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23-11-2015

MEMÓRIA EXTERNA
Arquitetura e Organização de computadores
Informática – 2015-2016

Pontos chave
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 Discos magnéticos continuam a ser o componente de memória


externa mais importante. São removíveis ou fixos e são usados
desde os PCs até ao grandes computadores.
 Para obter elevado desempenho e elevada disponibilidade
(espaço), é utilizado um esquema designado por RAID. RAID é
uma família de técnicas que permite usar múltiplos discos em
paralelo como um array de dispositivos de armazenamento de
dados, com a respetiva redundância para compensar falhas dos
discos.
 Tecnologia ótica de armazenamento tornou-se importante em
todos os tipos de sistemas de computadores. Enquanto o CD-
ROM tem sido largamente usado durante os últimos anos,
tecnologias mais recentes, CDRW e DVD estão a tornar-se
também importantes.

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Tipos de memória externa


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 Discos magnéticos
 RAID(Redundant Array of Independent Disks)
 Removíveis

 Ópticos
 CD-ROM

 CD-Writable (WORM)
 CD-R/W

 DVD

 Fitas magnéticas

Discos magnéticos
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 Discos de metal (alumínio) ou plástico com material


magnetizado
 Capacidade de armazenamento
 Disquete

 Discos duros Winchester


 Discos duros removíveis

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Organização dos dados e


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Formatação
 Anéis concêntricos e pistas
 Espaços entre pistas (cada pista tem a mesma largura)
 Diminuição dos espaços aumenta a capacidade
 O mesmo número de bits por pista
 Velocidade angular constante

 Pistas divididas em sectores


 O tamanho mínimo de um bloco é um sector
 Pode existir mais do que um sector por bloco

Layout do disco
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Dados
transferidos
de/para o
disco em
sectores

Evita, ou
minimiza os erros
devido a algum
desvio da cabeça,
ou até por
interferência de
campos
magnéticos.

Fonte: Figure 6.2 Disk Data Layout

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Velocidade do disco
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 Aumenta o espaçamento entre bits em diferentes pistas


para compensar a variação de velocidade
 O disco roda a uma velocidade angular constante
(constant angular velocity, CAV)
 Pista individuais e sectores endereçáveis
 Desloca a cabeça até uma dada pista e espera pelo
respetivo sector
 Desperdício de espaço nas pistas exteriores
 Densidade de ocupação menor
 Pode usar zonas para aumentar a capacidade
 Cada zona tem bits fixos por pista

Layout dos discos


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Vantagens
Blocos de dados individuais podem ser
directamente endereçados por pistas e
sectores
Desvantagens
A quantidade de dados que podem ser
armazenados na pistas exteriores é a mesma
que nas pistas interiores

Para aumentar a capacidade de armazenamento


é utilizado solução (b). A superfície é dividida em
16 zonas e dentro de cada zona o número de
bits é constante. As zonas mais distantes do
centro contêm mais bits (mais sectores) do que
as zonas mais perto do centro.
Fonte: Figure 6.3 Comparison of Disk Layout Methods

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Encontrar sectores
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 Deve ser capaz de identificar o início de uma pista


e um sector através de dados de controlo gravados
no disco
 Formato do disco
 Informação adicional não disponível para o utilizador

Formato ST506 (antigo!)


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Identifica a
Usado para cabeça porque o Cada um contém um
localizar um disco tem várias código de detecção
sector superfícies de erros

Gap1 Id Gap2 Data Gap3 Gap1 Id Gap2 Data Gap3

Sync Sync
Byte Track Head Sector CRC Data CRC
Byte

Indica o
Contém 30 sectores de 600 bytes cada.
início do
Permite armazenar 512 bytes de dados +
campo
informação de controlo utilizada para o
controlo do disco

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Características físicas
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 Cabeças fixas ou móveis


 Removíveis ou fixos
 Numa superfície ou nas duas (usualmente)
 Um prato ou múltiplos
 Mecanismo da cabeça
 Contacto (Disquete)
 Espaço fixo

 Winchester

Cabeça fixa/móvel dos discos


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 Cabeça fixa
 Uma cabeça de leitura e escrita por pista
 Cabeças montadas num braço fixo

