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“EFEITO DIANA”:

PRINCESA
DO POVO
VOLTA A
DESPERTAR
N.º 1319 • 21 NOVEMBRO 2020 • PORTUGAL €2,20 (Cont.) INTERESSE

“TENHO MEDO
DA MORTE, MAS NUNCA
PERDI A ESPERANÇA”
MARCO PAULO
A DURA LUTA
CONTRA
O SEGUNDO
CANCRO
DANITIIS
JUDITENIAM
SOUSANET,GARANTE:
QUAM,
COMNISSIT
“SINTO-ME
IM UTASPERO
BEM COM
A VIDA
OMNIS QUEQUAE
ESSED TENHO LEVADO”
LIQUE MI,
JOSÉDANITIIS
RODRIGUESNIAMDOS
NET,SANTOS
QUAM,
EM FAMÍLIA:IM“AUTASPERO
COMNISSIT MINHA MULHER
OMNIS
É A MINHAESSED
PRIMEIRA
QUAELEITORA”
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FOTO: GETTY IMAGES

Renascimento
Destruída pelos bombardeamentos dos Aliados durante a II Guerra Mundial,
a Frauenkirche (ou Igreja de Nossa Senhora), em Dresden, Alemanha, só décadas
mais tarde começou a ser reconstruída. Depois de 13 anos de obras, renasceu
completa em 2005, como quem emerge do nevoeiro ao amanhecer, como ilustra a foto.

Siga a CARAS no Instagram @carasportugal


S
JOANA AMARAL DIAS: “O CORPO FEMININO
Conhecida pela
sua frontalidade
e opiniões polémicas,
a psicóloga
é também uma
mulher de afetos.

J
oana Amaral Dias, de 45
anos, não deixa ninguém in-
diferente. Diz sempre o que
pensa, doa a quem doer, faz do
verbo agir um modo de estar
na vida, não adia os sonhos por
concretizar e veste-se como gosta,
exibindo a sua excelente forma
em vestidos curtos e biquínis sen-
suais, que suscitam tanto elogios
como comentários ofensivos nas
redes sociais. Sem querer agradar
a “gregos e troianos”, a psicóloga,
escritora, ativista e comentadora
é sempre igual a si própria, regen-
do-se apenas pelos seus valores e
por aquilo que considera correto.

“Sou polémica porque


tenho muita lata. (...)
Para o bem e para o
mal, sou muito direta.”
Se no espaço público Joana
Amaral Dias é sempre frontal
e acutilante, dentro de casa é
a mulher de sorriso fácil, que
se alimenta dos afetos daqueles
que mais ama: o marido, Pedro
Pinto, e os filhos, Vicente, de 25
anos, Luz, de quatro, e Diniz,
de três (que adotou há cerca de
um ano).
Tendo como mote o seu mais
recente livro, Dilúvio sem Deus,
no qual dá nome e histórias às
vítimas das grandes cheias do
rio Tejo de 1967, Joana revela o
que a inspira e a motiva a querer
ser mais e melhor em tudo aquilo
que faz.
– Este seu livro é muito di-
ferente dos anteriores. Como é
que surgiram as cheias de 1967,
um tema que ficou esquecido
no tempo?
Joana Amaral Dias – Estava
a fazer uma pesquisa na Internet
e, de repente, tropecei numa no-
tícia sobre estas cheias. Já tinha

SEMPRE FOI UM CAMPO DE BATALHA”


ouvido falar disso, mas não tinha
a noção de que tinham morrido
mil pessoas numa noite. Ondas
gigantes de lama ceifaram mui-
tas vidas. Quem morreu nesta
tragédia foram pessoas muito
pobres. No Estoril choveu ainda
mais do que no Ribatejo e nos
arredores de Lisboa e não mor-
reu ninguém. E por tudo o que
se passou quis saber mais sobre
esta tragédia, mas só encontrei
notícias e algumas publicações
locais, não encontrei um livro
mais profundo e abrangente.
Foi a maior catástrofe natural a
seguir ao terramoto de 1755, uma
das maiores cheias da Europa, e
não se fala nisto. Foi um assunto
varrido para debaixo do tapete.

“Ter uma foto com um


biquíni mais cavado não
diz nada sobre mim.”

– Tendo em conta catástrofes


mais recentes que assolaram o
nosso país, como os incêndios
e a própria pandemia, acha
que Portugal mudou muito e
conseguiu preparar-se ao longo
destes 50 anos?
– Não mudou. E essa foi outra
das motivações que me levaram
a escrever. Se formos ver as fre-
guesias à volta de Lisboa mais
afetadas pela Covid-19, Loures e
Odivelas, vamos perceber que são
as mesmas que foram atingidas
por aquelas cheias. Por estarmos
sempre a varrer estes problemas
para debaixo do tapete é que
não conseguimos resolvê-los.
Temos de pôr o dedo na ferida.
A pobreza estrutural é o maior
fator de risco que existe em qual-
quer catástrofe ou doença. Com
pobreza é impossível haver de-
senvolvimento e uma sociedade
justa. Pode não haver os bairros
de lata que havia em 1967, mas
há muitos bairros sociais com
problemas. Temos de perceber
que viver em comunidade deveria
ter como pilares a solidariedade,
a empatia e a entreajuda.
– Ao lidar dessa forma com
os problemas, torna-se mais
difícil fazer um luto e sarar
as feridas das comunidades e
famílias afetadas?
“Sinto-me muito bem No livro “Dilúvio sem Deus”, a psicóloga dá nome
e histórias a muitas das vítimas das grandes – Quando comecei a abordar
no papel de mãe, acho que cheias de novembro de 1967, que atingiram
populações desde Cascais até Alenquer.
toda esta temática, comecei a
ver as semelhanças com o que
sei comandar esse barco.” Numa só noite morreram mais de mil pessoas. estamos a viver, nomeadamente
esta necessidade que temos de
fazer o luto. Na altura, houve
funerais coletivos, não havia a
possibilidade de as pessoas se
despedirem como queriam dos
seus mortos, um sentimento que
quem tem perdido os seus entes
queridos nesta pandemia também
possui. E esses rituais são muito
importantes, porque nos ajudam
a não ficar presos na tristeza. São
uma passagem. Há muitas pontes
entre as cheias e o que vivemos
atualmente, o que me motivou
ainda mais a escrever este livro.
– Desde o início do seu per-
curso público que é uma pessoa
que gera polémica...
– Ainda bem!
– Sente que é por “pôr o dedo
na ferida” que é tão polémica?
– Sou polémica porque tenho
muita lata. Sou uma pessoa muito
direta, e isso nem sempre se coa-
duna com uma certa maneira de
estar portuguesa. Os portugueses
são muito formais, gostam do tra-
tamento por ‘você’ e por ‘doutor’.
No meu caso, para o bem e para

“Não sou uma pessoa


com grandes ambições,
sou, sim, alguém que
quer fazer, que põe
as mãos na massa.”
o mal, sou muito direta, mesmo
quando tenho de me autocriticar.
– E como se protege dos ata-
ques, mesmo dos mais pessoais,
como aqueles que lhe fazem
quando aparece mais sensual
na sua página de Instagram?
– Não me sinto atacada, e
esses comentários não me ferem.
Revelam, sim, como as pessoas
são, o que pensam e como agem.
Ter uma foto com um biquíni
mais cavado não diz nada sobre
mim. Nos anos 90 usava biquí-
nis bem piores! Não vejo essa
questão da roupa de praia ser
posta sobre o primeiro-ministro,
quando aparece à beira-mar a
comer bolas de Berlim, ou sobre o
Presidente da República, quando
se despe em frente às câmaras e
vai à praia. Pode ser claramente
um ataque às mulheres. O corpo
feminino sempre foi um campo
de batalha. Por isso não sinto que
seja eu a atingida, e sim nós, as
mulheres. Vejo isso como uma
questão de género. Se estou de
“Sinto-me muito bem na minha Realizada com os projetos que tem desenvolvido na política,
no ativismo, na psicologia e na escrita, Joana é também uma
pele. Tenho projetos e sonhos mulher feliz dentro de casa. A psicóloga é mãe de Vicente,
de 25 anos, de Luz, de quatro, que já nasceu da sua atual
e sinto que tenho aprendido muito.” relação, com Pedro Pinto, e de Diniz, de três, que adotou.

biquíni, não vou vestir uma burka nas histórias uns dos outros. Mas Vicente repara nisso. Sinto-me conseguir ter esse tempo para
para tirar uma fotografia. sinto que somos muito abençoa- muito bem no papel de mãe, acho os dois. Há outra Joana além da
– A Joana adotou o seu filho dos. A espera acabou e o Diniz que sei comandar esse barco. figura pública e da mãe da qual
Diniz há um ano. Como está a chegou na altura certa. Tem um – Aos 45 anos, que mulher não abdico.
correr a adaptação a esta nova ano e meio de diferença da Luz, o é? Do que não abdica para se – Trabalha em muitas fren-
logística familiar? que é ótimo, porque podem fazer sentir realizada? tes. Pensa muito nos passos que
– Temos uma relação incrível o seu percurso – Sinto-me quer dar?
com o Diniz. Ele é um miúdo ex- lado a lado e “A adoção é um particularmen- – Não penso muito nos passos
traordinário, tivemos muita sorte. vão ter muitas te bem. Tenho que quero dar e não faço planos
Agora, a adoção é um processo experiências processo que tem vivido com ple- a médio ou a longo prazo. Tento
que tem particularidades. No partilhadas. particularidades. No nitude todas as gerir tudo de uma forma sensa-
nosso caso, estivemos sete anos – É a mãe nosso caso, estivemos fases. Sinto-me ta e equilibrada. Não sou uma
à espera para conseguirmos ado- forte que não muito bem na pessoa com grandes ambições,
tar. E essa espera é angustiante, cede ou, no sete anos à espera.” minha pele. sou, sim, alguém que quer fazer,
dolorosa e inquietante. Depois, seio familiar, Tenho proje- que põe as mãos na massa. E isso
quando a criança chega, e o é uma pessoa mais doce e per- tos e sonhos e sinto que tenho tem-me levado a envolver em
Diniz tinha dois anos, já tem missiva? aprendido muito. Estou muito vários projetos, e é isso que me
uma história que não vivemos – Era muito mais nova quando realizada com a minha família move. Tenho um enorme desejo
lado a lado, como acontece com tive o Vicente e, nessa altura, era e também com o meu trabalho. de concretizar.
os filhos biológicos. Já tinha dois mais rígida e exigente. O facto Não abdico de estar com os meus TEXTO: MARTA MESQUITA FOTOS: JOÃO LIMA
PRODUÇÃO: PATRÍCIA PINTO MAQUILHAGEM
filhos, com quem vivi tudo, desde de agora ter mais experiência amigos, do tempo para ir ao gi- E CABELOS: DEZ STUDIO

a gestação, o preparar o quarto, o torna-me uma mãe mais flexível. násio e dos momentos para estar
primeiro olhar, as papas… Neste Sou exigente na mesma, mas já só com o Pedro. Temos muito Agradecemos a colaboração de
Castilho 71 e Yakuza by Olivier
caso, temos de nos ir integrando não sou tão austera e o próprio apoio familiar, o que nos permite
IRINA SHAYK: A ELEGÂNCIA DE UM PASSEIO
DESCONTRAÍDO COM A FILHA, LEA DE SEINE

