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OSCILADORES

Formador: Fernando Simões


Introdução ao estudo dos osciladores
 Os receptores de rádio modernos, que usamos no lar ou automóvel, contêm
osciladores.
 Todo o transmissor usa um oscilador para produzir os sinais que transmite.
 Isto é verdade não só com referência às emissoras comerciais como também
aos transmissores de qualquer navio ou avião, aos computadores ou
qualquer equipamento que necessite de uma referência de tempo ou de
frequência.
 As radiocomunicações seriam grandemente limitadas se não fossem
empregados os circuitos osciladores.
 Os osciladores não são usados exclusivamente nos equipamentos de
comunicações.
 Os equipamentos de teste que utilizamos - geradores de sinais, osciloscópios,
frequencímetros – contêm circuitos osciladores.
 Existem osciladores nos equipamentos de radar e de sonar e também em
mísseis e torpedos.

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Função dos osciladores
 Um oscilador nada faz além de proporcionar uma tensão alternada
de determinada frequência, ou seja, Oscilador é um circuito que
gera um sinal em corrente alternada (ca) de saída sem a presença de
qualquer sinalem sua entrada.
 O gerador de sinais de áudio, usado no trabalho com
amplificadores de áudio, é um oscilador de áudio. O oscilador de
áudio proporciona uma tensão alternada de qualquer frequência
dentro da faixa de:
 0 a 15 kHz.
 O gerador de sinais em RF é um oscilador de rádio frequência, podendo,
por exemplo, fornecer tensão alternada de qualquer frequência na faixa de
0,1 Hz a 10 MHz. Estes dois osciladores proporcionam sinais de prova que
possibilitam a localização de defeitos e o ensaio de circuitos eletrónicos.

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Função dos osciladores
 Um transmissor de rádio toma uma tensão alternada de alta
frequência, amplifica esta tensão e a irradia para pontos
distantes por meio de uma antena transmissora.
 De onde provém esta tensão alternada de alta frequência?
 ... De um circuito oscilador.

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Função dos osciladores
 Um rádio transmissor nada mais é do que um oscilador associado a
amplificadores de RF, de alta potência, que modulam e amplificam o
sinal do oscilador, possibilitando a sua irradiação a distâncias
consideráveis pela antena.
 O tipo de receptor de rádio mais utilizado, o receptor super-heterodino,
também contém circuitos osciladores.

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Oscilações
 Se qualquer objeto balança uniformemente para a frente e
para trás, diz-se que está oscilando.
 Uma corda de violino oscila quando é friccionada pelo arco.
 Um baloiço em movimento oscila.
 O pêndulo de um relógio também oscila.

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Oscilações
 Consideremos o pêndulo.
 Quando ele atinge o extremo esquerdo do seu movimento, pára
momentaneamente, toda sua energia está acumulada como energia
potencial.
 Na metade do seu deslocamento, sua velocidade é máxima, e toda sua
energia foi convertida em energia cinética ou energia de movimento.
 Quando completa sua trajetória, chegando ao extremo direito,
novamente pára momentaneamente, e sua energia é outra vez energia
potencial.
 Este movimento pode ser representado pela metade de uma
sinusóide, considerando a velocidade em função do tempo. A
velocidade para a direita é considerada positiva.

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Oscilações

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Oscilações
 Como o deslocamento da
direita para a esquerda -
retorno - é uma mudança de
sentido, a segunda metade da
sinusóide e representada
abaixo da linha.
 Assim, um ciclo completo de
oscilação do pêndulo pode ser
representado por um ciclo
completo da sinusóide.

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Oscilações
 Já notou que todas as oscilações se completam no mesmo tempo?
 Podemos representar graficamente três ciclos do movimento do
pêndulo do seguinte modo:
 o tempo de t1 a t3 é igual ao tempo de t3 a t5 ou ao tempo de t5 a
t7, como mostra a Fig. 03.
 Da mesma forma, o tempo requerido pelos diversos semiciclos (t1
a t2, t2 a t3, etc.) é sempre o mesmo.

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Oscilações
 Os relógios assinalam a hora com precisão porque o tempo
gasto por qualquer oscilação do pêndulo ou do volante é
sempre o mesmo. Isto é válido tanto para a primeira como para a
sétima oscilação.
 Agora, compreendemos o que queríamos dizer com o
movimento uniforme para a frente e para trás. Quando um
objeto oscila, existem duas condições:
1. movimento de vaivém - vibração e
2. a duração de cada movimento de vaivém é sempre
a mesma - uniforme.

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Oscilações
 Sabemos que o movimento do balanço cessa depois de algum tempo.
 Também sabemos que a perda de energia é provocada pelo atrito, e,
para compensar esta perda, o balanço deve receber energia de uma
fonte externa e de maneira uniforme.
 A Fig. 04 mostra o que ocorre quando não há fornecimento externo de
energia.