 Cabeças móveis
 Uma cabeça de leitura e escrita por superfície
 Montada num braço móvel

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Removíveis ou não
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 Discos removíveis
 Pode ser removido de um drive e substituído por outro
disco
 Fornece capacidade de armazenamento ilimitado

 Fácil transferência de dados entre sistemas

 Disco não removíveis


 Montados permanentemente num drive

Múltiplos “pratos”
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 Uma cabeça por superfície


 Cabeças estão juntas e alinhadas
 Pistas alinhadas em cada “prato” formam cilindros
 Dados são espalhados por faixas por cilindro
 Reduzo movimento da cabeça
 Aumenta a velocidade (débito de transferência)

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Múltiplos “pratos”
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Fonte: Figure 6.5 Components of a Disk Drive

Cilindros
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Fonte: Figure 6.6 Tracks and Cylinders

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Parâmetros típicos
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Fonte: Table 6.2 Typical Hard Disk Drive Parameters

Disquetes
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 8”, 5.25”, 3.5”


 Pouca capacidade
 Até 1.44Mbyte
 Lento
 Universal
 Barato
 Obsoleto?

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Disco duro Winchester


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 Desenvolvido pela IBM em Winchester (USA)


 Unidade selada
 Um ou mais pratos (discos)
 Espaço muito pequeno entre a cabeça e o disco
 Mais robustos
 Universal
 Barato
 Armazenamento externo rápido
 Sempre em crescimento
 Usual múltiplos gigabytes

Discos duros removíveis


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 ZIP
 Barato
 Comum
 Apenas 100M
 JAZ
 Mais caro
 1G
 L-120 (a: drive)
 Também lê disquetes 3.5”
 Ficaram todos obsoletos por causa do CD-R e do CD-R/W?

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Velocidade
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 Tempo de procura (Seek time)


 Mover a cabeça para a pista correcta
 Latência
 Tempo de esperar para os dados estarem na cabeça
 Tempo de acesso = Tempo de procura + Latência
 Débito de transferência

Tempo de transferência do disco (1)


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Fonte: Figure 6.7 Timing of a Disk I/O Transfer

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Tempo de transferência do disco (2)


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 Tempo de transferência
 Transferência de ou para o disco depende da velocidade de rotação
do disco da seguinte forma:

T – tempo de transferência
b
T= b – número de bytes a ser transferidos
N – número de bytes na pista (track)
rN r – velocidade de rotação, em revoluções por segundo

 O tempo médio total de acesso pode ser expresso da seguinte


forma
1 b
Ta = TS + +
2r rN

onde Ts é o average seek time.

Necessidades ...
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 Com discos múltiplos, pedidos de I/O separados


podem ser tratados em paralelo, se os dados
requeridos residirem em discos separados.
 Com o uso de múltiplos discos, existe uma grande
variedade de formas em que os dados podem ser
organizados e a redundância pode ser adicionada
para obter fiabilidade

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RAID (1)
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 Redundant Array of Independent Disks


 Redundant Array of Inexpensive Disks
 6 níveis
 Não é uma hierarquia
 Conjunto de discos físicos visto como um único drive
lógico pelo sistema operativo
 Dados distribuídos pelos drives físicos
 Pode ter capacidade redundante para armazenar
informação de paridade, para garantir a
recuperação em caso de falha

RAID 0 (1)
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 Não tem redundância


 Dados espalhados em faixas pelos discos
 Se dois pedidos de I/O diferentes estão pendentes para dois blocos de
dados diferentes, então existe uma boa possibilidade de que os bloco
requeridos estejam em discos diferentes
 As faixas são mapeadas em Round Robin nos membros
consecutivos do array
 Aumento de velocidade
 Provavelmente existem múltiplos pedidos de dados em discos diferentes
 Tempo de procura em paralelo
 redução do tempo de fila de I/O – o número de discos em paralelo tem
muita influência, porque pode ser possível num único acesso ler tudo ou
necessitar de vários acessos
 Um conjunto de dados está espalhado por múltiplos discos

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RAID 0 (2)
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Fonte: Figure 6.8 RAID Levels

Mapeamento de dados para RAID 0


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Num array de n discos, as primeiras n faixas lógicas são


fisicamente armazenadas como a primeira faixa em cada
um dos n discos, formando a primeira faixa e assim
sucessivamente.
Fonte: Figure 6.9 Data Mapping for a RAID Level 0 Array