M
odelo de profissão há mais de
10 anos, Irina Shayk é uma
especialista a desfilar peças de
roupa, seja na passerelle, em anúncios
publicitários ou em festas. Uma ca-
pacidade que lhe parece intrínseca e
não deixa de se notar também quando
sai para passear a filha, Lea de Seine,
de três anos, fruto da relação já ter-
minada com o ator Bradley Cooper.
Descontraída, com um top, jeans
largos, casaco de pele comprido e
carteira cilíndrica de padrão animal, a
manequim russa, de 34 anos, destaca-
se nas ruas de Nova Iorque enquanto
empurra o carrinho da filha. E tam-
bém não terá passado despercebida
ao negociante de arte Vito Schnabel
– ex-namorado de Heidi Klum e
Amber Heard –, com quem foi recen-
temente fotografada e se acredita ser a
sua mais recente conquista amorosa. .
TEXTO: JOANA CARREIRA FOTOS: GETTY IMAGES
G106008 G106007 G106009
139€ 119€ 139€
O casal almoçou
com o pai de Emilio no
restaurante que a família
possui no bairro
nova-iorquino do Soho

Juntos há dois meses, a atriz


e o “chef” não evitam gestos
de cumplicidade em público

A
inda não falaram publicamente do
seu romance, mas Katie Holmes e
Emilio Vitolo Jr. não se escondem
dos olhares mais curiosos, mostrando
descontraidamente nas ruas de Nova
Iorque que a paixão está cada vez
mais forte. A atriz, de 41 anos, e o
chef, de 33, têm sido fotografados com
frequência nestes dois meses, tal como
aconteceu no passado dia 10 de novem-
bro, durante um almoço na esplanada
do restaurante da família de Emilio,
Emilio’s Balato, muito frequentado

KATIE HOLMES E EMILIO VITOLO:


por celebridades.
A julgar pelas imagens, a ex-mulher
de Tom Cruise, pai da sua filha, Suri,
de 14 anos, parece já ter conquistado a

PAIXÃO NAS RUAS DO SOHO


confiança do pai do namorado, Emilio
Vitolo, que se sentou à mesa com o casal
em constante clima de cumplicidade.
TEXTO: JOANA CARREIRA FOTOS: GETTY IMAGES
Aos 22 anos, Camille trabalha
em comunicação e em
associações de beneficência.
Muito popular nas redes
sociais, não se preocupa
em ser politicamente correta.

D
os três filhos da princesa
Stéphanie do Mónaco, hoje com
55 anos, a mais nova, Camille, de
22, parece ser a herdeira do seu espí-
rito rebelde e provocador. Nascida a
15 de julho de 1998, da breve relação
da princesa com o seu guarda-costas
Jean Raymond Gottlieb (os irmãos,
Louis, de 27 anos, e Pauline, de 26,
são filhos do primeiro casamento de
Stéphanie, com o também guarda-
costas Daniel Ducruet), Camille
é uma presença muito relevante
no Instagram, onde a sua página,
Camille Rose Gottlieb (#camilloush),
tem cerca de 70 mil seguidores. E é
também por aí que se percebe que a
exposição pública não a atrapalha
nem a faz procurar ser consensual: é
comum publicar imagens suas em bi-
quíni, mesmo não correspondendo aos
padrões estéticos mais valorizados, ou
a fumar, uma atitude que não encaixa
no politicamente correto.
Claro que recebe algum retorno
negativo, mas também aí está à altura.
Quando, este verão, uma seguidora
a acusou de ser (ou parecer) ociosa
e de não aproveitar a sua visibili-
dade pública para ser um exemplo
útil, Camille, que se formou em
Comunicação, respondeu, de forma
educada, mas assertiva: “Cara se-
nhora, sim, eu trabalho, ocupo-me da
comunicação, agenda e marketing de
uma discoteca e supervisiono várias
pessoas. Se acompanhar minimamente
as minhas atividades e paixões, saberá
que sou, há três anos, presidente da
associação Be Safe Monaco, voluntária
na associação da minha mãe Fight Aids
Monaco e ajudo-a ainda na sua busca
pelo bem-estar dos animais. Além dis-
so, tenho vários projetos para a minha
vida profissional e associativa. Espero
que estas palavras a esclareçam um
pouco melhor sobre a pessoa que sou!
Cordialmente, Camille.”
A resposta mereceu os elogios de
dezenas de seguidores e a jovem mo-
negasca continuou a publicar imagens
de férias e de momentos de lazer.
TEXTO: ANA OLIVEIRA FOTOS: GETTY IMAGES E D.R.

CAMILLE GOTTLIEB: UMA DIGNA SUCESSORA


Uma imagem Com a mãe, Stéphanie,
que partilhou e os irmãos, Pauline e
em 2017 Louis, em janeiro deste ano

É comum Camille publicar A atitude provocadora


fotos suas em biquíni é uma das facetas
que herdou da mãe

DO ESPÍRITO PROVOCADOR DE STÉPHANIE


PERSONALIDADES “VIAJARAM” ATÉ HAVANA

D
epois de ter sido transmi-
tido como uma série de 13
episódios na RTP, O Nosso
Cônsul em Havana foi adaptado
para um filme, que chega às
salas de cinema no dia 19 de
novembro. A antestreia desta
obra cinematográfica, realizada
por Francisco Manso, acon-
teceu no Teatro da Trindade
e contou com a presença de
várias personalidades, nomea-
damente do primeiro-ministro,
António Costa, e da ministra
do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social, Ana Mendes
Godinho.
Apesar de se ter remetido ao
silêncio, o chefe do Governo
e a mulher, Fernanda Tadeu,
mostraram-se muito interessa-
dos neste filme, que ficciona o
período em que Eça de Queiroz
foi cônsul de Portugal em Cuba,
um lado menos conhecido do
EM NOITE DEDICADA À SÉTIMA ARTE

escritor, que é um dos grandes


vultos da literatura do século
XIX. “Foi muito marcante fazer
a personagem do Eça, que é uma
figura marcante para todos nós.
Ele foi um grande diplomata e
lutou pelos direitos humanos, algo
que ainda hoje continua a ser
necessário. Resgatar esta ima-
gem do Eça é muito importante.
Esteve 14 meses em Havana [en-
tre dezembro de 1872 e março de
1874] e conseguiu mudar alguma
coisa. Nota-se a sua força e per-
sonalidade enquanto diplomata”,
partilhou Elmano Sancho, cuja
interpretação chegou a valer-lhe
uma nomeação para um prémio
internacional.
Não obstante o período de
grandes dificuldades por que
os artistas passam, Elmano tem
estado envolvido em vários pro- O primeiro-ministro, António Costa, e a mulher, Fernanda Tadeu, estiveram
jetos. Em cena com Maria, a nesta antestreia, que decorreu no Teatro da Trindade (pág. oposta e foto sup.).
Mãe, peça que escreveu, encenou O chefe do Governo a cumprimentar Diogo Infante (em cima).
Ana Mendes Godinho, Francisco Manso,
José Fragoso e Diogo Infante

Elmano Sancho,
o protagonista
deste filme

“O Nosso Cônsul em Havana”


é um filme de Francisco Manso que Joaquim Nicolau,
ficciona o período em que Eça de Queiroz que também
exerceu funções diplomáticas em Cuba. integra o elenco

e interpreta, e nos cinemas com suportar. Não é fácil, mas as coisas público aparece, mas também está mas estamos todos empenhados
este filme, o ator garante que a continuam e é essa esperança que cheio de dificuldades.” em encontrar as melhores soluções
resiliência e a paixão pelo que precisamos para ganharmos forças. Também Diogo Infante se para viabilizar a nossa atividade.
se faz têm sido essenciais para se É difícil projetarmos o futuro, tudo mostrou feliz por ver o teatro que Temos de encaixar todas estas me-
trabalhar nos tempos de correm: é feito a curtíssimo prazo. Seria dirige acolher esta antestreia, um didas com alguma tranquilidade.
“Se calhar é um ato de coragem mais fácil se houvesse uma maior sinal de que a cultura tem muito A essência do que fazemos passa
continuar a apresentar um espe- atenção a este setor da cultura. para oferecer ao público, como pela partilha.”
táculo e ter uma equipa para o Até quando vamos aguentar? O contou: “Tem sido um esforço, TEXTO: MARTA MESQUITA FOTOS: JOSÉ OLIVEIRA
O escritor
e jornalista
apresentou
o seu 22.º romance
rodeado de
familiares e amigos.

Q
uando José Rodrigues dos
Santos se propôs escrever
sobre o Holocausto, no início
de 2018, e começou a pesquisar
os factos históricos sobre o tema,
nunca pensou quão duro poderia
ser. O escritor e jornalista da RTP
ainda ponderou desistir a meio do
processo de investigação, tal o hor-
ror e a brutalidade do genocídio de
Florbela e José Rodrigues
dos Santos com a filha
mais nova, Inês

JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS: “A MINHA


MULHER É A MINHA PRIMEIRA LEITORA”
seis milhões de judeus na Segunda dia 13, na Sociedade de Geografia possível. Vou até onde as provas me num tema verdadeiro e desmontá-lo,
Guerra Mundial com que foi con- de Lisboa, em plena Baixa pom- mostrarem”, revelou. tocar em assuntos que sejam desco-
frontado, mas a persistência e balina. “Senti que consegui contar Com uma carreira de quase 20 nhecidos ou proibidos. Ao longo dos
a vontade de dar ao leitor uma a história que queria contar, cumpri anos na escrita, José Rodrigues meus romances encontramos isso.
boa história falaram mais alto. a minha missão. Foi muito difícil dos Santos continua a desafiar-se Considero que esse é, de facto, o
O resultado está em dois livros fazê-lo, porque implicou um certo quando pega na caneta para es- maior contributo que a literatura
de quase 900 páginas, O Mágico equilíbrio, implicou tocar em ma- crever e não olha a prémios. “Os dá”, frisou o comunicador, que
de Auschwitz, lançado em setem- térias proibidas. Mas o meu com- leitores são o meu prémio essencial. tem na família a sua principal
bro último, e O Manuscrito de promisso é com a verdade, mesmo Na ficção, interessa-me sobretudo a inspiração. “A minha mulher é a
Birkenau, apresentado no passado que ela seja o mais inconveniente capacidade de contar histórias, pegar minha primeira leitora. Procuro
Judite Sousa, amiga
de longa data do escritor,
moderou a apresentação

não lhe contar nada da história


para ela ler como se estivesse de fora.
Dá-me conselhos e faz-me críticas
aos livros, construtivas, não des-
trutivas. Pergunto-lhe porquê e na
maior parte das vezes acho que ela
tem razão e faço alterações. Confio
muito na opinião dela, isso é muito
importante”, explicou.
Para Florbela Rodrigues dos
Santos é também um privilégio
acompanhar as conquistas profis-
sionais do marido. “É sempre um
momento de partilha e felicidade na
José Rodrigues dos nossa família quando há mais um
Santos deu autógrafos livro pronto para lançar. Como sou
durante a sessão licenciada em História, domino a
parte histórica dos factos, por isso
O escritor com Gonçalo Reis e José acompanho de perto a parte em
Fragoso, presidente e diretor de que a história e a ficção se interli-
programas da RTP, respetivamente gam. Os livros têm de ter ritmo e
credibilidade. Ele pede-me muitas
opiniões e eu sigo com interesse. E
as nossas filhas também são mui-
to críticas. A Inês já leu alguns
livros, diz que têm muitas páginas.
[Risos.] A mais velha, a Catarina,
Márcia também. Ela é psiquiatra e trabalha
Rodrigues fora do país, mas acompanhou
o lançamento em streaming e à
noite ficou combinado fazermos
O escritor contou com uma videochamada para ela dizer
o contributo de Werner Reich,
um sobrevivente do Holocausto,
o que achou”, afirmou a mulher
de 94 anos, que conheceu durante do escritor.
um espetáculo de Luís de Matos. TEXTO: JOANA CARREIRA FOTOS: LUÍS COELHO
JUDITE SOUSA TRANQUILA: “SINTO-ME
BEM COM A VIDA QUE TENHO LEVADO”
D
esde que deixou os corredores
da informação da TVI, há apro-
ximadamente um ano, Judite
Sousa tem canalizado a adrenalina que
vivia na redação para os seus projetos
pessoais. Quase a completar 60 anos,
a jornalista divide o seu tempo entre
conferências e palestras, dedica-se à
leitura, descansa e está com as pessoas
que lhe são mais próximas. “Trabalhei
durante muitos anos e chegou uma altura
em que precisava de tempo para mim,
para pôr as ideias no lugar. Acho que há
um momento na nossa vida em que temos
de saber fazer uma pausa ou até rein-
ventarmo-nos. Eu estou entre uma fase
e outra, de certa forma. Sinto-me bem
com a vida que tenho levado. Há várias
etapas e este é o momento de estar mais
resguardada”, confessou a jornalista na
apresentação do novo romance de José
Rodrigues dos Santos, sublinhando
que, para já, não pensa em regressar à
azáfama da televisão. “Essa hipótese não

“Agora faço ginástica.


