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N.º 1291 • 9 MAIO 2020 • PORTUGAL €2,20 (Cont.

ANDREIA RODRIGUES
CONTA COMO GERE O MEDO
E FALA DA ESPERANÇA
NO FUTURO
“ABRACAR
O MEU MARIDO
E A MINHA FILHA
E UM BALAO
DE OXIGENIO”
ISABEL MEIRELLES AVALIA A
FORMA COMO A UNIÃO EUROPEIA
ESTÁ A LIDAR COM A CRISE
CLÁUDIO RAMOS CONFESSA:
“FALTA-ME REALIZAR O SONHO
DE TER UMA FAMÍLIA”
A C E D A A L O J A . T R U S T I N N E W S . P T E A S S I N E

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A C E D A A L O J A . T R U S T I N N E W S . P T E A S S I N E
FOCO
FOTO: GETTY IMAGES

Desejo de normalidade
Parece uma situação banal, mas por estes dias ver uma criança descontraída num
espaço público desperta-nos a nostalgia de toda a banalidade que preenchia
as rotinas pré-pandemia. Por isso, mais do que a beleza que emana deste aquário
de medusas na cidade chinesa de Nanjing, a imagem transporta-nos para
a vontade de ver esta normalidade regressar também às cidades portuguesas.

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S
COVID-19 OBRIGA GUILHERME DA HOLANDA A
FESTEJAR 53 ANOS NA INTIMIDADE FAMILIAR
N
o dia em que o rei fez anos/ que se assinala a 27 de abril e televisivo pelas 10h00 da manhã, esse mundo fora, é hoje regida
Houve arraial e foguetes no que é também o dia nacional do em que lamentou não poder ter por novas rotinas, entre elas a
ar/O vinho correu à farta/E país. Este ano, porém, tudo foi estado em Maastricht, pois, “como comunicação com quem nos é
a fanfarra não parou de tocar/E o diferente. As celebrações oficiais, todos os anos, esperava com ansie- próximo a ser feita através das
povo saiu à rua/Com a alegria que que anualmente decorrem numa dade as imagens dos canais, das redes sociais.
costumava ter/Cantando se o rei faz cidade diferente, deveriam ter praças, das ruas e das feiras a abar- As imagens deste dia mos-
anos/Que venha à praça, para nos sido em Maastricht, mas com o rotar de pessoas”, mas lembrou que tram-nos os reis com as filhas a
conhecer.” A música de José Cid isolamento social exigido pela assim teve de ser “por nós próprios, receberem o fotógrafo à entrada
não era dedicada aos holandeses Covid-19 não houve festejos e a mas também para proteger os mais de casa – onde acenaram para
nem ao seu soberano, Guilherme, família real comemorou na sua frágeis e para que os profissionais algumas pessoas que se aglome-
mas descreve na perfeição as ha- residência oficial, o Palácio de de saúde possam descansar depois raram no exterior do palácio,
bituais comemorações do Dia do Huis ten Bosch, em Haia, os 53 de muitas semanas de esforço ex- convenientemente vestidas de
Rei, que costuma levar os súbditos anos do monarca. tremo”. E depois foi “ter” com os cor de laranja –, convidando-nos
a saírem às ruas engalanadas Não se pense, no entanto, que seus súbditos, partilhando com depois a visitar alguns espaços do
de laranja, a cor das armas da isso significou que Guilherme se eles momentos deste dia de festa interior do palácio, mostrando
dinastia de Orange, para feste- tenha esquecido do seu povo. O vivido na intimidade familiar. a rainha Máxima, de 48 anos,
jarem o aniversário do seu rei, rei começou por fazer um discurso Que, como em muitos lares por sempre com o sorriso caloroso
que é a sua imagem de marca
e as filhas a comunicar com os
holandeses através dos seus ta-
blets. A Casa Real foi mesmo ao
ponto de criar uma plataforma
digital expressamente para que
a família partilhasse estes mo-
mentos com os holandeses, que
assim se sentiram incluídos nas
comemorações.
E foi também com os tablets
que a princesa herdeira, Amalia,
de 16 anos, e as suas duas irmãs,
Alexia, de 14, e Ariane, de 13, Máxima e as três filhas, Amalia, de 16 anos, Alexia, de 14, e Ariane, de 13, acabaram
fizeram uma espécie de repor- por ser as grandes protagonistas desta sessão fotográfica no Palácio de Huis ten Bosch,
tagem dos bastidores da sessão que as mostrou na sala de estar privada e no escritório da rainha a comunicar com
fotográfica feita por Patrick van os holandeses através do “tablet”, na plataforma digital criada de propósito para a ocasião.
Apesar de a sessão fotográfica ter decorrido
com muita descontração, houve também tempo
para um retrato familiar em pose mais formal
no imponente “hall” de entrada do palácio real de Haia.

Katwijk à entrada de Huis ten Amalia, que herdou os traços da


Bosch, em dois dos aposentos família paterna, optou por um
privados do palácio, uma acolhe- modelo com folhos num chama-
dora sala de estar onde a família tivo amarelo-canário, da designer
passa boa parte do seu tempo Lisa Marie Fernández, e sandá-
e no escritório de Máxima. Os lias a condizer, que lhe davam
cinco posaram ainda no hall de sem dúvida muito salero, Alexia,
entrada do palácio, um espaço que está cada vez mais parecida
mais imponente, para um retrato com a mãe, preferiu um discreto
um pouco mais formal. camiseiro branco com cinto e
Curiosamente, o aniversarian- sandálias pretas, e Ariane um
te acabou por ceder grande parte vestido curto de renda azul, da
do protagonismo à mulher e às Zara, que a sua irmã mais velha já
filhas, que se vestiram a rigor, tinha usado em 2016, e alpercatas
e com roupa primaveril, para beges. Quanto a Guilherme, fez
esta ocasião festiva. Elegante um compromisso entre o formal
como sempre, Máxima exibiu e o casual num fato azul e camisa
um conjunto de blusa e casaco branca, que usou sem gravata.
brancos com flores encarnadas de Em todas estas imagens, os reis
uma das suas marcas preferidas, a e as princesas demonstraram, uma
britânica Seren, conjugados com vez mais, que os Orange são uma
uns peep toes vermelhos, e as prin- das famílias reais mais descontraí-
cesas, vestidos leves, como seria das e acessíveis da Europa.
de esperar de três adolescentes. TEXTO: ANA PAULA HOMEM FOTOS: GETTY IMAGES
O apresentador,
de 46 anos, assume
que conduzir
o “Big Brother”
é a concretização
de um sonho antigo.

C
láudio Ramos sempre foi
muito focado na sua car-
reira profissional e a es-
treia como apresentador do Big
Brother foi, assume, mais um
passo em frente. “Emocionei-me
muito e cheguei a casa feliz. Feliz e
orgulhoso, satisfeito e certo de que
o caminho se faz caminhando”,
revelou à CARAS, frisando que
este programa é, sem dúvida, um
sonho realizado. “Quando o foco
é mantido, os sonhos podem acon-
tecer e a força do universo ajuda”,
acredita o apresentador, de 46

“Acredito no amor, no
entusiasmo, na vontade
à primeira vista.
Amor é uma coisa
que se vai instalando
e construindo.”
anos, que pouco tempo antes de
ter sido decretado o estado de
emergência devido à Covid-19
deu uma entrevista à CARAS a
propósito do lançamento do seu
mais recente livro, Eu Cláudio,
no qual se dá a conhecer um
pouco melhor.
– Não o assusta estar à fren-
te de um projeto ambicioso
e com história como o Big
Brother?
Cláudio Ramos – Assusta.
Se dissesse que não, era in-
consciente. Deixa-me nervoso,
ansioso, mas também sinto que
estou mentalmente preparado
para o fazer. Vou dar o meu
melhor, como sempre.

CLÁUDIO RAMOS
“FORAM-ME ROUBANDO
O BRILHO NOS OLHOS”
– Com quem celebrou esta
sua nova fase da vida?
– Honestamente? Sozinho.
– Porque é que tem medo,
como já assumiu, de se esquecer
das histórias da sua vida?
– Tenho medo que me falte
a memória. O que é que so-
mos nós se não formos uma
memória? Não há coisa mais
bonita do que ouvir um velhote
a contar histórias da vida dele,
e eu tenho muito medo de che-
gar a determinada idade e não
conseguir lembrar-me de coisas
que foram importantes para
mim. Por muito que eu escreva
e guarde as memórias, sei que
um dia posso nem as conseguir
ler. Todos os dias escrevo e vou
ver qualquer coisa antiga, uma
fotografia, um bilhete de um
espetáculo, qualquer coisa. Sou
muito saudosista.

“Não gosto da noite.


Aborrece, cansa, perdi
muitas horas de sono...
É muito melhor ficar
em casa a ver uma
série ou a ler um livro.”

– Já partilhou ter tido uma


infância com muitas dificul-
dades. Por que razão quererá
manter vivo esse período tão
difícil?
– Eu tive uma infância tan-
to de difícil como de feliz. Os
meus irmãos são maravilhosos,
a minha relação com a minha
mãe é maravilhosa, a vila, no
seu todo, os amigos, tudo o que
ali se vivia...
– Acha que as mágoas se vão
apaziguando ao logo do tempo?
– Sim, completamente. As
coisas que, enquanto filho,
achaste que não faziam sentido,
quando tens filhos pensas que, se
calhar, os teus pais não estavam
assim tão errados. Eu não tinha
a melhor relação com o meu
pai, mas para escrever este livro
andei à procura de recordações
dele e as coisas que me vinham
à memória eram boas. A letra
dele, que era muito perfeita, as
fotografias dele... Não sei se pelo
facto de ele já ter morrido e de já
estarmos apaziguados com toda
a situação, porque também já foi
feita a catarse.
– Desde criança que tem
ido à procura dos seus sonhos.
Alguns acredito que já tenha
realizado, mas outros faltarão.
Quer partilhar quais?
– Falta, por exemplo, o sonho
de ter uma família, de chegar
a casa à noite e ver os filhos
a brincar, fazer o jantar, ver a
novela ou ler o jornal, o passeio
de domingo ou as férias juntos.
Tudo isto que gostaria de ter e
não tenho.
– Mas tem esperança de
ainda vir a ter?

“Temos que ter


a capacidade de,
chegado o momento,
sair, sem que
nos empurrem.”

– Não sei se alguma vez


vai acontecer. A minha filha
[Leonor, de 15 anos] está longe.
A vida não me levou por aí,
esse sonho não o vou realizar.
Também gostava de ter feito
algumas coisas com ela que já
não vou poder fazer. Gostava
de ter viajado mais com ela, de
ter mais tempo para estar com
os meus amigos do Alentejo... E
gostava muito de ir às Maldivas
este ano, para descansar. Não
tenho grandes sonhos materiais.
Queria muito que ninguém
morresse. Estou sempre a pensar
na minha família, não quero
que ninguém esteja doente. Que
tenhamos todos saúde, que é o
mais importante.
– Em que momento da sua
vida já lhe roubaram o brilho
nos olhos?
– Foram-mo roubando várias
vezes. Algumas sem querer.
Quando o senti mais, talvez
tenha sido em 2005, em que
houve uma mudança grande na
minha vida e eu tinha muita ex-
pectativa em relação a algumas
coisas e pessoas. Foi uma espécie
de idade da inocência perdida.
– O que representa para si
a televisão atualmente?
– Nesta fase, é uma oportu-
nidade fantástica. É uma com-
panhia enquanto consumidor
e parte grande da minha vida Depois de uma saída polémica da SIC,
onde participava em vários programas,
“Não há a mais pequena
enquanto profissional. E será
assim até resolver retirar-me. entre os quais “O Programa da Cristina”, zanga entre mim
Cláudio sente-se feliz e entusiasmado
– Planeia o dia em que se
com o novo desafio na TVI. e a Cristina [Ferreira].”
Cláudio tem contado
com o apoio incondicional
de algumas das pessoas
que lhe são mais queridas,

vai retirar?
– Sim. Quero muito, a partir
dos 50, ter a capacidade de
abrandar, uma coisa que eu
já tinha metido na cabeça há
dois ou três anos, porque esta-
va com um ritmo de trabalho
muito violento. Quero fazer
televisão por prazer e não como
obrigação. Se, aos 50 anos, me
puder dar ao luxo de dizer que
estou a fazer o que quero, já
ficarei contente. E gostava de
parar aos 60, de boa saúde para
poder ainda viajar. Temos que
ter a capacidade de, chegado
o momento, sair, sem que nos
empurrem.
– Como está a sua relação

“As emoções dão-nos


prazer durante um
tempo, mas depois
perdemos o controlo
das situações.
E eu gosto de ter
os pés no chão.”
com a Cristina Ferreira?
– Não há a mais pequena
zanga entre nós. A Cristina
reagiu à minha saída como
reagiria qualquer um que vê na
pessoa que se vai embora um
ombro, um companheiro, um
suporte, com quem ao longo
de um ano se construiu uma
belíssima química de trabalho
e uma amizade, que não sai
beliscada.
– Se pudesse voltar atrás, o
que teria mudado?
– Há pessoas com as quais
não perderia tanto tempo, mas
também não aprenderia tan-
to com esse tempo perdido.
Acho que não perderia tempo
na noite. Não gosto da noite,
aborrece, cansa, perdi muitas
horas de sono. É muito melhor
estar em casa a ver uma série
ou a ler um livro.
– Acredita em amor à pri-
meira vista?
– Acredito em pessoas que
estão destinadas umas às ou-
“O meu coração está muito bom, estável, tranquilo tras, e tu é que tens de estar
e controlado sob todos os pontos de vista.” preparado para receber essa
nomeadamente do
namorado, o ator Diogo
Faria, e da filha, Leonor,
hoje com 15 anos.

pessoa. Tem que ser tudo no


timing certo. Acredito no amor
à primeira vista, no entusiasmo,
na vontade à primeira vista.
Amor é uma coisa que se vai
instalando e construindo, mas
não se pode acomodar, porque
senão vira rotina e estraga o
amor. Fica só amizade. É muito
difícil administrar um amor.
– Mas o amor não pode ser
racional...
– Não pode, mas pessoas
com agendas tão difíceis como
a minha, mesmo que não queira
que o amor seja racional, tenho
que, de forma racional, dar-lhe
aquele espaço. Mas não podes
descuidá-lo. É como uma plan-
ta: muito regada, morre; não
regada, seca. Mas com uma
agenda tão sobrecarregada, às
vezes perde a espontaneidade,
que também faz parte do cres-
cimento da tal planta, por isso
é difícil de gerir.
– E é algo que o atormenta

“Tenho medo que me


falte a memória.
O que é que somos
nós se não formos
uma memória?”

ou lida bem com isso?


