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TÓPICOS AVANÇADOS

EM FINANÇAS
ALUNOS:
DOUGLAS TOMAZELLI
GABRIEL FRANA
GUILHERME ADAMO
HENRIQUE COVATTI
JULIA CASAGRANDE
PEDRO GURKEVICZ RIBEIRO
SISTEMA
FINANCEIRO
NACIONAL

(CAP 1 DE “O MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS


BRASILEIRO. 3. ED. RJ, 2014”)
SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL
Agentes econômicos

• Famílias

• Empresas

• Governo
SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL
SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL
O MERCADO DE
CAPITAIS
No mercado de crédito, as instituições financeiras
captam recursos dos poupadores e os emprestam aos
tomadores, assumindo os riscos da operação. São
remuneradas por uma diferença entre as taxas de captação e
de aplicação desses recursos. No mercado de capitais, por
outro lado, os agentes superavitários emprestam seus
recursos diretamente aos agentes deficitários. Porém, as
operações ocorrem sempre com a intermediação de uma
instituição financeira
O MERCADO DE
CAPITAIS

No entanto, nesse mercado, essas instituições atuam


principalmente como prestadoras de serviços, estruturando
as operações, assessorando na formação de preços,
oferecendo liquidez, captando clientes, distribuindo os
valores mobiliários no mercado, entre outros trabalhos. São
remuneradas pelo serviço prestado.
O MERCADO DE
CAPITAIS
Os investidores, ao emprestarem seus recursos diretamente
para as empresas, adquirem títulos, que representam as
condições estabelecidas no negócio, chamados de valores
mobiliários.
As instituições financeiras que atuam como prestadoras de
serviços não assumem a responsabilidade pelo cumprimento
das obrigações estabelecidas e formalizadas pelos
emissores.
O MERCADO DE
CAPITAIS
• Utilização de recursos próprios, como os lucros
acumulados pela companhia.
• Contratação de financiamento bancário, através das
linhas de crédito tradicionais ou linhas de financiamento
governamentais, como o BNDES.
• Utilização do mercado de capitais, por meio de emissão
pública de títulos diretamente aos investidores.
O MERCADO DE
CAPITAIS
Conceitua-se o mercado de capitais, portanto, como o
segmento do mercado financeiro em que são criadas as
condições para que as empresas captem recursos
diretamente dos investidores, através da emissão de
instrumentos financeiros, com o objetivo principal de
financiar suas atividades ou viabilizar projetos de
investimentos.
CRIMES CONTRA O SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
Os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de
dinheiro encontram específica previsão no ordenamento jurídico
brasileiro;

Crimes do Colarinho Branco (Lei nº 7.492/86)


Imprimir, reproduzir ou pôr em circulação, sem autorização,
certificado, cautela ou outro documento representativo de título
ou valor mobiliário;
Emitir, oferecer ou negociar, de qualquer modo, títulos ou valores
mobiliá- rios falsos, sem registro, sem lastro ou sem autorização;
Divulgar informação falsa ou prejudicialmente incompleta sobre
instituição financeira;
Gerir fraudulentamente instituição financeira;
Apropriar-se ou desviar em proveito próprio ou alheio, como
administrador de instituição financeira, dinheiro, título, valor ou
qualquer outro bem móvel de que tenha a posse;
Induzir ou manter em erro sócio, investidor ou repartição pública
competente relativamente à operação ou situação financeira,
sonegando-lhe informa- ção ou prestando-a falsamente;
Fazer inserir elemento falso ou omitir elemento exigido pela
legislação em demonstrativos contábeis de instituição financeira,
seguradora ou instituição in- tegrante do sistema de distribuição
de títulos de valores mobiliários;
Obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira.
Crimes contra o Mercado de Valores
Mobiliários

Para preencher certas lacunas, a Lei nº 10.303/01 alterou a Lei nº


6.385/76, prevendo três delitos voltados à tutela do regular
funcionamento do mercado de valores mobiliários:

Manipulação de Mercado;
Uso Indevido de Informação Privilegiada
Exercício Irregular de Cargo, Profissão, Atividade ou Função
Crime de Lavagem de Dinheiro
“Lavar” dinheiro significa ocultar ou dissimular a natureza,
origem, localiza- ção, disposição, movimentação ou a propriedade
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente,
de crime;

Buscam a incorporação do dinheiro na economia do país, a partir


de três fases:

Colocação
Ocultação
integração
No Brasil existe uma unidade de inteligência financeira chamada
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que
trabalha integrada com o Ministério da Fazenda no combate à
lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo

O COAF também coordena a participação do Brasil em várias


organizações internacionais relacionadas a esse tema

Outras autoridades participantes: Polícia Federal, a Re- ceita


Federal, a Controladoria-Geral da União, o Ministério Público, a
CVM e o BCB, trabalham em conjunto da Estratégia Nacional de
Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA).
COMISSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS
História do Mercado de Capitais no Brasil

Final da década de 1950 – Lei da Usura;


Abril de 1964 iniciou um programa de grandes
reformas na economia nacional:
• Lei nº 4.537/64
• Lei nº 4.595/64
• Lei nº 4.728/65 – Lei de Mercado de Capitais
• Reformulação da legislação sobre Bolsa de Valores;
• Transformação dos corretores de fundos públicos em
Sociedades Corretoras;
• Criação dos Bancos de Investimento
• “Boom de 1971“
• Vários outros incentivos foram adotados
visando incentivar o crescimento do
mercado:
• a isenção fiscal dos ganhos obtidos em bolsa de valores;
• Programas de financiamento a juros subsidiados efetuados pelo
BNDES aos subscritores de ações distribuídas publicamente

• Foi dentro desse quadro de estagnação e tentativa


de recuperação do mercado acionário que, em 1976,
foram introduzidas duas novas normas legais,
ainda em vigor:
• Lei nº 6.404/76, nova Lei das Sociedades por ações;

• Segunda Lei do Mercado de Capitais


COMISSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS
O que é?