Preocupo-me muito com
a minha saúde física.”

se pôs e acho que não se vai pôr agora.


Tenho saudades do período das 18h às
20h, em que toda a gente corre de um
lado para o outro a ultimar o jornal das
oito, mas mantenho-me em contacto com
os meus amigos da comunicação social
e tudo corre normalmente. Além disso,
penso muito nas gerações mais novas e
nas oportunidades que têm de ter para
conseguirem chegar a posições que eu,
tendo começado a trabalhar com 18 anos,
consegui”, reconheceu.
Durante esta pandemia, conta,
descobriu algo que lhe ocupa os dias
e a tem motivado diariamente. “Faço
ginástica! Gosto e preocupo-me muito
com a minha saúde física e em não ficar
‘perra’. A dada altura custa para quem
não estava habituada, como eu, mas
tendo um ginásio perto de casa torna-se
mais fácil. De resto, tenho estado bem,
como as pessoas em geral. Desse ponto
de vista, acho que sou uma privilegiada,
porque tenho uma casa com terraço”,
referiu, bem-disposta.
TEXTO: JOANA CARREIRA FOTOS: LUÍS COELHO

Fora dos ecrãs


televisivos há um
ano, a jornalista
tem-se dedicado
a projetos pessoais
e ao seu bem-estar.
A
chegada de Lady Diana Spencer
à família real britânica e os
difíceis anos do seu casamento
com o príncipe Carlos são o tema
central da quarta temporada da pre-
miada série The Crown, do canal de
streaming Netflix. Nos 10 episódios
que compõem esta temporada – que
decorre de 1977 a 1990 –, as con-
sagradas Olivia Colman (que ga-
nhou um Golden Globe de Melhor
Atriz pela terceira temporada) e
Helena Boham Carter continuam
a desempenhar, respetivamente, o
papel da rainha Isabel II e da irmã
desta, a rebelde princesa Margarida,
enquanto a conturbada princesa
Emma Corrin ... e Diana Diana é representada por uma quase
e Josh O’Connor e Carlos nesse dia, estreante, Emma Corrin.
na cena do anúncio 24 de fevereiro
Precisamente por girar sobretudo
do noivado... de 1981
em torno de Diana, provavelmente
a mais popular figura da família real
britânica de sempre, esta foi talvez
a temporada mais aguardada deste

Tudo começa em 1997,


com o primeiro encontro
de Carlos, aos 29 anos,
e “Lady” Diana Spencer,
então com apenas 16.

drama biográfico que acompanha o


reinado, a vida pessoal e os princi-
pais eventos políticos de Inglaterra
desde o casamento de Isabel II,
passando pela sua coroação e pelos
momentos atribulados protagoniza-
dos pelos filhos da soberana.
Tudo começa em 1997, com o
Os dois atores primeiro encontro de Carlos (a que
na recriação de um ... e os príncipes dá vida o ator Josh O’Connor), aos
baile na Austrália, de Gales 29 anos, e Diana, então com apenas
em 1983... nesse momento
16, em casa da família desta, pois
o príncipe namorava então com
Emma Corrin ... e Diana com Sarah Spencer, a irmã mais velha
com a réplica o original de David de Diana. Prossegue depois com o
perfeita do vestido Emmanuel, reencontro dos dois, em julho de
de casamento... no dia 29 de 1980, durante um torneio de polo.
julho de 1981 Por essa altura, Carlos estava a ser
muito pressionado pela família para
encontrar uma mulher à sua altura
e assentar e, sete meses depois, foi
anunciado o noivado da filha mais
nova do conde Spencer com o filho
mais velho de Isabel II.

Porque a princesa
foi um ícone
de estilo,
o guarda-roupa
tem um papel
importante na série.
DIANA É A FIGURA CENTRAL DA QUARTA
TEMPORADA DA SÉRIE “THE CROWN”
A infeliz e conturbada Diana
dos anos do seu casamento
com Carlos é interpretada
por uma atriz quase
estreante, Emma Corrin.

The Crown dá, como seria de


esperar, destaque ao grandioso ca-
samento, no dia 29 de julho de
1981, e aos anos de sofrimento que
esta relação indesejada por Carlos
provocou na inocente e romântica
Diana, bem como a dificuldade da
sua adaptação a uma família muito
formal e a um protocolo extrema-
mente exigente.
Por isso é possível ver Emma
Corrin protagonizar situações em
que a princesa teve verdadeiros
ataques de desespero, nomeada-
A princesa em mente a partir do momento em
Nova ioque, com que percebeu que o marido a traía
um vestido de com Camilla Parker Bowles (re-
Victor Eldelstein... presentada por Emerald Fennell).
... e a atriz com E também o nascimento dos prín-
a cópia feita cipes William, em 1982, e Harry,
por Amy Roberts em 1984, é abordado, bem como a
relação próxima que Diana tinha
com os filhos, e ainda se percebe
que a separação, que se deu em
1992, estava iminente.

“The Crown” mostra


Emma Corrin
a protagonizar situações
em que a princesa de
Gales teve verdadeiros
ataques de desespero.
Porque a primeira mulher do
príncipe herdeiro ficou também
celebrizada como um ícone de estilo,
A princesa na Austrália, ... e a atriz em esta temporada dá um importante
em 1983, com um vestido “The Crown” com um relevo à imagem de Diana. Assinado
de Donald Campbell... modelo muito semelhante por Amy Roberts, que regressou ao
passado para analisar a par e passo
os visuais mais emblemáticos da
Diana em Highgrove, ... e Amy com
em julho de 1986... uma roupa igual
princesa, o guarda-roupa recupera,
de forma quase sempre muito fiel,
toilettes como o saia-casaco midi
azul-cobalto que usou no dia do
noivado, e, claro está, o emblemá-
tico vestido de noiva, um dos mais
célebres de sempre.
Para reproduzir, numa cópia qua-
se perfeita, este intrincado e vapo-
roso modelo, feito de folhos, rendas,
bordados e de saia e mangas amplas,
Amy Roberts teve nada mais nada
menos que a ajuda do próprio autor
do original, o prestigiado costureiro
David Emmanuel.
TEXTO: ANA PAULA HOMEM
FOTOS: GETTY IMAGES E NETFLIX
F
ilha do historiador Nikolai Tolstoy,
um conde russo cuja família se radicou
em Inglaterra depois da Revolução de
1917 e é um dos grandes ativistas da causa
monárquica russa, Alexandra Tolstoy tem
uma vida que não só já deu direito a um
documentário da BBC Two, A Condessa e
o Bilionário Russo, emitido em abril deste
ano, como poderia dar origem a vários
filmes. E os mais recentes episódios da sua
epopeia incluem a venda do seu guarda-
roupa milionário e das valiosas joias que
tinha, o leilão dos seus móveis antigos e
o despejo da casa de 10 milhões de euros,
onde vivia com os três filhos, num dos
mais elegantes bairros de Londres, Chelsea.
Bonita, elegante e requintada,
Alexandra, que se movia na alta socieda-
de britânica, tornou-se conhecida quando,
aos 25 anos, largou o seu emprego como
corretora no Crédit Suisse, em Londres,
para iniciar uma vida de aventuras, que a
levou, em 1999, a fazer, com três amigas,

Aventureira, em 1999 fez


a Rota da Seda a cavalo,
uma viagem de oito mil
quilómetros pela Ásia
Central e a China.
a Rota da Seda a cavalo, uma viagem de
oito mil quilómetros pela Ásia Central e a
China que demorou seis meses e durante
a qual se apaixonou por um dos guias, o
cavaleiro de competição uzebeque Shamil
Galimzyanov. Casaram-se em 2003 e
instalaram-se num pequeno apartamento
em Moscovo, onde a jovem começou a
dar aulas de inglês a destacadas figuras
políticas. Entre as quais Sergei Pugachev,
um senador próximo de Putin conhecido
como “o banqueiro do Kremlin”.
Decorria 2009, e a inglesa depressa
iniciou uma relação com o bilionário
russo, também casado e 12 anos mais
velho, ficando grávida do primeiro filho,
Alexei, o que conduziria a um longo di-
vórcio litigioso de Galimzyanov. Com um
património avaliado então em 1,5 biliões
de euros, Pugachev, que no seu país era
dono da maior mina de carvão do mundo,
de importantes estaleiros navais e de um
banco privado, detinha também negócios
em vários países, nomeadamente no imo-
biliário, e até uma firma de design de iates,

TATIANA TOLSTOY, A CONDESSA


MILIONÁRIA QUE FICOU POBRE
interiores e mobiliário que comprou a lord
Linley, sobrinho da rainha Isabel II.
Nos anos seguintes, Alexandra teve
uma existência de verdadeira princesa,
que decorria entre três iates, avaliados em
55 milhões de dólares, dois jatos privados,
uma casa à beira-mar em St. Barts, nas
Caraíbas, uma mansão na Rússia, um
castelo em França, um apartamento no
Mónaco, uma extensa propriedade rural em
Inglaterra e a já referida casa de Chelsea.
O casal teria ainda mais dois filhos, Ivan,
em 2010, e Maria, em 2013.
Tudo correu bem até 2014, ano em que
Pugachev caiu em desgraça junto de Putin,
sendo acusado de, através do seu banco,
desviar dinheiro do Estado russo, que
conseguiu que os seus bens em Inglaterra
fossem congelados por um tribunal londri-
no. Depois disso, recebeu várias ameaças de
morte e foi vítima de alguns atentados. Para
evitar ser extraditado para o seu país natal,
A condessa é familiar do
em 2015 exilou-se no castelo de França.
escritor russo Liev Tolstoy
Alexandra e os filhos juntaram-se a ele
(em cima, com a mulher, Sophia)
em 2017, mas, infeliz com esse exílio, que
no documentário da BBC descreveu como
“demasiado claustrofóbico e isolado”, decidiu
Pugachev, que em 2014 caiu em desgraça
junto de Putin, tendo sido alvo de alguns
Ao lado de Pugachev, atentados, tem a decorrer no Tribunal
Alexandra teve uma vida Internacional de Haia uma ação Sergei Pugachev, o
em que pede ao Estado russo uma
de princesa, que incluía três indemnização de 1,1 biliões de euros.
ex-companheiro de Alexandra
e pai dos seus três filhos
iates, dois jatos privados
e mansões em vários países. Alexandra com os pais, os condes
Nikolai e Georgina Tolstoy, e os
regressar a Inglaterra. Nessa altura, contou filhos, Alexei, Ivan e Maria, em 2018
ainda à BBC, Sergei agrediu-a fisicamente,
encerrou os filhos num quarto e fechou os
passaportes num cofre.
A condessa acabaria por conseguir fugir
com as crianças, mas desde então o pai dos
filhos, que se lamenta de já só ter 60 mi-
lhões de euros, nunca lhe deu um cêntimo.
Para sobreviver, Alexandra tornou-se guia
de viagens de longa distância a cavalo na
Ásia, mas, como a casa de Chelsea era de
Sergei, os credores deste conseguiram que
fosse despejada.
A condessa vendeu tudo o que tinha
e instalou-se com os filhos num pequeno
cottage que tinha em Oxfordshire. E, de-
monstrando um enorme desapego, diz que
não lamenta nada do que perdeu: “Hoje em
dia odeio todas essas coisas. Estão associadas
a uma vida de que não gostava.”
TEXTO: ANA PAULA HOMEM FOTOS: GETTY IMAGES

Separada do oligarca
russo Sergei Pugachev,
que é hoje perseguido
pelo Kremlin,
Tatiana viu-se forçada
a leiloar os seus bens.
GONÇALO RIBEIRO TELLES: PORTUGAL DE LUTO

No último adeus ao arquiteto


paisagista, político e professor
universitário, que teve lugar na Igreja
de Santa Maria de Belém, no Mosteiro
dos Jerónimos, onde foi celebrada
a missa de corpo presente,
estiveram muitos familiares, amigos
e as mais altas figuras do Estado.