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RAID 1 (1)
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 Permite redundância
 Duplicação de todos os dados
 Dados espalhados pelos discos
 2 copias de cada faixa em discos separados
 Leitura de ambos
 Diminuição do tempo de procura
 Escrita em ambos
 O desempenho da escrita é dependente do tempo de escrito do mais
lento
 Recuperação é simples
 Troca do disco com a falha e rescrita
 Sem tempo de paragem

RAID 1 (2)
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 Dispendioso
 Necessita do dobro dos discos
 Limitado ao armazenamento de software, dados e
outros ficheiros críticos
 Fornece backup em tempo real a todos os dados
numa falha
 RAID 1 tem um desempenho melhor do que o RAID 0
para grandes transferências de dados, isto é, para
aplicações que tenham uma percentagem elevada de
operações de leitura

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RAID 1 (3)
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Fonte: Figure 6.8 RAID Levels

RAID 2 (1)
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 Discos estão sincronizados, logo usa técnicas de acesso


paralelo
 No array de acesso paralelo, todos os discos membros participam na
execução de todos os pedidos de I/O
 Todas as cabeças apontam para a mesma posição em cada um dos
discos
 Organização em faixas muito pequenas
 O código de correcção de erros é calculado ao longo dos bits
correspondentes em cada disco de dados, e os bits do código
de correcção são armazenados nas suas posições
correspondentes nos discos de paridade
 Código de Hamming
 Requer menos discos do que o RAID 1

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RAID 2 (2)
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 O número de discos redundantes é proporcional ao log do


número de discos de dados
 Na operação de leitura todos os discos são acedidos em
simultâneo
 Na operação de escrita todos os discos de dados e de
paridade deve ser acedidos para a realização da operação
 Muita redundância
 Dispendioso
 Não é usado
 Boa escolha para ambientes em que ocorrem muitos erros nos
discos

RAID 2 (3)
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Fonte: Figure 6.8 RAID Levels

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RAID 3 (1)
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 Similar ao RAID 2
 Apenas um disco redundante
 Acesso paralelo, com os dados distribuídos em
pequenas faixas
 Um bit de paridade por cada conjunto de bits na
mesma posição em todos os discos de dados
 Dados num drive em falha podem ser reconstruídos a
partir dos dados existentes e da informação de
paridade
 Débitos elevados de transferência

RAID 3 (2)
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 Redundância
 Considerar um array de 5 discos em que x0, x1, x2 e x3
contêm os dados e x4 é o disco de paridade.
 A paridade para o iésimo bit é calculada da seguinte forma
 x4(i) = x3(i) ⊕ x2(i) ⊕ x1(i) ⊕ x0(i)
 Supondo que o disco x1 falhou.
 Se for adicionado x4(i) ⊕ x1(i) dos dois lados da equação
obtém-se
 x1(i) = x4(i) ⊕ x3(i) ⊕ x2(i) ⊕ x0(i)

 Este principio é verdadeiro para o RAID 3, 4, 5 e 6

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RAID 3 (3)
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Fonte: Figure 6.8 RAID Levels

RAID 4 (1)
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 Cada disco opera independentemente


 Satisfação/execução de pedidos de I/O em paralelo
 Bom para elevados débitos no pedido de I/O
 Faixas largas
 A paridade é calculada bit a bit ao longo das
faixas em cada disco
 Paridade é armazenada num disco de paridade,
na faixa correspondente

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RAID 4 (4)
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Fonte: Figure 6.8 RAID Levels

RAID 5 (1)
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 Igual ao RAID 4
 Paridade espalhada por todos os discos
 Distribuição Round robin da paridade
 Evita o estrangulamento criado pelo disco de
paridade no RAID 4
 Usado em servidores de rede

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RAID 5 (2)
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Fonte: Figure 6.8 RAID Levels

RAID 6 (1)
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 Dois cálculos de paridade


 Armazenados em blocos separados em diferentes
discos
 Utilizador se precisar N discos necessita de ter N+2
discos
 Elevada disponibilidade dos dados
 Necessário três discos falharem para se perder dados

