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Depois deles o interesse de Atenas passou a ser no homem e a sua posição na sociedade, o
que ia pouco a pouco caminhando para o que nós conhecemos como “democracia”. Com esse
novo cenário foram surgindo os sofistas, estudiosos de um determinado assunto e ganhavam a
vida ensinando os cidadãos. Defendiam uma sociedade mais cética, criticando a filosofia da
“natureza”.
Diante dessa sociedade Ateniense, um novo pensamento surgia e a filosofia seguia um novo
rumo.
Enigmático, racional, dizia que a salva e as árvores do campo não podiam lhe trazer nada.
Defendia a razão e a arte do diálogo. Sua base filosófica era o autoquestionamento, ou seja,
ele mesmo se interrogava como se não soubesse a resposta. Dialogava e discutia, até “parir”
uma opinião própria, uma vez que o verdadeiro conhecimento vinha de dentro. E diz “Só o
conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o verdadeiro discernimento". Sua
consciência e verdade eram mais importantes que a própria vida.
Ele autodenominava filósofo e amante da sabedoria, tendo plena certeza há muita coisa além
do que ele podia entender. Ele sabia apenas, que de nada sabia. Deste ponto de vista, é mais
inteligente aquele que sabe que não sabe.
Para Sócrates, alicerce estava na razão humana, e por isso foi um filósofo racionalista convicto.
Dentre suas opiniões Sócrates protestava o fato de as pessoas serem condenadas a morte e
recusava-se a denunciar seus inimigos políticos, o que acabou lhe custando à própria vida.
Com 71 anos, foi acusado de ateísmo e de corromper os jovens a sua filosofia, mas na verdade
foi uma vingança política dos poderosos da época. Condenado a morte, Sócrates morreu
envenenado com cicuta.
Logo depois de sua morte, foi considerado o fundador de diversas correntes filosóficas, e essas
puderam reivindicá-lo como precursor de seus princípios.