João Ribeiro Telles com Gonçalo Ribeiro Miguel Sousa


a mulher, Assunção, e as Telles e Inês Folque Tavares
filhas, Matilde, Graça e Maria
PELO MESTRE DO PAISAGISMO E DA ECOLOGIA

Alguns dos netos carregaram


a urna do avô até ao carro funerário

As cerimónias fúnebres aconteceram


no dia em que o Governo decretou
Dia de Luto Nacional. Depois do velório,
seguiu-se o funeral de Gonçalo Ribeiro
Telles, que foi reservado à família.

G
onçalo Ribeiro Telles, arquiteto paisagista,
político, professor universitário e uma refe-
rência a vários níveis, morreu aos 98 anos,
no passado dia 11, em Lisboa, a cidade que o viu
nascer e à qual deu os jardins da Gulbenkian ou
o corredor verde entre o Parque Eduardo VII e
a mata de Monsanto, obras maiores entre um
vasto conjunto, todo ele digno de admiração.
Foi também responsável, enquanto político,
por leis fundamentais na área da proteção
do património, nomeadamente a criação da
Reserva Ecológica Nacional e da Reserva
Agrícola Nacional. Um legado que foi recor-
dado por muitos dos que se juntaram na Igreja
de Santa Maria de Belém, nos Jerónimos, para
a última despedida, na passada quinta-feira, 12,
que o Governo decretou Dia de Luto Nacional.
“Tinha a paixão pelo ambiente e pelas nossas
cidades do novo urbanismo. Tinha a paixão pela
monarquia democrática. A paixão do serviço pelos
outros, da disponibilidade total, do ensino, da Marcelo Rebelo
ecologia, do futuro, e com essas paixões marcou de Sousa e Eduardo
Lisboa e Portugal”, sublinhou o Presidente da Fernando Medina Ferro Rodrigues
República, Marcelo Rebelo de Sousa. e António Costa
Isabel Leonor Burguete, Rita Ribeiro Telles João e Assunção Ribeiro Telles
Meirelles e Matilde Conceição com a nora Ceatana e a filha Graça

Em homenagem ao autor dos jardins


da Gulbenkian, Fernando Medina,
presidente da Câmara de Lisboa, quer
dar o nome de Ribeiro Telles ao jardim
em construção na Praça de Espanha.

“O país deve muito ao Gonçalo Ribeiro Telles.


Era um homem que tinha sempre razão e era mui-
to generoso”, resumiu o jornalista e comentador
político Miguel Sousa Tavares, fazendo eco
da opinião generalizada. Fernando Medina,
presidente da Câmara de Lisboa, revelou que a
autarquia vai homenagear o arquiteto dando o
seu nome ao novo jardim da Praça de Espanha:
“Vai ficar imortalizado na toponímia da cidade
através de um jardim num local especial, que
representa, no fundo, tudo aquilo por que ele
sempre se bateu e que nos deixa hoje como legado.”
Viúvo, pai de quatro filhos, um das quais
Luísa viu morrer cedo, e avô de 10 netos, Gonçalo
Ribeiro Ribeiro Telles deixou uma impressão marcante
Telles
João em toda a família, que o sobrinho João Ribeiro
Bastos Telles, cavaleiro tauromáquico, resumiu à
CARAS: “O meu tio foi uma pessoa exem-
João Ribeiro Telles plar, um homem com H grande, um excelente
e Francisca Raposo chefe de família, um visionário no que toca ao
ambiente. A sua honra, a sua honestidade, os
seus princípios e a sua valentia permitiram-lhe
“O que mais retenho dele é a preocupação nunca ceder aos lobbies que o rodeavam. Por
fim, o que mais retenho dele é uma preocupação
desmedida com o bem-estar e sobrevivência das desmedida com o bem-estar e sobrevivência das
gerações vindouras, sempre pensando no aspeto
gerações vindouras, sempre pensando no aspeto ambiental e social.”
ambiental e social.” (João Ribeiro Telles) TEXTO: CRISTIANA RODRIGUES FOTOS: JOÃO LEMOS
CARAS
MOMENTOS

CONFINAMENTO
Os semáforos acendem-se para
estradas desertas, aqui e ali um
transeunte solitário dá vida a ruas
vazias, onde sobressaem as luzes
do comércio fechado, a restauração
tenta sobreviver com o “take away”
– mal, como se viu pelos protestos
dos passados dias 13 e 14, no Porto
e em Lisboa. Assim foi o primeiro fim
de semana de recolher obrigatório em
muitas cidades do país. Na busca pelo
abrandamento do número de infetados
e pela preservação dos serviços
FOTOS: JOÃO LIMA

de saúde, adensa-se a crise económica


e social. E ao fundo do túnel
não se vislumbra nenhuma luz.
Depois de uma
mastectomia para
remoção do tumor
na mama, sessões
de quimioterapia e
radioterapia, o cantor
respira de alívio.

D
e cabelos brancos assu-
midíssimos, Marco Paulo,
de 75 anos, recebe-nos em
sua casa com um sorriso, feliz
por nos poder dizer que acabou
os tratamentos que estava a
fazer para combater o cancro da
mama e que só em janeiro terá
de voltar ao hospital para manter
a vigilância. Está tão contente
que o conseguimos “arrancar”
de casa, deixar o canto da sua
sala de estar, onde se rodeia de
discos e prémios, e dar um pas-
seio pela sua quinta, onde não
faltam árvores de fruto, patos,
gansos, cisnes e cães de guarda.

“Deixo um alerta
aos homens para que
se policiem e não
tenham vergonha
de fazer a palpação,
o cancro da mama
também nos afeta.”
Seguidos de perto pela cadela
Zuka, um buldogue francês de
seis anos, fomos conversando
e o cantor, considerado o rei
da música romântica portu-
guesa, confessa-nos, mais uma
vez, que tem medo da morte e
que sempre que se depara com
um problema de saúde mais
relevante − e já soma quatro
sustos, começando pelo cancro
do cólon em 1996, a massa no
rim direito que o obrigou a uma
intervenção cirúrgica em 2017,
o princípio de AVC que sofreu
no palco do Coliseu do Porto
cerca de um ano depois e agora
o cancro de novo − agarra-se à
fé e ao otimismo para vencer
essa batalha. E sublinha-nos
que, embora o cancro da mama
seja mais comum nas mulheres,

MARCO PAULO: “VOLTEI A TER A ALEGRIA DE


VIVER, MAS SINTO FALTA DOS APLAUSOS”
também pode afetar os homens, de agradecer o carinho, é o que e teve de deixar de o fazer. e festejar finalmente o meu
a quem aconselha atenção e a mais lhe faz falta. − Custa-me não estar com aniversário, já que este ano não
“fazer palpação, sem vergonha.” − Sendo um homem que os meus amigos, mas o mais o consegui fazer.
Com humildade, fala dos cerca gosta pouco de sair, suponho importante agora é travar a − Sim, entrou nos 75 anos
de cinco milhões e meio de que o confinamento não tenha pandemia, apoiar os familiares em pleno bloco operatório, para
discos vendidos em 54 anos sido um drama... das vítimas, tratar dos que estão remover um tumor.
de uma carreira preenchida e Marco Paulo − [Risos.] De infetados. Os jantares, os almo- − É verdade. O meu médico
revela-nos que confinar não tem facto, não tem sido. Sou muito ços e os convívios entre amigos, deu-me duas datas possíveis
sido um problema para ele, já caseiro e gosto mesmo de estar de que tanto gosto, podem ficar para a cirurgia e uma dela era
que a casa é o seu porto seguro. em casa. É aqui que me sinto bem. para outra altura. Quando tudo no dia do meu aniversário.
Subir ao palco e estar próximo − Mas também é em casa que estiver mais calmo, vamos cer- Como eu queria fazê-la o mais
das suas fãs, a quem não se cansa gosta de receber os seus amigos tamente poder confraternizar rapidamente possível para poder
estar apto também o quanto
antes e voltar aos espetáculos,
não vacilei. Foi um aniversário
diferente e acabei a receber
um bom presente, porque cor-
reu tudo bem com a operação.
E não me esqueço da equipa
médica que me tratou: horas
depois entraram no meu quarto
Depois de ter terminado os tratamentos
contra o cancro da mama há cerca
“Embora tenha
a cantar-me os parabéns. Isso
deu-me muita força e são mo-
de dois meses, Marco Paulo pôde voltar
a sorrir. Agora seguem-se tempos de
medo da morte, nunca
mentos que não esqueço. vigilância apertada, mas menos tensos. perdi a esperança.”
Se há 20 anos, quando teve
o primeiro cancro, sofreu
muito por ter perdido
os caracóis na sequência
da quimioterapia, desta
vez lidou bem com a nova
imagem e exibe, orgulhoso,
os cabelos brancos.

− Tal como não se esquece


do dia em que recebeu a no-
tícia. Pressentia que alguma
coisa não estava bem? Tinha
sintomas?
− Eu já tinha sentido um ca-
roço na mama direita e tinha
alguns sintomas, mas por falta
de conhecimento, se quiser, não
lhes dei a devida importância, até
porque não sabia que os homens
também podiam ter cancro da
mama. E, no fundo, acho que
tinha medo de voltar a ouvir um
diagnóstico de cancro. Mas numa
consulta de dermatologia para
tratar um sinal no nariz acabo
por mostrar o caroço à médica.
Mandou-me logo fazer exames,
que confirmaram o pior cenário.

“Ao receber o
diagnóstico, engoli
em seco, revi o que
passei há 20 anos,
questionei-me porquê
eu novamente, mas
aceitei e fui à luta.”

− Foi um choque?
− Não é de ânimo leve que
se recebe uma notícia destas.
Engoli em seco, revi o que tinha
passado há 20 anos, questionei-
me porquê eu novamente, mas
rapidamente aceitei e fui à luta.
− Sofreu muitas vezes em
silêncio?
− Tive sempre uma atitude
muito positiva e estive focado na
minha recuperação. O que mais
me custou foram as sessões de qui-
mioterapia. Fiz 16, às quais se se-
guiram 28 sessões de radioterapia,
até poder respirar de alívio. Pelo
meio, 18 testes à Covid-19, que
me deixavam ansioso enquanto
não sabia o resultado.
− Quando soube que tinha
saído vencedor, como é que se
sentiu?
− Voltei a ter alegria de viver.
− Nunca se perde a espe-
rança?
“Fui desde cedo muito cuidadoso, Aos 75 anos, e com os problemas de saúde
que tem tido, o artista faz parte do grupo mais
pouco gastador e pensei vulnerável à Covid-19 e é também por isso que
se mantém mais resguardado. A sua vontade
sempre no dia de amanhã.” agora é, no entanto, aproveitar todos os instantes.