• Esta curva é chamada de onda amortecida. É semelhante a uma


sinusóide, mas a altura - amplitude dos ciclos sucessivos diminui
gradativamente com o tempo.
• O intervalo de tempo de cada oscilação permanece constante.

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Oscilações
 Como se fornece a energia necessária para evitar o
amortecimento?
 Se estivéssemos a empurrar uma criança num baloiço, não
dariamos o empurrão seguinte antes que o baloiço completasse
o seu arco e estivesse no ponto de inverter o sentido de seu
movimento.
 Esta aplicação de energia, no ponto adequado e no instante
preciso, estaria em fase com o movimento original.

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Oscilações
 Para proporcionar a energia necessária a um oscilador para
manter o seu período natural de oscilação, a fonte de energia
externa deve estar em fase com o período natural do
oscilador.

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Oscilações
 Agora sabemos que são necessárias duas condições para
manter a estabilidade de um oscilador:
1. Deve haver fornecimento de energia
para compensar a perda de energia no
oscilador;
2. A fonte de energia externa deve estar
em fase com o período natural do
oscilador.

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Vamos agora abordar alguns geradores de ondas sinusoidais

Osciladores: são circuitos que produzem uma onda de saída sinusoidal, sem qualquer fonte externa de
sinal, usando realimentação positiva (regenerativa)..
Para que um oscilador funcione, são necessários 3 requisitos:

1. Ter Realimentação positiva ou regenerativa, o que quer dizer que o sinal de realimentação no
final tem que ter um desfasamento de 360°(ou 0°).

2. O circuito deve ter um sinal de disparo inicial que inicie as oscilações.

3. O circuito deve cumprir o critério de Barkhausen, isto é, o produto do factor de realimentação


pelo ganho do amplificador, deve de ser igual a 1 (av.Av=1) av=
Se os critérios não forem cumpridos acontece o seguinte:
Se, av.Av 1 as oscilações param ao fim de alguns ciclos.
Se, av.Av 1 o oscilador vai á saturação limitando os picos com saturação.
Se , av.Av=1 o oscilador continuará oscilando indefinidamente, como se pretende.

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Osciladores: Critérios de oscilação

Vf e Vin em fase

Distorçã
o

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O oscilador eletrónico
 Um oscilador eletrónico é um circuito simples,
constituído por um condensador e uma bobina - ligados
em paralelo.
 Para compreender como este circuito pode oscilar,
lembre-se do que acontece durante a carga e a descarga
de um condensador.

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O oscilador eletrónico
 Um condensador descarregado apresenta, em cada placa um número
igual de cargas positivas e negativas.
 Quando ele é ligado aos terminais de uma fonte de corrente contínua,
uma placa se carrega negativamente e a outra positivamente.
 Agora, a placa negativa tem mais eletrões do que antes da carga, e a
placa positiva tem menos eletrões do que originalmente.
 Além disso, o excesso de eletrões na placa negativa é exatamente igual
à perda de eletrões na placa positiva.

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Fig. 6 – Carga de um Condensador
O oscilador eletrónico
 Quando o condensador carregado é posto em curto-circuito, os
eletrões em excesso são atraídos pela placa positiva e se deslocam
através do condutor.
 Novamente as placas apresentam quantidades iguais de cargas
positivas e negativas e o condensador está descarregado.

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Fig. 6 – Descarga de um Condensador
O oscilador eletrónico
 Vimos o que ocorre quando um condensador carregado é
posto em curto-circuito.
 Quando uma bobine é ligada às placas do condensador
carregado os resultados são bem diferentes.

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O oscilador eletrónico
 Uma bobine apresenta uma característica elétrica peculiar de se
opor a qualquer variação da corrente elétrica através dela.
 Sabemos que, quando há uma corrente através de uma bobina,
estabelece-se um campo magnético em torno da mesma.

• Qualquer variação na corrente faz com


que o campo magnético se expanda e se
contraía.
• Devido a esta expansão ou contração do
campo magnético, as linhas magnéticas
cortam as espiras da bobina, gerando
uma tensão que se opõe à variação da
corrente.
23 Formador: Fernando Simões
O oscilador eletrónico
 Quando o condensador carregado é aplicado à bobina na Fig.
08 (próximo slide) os eletrões acumulados na placa negativa não
podem se deslocar precipitadamente através da bobina para a
placa positiva, e a tensão no circuito é máxima.
 Logo que um pequeno número de eletrões flui na bobina, um
campo magnético começa a crescer.
 Este crescimento do campo magnético induz uma tensão na
bobina, e esta tensão se opõe ao fluxo de eletrões da placa
negativa.

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O oscilador eletrónico

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O oscilador eletrónico
 O condensador e a bobina atuam como duas pilhas em
oposição - positivo ligado a positivo e negativo a negativo.
 Em consequência, o condensador carregado não pode se
descarregar imediatamente através da bobina.
 Quanto maior a indutância da bobina, maior o tempo
necessário para a descarga do condensador.
 À medida que o condensador se descarrega, o campo
magnético na bobina se torna cada vez mais intenso, e a
tensão continua a diminuir (2) na Fig. 08.

