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TEXTO I
Segundo ele, as pessoas podem ser resistentes aos fatos, mas poucas são imunes a eles.
TEXTO II
O combate às chamadas fake news (notícias falsas, em inglês) terá um novo capítulo
nesta eleição: o usuário de redes sociais que publicar ou compartilhar notícias falsas
poderá ter o conteúdo retirado do ar.
A previsão consta das resoluções publicadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
para a campanha deste ano e é mais uma ação da Justiça Eleitoral no cerco às notícias
falsas.
O termo em inglês é usado para identificar publicações feitas com o intuito de aparentar
veracidade, mas com o objetivo oculto de enganar o leitor, comumente para gerar algum
benefício a terceiros. É o caso de fatos inverídicos atribuídos a candidatos com a
intenção de beneficiar os na corrida eleitoral.
Ao tratar da campanha na internet, a resolução do TSE afirma que a "divulgação de
fatos sabidamente inverídicos" poderá ser punida com a retirada do conteúdo do ar. "A
livre manifestação do pensamento do eleitor identificado ou identificável na internet
somente é passível de limitação quando ocorrer ofensa à honra de terceiros ou
divulgação de fatos sabidamente inverídicos", diz dispositivo da resolução.
Especialistas em direito eleitoral afirmam que, com isso, o TSE visa coibir a
disseminação de notícias falsas, embora ainda não esteja certo se a Justiça Eleitoral terá
fôlego para fazer frente à prática que costuma se intensifica no período eleitoral.
Quem compartilhar conteúdo classificado como fake news também pode receber a
punição, segundo afirma a professora de direito eleitoral do IDP (Instituto Brasiliense
de Direito Público) de São Paulo Karina Kufa.
"O eleitor tem que tomar muito cuidado até mesmo na hora de compartilhar notícias
falsas, por que o mero compartilhamento também gera dano ao ofendido", afirma
Karina Kufa.
Os professores alertam ainda que a publicação de fatos inverídicos que ofendam a honra
de candidatos --o que poderia configurar calúnia, injúria ou difamação eleitoral-- pode
levar à aplicação de multa contra o autor da postagem.
Os critérios para definir o que são fatos que ofendem a honra serão avaliados caso a
caso pelo juiz eleitoral que julgar a representação do candidato ou partido.