− Embora tenha medo da acreditem que é possível recu- acontecer, mas estou desejoso de de como gerir o que eu ganhava,
morte, nunca perdi a esperança. perar e prefiro que me digam voltar a subir ao palco, agrade- ensinamento esse que foi muito
Tive sempre fé em Deus e em “obrigado, Marco Paulo”. cer aos portugueses toda a sua útil numa área de incerteza como
Nossa Senhora de Fátima, a quem − O que é que lhe faz mais generosidade por se preocupa- a música. Por isso não andei
agradeço mais esta oportunidade falta agora? rem comigo, pelas mensagens durante 54 anos de carreira no
para continuar a minha vida. − Fazem-me de c a r i n ho “chapa-ganha, chapa-gasta”. Fui
− A sua história serve de falta os aplau- “O importante agora e palavras de desde cedo muito cuidadoso,
exemplo para muita gente. Tem sos, a proxi- é travar a pandemia. apoio que são pouco gastador e pensei sempre
essa noção? midade com ainda mais im- no dia de amanhã. Tudo o que
− Tenho essa noção e o facto as minhas fãs, Os jantares, portantes em tenho foi fruto do meu trabalho,
de partilhar isto com os portu- com o meu pú- os convívios entre alturas em que mas também não me esqueço
gueses é para alertar consciên- blico. amigos podem ficar estamos mais que tem sido o público que me
cias e para que estejam atentos − Espera fragilizados. tem ajudado a construir a minha
à saúde. Quero deixar um alerta rever o seu para outra altura.” − Com a sólida carreira e a quem estou
especial aos homens, para que se público em pandemia, a eternamente grato por isso.
policiem e não tenham vergo- breve? área da cultura tem sido um − Que legado gostaria de
nha de fazer a palpação, porque − Eu tinha concertos marca- dos setores mais penalizados, e deixar?
o cancro da mama, embora me- dos que deixaram de acontecer muitos artistas ficaram numa − O amor que tenho pelos
nos provável, também existe no devido à crise pandémica. O que situação fragilizada. Como é que meus fãs.
sexo masculino. E com isto não era para ter acontecido no Porto se sobrevive sem espetáculos? TEXTO: CRISTIANA RODRIGUES FOTOS: JOÃO LIMA

quero que os meus fãs tenham foi adiado para março do próxi- − Sempre fui muito bom ges-
pena de mim e me chamem de mo ano e outro, no Olympia de tor. O meu pai trabalhava nas Agradecemos a colaboração de
Loja das Meias
“coitado”. Quero que saibam e Paris, ainda não sei quando vai finanças e sempre me deu lições
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ANNA WESTERLUND
“O Pedro tinha uma vontade
enorme de se tratar”
Cinco meses após a morte do marido, o ator Pedro
Lima, Anna Westerlund partilhou nas redes sociais um
testemunho a propósito de uma peça de roupa usada
pelo filho mais velho do ator, João (em cima), em que
parte das vendas reverte para causas que promovem
a saúde mental. “O Pedro estava a ser seguido por
um psicólogo e um psiquiatra (...). Tinha uma vontade
enorme de se tratar. Há medicamentos que têm como
possível efeito secundário o suicídio. Se o diz, é porque
em algumas pessoas causará esse efeito. Isto é um
facto, não é uma especulação. A depressão tem várias
formas de existir, pode ser mais ou menos ‘fulminante’,
mais ou menos visível aos olhos dos outros, pode ser
FOTOS: D.R.

FOTOS: D.R.
mais ou menos silenciosa. É importante falar de certas
doenças sem associar estigmas”, escreveu a ceramista.

CAROLE MIDDLETON: TRADIÇÃO DE NATAL COM OS NETOS SERÁ CUMPRIDA VIRTUALMENTE


“O mais importante para mim é que a minha família se sinta ligada”
“Podemos não ser capazes
de nos reunir, mas, depois
de um ano como 2020,
precisamos de nos lembrar
do que é realmente importante
neste Natal”, começa por
dizer Carole Middleton numa
mensagem partilhada na
página oficial da sua empresa
de artigos para festas,
a Party Pieces. Consciente
do pedido das autoridades
sanitárias do Reino Unido
para que se evitem encontros
familiares com elementos que
vivem em casas separadas,
devido à pandemia, a mãe
FOTOS: LIZ MCAULAY E GETTY IMAGES

de Kate Middleton revelou


que este ano a tradição de
reunir os netos para, juntos,
decorarem a árvore de Natal
será cumprida virtualmente:
“Vou pedir que façam uma
videochamada para decidir
onde colocar cada decoração.”
CATARINA GOUVEIA E PEDRO MELO GUERRA
Viagem de lua de mel em segurança
Um mês depois do seu casamento com Pedro Melo
Guerra, Catarina Gouveia partilhou com a CARAS
duas fotos do álbum da lua de mel, passada num
resort paradisíaco nas Maldivas. “Dias que deixam uma
sensação de superação e com um sentido de união
único, que faremos por manter o resto das nossas vidas”,
disse-nos a atriz, que, com o marido, enfrentou o desafio
de preparar um casamento em plena pandemia, não
abrindo mão da lua de mel, já que, assegura, se sentiram
sempre seguros. “Nos voos da Emirates todas as regras
de segurança são levadas muito a sério”, diz, adiantando
que fizeram testes à Covid-19 à partida e no regresso.

MELANIA E DONALD TRUMP


Divórcio poderá estar para breve
FOTOS: GETTY IMAGES

Em contagem decrescente para sair da Casa Branca, depois da vitória de Joe Biden nas
eleições presidenciais – que Donald Trump teima em não aceitar –, o ainda Presidente
e a mulher, Melania, estavam com cara de poucos amigos na homenagem aos americanos
mortos em guerras que se realiza anualmente a 11 de novembro. Apesar de se tratar
de uma cerimónia solene, a verdade é que o casal parece ter cada vez mais dificuldade
em esconder que o seu casamento é apenas de fachada. E fontes próximas dizem GEORGINA RODRÍGUEZ
que o divórcio será o passo mais provável assim que Trump deixar a cadeira do poder.
Namorada de Ronaldo mostra
a sua faceta mais solidária
Georgina Rodríguez esteve em Madrid para visitar
a Novo Futuro, associação que acolhe crianças
e jovens desprotegidos e privados de meio familiar
seguro, e deixou um autêntico “carregamento” de
brinquedos. “As crianças são anjos de Deus e merecem
ter uma boa infância. Por isso há muitos anos que não
me separo da Novo Futuro, porque o seu grandioso
trabalho conquistou o meu coração. É um sonho poder
ajudar as crianças e vê-las felizes”, diz a ex-bailarina,
que, ao que parece, também marcará presença
FOTO: GETTY IMAGES

na Rastrillo, feira solidária daquela associação,


que este ano será organizada por Simoneta Gómez
Acebo, filha da infanta Pilar, irmã do rei Juan
Carlos e presidente da Novo Futuro durante muitos
anos, que morreu no passado mês de janeiro.
ESTREIA DE “YERMA”, PROTAGONIZADA POR SARA

Pedro Teixeira
aplaudiu de pé

“Tenho muito orgulho


na Sara. É maravilhosa,
uma pessoa muito
Pedro Teixeira O elenco, com Sara Matos,
à chegada ao TEC
especial.” (P. Teixeira) de preto, ao centro

N
o dia em que o Teatro
Experimental de Cascais ce-
lebrou o seu 55.º aniversário,
subiu ao palco a peça Yerma, de
Federico García Lorca, encenada
por Carlos Avilez e protagonizada
por Sara Matos. Entre as diversas
caras conhecidas presentes des-
tacava-se o ator Pedro Teixeira,
companheiro da protagonista,
que antes de ver o espetáculo já
antecipava o orgulho que iria
sentir pelo trabalho de Sara, pois
testemunhou o seu empenho
O encenador Carlos Avilez,
na preparação da personagem:
a secretária de Estado da Cultura,
“Tenho a certeza de que vai ser
Ângela Ferreira, e o presidente da
Câmara de Cascais, Carlos Carreiras
uma noite maravilhosa. Ela é
uma belíssima atriz e dirigida
Assunção Cristas
pelo incrível Carlos Avilez não há
e o marido, Tiago
As condicionantes impostas pela pandemia mudaram como falhar. Para mim, é uma das
Machado da Graça
os horários do teatro, que começa agora mais cedo do que melhores da geração dela. Tenho
era habitual. Um pormenor que não impediu a afluência muito orgulho na Sara, é uma mu-
ao Teatro Municipal Mirita Casimiro, no Monte Estoril. lher à séria, que trabalha, que luta
MATOS, ASSINALA 55.º ANIVERSÁRIO DO TEC

pelos seus direitos. É maravilhosa,


uma pessoa muito especial.”
No final de hora e meia de
espetáculo, Sara Matos estava
tão cansada que preferiu não ser
fotografada, mas conversou um
pouco connosco: “É um espetáculo
fisicamente exigente e que requer
muita energia, mas foi muito bom
e estamos muito felizes por termos
conseguido estrear. Regressar ao
TEC, onde comecei, com esta peça e
com esta personagem é incrível. Esta
personagem é muito especial, dá-me
muito para procurar e explorar, é
maravilhosa.”
Carlos Avilez estava igualmente
satisfeito: “Ainda bem que consegui-
mos estrear esta peça, que marca os
55 anos do TEC, numa altura tão
complicada. Continuamos com o
mesmo espírito de luta.”
TEXTO: ANDREIA CARDINALI FOTOS: LUÍS COELHO Todo o elenco
Gui, Kalu, João Cabeleira e Tim

AUTOBIOGRAFIA DE XUTOS & PONTAPÉS


APRESENTADA PARA PLATEIA QUASE VAZIA
Zé Pedro foi
relembrado por todos

A
o contrário do que é habitual sempre
que se trata de Xutos & Pontapés, na
apresentação do segundo volume da
autobiografia da banda, À Minha Maneira
Vol. II – 2000-2020, a plateia ficou quase
vazia devido às restrições impostas pela
Covid-19. Apesar disso, Tim, Kalu, João
Cabeleira e Gui estavam felizes nesse
final de tarde no Teatro Maria Matos, em
Lisboa. “Já estávamos à espera que assim
fosse, consequência dos tempos que vivemos,
mas desejo e acredito que tempos melhores
hão de vir para todos. Ainda assim, para nós
foi muito bom relembrarmos estes últimos 20
anos. Cada um de nós tinha uma memória e
é isso que também torna o livro naquilo que
é”, confessou Tim.
Embora seja assinado por Ana Ventura,
à semelhança do primeiro volume, este
livro foi contado na primeira pessoa pelos
elementos dos Xutos. “Acho que escrever um
livro na primeira pessoa se torna mais fácil,
porque me retira responsabilidade. É, sim,
mais trabalhoso, mas também mais divertido,
porque tive de fazer com que o que os cinco
interlocutores me contaram faça sentido ao
leitor. Demorou menos de um ano, foi tudo
feito no ano passado, mas, infelizmente, já
não tínhamos cá o Zé Pedro [que morreu
em novembro de 2017, aos 61 anos, vítima
de cancro]. No entanto, ele está presente
nos testemunhos de todos os companheiros
da banda e também fala na história toda,
porque me socorri de colegas jornalistas que o
entrevistaram em diferentes alturas e citei-o”,
contou a jornalista.
Tim, João Cabeleira, Zé Pedro foi relembrado em toda a
Gui e Kalu movem apresentação com imagens, mas também
multidões, mas desta com fotografias de todos os elementos dos
vez isso não aconteceu Xutos junto das suas famílias e nos palcos
por causa da pandemia que percorreram pelo mundo. A autora,
que atravessamos. TEXTO: ANDREIA CARDINALI FOTOS: JOSÉ OLIVEIRA
Ana Ventura
MÁRIO LAGINHA E CAMANÉ: UMA AMIZADE QUE
O pianista
e o fadista
juntaram-se em palco
e eternizaram-se
em disco. “Aqui
Está-se Sossegado”
é o resultado
desta união.

