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ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – ESUCRI

DIEGO NUNES GENEROSO


ROITER DABOIT DA SILVA

ESTRUTURAS METÁLICAS E DE MADEIRA


PROJETO DE UM PAVILHÃO

Criciúma (SC), junho/2018


DIEGO NUNES GENEROSO

ROITER DABOIT DA SILVA

ESTRUTURAS METÁLICAS E DE MADEIRA


PROJETO DE UM PAVILHÃO

Trabalho solicitado como avaliação da disciplina de


Estruturas Metálicas e de Madeira, ministrada pelo
Profº Ms. Jorge Luiz Laureano da 8ª fase do Curso
Bacharelado em Engenharia Civil da Escola de
Ensino Superior de Criciúma, ESUCRI.

Criciúma (SC), junho/2018


1. INTRODUÇÃO

A utilização de estruturas metálicas no século XVIII revolucionou a


engenharia civil dando um grande passo para o desenvolvimento de métodos
construtivos em aço. Segundo Bellei, Pinho e Pinho (2008), a primeira obra
importante foi a ponte sobre Severn em Coalbrookdale, em 1779 na Inglaterra,
projetada por Abraham Darby com vão de 30 m, depois foram construídos edifícios
industriais e estações de trens, apesar disto o ferro ainda continuava sendo mais
restrito a pontes. Apenas na revolução Industrial o uso do aço começou a ser
generalizado.

Com a percepção das vantagens das estruturas de aço como maior


resistência, menor peso da estrutura, capacidade de suportar maiores vãos, perfis
estruturais mais esbeltos e, consequentemente, maior área útil, esse método
construtivo foi tornando-se cada vez mais usual.

Por tanto, este trabalho mostra o desenvolvimento de cálculo da


verificação de perfis de vigas de aço, utilizando dos conhecimentos técnicos
adquiridos na Disciplina de Estruturas Metálicas e de Madeira do Curso
Bacharelado em Engenharia Civil da Escola Superior de Criciúma – ESUCRI,
semestre 2018/01, ministrada pelo Professor Jorge Luiz Laureano.
2. METODOLOGIA

3. PERFIL (200 x 41,7 (H))

• Flambagem Local da Mesa (FLT)

✓ Encontrar valores de λ e λP.

𝐿𝑏
𝜆=
𝑟𝑦

Onde:

λ: Resultado da equação (admissional)

Lb: Comprimento equivalente (cm)

ry: Raio de giração em y conforme Anexo I (cm)

Com isso, obtém-se:

800
𝜆=
4,10

λ = 195,12 > 200 OK!

Para encontrar λP, utiliza-se da equação:

𝐸
λp = 1,76∗ √
𝑓𝑦

Onde:

λP: Resultado da equação (admissional)

E: Módulo de elasticidade (kg/cm²)

fy: Tensão de escoamento (kg/cm²)


Sendo assim:

2.100.000
λp = 1,76 ∗ √
2.500

λP = 51,01

• Encontrar valor de λR.

Primeiramente deve-se encontrar o valor de β1.

(𝑓𝑦−𝜎𝑟)∗Wx
β1 =
𝐸 ∗ 𝐼𝑡
Onde:

β1: Valor encontrado (admissional)

σr: Tensão residual de copressão para quaisqueis perfil soldados (kg/cm²)

Wx: (cm3)

E: Módulo de Elasticidade (kg/cm²)

It: Inércia Total (cm4)

Com isso obtém-se:

(2500 − 1150) ∗ 401,4


β1 =
2.100.000 ∗ 20,58

β1 = 0,013165451→ β1 ≈ 0,013165

Através da obtenção do valor de β1, resolve-se a equação seguinte:


1,38∗ √(𝐼𝑦∗𝐼𝑡) (27 ∗ Cw)
∗ √1 + √[1 + ]
λp = 𝑟𝑦 ∗ 𝐼𝑡 ∗ β1 𝐼𝑦

Onde:

λp: Valor resultante (admissional)

Iy: Inércia em y conforme Anexo I (cm4)

It: Inércia Total conforme Anexo I (cm4)

ry: Raio de giração em y conforme Anexo I (cm)

Cw: Obtido no Anexo I (cm6)

Substituindo os devidos dados, encontra-se os seguintes resultados:

1,38∗ √(901∗20,58) (27 ∗ 83948)


λr = ∗ √1 + √[1 + ]
4,10 ∗ 20,58∗ 0,013165 901

λr = 1210,05

• Encontrar valor de Mcr.