Entidade autárquica (entes administrativos autônomos criados


por lei), em regime especial, criada com a finalidade de
disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores
mobiliários.
COMISSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS

Estrutura

• Sede na cidade do Rio de Janeiro;


• Administrada por um Presidente e quatro Diretores,
nomeados pelo Presidente da República;
• O Presidente e a Diretoria constituem o Colegiado que
define políticas e estabelece práticas a serem
implantadas.
A CVM TÊM COMO OBJETIVOS:
Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores
mobiliários;

Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do


mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações
do capital social de companhias abertas sob controle de capitais
privados nacionais;

Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de


bolsa e de balcão;

Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do


mercado contra emissões irregulares de valores mobiliários, contra
atos ilegais de administradores e acionistas das companhias abertas,
ou de administradores de carteira de valores mobiliários e contra o
uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores
mobiliários.
Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas
a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos
valores mobiliários negociados no mercado;

Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores


mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido;

Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no


mercado de valores mobiliários;

Assegurar a observância no mercado, das condições de utilização


de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.
ENTRE AS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS
ATRIBUÍDAS PELA LEI À CVM, CABE
DESTACAR:

Regulamentar as matérias expressamente previstas nas Leis


6385/76 (Lei da Sociedade por Ações);
Realizar atividades de credenciamento, registro e fiscalização de
auditores independentes, administradores de carteiras, analistas
e consultores de valores mobiliários, agentes autônomos, entre
outros;
Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas, os fundos de
investimento e demais atividades e serviços do mercado de
valores mobiliários;
Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais e práticas
não equitativas de administradores de companhias abertas e de
quaisquer participantes do mercado de valores mobiliários,
aplicando as penalidades previstas em lei.
É importante destacar que a CVM não tem competência para
determinar o ressarcimento de eventuais prejuízos sofridos
pelos investidores em decorrência da ação ou omissão de
agentes do mercado
A AÇÃO FISCALIZADORA E OS
PODERES DA CVM

o poder normativo, através do qual a CVM regula a atuação


dos diversos agentes do mercado.

poder punitivo, através do qual, assegurado o direito de


ampla defesa, permite a penalização de quem descumpre as
normas baixadas pelo órgão ou de quem pratica atos
fraudulentos no mercado.
QUE TIPOS DE
PENALIDADES

• Advertência
• Multa
• suspensão ou inabilitação para o exercício do cargo e
suspensão ou cassação da autorização ou do registro
• proibição temporária por prazo determinado
ALEM DE TODAS ESSAS
PENALIDADES A CVM INSTITUIU O
TEMPO DE COMPROMISSO

possibilita a suspensão do procedimento administrativo,


desde que o acusado interrompa a prática do ato ilícito e
indenize os prejudicados.

CVM tem também a responsabilidade de denunciar ao


Ministério Público a ocorrência de indícios de ilícito fiscal.
NORMATIZAÇÃO E
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Baixas das normatizações com vinculação a legislação
prévia e explicitação ao mercado
Livre manifestação em ação direta nas normas
Eficiência: Debates e ajustes a realidade
Audiência pública:
• Disposição aos interessados
• Compreensão
• Adesão
• Baixa
REGULAÇÃO
Coerência das normas para com as expectativas dos
atingidos
Fundamentos da regulação:
• Interesse Público
• Confiabilidade
• Eficiência do Mercado
• Competitividade
• Mercado Livre
AUTORREGULAÇÃO
Descentralização do poder de normatizar

A ação eficaz do órgão regulador sobre os participantes do


mercado de valores mobiliários implica em custos
excessivamente altos quando se busca aumentar a eficiência e
abrangência dessa ação.
Uma entidade autorreguladora, pela sua proximidade das
atividades do mercado e melhor conhecimento das mesmas,
dispõe de maior sensibilidade para avaliá-las e normatizá-las,
podendo agir com maior celeridade e a custos moderados.
A elaboração e o estabelecimento, pela própria comunidade,
das normas que disciplinam suas atividades fazem com que a
aceitação dessas normas aumente e a comunidade se sinta
mais responsável no seu cumprimento, diminuindo a
necessidade de intervenção do órgão regulador
PARTICIPAÇÃO EM
ORGANISMOS
INTERNACIONAIS
IOSCO – International Organization of Securities Commissions
• CVM foi uma das fundadoras e sediou duas reuniões anuais;
COSRA - Council of the Securities Regulators of the Americas
• CVM presidiu o conselho de 1995 a 1997;
MERCOSUL
• CVM é membro da Comissão de Mercado de Capitais do
subgrupo de trabalho 4 que trata sobre assuntos financeiros;
ECG – Enlarged Contact Group on the Supervision of
Investment Funds
• CVM é membro desde 1996 após estudos intensos sobre a
indústria de fundos brasileira

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