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No filme, "O Maquinista" ou "O Operário", o protagonista não dorme há um ano. E, nós, o
quanto valorizamos a dádiva do sono? Do descanso e da qualidade de vida? Será que em
alguma cultura antiga, algum povo chegou a brindar pelo Deus do sono?
De fato, trabalhar, consumir, ser produtivo 24 horas por dia se tornou troféu divulgado e
idolatrado em nossa sociedade. Quanto menos dormir e mais produzir, melhor.
Aí, quando nos vemos só, por um pequeno instante, o vazio nos preenche e por vezes
questionamos: onde foi, mesmo, que eu deixei a minha paz? Afinal de contas, o que estou
a fazer neste mundo?
Uns passam por uma crise existencial, outros continuam sem entender muito bem e,
outros param e reorganizam suas vidas. Pois, nunca é tarde para recomeçar!
Para parar um tempo e avaliar nossas prioridades, para levar em conta a qualidade de
nossa vida e não a quantidade, o ser e não o ter. Para começar a agradecer pelo sono de
cada dia e não se punir por ter descansado.
Para jogar fora a competição maluca que você tornou a sua vida, em busca do almejado
“SUCESSO”. Não é tarde, para dar um ponta pé, naquela inveja, que você insiste em sentir
das postagens no mundo virtual ou mesmo, diante das conquistas alheias. E, entender que
você, tem o seu tempo de realizar e ele é seu, não há comparações.
Entender que, sempre é tempo para agradecer! Agradecer pela paz que habita em seu ser,
quando a mente se esvazia. Não se culpar pelo não pensar e pelas belas noites de sono. Ao
contrário, agradecer pela dádiva de tê-lo.
Faça as pazes com o sono, se reconecte com seu próprio eu, o seu interior, a sua melhor
companhia e desfrute do prazer de existir.