– Lido muito bem. Sou óti-
mo a amar e sou ótimo a não
amar também.
– Não gosta muito de se
deixar levar pelas emoções...
– Precisamente porque acho
que nos deixamos levar por
elas. Dão-nos prazer durante
um tempo, mas depois perde-
mos o controlo das situações.
E eu gosto muito de ter os pés
no chão.
– E o seu coração, como
está? Estável?
– Está muito bom, estável,
sim, tranquilo, controlado sob
todos os pontos de vista.

TEXTO: CLÁUDIA ALEGRIA FOTOS: PAULO


MIGUEL MARTINS PRODUÇÃO: PATRÍCIA PINTO
MAQUILHAGEM: ANA FILIPA PEREIRA

Agradecemos a colaboração de
Selllva
A atriz, de 44 anos,
garante estar
a conseguir ocupar
os seus dias
de forma bastante
proveitosa.
M
aria João Bastos decidiu
transformar os dias de iso-
lamento social numa opor-
tunidade para promover projetos
profissionais ou melhorar o seu
trabalho como atriz. E como não
sabe entregar-se aos projetos de
outra forma que não seja de alma
e coração, foi com entusiasmo que
falou da sua participação na série
A Espia, em exibição na RTP, que
se passa em Portugal durante a
II Guerra Mundial e na qual dá
vida à sedutora e misteriosa Rose
Lawson. Um papel que lhe deu
a oportunidade de contracenar
pela primeira vez com outros dois
conceituados atores portugueses,
Diogo Morgado e Daniela Ruah.
– Acredita que a cultura é
importante para que as pessoas
se abstraiam deste momento que
vivemos?
Maria João Bastos – Claro
que sim, até porque nesta altura
em que as pessoas têm de estar
mais isoladas e em casa recorrem

MARIA JOÃO BASTOS: “TENTO MANTER AS


ROTINAS PARA PRESERVAR A SANIDADE MENTAL”
imenso à cultura, quer seja música, nos conhecíamos e tivemos uma estamos a viver. É preciso estudar horário estipulado de trabalho.
livros, séries ou filmes. A cultura empatia grande. Além de uma ex- a época que se vai retratar, porque Claro que depois sobra um pouco
é, de facto, a grande companhia celente e talentosa atriz, a Daniela tem hábitos, costumes e compor- mais de tempo, mas que também
da maioria das pessoas. É impor- é uma parceira incrível, porque é tamentos diferentes, e tudo isso se pode ser proveitoso. O trabalho
tante pensar nisso para que no dedicada, profissional, exigente. traduz na forma como olhamos, de atores é muito criativo, requer
futuro tenha, de facto, o valor Temos as duas a mesma postu- como falamos, como nos rimos ou muita pesquisa, portanto acabo
que merece. Quando isto tudo ra profissional, nos comporta- por considerar este tempo ‘livre’
passar, as pessoas podiam fazer portanto está- “Neste momento em mos. É preciso muito útil para preparar projetos.
esse agradecimento à cultura, indo vamos sempre uma atenção E estou a promover três projetos, a
ao teatro, vendo cinema, ver o que em sintonia, a
que estamos todos constante a novela Novo Mundo, que estreou
é feito em Portugal. Em relação à querer fazer o afastados uns dos tudo isto para na Globo, no Brasil, a série A
série, é um orgulho poder nesta melhor, a tra- outros, é importante conseguir que Espia, da RTP, e a novela Destinos
altura tão difícil levar ficção feita zer propostas
em Portugal, com muito carinho interessantes,
arranjar tempo para oconnosco. público viaje Cruzados, que está de regresso
à TVI. Tenho feito entrevistas
e amor, a casa dos portugueses. que, creio, fo- criar proximidade.” – Na fase e diretos nas redes sociais, por-
– Tem uma “parceira de cri- ram mais-valias que estamos a que também nisso tivemos de
me” com quem, curiosamente, para as nossas personagens. viver, tem conseguido manter o nos adaptar à nova realidade.
nunca tinha contracenado, a – Sendo uma personagem de espírito positivo? Tudo é feito a partir de casa,
Daniela Ruah? época, qual foi o maior desafio? – Tem sido bastante fácil, mas pelo telemóvel. Não tenho esta-
– Nem sequer a conhecia. Este – Retratar uma época é sempre tento manter as rotinas para do parada. E tenho mais tempo
encontro foi maravilhoso para as um enorme desafio para toda a preservar a sanidade mental. para investir na cozinha e tenho
duas. Ficámos com uma relação equipa, porque é extremamen- Continuo a acordar todos os dias descoberto aqui uma faceta muito
de amizade depois de o projeto ter te importante que em todas as cedo, tento fazer as mesmas coisas, interessante. Além de funcionar
terminado. Na verdade, quando cenas e momentos nunca exista a ginástica da parte da manhã, as como uma terapia, os resultados
nos encontrámos, parecia que já um distanciamento da época que minhas refeições saudáveis e um têm sido surpreendentes. Tenho
feito algumas coisas deliciosas.
– É uma pessoa otimista?
– Acho que tenho estado a
superar esta fase de uma forma
positiva. É um bom momento
para pensarmos em algumas coi-
sas que esta realidade nos vem
mostrar. Tento ver o copo meio
cheio. Mantenho o contacto com
a minha família e amigos diaria-
mente, mas também tenho ten-
tado pensar em algumas pessoas
que fazem parte do meu círculo
mas com quem não falo no dia
a dia. Tenho tentado usar algum
do meu tempo para estar atenta,
aquecer o coração de alguém, que
também aquece o meu, e criar essa
proximidade. Neste momento, em
que estamos todos afastados uns
dos outros, é importante arranjar
tempo para criar essa proximidade,
A atriz é uma das protagonistas da série
“A Espia”, exibida às quartas-feiras
“É um orgulho levar
ter atenção.
TEXTO: CLÁUDIA ALEGRIA FOTOS: DIVULGAÇÃO UKBAR
pela RTP e na qual interpreta o papel de
uma mulher misteriosa envolvida numa rede
ficção feita em Portugal
E PEDRO FERREIRA STYLING: XANA GUERRA CABELOS:
HELENA VAZ PEREIRA (DA GRIFFE HAIRSTYLE) de espionagem durante a II Guerra Mundial. a casa dos portugueses.”
ELSA HOSK NÃO DISPENSA A MÁSCARA PARA
PASSEAR COM O NAMORADO EM NOVA IORQUE
N
estes dias de isolamento so- Secret, transformou o seu lar num suas técnicas de culinária, Elsa
Seguindo as normas
cial devido à pandemia do estúdio de moda improvisado, aproveita para exercitar o corpo
de proteção, a manequim
novo coronavírus, Elsa Hosk onde tem feito várias fotografias nas caminhadas com o namorado, tem estado em casa,
trocou a sua rotina diária habi- intimistas para partilhar com os o empresário dinamarquês Tom saindo apenas para
tual, entre as passerelles e sessões seus seguidores nas redes sociais. Daly, no bairro de Soho, em Nova caminhadas com
fotográficas, pelo conforto da sua E quando não está a desempe- Iorque, mas sempre com as devidas o namorado, Tom Daly,
casa. A modelo sueca, de 31 anos, nhar esta tarefa, a que se somam máscaras de proteção. no bairro do Soho, em
que é um dos anjos da Victoria’s o ioga e o aperfeiçoamento das TEXTO: JOANA CARREIRA FOTOS: GETTY IMAGES Nova Iorque, onde vive.
PEDRO REIS E ANA FARIA PEREIRA FALAM DA

H
á mais de quatro anos, exigente. Já para Ana, de 40 anos, nossa vida toda. Mas estamos procedimentos, as medidas de
Pedro Reis mudou-se defi- que é proprietária da Farmácia bem de saúde, o que neste mo- contenção, foi tudo meio com-
nitivamente de Lisboa para Maria Aboim, mento é o que plexo, mas dentro de todo esse
Cabanas de Tavira, onde tem em Tavira, foi mais importa. ambiente temos estado bem
dado vida ao sonho de construir um aprender a “Tem sido desgastante Pedro – A – Ter de sair para trabalhar
uma família ao lado de Ana Faria conviver com o estar com uma criança Ana continua deixou-a de alguma forma mais
Pereira. Desde essa altura que o vírus de forma e uma bebé em casa. a trabalhar, a exposta ao vírus. Ficaram alar-
empresário, de 54 anos, apren- segura, uma vez ter de ir dia- mados?
deu a trabalhar à distância e se que continua a Chego ao fim do dia riamente para Ana – Sim, logo depois de ter
dedicou ao papel que mais prazer trabalhar. cansado, mas muito a farmácia, por sido declarado o estado de emer-
lhe dá: o de ser um pai presente − Como es- feliz.” (Pedro) isso para nós gência andei uns dias com tosse
para Carlota, de quatro anos, e tão a viver esta o isolamento e não me sentia muito bem, e
Matilde, de sete meses. Por essa fase? tem sido vivi- obviamente que fiquei com receio
razão, a adaptação a esta nova Ana – Confesso que no iní- do de forma diferente. No início, de que fosse Covid-19. Felizmente,
fase de confinamento devido à cio foi desgastante em todos os houve alguma apreensão com o não era. Acho que nesses primei-
pandemia de Covid-19 não lhe foi aspetos, psicológico, emocional facto de a farmácia continuar a ros 15 dias andávamos todos mais
muito estranha, embora seja mais e físico. Tivemos que adaptar a trabalhar, com a alteração dos aterrorizados.
VIDA EM FAMÍLIA EM TEMPO DE PANDEMIA
Pedro – Sim, mas apesar de para fazer quer que eu brinque verdade estava sempre agarrada energia e o tempo que perdíamos
haver uma tendência para afrou- com ela. É absorvente. Chego ao computador e era como se com coisas que não são impor-
xar, continuamos a manter as ao fim do dia cansado, mas ao estivesse fora. Não tinha muito tantes. O nosso foco passou a ser
regras do confinamento, para nos mesmo tempo tempo para dar o nosso bem-estar. Por exemplo,
sentirmos mais seguros. muito feliz. atenção à fa- aos fins de semana tínhamos
– Pedro, calculo que tenha – É uma “A primeira lição mília. Era uma uma agenda intensa de coisas
sido necessária uma nova logís- prova de fogo que eu tiro disto presença ausen- para fazer, o que acabava por nos
tica para gerir a vida com uma para uma re-
criança de quatro anos e um lação passar
tudo é a quantidade te, por isso não
sabemos o que
roubar tempo em família. Eu fiz
40 anos na Sexta-Feira Santa
bebé, 24 sob 24 horas... mais horas por de coisas que são é o 24 sobre 24 e, ao contrário dos outros anos,
– Com a farmácia aberta, eu dia debaixo do prescindíveis.” (Ana) horas. foi um dia superdescontraído e
fiquei com essa incumbência mesmo teto? – Há algu- teve um sabor especial. É uma
adicional de ter, além da Matilde, Ana – Nós ma lição a re- nova forma de estar e viver que
também a Carlota em casa 24 ho- gostávamos de ter tido essa prova tirar disto tudo? é muito tranquila.
ras. E sim, é desgastante, porque a de fogo. [Risos.] Houve dias em – Sem dúvida que sim. A pri- Pedro – Eu já tinha abraçado
Carlota puxa muito por mim. Tem que estive em teletrabalho devido meira é a quantidade de coisas esta nova forma de viver quan-
telescola e quando não tem coisas ao plano de contingência, mas na que são prescindíveis, depois, a do me mudei para cá há mais
Ana manteve-se a trabalhar na farmácia
da qual é proprietária e é a Pedro que
“Continuamos
cabe gerir o dia a dia de Carlota e a manter as regras
Matilde. Quando ambos podem e estão
juntos, as tarefas são bem partilhadas. do confinamento.” (Pedro)

de quatro anos. O slow living,


uma tendência com cada vez
mais seguidores de viver a vida
com tempo e deixarmos de ter
a preocupação de fazer muitas
coisas em pouco tempo, faz
cada vez mais sentido. E este
confinamento só serviu para
reforçar essa minha forma de
viver. Espero que todos retire-
mos uma lição desta pausa, não
esquecendo, obviamente, que a
economia tem de ser recupera-
da... Mas sem descurar o que é
mais importante.
TEXTO: CRISTIANA RODRIGUES
FOTOS: CEDIDAS PELOS PRÓPRIOS
Núria Madruga e Vasco Silva
com os filhos, Salvador,
Sebastião e Lourenço

T
al como em tantas casas supercompreensivos”, explicou a
no país, também Núria atriz à CARAS. Núria e Vasco
Madruga e Vasco Silva têm são ainda pais de Lourenço, de
tentado adaptar-se da melhor dois anos.
maneira, juntamente com os – Com dois filhos em teles-
filhos mais velhos, Salvador cola, como têm sido os dias em
e Sebastião, de oito anos, ao vossa casa?
ensino à distância, imposto pelo Núria Madruga – Tem sido
isolamento social. “Há dias me- uma aprendizagem para todos.
lhores que outros, mas sinto muito Porque a verdade é que os nossos
receio dos próximos meses, prin- filhos não estão de férias e há
cipalmente porque não há uma horários a respeitar, o que por
data para tudo terminar. Nós não vezes se torna complicado, já
escondemos nada dos nossos filhos, que existe uma tendência para
eles sabem o que se está a passar, relaxarem um bocadinho, porque
que o vírus é muito perigoso e que não estão nas salas de aula.
estão muitas pessoas a perder a – E como tem sido a adapta-
vida. Já estão em casa, sem sair, há ção do Sebastião e do Salvador
um mês e meio e até agora têm sido a esta nova vida?

