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Dinâmica de Elétrons em
Sólidos
6.1 – O modelo de Drude
95
3. Após a colisão, o elétron "perde a memória" sobre sua velocidade anterior, e
sua nova velocidade tem direção aleatória e módulo dado pela distribuição
de Maxwell.
Figura 6.1 – Modelo clássico de dinâmica eletrônica proposto por Drude, segundo o qual os elétrons
sofreriam colisões clássicas com os íons.
Iremos agora obter a equação de movimento dos elétrons segundo este modelo.
Suponhamos que no instante t o momento linear médio dos elétrons seja p(t ) . Qual
será então o momento médio no instante t+dt ? Bem, o momento de um elétron pode ser
alterado por uma força externa f (t ) ou por colisões. Como dissemos, um elétron sofre
uma colisão entre t e t+dt com probabilidade dt . Assim, a fração dos elétrons que
colidem neste intervalo é dt , e a fração dos elétrons que não colidem é (1 dt ) .
Assim, a contribuição para p(t dt) dos elétrons que não colidem é:
dp p
f , (6.3)
dt
96
descreve o movimento médio dos elétrons. Note que ela é uma equação de Newton com
um termo dissipativo, devido às colisões.
Vamos analisar as previsões que esta equação fornece para alguns casos
importantes:
(A) Campo elétrico constante: Lei de Ohm
No caso de um campo elétrico constante, temos f eE . A Equação (6.3) torna-
se então
dp p (6.4)
eE .
dt
e E
v , (6.5)
m
ne2
j E DE , (6.6)
m
ne 2
onde D é a condutividade de Drude. A Equação (6.6) é a conhecida lei de
m
Ohm da condução elétrica, uma lei empírica que acabamos de demonstrar a partir de
argumentos sobre o movimento microscópico dos elétrons. A expressão para a
condutividade de Drude contém o tempo de relaxação como único parâmetro
desconhecido, já que a massa eletrônica e a densidade de elétrons no metal são, em
princípio, conhecidas. Ela nos permite, portanto, a partir de medidas experimentais da
condutividade, obter o tempo de relaxação, um importante parâmetro associado ao
movimento microscópico eletrônico. A Tabela 6.1 mostra resultados para para diversos
metais alcalinos a diferentes temperaturas. Note que é da ordem de 10-14 s e diminui
fortemente com o aumento da temperatura. Assim, a resistividade dos metais aumenta
com a temperatura, o que é verificado experimentalmente e é uma das características que
os distingue dos semicondutores, como veremos futuramente.
97
Metal T = 77 K T = 273 K
Li 7,3 10-14 s 0,88 10-14 s
Na 17 10-14 s 3,2 10-14 s
K 18 10-14 s 4,1 10-14 s
Tabela 6.1 – Tempo de relaxação em alguns metais alcalinos em função da temperatura.
(6.7)
98
(T ) i AT 2 ,
f eE v B .
(6.8)
A equação de movimento no regime estacionário torna-se, portanto,
pB p
e E 0. (6.9)
m
z B = Bz
y
x + + + + + + + + + +
v j
- - - - - - - - - - Eyy
Exx
Figura 6.3 – Esquema do Efeito Hall. B e Ex são os campo aplicados, enquanto que o campo transversal
Ey surge devido ao acúmulo de elétrons na parte anterior da amostra mostrada na figura.
99
Como veremos a seguir, as quantidades de interesse são a magnetoresistividade
E Ey
longitudinal , ( B ) x e o coeficiente Hall, R H . Vamos calcular estas duas
jx jx B
quantidades resolvendo as equações de movimento do modelo de Drude. Se B = Bz,
então p B p y x p x y B . Usando a definição de frequência de cíclotron, c
eB
,
m
as componentes x e y da equação de movimento tornam-se
px
eE x c p y 0
(6.10)
py
eE y c p x 0
ne
Multiplicando ambas equações por e usando as definições de D e j, temos
m
D E x c j y j x 0
. (6.11)
D E y c j x j y 0
Ex 1
( B) , (6.12)
jx D
Ey 1
RH . (6.13)
jx B ne
Este resultado é extremamente interessante e útil. Note que RH não depende do tempo de
relaxação. Medidas de RH medem diretamente a densidade de elétrons e, o que é mais
interessante, o sinal da carga dos mesmos. Veja alguns resultados na Tabela 6.2.
