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François Rabelais

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François Rabelais (Chinon, 1494 — Paris, 9 de abril de 1553) foi um escritor,
padre e médico francês do Renascimento, que usou, também, o pseudônimo François Rabelais
Alcofribas Nasier, um anagrama de seu verdadeiro nome.[1]

Ficou para a posteridade como o autor das obras primas cómicas Pantagruel e
Gargântua, que exploravam lendas populares, farsas, romances, bem como
obras clássicas. O escatologismo foi usado para condenação humorística. A
exuberância da sua criatividade, do seu colorido e da sua variedade literária
asseguraram a sua popularidade. No entanto, como poeta, foi um precursor da
moderna poesia visual, como no poema " A Divina Garrafa", texto poético
inserido na ilustração de uma garrafa.[2]

Biografia
Os detalhes da vida de Rabelais são esparsos e de muito difícil interpretação.
Foi um sacerdote de fraca vocação, erudito apaixonado pelo saber, de espírito
Nascimento 1494
ousado e com propensão para as novidades e para as reformas. Depois de Seuilly
aparentemente ter estudado Direito, tornou-se franciscano e iniciou os seus
Morte 9 de abril de
contatos com o movimento humanístico, trocou correspondência com G. Budé 1553 (59 anos)
e com Erasmo de Roterdão. Paris
Residência casa de Rabelais
Mais tarde mudou-se para o convento de Puy-Saint-Martin e a partir de 1521,
Sepultamento Paris
ou talvez mais cedo, começou a receber ordens sacras. Depressa adquiriu fama
de grande humanista junto dos seus contemporâneos, mas a sátira religiosa, o Cidadania França
humor escatológico e as suas narrativas cómicas abriram-lhe o caminho para a Etnia franceses
perseguição. A sua vida estava dependente do poder de várias figuras públicas, Progenitores Pai:Antoine Rabelais
nos tempos perigosos de intolerância que se viviam em França.
Alma mater Universidade de
Montpellier,
Por ordem da Sorbonne, viu confiscados os seus livros, tendo então passado Universidade de Poitiers
para a ordem dos beneditinos. Interessou-se pelo Direito e sobretudo pela
Ocupação escritor, médico escritor,
Medicina. Médico em Lyon, aí publicou uma edição dos Aforismos de monge, romancista
Hipócrates, Pantagruel, em 1532, seguido, em 1534, por Gargântua. A Magnum Pantagruel
protecção do cardeal J. Du Bellay salvou-o da repressão da Sorbonne que lhe opus
condenara a obra. Movimento pensamento livre
estético
Depois de receber a permissão para o abandono do hábito, obteve o
Religião Igreja Católica
doutoramento em Medicina. A publicação deTiers Livre, em 1546, obrigou-o a
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refugiar-se em Metz e a passar dois anos em Roma. Só com a protecção do
cardeal J. Du Bellay lhe foi assegurada uma existência mais calma. O Quart
Livre, concluído em 1552, só foi publicado 11 anos após a sua morte.

Rabelais serviu-se da imaginação popular que herdara do espírito medieval, da estrutura narrativa das gestas, do estilo picaresco e da
riqueza vocabular para versar alguns dos problemas mais decadentes do seu tempo, como a vivência religiosa, a administração da
justiça ou a guerra justa.
Pretendeu libertar as pessoas dasuperstição e das interpretações adulteradas que aIdade Média alimentara, não indo entretanto contra
o Evangelho nem contra o valor divino. A obra de Rabelais constituiu uma das mais originais manifestações da crença do homem nas
suas capacidades, simbolizadas pelo gigantismo das personagens. Inimigo da Idade Média, atacou o génio da cavalaria, a mania
conquistadora, o espírito escolástico e sobretudo o sistema de educação. Rabelais renegou as tradições, a escolástica, o pedantismo
monacal, a rotina dogmática daUniversidade de Paris.

O ensaísta russo Bakhtin analisou a obra rabelaisiana em A Cultura Popular na Idade Média: o contexto de François Rabelais;
também em "O cronotopo de Rabelais", emQuestões de Literatura e de Estética

Referências
1. «François Rabelais - Biografia - UOL Educação»(http://educacao.uol.com.br/biografias/francois-rabelais.jhtm)
.
educacao.uol.com.br. Consultado em 16 de abril de 2012
2. Miranda, Antonio. FRANÇOIS RABELAIS - Poesia visual. Página visualizada em 11/06/2014. (http://www.antoniomir
anda.com.br/poesia_visual/fran%C3%A7ois_rabelais.html)

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