NÚRIA MADRUGA: “A PRESSÃO DO QUE


ESTAMOS A VIVER É TÃO GRANDE!”
Núria e Vasco
têm tentado
adaptar-se,
com os filhos,
à realidade
da telescola.
Núria tem receios em
relação ao futuro, mas diz
que ela e o marido, Vasco
Silva, têm conseguido criar
um ambiente seguro e feliz

– Eles têm-nos surpreendido


muito pela positiva. Desde o
primeiro dia que ficámos em
casa que tentámos explicar-lhes
o que se estava a passar. Falamos
sempre com eles, vemos notícias
juntos, comentamos o que está a
acontecer, e eles têm percebido
e até hoje nunca se queixaram.
Eles acabam por ter sorte, porque
têm a companhia dos irmãos,
gostam muito de estar em casa
e porque não se sentem com-
pletamente fechados, uma vez
que têm espaço exterior para
soltar a energia e brincar. Claro
que me perguntam quando tudo
irá acabar, e de vez em quando
comentam que têm saudades dos
amigos, mas até agora a adapta-
ção deles tem sido surpreenden-
temente boa e nada dramática.

“Tem sido uma


aprendizagem para
todos. Estamos
também a
adaptar-nos a esta
nova realidade.”

– Acha que já lhes fazia falta


esta “normalidade” de terem
aulas, de falarem com os pro-
fessores e com os colegas?
– Sim, nestas idades eles va-
lorizam muito o seu tempo na
escola com os amigos. Também
lhes faz bem estarem sem os pais
e criarem a sua autonomia. Eles
ficaram superentusiasmados com
as aulas online, pois já tinham
muitas saudades dos amigos e
da professora.
– Sentem algum tipo de pres-
são para que os vossos filhos
consigam acompanhar tudo o
que é relacionado com a escola
ou acham que este tempo que
estamos a viver é muito espe-
cífico e que não há problema
se afetar de alguma forma este
ano letivo?
– Acho que temos de relativi-
zar um bocadinho. A pressão do
que estamos a viver já é tão gran-
de! Felizmente, a professora deles
também tem essa sensibilidade
em casa. A atriz confessa
que a atitude compreensiva
de Salvador, Sebastião
e Lourenço tem
sido uma grande ajuda.

e estamos a tentar fazer este


acompanhamento da melhor
forma possível, mas sem criar
ainda mais stress neles e em nós.
– Esta modalidade de ensi-
no implica mais desafios para
vocês, pais?
– Muito mais. Os pais estão
também a tentar gerir tanta infor-
mação e a tentar lidar da melhor
maneira com uma situação que
desconheciam. O problema, no
nosso caso, não é estar em casa,
porque nós adoramos e somos
muito caseiros, o problema é
não sabermos quando vamos
ter a nossa vida de volta. De
repente, somos obrigados a ficar
em casa, deixámos de poder estar
com familiares, de conviver com
amigos, no meu caso tive de dei-
xar de trabalhar e começar a ter
uma nova realidade em casa. Isto
tudo juntamente com o medo que
estamos a sentir e que tentamos
não passar aos nossos filhos. Com
duas crianças em idade escolar e
uma com dois anos, que está no
pico das descobertas, tem sido um
grande desafio.

“Com duas crianças


em idade escolar e
uma com dois anos,
que está no pico das
descobertas, tem sido
um grande desafio.”
– Há muita coisa para gerir
ao mesmo tempo: a família,
a casa, as refeições, a escola,
o trabalho, e ainda tentar ter
algum tempo para respirar um
bocadinho...
– Sinto que não paro um
segundo. Numa casa com cin-
co pessoas, normalmente há
sempre muitas coisas para fazer
e entramos em modo repeat.
Tempo para mim só tenho
depois de eles adormecerem,
e aproveito esse bocadinho,
que não é muito, mas dá para
renovar energias para o dia “Estamos a tentar fazer este
seguinte. acompanhamento sem criar
TEXTO: VANESSA BENTO
FOTOS: PAULO JORGE FIGUEIREDO E D. R. mais ‘stress’ neles e em nós.”
A viver esta fase
sozinha com as
filhas, Luz e Flor,
a atriz assume
que há momentos
complicados.

E
m casa desde os primeiros
dias de março com as filhas,
Luz, de 14 anos, e Flor, de
três, Bárbara Norton de Matos
tem vivido dias desafiantes, mas
sempre repletos de amor. “Ser
mãe solteira com duas crianças em
casa não é fácil, mas mantenho a
guarda partilhada de ambas, o que
me tem ajudado bastante, porque,
principalmente a Flor, é ‘dose’. É
muito difícil explicar a uma criança
de três anos por que é que não pode
ir aos parques, estar com outras
crianças, e acho que até ela anda

“Temos de nos
habituar a esta nova
realidade, até porque
acredito que tão
cedo não voltaremos
à vida que tínhamos. ”
stressada e muito irrequieta. Não
dorme bem e confesso que têm sido
dias complicados. Há muitas birras,
eu estou mais impaciente, mas não
deixo de manter o otimismo e temos
mesmo de nos habituar a esta nova
realidade, até porque acredito que
tão cedo não voltaremos à vida que
tínhamos”, assume a atriz, que re-
conhece a dificuldade em cumprir
horários e todas as obrigações.
“É muito difícil ser uma mãe com
rotinas em quarentena. Levantar
cedo, ter o almoço pronto a horas,
enquanto ajudo a mais velha na
telescola e brinco com a mais nova,
ter tempo para mim, arrumar a
casa... Sinto-me a escrava da casa.”
Sem gravar desde setembro do
ano passado, quando terminou a
novela Nazaré, e sem projetos pro-
fissionais para já, Bárbara assume
que, mesmo após o levantamento
do estado de emergência, pretende
manter-se resguardada: “A minha
vida não vai mudar muito. Talvez

BÁRBARA NORTON DE MATOS: “É DIFÍCIL SER


UMA MÃE COM ROTINAS EM QUARENTENA”
Sempre que possível, a atriz aproveita para passear com
as filhas junto de casa e em locais desertos. Bárbara
tem vindo a preparar as filhas para uma nova realidade
e a falar-lhes da importância do uso de máscara.

reveja a minha família, alguns ami-


gos mais próximos, mas vou tentar
estar o mais resguardada possível.
Manterei os passeios, o exercício
físico, mas julgo que com os mesmos
cuidados. Esta é a nossa nova vida
e os cuidados têm de passar a fazer
parte do nosso dia a dia.”
Apesar de não saber quando
regressará ao trabalho e em que
condições, a atriz assume estar
preparada para ficar parada mais
uns tempos: “Estou habituada a
estar um ano, um ano e tal, sem
trabalhar, estou sempre em conten-
ção, por isso estava preparada para
esta quarentena, como estaria se
não estivéssemos a passar por esta
pandemia.”
Quanto ao receio de que esta
fase deixe marcas nas filhas, a
atriz não se sente excessivamente
preocupada. “Acho que é mais difícil
para nós, adultos, eles adaptam-se
mais rapidamente a tudo do que
nós” , acredita, mas considera que
a experiência deixará marcas. “Este
tempo pôs-nos a todos a refletir sobre
várias coisas e acho que vai haver
consequências emocionais e finan-
“É difícil explicar a uma criança de três anos ceiras. A crise que iremos enfrentar
preocupa-me mesmo muito.”
por que não pode ir aos parques e estar com os amigos.” TEXTO: ANDREIA CARDINALI FOTOS: D. R.
A especialista em
assuntos europeus
comenta a forma
como a UE
está a enfrentar
a pandemia.

A
s críticas à forma como a
União Europeia tem gerido
a crise provocada pelo novo
coronavírus têm vindo de todo o
lado. A desunião entre os Estados-
membros, a falta de preparação
para lidar com a crise sanitária
e de solidariedade para com os
países mais afetados por este vírus
são algumas das fragilidades postas
agora a nu. Observadora atenta e
conhecedora da realidade euro-
peia, Isabel Meirelles reconhece
estes e outros erros no desempenho
da UE neste novo cenário mun-
dial. Contudo, a vice-presidente
do PSD e especialista em assuntos
europeus acredita que as medidas
já avançadas permitem manter a
esperança e vislumbrar “uma luz
ao fundo do túnel”, como expressou
nesta entrevista.
– Muitos têm criticado a atua-
ção da União Europeia neste
cenário de crise. Mesmo não
estando preparada para esta
pandemia, acha que a UE já
encontrou o rumo a seguir?
Isabel Meirelles – É verdade
que a União Europeia foi apanha-
da de surpresa com esta crise, que
não é igual à de 2008. Embora
estejamos perante uma página
ainda incerta, podemos concluir
que só com muita solidariedade
será possível pôr de pé os países
e a própria União Europeia, que
continuam a ser fustigados pela
maior tempestade do pós-guerra.
A Covid-19 pôs-nos de rastos. O
Eurogrupo obteve uma solução de
compromisso: 500 mil milhões de
euros para proteger trabalhadores,
empresas e finanças públicas. Não
é o acordo ideal, mas pode ser
uma luz ao fundo do túnel.
– Esta divergência de opiniões
entre os Estados-membros sem-
pre existiu ou considera que a
UE está mais desunida do que
nunca?

ISABEL MEIRELLES GARANTE: “A UNIÃO


EUROPEIA ENFRENTA A SUA MAIOR PROVA”
– A União Europeia já viven- – Concordo que, inevitavel- aconteceu no último Conselho Finanças holandês, que afirmou
ciou grandes períodos de desunião mente, os Estados da União que de Ministros da Zona Euro, em que se deveria investigar países,
e fazem parte da sua cronologia os têm uma economia mais robusta que a Holanda, longe de ser con- como Espanha, que afirmam não
avanços e recuos entre os agora e desenvolvida têm uma supe- siderado um dos grandes, conse- ter margem orçamental para
27 Estados-membros. O facto de o rioridade moral, guiu bloquear lidar com esta crise]?
Eurogrupo ter conseguido chegar e não só, sobre “É de um egoísmo as negociações, – Concordei e elogiei, porque
a um acordo, embora muitos o os mais frágeis. numa crise desta dimensão, que
considerem medíocre, demonstra Contudo, há e irresponsabilidade acabando por
impor muitos afeta não só a União Europeia
uma União que, ainda que frágil e que destrinçar imensa que a Holanda dos seus pon- mas o mundo inteiro, é de um
assente no mínimo denominador entre as deci- possa, sozinha, tos de vista e egoísmo e irresponsabilidade
comum, consegue avançar com sões que são imensa que a Holanda possa,
respostas e soluções, mesmo que adotadas por bloquear soluções de praticamente,
com cedên- sozinha, bloquear soluções de
não sejam as ideais. maioria, em salvação comunitária.” cias menores, salvação comunitária.
– Muitos dizem que para a que os ditos o desfecho das – Como é que acha que a
UE há “membros de primeira” grandes países têm uma voz mais negociações. UE deveria ter agido desde
e “membros de segunda”, uma forte, daquelas deliberações que – Concordou com o que disse o momento em que percebeu
vez que a opinião que acaba são adotadas por unanimidade. António Costa perante a posição que a epidemia tinha chegado
por prevalecer é a dos países Neste caso, cada país, por mais da Holanda [o primeiro-ministro à Europa?
com mais poder económico. pequeno e frágil que seja, tem um português declarou ser “repug- – É difícil de dizer, até porque
Concorda? verdadeiro direito de veto, como nante” a atitude do ministro das a inicial epidemia, que depois
A advogada, professora universitária,
especialista em assuntos europeus,
“Não é justo dizer-se
deputada e vice-presidente do PSD que a UE deveria ter
diz que a solidariedade entre membros
é essencial para a UE superar esta crise. agido mais rapidamente.”

se transformou em pandemia, Estados-membros e acionar todos imediato, através do Mecanismo europeia. Com este pacote, com-
chegou à Europa de supetão, os instrumentos de cooperação, Europeu de Estabilidade, ter plementado com outras medidas
sem que nada nem ninguém o como o Mecanismo Europeu de acesso a linhas de crédito para e instrumentos, será possível ter
pudesse prever. Por isso, não é Proteção Civil. apoiar custos diretos e indiretos esperança no day after da crise
justo dizer-se que a União deveria – Recente- relacionados sanitária.
ter agido mais rapidamente, dado mente foi “Os títulos de dívida com a cura e – Com que medidas a UE
que apenas estava preparada para aprovado um t r a t a m e nt o poderia avançar neste momento?
ameaças convencionais, seja de pacote de ajuda europeia serão da Covid-19. – A União já avançou com um
guerra clássica, terrorismo ou financeira para inevitáveis e deverão É um sinal de apoio aos Estados no formato de
crise económica. A lição a tirar os Estados- ter a participação solidariedade linhas de crédito do Mecanismo
é que a cedência de soberania membros, uma europeia que Europeu de Estabilidade, o fundo
implica que, a jusante, os cida- medida que se do Banco Central rompe com de resgate da Zona Euro, desti-
dãos sintam que há instituições seguiu à apro- Europeu.” uma rigidez nadas a cobrir custos diretos e
supranacionais que intervêm vação da flexi- negocial ina- indiretos dos cuidados de saú-
quando os europeus mais preci- bilização do défice de cada país. ceitável, designadamente com a de, tratamento e prevenção da
sam, que há uma Europa que é Estas medidas são suficientes flexibilização das regras do Pacto Covid-19, cujo montante pode
capaz de comprar equipamentos para minimizar os danos da de Estabilidade e Crescimento, chegar até 2% do PIB. Quanto
e medicamentos para os pro- pandemia? que tanta austeridade trouxe a aos trabalhadores, foi aprovada a
fissionais de saúde, transportar – Para já, há um avanço, Portugal, e permite, em parte, re- proposta da Comissão Europeia
e tratar dos doentes de outros dado que os Estados poderão, no cuperar semanas de muita inércia de um instrumento temporário, o
CONSULTÓRIO JURÍDICO DA COVID-19 – RENDAS