100
Metal RH (exp)/(-1/ne)
Li 0,8
Na 1,2
K 1,1
Al -0,3
Mg -0,2
Tabela 6.2 – Resultados experimentais para o coeficiente Hall de alguns metais.
Note que o valor de Drude está em bom acordo com os resultados experimentais
para os metais alcalinos. Mas, para outros metais, o modelo falha completamente, até
mesmo no sinal da carga dos portadores. Aparentemente, os portadores de eletricidade
nestes materiais são positivos! Entenderemos melhor este aparente mistério nas próximas
seções. Medidas experimentais mostram também uma forte dependência de RH com B, o
que o modelo de Drude também não prevê.
E(t ) Re E e it . (6.14)
p(t ) Re p e it . (6.15)
p
ip eE
. (6.16)
eE
p
1 i
j
ne m E
2
E , (6.17)
1 i
101
D
, (6.18)
1 i
E E
B 0 j 0 0 E 0 . (6.19)
t t
i E E
B 0 0 0 , (6.20)
t t
i
0 . (6.21)
Esta é uma equação muito importante, que relaciona a função dielétrica com a
condutividade. A partir da Eq. (6.18) e supondo que 1 1, chegamos ao resultado:
P2
0 1 2 , (6.22)
onde
12
ne 2
P (6.23)
0m
1
A validade desta aproximação de altas frequências está discutida em Ashcroft (p. 18).
102
plasma P 2c P para vários metais alcalinos. O acordo é razoável, considerando as
aproximações envolvidas.
Tabela 6.3 – Comprimento de onda de plasma (experimental e teórico) para os metais alcalinos. Fonte:
Ashcroft, p. 18.
+ -
+ -
+ -
+ -
Figura 6.4 – Modelo simplificado para as oscilações de plasma. A região cinza representa o gás de elétrons.
103
(D) Condutividade Térmica: Lei de Wiedemann-Franz
Um dos maiores sucessos do modelo de Drude foi a explicação da Lei de
Wiedemann-Franz. Há muito tempo sabia-se que os metais eram bons condutores de
eletricidade e de calor. Suspeitava-se portanto de um mesmo mecanismo microscópico
para os dois fenômenos. Drude supôs que este mecanismo seria o movimento dos elétrons
nos metais.
A Lei de Wiedemann-Franz é uma lei empírica descoberta a partir de medidas da
condutividade térmica e elétrica de diversos metais:
AT , (6.24)
j Q 12 nv T x v T x v
d dT (6.26)
nv 2
dT dx
2
Veja a Tabela 1.6 do Ashcroft.
104
T alta T baixa
x - v x x + v
Figura 6.5 – Transporte de energia em uma barra metálica com um gradiente de temperatura.
Para obtermos uma expressão análoga para o caso tridimensional, basta notarmos
que, na expressão acima, a velocidade corresponde à média da componente x. Usando
que v x2 13 v 2 , e sabendo que nd dT N V d dT dE dT V c v , onde cv
é o calor específico eletrônico, temos
j Q 13 v 2 c v T , (6.27)
13 c v mv
2
ne 2 (6.28)
3 kB
2
T. (6.29)
2 e
105
6.2 - Teoria Semi-Clássica
i
n (r, k , t ) g (k ) nk (r ) exp n (k )t . (6.30)
k
O vetor de onda k do pacote será bem definido se os coeficientes g(k') forem diferentes
de zero apenas em uma pequena vizinhança k em torno de k muito menor que as
dimensões da Zona de Brillouin, ou seja, k 1 a , como mostra Fig. 6.6.
ky
Região onde
g(k') 0
k
kx
Figura 6.6 - Apenas os coeficientes de Fourier de ondas de Bloch na região cinza contribuem para o
pacote de ondas, definindo k em relação às dimensões da ZB.