𝐶𝑏 ∗ ᴫ2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼𝑦 Cw (It∗Lb²)
Mcr = ∗√ ∗[1+ 0,039 ∗ ]
𝐿𝑏² 𝐼𝑦 𝐶𝑤

Onde:

Mcr: Momento crítico resistente (kg.cm)

Cb: Adota-se valor de 1

E: Módulo de Elasticidade (kg/cm²)

Iy: Inércia em y conforme Anexo I (cm4)

Cw: Dado no Anexo I (cm6)

It: Inércia Total conforme Anexo I (cm4)

Lb: Comprimento equivalente (cm)


Resolvendo a equação, tem-se:

83948
6
1∗ ᴫ2 ∗2.100.000 ∗901 ∗√ ∗[1+0,039∗ (20,58∗ 800²)
Mcr =
800² 901 83948

Mcr = 4972278,75

• Encontrar MPL.

MPL = z * fy

Onde:

MPL: Momento plástico (kg.cm)

z: Menor valor entre zx e zy obtido no Anexo I (cm3)

Logo, tem-se:

MPL = 165,7 * 2500

MPL = 414250 Kg.cm

• Encontrar Mr.

MR = (fy – σR) * Wx

Onde:

MR: Momento Resistente (kg.cm)

Wx: Adotado no Anexo I (cm3)

σr: Tensão residual de copressão para quaisqueis perfil soldados (kg/cm²)

Resolvendo-a, obtém-se:

MR = (2500 – 1150) * 401,4


MR = 541890 kg.cm

• Condição A:

Para λ ≤ λp
Logo: 195,12≤ 51,01 → NÃO ATENDE!

• Condição B:

Para λp < λ ≤ λr

Logo: 51,01 < 195,60 ≤ 1210,05→ ATENDE!

1 λ − λp 𝑀𝑝𝑙
Mrd: ∗[𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟) ∗ ]≤
1,1 λr −λp 1,1

λp: Valor resultante (admissional)

λr: Valor resultante (admissional)

λ: Valor resultante (admissional)

Cb: Adotado 1

Mpl: Momento plástico (kg.cm)

Mcr: Momento crítico resistente (kg.cm)

1 195,12 − 51,01 1121500


Mrd: ∗ [1121500 − (1121500− 541890) ∗ ]≤

1,1 1210,05 − 51,01 1,1

1 195,12 − 51,01 1121500


Mrd: ∗ [1121500− (1121500 − 541890) ∗ ]≤

1,1 1210,05 − 51,01 1,1

954030,74 ≤ 1019545,45
Verificar se a condição Mrd ≤ MPL é respeitada.

Mrd ≤ MPL

65251,13 ≤ 1019545, 45→ ATENDE!

• Condição C:

Para λ > λr

Logo: 51,01 > 1210,05 → NÃO ATENDE!

• Flambagem Lateral de Torção (FLM)

✓ Encontrar valores de λ e λP.

𝑏𝑡/2
𝜆=
𝑡
Onde:

λ: Resultado da equação (admissional)

bf: Larguda da Alma (mm)

t: Espessura da alma (mm)

Com isso, obtém-se:

166/2
𝜆=
11,8

λ = 7,03

Para encontrar λP, utiliza-se da equação:


𝐸
λp = 0,38∗ √𝑓𝑦

Onde:

λP: Resultado da equação (admissional)

E: Módulo de elasticidade (kg/cm²)

fy: Tensão de escoamento (kg/cm²)

Sendo assim:

2.100.000
λp = 0,38 ∗ √
2.500

λP = 11,01

Para encontrar λr, utiliza-se da equação:

𝐸
λr = 0,83√
(𝑓𝑦−σr)

λr: Resultado da equação (admissional)

E: Módulo de elasticidade (kg/cm²)

fy: Tensão de escoamento (kg/cm²)

σr: Tensão residual de copressão para quaisqueis perfil soldados (kg/cm²)

Sendo assim:

2.100.000
λr = 0,83√
(2500 − 1150)

λr = 32,74

• Condição A:

Para λ ≤ λp
Logo: 7,03 ≤ 11,01 → ATENDE!