N
o passado dia 15 de abril Os inquilinos que optarem
foi publicada a Portaria por este mecanismo devem con-
n.º91/2020 que veio definir sultar as condições específicas
“um regime excecional para as dos empréstimos e de reembolso
situações de mora no pagamento assim como preencher o reque-
das rendas” na sequência da rimento disponível em www.
pandemia da Covid-19. portaldahabitacao.pt.
Após aprovação pelo IHRU,
Quando se aplica este regime o reembolso do empréstimo será
excecional? efetuado, a partir de janeiro de
Aplica-se, desde que demons- 2021, através de prestações men-
trada a quebra de rendimentos sais, iguais e sucessivas, de valor
como consequência direta das correspondente a um duodécimo
limitações operadas em nome (1/12) da renda mensal.
da saúde pública, a situações
de incapacidade de pagamento Podem os senhorios recorrer
das rendas habitacionais devidas a alguma das medidas previstas
a partir de 1 de abril de 2020 nesta Portaria?
e até ao mês subsequente ao O mecanismo de emprésti-
termo da vigência do estado de mos do IHRU é extensível aos
emergência. senhorios que fiquem em situa-
Como pode este regime ser ção de carência económica por
vantajoso para os inquilinos falta de pagamento de rendas.
habitacionais?
Os inquilinos podem ver Quais os critérios para poder
flexibilizado o pagamento da beneficiar de apoio?
renda ao senhorio e/ou recorrer Para poderem beneficiar des-
a empréstimo para pagamento tas duas medidas (suspensão do
de rendas junto do Instituto da pagamento da renda ou emprés-
Habitação e da Reabilitação timo do IHRU) os inquilinos
Urbana, I. P. (IHRU). Tal sig- devem demostrar que durante
nifica que qualquer inquilino o período do estado de emer-
habitacional pode optar pelo gência, e em virtude do mesmo,
não pagamento da renda, duran- tiveram uma quebra no rendi-
te o estado de emergência e mês mento do seu agregado familiar
seguinte ou ir pagando as rendas superior a 20%, decorrente de
deixando apenas em dívida o facto relacionado com a situação
valor que ultrapasse a taxa de epidemiológica provocada pela
esforço de 35%. Em ambos os doença Covid-19.
casos, o valor em dívida terá Quanto aos senhorios, de-
de ser pago ao senhorio em 12 vem fazer prova que, face aos
meses, iniciando-se estes dois rendimentos do mês anterior
meses após o fim do estado de ou do período homólogo do
emergência. Para tal basta ape- ano anterior, existiu igualmente
nas comunicar por escrito ao uma quebra no rendimento do
senhorio a sua intenção. seu agregado familiar superior
Por outro lado, os inquili- a 20%. Sendo que esta quebra
nos, podem recorrer também, tem de decorrer diretamente do
junto do IHRU, a um emprés- não pagamento de rendas pelos
timo (sem juros ou comissões seus arrendatários ao abrigo do SURE, que consiste em emprés- sempre de ser reembolsados.
de avaliação) para pagamento regime excecional. timos concedidos aos Estados – Os eurobonds seriam a
de renda. Este empréstimo será com o objetivo de os ajudar a melhor solução? Como vê o
concedido durante os meses Como pode um inquilino, salvaguardar postos de trabalho. entrave de alguns países a avan-
do estado de emergência e no ao abrigo desta Portaria, sus- Finalmente, quanto às empre- çarem para esta medida?
mês seguinte. Terá como limite pender o pagamento da renda? sas, a solução passa pelo Banco – É verdade que as negocia-
máximo a diferença entre o Basta comunicar a sua inten- Europeu de Investimento, que ções na União a 27 ou a 19
valor da renda mensal devida e o ção por escrito (preferencial- permitirá mobilizar até 200 mil são sempre muito difíceis, mas
valor resultante da aplicação ao mente por correio eletrónico) milhões de euros suplementares começa a cansar esta teimosia
rendimento do agregado familiar ao seu senhorio, juntando do- para as pequenas e médias em- por parte de alguns Estados de
de uma taxa de esforço máxima cumentos que comprovem que presas em dificuldades. A única não quererem ceder um pouco
de 35%”, não podendo o restante a quebra de rendimentos mensal questão é que se trata sempre da sua capacidade e credibilidade
rendimento do agregado familiar superior a 20% resulta da apli- de empréstimos, que, mesmo financeiras para acolher e diluir
ser inferior a 438,81 euros. cação do estado de emergência. em condições favoráveis, terão o risco de alguns países vergados
pela força de uma catástrofe – Pode significar a morte da podem ficar paralisados pelo fil- Embora crítica, Isabel
global, que tem na Europa as União Europeia caso os egocen- tro do egoísmo. Neste momento Meirelles admite que teria
sepulturas de mais de 60% das trismos nacionais se mantenham, tão difícil para muitos europeus, sido difícil as instituições
vítimas mortais do vírus. Para sendo que todos ficaremos a per- eu, enquanto portuguesa, tam- europeias terem tomado
já, há um avanço, mesmo que a der. bém sou italiana, espanhola e decisões mais cedo.
mutualização da dívida da Zona – Mas esta pandemia poderá francesa. Só com determinação
Euro fique em ponderação para também ser uma alavanca para podemos dobrar este ciclo de
mais tarde. Os títulos de dívida uma UE mais unida e bem brutalidade sanitária, económica
europeia serão inevitáveis e deve- preparada? e social e manter a chama da “Só com
rão ter a participação do Banco – A União Europeia enfrenta paz e da solidariedade como os
Central Europeu. a sua maior prova de fogo. Esta grandes esteios de uma Europa determinação
– Acha que esta crise pode
significar o fim da UE tal como
crise é gigantesca e ainda nem
sequer dispomos de todos os
que mantém viva a memória que
a ajudou a crescer.
podemos dobrar
a conhecemos? dados. Os decisores europeus não TEXTO: MARTA MESQUITA FOTOS: ARQUIVO CARAS este ciclo.”
CARAS
MOMENTOS

GEOMETRIA DOS DIREITOS


Em tempo de limitações e alvo de alguma
polémica, por configurar uma situação
de exceção, o Governo deu luz verde
à organização sindical CGTP para
comemorar o Dia do Trabalhador.
E organização foi a palavra que se aplicou
a este 1.º de Maio: várias centenas de
trabalhadores preencheram a Alameda
D. Afonso Henriques, em Lisboa,
de máscara e guardando entre si a distância
social recomendada em época de pandemia.
FOTOS: GETTY IMAGES

Uma espécie de “puzzle”, para lembrar


que os direitos, ainda que temporariamente
limitados, são para manter.
Carrie Symonds e Boris
Johnson estão noivos, mas não
se sabe a data do casamento

BORIS JOHNSON: QUINTO FILHO RECEBE O


Como muitos ingleses, às quintas-feiras Johnson
surge agora à porta do n.º 10 de Downing Street para
aplaudir o esforço dos profissionais de saúde

Um homem a entregar flores


Wilfred Lawrie Nicholas Johnson, primeiro filho
em Downing Street no dia
de Carrie Symonds e quinto do primeiro-ministro
em que Nick nasceu
britânico, nasceu no passado dia 29, em Londres.

W
ilfred Lawrie Nicholas ao colo e em que diz ainda: “Não
Johnson nasceu de boa saú- podia estar mais feliz. O meu coração
de no passado dia 29, no está cheio.”
University College London Hospital, Mais tarde, no anúncio “oficial”
e apesar de ter um nome tão gran- do nascimento do filho, o primei-
de – Wilfred era o nome do avô do ro-ministro britânico também fez
pai, Lawrie o do avô da mãe –, será questão de explicar a escolha do
tratado por Nick, em homenagem nome. Recorde-se que Johnson, que
a Nick Price e Nick Hart, os dois começou por ser a favor da imuni-
médicos do NHS (serviço nacional dade por contágio, se tornou um
de saúde) que foram decisivos na acérrimo defensor do stay at home
cura de Boris Johnson, que, devido depois de adoecer.
à Covid-19, esteve internado de 5 Nick é o primeiro filho de Carrie e
a 12 abril no St. Thomas Hospital, o quinto de Boris, que é pai de Lara
em Londres, tendo estado em perigo Lettice, de 27 anos, Milo Arthur,
de vida nos cuidados intensivos. de 25, Cassia Peaches, de 23, e
A escolha foi revelada pela mãe Theodore Apollo, de 21, nascidos
do bebé, Carrie Symonds, na sua do casamento de 25 anos com a
página do Instagram, a ilustrar uma advogada Marina Wheeler.
fotografia em que surge com Nick TEXTO: ANA PAULA HOMEM FOTOS: GETTY IMAGES

NOME DOS MÉDICOS QUE SALVARAM O PAI


PRINCESA CHARLOTTE FESTEJA CINCO ANOS

As novas fotografias da princesa mostram bem que herdou tanto traços


da mãe como do pai, como se vê nestas imagens de arquivo tiradas
quando Kate e William tinham mais ou menos a mesma idade da filha.
A AJUDAR OS VIZINHOS NECESSITADOS
R
etirados na sua casa de
campo, Anmer Hall, em
Norfolk, desde o início do
confinamento social, Kate e
William não deixaram de ser
solidários e têm feito tudo ao seu
alcance para ajudar os vizinhos
mais idosos e carenciados. E
porque querem que os filhos
aprendam, também eles, a cuidar
do próximo, envolvem-nos nessas
atividades. Foi por isso que as fo-
tos que a duquesa de Cambridge
tirou à filha, Charlotte, e que
partilhou no Instagram do
Palácio de Kensington (a sua
residência oficial) no passado
dia 2, data em que a princesinha
fez cinco anos, a mostram, sorri-
dente e empenhada, a distribuir
cabazes de compras pelas casas
dos vizinhos mais afetados pela
Covid-19.

Kate é a autora
das fotos partilhadas
no Instagram do
Palácio de Kensington,
da Casa Real e
de Clarence House.
Kate, uma apaixonada por
fotografia que sempre que possível
é a autora das fotos dos filhos que
divulga, consegue, sem dúvida,
captar imagens muito mais es-
pontâneas das crianças do que
quando são fotógrafos oficiais a
fazê-lo. Estas não são exceção,
e o que salta à vista nestas ima-
gens de Charlotte, adorável num
vestido de pied-de-poule preto e
branco e cabelo apanhado, é que
não só começa a trocar as feições
de bebé pelas de menina crescida,
mas também que a princesa tem
uma grande mistura de traços
dos pais quando estes tinham
aproximadamente a mesma idade.
Na mesma ocasião, tam-
bém no Insragram de Clarence
House, residência oficial do prín-
cipe Carlos, e no da Casa Real
foram partilhadas estas fotogra-
fias de Charlotte, com desejos de
um dia de aniversário feliz.
TEXTO: ANA PAULA HOMEM FOTOS: DUCHESS OF
CAMBRIDGE VIA @KENSINGTONROYAL,
GETTY IMAGES E D. R.
Mais notícias em caras.pt

GIGI HADID E ZAYN MALIK


Primeiro filho a caminho
Gigi Hadid viu-se forçada a confirmar a gravidez depois
de a mãe, Yolanda Hadid, ter anunciado a uma publicação
holandesa que a filha estava grávida e o parto estava previsto
para setembro. “Claro, nós é que queríamos ter anunciado, mas
estamos entusiasmados, felizes e agradecidos pelas mensagens
e apoio”, assegurou a modelo, de 25 anos, no programa The
Tonight Show, com Jimmy Fallon. Este será o primeiro filho de
Hadid e do músico Zayn Malik, ex-membro dos One Direction.
DOLORES AVEIRO MIMADA PELOS FILHOS
Mãe de Ronaldo recebe presente de luxo
Ainda a recuperar do AVC que sofreu há dois meses,
Dolores Aveiro não escondeu a felicidade de poder passar
mais um Dia da Mãe rodeada pelos filhos. Cristiano
Ronaldo, que acabou por passar uma temporada
na Madeira devido ao surto de Covid-19, que o impediu
de regressar aos treinos na Juventus, voltou a brindar

FOTOS: D.R.
a progenitora com um carro de luxo, ao lado do qual
Dolores Aveiro posou na fotografia que partilhou com os fãs.

SÍLVIA RIZZO
Atriz operada de
urgência à coluna
Cerca de uma semana depois
de ter sido operada à coluna,
Sílvia Rizzo assegurou
FOTO: GETTY IMAGES

à CARAS estar já em casa


a recuperar, onde conta com
a ajuda e o apoio dos filhos.
A atriz passou cerca de três
semanas a tentar suportar
as dores provocadas por
uma hérnia, mas, perante
SÓNIA ARAÚJO o agravamento dos sintomas
Agradecimentos provocados pela compressão
do nervo ciático, Sílvia
Por lapso, na entrevista acabou por ir à urgência
que publicámos na hospitalar e os médicos
FOTO: VICTOR HUGO PARA ANA SOUSA

edição n.º 1290, não optaram por avançar para


mencionámos que as a cirurgia. A atriz aproveitou
fotos da apresentadora ainda para alertar os
da RTP Sónia Araújo seguidores de que, perante
FOTO: JOÃO LIMA

foram cedidas pela uma situação grave, não


Glam Celebrity, agência se deve adiar a deslocação
que a representa. aos hospitais, para evitar
As nossas desculpas. consequências piores.
FOTO: JONAS EKSTROMER

CARLOS GUSTAVO DA SUÉCIA


Monarca celebra em isolamento o seu 74º aniversário
Tal como aconteceu com outros membros da realeza europeia, o rei Carlos Gustavo
da Suécia celebrou o seu 74.º aniversário longe dos familiares, sem festa ou visitas
de amigos. Para assinalar a ocasião, a Casa Real partilhou fotografias do monarca
no Palácio de Stenhammar, em Flen, a cerca de uma hora e meia de Estocolmo,
onde tem cumprido o seu isolamento social com a rainha Sílvia. Desde então,
é a princesa herdeira, Victoria, quem se tem responsabilizado pelos assuntos da coroa.