106
A partir da relação de incerteza xk 1 , isto implica em que x a , ou seja, a
largura do pacote no espaço real é muito maior que as distâncias interatômicas. Como
condição de validade da aproximação semi-clássica, esta largura deve ainda ser muito
menor que o comprimento de onda dos campos externos para que possamos supor que o
campo que atua em um elétron é bem definido. Estas condições estão esquematizadas na
Fig. 6.7.
x
Figura 6.7 - Ilustração das condições de validade do modelo semi-clássico no espaço real: a<<x<<.
d 1
v n (k ) k n (k ) . (6.31)
dk
107
1
r v n (k ) n (k ) (6.32)
k Fext eE v n (k ) B (6.33)
eE
k (t ) k (0) t . (6.34)
Note que, após um pequeno intervalo dt, os vetores de onda de todos os elétrons mudam
pela mesma quantidade. Uma banda que está inicialmente preenchida continua
exatamente da mesma maneira, com a única diferença que há uma permutação entre os
vetores de onda dos elétrons, como mostra a Fig. 6.8.
E
10 1
1 9 2 10
2 8 3 9
3 7 4 8
4 6 5 7
5 6
k k
t=0 t = dt
Figura 6.8 - Ilustração da dinâmica eletrônica a campo elétrico constante em uma banda totalmente
preenchida. Todos os elétrons têm seu vetor de onda k alterado pelo mesmo valor, ocorrendo apenas uma
permutação dos elétrons (indicados pelos números) pelos diferentes k's permitidos.
108
Vamos mostrar agora que a densidade de corrente elétrica associada a uma banda
totalmente preenchida é nula. A densidade de corrente é dada por j ne v . A
velocidade média deve ser encontrada somando-se sobre todos os pontos k da 1a ZB:
2 2e
j ne
N
v(k ) (2 )
k
3 ZB
dk k (k ) .
(6.35)
Usamos agora os seguintes fatos: (i) A função (k ) é periódica no espaço recíproco, com
período igual à 1a ZB: (k ) (k G) ; (ii) (Teorema) A integral sobre uma célula
unitária do gradiente de qualquer função periódica é zero. Este teorema está demonstrado
no Apêndice I do Ashcroft. Assim, mostramos que j 0 para uma banda completamente
preenchida. Este resultado justifica a definição de condutores e isolantes que fizemos na
Seção 5.3, ou seja, materiais isolantes têm todas as bandas totalmente preenchidas ou
vazias, enquanto que materiais condutores ou metálicos têm pelo menos uma banda semi-
preenchida, e só participam da condução de eletricidade os elétrons destas bandas.
(B) Buracos
Um dos resultados mais intrigantes apresentados na Seção anterior foi a medida
do coeficiente Hall em alguns metais que aparentemente indicava que os portadores de
carga seriam positivos. Veremos que a razão deste fenômeno está no comportamento
coletivo dos elétrons em uma banda semi-preenchida que é muitas vezes melhor
compreendido se interpretarmos a ausência de elétrons em alguns níveis como
"partículas" de carga positiva, conhecidas como buracos. Vejamos algumas propriedades
do buracos:
(i) Uma banda totalmente preenchida tem momento total igual a zero, ou seja,
k total k 0 . Isto ocorre porque para cada vetor de onda k permitido existe um -k. Se
k
retiramos um elétron com vetor de onda ke da banda, esta terá momento total -ke, ou
podemos equivalentemente dizer que criou-se um buraco com momento k b k e , como
mostra a Fig. 6.9. O buraco é a uma representação efetiva dos demais elétrons que
restaram na banda.