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O oscilador eletrónico

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O oscilador eletrónico
 Quando o condensador se descarrega completamente, toda a
sua energia elétrica foi transformada na energia magnética do
campo em torno da bobina.
 Logo que a corrente através da bobina começa a diminuir, o
campo magnético em torno da bobina começa a se contrair,
(3) na Fig. 09.
 O campo em colapso corta as espira da bobina e induz uma
corrente na mesma.

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O oscilador eletrónico

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O oscilador eletrónico
 Esta tensão induzida se opõe à redução da corrente através da
bobina e tem polaridade oposta à da tensão original do
condensador.
 Agora, o condensador e a bobina atuam como duas pilhas ligadas
em série - negativo a ligado a positivo.
 Por causa dessa tensão induzida, os eletrões são forçados a fluir
através da bobina no mesmo sentido.
 Os eletrões são deslocados da placa superior do condensador e
forçados a se dirigirem para a placa inferior, através da bobina.

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O oscilador eletrónico

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O oscilador eletrónico
 Toda a energia do campo magnético em colapso é gasta para
dar uma carga negativa à placa inferior do condensador.
 Quando o campo magnético se extingue totalmente, toda a
energia magnética foi devolvida ao condensador sob a forma
de uma carga elétrica, e a tensão entre as placas do
condensador tem polaridade exatamente oposta à que era
determinada pela carga inicial, (4) na Fig. 09.

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O oscilador eletrónico

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O oscilador eletrónico
 Agora que os eletrões estão acumulados na placa inferior do
condensador, a carga é exatamente oposta à original.
 Agora, os eletrões são atraídos pela placa positiva superior, através da
bobina. À medida que o condensador se descarrega, estabelece-se um
campo magnético em torno da bobina (5) Fig. 10.
 O colapso deste campo magnético faz com que outros eletrões deixem
a placa inferior e se dirijam para a placa superior.

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O oscilador eletrónico
 Quando o campo magnético extingue-se totalmente (6 ) Fig. 10,
todos os eletrões estão de volta à placa superior, e a situação é
exatamente igual à da carga inicial do condensador.
 O ciclo completo repete-se indefinidamente.
 A energia é armazenada alternadamente como carga do condensador
e como campo magnético em torno da bobina.
 Isto é o que se entende por oscilação eletrónica.

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O oscilador eletrónico
 Se um osciloscópio fosse ligado em paralelo com a bobina e o
condensador, o crescimento e a queda da tensão apareceriam
como uma sinusóide, se não houvesse resistência em qualquer
parte do circuito.
 Se não houvesse resistência no circuito, as oscilações
continuariam indefinidamente.
 Entretanto, não se pode eliminar totalmente a resistência, e
parte da energia elétrica da oscilação é dissipada pela
resistência sob a forma de calor.
 Devido a esta perda de energia elétrica, a tensão diminui em
cada oscilação e eventualmente desaparece.

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O oscilador eletrónico

Figura 11 - Oscilação indicada pela sinusóide

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O oscilador eletrónico
 Para que as oscilações possam continuar indefinidamente,
suficiente energia elétrica deve ser aplicada ao circuito LC -
chamado de circuito tanque ou circuito sintonizado - para
compensar as perdas causadas pela resistência.
 Além disso, esta energia elétrica deve ser fornecida ao circuito
no momento certo, de modo a lhe dar um pequeno “ empurrão “
no instante adequado.
 Este “empurrão “ corresponde ao empurrão dado no baloiço, no
fim de cada oscilação.
 Uma maneira de dar este “empurrão” elétrico no circuito LC é a
aplicação de uma fonte de tensão aos terminais do condensador,
no momento em que esta está atingindo sua carga total. Desta
maneira, as oscilações podem continuar indefinidamente.
38 Formador: Fernando Simões
O oscilador eletrónico
 Observe que o impulso recebido pelo circuito
oscilador é a pequena fração de tensão necessária
para compensar a queda de tensão causada pela
resistência no circuito.
 O circuito LC é capaz de gerar uma tensão
senoidal, mesmo quando o “ empurrão “ recebido
não se assemelha a uma sinusóide e tem duração
igual a uma parte muito pequena do ciclo.
 O volante de um motor de um cilindro é capaz de
completar uma volta quando recebe apenas um
ligeiro impulso do pistão em cada rotação.
 Esta semelhança entre a ação de um circuito LC e
o volante de um motor de um cilindro permite
que se use a expressão efeito volante do circuito
tanque para descrever as oscilações de um
circuito LC.
Formador: Fernando Simões Figura 12 - Tensão adicional aplicada
39
ao circuito LC
Circuito de realimentação

 O método para fornecer energia adicional ao circuito LC,


descrito anteriormente, trabalharia muito bem se existisse
algum dispositivo de comutação que pudesse trabalhar nas
frequências requeridas.
 Alguns osciladores devem ser capazes de operar em
40
frequências
Formador: bem superiores a 100 MHz.
Fernando Simões
O oscilador eletrónico
 Ligando o circuito LC à base de um transistor, a tensão oscilante pode ser
amplificada.
 Se uma pequena parte da tensão amplificada puder ser reaplicada ao
circuito LC na fase adequada, suficiente energia elétrica será devolvida ao
circuito LC para compensar as perdas por resistência no circuito.
 O transistor usado num oscilador não produz qualquer oscilação - o
circuito LC é que oscila, e o transistor dá o “ empurrão “.