LEA MICHELE
Atriz e cantora
está grávida
Lea Michele parece
ter finalmente
encontrado
a estabilidade
emocional. Após
dois anos de vida
em comum com
o empresário Zandy
Reich, o último dos
quais casada, a atriz
FOTO: D.R.

da série musical
Glee, de 33 anos,
anunciou estar grávida
LILIANA CAMPOS do primeiro filho. A
Troca de nomes novidade foi partilhada
com os fãs através das
Na última edição da CARAS, Liliana Campos partilhou redes sociais e, apesar
algumas das suas preocupações relacionadas com de não ter revelado
o surto de Covid-19 e as novas rotinas dentro dos detalhes como o sexo
estúdios de gravação da SIC, onde conduz o programa do bebé ou o tempo de
Passadeira Vermelha. Lamentavelmente, o apelido gestação, a fotografia
FOTO: D.R.

da apresentadora não foi publicado corretamente denuncia o avançado


no título, pelo que pedimos as nossas desculpas. estado de gravidez.
A apresentadora
da SIC fala dos
desafios pessoais
e profissionais
de apresentar
um programa
em plena pandemia.

C
om os olhos postos na filha,
Alice, que completa dois
anos a 30 de maio, Andreia
Rodrigues admite que os tempos
que aí vêm trarão muitas dúvidas,
mas também desafios. Com a
nova edição do programa Quem
Quer Namorar com o Agricultor?
a estrear-se em plena pandemia, a
apresentadora tem vivido os dias a
equilibrar trabalho e vida familiar.
Numa conversa com a CARAS,
Andreia falou-nos dos desafios
do seu trabalho, das emoções
que este tempo sem precedentes
que vivemos desencadeia e, cla-
ro, de esperança num futuro em
que reconquistaremos aquilo que
perdemos.

“Abraçar o meu
marido e a minha filha
funciona como um
balão de oxigénio.”

– Tempos difíceis exigem me-


lhor entretenimento?
Andreia Rodrigues – Acho
que, acima de tudo, exigem o es-
forço para que, perante o panora-
ma atual, não se baixe a qualidade
do que oferecemos às pessoas.
– Trabalhar agora exige me-
didas de segurança diferentes. O
que mudou?
– Mudou muita coisa. Desde o
uso de máscaras, os cuidados de
desinfeção, o afastamento, são
inúmeros os procedimentos e cui-
dados, mas na minha perspetiva o
mais difícil é a falta dos abraços, da
proximidade do outro, seja colega

ANDREIA RODRIGUES
“A MINHA FILHA É A
PERSONIFICAÇÃO DA ESPERANÇA”
Andreia Rodrigues admite
que, por mais que tente
resistir, há dias mais
desafiantes, em que o medo

de trabalho, convidado ou público.


– A trabalhar durante o estado
de emergência, como conseguiu
articular segurança, família e
trabalho?
– Com alguma naturalidade.
Logicamente que o processo em
si é mais tenso – mas é para mim
e acredito que para todos. A tran-
sição da liberdade e normalidade
que vivíamos para esta nova forma
de estar era obrigatória e neces-
sária. É o que não podia ser de
outra forma, portanto temos de
nos adaptar e continuar.
– Quem Quer Namorar com
o Agricultor? também fala de em-
patia, companheirismo e amor.
Nestes tempos, esses sentimen-
tos ganham uma importância
diferente?

“Todos os dias amo


mais a Alice. O amor
que tenho por ela
é restaurador.”
– Eu acho que esses sentimen-
tos sempre foram valorizados e im-
portantes para a maioria. Sempre
nos deixámos tocar por eles, mas
não há dúvidas de que o programa
traz ao de cima esses sentimentos
e nos liga ao outro, sinto que de
alguma forma quem vê vive tam-
bém as emoções de quem ali está
a viver a experiência.
– Esta crise também inten-
sificou o desejo de comer de
forma mais saudável e de nos
tornarmos mais sustentáveis,
vendo-se muitas pessoas a criar
a sua própria horta. Será uma
tendência para ficar?
– Será fantástico se essa ten-
dência vier para ficar. Acima
de tudo, no que diz respeito à
sustentabilidade e a uma maior
consciência do impacto das nossas
escolhas e formas de vida.
– Enquanto mãe, mulher e
profissional, o que tem sido mais
duro de viver neste tempo difícil?
– Por mais que tente resistir,
há dias mais desafiantes, em que
o medo em relação aos meus tem
“O programa traz ao de cima sentimentos – empatia, algum impacto, mas tento sempre
ver o copo meio cheio! As sau-
companheirismo, amor – que nos ligam ao outro.” dades dos meus, as saudades dos
em relação aos seus tem
algum impacto. Porém,
salienta que olha para
o futuro com esperança.

abraços, de viver a liberdade... Há


dias que são mais difíceis de gerir.
– A verdade é que de tudo
também retiramos aspetos po-
sitivos. Quais têm sido os seus?
– Eu não sou de criar florea-
dos em relação ao que estamos
a viver. Isto é uma treta. Estou,
creio que à semelhança de todos,
farta disto. Mas aprendi algumas
coisas, nomeadamente a não fazer
demasiados planos e a não esperar
para fazer um dia aquilo que posso
fazer agora. No futuro, se sentir
vontade de visitar os meus avós,
não vou esperar pela semana se-
guinte, tal como não vou esperar
para ir até à praia e correr com a
minha filha e a minha cadela na
areia só porque o dia não está tão
convidativo. Depois, acho que é
na adversidade que conhecemos
as pessoas, e não há dúvidas de
que, mais uma vez, por terras
de Portugal a solidariedade e a
resiliência mostram as pessoas
que por cá temos.

“Não podemos
levantar a guarda
agora, sob pena de
tudo ter sido em vão.”
– Como lida com a preocupa-
ção e a incerteza que vivemos?
– Um dia de cada vez. Tento
não deixar que o negativismo
se apodere de mim e pensar que
parte do percurso está feito, falta
menos tempo do que há dois me-
ses. Tenho todos os cuidados e
protejo os meus de todas as formas
possíveis. Não podemos levantar
a guarda agora, sob pena de tudo
ter sido em vão.
– O que diz a si própria e
a que técnicas recorre quando
precisa de se acalmar?
– O exercício em casa é um es-
cape. Ouvir música. Mas na reali-
dade é um exercício de resistência,
posso fazer uma analogia com a
corrida. Se tenho 20 km para cor-
rer, em determinada altura o corpo
começa a ficar cansado e parar ou
desistir pode ser tentador. Se nessa
altura pensar que ainda me faltam
10 km, provavelmente irei desistir
e entregar-me à exaustão, se, por
outro lado, pensar “já só faltam 10 sentimentos. A consciência do
km”, a mente gere o cansaço de que nos vai na alma é o que nos
forma diferente e algo se aciona permite mudar o foco. É isso que
que me faz continuar e não desis- tento fazer: focar-me nas coisas
tir nem deixar que o cansaço se boas. Brincar com a minha filha,
apodere. O ser humano tem uma com a minha cadela, imaginar-nos
capacidade de resistência incrível. no futuro. Abraçar o meu marido
– Não estamos apenas a en- e a minha filha funciona como um
frentar uma pandemia de saúde balão de oxigénio.
global, mas também uma catás- – Como passou a ser olhar
trofe humanitária global. Isso para o futuro pelos olhos da sua
ajuda a ver o que de verdade Alice?
importa? – É incrível.
– Acho que “Aprendi a não Ela é para mim
sim. Mas na esperar para fazer a personificação
realidade to- da esperança.
dos sabemos o um dia aquilo que Todos os dias
que importa, e posso fazer agora.” a amo mais. O
já o sabíamos. amor que tenho
Infelizmente, às vezes só temos a por ela é avassalador e esse amor
real perceção perante situações é restaurador.
destas. Não são os outros que – Como nos reposicionaremos
morrem, não são os outros que depois disto?
veem negócios a fechar, não são – Acho que os primeiros tem-
os outros que vivem guerras... pos trarão muitas dúvidas, há
Precisamos de ser mais empáticos! muitas pessoas que estão a passar
Um dia, “os outros” podemos ser por dificuldades. Se será fácil?
nós e os nossos. Acho que será desafiante, mas
– Como faz para deixar para acredito que vamos ultrapassar
trás o medo e deixar florescer a tudo isto e iremos, a seu tempo,
“Precisamos de ser mais esperança? reconquistar aquilo que perdemos
empáticos! Um dia, ‘os outros’ – O medo faz parte. Acho que ou fomos deixando para trás.
aceitar o que sentimos é essen- TEXTO: NATALINA DE ALMEIDA
podemos ser nós e os nossos.” cial para podermos gerir esses FOTOS: PAULO SIMÕES / FREMANTLE E D. R.
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Dias úteis das 9h às 19h
Pediatra há 15 anos, assume
a abertura das creches “como
um direito que está a ser reposto”.

E
specialista em pediatria há incontrolável. Quanto a começar
15 anos, João Bismarck com os mais novos, a decisão
Pereira, de 47 anos, foi co- política é complexa e não fo-
fundador e é atualmente coor- ram completamente explicitados
denador da Unidade de Pediatria os motivos, mas, pessoalmen-
do Hospital dos Lusíadas Lisboa e te, ocorrem-me vários: algumas
o responsável pelo Atendimento crianças mais velhas poderão
Permanente do mesmo. Pai de ficar sozinhas em casa enquanto
três adolescentes, de 19, 14 e 11 os pais vão trabalhar, mas os mais
anos, e casado com uma médica pequenos não, e a economia exige
especialista em cirurgia plástica, que o país retome o trabalho; os
conta: “Eu e a minha mulher esta- pais destas crianças mais novas
mos a viver em quartos separados são tendencialmente mais novos
e sem tocarmos nos nossos filhos.” e é expectável que tenham um
Também por isso, o hospital tem curso de doença melhor se infe-
sido a sua casa nestes meses de tados; os grupos de crianças nas
pandemia. Tempo para dormir, creches são mais pequenos – res-
assume, “sobra muito pouco”. tringindo o contacto e facilitando
Sem rodeios e muito prag- a contenção de surtos; o facto de
mático, dá a sua opinião sobre as creches serem habitualmen-
a abertura das te mais locais
creches, ten- “As crianças sempre se reduz a distân-
tando esclare- cia atravessada
cer eventuais infetaram nas creches e a utilização
dúvidas dos e não será durante de transpor-
pais. uma pandemia que tes coletivos,
– Está pre- facilitando a
visto as cre- isso vai deixar de contenção que
ches reabri- acontecer. Tentemos é possa vir a ser
rem em maio que seja controlado.” necessária. O
e o pré-esco- que é aqui mui-
lar em junho. tíssimo impor-
Porquê expor as crianças mais tante é não esquecer os avós!
pequenas? Esses, sim, são uma população
João Bismarck Pereira – de risco e devem, infelizmente,
Antes de mais, temos de aceitar manter-se afastados dos netos que
a premissa de que não podemos andam nas creches.
estar indefinidamente em isola- – Havendo alternativa, devem
mento social, à espera de uma as crianças desta faixa etária
vacina, porque sabemos que a permanecer em casa até ao pró-
sociedade tem muito a perder. ximo ano letivo?
Relembro que o objetivo do es- – Penso que devemos assumir
tado de emergência nunca foi a creche como um direito que
aguardar a extinção da doença, está a ser reposto. A escolha é
mas evitar um pico de casos que totalmente pessoal e depende,
esgotasse a capacidade dos sis- acima de tudo, da capacidade de
temas de saúde de tratarem os cada família se manter funcional
doentes. Entretanto, o país teve e com um ambiente estimulante
tempo para se preparar. O dese- em termos psicomotores. Fora da
jável, na ausência de uma vacina época da Covid-19, se se questio-
(que parece estar ainda longe), nassem alguns pediatras sobre a
é atingir a imunidade de grupo melhor idade para, num mundo
com o mínimo de fatalidades ideal, as crianças ingressarem nos
possível, o que só se consegue se estabelecimentos de ensino, con-
não houver um pico de contágio siderando num prato da balança

JOÃO BISMARCK PEREIRA: “NÃO PODEMOS


ESTAR INDEFINIDAMENTE EM ISOLAMENTO”
a socialização e no outro prato a BCG conferir proteção contra superfícies, na diminuição dos focos de disseminação de doença.
as infeções do “infetário”, tenho a Covid-19, havendo apenas uma grupos que contactam uns com – Como é que se explica a
ideia de que muitos preferiam que associação estatística. Como tal, é os outros (turmas mais pequenas, crianças com menos de três
as crianças só ingressassem após uma falsa questão. O que sabemos refeições desencontradas...), evitar anos que não podem estar perto
os dois anos. Mas isso exigiria é que as crianças desta idade têm que pais e fornecedores entrem umas das outras nem partilhar
famílias preparadas para essa maioritariamen- durante o ho- brinquedos?
realidade, o que nem sempre é te uma doença “O objetivo do estado rário letivo, – Não é possível, claro. A hi-
possível. Além disso, muitas vezes com um curso de emergência etc. Mas isso giene frequente de brinquedos e
a solução inclui os avós, o que mais benigno. são responsa- superfícies, o que tem necessa-
nesta época está, diria, proibido. E isso tranqui- nunca foi aguardar bilidades da riamente implicações na escolha
– Falou-se na possibilidade de liza-nos. a extinção da doença, creche. Os pais dos mesmos, é a arma que temos.
a vacina da BCG poder trazer – Quais mas sim evitar têm de moni- – E como irão eles entender
vantagens para minimizar os devem ser os torizar as alte- o distanciamento social das
riscos da Covid-19 e as crianças procedimentos um pico de casos.” rações clínicas educadoras quando precisarem
que frequentam creches são as para uma maior de todos os que de colo e carinho? Não irá isso
mesmas que não têm esta va- segurança de todos, crianças e coabitam e promover o regresso marcá-las emocionalmente?
cina no seu plano nacional de profissionais do ensino? ao isolamento após qualquer sus- – Não imagino nenhuma
vacinação... – A receita não varia. Baseia- peita e após contacto com uma educadora de infância a negar
– Não há ainda dados científi- se na etiqueta respiratória, na linha de apoio, diminuindo assim colo e carinho. Haverá mais
cos definitivos a apoiar a tese de lavagem frequente das mãos e o risco de os seus filhos serem cuidados, melhor monitorização
Foi junto ao Hospital dos Lusíadas Lisboa, onde passa a maior parte dos seus dias,
que conversámos com o pediatra, que assumiu ser a favor da abertura das creches,
já que uma vacina ainda está longe de ser descoberta e o que se pretende
é atingir a imunidade de grupo com o mínimo de mortes possível.