H
á um sossego muito intimista,
uma paz e uma cumplicidade
que se sentem entre Camané
e Mário Laginha. Desde a primei-
ra vez que tocaram juntos que se
mantiveram sempre ligados, numa
forma de estar sensível à música,
aos tempos e aos sentimentos. E
esta conexão quase simbiótica,
baseada na amizade, no respeito
e no amor por esta arte, é total-
mente palpável num espetáculo
onde há fado e há piano e nada
mais é preciso para se sentir a ma-
gia deste encontro. Aqui Está-se
Sossegado é uma ode a isto mesmo
e está nomeado para os prémios
de música Grammy Latinos 2020,
na categoria de Melhor Álbum
de Raízes em língua portuguesa.

“Acho que se não


fôssemos amigos isto
não era fácil. Tenho
mesmo prazer em
tocar com o Camané.”
(M.L.)

– De uma amizade longa nas-


ce um dueto que, não sendo iné-
dito, é, ainda assim, improvável?
Camané – Ao longo da his-
tória do fado, os grandes fados,
sobretudo os clássicos, eram com-
postos ao piano. Há uns anos, o
Mário, o Bernardo Sassetti e eu
fizemos um disco com piano, o
Carlos do Carmo também fez
alguns com o António Victorino
de Almeida... Mas um disco intei-
ro só com voz e piano como este...
Aliás, nós tínhamos um espetá-
culo – eu, o Mário e o Bernardo
Sassetti – com fado tradicional e
pensámos fazer um disco juntos,
mas entretanto o Bernardo fale-
ceu. E eu e o Mário, agora, não

TEM O PIANO E O FADO COMO BANDA SONORA


pensámos no disco, pensámos sentiram quando estiveram estava na posse de um colecio- fantástica a esta música.
em fazer uns espetáculos juntos, em estúdio... nador de discos. Esta música terá – E como foi para si, Mário, o
só depois surgiu a ideia do disco. – Esse é um poema lindíssimo sido feita em 1918. processo de trazer o piano para
– Trocaram a ordem das coi- do Fernando Pessoa que adaptei – Foi especial conseguir ouvi- o fado?
sas e começaram pelo fim? a uma música do meu bisavô lo, ter essa oportunidade? Mário – Foi especial e difí-
Mário Laginha – É bom quan- [José Júlio Paiva]. E depois per- – Foi. Ele tinha um gosto musi- cil. Parece fácil, mas não é. Há
do é assim, porque tocamos e guntei ao Mário se podíamos cal incrível. Esta música não tem uma simplicidade que encerra
vamos apurando. Estava a dar-nos dar esse título a tempo, não está um conhecimento, e isso é um
cada vez mais prazer tocar, estar este espetáculo. “Com o rodar dos datada, é uma desafio enorme. Não queria
em cima do palco, e foi aí que Com o rodar espetáculos, ficámos música para a tornar jazz o que não é jazz,
pensámos na hipótese de fazer dos espetácu- vida. Há um li- porque acho que o fado não
um disco. los, ficámos cada vez mais vro no Museu pede esse lado jazzístico. Fartei-
Camané – E quando fomos cada vez mais sossegados, mais do Fado sobre me de ouvir o trio do Camané
para estúdio, estivemos os dois s o s s e g a d o s , descontraídos, e isso foi o meu bisavô. com o Carlos Manuel Proença
supersossegados. Aqui Está-se mais descon- Infelizmente, só e o José Manuel Neto, que
Sossegado, porque fomos para o traídos, e isso fantástico.” (Camané) encontrei duas são brilhantes, e punha-me a
estúdio depois de uns 15 concer- foi fantástico. músicas dele, imitar. Depois de imitar, tentei
tos juntos. Gravámos em takes e O meu bisavô é da Murtosa e mas ele tinha muitas. Já tinha descobrir uma maneira que não
nem foi preciso montar e cortar. quando foi para Lisboa tinha a gravado esta música num disco fosse a imitação e que tivesse a
Fizemos o disco em menos de influência do fado de Coimbra. meu anterior, mas decidi gravá-la ver com o piano. Foi um desafio
três dias. Fez alguns fados tradicionais, agora com o Mário porque soa fascinante, mas demorou algum
– “Aqui está-se sossegado| mas eu nunca tinha ouvido a muito bem ao piano. A letra que tempo.
Longe do mundo e da vida.” voz dele. E há uns anos ouvi a ele gravou não era esta, mas acho Camané – Isto para o Mário
Foi, portanto, assim que se sua voz num disco de 1925, que que esta nova letra deu uma cor foi muito mais difícil, porque
teve de entrar nesta música. É
um trabalho fantástico do Mário.
A forma como ele toca o Fado
Mouraria é incrível. Ele consegue
ser sempre diverso e é espantoso
dentro do fado.
– O sossego que marca este
trabalho, a paz que encontra-
ram, advém muito da vossa
cumplicidade, dos anos de ami-
zade que vos ligam?
– Sim, ajuda muito.
Mário – Acho que se não fôs-
semos amigos isto não era fácil.
Mas quando faço música tenho
de sentir alguma empatia com as
pessoas, caso contrário não me
apetece ir para cima do palco.
Tenho mesmo prazer em tocar
com o Camané. Isto é muito
melhor quando nos divertimos
Este novo disco, “Aqui Está-se
Sossegado”, junta 11 temas retirados
“Saber que aquilo que fazemos
em cima do palco. E isso chega
às pessoas, torna a coisa mais
ao cancioneiro do fado e à carreira
de Camané e cinco inéditos, de Mário
é apreciado por alguém dá-lhe
intensa e mais profunda. Laginha, nunca antes gravados. mais sentido.” (M.L.)
“A forma como o Mário toca o ‘Fado Apesar de 2020 estar a ser um ano negro para a cultura
portuguesa, Camané e Mário Laginha têm conseguido
Mouraria’ é incrível, sempre diverso. percorrer o país com vários concertos, sempre
com salas esgotadas (dentro das normas atuais).
Ele é espantoso dentro do fado.” (C.) Uma felicidade partilhada que os une ainda mais.

– E a nomeação para os contava-me que, enquanto – E como tem sido percorrer porque as pessoas nunca tiram
Grammy foi uma completa crescia, era o único entre os o país com este vosso ‘sossego’ a máscara, sentam-se separada-
surpresa? seus amigos que ouvia fado. nesta altura de pandemia? mente, há uma série de regras e
– Na verdade, foi. [Risos.] Como é para si perceber que Mário – Tem sido um pra- é seguro.
Camané – Não estávamos essa realidade mudou tanto nos zer enorme, na realidade. Há – As pessoas estão, de fac-
à espera. Aliás, também nos últimos anos? uma situação muito especial e to, mais sedentas de cultura.
prémios Play não estávamos à Camané acho que está Acham que, neste momento,
espera. Estávamos nomeados – Sim, as ve- “Estamos todos tudo com as os espetáculos funcionam ain-
para duas categorias e ganhámos zes que tive sequiosos destes emoções à flor da mais como uma espécie de
as duas. Ficámos supercontentes. de defender o da pele. As sa- terapia emocional?
Mário – Claro que ficámos. fado quando momentos las têm esta- Mário – Acho que tem esse
O meu filho ficou tão entusias- era miúdo... Nós de estarmos do esgotadas, lado, sim. E mesmo mais dis-
mado que me veio abrir a porta Havia muitos no palco e o público na medida tantes e com a cara tapada, as
às duas da manhã, quando ga- preconceitos do possível, e pessoas continuam a entregar-se.
nhámos estes prémios. [Risos.] em relação ao de poder viver estas parece-me que Há um certo medo, nota-se,
Saber que aquilo que fazemos fado. Quando experiências.” (M.L.) o facto de as para não serem tão expansivas,
é apreciado por alguém dá-lhe comecei a gra- pessoas não mas vivem o espetáculo. E, na
mais sentido. Queremos sempre var o meu primeiro disco, fiz dois terem podido ver concertos verdade, estamos todos sequio-
fazer bem e fazemos o melhor concertos em Portugal e mais ao vivo durante um tempo sos destes momentos. Nós de
que conseguimos. Depois disso, de 30 no estrangeiro. Só muito fê-las valorizar mais a ida a um estarmos no palco e o público
queremos que chegue às pessoas. depois é que as coisas começaram espetáculo. de viver estas experiências.
– Camané, numa das últi- a mudar e começou a surgir malta Camané – E nos espetácu-
TEXTO: VANESSA BENTO
mas entrevistas que fizemos mais nova. los não há perigo de contágio, FOTOS: JOAQUIM NORTE DE SOUSA
CONFERÊNCIA

PORTUGAL
EM EXAME

DATA
23 A 27
DE NOVEMBRO
Discutir o País, neste momento tão desafiante 11H30
para a economia portuguesa LOCAL
SITE E FACEBOOK
Reshaping the future DA EXAME
Sérgio do Monte Lee – Partner da Deloitte

Pensar Portugal
Francisco Assis – Presidente do Conselho
Económico e Social
António Bagão Félix – Economista

O financiamento na retoma
Luís Castro e Almeida – CEO do BBVA Portugal

Grande Entrevista
Pedro Siza Vieira – Ministro de Estado,
da Economia e da Transição Digital

Organização Patrocinador Knowledge Partner


CARAS HORÓSCOPO
por Paulo
Cardoso
CARNEIRO LEÃO SAGITÁRIO
(21/3 A 20/4) (23/7 A 23/8) (23/11 A 21/12)
Vai ter, nesta semana, uma maior Neste período sentirá uma forte Durante esta semana o seu lado
energia, capacidade de estratégia necessidade de reconstituir o social vai estar mais em evidên-
e de transformar positivamente seu passado naqueles pontos cia. Este não é, decididamente,
uma situação. Este pode ser, no entanto, mais obscuros das suas raízes. Contacte um período para se voltar para si próprio.
um período de insatisfação mental, em pessoalmente ou por escrito as pessoas da Aproveite para comunicar mais com os
que está tenso, crítico e irritável. Em vez sua família ou amigos que possam ajudar seus amigos. Sentirá maior facilidade em
de alimentar ideias pessimistas relativa- a esclarecer essas dúvidas ou incertezas, entrar em acordo com as outras pessoas e
mente ao futuro, aprecie o que tem de alcançando, assim, uma maior tranquilidade maior capacidade para as ajudar a atingir
bom na vida. e paz de espírito. os seus objetivos.

TOURO VIRGEM CAPRICÓRNIO


(21/4 A 21/5) (24/8 A 23/9) (22/12 A 20/1)
Este será um tempo menos di- Este é um período de transforma- Podem vir-lhe à memória recor-
nâmico, mais voltado para o lado ção, de grandes mudanças, mas dações de factos ocorridos na
sonhador e espiritual da vida. A procure não impor as suas ideias sua infância que o vão deixar
aplicação da sua energia ao serviço dos nem permita que lhe façam o mesmo. É melancólico. Pode ter a sensação de que
outros será útil para ajudar a vencer as suas a altura de se decidir a levar por diante irá acontecer-lhe alguma coisa, o que o
dúvidas e inseguranças e a recuperar a sua os seus projetos, não adiando mais a deixará tenso e ansioso. Para ultrapassar
plena personalidade. Porque está mais so- sua concretização. Por outro lado, evite este estado de espírito mais tenso, descon-
nhador, esta não é a altura ideal para decidir as multidões e não corra riscos físicos traia-se e recupere energias no conforto
assuntos que requeiram sentido prático. desnecessários. do seu lar.

