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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao

longo da sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade


escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema: “A era da internet e o cuidado com
as informações falsas”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa do seu ponto de vista.

TEXTO I

Em tempo recorde, o termo que descrevia um fenômeno de mídia social se tornou um


jargão jornalístico e também sinônimo de difamação.
Mas como a expressão fake news evoluiu - e o que vem pela frente no mundo da
desinformação?
Em meados de 2016, o editor de mídia do site Buzzfeed, Craig Silvermann, identificou
uma onda de histórias completamente inventadas que pareciam ter sido originadas em
uma pequena cidade do leste europeu.
"Acabamos descobrindo um conjunto de sites, todos registrados na cidade de Veles, na
Macedônia", lembra Silvermann.
Ele e um colega começaram a investigar e, pouco antes da eleição americana,
constataram a existência de pelo menos 140 sites de notícias falsas, que estavam
atraindo muitos cliques no Facebook.
Os jovens de Veles podiam não ter interesse na política americana, mas, por causa do
dinheiro proveniente da publicidade online, queriam que suas histórias fictícias
reverberassem nas redes sociais. A eleição presidencial americana - e especificamente
Donald Trump - eram perfeitos para isso.
Neste contexto, os macedônios e outros criadores de notícias falsas criaram
deliberadamente reportagens com títulos como: "Papa Francisco choca o mundo e apoia
Donald Trump" e "Agente do FBI suspeito no caso de e-mails vazados de Hillary é
encontrado morto em um aparente caso de suicídio-assassinato".
Todas completamente inventadas.
E assim começou a se propagar o termo fake news.
O que possibilitou a versão moderna das fake news, ou a desinformação, foi o
crescimento explosivo das redes sociais.
O que fazer então? A checagem de notícias funciona, diz Alexios Mantzarlis, mas uma
solução automatizada não é a única resposta.
"Estamos anunciando a checagem de dados feita por robôs há 20 anos e não estamos
nem um pouco perto disso (de resolver o problema)", afirma.
"O que se pode fazer é ajudar as pessoas, os jornalistas, a identificar alegações suspeitas
e a acessar mais rapidamente os dados que precisam verificar."
Nem todas as instituições de checagem de notícias no mundo juntas serão capazes de
derrotar sozinhas cada notícia falsa. E embora haja dúvidas quanto à eficácia da
checagem de dados, Mantzarlis acredita que esse trabalho tem um impacto importante.
"O que vimos nos últimos dois anos é que, independentemente de sua preferência
política, quando as pessoas leem uma notícia falsa e depois sua correção, elas deixam de
acreditar na notícia falsa."

Segundo ele, as pessoas podem ser resistentes aos fatos, mas poucas são imunes a eles.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-42779796

TEXTO II

O combate às chamadas fake news (notícias falsas, em inglês) terá um novo capítulo
nesta eleição: o usuário de redes sociais que publicar ou compartilhar notícias falsas
poderá ter o conteúdo retirado do ar.
A previsão consta das resoluções publicadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
para a campanha deste ano e é mais uma ação da Justiça Eleitoral no cerco às notícias
falsas.
O termo em inglês é usado para identificar publicações feitas com o intuito de aparentar
veracidade, mas com o objetivo oculto de enganar o leitor, comumente para gerar algum
benefício a terceiros. É o caso de fatos inverídicos atribuídos a candidatos com a
intenção de beneficiar os na corrida eleitoral.
Ao tratar da campanha na internet, a resolução do TSE afirma que a "divulgação de
fatos sabidamente inverídicos" poderá ser punida com a retirada do conteúdo do ar. "A
livre manifestação do pensamento do eleitor identificado ou identificável na internet
somente é passível de limitação quando ocorrer ofensa à honra de terceiros ou
divulgação de fatos sabidamente inverídicos", diz dispositivo da resolução.
Especialistas em direito eleitoral afirmam que, com isso, o TSE visa coibir a
disseminação de notícias falsas, embora ainda não esteja certo se a Justiça Eleitoral terá
fôlego para fazer frente à prática que costuma se intensifica no período eleitoral.
Quem compartilhar conteúdo classificado como fake news também pode receber a
punição, segundo afirma a professora de direito eleitoral do IDP (Instituto Brasiliense
de Direito Público) de São Paulo Karina Kufa.
"O eleitor tem que tomar muito cuidado até mesmo na hora de compartilhar notícias
falsas, por que o mero compartilhamento também gera dano ao ofendido", afirma
Karina Kufa.
Os professores alertam ainda que a publicação de fatos inverídicos que ofendam a honra
de candidatos --o que poderia configurar calúnia, injúria ou difamação eleitoral-- pode
levar à aplicação de multa contra o autor da postagem.
Os critérios para definir o que são fatos que ofendem a honra serão avaliados caso a
caso pelo juiz eleitoral que julgar a representação do candidato ou partido.

Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/01/11/justica-


eleitoral-pode-punir-quem-publicar-fake-news-em-redes-sociais.htm
TEXTO III

Disponível em: http://paduacampos.com.br/2012/2018/04/16/charge-na-onda-dos-fake-


news/

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