de sintomas, mais higiene, mas dolar question”. Há vários estudos – Há reports a surgir de todo o com o médico. Com o seu médico
quem muda fraldas tem de dar em curso para avaliar a “vida lado. Até ao momento não há da- poderá decidir se deve ou não ir
colo. Mas vamos desistir já da após a Covid-19” e estão a ser dos que permitam concluir a cau- à urgência. Neste momento, o
ideia de que vamos pôr crianças produzidos alguns resultados. sa. Parecem surgir em populações que mais me preocupa não é a
na creche e de que elas não se Os dados em crianças são muito com muita atividade Covid-19, Covid-19, mas o aumento assus-
vão infetar. As crianças sempre poucos, porque mas em crian- tador da mortalidade por doenças
se infetaram nas creches e não as crianças têm “Os avós são, sim, uma ças tanto po- não relacionadas com o SARS-
vai ser durante uma pandemia muito raramen- população de risco sitivas como Cov-2 por atraso no recurso ao
que isso vai deixar de acontecer. te doenças gra- negativas para serviço de urgência. É igualmente
Tentemos é que seja controlado e ves. e devem manter-se, o vírus. Penso preocupante, no tema da saúde
prestando às crianças e famílias os – Em Itália infelizmente, afastados que ao longo infantil, que estejam a surgir
melhores cuidados que vão sendo e no Reino dos netos que das próximas atrasos nas vacinas do Plano
necessários. Unido foram semanas deve- Nacional de Vacinação. Num
– Este é um vírus novo e reportados andam nas creches.” mos começar a país que sempre teve uma das
desconhecido. Poderá deixar mais casos de ter respostas. mais invejáveis taxas de cobertura
sequelas nas crianças? Têm-se crianças com sintomas seme- – A que sintomas os pais vacinal, não se pode correr agora
levantado algumas questões a lhantes à síndrome de choque devem ter atenção e quando o risco de voltarmos a ter mortes
este nível que ainda não têm tóxico e à doença de Kawasaki recorrer às urgências? por tosse convulsa em bebés ou
resposta... e suspeita-se de uma correlação – Nada mudou, a sensação de um novo surto de sarampo.
– Essa é mais uma “one million com a Covid-19... doença deve levar ao contacto TEXTO: ANDREIA CARDINALI FOTOS: LUÍS COELHO
CARAS HORÓSCOPO
por Paulo
Cardoso
CARNEIRO LEÃO SAGITÁRIO
(21/3 A 20/4) (23/7 A 23/8) (23/11 A 21/12)
Nesta fase está capaz de tornar Esta semana prestará maior aten- Este é um período em que terá ne-
mais harmonioso, mais agradável ção ao que se passa com os ou- cessidade de transmitir aos outros
e leve o ambiente da sua vida tros. É uma altura em que todas as aquilo que sente. Está sensível em
quotidiana. Contacta com os outros de relações podem ser influenciadas; depen- relação ao modo como reagem as pessoas
uma forma simpática. Poderá ter alguma derá da sua atitude influenciá-las de uma que o rodeiam. Precisa de harmonia e equi-
tendência para se dispersar. Irá desejar forma positiva ou negativa. Utilize as boas líbrio nas suas relações pessoais. Há um
rodear-se de coisas bonitas e apreciar o energias de que dispõe para desenvolver maior desejo de intimidade, de expressar
que de belo existe à sua volta. Vai conseguir um relacionamento sem conflitos. Procure e de receber afeto, o que lhe trará grande
expressar-se de um modo mais emocional. fazer uma alimentação mais equilibrada. satisfação.

TOURO VIRGEM CAPRICÓRNIO


(21/4 A 21/5) (24/8 A 23/9) (22/12 A 20/1)
Neste período possivelmente terá Procure dar ao seu corpo a aten- Neste momento as suas preocupa-
uma maior capacidade para se ção que ele merece. Que tal um ções centrar-se-ão, sobretudo, em
autoexaminar com grande objeti- regime alimentar mais adequado questões domésticas, de trabalho
vidade e distanciamento. É igualmente um à sua idade e ao seu estilo de vida? Se ou saúde. Tudo o que agora fizer procurará
momento intelectualmente ativo, o que lhe trabalha, está agora a atravessar uma boa fazer com perfeição, exigindo muito do seu
pode ser útil se decidir dedicar-se a um fase nessa área. A sua eficiência e a sua próprio desempenho. Aproveite para cuidar
projeto importante. Deverá também passar capacidade de organização estão em alta, da sua saúde. Dentro das limitações deste
a preocupar-se mais com o seu bem-estar quer trabalhe para outrem com fins lucra- momento, procure fazer algum exercício
físico, fazendo algum exercício. tivos, quer esteja apenas a ajudar alguém. físico, por exemplo caminhadas.

GÉMEOS BALANÇA AQUÁRIO


(22/5 A 21/6) (24/9 A 23/10) (21/1 A 19/2)
A conjuntura é propícia ao autoco- Irá atravessar nesta semana uma Durante estes dias vai sentir-se
nhecimento. Procure refletir sobre fase de grande lucidez e expansão feliz e bem-disposto, em especial
si, sobre a sua personalidade, a nível intelectual, a qual lhe per- no campo sentimental. As ativida-
procure rever a sua imagem, a sua maneira mitirá planear a sua vida, tanto no campo des criativas despertarão o seu interesse,
de estar e de se relacionar com o mundo afetivo como no profissional, a longo prazo. trazendo a satisfação de ver concretizada
exterior. Poderá sentir uma certa angústia e A sua exuberância e espírito criativo atrairão a sua expressão pessoal. Talvez sinta que
nervosismo. Procure dedicar-se a trabalhos o apoio e solidariedade de que venha a a sua autodisciplina está diminuída, pois
que o distraiam e ocupem o seu espírito, necessitar para concretizar os seus planos. atravessa uma época de pouca disponibi-
levando-o a uma atitude positiva. Faça um plano alimentar equilibrado. lidade para as rotinas diárias.

CARANGUEJO ESCORPIÃO PEIXES


(22/6 A 22/7) (24/10 A 22/11) (20/2 A 20/3)
Estará numa fase mais espiritual, Terá tendência para se sentir im- Vénus acentua o seu lado mais
sonhadora e filosófica. Aproveite paciente e irritado, o que poderá caseiro. Que tal aproveitar para
para ler sobre temas ligados à originar conflitos com os seus fazer algumas limpezas, reformas
espiritualidade. Siga a sua intuição e apre- familiares. Nesta altura, vai querer impor a domésticas ou redecorar a casa? Este é
cie a tranquilidade e a paz que daí poderá sua vontade em assuntos relativos à casa um período de maior sensibilidade, que se
obter. É possível que alguém precise da e à família, mas deve pensar bem antes de traduzirá na expressão dos seus afetos de
sua ajuda e dedicação, mesmo que seja agir, controlar-se e não ter atitudes arrogan- forma tranquila e harmoniosa. À sua volta
só virtual, auxílio esse que prestará com tes, para evitar conflitos. A sua segurança instalar-se-á um clima de harmonia que lhe
elevado sentido de solidariedade. interior vai ser posta à prova nestes dias. trará muito bem-estar.

www.paulocardoso.com
CARAS CRUZADAS

HORIZONTAIS cereais (cevada, trigo, aveia). 75. Para chamar a Passar a língua sobre. 10. Sangue que escorre. Unidade de trabalho em todas as suas formas.
1. A atriz Alexandra (…) deixou a TVI e mudou- atenção, para fazer andar ou parar os animais, 11. Prefixo indicativo de movimento, direção, 76. Capital do Zimbabué. 78. Meter em mala.
-se para a SIC. 7. Fazer pressão de cima para segundo a entoação (interj.). 77. Espécie de junção. 12. Unidade monetária da África do Sul 80. Espécie de enguia. 81. Altar cristão. 82.
baixo. 13. Comboio de alta velocidade (sigla, palanquete ou coro, construído ao ar livre, para e da Namíbia. 14. Cálice místico que, segundo Haveres. 83. Imita uma detonação (interj.). 87.
fr.). 16. Mulher que não crê em Deus. 17. Cobrir concertos musicais. 79. Contusão. 81. Pranchão a lenda medieval, serviu a Jesus na última ceia Película. 89. Cerimónia pública e solene (pl.).
iguarias com um polme para as fritar. 19. Nome que cobre os topos das aposturas do navio. 84. com os apóstolos. 15. Observa. 17. Grito de 92. Artigo (abrev.). 94. Relação, lista. 96. Mau
da letra R. 20. Arte de adivinhar pela invocação Patrão (pl.). 85. Planta liliácea da China. 86. dor ou de alegria. 18. Conjunto das raízes de cheiro. 98. A mim. 100. Antes de Cristo (abrev.).
do espírito dos mortos. 24. Mulo. 25. Espécie de Género de moluscos acéfalos hermafroditas uma planta. 21. Coloca mais alto. 22. Cume. 23.
pelica muito fina e macia. 27. Coliga. 28. O m. q. que vivem encerrados numa concha bivalve. 88. Enrubesce. 26. Designação vulgar do pneumáti-
árgon. 29. Pôr sob as ordens de. 33. Estaca para Escuridão. 90. Antigo (abrev.). 91. Cólera. 93. co. 30. Designa admiração, cansaço (interj.). 31.
empar. 35. Atmosfera. 37. Dedicação ardente. Entreabrir. 95. Encher de matas ou mataduras Que move muito a cauda. 32. Diz-se do lugar SOLUÇÃO DO NÚMERO ANTERIOR
38. Desenho caprichoso em cerâmica e peças (os animais). 97. Sectário do mormonismo. 99. onde cai muito orvalho. 34. Ajustamento. 36. Suf.
de charão. 40. Tornar menos assíduo. 41. Diz-se Desbravar. 101. Pancada com a roca. 102. Vela de agente ou profissão. 38. Que está imedia-
da cor azul em heráldica. 43. Contr. da prep. em latina do mastro grande. 103. Entrar no período tamente antes do penúltimo. 39. Preocupação
com o art. a. 44. Trombeta. 46. Ligam. 47. Letra da adolescência. 104. Curar. constante. 42. Coroado de louros. 45. Rio da
grega correspondente a P. 48. Mistura de farinha Suíça. 46. Relativo a larva. 47. Exprime a ideia
com um líquido, formando pasta. 49. Cano em VERTICAIS de anterioridade (pref.). 48. Observaras. 50.
que se reúnem as águas das estradas. 51. 1. Tecido forte de linho grosso. 2. Pitorra que Enfurecer. 52. Parte do boné ou da barretina
Elemento de formação de palavras que exprime se faz girar com os dedos. 3. Ação (feita ou por que cai sobre os olhos. 57. Género de batráquios
a ideia de por cima de. 53. Possuir. 54. Grande fazer) considerada na sua essência ou resultado. urodelos. 59. Nome de um mamífero (Brasil).
porção. 55. Rente. 56. Frações. 58. Emprega-se 4. Componente mínima de significação de uma 62. Contr. da prep. a com o art. o. 64. Embeber
para excitar ou animar (interj.). 60. Prender-se palavra (Ling.). 5. Mitra com três coroas que o em líquido uma substância. 65. Colheita que
com elos. 61. Sociedade anónima (abrev.). 63. Papa usa em certas cerimónias. 6. Produzir um se faz no outono. 67. De grande diâmetro. 70.
Seguro. 66. Grande nariz. 68. Margem do rio. 69. ruído áspero. 7. Categoria social. 8. Designa Fazer ver. 72. Destituído de pelos. 73. Instituto
A unidade. 71. Tenebroso. 72. Aguardente de intensidade, separação, oposição (pref.). 9. Camões (abrev.). 74. Doença das videiras. 75.

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S
Com os projetos
televisivos suspensos, o
casal de apresentadores
gere as suas páginas
digitais a partir de casa.

N
a impossibilidade de realizarem o seu
trabalho em televisão, João Montez,
de 29 anos, e Inês Gutierrez, de 28,
aproveitaram esta fase de confinamento para
se dedicarem aos seus respetivos projetos di-
gitais em casa. Entre os vídeos para as redes
sociais, os cozinhados e o exercício físico, os
dois apresentadores da TVI, que são namo-
rados há quatro anos e vivem juntos há dois,
muniram-se de espírito positivo e optaram
por explorar o melhor a fazer nesta altura: o
tempo para refletir e para fazer outras coisas
que até agora não lhes eram possíveis devido
à intensidade da sua vida profissional e social.
“É preciso perceber que todos nós estávamos
a precisar de parar, de estarmos connosco e
refletirmos sobre o que tem acontecido e o que
pode acontecer. Temos de tirar o lado bom, eu
sou muito otimista e gosto sempre de fazer esse
exercício na vida”, reconhece Inês.

