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Schuster e Dias. Plano de Carreira Nos Sistemas de Gestão Público e Privado. 2012
Schuster e Dias. Plano de Carreira Nos Sistemas de Gestão Público e Privado. 2012
Resumo
Este artigo apresenta de forma sucinta um ponto de vista sobre o uso do plano de carreira nas
organizações, focando na intensa competitividade presenciada nos últimos anos, apresentando
este como uma ferramenta de gestão para o setor de recursos humanos nas organizações. É
sabido que a diferença das organizações está centrada nos talentos humanos e sua capacida-
de de gerar resultados por meio deles, com bom uso dos recursos tecnológicos disponibilizados
pela organização. Apresenta-se uma descrição do tema plano de carreira no contexto motivaci-
onal visando à reflexão acerca da influência ou não do plano ou organização da carreira na mo-
tivação dos colaboradores e seu desenvolvimento profissional, averiguando através de estudos
existentes se a ferramenta pode ser uma fonte de retenção de talentos no mercado de trabalho.
Em relação às considerações sobre o tema, cabe destacar que o plano de carreira pode ser um
atrativo nas organizações para a busca e retenção de talentos corporativos no cenário competi-
tivo, dependendo apenas da opção de uso dela ou não dentro do plano de gestão da organiza-
ção.
Palavras-chave: Motivação, Plano de Carreira, Desenvolvimento de Pessoal.
tação para melhor desenvolver suas tarefas zação. Com isso, é possível considerar que
sem ter grandes receios de perda deste ser- cada vez mais se torna necessário à área de
vidor para outra organização, além de pro- recursos humanos se preocupar com a medi-
porcionar o atendimento de um número maior ção das suas ações, dando cada vez mais
de necessidades extrínsecas, como salário, suporte as decisões organizacionais e aos
estabilidade no cargo, relações interpessoais colaboradores em geral.
e também alguns fatores intrínsecos como o A palavra Motivação no dicionário Mi-
reconhecimento e a visualização do desen- chaelis é descrita como uma espécie de
volvimento na carreira, ligadas a motivação energia psicológica ou tensão que põem em
dos trabalhadores. movimento o organismo humano. Segundo
Montana e Charnov (2003) “a motivação po-
2.2 Motivação de ser descrita como o processo de estimular
um indivíduo para empreender ação que
Com diversas mudanças ocorridas no conduza à satisfação de uma necessidade ou
panorama organizacional e a inserção da à realização de uma meta desejada”.
preocupação humana nas indústrias surgem Para Araujo e Garcia (2009) a motivação
novas necessidades desafiando os gestores. para o trabalho dependerá do significado que
Por volta de 1 950, a partir dessas novas ne- cada qual atribui a uma determinada ativida-
cessidades fomentadas a escola de relações de. Para os mesmos autores a motivação é
humanas começa a ganhar força, o compor- um fator independente de fatores externos
tamento passa a ser uma variável importante caracterizado pela automotivação, afirmando
e área humana e comportamental desempe- que ninguém motiva ninguém, mas é neces-
nha um papel de mediação e gestão de pes- sário proporcionar condições que satisfaçam
soal. ao mesmo tempo necessidades, objetivos e
O principal foco da escola comportamen- perspectivas das pessoas nas organizações,
tal foram às pressuposições sobre a motiva- ou seja, a motivação é algo intrínseco.
ção humana e os mecanismos motivacionais De acordo com Bergamini (1 997 como
para obter os melhores resultados das pes- citado em Araujo & Garcia, 2009), não é pos-
soas. Segundo Robbins (2005) a motivação é sível motivar quem quer que seja, pois as
o resultado advindo da interação do indivíduo pessoas já trazem dentro de si expectativas
com uma determinada situação, já, Bateman pessoais que ativam ou não determinado tipo
e Snell (2006) estabelecem a motivação co- de busca de objetivos.
mo às forças que direcionam, energizam e A motivação extrínseca é tida como a re-
proporcionam os esforços de uma pessoa. lação que as pessoas fazem sobre incentivos
Segundo Montana e Charnov (2003), a externos e motivação dos trabalhadores, co-
abordagem comportamental enfatiza que a mo por exemplo, aumento de salários e be-
administração eficaz virá da compreensão nefícios extras. Dentre tantas teorias
das necessidades do colaborador dentro e motivacionais estudadas e apresentadas a
fora da organização. A busca das empresas partir da década de 1 950, neste artigo serão
por melhorar cada vez mais sua participação trabalhadas três, escolhidas por suas refe-
de mercado e competitividade, levou a con- rências entre si e a relação direta com o tra-
cluir que não é possível fazer isso contando balho, serão apresentadas as teorias da
apenas com a organização, seus processos Hierarquia de Necessidades de Maslow, a
e estrutura, mas que precisam de colabora- Teoria de Higiene Motivação de Herzberg e a
dores motivados e satisfeitos com a organi- Teoria de ERC de Alderfer.