𝑀𝑝𝑙
Mr =
1,1

MR: Momento Resistente (kg.cm)

Mpl: Momento plástico (kg.cm)

1121500
Mr =
1,1

Mr = 1019545,45

• Condição B:

Para λp < λ ≤ λr

Logo: 11,01 < 7,03≤ 32,74 → NÃO ATENDE!

• Condição C:

Para λ > λr

Logo: 7,03 > 32,74 → NÃO ATENDE!

• Flambagem Lateral de Torção (FLA)

✓ Encontrar valores de λ e λP.


𝜆=
𝑡𝑤
Onde:

λ: Resultado da equação (admissional)

h: altura do perfil (mm)

tw: espessura da alma (mm)


Com isso, obtém-se:

181
𝜆=
7,2

λ = 25,14

Para encontrar λP, utiliza-se da equação:

𝐸
λp = 3,76∗ √
𝑓𝑦

Onde:

λP: Resultado da equação (admissional)

E: Módulo de elasticidade (kg/cm²)

fy: Tensão de escoamento (kg/cm²)

Sendo assim:

2.100.000
λp = 3,76 ∗ √
2.500

λP = 108,97

Para encontrar λr, utiliza-se da equação:

𝐸
λr = 5,70∗ √
𝑓𝑦

λr: Resultado da equação (admissional)

E: Módulo de elasticidade (kg/cm²)

fy: Tensão de escoamento (kg/cm²)

Sendo assim:

2.100.000
λr = 5,7 ∗ √
2500
λr = 165,20

• Condição A:

Para λ ≤ λp
Logo: 25,14 ≤ 108,97 → ATENDE!

𝑀𝑝𝑙
Mr =
1,1

MR: Momento Resistente (kg.cm)

Mpl: Momento plástico (kg.cm)

1121500
Mr =
1,1

Mr = 1019545,45

• Condição B:

Para λp < λ ≤ λr

Logo: 108,98 < 25,14≤ 165,20 → NÃO ATENDE!

• Condição C:

Para λ > λr

Logo: 25,14> 165,20 → NÃO ATENDE!

Para adotarmos o Mrd, momento resistente da viga, é necessário usar o


menor momento do FLT, FLM e FLA, portanto:
FLT FLM FLA

MRD (kg.cm) 954030 101954 101954


5 5
ADOTADO 954030 Kg.cm

Para cálculo do Mrd, dos demais perfis a equipe utilizou uma tabela do excel,
desenvolvida pelos mesmos, no qual são atribuídos os valores do perfil, com isso
o resultado é dado, já para o cálculo do Msd, momento solicitante, foi realizado
com o auxílio do Ftool, segue abaixo o cálculo do momento máximo nas vigas.

A carga nas vigas foi dada da seguinte forma, os valores foram arbitrados
pelos membros da equipe, a medida que os valores são suficientes para fazer o
dimensionamento dos perfis, e são usados para efeito de aprendizagem.