(ii) A energia do buraco é o negativo da energia do elétron ausente,
b (k b ) e (k e ) . Isto ocorre pois quanto mais baixa a energia do nível desocupado,
maior será a energia total dos elétrons que restaram, ou seja, do buraco. Pode-se então
definir uma banda virtual de buracos, com concavidade oposta à banda de elétrons, como
mostra a Fig. 6.9.
ke
kb k
Figura 6.9 - Duas descrições equivalentes do mesmo sistema físico: uma banda de elétrons com um
único nível vazio, de energia e e vetor de onda ke, ou uma banda de buracos com um único nível
ocupado, de energia b=-e e vetor de onda kb=- ke.
109
(iii) A velocidade do buraco é igual à velocidade que teria o elétron ausente,
v b v e . Isto pode ser verificado notando-se que as derivadas de (k ) na Fig. 6.9 são
idênticas tanto para o elétron como para o buraco.
(iv) Se k b k e e v b v e , então a equação de movimento para buracos é :
(k ) 0 Ak k 0 2 , (6.37)
onde o sinal (+) descreve a banda em torno de um mínimo e o sinal (-) em torno de um
máximo.
F
F
k0 k k0 k
Figura 6.10 - Situações importantes onde o conceito de massa efetiva é útil: banda ocupada apenas em
torno de um mínimo (esquerda) ou desocupada em torno de um máximo (direita).
2
(k ) 0
k k 0 2 . (6.38)
2m
110
A velocidade e a aceleração podem então ser calculadas analiticamente:
1 d
v(k ) (k k 0 ) (6.39)
dk m
k F
a v ext (6.40)
m m
Portanto, no caso mais geral, a aceleração não estará necessariamente na direção da força
externa. Mais uma vez, isto pode ser entendido lembrando que a força externa não é a
força total. A influência do potencial cristalino é importante, e está elegantemente
embutida no tensor massa efetiva.
3
Os físicos não se sentem muito confortáveis em lidar com partículas de massa negativa...
111
Brillouin, até ser “refletido” de volta ao início pela regra k k G (segunda regra do
modelo semi-clássico). Como seria a trajetória deste elétron no espaço real? Bem, a
velocidade é dada pela Equação (6.32). Mostramos na Fig. 6.11 um exemplo
unidimensional, onde a velocidade é simplesmente proporcional a d dk . Como
k (t ) k (0) eEt , o eixo k pode ser simplesmente interpretado como o eixo –t, ou seja,
o movimento do elétron é oscilatório. Chegamos assim a um resultado inesperado: em um
cristal, um campo elétrico DC gera uma corrente AC! Estes movimentos oscilatórios são
conhecidos como oscilações de Bloch, e sua origem está no fato que, na vizinhança dos
pontos de máximo das bandas, a aceleração é contrária à força, como discutimos
anteriormente.
v(k)
(k)
t k
Figura 6.11 – Exemplo unidimensional das oscilações de Bragg de um elétron sob a ação de um campo
elétrico constante.
O fenômeno das oscilações de Bloch parece destoar da nossa experiência diária.
Sabemos que, quando se aplica um campo elétrico constante a um metal, observa-se uma
corrente elétrica DC (Lei de Ohm). De fato, as oscilações de Bloch ainda não foram
observadas em metais comuns. Mostramos a seguir que a razão está no espalhamento dos
elétrons, que discutimos na Seção anterior.
Para que as oscilações sejam observadas, é necessário que o elétron percorra uma
“distância” k no espaço recíproco da ordem das dimensões da ZB, ou seja,
k 2 a 1010 m -1 . Podemos então calcular o período deste movimento oscilatório:
T k eE . Para campos elétricos típicos (E ~ 1 V/m), temos T ~ 10-5 s. Este deve ser o
tempo de percurso livre de um elétron para que pudéssemos observar uma oscilação de
Bloch. No entanto, vimos na Seção anterior que o tempo de relaxação (tempo médio entre
duas colisões) dos elétrons em metais é da ordem de 10-14 s, ou seja, o elétron colide bem
antes de realizar um ciclo completo pela ZB.
