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Depto de Engenharia de Materiais - EPUSP - andre.luis.carvalho@poli.usp.br
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Departamento de Engenharia de Materiais – EPUSP, Av. Prof. Lineu Prestes, 580, Cep: 05508-900 São Paulo – SP –
hwiebeck@usp.br
Poly(methyl methacrylate) sheet can be modified adding a cross-linking agent and a plasticizer, its deformation and
wall thickness distribution are increased during thermoforming. The modification in intermolecular interaction, adding
different amount of cross linking agent (tegdma) and a plasticizer (dop), has an effect in network polymer system
making strong or weak the intermolecular interaction and moving away its macromolecules respectively. Using
different temperatures and the same strain rate during thermoforming, samples with different amounts of tegdma and a
fixed amount of dop was carried out, its properties and the processing by thermoforming was characterized. The result
has showed an increase in strain above a certain temperature band and the sheet properties as hardness, Vicat softness
temperature showed sensible changes.
Introdução
A cinética de reação de polimerização do PMMA, como proposto por W. H. Carother em
1929 e considerado até hoje é a poliadição ou polimerização em cadeia, em que consiste a formação
de uma cadeia polimérica completa, através da instabilização da dupla ligação de um monômero e
sua sucessiva reação com outras ligações duplas de outras moléculas de monômeros (1,2). Por meio
desta reação, chapas de PMMA podem ser polimerizadas entre placas de vidro. Um sistema líquido
de oligômero, onde iniciador de reação, controlador de tamanho de cadeia e agente promotore de
ligações cruzadas são utilizados para formar as macromoléculas lineares (ou ramificadas) de
PMMA. Um polímero vítreo é então obtido após a reação de polimerização (3).
Modificações em PMMA durante a polimerização, adicionando diferentes tipos e quantidades
de agentes promotores de ligações cruzadas é alvo de interesse de inúmeros trabalhos científicos
que, por meio de caracterizações compararam seu desempenho contra o PMMA sem modificações e
outros materiais (4,5,6,7,8). Outros trabalhos em que plastificantes foram usados em adição ao
PMMA (9,10), mostraram que o principal efeito, conseqüente ao afastamento intermolecular, está
associado ao abaixamento da temperatura de transição vítrea (Tg).
Experimental
Materiais e Método
Materiais
Os materiais utilizados para a formulação das amostras foram monômero de metacrilato de
metila (MMA) da Proquigel Química SA, di(2-etil hexil) ftalato (dop) Elekeiroz Indústrias
Químicas SA e trietileno glicol dimetacrilato (tegdma) Degussa Química SA.
Método
Amostras de chapas do tipo fundidas com medidas de 1000 x 2000mm de lados e 3mm de
espessura foram polimerizadas com o monômero de MMA, onde adicionou-se os componentes de
reação, como iniciador de polimerização, catalisador, tegdma, dop, terminador de reação e
pigmentos para cor branca. As amostras foram envasadas em moldes e levadas a estufas de ar
aquecido a 43°C, onde permanecem por 4h e após elevou-se à temperatura a 100°C por 1h. As
formulações utilizadas para o trabalho são apresentadas na tabela abaixo.
1 8 0 ºC
80 1 9 0 ºC
d e f r o m a ç ã o m é d ia ( m m )
n a d e fo r m a ç ã o
70
60
50
40
30
e s to u r a r a m
20
10
0
C T F 1 C T F 2 C T F 3 C T F 4 C T F 5 C T
f o r m u la ç ã o
a b
Figura 2- Foto do resultado da termoformagem das respectivas formulações a 180 (a) e 190°C (b)
a) b)
Figura 3- Detalhe dos resultado das deformações a) CTF5 a 185ºC, b) CTF2 a 192ºC
Ensaio de tração
4 0
40
te n s ã o (M P a )
te n s ã o ( M P a )
3 0
30
C T F 2
2 0 C T F 1
20
1 0
10
0
0
0 ,0 0 ,5 1 ,0 1 ,5 2 ,0 2 ,5 3 ,0 3 ,5 4 ,0 4 ,5
0 ,0 0 ,5 1 ,0 1 ,5 2 ,0 2 ,5 3 ,0 3 ,5 4 ,0 4 ,5
d e fo rm a ç ã o (% )
d e fo rm a ç ã o (% )
Figura 4- Curva de tração obtida para 5 Figura 5- Curva de tração obtida para 5
corpos-de-prova da formulação CTF1 corpos-de-prova da formulação CTF2
60
40
50
te n s ã o ( M P a )
te n s ã o (M P a )