“É inegável que esta fase


acaba por ser um teste,
mas estou muito feliz
e orgulhosa por a superarmos
com sucesso.” (Inês)
– O período de quarentena foi fácil de
gerir?
João Montez – Houve um grau de difi-
culdade maior no que toca a adaptarmo-nos
a estar longe das pessoas de quem gostamos.
Foi um mal necessário e encarámos o estar
em casa como um desafio.
Inês Gutierrez – Acho que tentámos
aproveitar o tempo da melhor forma possí-
vel. Tempo foi uma coisa que todos pedimos
nos últimos anos e conseguimos tê-lo agora.
Temos de conseguir tirar o lado positivo
desta situação menos feliz que vivemos.
Tentámos ao máximo manter rotinas e ho-
rários. Trabalhar e fazer exercício durante a
semana e desligar um pouco ao fim de sema-
na. Isso é muito importante para mantermos a
sanidade mental e continuarmos a fazer uma
vida diferente, mas saudável e equilibrada.
– Sentem receio quando saem à rua para
ir trabalhar?
João – O meu contacto com o público
foi sempre em casa, a Inês é que foi gravar
algumas vezes ao estúdio.

JOÃO MONTEZ E INÊS GUTIERREZ REVELAM:


“APROVEITÁMOS PARA NOS REINVENTARMOS”
O casal faz jogos, organiza
festas de pijama...

... e aperfeiçoa as
técnicas culinárias

O exercício físico faz


parte da rotina diária

Inês tem trabalhado em


estúdio esporadicamente

Namorados há quatro anos e a viverem juntos há dois,


João e Inês revelam que o mais importante é respeitar
o espaço e o tempo um do outro, principalmente nesta fase.
Inês – Estranhei, claro, é uma situação que
não é normal, mas o ser humano adapta-se
a tudo. Felizmente, estamos informados,
temos noção da dimensão do problema. Por
isso temos de estar conscientes e agir em
conformidade com isso. Vou protegida e
tenho alguns cuidados que antes não tinha.
Cumprimos a nossa missão e vamos para casa,
não há convívio, só nas horas de trabalho.
– Em termos profissionais, esta situação
assusta-vos certamente...
João – Seja qual for o setor, neste mo-
mento a insegurança que é vivida acaba por
ser transversal. Isto dá-nos um novo olhar
sobre o mundo que nos rodeia. Os programas
onde estamos inseridos foram todos adiados
e isso causa-nos, como é óbvio, incertezas.
Principalmente o Somos Portugal, que é feito
em feiras e festas de norte a sul do país e
traz aglomerados de pessoas. Nesse caso, os
abraços e os beijinhos fazem parte, portanto
é normal que estejamos parados. Tudo isto
nos custa.
Inês – Apesar disso, temos conseguido
manter contacto na televisão, isso é o mais
importante. Todas as semanas fazemos
diretos por videochamada nos diversos
programas diários.

“Houve um grau
de dificuldade maior
no que toca a adaptarmo-nos
a estar longe das pessoas
de quem gostamos.” (João)
– Sentem que se têm apoiado mais nesta
fase, enquanto casal?
Inês – Tem de haver equilíbrio e respeito
entre o casal para manter a relação saudável. É
inegável que esta fase acaba por ser um teste,
mas estou muito feliz e orgulhosa porque eu e
o João nos estamos a superar com sucesso. Por
exemplo, ele quer estar na sala a ver um filme
e eu na cozinha a fazer um bolo, ou vice-versa,
assim tem de ser. Deve haver momentos para
tudo, para estarmos sozinhos ou juntos a fazer
alguma atividade. E ir falando com outras
pessoas sobre isso também é bom.
João – O fator determinante, de uma forma
quase inconsciente, é a disciplina e o método
que nós temos em casa, no dia a dia.
– Anseiam por voltar à normalidade?
Inês – Temos de pensar que, apesar de
tudo, somos uns sortudos por esta pandemia
estar a acontecer numa era em que a tecno-
logia nos aproxima dos que estão longe e nos
permite trabalhar a partir de casa. Temos de
continuar a ter um foco e pensar que as coisas
se irão recompor aos poucos.
João – A normalidade como nós a conhe-
cíamos deixou de existir, portanto a realidade “Somos uns sortudos por esta pandemia
será muito adaptada às circunstâncias que
estamos a viver.
estar a acontecer numa era em
TEXTO: JOANA CARREIRA FOTOS: ARQUIVO CARAS E D. R. que a tecnologia nos aproxima.” (Inês)
PEDRO HOSSI: “HÁ ALGO DE ESPECIAL EM VIVER
O ator fez um filme
para a Netflix,
“Sérgio”, que
estreou em abril,
e está a preparar
um “podcast”
de entrevistas.

C
om um coração onde cabe
tudo o que o completa,
Pedro Hossi, de 41 anos, é
um homem do mundo. Nasceu
em Luanda, mas veio para
Portugal com dois anos e foi
cá que cresceu, “sempre com o
amor dos meus avós. Tive uma
infância muito feliz, tive muita
liberdade, pude explorar, cair e
levantar-me. Vivi sempre rodeado
de muito amor”. Um amor que lhe
deu a confiança necessária para
seguir os seus sonhos. Mesmo
aqueles que pareciam mais ousa-
dos e que o levaram para Nova
Iorque, onde estudou no The
Lee Strasberg Theatre and Film
Institute. “Guardo Nova Iorque
no coração, porque faz parte de um
momento muito bonito e incrível

“Sou um grande fã
do amor e um defensor
de que devemos viver
rodeados de amor.
O amor é uma temática
da minha vida.”

da minha vida. Depois seguiu-se


Paris, que foi um período lindo,
e a seguir fui para Los Angeles,
onde estive nove anos. Sinto que
vivi várias vidas lá”, revelou à
CARAS numa tarde onde nos
falou também sobre Sérgio, o
filme da Netflix onde interpreta
o antigo líder timorense Xanana
Gusmão. “Quando recebi o pedido
de casting, lembro-me de achar
que o argumento estava muito bem
escrito. Preparei-me muito bem para
a self tape, mas depois esperei 10
dias pela resposta e perdi alguma
esperança. Mas a verdade é que
fiquei com o papel e foi a concreti-
zação de um sonho trabalhar com
o Wagner Moura”, confessou,
sorridente. Um sorriso que se

A VIDA COM O CORAÇÃO ABERTO”


tornou mais tímido quando a
conversa nos conduziu para as re-
lações. Recorde-se que o namoro
de Pedro Hossi com Marisa Cruz
Nos últimos anos,
Pedro Hossi fez várias
telenovelas e agora
apetece-lhe aproveitar
este momento para se
dedicar a outros projetos.

chegou ao fim o ano passado e,


desde então, o ator não voltou a
assumir um novo amor. Ainda
assim, garantiu-nos, é o amor que
lhe rege a vida e os passos.
– No seu Instagram podemos
ler: “A mente cria o abismo, o
coração atravessa-o.” Já atra-
vessou alguns abismos?
Pedro Hossi – Já cruzei al-
guns abismos, sim. À medida
que vamos envelhecendo, va-
mos aglomerando uma série de
experiências, algumas delas más.
– De que força se faz nesses
momentos?

“A vida acontece
mesmo com receio.
E, muitas vezes,
é a vida que nos faz
mexer, porque nos
torna desconfortáveis.”

– Nos últimos anos comecei a


perceber melhor que tudo o que
vivemos é uma aprendizagem e
faz parte desta experiência que
é a vida. Hoje em dia olho para
as coisas más que me acontecem
e tento retirar uma lição. Não é
um exercício fácil, mas a partir
do momento em que percebemos
que tudo o que nos acontece serve
para nos ensinar algo deixamos de
pôr um peso tão grande nas más
experiências. Ajuda a balançar
tudo, não só o mau, mas também
o bom. A verdade é que a vida
acontece mesmo com receio. Tem
uma força tão grande que é a coisa
mais incrível e, muitas vezes, é a
vida que nos faz mexer, porque nos
torna desconfortáveis. Há algo de
especial em viver a vida com o
coração aberto.
– Que pessoa é hoje, compa-
rada com aquela que era quando
decidiu embarcar para Nova
Iorque em busca do seu sonho?
– Tenho bem a noção de que a
pessoa que sou hoje não é a mes-
“Sempre que estive apaixonado, não o escondi. Sempre ma que era há um ano. E acho
que amei, quis mostrar ao mundo. Hoje tenho mais que há algo libertador nisso. Há
um elemento de perdão que tem
reservas em relação a isso, porque nem sempre é benéfico.” de fazer parte da nossa vida a
determinada altura. Temos que
olhar para trás e fazer as pazes
com coisas que nos aconteceram.
A vida é falhar, é errar, é magoar
alguém, é sermos magoados, e a
ideia é estarmos em paz com isso
e irmos evoluindo. Ainda assim,
mantenho os sonhos que tinha
na altura em que fui para Nova
Iorque e tento continuar a olhar
para o mundo com curiosidade,
não perdendo uma certa inocên-
cia, que até para o exercício da
minha profissão é fundamental.
– De que se fazem esses so-
“Há um elemento “A sensação que tenho é de que há uma grande
mudança no ar, de mentalidades, de ideais, nhos?
de perdão que tem de de posicionamentos. O clima que vivemos não – Tenho alguns objetivos de
carreira e a minha carreira é
pede passividade”, frisou o ator nesta entrevista,
fazer parte da nossa vida.” feita antes de a Covid-19 chegar a Portugal. muito importante para mim.
Aliás, não faço uma distinção grande fã do amor e um defensor benéfico. Acho que devemos – Este amor tem sido uma gran-
entre a minha carreira e a minha de que devemos viver rodeados curtir mais a dois, sem expor tan- de constante na minha vida. E há
vida. Mas profissionalmente há de amor. O amor é uma temática to. Temos mais a ganhar assim. coisas que sinto quando piso um
alguns realizadores com quem na minha vida. A partir do momento em que palco, quando estou num set de
gostaria imenso de trabalhar e – Escreveu, uma relação se filmagens, que são indescritíveis.
atores também. Acabei de rea- inclusive, nas “Não acredito que torna pública, Sou um afortunado. Não acredito
lizar um sonho: trabalhar com suas redes o meu amor pela há algo que que o meu amor pela represen-
o Wagner Moura. E, num plano sociais que é se perde. Mas tação vá diminuir. Mas o meu
pessoal, queria ter uma família... avesso a gran- representação ainda estou a amor pela profissão já sofreu... A
Não queria entrar muito por este des gestos pú- vá diminuir. Mas o meu tentar perceber profissão de ator engloba várias
tema, mas a verdade é que não me blicos de afeto, amor pela profissão como é que me dinâmicas e já tive momentos de
apresento como alguém diferente à exceção do vou posicionar desânimo. Mas o trabalho de ator
dos outros. Tenho os mesmos amor... já sofreu...” em relação a é algo que me continua a motivar
medos, os mesmos desejos... – É verdade. isso no futuro. diariamente.
– O amor é o caminho? Sempre que estive apaixonado, – Numa entrevista, disse que TEXTO: VANESSA BENTO FOTOS: RICARDO SANTOS

– A vida seria muito triste não o escondi. Sempre que amei, a primeira vez que pisou um PRODUÇÃO: VANESSA MARQUES

sem amor. O amor é pensarmos quis mostrar ao mundo. Hoje palco sentiu que a representa-
Agradecemos a colaboração de
no outro muitas vezes antes tenho mais reservas em relação ção era o seu grande amor. Este O Purista e Aldo
de pensarmos em nós. Sou um a isso, porque nem sempre é tem sido um amor constante?
CARAS
1

DINO ALVES
2

MODA
Mais moda em caras.pt
as.pt

#comprarportugues 3

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FOTOS: ALL ABOUT FASHION

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MIGUEL VIEIRA
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1. Vestido com folhos, Miguel Vieira, €900 2. Lenço plissado,


Salsa, €19,95 3. Anel em prata, Eugénio Campos Jewels,
€109,90 4. Brincos em ouro, Rosarinho Cruz, €640 5. Saia
em cetim, Diogo Miranda, €602 6. Bandolete com aplicação
de pedraria, Cata Vassalo, €60 7. Calções de cintura subida,
Carlos Gil, €180 8. Cesta em junco orgânico e pega em vime,
Victoria Handmade, €154 9. Meias solidárias, cujo valor reverte
OS PREÇOS INDICADOS SÃO APROXIMADOS

em parte para o Sistema Nacional de Saúde, em sockapro.


pt, a partir de €5 (“pack” de três) 10. Sapatilhas com cano
alto, Sanjo, €74,50 11. Blusa com franjas, Luís Carvalho,
€352 12. Máscara reutilizável, em tecido com propriedades
antimicrobianas, aprovada pelo Citeve – nível 2, na MO, €10
13. Brinco em latão com banho de ouro, Carolina Curado, €115
14. Camisa acetinada, Decenio x Alexandra Moura, €129,95
15. Cinto em pele, Lion of Porches, €15,99 16. Saia “évasé”,
Decenio x Alexandra Moura, €159,95 17. Blusa em crepe,
Diogo Miranda, €408 18. Sabrinas em pele, Josefinas, €139
CARAS 3

BELEZA 1 2

Consumir 4

o que é nacional
COORDENAÇÃO: CRISTIANA RODRIGUES
FOTOS: CEDIDAS PELAS MARCAS

Em tempos
difíceis, ajudemos
consumindo
o que é “nosso”.
Eis alguns produtos
portugueses.

1. Água de colónia
com aroma floral,
Claus Porto, €90 6
2. Sabonete 5
líquido com 99%
de ingredientes
de origem natural,
Claus Porto, €27
3. Sérum que atua na
prevenção e correção
das manchas, Dvine,
€38 4. Creme que
ajuda a reduzir a
aparência dos sinais
de envelhecimento,
Ignae, em exclusivo
na Douglas, €115
5. Loção de limpeza
e desmaquilhante
e creme hidratante
para a pele com
rosácea, DC,
preço sob consulta
6. Sabonetes
cremosos, Castelbel,
€25,90 7. Creme
com textura fresca
e deliciosamente
perfumada,
formulado com 98% 7
de ingredientes
naturais,
Benamôr,
€25,90
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CARAS
DECORAÇÃO
Portugal faz bem
COORDENAÇÃO: ESMERALDA COSTA
FOTOS: CEDIDAS PELAS MARCAS

Quando estamos mais


atentos ao que levamos para
dentro de casa, percebemos
que o design português
responde com qualidade.

