Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3ºANO
Relatório
Laura Costa
Marco Peres
Luís Simões
Sandra Gandarela
2019
Índice
1 …......................................................................................................Introdução
3.....................................................................…...............................Elementos Gráficos
A primeira parte deste trabalho centra-se numa análise da extensão, onde vão
estar presentes o enquadramento territorial (a macro-escala), a análise dos sistemas,
tendo em foco os elementos cartografados por sistema, aspetos da história e
desenvolvimento urbano do local, planeamento e demografia. Por fim, são apresentadas
considerações finais sobre o trabalho e uma observação de estudo individual onde a
crítica sobre o território e o local de estudo irão ser esmiuçados.
Análise Territorial
Neste caso, estamos a falar de uma área sensível na cidade do Porto, pois
passamos para o centro tendencioso de toda a cidade onde todos os eixos de circulação,
apesar de estarem todos interligados para outras grandes vias, estão cuidadosamente
apontadas para o fulcro.
O Parque das Camélias não é exceção, sendo que através da sobreposição de mapas
antigos da cidade, foi-me possível ‘viajar no tempo’ e fazer uma comparação, onde se
denotou que o recheio deste quarteirão típico, foi mais tarde utilizado, para a construção
de uma central de camionagem, com o objetivo de inserir os transportes públicos no
centro da cidade. Podemos também observar a projeção do viaduto que faz a ligação
com a R. do Duque de Loulé.
Outro ponto interessante é a exploração das vias transporte, porque permite ter uma
melhor noção dos tipos de acessos à área de intervenção, assim como os trajetos
percorridos pelos diferentes meios de transporte. Conclui-se que, o Parque das Camélias
é uma zona com grande variedade de transportes, desde comboio (Estação de S. Bento),
Elétrico, e autocarros.
Contudo, posso concluir que este trabalho foi muito útil pela aprendizagem do
programa QGIS, que me permite fazer um estudo prévio de qualquer área das cidades,
de forma a perceber as suas necessidades, dando-me a possibilidade de fazer uma
melhor intervenção arquitetónica e mais consciente.
A nível da análise territorial escala (125000) a zona norte mais centrada no área central
do Porto a malha da cidade foi estudada de uma forma temporal, tendo em vista os
vários pontos que até hoje continuam a ser utilizados das mesma maneira e por outro
lado manchas da cidade que ao longo do tempo se foram desvanecendo no
esquecimento da cidade invicta transformando-se nos dias de hoje espaços sem alma e
abandonados. A medida em que o mapa de estudo era aumentado, mais camadas de
investigação eram abordadas, e com a ajuda do programa QGIS esses layers eram
nomeados por cores de forma a organizar a leitura da cidade, do quarteirão e do locar de
intervenção Parque das Camélias. Nas escalas 10000 a 5000 a topografia,da cidade do
porto e o seu relevo sinuoso começou a ser aprofundado, dando importância aos vários
socalcos existentes nesta cidade, levando-os a ponto mais altos como a praça de batalha
até à ribeirinha. As vias de circulação motorizadas, de tráfego urbano e de comunicação
de trajeto público(metro,elétrico, autocarros) foram estudadas na escala 2000 a 500,
decalcando vias já existentes e nomeando novas vias agora existentes como a linhas do
metro. Nas mesma escalas visualizou-se a permanecia de certos espaços e a transição de
outros, a conservação e preservação da área em estudo (Parque da Camélias), e da sua
dinâmica. Numa ampliação a área de análise Parque das Camélia, esta área apesar de
estar situada num dos locais mais enfatizados de movimentação humana e
principalmente turísticas na mancha urbana central do porto, esta zona encontra-se em
bastante deterioração urbana, sendo um local neste momento povoado pelo uso de
estação rodoviária tendo no seu centro um antigo pavilhão desportivo e ao mesmo
tempo serve de estacionamento para carros. Para além do miolo do quarteirão
extremamente “pobre” o seu perímetro edificado é habito por fachadas degradas e
logradouros maltratados. Nessa mesma extensão de contorno,a Rua Augusto Rosa,
torna-se a zona com mais relevância tendo uma série de equipamentos importantes
como pontos de cultura e de atividade na cidade do porto como espaços de co-working,
teatro Nacional São João e a Universidade lusófona. No mesmo percurso esta rua é
povoado por vários cafés e os edifícios encontram-se numa estado de conservação
razoável ao bom. Ao mesmo tempo conectando-se com esta rua de forma em esquina e
estendo-se ao comprimento encontra-se a rua Alexandre Herculano, onde o carácter dos
edifícios são meramente comerciais sendo os rés do chão parques de estacionamento
privativos ou públicos. Para fechar o quarteirão A Rua Duque de Loulé encontra-se num
estado de conservação mau na sua maioria, tendo diversas habitações em ruínas e
abandonadas sendo o rés do chão de algumas, locais de comércio.
Em suma este trabalho de forma individual ajudou-me a perceber em que tipo de terreno
estaria a intervir e de que forma poderia respeitar as suas existências e não existências e
interligação de grupo ajudou-nos a entender como perceber um mapa e um território a
através das várias comunicações de layers e perceção da demografia e topografia
urbana.
A partir disso, em uma última análise, ao nível dos sistemas territoriais, foram utilizadas
escalas mais próximas a zona do quarteirão do Parque das Camélias, escalas essas entre
1.10000 e 1.500. Foram observados os sistemas físicos relacionados com o relevo, a
hidrografia, da estrutura ecológica, dos espaços verdes e espaços públicos. Por
conseguinte conseguiu-se observar os vazios e as anomalias urbanas existentes ao que
está próximo ao quarteirão, a falta de espaços permeáveis na zona, a localização das
principais praças e largos, a topografia desta região da cidade, o percurso, escoamento e
acumulação de águas pluviais, assim como as bacias hidrográficas. Estes elementos
todos foram essenciais para permitir uma maior qualidade no meu projeto e no trabalho
de grupo.
Por último, pude analisar, sempre de acordo com as necessidades específicas para o
projeto e o interior do quarteirão, a mobilidade urbana. Isto significa um estudo mais
aprofundado baseado na hierarquia das vias, transportes públicos e vias pedonais. Entre
as escalas 1.2000 e 1.500 pude verificar um estudo mais detalhado quanto ao edificado,
a analisar o número de pavimentos, o estado de conservação e a tipologia. Assim, numa
última análise rápida, percebemos também a densidade populacional, a demografia, a
qualificação do solo e condicionantes. Em suma, estes elementos todos mencionados
nos parágrafos a cima foram importantes ferramentas que auxiliaram-me na disciplina
de projetual.
Luís Simões