev M ar
2005 2006
CUSTOS FIXOS
CUSTOS FIXOS VALORES
Depreciação:
2 Tratores (Valor unitário de aquisição: R$ 5.000,00 semestre
R$ 50.000,00) índice de 10% a.a.
3.3 Análise
Considerando a taxa básica de juros a SELIC, o custo de oportunidade é de 16,5% a.a.,
ou seja, 7,93 ao semestre, o investimento a ser avaliado será somente os gastos com despesas
variáveis e custos fixos do período, pois neste estudo estamos avaliando qual é a melhor
alternativa para o proprietário da fazenda entre iniciar um novo cultivo, já tem todo o
maquinário necessário ou aplicar os recursos no mercado.
Com base nestas informações podemos calcular a margem de contribuição,
demonstração de resultado, mix de produção, ponto de equilíbrio contábil e econômico,
margem de segurança e o retorno sobre investimento (ROI).
Milho
R$13,40 sc 120 sc/ha R$ 1.340,40 ha 40.140 267,60 2,23
Fonte: O Autor.
b) Demonstração de Resultado
10
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
Lavoura Soja Milho Total
c) Mix de Produção
Como a fazenda produz em sua totalidade 1.750Ha de grãos, ou seja, 82.500sc de soja
e 18.000sc de milho pode se dizer que o mix de produção é:
MIX DE PRODUÇÃO
e) Margem de Segurança:
MS = Receita Total – Receita no PEC = 2.303.700 – 1.483.998 = 819.702, ou seja, a
empresa tem uma margem de segurança de 36%.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. BIBLIOGRAFIA