ANÁLISE ERGONÔMICA NO PROCESSO DE DESPEJO DE VIDRO NUMA LINHA
DE PRODUÇÃO DE CERVEJA. Priscila Costa¹ Aline Oliveira² Erika Guedes³ RESUMO Introdução: A ergonomia visa melhorar o trabalho humano estudando as diversas capacidades do homem para realização das atividades (MÁSCULO, 2013). O presente estudo tem como objetivo principal realizar uma análise nos problemas ergonômicos no descarte de vidro numa linha de produção de cerveja e sugerir medidas para otimização do bem-estar dos colaboradores. A linha de produção é composta por treze colaboradores alocados em seis pontos de trabalho onde os produtos seguem em esteiras para cada uma das nove máquinas, caso haja refugo, o vidro é descartado em carrinhos de coleta ou garrafeiras, para serem despejados numa caçamba no fundo da linha. A atividade de descarte do vidro é realizada durante sete horas e consiste em retirar todo vidro rejeitado e destinar as garrafeiras ou carrinhos localizados ao lado das máquinas. O movimento repetitivo de elevar as garrafeiras para despejar na caçamba e de movimentar o carrinho até o final da linha vem causando aumento de queixas de dores nos braços, ombros e lombar durante a realização dessas atividades, já que o esforço físico submete o corpo a diversas possíveis lesões. Os principais fatores que desencadeiam as lesões ou sensações de desconforto nas atividades do trabalhador são posturas inadequadas, necessidade de aplicação de força, repetitividade, duração (JUNIOR, 2006). Os métodos utilizados para análise ergonômica foram entrevistas e observação dos movimentos dos operadores desempenhando as atividades nos postos de trabalho. Lima (2003) afirma que a observação é o método mais utilizado numa análise ergonômica, pois permite a abordagem global da atividade. Observou-se que alguns fatores contribuíam para a elevação no número de queixas: carrinhos sem rodas adequadas e uso de garrafeiras para transporte ao fundo da linha, gerando esforço repetitivo no despejo. Dentre as ações sugeridas para redução dos problemas causados pela atividade estão: troca das rodas dos carrinhos por outras maiores e com trava e a eliminação do uso de garrafeiras para transporte do vidro ao fundo da linha, retirando assim a tensão e peso no movimento de despejo do resíduo nas caçambas.
Referências: ABEPRO. Boletim informativo da Associação Brasileira de Engenharia de Produção, 1999. JUNIOR, M. C. Avaliação ergonômica. Revista Produção Online, v. 6, 2006. LIMA, João Ademar de A. Metodologia de Análise Ergonômica. João Pessoa: UFPB, 2003. MÁSCULO, Francisco Soares. Ergonomia. João Pessoa: UFPB/CT/DEP, 2003
¹ Autora, graduanda em engenharia de produção, pgccosta@hotmail.com
² Coautora, graduanda em engenharia de produção, alinek.santos@outlook.com ³ Coautora, graduanda em engenharia de produção, erikaguedes6@gmail.com