40 30
30
20 F T F 4
20 C T F 3
10
10
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
d e fo rm a ç ã o (% ) d e fo r m a ç ã o (% )
Figura 6- Curva de tração obtida para 5 Figura 7- Curva de tração obtida para 5
corpos-de-prova da formulação CTF3 corpos-de-prova da formulação CTF4
40 50
35
40
30
te n s ã o (M P a )
te n s ã o (M P a )
25
30
20
C T F 5
15 20
C T
10
10
5
0
0
0 1 2 3 4 5 6 7
0 ,0 0 ,5 1 ,0 1 ,5 2 ,0
d e fo r m a ç ã o (% )
d e fo rm a ç ã o (% )
Figura 8- Curva de tração obtida para 5 Figura 9- Curva de tração obtida para 5
corpos-de-prova da formulação CTF5 corpos-de-prova da formulação CT
tensão de escoamento (MPa) 50,54 0,69 54,94 1,03 51,92 1,9 38,86 1,53 39,61 0,78 46,76 1,81
deformação de escoamento
3,70 0,49 4,08 0,28 4,35 0,08 3,05 0,05 3,08 0,03 1,98 0,06
(%)
tensão na ruptura
50,35 0,80 54,88 1,00 51,76 1,92 32,24 3,71 37,06 1,61 46,76 1,81
(Mpa)
defrormação na rupturta
3,62 0,52 4,06 0,35 4,69 0,21 7,53 1,59 4,70 1,31 1,98 0,06
(%)
módulo elástico a 0,25%
2,52 0,32 2,55 0,20 2,29 0,18 2,00 0,11 2,06 0,09 2,81 0,15
(GPa)
A caracterização por tração mostra o efeito evidente da adição de tegdma e dop em relação à
formulação CT sem nenhuma modificação.
O módulo de rigidez foi afetado tanto pela adição do tegdma quanto pela adição de dop, mas
o efeito de queda do módulo é mais sensível nas formulações com dop (CTF4 e CTF5).
A diminuição do módulo em função da adição gradativa de tegdma não mostra nenhuma
relação direta. Para as duas formulações com plastificante o maior valor do módulo aparece
ligeiramente maior para a CTF5 (0,17% de tegdma).
Ainda, analisando o formato das curvas, as conseqüências da adição de tegdma tornam-se
evidentes a medida que gradualmente o agente promotor de ligações cruzadas foi adicionado às
formulações o desvio padrão da elongações na ruptura aumenta crescentemente. Desta forma ficam
bem caracterizados os desvios padrões das formulações CTF3 e CT como os menores entre as seis
formulações. Ainda é observado que o efeito da quantidade crescente de tegdma diminuiu a
elongação tanto no ponto de escoamento quanto na ruptura, ou seja, o aumento da restrição à
mobilidade das macromoléculas de PMMA faz com que a deformação caia. O efeito é o mesmo
tanto para as formulações com e sem dop.
A resistência máxima é também afetada com as diferentes formulações. A presença de dop
abaixa este valor em relação ás formulações sem dop e nestas formulações o ponto de ruptura tem
sua tensão também abaixada. O efeito do deslizamento das macromoléculas foi facilitado pela
presença do plastificante. Porém o fato relevante é que estas formulações tornaram-se mais tenazes.
O fato de a elongação aumentar consideravelmente para as formulações com dop corrobora a
informação da literatura e também associa-se aos altos valores de desvio padrão para deformação na
ruptura.
Conclusões
Neste trabalho objetivou-se avaliar a influência da adição de um promotor de ligações
cruzadas e um plastificante no comportamento em termoformagem de chapa acrílicas do tipo
fundidas, visando identificar e propor uma otimização para as formulações em função dos
resultados obtidos.
Ficou evidente que modificações promovidas nas formulações de chapas acrílicas, geraram
diferentes comportamentos durante a termoformagem e e foram evidenciadas quando comparado a
termoformagem em duas diferentes temperaturas.
Ao adicionar o plastificante às formulações o comportamento em termoformagem muda, ou
seja, o efeito do abaixamento na Tg, faz com que a deformação da peça seja incrementada em mais
de 100% e no caso mais extremo, maior que 260%.
Desta forma, a conclusão deste trabalho pode ser descrita sob a ótica de requisitos de um
produto que usa chapas acrílicas, de forma que seja ajustada uma formulação em função de um
objetivo, por exemplo, para peças de alta razão de deformação e que não priorizam resistência
térmica, a adição de plastificante facilita o processamento requerendo temperaturas menores que
Agradecimentos
À Resarbras Acrílicos e ao DEMa – UFSCar.
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