GÉMEOS BALANÇA AQUÁRIO


(22/5 A 21/6) (24/9 A 23/10) (21/1 A 19/2)
Esta é uma fase em que a sua Está a atravessar uma fase em A dualidade poderá estar presente
personalidade, espírito criativo que sente vontade de investir na sua vida profissional, levando a
e conceitos de beleza e estética na sua aparência. Quer agradar, que se interesse ao mesmo tempo
estarão mais acentuados. A sua atitude seduzir e sentir-se elegante. Preocupa-o a por mais do que um projeto ou caminho,
aberta e afetuosa e a forma de exprimir os opinião que os outros formam de si. Esta ou poderá simplesmente sentir que a sua
seus sentimentos conquistarão simpatias e é também uma boa altura para comunicar atenção está mais dispersa. Esta é uma
novas amizades, que, por sua vez, poderão com os amigos, para se distrair e descon- boa altura para se aconselhar com alguém
dar origem a relacionamentos mais profun- trair, quebrando a monotonia da rotina do mais velho e experiente sobre um assunto
dos e intensos. dia a dia. que considera difícil.

CARANGUEJO ESCORPIÃO PEIXES


(22/6 A 22/7) (24/10 A 22/11) (20/2 A 20/3)
Neste momento disporá de mui- Durante este trânsito sentir-se- Durante esta semana sentirá uma
tas energias que lhe facilitarão a -á com grande disposição para grande atração por tudo o que
ação, mas deverá olhar em volta o trabalho. A sua energia está seja misterioso, invulgar, mesmo
e reconhecer as necessidades dos outros. voltada para as obrigações e resultados bizarro, tanto no seu relacionamento com
Da sua iniciativa, esforço e perseverança profissionais e vai dedicar-se com afinco a as pessoas de uma forma geral como, em
poderá surgir a realização de um projeto eles. Dos resultados obtidos tirará grande particular, na sua vida afetiva. Terá também
há muito ambicionado, porém o seu brilho prazer e satisfação. Procure fazer tam- tendência para sentir ciúmes e um forte
será maior se não se esquecer daqueles bém um pouco de exercício, para aliviar instinto de posse, o que poderá provocar
que o ajudaram. a tensão. alguns conflitos.

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CARAS CRUZADAS

HORIZONTAIS Volume de ilustrações elucidativas de um texto espaço aéreo. 10. Jogo que consiste em fazer 72. Grande massa de água salgada que cobre a
1. Máxima da Holanda deixa de parte os visuais ou de uma área do conhecimento. 62. Estalar girar uma pitorra que tem quatro faces, em cada maior parte da superfície terrestre. 75. Madeira
(…) e aposta em look discreto. 8. Protestar. como a pipoca. 64. Operária. 66. Excede-se. uma das quais há a inicial de uma das quatro (abrev.). 77. Tornar semelhante à pele de anta.
16. Antes de Cristo (abrev.). 17. Olhei para. 67. Terreno em que há valas para as águas. palavras rapa, tira, deixa e põe. 11. Despedida. 78. Que diz a verdade. 79. Grande leque usado
18. Que não foi memorado. 20. Elemento de 73. Exprime a ideia de ar, vento (pref.). 74. 12. Indivíduo que colhe forragem para o gado. nas cerimónias eclesiásticas. 81. Divindade dos
formação de palavras que exprime a ideia de Espécie de macaco asiático, muito utilizado em 13. Ecoo. 14. Patetice. 15. Monarquia. 19. Doença assírios e fenícios. 84. Minha (ant.). 85. Virtude.
ovo. 21. Substância que tem a propriedade investigações científicas. 75. Que ou aquele que infecciosa que ataca o gado cavalar e asinino, 89. Sociedade anónima (abrev.). 90. Cento e um
de acelerar ou retardar a velocidade de uma tem cor trigueira. 76. Tornar oco. 80. Unidade de transmissível ao homem, e que é caracterizada em numeração romana.
reação química sem se alterar no decorrer medida agrária. 81. Pequena vasilha em forma por corrimento de pus pelas vias nasais. 22.
deste processo (Quím.). 24. Delonga. 27. Tornar de casco ou pipa. 82. Cancela alta do carro Torrefação. 23. Cólera. 25. Réptil sáurio. 26.
solitário. 28. Administra. 29. Popularidade. 30. de bois. 83. Escantilhão para medir o calibre Mulher jovem bonita (gír. Brasil). 33. Variante SOLUÇÃO DO NÚMERO ANTERIOR
Um certo. 31. Olhadela. 32. Estrada, linha férrea das balas. 85. Pequeno barco. 86. Unidade de enclítica do pron. pess. a. 35. Hindustani. 40.
ou caminho secundário que entronca noutro medida de irradiação ionizante absorvida. 87. Escudo oval de couro usado pelos mouros. 41.
principal. 34. Donativo (ant.). 36. Sarro. 37. Árvore leguminosa cesalpinácea. 88. A mais Enunciar ou percorrer com a vista ou com os
Troca-tintas (prov.). 38. Pano de algodão, de velha de determinadas mulheres. 89. Diz-se dedos (palavra, texto) procurando interpretar o
inferior qualidade, que serve para forros e outros do diamante em bruto. 90. Rosto. 91. Saliência seu significado. 42. Choro, queixume. 44. De que
usos. 39. Nome próprio feminino. 40. Outra coisa óssea da articulação da perna com o pé. 92. resulta encargo. 45. Casa de pedra (Brasil). 47.
(ant.). 42. Deixei fugir. 43. Semelhante a bago Tornar amoral. Ter bons presságios ou indícios. 51. Desgostar.
de uva. 46. Referente a ritos. 48. Humedecer. 52. Apoiados. 55. Repetir. 56. Naquele lugar. 58.
49. Qualquer abertura circular. 50. Nome com VERTICAIS Que é partidário da liberdade política, econó-
que se designa o aspeto inconsciente da per- 1. Cair cacimba. 2. Casual. 3. Tornar oval. 4. mica, civil e religiosa. 60. Conjunto de árvores.
sonalidade. 53. Dividir ao meio. 54. Nobélio Cozinhado em que entram rins. 5. Exprime a 61. Mata de arecas. 63. Colocaram. 65. Peixe
(s. q.). 55. Embarcação de recreio, a motor ideia de dois (pref.). 6. Doença da gota que ataca triglídeo da costa de Portugal. 68. Barra de ouro
ou velas. 57. Mililitro (abrev.). 59. Conjunto de as espáduas. 7. Limpar com escova de sedas ou prata. 69. Ratazana (reg.). 70. Quadril. 71.
pessoas que vão rogadas para a vindima. 61. (objetos de ourivesaria). 8. Do lado norte. 9. O Transmite gratuitamente a outrem (bens, etc.).

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S
ANOS
VIDAS QUE MUDARAM
COM A CARAS

Com uma longa carreira


dedicada à comunicação,
a apresentadora, de 51 anos,
assume-se também como
uma mulher feliz e uma mãe
orgulhosa de Beatriz,
de 20 anos, e de Filipe, de 11.
FÁTIMA LOPES: A BUSCA CONSTANTE PELO
BEM-ESTAR FÍSICO, ESPIRITUAL E EMOCIONAL
Em fevereiro de 1996,
a apresentadora partilhava
o seu desejo de ser mãe

Com o primeiro marido, Jorge No Brasil, durante uma


Andrade, junto à Ponte Vecchio, produção exclusiva para
em Itália, fevereiro de 1998 a CARAS, maio de 2000

Com Luís Morais,


à saída do Hospital
Em Praga, República da Luz, depois de ter
Checa, durante sido mãe de Filipe,
a gravação de um fevereiro de 2009
anúncio, março de 2008
Fátima Lopes com o segundo
marido, Luís Morais,
nos Globos de Ouro de 2006

Em 2009, numa produção


em que se mostrava
recuperada da segunda
gravidez, depois de ter
emagrecido 16 kg

Ao longo dos seus 26 anos de carreira


televisiva, a maior parte dos quais com
programas diários, Fátima Lopes foi
partilhando com o público alguns dos
seus projetos pessoais, nomeadamente
os momentos únicos que viveu enquanto
aguardava o nascimento dos filhos.
Com a filha, Beatriz, e os pais,
Amélia e Francisco Lopes, no
lançamento do seu livro “O meu
caminho, a minha fé”, maio de 2019

N
asceu no dia 13 de maio,
data em que se comemora
a festa de Nossa Senhora de
Fátima, o que ditou o nome com
o qual seria batizada. Licenciada
em Comunicação Social, Fátima
Lopes cedo se deixou seduzir pelo
universo televisivo, tendo-se tor-
nado num dos rostos principais da
SIC em 1994, quando se estreou
como apresentadora no programa
Perdoa-me. Desde então, o seu
sorriso, o seu olhar atento e a sua
empatia têm entrado pela casa dos
portugueses quase todos os dias.
“Sou uma mulher de sonhos e gosto
de ir atrás deles. Sou uma apaixona-
da por todas as áreas relacionadas
com o bem-estar. A mudança assus-
ta, mas não dá tanto trabalho como
continuar a sofrer. Temos de começar
a fazer mudanças positivas na nossa
vida”, defende Fátima Lopes, que,
aos 51 anos, se pode orgulhar
de ter conquistado uma imagem
credível enquanto profissional e o
equilíbrio do seu bem-estar físico,
emocional e pessoal, ao lado dos
filhos, Beatriz, de 20 anos, que
nasceu de um primeiro relaciona-
mento, e Filipe, de 11, fruto do seu
casamento com o enfermeiro Luís
Morais, de quem está separada Numa produção para
deste 2017. a CARAS no Museu
da Água, julho de 2007
TEXTO: CLÁUDIA ALEGRIA FOTOS: ARQUIVO CARAS
CARAS

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dourada, Malìparmi, na Loja das Meias, €250 9. Carteira
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melhor existe no Ribatejo. Inserido no coração
de Salvaterra de Magos, numa propriedade em que a
privacidade prevalece, esta casa de campo sustentável
disponibiliza quatro suítes duplas, com banheira no
quarto, lareira e kitchenette, transportando os seus hós-
pedes para o ambiente acolhedor e intimista da cultura
tradicional ribatejana, longe do frenesim da cidade. As
janelas com vista panorâmica para o jardim tropical e
os pátios privados dão um toque único ao espaço, onde
se desfruta do silêncio e da Natureza. Nos dias mais
frios, o banho turco e a sauna são boas opções, assim
como o pequeno-almoço no quarto, entregue dentro
de uma cesta com iguarias locais, e o dutch bath, feito
numa banheira exterior aquecida a lenha no jardim
tropical, ideal para ver as estrelas.
TEXTO: JOANA CARREIRA FOTOS: D. R.
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Casa de banho
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cm, Casa, €11,95 3. Móvel de parede em pinho maciço, La Redoute,
€167,20 (20% de de desconto no “site”) 4. Jarra de vidro,
Loja Querido, €54,90 5. Saco para roupa, Zara Home, €29,99
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Toalheiro de barra, Teka, na Mantovani, €44,28 8. Base de duche
antiderrapante da Sanindusa, 100x70 cm, na Mantovani, €266,17
9. Conjunto de toalhas Hugo Boss, no El Corte Inglés, entre €12 e
€52 10. Sabonete Verbena, 150 g, da Castelbel no El Corte Inglés,
€6,90 11. Toalha de banho, Kinda Home, €11,99 12. Espelho de
aumento 3x, Kinda Home, €19,99 13. Misturadora monocomando da
Sanindusa, na Mantovani, €354,55 14. Lavatório de pousar, 50x40
cm, Ikea, €119 15. Conjunto de banho em resina, Zara Home, €67,94
10