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O oscilador eletrónico
 Todos os osciladores trabalham com o princípio ilustrado na
Fig. 13.
 A principal diferença entre os diversos tipos de osciladores
está no método usado para reaplicar a tensão ao circuito LC,
em fase adequada.
 Estes circuito osciladores são:
 o Armstrong, o Colpitts, o Hartley, o Coletor base
sintonizados, o Controlado a cristal e o de Acoplamento
eletrónico.
 Veremos como funcionam alguns destes circuitos osciladores,
suas vantagens e desvantagens.

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Oscilador Hartley

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Oscilador Armstrong

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Oscilador Colpitts

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Oscilador Coletor base sintonizados

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Oscilador a Cristal

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Oscilador Acoplamento eletrónico
Circuito Horizontal TV

CI - O oscilador geral um sinal 15625 (PAL - Portugal)


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Estabilidade de frequência dos
osciladores
 Uma das características importantes dos osciladores que
estudaremos é a estabilidade de frequência.
 Embora não se tenha trabalhado com os osciladores é
evidente que um oscilador deve manter a frequência para a
qual foi ajustado.
 Infelizmente, todos os osciladores tendem a apresentar
desvios - deslocamentos - na frequência, a não ser que sejam
adoptadas certas precauções para evitá-lo.
 Alguns circuitos apresentam menor deslocamento de
frequência do que outros.

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Estabilidade de frequência dos
osciladores
 Imagine o que aconteceria se não fosse considerado o deslocamento de frequência.
 Se um navio estivesse a tentar comunicar com outro, e o oscilador do transmissor
apresentasse desvio de frequência, a mensagem nunca seria recebida.
 Se o oscilador de um receptor de bordo tivesse deslocamento de frequência, o navio
também nunca receberia mensagens.
• Se isto ocorresse com o oscilador de um
sonar de bordo, o navio não poderia
detectar submarinos, e seria torpedeado
pelo primeiro submarino inimigo que
aparecesse.
• Numerosos equipamentos eletrónicos
contêm osciladores.
• Se se permitisse o deslocamento de
frequência desses osciladores, todos
esses equipamentos seriam inúteis, até
que seus osciladores fossem reajustados
para a frequência correta.
50 Formador: Fernando Simões
Estabilidade de frequência dos
osciladores
 Portanto, podemos ver que é necessário entender a
estabilidade de frequência e o deslocamento de frequência.
 Este é causado por diversos fatores.
 Vibração, cargas variáveis e tensões de alimentação variáveis
provocam desvio de frequência em um oscilador;
 as variações de temperatura também causam este fenómeno.
 Como muitos equipamentos eletrónicos estão sujeitos a
todos esses fatores, normalmente inclui-se em todos os
equipamentos algum sistema de compensação.

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O Oscilador Hartley
 Ele representa um aperfeiçoamento do oscilador Armstrong, embora também esteja
sujeito à instabilidade de frequência, apresenta muitas características favoráveis,
adaptando-se a uma ampla faixa de frequência e facilitando a sintonia.
 Como o oscilador Hartley é um circuito muito usado, você devemos entendê-lo
perfeitamente.

52 Formador: Fernando Simões


O Oscilador Hartley
 Há muita pouca diferença entre os osciladores Armstrong e o
Hartley.
 No tipo Armstrong as oscilações são sustentadas por um pulso de
tensão induzido no circuito LC por um pulso de corrente de dreno
através da bobina de realimentação.
 No tipo Hartley, o pulso de tensão também é induzido no circuito LC
por um pulso da corrente de fonte através da bobina de
realimentação.
 A diferença no circuito Hartley é que a bobina de realimentação é parte da
bobina do circuito LC.
 Esta bobina tem um derivação de modo que a corrente de fonte flui através
da parte inferior da bobina e induz um pulso de tensão na parte da bobina
relativa à gate.
 O valor da tensão induzida de realimentação pode ser ajustado pelo
deslocamento da derivação da fonte.

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Como são as oscilações mantidas no
oscilador Hartley
 As oscilações iniciam quando a fonte de alimentação é ligada,
devido ao súbito crescimento da corrente de dreno.
 Eis o percurso da corrente contínua:
 fluxo de eletrões da fonte ao dreno e o +VDD, através da fonte de
alimentação e à massa, através de L1 e retorno à fonte.
 Inicialmente, não há polarização de gate para bloquear a corrente
de dreno.
 Este surto inicial de corrente através de L1 induz um pulso de
tensão em L2 e começam as oscilações.
 Enquanto isso, um pulso de corrente de gate fez com que o
condensador de gate ficasse com forte carga negativa, exatamente
da mesma maneira que no oscilador Armstrong.