1. Travessa Peixe Balão, coleção Deep Sea,


vistaalegre.com, €295. 2. Prato Folha, da coleção
Folhas do Campo, bordallopinheiro.com, €14
3. Prato de gesso, de Iva Viana, Flor, em
puracal.pt, €120 4. Ambiente com peças da hommes.
studio 5. Candeeiro mármore esculpido à mão,
gingerandjagger.com, €3.940 6. ‘Maple’ Luke,
em veludo de algodão, gingerandjagger.com,
€2.300 7. Mesa Koi, Ø 130 cm, brabbu.com, €11.170
8. Almofada Fat Cat, impressão digital em tecido,
myfriendpaco.com, €79 9. Candeeiro de mesa
em latão martelado com acabamentos em níquel
e pedra ónix, hommes.studio, €890 10. Jarras em
porcelana feitas à mão, Flor, em ghome.pt, €19 cada 11.
Consola Aradara, 160x40x90 cm, brabbu.com, €5.090
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OS PREÇOS INDICADOS SÃO APROXIMADOS
CARAS
CULINARIA
Mais receitas em caras.pt

Arroz de pato cremoso


Ingredientes Preparação
• 150 g de arroz Carolino Picar as chalotas e puxar em azeite.
• 50 g de chalotas Adicionar o chouriço corrente e o arroz
• 25 dl de vinho branco e refrescar com vinho branco e o sumo
• 50 g de queijo Parmesão inteiro de laranja. Adicionar o pato confitado
e o caldo de pato. Fazer um cilindro de
• 100 g de perna de pato confitada
queijo Parmesão e levar ao forno a 170°C
• 50 g de chouriço de carne corrente
até secar. Colocar o cilindro no centro
• 50 g de chouriço Cular Extra 75 g
do prato e encher com um pouco
• 1 l de caldo de pato do arroz com pato. Decorar com
• 1 l de sumo de laranja o restante chouriço e finalizar com
• Microrrebentos e cenoura baby q. b. microrrebentos e um fio de azeite.
‘Coulant’ de chocolate com gelado
por ‘chef’ Pedro Rebelo dos Santos
Restaurante Glass Terrace, Sheraton Cascais
Ingredientes Preparação
• 400 g de chocolate negro 70% Derreter o chocolate e a manteiga
• 37 g de manteiga sem sal em banho-maria. Bater os ovos inteiros
• 6 ovos com o açúcar até obter um creme fofo.
• 8 gemas Untar as formas e polvilhar com cacau
• 150 g de açúcar em pó. Adicionar as 8 gemas ao preparado
de chocolate. Juntar o creme de açúcar
• 100 g de farinha sem glúten
com ovos ao preparado.
• 25 g de cacau em pó
Colocar nas formas e levar ao forno
• Sorbet de framboesa q. b.
a 180° C durante 10 minutos.
• 35 g de mistura de frutos vermelhos Servir acompanhado de crumble, frutos
• 20 g de massa folhada pré-cozida vermelhos, massa folhada e sorbet.
• 20 g de crumble Decorar com microrrebentos.
• Microrrebentos q. b.
CARAS 1
2

IDEIAS
COORDENAÇÃO: CLÁUDIA ALEGRIA
FOTOS: CEDIDAS PELAS MARCAS

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1. Colar em prata, Eugénio Campos Jewels, €219,90 2. Brincos


em prata martelada banhados a ouro e com pedra Abalone,
OS PREÇOS INDICADOS SÃO APROXIMADOS

Topázio, €202 3. ‘Snacks’ Ferbar Gama Tropical, preço sob


consulta 4. Liquidificadora Flama, €169,99 5. Jogo de tabuleiro
Stop, Majora, €20, à venda no site da marca 6. Cerveja artesanal
Musa, cuja receita total de venda é doada a vários artistas, €2,50,
à venda em loja.cervejamusa.com e entregas gratuitas 7. Tomate
Cherry, 150 g, Vitacress, €1,59 8. Gelatinas prontas a comer com
sabor a amora, Condi, €1,94 9. Ténis Camport, €90 10. Meias em
algodão mercerizado, fabricadas em Portugal, Paulo Battista, €14
É PRECISO
TER VISÃO
Frase de Ricardo
Araújo Pereira, publicada
em novembro de 2019,
na sua crónica semanal
“Boca do Inferno”

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Editora: TRUST IN NEWS, UNIPESSOAL, L.DA
Sede: Rua da Fonte da Caspolima – Quinta da Fonte
Edifício Fernão de Magalhães, 8, 8A e 8B, 2770-190 Paço de Arcos
CARAS
SUGERE
NIPC: 514674520
Gerência da TRUST IN NEWS: Luís Delgado,
Cláudia Serra Campos, Filipe Passadouro
Composição do Capital da TRUST IN NEWS: 10.000 euros
Principal acionista: Luís Delgado (100%)
Publisher: Mafalda Anjos Mais sugestões em caras.pt
COORDENAÇÃO: ANA PAULA HOMEM

www.caras.pt
Diretora: Natalina de Almeida nalmeida@caras.pt
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Editora Executiva: Ana Oliveira aioliveira@caras.pt
Editoras: Ana Paula Homem ahomem@caras.pt,
Festival
Cristiana Rodrigues crodrigues@caras.pt
Relações-Públicas: Patrícia Pinto ppinto@caras.pt "Guitarras ao Alto"
Redação: Cláudia Alegria calegria@caras.pt, Joana Carreira jcarreira@caras.pt
Fotografia: João Lemos (Subeditor) jlemos@caras.pt,
Com a impossibilidade de realizar ao
João Lima jlima@caras.pt, Luís Coelho lcoelho@trustinnews.pt vivo o 6.º Guitarras ao Alto, evento
Gestor de Conteúdos Digitais e Internacionais:
Jorge Gonçalves jfgoncalves@caras.pt que desafia a um encontro inédito
Assistente Editorial: Maria João Bogarim mjbogarim@caras.pt de dois músicos de estilos diferentes
Secretariado: Marina Gonçalves mgoncalves@caras.pt
Arte: Carla Mendes (Coordenadora) csmendes@caras.pt, que se unem pelo amor à guitarra,
Gonçalo Tenreiro gtenreiro@caras.pt, Rute Luís rluis@caras.pt
Online: Sofia Martinho (Editora), Jorge Verdasca (Multimédia), Cláudia
a organização manteve o evento em
Sérgio, Cláudia Turpin, Filipa Bulha Pereira e Sâmia Fiates (Jornalistas) formato digital, transmitido em direto
Colaboradores: Andreia Cardinali, Andreia Montes, Inês de Brito Martins,
Joana Brandão, Joaquim Norte de Sousa, Marta Mesquita, Paulo Jorge a partir do YouTube da Antena 3. No
Figueiredo, Pedro Jorge Melo, Ricardo Santos, Rita Vilhena, Vanessa Bento,
Vanessa Marques, Victor Freitas
dia 7 de maio é a vez de Tó Trips
Centro de Documentação: Gesco e Filho da Mãe, a 14, de Bruno
Redação, Administração e Serviços Comerciais:
Rua da Fonte da Caspolima – Quinta da Fonte, Edifício Fernão
Pernadas e Mário Delgado, a 21,
de Magalhães, nº8, 2770 - 190 Paço de Arcos - Tel.: 218 705 000 de Peixe e Frankie Chavez, e a
Fax: 218 705 001 Delegação Norte: Rua Roberto Ivens, 288
4450-247 Matosinhos. Tel.: 220 993 810 28, de O Gajo (na foto) e Gwenifer
PUBLICIDADE: Raymond. Sempre às 21h30.
Telefone: 218 705 000
Vânia Delgado (Diretora Comercial) vdelgado@trustinnews.pt
Sofia Cruz (Diretora Coordenadora de Publicidade) scruz@trustinnews.pt
Elsa Tomé (Gestora de Marca) etome@trustinnews.pt
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Florbela Figueiras (Assistente Comercial Lisboa) ffigueiras@trustinnews.pt
Delegação Norte - Telefone: 220 990 052
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Gonçalves e Paulo Duarte (Produtores), Isabel Anton (Coordenadora de
Circulação), Helena Matoso (Coordenadora de Assinaturas).
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Distribuição: VASP - MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal
- Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém Tel.: 214 337 000
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meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais.
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ASSINATURAS
Ligue já
Arte•Museu do Prado
21 870 50 50 Situado no coração de Madrid, o mais importante museu de Espanha e um dos mais
Dias úteis das 9h às 19h importantes do mundo, com um acervo de valor incalculável, que reúne vários milhares
de peças, com destaque para a pintura e a escultura, e onde sobressaem nomes como
El Bosco, Tiziano, El Greco, Rubens, Rafael, Velázquez ou Goya (alguns deles
representados por mais de uma centena de obras), merece uma visita ao vivo.
Sendo isso agora impossível, pode ser descoberto virtualmente em museodelprado.es.
Série documental
“Grandes Civilizações”
Livro
Entre 6 de maio e 24 de junho, o canal História “O Doente Molière”
apresenta a série de documentários Grandes Nesta obra, Rubem Fonseca, nome
Civilizações, que recorda a Antiga Roma e o maior da literatura lusófona que morreu
Império Egípcio, tentando dar respostas a todos no passado dia 15 de abril, aos 94
os enigmas que envolvem estes dois grandes anos, extrapola sobre as misteriosas
impérios. Nos dois primeiros programas, Sarah circunstâncias da morte do conhecido
Parcak, arqueóloga americana pioneira no uso dramaturgo francês do século XVII.
da tecnologia de satélites de última geração, Em O Doente Molière o escritor brasileiro
será a protagonista, juntamente com a sua transporta-nos para a opulência e as intrigas
equipa. Sempre às quartas-feiras à noite. da corte de Luís XIV, combinando tanto
personagens reais como fictícias.

CD
Mancines
O projeto musical que
reúne Raquel Ralha
(Wraygunn, Belle Chase
Hotel, Azembla’s Quartet,
The Twist Connection),
Toni Fortuna (d3ö, Tédio
Boys, M’as Foice), Pedro
Renato (Belle Chase
Hotel, Azembla’s Quartet)
e Gonçalo Rui (produtor
musical e guitarrista)
acaba de lançar o seu
segundo álbum, II,
do qual o single Is This
a Go? é um aperitivo
de um trabalho com
uma batida imperdível.

Conversas
A Nossa Moda
Criada pelo consultor em
gestão de marcas e retalho
de moda Rafael de Sousa
Vicente (na foto), A Nossa
Moda é uma plataforma
que procura promover
todos os setores nacionais
da moda e demonstrar
o quão importante
é mantermo-nos juntos
no apoio a tudo o que
é nosso. Sempre às 18h30,
a primeira série destas
talks via instagram live em
@nossamoda.pt conta
com as participações de
Alexandra Oliveira (Pé de
Chumbo), a 6 de maio, Filipe
Faísca, a 8, Júlio Torcato,
a 11, e Nuno Gama, a 13.
A ESCOLHA DE...
Selma Uamusse
Para o novo álbum, a cantora foi ao seu Moçambique
natal, onde gravou temas em línguas nativas,
com sons tradicionais e uma mistura de influências.
DESTINOS • Botswana
Foi um dos países que mais gostei
de conhecer, pela impressionante
Natureza, respeito pela vida
animal e generosidade e imensa
simpatia da população.

LIVRO • “Afropean”,
de Johny Pitts
Estou a lê-lo. Diante da
crescente discriminação racial,
do sentimento anti-imigrante, o DISCO • “Little Girl Blue”,
Afropean é um documentário de Nina Simone
onde europeus de ascendência Uma enorme referência para mim,
africana lidam com as suas a Nina Simone e este disco, que

FOTO: RAFAEL BEREZINSKI


múltiplas realidades e forjam é do mesmo ano em que os meus
novas identidades. Muito pais nasceram e tem muito de jazz
indelével numa Europa e gospel, onde se ouve e entende
que se diz querer identificar o enorme virtuosismo e portento
com África mas que ainda luta musical da cantora/compositora,
com ideias desatualizadas onde constam temas como You’ll

N
do que significa ser europeu. Never Walk Alone, I Love You Porgy
ascida em Moçambique em 1981, Selma Uamusse vive em Portugal
ou My Baby Just Cares For Me.
desde 1988 e estudou no Hot Clube de Portugal. Cantora profissional
desde os 18 anos, tem um percurso que viaja por ritmos como o rock, o
afrobeat, o gospel, a soul ou o jazz. Além de colaborações com muitos outros
músicos, em nome próprio criou os projetos Souldivers, Selma Uamusse Nu
Jazz Ensemble e Tributo a Nina Simone.
O seu novo álbum, Liwoningo, a editar este ano, foi gravado entre Portugal
e Moçambique e explora as suas raízes moçambicanas, dando voz a línguas
nativas, interpretadas com instrumentos tradicionais como o timbila e a
mbira, misturados com sons psicadélicos, eletrónicos e de todas as suas in-
fluências musicais. O single Hoyo Hoyo já passa nas rádios e está disponível
ESPETÁCULO nas plataformas digitais.
“Os Filhos do Colonialismo” RESTAURANTE
Uma peça de teatro da FILME •“ O Milagre Azenhas do Mar
companhia Hotel Europa em
cena este ano, que, através do na Cela 7” Em Colares. A vista é maravilhosa,
teatro documental, se debruça O que poderia ser um está situado mesmo em cima
sobre o olhar, a ditadura, o filme doce, ingénuo e até da praia, um lugar do qual
colonialismo e como é que tudo cheio de clichés, é um gosto muito, pois a comida
isso influencia a vida dos que filme a que é impossível é fabulosa, o ambiente é acolhedor,
nasceram depois do 25 de Abril ficar indiferente. sofisticado, mas não pretensioso,
e só podem saber das histórias Um filme turco que e o pessoal muito simpático.
pelos livros que leram ou pelas é já um dos maiores Além de ser um passeio muito
histórias que lhes contaram. sucessos da Netflix. bonito até ao restaurante...

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