11

12

13

14

8 9

15
CARAS ‘Cartoccio’ de ‘fettuccine’
com frutos do mar (para 4 pessoas)
CULINARIA
Mais receitas em caras.pt
Ingredientes
• 400 g de massa linguine
Preparação
Cozer a massa al dente. Numa frigideira com
• 300 g de amêijoas um fio de azeite, refogar o alho com alguns
• 300 g de mexilhão talos de salsa picada. Juntar os moluscos e os
• 300 g de lulas médias frescas camarões, refrescar com o vinho branco e deixar
limpas
evaporar. Saltear durante um ou dois minutos
antes de adicionar o tomate fresco e o molho de
• 200 g de miolo de camarão
tomate. Cobrir e deixar cozinhar até as conchas
tamanho médio
começarem a abrir. Nessa altura, juntar a massa
• 4 camarões tigre médios cozida, envolver todos os ingredientes e colocar
• 500 g de tomate fresco em cubos tudo dentro de uma folha de papel vegetal, que
• 400 g de molho de tomate deve ser fechada como um rebuçado. Levar
triturado em lata este cartoccio ao forno, a 180°C, durante 3 a 4
• 2 dentes de alho picado minutos. Abrir ligeiramente o papelote, regar com
• 10 cl de vinho branco seco azeite extravirgem e polvilhar com salsa picada.
• 30 g de salsa picada
• Azeite q. b.
‘Panna cotta’ de canela com molho
de laranja e crocante de ‘amaretti’ (para 4 a 6 pessoas)
Ingredientes Preparação
Para a ‘panna cotta’ Colocar numa caçarola as natas, a canela e o açúcar
por ‘chef’ Augusto Gemelli
• 500 ml de natas frescas e deixar em infusão durante 8 a 12 horas. Amolecer Restaurate La Squadra
para bater as folhas de gelatina em água fria. Aquecer as natas,
• 75 g de açúcar sem deixar ferver, e retirar do lume. Juntar a gelatina
• 5 g de gelatina em folha e deixar repousar, tapado, durante cerca de 1 hora. No final
• 4 g de canela moída
do tempo, verter o preparado para uma tigela ou formas
individuais e reservar no frigorífico durante 8 horas.
• 100 g de bolacha
Para o caramelo, preparar uma calda com a água
amaretti
e o açúcar, deixando ferver até começar o processo de
Para o caramelo caramelização. Acrescentar o sumo de laranja ligeiramente
de laranja aquecido e deixar cozer mais alguns minutos. Desenformar a
• 100 ml de sumo panna cotta e servir acompanhada com o caramelo de laranja,
de laranja fresco raspas de casca de laranja, cacau em pó e amêndoas laminadas.
• 75 g de açúcar
• 2 colheres de sopa
de água
CARAS 1

IDEIAS 2

COORDENAÇÃO:O: CLÁUDIA ALEGRIA


FOTOS: CEDIDAS
AS PELAS MARCASS

7
6

10

1. Mala em pele, modelo Roseau XS, da Longchamp, €350


2. Brincos de filigrana em prata dourada, Fidalga Collection, €149
3. Escova de cabelo com espelho Tangle Teezer, €17,90, à venda
em vitalmais.pt 4. Anel Brazilian Bikinoi Shop, €65 5. Máquina
de café Genio S Plus, com tecnologia que proporciona cafés
OS PREÇOS INDICADOS SÃO APROXIMADOS

expressos mais intensos e concentrados, Nescafé Dolce Gusto,


€99,90 6. Azeite proveniente de oliveiras Galega, Arquebina
e Cobrançosa, Quinta de Lemos, €49 7. Hamburgueres
vegetarianos de Beringela e Pimentos Assados, linha Vegalia,
Nobre, €3,99 8. Atum em azeite biológico e sardinhas em tomate
biológico, 120 g, ambos Bom Petisco, €1,89 cada 9. Botins
em pele, Ara, €103,50 10. Bonecos em madeira proveniente
de florestas geridas de forma sustentável, Lidl, €5,99
Editora: TRUST IN NEWS, UNIPESSOAL, L.DA
Sede: Rua da Fonte da Caspolima – Quinta da Fonte
Edifício Fernão de Magalhães, 8, 8A e 8B, 2770-190 Paço de Arcos
CARAS
SUGERE
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Estas sugestões poderão sofrer alterações devido à pandemia
COORDENAÇÃO: ANA PAULA HOMEM

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Mesmo à beira-Tejo, o novo café do
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diariamente pequenos-almoços,
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Online: Sofia Martinho (Editora), Jorge Verdasca (Multimédia), Cláudia
Sérgio, Cláudia Turpin, Filipa Bulha Pereira e Sâmia Fiates (Jornalistas) pelos chefs Natanael Silva e Ricardo
Colaboradores: Andreia Cardinali, Andreia Montes, Inês de Brito Martins, Estevas, do grupo Mercantina, tem
Joaquim Norte de Sousa, Marta Mesquita, Paulo Jorge Figueiredo,
Pedro Jorge Melo, Ricardo Santos, Rita Vilhena, Vanessa Bento, ofertas para todos os gostos e, além
Vanessa Marques, Victor Freitas
Centro de Documentação: Gesco
dos tradicionais croissants, panquecas,
Redação, Administração e Serviços Comerciais: scones, ovos, tostas especiais e
Rua da Fonte da Caspolima – Quinta da Fonte, Edifício Fernão
de Magalhães, nº8, 2770 - 190 Paço de Arcos - Tel.: 218 705 000 saladas, inclui também opções veggie
Fax: 218 705 001 Delegação Norte: Rua Roberto Ivens, 288 e sumos detox. Se consumir 15 euros
4450-247 Matosinhos. Tel.: 220 993 810
PUBLICIDADE: Telefone: 218 705 000
no maat Café tem um bilhete de oferta
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Produção, Circulação e Assinaturas: Vasco Fernandez (Diretor),
Pedro Guilhermino (Coordenador de Produção),
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Serviço de apoio ao assinante. Tel.: 218 705 050 (Dias úteis das 9h às 19h)
Impressão: Lisgráfica – Casal de Santa Leopoldina, 2745 Queluz de Baixo
Distribuição: VASP - MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal
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Tiragem média de mês de outubro: 24.925 exemplares
Registo na ERC com o n.º 118 874, de 07/04/95
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ASSINATURAS
Ligue já
Espetáculos•Concertos e “stand up comedy” no espaço Lapo
21 870 50 50 O Lapo, no Bairro da Bica, em Lisboa, tem um café onde se servem petiscos
Dias úteis das 9h às 19h e cocktails, uma loja de arte e uma sala de espetáculos que também serve jantares,
o Provador. E para este mês organizou uma agenda que inclui momentos de stand up
comedy e vários concertos. Entre eles um do cantor e violinista brasileiro
Fred Martins, a 20, outro do saxofonista de jazz Ricardo Toscano, a 27,
e ainda um da cantora brasileira Valéria Carvalho (na foto). Informações em lapo.pt.
Peça
“Maria, a Mãe”
Até 20 de dezembro sobe ao palco da Sala Estúdio
do Teatro da Trindade INATEL, em Lisboa, esta
peça, com texto original de Elmano Sancho,
que assina também a encenação. Maria, a Mãe
faz parte de uma trilogia sobre a família, as suas
imperfeições, os seus defeitos, os seus vícios
e as suas fraquezas e fala de perda, dor, solidão,
velhice, esquecimento e morte. O elenco
reúne Custódia Gallego (na foto), Elmano
Sancho, João Gaspar e Lucília Raimundo.
De quarta a domingo, sempre às 19h00.

Livro
“Murro no Estômago”
Em Portugal, a violência
doméstica, realidade que
atravessa todos os estratos
sociais, económicos e etários,
matou mais de 500 mulheres
nos últimos 15 anos, 20 entre
janeiro e agosto de 2020,
e só em 2019 causou 45
órfãos. Neste livro, o jornalista
Paulo Pereira junta às histórias
de vítimas na primeira pessoa

Concerto testemunhos de profissionais


que se empenham
na defesa de quem sofre.
Renato Júnior e convidadas
No Dia Internacional para a Eliminação da
Violência Doméstica, que se assinala a 25
de novembro, o músico e compositor Renato
Júnior apresenta ao vivo no Teatro Maria
Matos, em Lisboa, pelas 20h00, o álbum
Uma Mulher Não Chora, editado no final de
2019. Em palco estarão convidadas como
Ana Bacalhau, Joana Amendoeira, Katia
Guerreiro, Maria João ou Rita Redshoes.

Crianças•“Händel... Lá com essa Música!”


A Companhia de Teatro de Almada apresenta nos dias 21 e 22, às 11h00, no Teatro
Municipal Joaquim Benite, este espetáculo para a infância a partir da música de
um grande compositor, Georg Friedrich Händel (1685-1759). Uma abordagem
divertida a duas obras que o compositor barroco escreveu a pedido de dois reis ingleses.
A ESCOLHA DE...
Raquel Sampaio
Mulher talentosa e determinada, a atriz
e apresentadora do “Fama Show” gosta de desafios
que a preencham a nível profissional e pessoal.
VIAGEM • Grécia
Tinha 16 anos e foi a primeira viagem
que planeei sozinha do início ao fim.
Fui a Santorini e Mykonos. Uma das
melhores viagens que já fiz! Estive em
alguns dos lugares mais bonitos que já
vi: hotéis, restaurantes, praias... mas,
ainda assim, o sítio mais bonito de todos
foi uma livraria. Chamava-se Atlantis
Books. Não sei o que é que aquela
livraria tinha, mas sei que saí a chorar.
FILME •“As Serviçais”
É mesmo muito difícil TEATRO • “O Pai”
escolher. Vêm-me dezenas
Para mim, uma peça de teatro
à cabeça. Mas o filme
(ou um filme) é tanto melhor quanto
As Serviçais terá sempre
mais tempo pensarmos nela. O Pai,
um lugar muito especial
que esteve em cena no Teatro Aberto
no meu coração.
com João Perry como protagonista é,
provavelmente, a peça em que mais
LIVRO penso, mesmo passados tantos anos.
“A Insustentável
Leveza do Ser”
De Milan Kundera. Foi-me
oferecido pela minha mãe
e acompanhou-me nas
minhas primeiras viagens
ao estrangeiro em trabalho.
Marcou uma altura muito
especial do meu crescimento.
FOTO: JOSÉ OLIVEIRA

HOTEL • Quinta da Comporta


Conheci este hotel há pouco tempo
e desde então estou apaixonada.
É tão acolhedor! Tem acabamentos

A
os 21 anos, Raquel Sampaio orgulha-se lindos, que, juntamente com
do percurso que tem feito. Ainda tentou a decoração boho, transmitem muita paz.
seguir as pisadas do pai, o atleta de decatlo
Mário Aníbal, no desporto, mas cedo percebeu FIM DE SEMANA
que não era isso que a faria feliz, e aos 14 anos
RESTAURANTE começou a trabalhar como modelo. Decidiu Porto
depois aventurar-se na representação, com É uma cidade maravilhosa,
Bahia Beach Club a pasteleira Débora da novela da SIC Vidas cheia de pessoas simpáticas
Junto à praia, em Oeiras. Opostas e a estudante Olívia da novela Nazaré, e sítios incríveis para
Tem uma localização projetos que lhe deram notoriedade para abra- descobrir. Já passei muitos
espetacular, uma çar o desafio como apresentadora e repórter do fins de semana lá e, mesmo
energia incrível, além programa Fama Show. E Raquel tem ainda ou- assim, o Porto surpreende-
de boa comida, boa tra prioridade bem definida: terminar o curso me sempre. Tenho muitas
música. O melhor de de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações boas memórias por lá, com
tudo: é pet friendly! e de Computadores. pessoas muito especiais.

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