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55 Formador: Fernando Simões
Como são as oscilações mantidas no
oscilador Hartley
 Uma vez iniciada as oscilações o FET é polarizado abaixo do
corte, instantes após a placa superior do circuito LC - ponto
A na Fig. 15 - atingir seu valor máximo positivo e até pouco
antes de alcançar novamente seu valor mínimo positivo.
 Durante todo este tempo, o FET não efetua qualquer
trabalho, e o surto de eletrões através do circuito tanque só
tem lugar devido ao efeito volante do circuito LC.

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Como são as oscilações mantidas no
oscilador Hartley
 Quando os eletrões no circuito tanque começam a se
acumular na placa inferior do condensador, a placa superior
fica cada vez mais positiva.
 Durante o pequeno intervalo em que a placa superior do
circuito LC está com potencial máximo positivo, este
potencial é capaz de se opor à polarização negativa produzida
pelo condensador de gate.
 Durante o instante em que a gate permanece positiva, há um
pulso de corrente na fonte que induz um pulso de tensão em
L2.
 A corrente de gate torna a dar uma carga fortemente
negativa ao condensador de gate, reiniciando o ciclo.
57 Formador: Fernando Simões
Piezoeletricidade
 Piezoeletricidade é a
capacidade de
alguns cristais gerarem tensão
elétrica por resposta a
uma pressão mecânica.
 O termo piezoeletricidade
provém do grego (piezein), que
significa, apertar/pressionar.
 Referente a geração de corrente
elétrica, juntou-se a designação
eletricidade, de modo que
piezoeletricidade é interpretado
como a produção de energia Um disco piezoelétrico gera uma
voltagem quando deformado.
elétrica devido a compressão
sobre determinados materiais.
58 Formador: Fernando Simões
O efeito piezoelétrico
 O efeito piezoelétrico é entendido como a interação
eletromecânica linear entre o força mecânica e o estado
elétrico (forças de Coulomb) em materiais cristalinos
(cerâmicos, polímeros).

59 Formador: Fernando Simões


O efeito piezoelétrico
 O efeito piezoelétrico é um processo reversível em que os materiais exibem o efeito
piezoelétrico direto (a geração interna de carga elétrica resultante de uma força
mecânica aplicada) também exibem o efeito piezoeléctrico inverso (a geração interna de
uma tensão mecânica, resultante de um campo elétrico aplicado).
 Por exemplo, os cristais de titanato zirconato de chumbo irá gerar piezeletrecidade
mensurável quando a sua estrutura estática é deformada por cerca de 0,1% da dimensão
inicial.
 Por outro lado, esses mesmos cristais mudam cerca de 0,1% da sua dimensão estática
quando um campo elétrico externo é aplicado ao material.

Efeito piezoelétrico direto

Efeito piezoelétrico inverso

60 Formador: Fernando Simões


O efeito piezoelétrico
 Como exemplo, o efeito piezoelétrico
inverso é usado na produção de ondas
de ultra-som.

61 Formador: Fernando Simões


História
 Descoberto pelos irmãos Pierre e Jacques Currie na França, em 1880, o
efeito piezoelétrico é apresentado em cristais.
 Os irmãos Curie, no entanto, não preveram o efeito piezoelétrico inverso.
 O efeito inverso foi matematicamente deduzido de princípios fundamentais
da termodinâmica por Gabriel Lippmann em 1881.
 Os Curie imediatamente confirmaram a existência do efeito inverso, o que
evidenciou de forma quantitativa a reversibilidade completa de eletro-
mecânico para as deformações em cristais piezoelétricos.
 Nas décadas seguintes, a piezoeletricidade permaneceu como sendo uma
curiosidade de laboratório.
 Mais trabalho foi feito para explorar e definir as estruturas cristalinas que
tinham a propriedade de gerar corrente elétrica.
 Isso culminou no ano de 1910, com a publicação do livro de Woldemar Voigt
Lehrbuch der Kristallphysik (Textbook no Crystal Física), que descreve 20
classes de cristais naturais capazes de gerar corrente quando submetidos a
pressão mecânica, e rigorosamente definidas as constantes piezoelétricas
usando análise tensorial.
62 Formador: Fernando Simões
Cristais
 Utilizando argumentos referentes a simetria, o efeito
piezoelétrico não existe em materiais que apresentam simetria
central, e desta forma, podem ser polarizados, ou seja, a
piezoeletricidade pode ser explicada pela asssimetria de
polarização iónica.

Porém, elementos puros, tais como selénio (Se) e


telúrio (Te) também exibem a propriedade de
piezoeletricidade. Nestes casos, a polarização
elétrica induzida é atribuida a distribuição
eletrónica que é alterada pela ação externa.