Apesar destas dificuldades em metais, o fenômeno das oscilações de Bloch já foi
observado em sistemas semicondutores artificiais, conhecidos como super-redes4. Uma
super-rede do tipo mais simples é produzida pela deposição sequencial de 2 materiais
diferentes, digamos A e B, com cada camada contendo vários planos atômicos, como
4
K. Leo, P. H. Bolivar, F. Bruggemann, R. Schwelder e K. Kohler, Solid State Comm. 84, 943 (1992).
112
mostra a Fig. 6.12. Assim, a periodicidade no espaço real é modificada artificialmente: a
célula unitária torna-se muito maior. Isto implica que, no espaço k, a ZB torna-se muito
menor. Com um k muito pequeno, torna-se possível observar as oscilações de Bloch.
… A B A B …
a
Figura 6.12 – Exemplo de uma super-rede AB. Cada camada consiste em diversos planos atômicos.
Assim, a célula unitária (indicada pelo parâmetro de rede a) torna-se muito maior do que a célula unitária
de um cristal típico, tornando então a ZB muito menor.
kz
B = Bz
k(0)
ky
kx = constante
Figura 6.13 – Órbita de um elétron no espaço recíproco sob a ação de um campo magnético constante. O
vetor de onda do elétron se move em uma linha formada pela interseção da superfície de energia
constante com um plano perpendicular ao campo magnético.
Vamos analisar como seria então o movimento deste elétron no espaço real. Seja
o campo magnético orientado na direção z, B Bz . A Equação (6.43) torna-se
113
k x e v y B
,
k y e v x B (6.44)
x(t ) x 0 k y (t )
eB (6.45)
y (t ) y 0 k x (t )
eB
(a) (b) y 3
ky 2
3 1 kx 2
4 x
4
1
Figura 6.14 – Projeção no plano xy das órbitas no espaço recíproco (a) e no espaço real (b) de um elétron
sob a ação de um campo magnético constante na direção z. Ambas as órbitas correspondem a um
movimento no sentido anti-horário, mas estão giradas de 90o entre si.
114
(i) Órbita de elétron
Se a superfície de Fermi não cruza os planos de Bragg que delimitam a 1a ZB (por
exemplo, metais alcalinos), as órbitas dos elétrons mais energéticos têm sentido anti-
horário, como mostra a Fig. 6.15.
1a ZB
Figura 6.14 – Órbita de elétron, no sentido anti-horário.
2 2
4
B
4 4 3
1
1 3 2
115
Pode-se mostrar que, na vizinhança de um mínimo ou máximo de banda, a
frequência do movimento periódico dos elétrons ou buracos é dada pela frequência de
eB
cíclotron c , onde m* é a massa efetiva ciclotrônica. Pode-se mostrar (Problema 2,
m
Capítulo 12 do Ashcroft, que deixamos como um exercício opcional um tanto
desafiador), que a massa efetiva ciclotrônica pode ser obtida a partir do tensor massa
efetiva da seguinte forma:
1
M 2
m ,
(6.46)
M zz
onde M é o determinante de M e o campo aplicado está na direção z. Um método
bastante poderoso para determinação da superfície de Fermi em metais é baseado nesta
relação: a ressonância ciclotrônica. Neste método, aplica-se um campo magnético e
constante e incide-se simultaneamente radiação de microondas no cristal. A radiação será
mais atenuada quando a frequência da radiação incidente estiver em ressonância com a
frequência de cíclotron. Variando-se a magnitude e a orientação do campo magnético,
pode-se então mapear a superfície de Fermi.
No Capítulo 5, mencionamos também a existência da massa efetiva térmica, que
pode ser obtida a partir de medidas de calor específico. A massa efetiva térmica, mT ,
também se relaciona com o determinante do tensor massa efetiva:
mT M
13
.
(6.47)
(iii) Órbitas abertas
Um terceiro tipo de órbita são as órbitas abertas, esquematizadas na Fig. 6.15. Em
3 dimensões, as órbitas abertas podem ser obtidas variando-se a direção do campo
magnético aplicado, como mostra a Figura 12.8 do Ashcroft.
Referências:
- Ashcroft, Capítulos 1 e 12.
- Kittel, Capítulos 8 e 9.
116