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RAID 6 (2)
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RAID – resumo
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Fonte: Table 6.3 RAID Levels

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Armazenamento óptico - CD-ROM


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 Apareceu em 1983
 Originalmente para áudio – Compact Disk (CD) Digital Audio System
 Compact Disk Read-Only Memory (CDROM)
 650 Mbytes possibilitam cerca de 70 minutos de áudio
 Resina do tipo policarbonato
 Dados armazenados como pits
 Leitura por reflexão de laser
 Densidade de armazenamento constante
 Velocidade linear constante
 Número de bits por pista é constante
 Aumenta a densidade através do registo em múltiplas zonas, em que as
zonas mais distantes do centro contêm mais bits do que as mais
próximas
 Com dispositivo de correção de erros para garantir que os dados são
adequadamente transferidos do disco para o computador

Operação de leitura
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Fonte: Figure 6.10 CD Operation

• A intensidade da luz do laser altera-se assim que encontra um pit; baixa


intensidade
• Ao encontrar um Land reflete uma intensidade superior
• As alterações entre pits e lands é detetada pelo foto detetor e convertido num
sinal digital, o sensor testa a superfície em intervalos regulares. O
início ou o fim de um pit representa um 1. Quando não existe
alteração na elevação durante o intervalo, então está representado
um 0.

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Acesso à informação
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 A informação é organizada em pistas não


concêntricas, mas em espiral a começar do centro.
 Os sectores perto do exterior são do mesmo tamanho
dos que estão mais perto do centro
 A informação é armazenada ao longo do disco em
segmentos do mesmo tamanho e estes são analisados
ao mesmo débito
 Os pits são lidos pelo laser a uma velocidade linear
constante (constant linear velocity, CLV). O disco roda
mais lentamente para acesso aos dados mais
exteriores do que para os dados mais perto do
centro

Formato do CD-ROM
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 Os dados no CDROM estão organizados como uma sequência


de blocos

Identifica o
início do Em Modo 2 é
bloco Endereço do utilizado como
Dados
bloco e qual dados. Em
o Modo Modo 1 é
utilizado como
 Mode 0 = campo de dados em branco um código de
correcção de
 Mode 1 = 2048 bytes de dados + correcção de erros erros
 Mode 2 = 2336 bytes de dados
Fonte: Figure 6.11 CD-ROM Block Format

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Acesso aleatório no CD-ROM


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 Difícil
 Mover a cabeça para a posição
 Atribuir a velocidade correcta
 Ler o endereço
 Ajustar à posição requerida

Pós e contras do CD-ROM


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 Grande capacidade (?)


 Fácil de produzir em massa
 Removível
 Robusto

 Dispendioso para armazenar pouca informação


 Lento
 Apenas de leitura

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Outros dispositivos óticos de


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armazenamento
 CD-Recordable (CD-R)
 Write Once Read Many (WORM)
 Disponível

 Compatível com os drives de CD-ROM

 CD-RW
 Rescrita

 Cadavez mais barato


 Compatível com a maior parte dos drives de CD-ROM

DVD
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 Digital Video Disk


 Usado para filmes com qualidade superior e pode ser
acedido aleatoriamente como um CD de áudio
 Digital Versatile Disk
 Usado para indicar um drive de computador
 Oficialmente a sigla não significa nada
 7x mais capacidade do que um CDROM

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Tecnologia DVD
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 Multicamada
 Capacidade elevada
 Armazena um filme inteiro num único disco
 Usa compressão MPEG
 Já está homologado
 Filmes trazem codificação regional

DVD regraváveis
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 Problemas com os standards


 A primeira geração de drives DVD pode não
conseguir ler discos DVD-W da primeira geração
 A primeira geração de drives DVD pode não
conseguir ler discos CD-RW

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Fitas magnéticas
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 Acesso sequencial
 Lento
 Muito barato
 Backup e arquivos

Digital Audio Tape (DAT)


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 Usa cabeças rotativas (como o vídeo)


 Elevada capacidade num tape pequena
 4Gbyte não comprimidos
 8Gbyte comprimidos

 Backup de PC/servidores de rede

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Bibliografia
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 Stallings, w. (2010). Computer Organization &


Architecture – Designing for Performance, 8/E,
International Edition, Prentice Hall
 Capítulo 6

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