63 Formador: Fernando Simões


Cristais
 Considerando as trinta e duas classes de cristais catalogados,
21 não são centrossimétricos (não possuem centro de
simetria); vinte destes exibem piezoeletricidade direta; dez
destes representam as classes de cristal polares, que mostram
uma polarização espontânea, sem stress mecânico devido a
um momento de dipolo elétrico permanente.
 Se o momento de dipolo pode ser revertido através da
aplicação de um campo elétrico externo, então o material é
considerado ferroelétrico.

64 Formador: Fernando Simões


Cristais
 Para cristais polares, para o qual P (momento de dipolo)
diferente de zero (P ≠ 0) mantém sem se aplicar uma carga
mecânica, o efeito piezoelétrico manifesta-se alterando a
magnitude ou a direcção do P ou ambos.
 Para os cristais não-polares, mas piezoelétricos, a polarização
P diferente de zero é apenas induzida pela aplicação de uma
carga mecânica.
 Para eles, a tensão pode ser imaginada para transformar o
material a partir de uma classe de cristal não polar (P = 0)
para uma polar, onde P ≠ 0.

65 Formador: Fernando Simões


Cristais
 A maioria dos cristais não possui propriedades piezoelétricas.
 O mais importante cristal natural que possui esta
propriedade, porém, é o quartzo.
 Além deste, pela facilidade de sintetização, os cristais
utilizados são cerâmicas à base de, por exemplo, tetanato de
bário ou zirconato de chumbo.

Quartzo

66 Formador: Fernando Simões


Descrição Matemática
 Piezoelectricidade é uma combinação de efeitos do
comportamento elétrico do material:

onde D é a densidade de deslocamento de carga elétrica, ε é a


permisividade elétrica, E representa o campo elétrico, 'e' representa
a constante de stress e S é a tensão longitudinal aplicada.
 Quando a aplicação de uma força F, o centro de equilíbrio das
cargas positivas e negativas são deslocados, causando a polarização
do material, e o consequente deslocamento de corrente.
 Similarmente, considerações para o caso quando um campo
elétrico E é aplicado mostram que um termo referente a stress
adicional, -eE, aparece.
 Tem-se então a Lei de Hooke,

67 Formador: Fernando Simões


Descrição Matemática
 Se as cargas de moléculas positivas e negativas possuem
magnitudes diferentes, há uma polarização espontânea. Se
uma molécula possui um momento de dipolo, este material
exibe uma polarização iónica. Já no caso onde há somente um
tipo de elemento, mas este é polarizável, temos o efeito de
polarização eletrónica.

68 Formador: Fernando Simões


Descrição Matemática
 A piezoeletricidade apresenta relação entre propriedades
elétricas (E, D) e mecânicas (S, T). O modelo de um sólido
piezoelétrico apresenta quatro diferentes relações entre
variáveis. Assumimos que e . Assim,
utilizando a expansão de Taylor, temos:

onde todos os outros efeitos, tais como magnéticos e


térmicos, assim como termos não-lineares, são
ignorados.

69 Formador: Fernando Simões


Descrição Matemática
 Considerando o caso onde ao campo elétrico é aplicado sobre o
material piezoelétrico (ao se colocar um material piezoelétrico
num campo elétrico externo, as cargas elétricas da rede cristalina
interagem com o mesmo e produzem tensões mecânicas), os
segundos termos das equações acima enunciam o stress ou a
tensão elétrica no material.
 Se o material não está confinado mecanicamente, a tensão será
uma força de reação a força imposta pelo stress.
 Desta forma, a tensão altera a relação D e E, e assim a medição das
propriedades elétricas dependentes das propriedades mecânicas.
 Do mesmo modo, uma tensão elétrica alterará a medição de
propriedades mecânicas dependentes das propriedades elétricas.

70 Formador: Fernando Simões


Descrição Matemática
 Em ambos os casos, isso demonstra a essência
do acoplamento piezoelétrico.
 Para uma análise mais detalhada, deve-se comparar diferentes
materiais piezoelétricos para identificar sua performace.
 Fatores como a eficiência do acomplamento a vibrações
mecânicas, vibrações com campos elétricos externos, direção
de aplicação do campo elétrico externo e demais, são
resultados a serem considerados.

71 Formador: Fernando Simões


Descrição Matemática
 Num material piezoelétrico também interessam os seguintes
coeficientes:
 Coeficiente de acoplamento eletro-mecânico:
 é definido como a variação de enegia mecânica
convertida em carga pela energia mecânica aplicada ao cristal,
ou de modo similar, a energia elétrica convertida em energia
mecânica pela energia elétrica aplicada ao cristal.

