Você está na página 1de 3

DESPACHO DO DIRETOR PRESIDENTE N.

º 37-E DE 17 DE ABRIL DE 2019

Interessado (s): Agência Nacional do Cinema - Ancine

Assunto: Acórdão nº 721/2019-TCU-Plenário.

À Secretaria de Políticas de Financiamento - SEF

À Superintendência de Fomento - SFO

À Superintendência de Desenvolvimento Econômico - SDE

À Assessoria Internacional - AIN

À Secretaria de Gestão Interna - SGI

Introdução:
Conforme definido em reunião realizada com as áreas técnicas envolvidas no dia 17/04/2019, o Gabinete do
Diretor-Presidente, a Auditoria Interna e a Procuradoria Federal junto à Ancine informam que a
Agência pretende recorrer do acórdão 721/2019 do TCU, por meio de Embargos de Declaração e, após, por
meio de recurso referente a todas as questões de mérito.
Entre os itens objeto dos Embargos de Declaração, estão todas as referências à apresentação de Plano de
Ação, que já foi encaminhado ao TCU, ainda em 2018. A análise e deliberação pelo órgão de controle
externo do Plano e Ação da Ancine é pré-requisito inescapável para a mensuração responsável, pela Ancine,
de sua capacidade operacional. Da mesma forma, os Embargos de Declaração tratarão de
omissões/contradições/obscuridades acerca dos itens 9.4 e 9.5 do acórdão, cujas extensões de aplicação são
de difícil interpretação pela Ancine.
O recurso quanto ao mérito pode lograr alteração da decisão do TCU, buscando a segurança jurídica e as
características do modelo de negócios do setor audiovisual nas análises de acompanhamento e prestação de
contas, assegurando a aplicação das regras vigentes no momento de execução dos projetos, bem como
protegendo a operação da Agência, baseada em critérios e entendimentos exarados ao longo dos anos.
Da mesma forma, será pleiteado ao TCU imediata concessão de efeito suspensivo dos itens impugnados do
acórdão.
Ainda assim, diante do caráter cogente das determinações do TCU e da necessidade de preservar a Agência
e, principalmente, seus servidores, opta-se por recomendar às áreas que organizem a sua força de trabalho a
partir das seguintes diretrizes:

Sobre os procedimentos e análises de competência da SFO:


1) Em decorrência do item 9.4 do Acórdão 721/2019, por interpretação literal, suspensão do
encaminhamento, pelos proponentes, de novos pedidos de Aprovação e de Aprovação com Análise
Complementar, com bloqueio da funcionalidade no sistema SANFOM pela SGI;
2) Em decorrência do item 9.4 do Acórdão 721/2019, por interpretação literal, suspensão das decisões
e publicações acerca dos pedidos existentes de Aprovação e de Aprovação com Análise Complementar;
3) Em decorrência do item 9.4 do Acórdão 721/2019, por uma interpretação que se pode
considerar conservadora e extensiva, suspensão das decisões acerca das Primeiras Liberações de
Recursos. Justifica-se a medida porque os prazos de execução dos projetos audiovisuais são contados da
Primeira Liberação de Recursos, demarcando, por essa interpretação, a celebração de "acordo" quanto a
execução dos projetos e sua decorrente prestação de contas.
4) Suspensão das decisões de análises que tenham como objetivo viabilizar uma primeira liberação;
5) Suspensão da aprovação de análises que se baseiem em informações exclusivamente declaratórias;
6) Suspensão das deliberações de análises orçamentárias às quais sejam aplicáveis as determinações do
acórdão 721/2019. As Análises devem ser realizadas pela CAC, que deve destacar os itens de análise sub
judice, para deliberação posterior ao julgamento dos recursos contra o acórdão.
7) Suspensão das deliberações de análises de prestação de contas às quais sejam aplicáveis
as determinações do acórdão 721/2019. As Análises devem ser realizadas pela CPC, que deve destacar os
itens de análise sub judice, para deliberação posterior ao julgamento dos recursos contra o acórdão.

Sobre os procedimentos e análises relacionadas ao Fomento Direto e ao Fundo


Setorial do Audiovisual:

1) Suspensão das publicações de resultado final dos processos seletivos em andamento, assim como a
publicação de novos contratos. A condução do processamento das análises em andamento seguirá a
orientação de cada unidade, que deverá observar o princípio da economia processual.
2) As atividades de seleção podem ser realizadas normalmente, incluindo decisões do Comitê de
Investimentos, desde que não gerem despesas com pareceristas ou comissões de seleção que ainda não
tenham sido autorizadas.
3) Os pedidos de contratação dos projetos já selecionados e as solicitações de destinação de projetos do
SUAT permanecem sendo recebidos pelo sistema e suas análises podem ser realizadas normalmente,
devendo permanecer suspensa a emissão dos ofícios de autorização de contratação ao BRDE. O mesmo
se aplica aos projetos atualmente em processo de análise de destinação ou contratação. Os projetos já em
contratação no BRDE também poderão seguir suas análises, sem que, no entanto, os extratos dos
contratos sejam publicados.
4) Os desembolsos dos recursos dos projetos cujos contratos foram publicados até a data do presente
Despacho (18/04/2019) podem ser autorizados e realizados normalmente, uma vez que representam
continuidade de avenças acordadas antes da notificação.
5) No que se refere aos Coinvestimentos Regionais, não serão assinados novos Termos de
Complementação. As análises dos editais referentes às ações de Termos já assinados podem seguir
normalmente, mas não deverá ser autorizada publicação de nenhum edital que envolva a parcela de
recursos do FSA.
6) Em relação aos programas de apoio geridos pela AIN, novas concessões poderão ser aprovadas apenas
na proporção das prestações de contas que forem finalizadas em cada programa.
Conclusão:

Diante das diretrizes acima, as superintendências podem se organizar com autonomia para realizar
realocações temporárias de servidores entre suas coordenações, em sistemática a ser estabelecida pela
própria unidade, de forma que não haja força de trabalho ociosa e que as atividades que não serão suspensas
tenham trâmite normal.
Recomendamos, com fundamento nos incisos I, III e IX do art. 17 do Regimento Interno, que as áreas se
organizem imediatamente a partir das diretrizes apontadas, sem prejuízo do encaminhamento da questão para
análise pelo Colegiado na Reunião De Diretoria Colegiada n.º 722-E/2019.

Atenciosamente,

CHRISTIAN DE CASTRO
Diretor-Presidente
Ancine

Documento assinado eletronicamente por Chris an de Castro Oliveira, Diretor-Presidente, em


18/04/2019, às 18:42, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 11 da RDC/ANCINE
nº 66 de 1º de outubro de 2015.

A auten cidade deste documento pode ser conferida no site


h p://sei.ancine.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 , informando o código verificador 1273368 e o
código CRC 07302E63.

Referência: Processo nº 01416.003847/2019-45 SEI nº 1273368

Você também pode gostar