72 Formador: Fernando Simões


Descrição Matemática
 Coeficiente Dielétrica:
 esta grandeza relaciona a quantidade de carga que uma das faces
do cristal pode armazenar em relação à carga total armazenada,
e que pode ser dissipada como corrente real.
 Existem duas constantes dielétricas:
 uma é a constante para o cristal livre e outra para o cristal bloqueado:

73 Formador: Fernando Simões


Aplicações

Cerâmicas piezoelétricas são utilzadas para converter


sinais elétricos em ondas sonoras

74 Formador: Fernando Simões


Aplicações
 O fenómeno piezoelétrico é encontrado em aplicações úteis, como a
produção e detecção de som, a geração de tensões elevadas, geração de
frequências eletrónicas, microbalanças e concentração ultrafina de
conjuntos ópticos.
 É também a base de uma série de técnicas científicas instrumentais com
resolução atómica (microscopia de varredura de sonda), e os usos
quotidianos, como atuando como fonte de ignição para isqueiros de
faísca elétrica, microfones, e as famosas "pílulas" ou cápsulas de guitarra
(embora sejam utilizadas em guitarras acústicas, baixos, violoncelos e
outros), que representam uma espécie de microfone.
 O projeto mais arrojado, porém, refere-se a utilização dos materiais
piezoelétricos em ruas e estradas, onde a pressão causada pela
movimentação dos carros podem ser usados para gerar eletricidade de
forma barata.

75 Formador: Fernando Simões


Aplicações
Exemplos de transformações mecânico-elétrica
Medidor de pressão;
Microfone;
Isqueiro elétrico;
Alarme antifurto;
Agulha do gira-discos.

76 Formador: Fernando Simões


Aplicações
Exemplos de transformações eletrico-mecânica
Ultrassom;
Nebulizadores;
Aparelhos elétricos contra mosquitos;
Alto-falantes;

77 Formador: Fernando Simões


Padrão de frequência
 Materiais piezoelétricos são empregados em relógios como osciladores.
 Um cristal de quartzo, que utiliza uma combinação dos efeitos de piezoeletricidade direta e inversa
para gerar uma série regular de impulsos elétricos cronometrado, que marcam o tempo.
 O cristal de quartzo (como qualquer material elástico) tem uma frequência natural definida com
precisão (devido a sua forma e tamanho), e este é utilizado para estabilizar a frequência de uma
voltagem periódica aplicada ao cristal.
 O mesmo princípio é aplicado em todos os transmissores e receptores de rádio, e em
computadores onde ele cria um pulso de clock.
 Ambos costumam usar multiplicadores de frequência para atingir faixas gigahertz.

78 Formador: Fernando Simões


 É um oscilador completo ( FlipFlop ), acomodado em um
invólucro de plástico chamado de Chip ou Circuito
Integrado.
 O encapsulamento mais comum é o Duplo em Linha ou ( dul
in line - DIL ), com apenas oito pinos, com duas fileiras (
quatro pinos cada uma ) como mostra a foto abaixo.

80 Formador: Fernando Simões


 Este componente é compatível com os integrados da família
CMOS e TTL , dentre outras.
 O circuito integrado 555 também pode se apresentar com outros
tipos de encapsulamento diferente ( inclusive SMD ).

81 Formador: Fernando Simões


Características
 As principais características desse integrado são a estabilidade funcional
(independentemente de flutuações de tensão, corrente e temperatura ), alem
da simplicidade de manuseio e baixíssimo custo.
 Outra característica que o torna ainda mais versátil e útil é a que se refere ao
valor de tensão de alimentação, que pode variar desde 5V até o valor
máximo de 18V.
 Por medidas de segurança e padrões, é comum adotarem o valor de 12V (
doze volts ) para elaboração da maioria dos projetos eletrónicos utilizando o
integrado 555.
 Ele pode manipular cargas de até 200mA ( duzentos miliamperes ) à sua
saída, segundo especificação da maioria dos fabricantes, porém, na prática
esse valor limita-se aos 100mA ( cem miliamperes ), sem nos preocuparmos
com as condições.
 Devido a características apresentadas, o IC555 tanto é compatível com a
lógica TTL ( baixa tensão e alta corrente ), como também é compatível
82 com a lógica
Formador: CMOS
Fernando Simões ( de alta tensão e baixa corrente ).
Disposição dos pinos do
IC555 e função de cada um deles.

83 Formador: Fernando Simões


Disposição dos pinos do
IC555 e função de cada um deles.
 Pino – 1) No pino 1 temos a ligação ao Ground (GND), negativo ou terra do
circuito integrado.
 Pino – 2 ) Entrada de disparo ou gatilho. Esta entrada faz com que a saída
apresente nível lógico alto ( nível ``1´´ ) toda a vez que nela for aplicado um
valor de tensão ( nível baixo ) inferior a terça parte do valor da fonte de
alimentação. Esta entrada é sensível a níveis baixos, como se ver na figura
abaixo, ela esta associada a uma bolinha na entrada do comparador ( entrada
inversora ).
 Pino – 3 ) Saída principal. Essa saída corresponde à dos sinais de onda
quadrada ( trem de pulsos) gerados pelo circuito integrado 555. Quando o
circuito integrado está ativo, esta saída assume nível alto ``1´´ , valor este
próximo ao valor da fonte de alimentação.
 Pino – 4 ) Entrada de reciclagem. O circuito integrado retornará ao seu
estado de repouso, nível baixo na saída (nível ``0´´) toda vez que nele é
aplicado um tensão externa e manual ( tipo push-button ) de nível lógico zero
``0´´ ou nível baixo. As demais entradas serão ignoradas no momento em que
houver nível lógico baixo aplicado ao pino 4. Tem o funcionamento similar ao
do pino 6.

84 Formador: Fernando Simões


Disposição dos pinos do
IC555 e função de cada um deles.
 Pino – 5 ) Entrada de comando ou controle. Essa entrada é responsável
desacoplamento dos resistores internos ao integrado. Permite, ainda,
que sejam alterados os níveis de referencia, em tensão para cada um dos
dois comparadores internos ao integrado 555, possibilitando, assim,
realizar modulações de sinais.
 Pino – 6 ) Entrada do sensor de nível. Essa entrada permite reciclar o
integrado toda vez que aplicarmos ela uma tensão de nível lógico alto
``1´´ , nível este, superior a 2/3 (dois terços) do valor da fonte de
alimentação.
 Pino – 7 ) Saída complementar. Essa saída é do tipo colector aberto,
a qual acompanha as variações da saída principal ( pino 3 ), e é conhecida
também por, saída não oficial. Essa saída se mantém em nível lógico
baixo ( ``0´´ ) quando a saída principal, estiver em nível alto (``1´´).
 Pino – 8) Por último nos resta o pino de número oito, responsável por
receber a alimentação positiva +Vcc, que, pode variar de 5V a 18V
(cinco até dezoito volts) VDC.

85 Formador: Fernando Simões


86 Formador: Fernando Simões
Formas de operação
 O circuito integrado 555 pode operar de diversas formas,
dentre elas destacamos, Monoestável e Astável.
 O primeiro (monoestável) produz um atraso nos sinais de
entrada que pode ser controlado externamente, variando-se o
valor de um resistor ou condensador.
 O segundo (astável - é um circuito electrónico que tem dois estados, mas nenhum
dos dois é estável. O circuito, portanto, comporta-se como um oscilador. O tempo gasto em cada
estado é controlado pela carga ou descarga de um condensador através de uma resistência.
Existem vários tipos de multivibradores astáveis. Alguns são implementados através de portas
lógicas NOR enquanto outros são implementados por circuitos de temporização dedicados.) a
largura dos pulsos gerados e/ou frequência do mesmo, pode ser
variada ao alterarmos convenientemente o valor resistivo de
uma ou duas resistências e/ou capacitância de um condensador.

87 Formador: Fernando Simões


Multivibrador monoestável
 O estado estável da saída é nível 0 (0V).
 Aplicando um pulso de disparo ao pino 2, a saída muda de 0V para VCC e permanece neste estado
durante a carga do capacitor C1.
 C1 carrega através do resistor R1 e assim que a tensão no mesmo atinge 2/3 VCC a saída volta a
0V.

88 Formador: Fernando Simões


Multivibrador monoestável
 C1 carrega de 0V até 2/3 VCC

T= R1 . C1. lnVCC / (VCC -- 2/3 VCC)


=> VCC / (VCC -- 2/3 VCC) = 3
T = R1 . C1 . ln 3
T = 1,1. R1 . C1
 T = 1,1 . 100K . 100 uF
=> T = 1,1 . 100 . 103 . 100 . 10--6
=> T = 11 segundos.
 Pressionar momentaneamente PB para obter o pulso de disparo.
 A saída volta a 0V após a temporização se a tensão no pino 2
estiver em nível alto isto é, se após a temporização (tempo de
carga de C1) o pino 2 ainda estiver aterrado, a saída não voltará a
zero.
89 Formador: Fernando Simões
Multivibrador monoestável (exemplo)

90 Formador: Fernando Simões


Multivibrador astável

91 Formador: Fernando Simões


Multivibrador astável

 O ciclo de trabalho, considerando o nível alto na saída, será: D = ( t1 / T ) . 100% => D = ( R1 + R2 ) / ( R1 + 2.R2 ). 100%
 No circuito acima, o ciclo de trabalho (para nível alto) será sempre maior do que 50% devido a se ter t1 > t2.

92 Formador: Fernando Simões


 Notas:
– A saída do astável vai oscilando entre 0V e Vcc. Quando em Vcc, é o led de baixo que
acende, quando em 0V é o led de cima que acende.
– O condensador oscila entre 1/3 Vcc e 2/3 Vcc. Quando carrega fá-lo através de R1 e
R2, quando descarrega fá-lo através de R2 apenas e do transístor interno do 555 (que,
como está saturado – Q negado=Vcc – tem uma resistência desprezável). Daí o tempo
de carga ser sempre maior que o de descarga e, consequentemente, a onda de saída ter
sempre um ciclo de trabalho superior a 50%.
93 Formador: Fernando Simões

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