Carga Acidental Carga Permanente Carga Pontual Peso da Chapa

0,1 ton 0,2 ton 0,3 ton 0,074 ton

Figura 1 Momento Máximo VIGA 1

Figura 2 Momento Máximo VIGA 2


Figura 3 Momento Máximo VIGA 3

Figura 4 Momento Máximo VIGA 4

Figura 5 Momento Máximo VIGA 5

Figura 6 Momento Máximo VIGA 6

Figura 7 Momento Máximo VIGA 7


Figura 8 Momento Máximo VIGA 8 e 14

Figura 9 Momento Máximo VIGA 9 e 15

Figura 10 Momento Máximo VIGA 10 e 16

Figura 11 Momento Máximo VIGA 11 e 17

Figura 12 Momento Máximo VIGA 12 e 18

Figura 13 Momento Máximo VIGA 13 e 19

Figura 14 Momento Máximo VIGA 20, 21 e 22


Figura 15 Momento Máximo VIGA 23, 24 e 25

Figura 16 Momento Máximo VIGA 26, 27 e 28

Figura 17 Momento Máximo VIGA 29, 30 e 31

Figura 18 Momento Máximo VIGA 32, 33 e 34

Figura 14 Momento Máximo VIGA 35, 36 e 37

• Dimensionamento das vigas

Msd Mrd PERFIL ADOTADO


60000 954030
Viga 1 W 200 x 41,7 (H)
135000 954030
Viga 2 W 200 x 41,7 (H)
159000 954030
Viga 3 W 200 x 41,7 (H)
160500 954030
Viga 4 W 200 x 41,7 (H)
174000 954030
Viga 5 W 200 x 41,7 (H)
204000 954030
Viga 6 W 200 x 41,7 (H)
118500 954030
Viga 7 W 200 x 41,7 (H)
7500 376.083
Viga 8 e 14 W 150 X 22,5 (H)
9000 376.083
Viga 9 e 15 W 150 X 22,5 (H)
10500 376.083
Viga 10 e 16 W 150 X 22,5 (H)
8200 376.083
Viga 11 e 17 W 150 X 22,5 (H)
12000 376.083
Viga 12 e 18 W 150 X 22,5 (H)
12700 376.083
Viga 13 e 19 W 150 X 22,5 (H)
48400 376.083
Viga 20, 21 e 22 W 150 X 22,5 (H)
69700 376.083
Viga 23, 24 e 25 W 150 X 22,5 (H)
94800 376.083
Viga 26, 27 e 28 W 150 X 22,5 (H)
58500 376.083
Viga 29, 30 e 31 W 150 X 22,5 (H)
123800 803.605
Viga 32, 33 e 34 W 200 x 35,9 (H)
139800 2.453.545
Viga 35, 36 e 37 W 360 x 64,0

• Pcr, cálculo da carga crítica ( Perfil 410 x 67)

𝜋2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼
𝑃𝑐𝑟 =
𝑙𝑒
Onde:

E: Módulo de Elasticidade (kg/cm²)

Iy: Inercia do pilar, (cm4)

Le: Comprimento do Pilar (cm)

3,142 ∗ 2100000/1000 ∗ 1379


𝑃𝑐𝑟 =
800

𝑃𝑐𝑟 = 44,61𝑡𝑜𝑛
• Dimensionamento dos pilares

Força (ton) Força Resistente (ton) PERFIL ADOTADO


5,33 W 410 x 67
Pilar 1 44,61
12,15 W 410 x 67
Pilar 2 44,61
16,7 W 410 x 67
Pilar 3 44,61
15,88 W 410 x 67
Pilar 4 44,61
18,99 W 410 x 67
Pilar 5 44,61
23,2 W 410 x 67
Pilar 6 44,61
11,09 W 410 x 67
Pilar 7 44,61
5,33 W 410 x 67
Pilar 8 44,61
12,15 W 410 x 67
Pilar 9 44,61
16,7 W 410 x 67
Pilar 10 44,61
15,88 W 410 x 67
Pilar 11 44,61
18,99 W 410 x 67
Pilar 12 44,61
18,99 W 410 x 67
Pilar 13 44,61
11,09 W 410 x 67
Pilar 14 44,61

• Pcr, cálculo da carga crítica ( Perfil 410 x 67)

𝜋2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼
𝑃𝑐𝑟 =
𝑙𝑒
Onde:

E: Módulo de Elasticidade (kg/cm²)

Iy: Inercia do pilar, (cm4)

Le: Comprimento do Pilar (cm)

3,142 ∗ 2100000/1000 ∗ 1379


𝑃𝑐𝑟 =
800

𝑃𝑐𝑟 = 44,61𝑡𝑜𝑛
4. CONCLUSÃO

Com a realização da verificação dos parâmetros de condição para que


o perfil possa suportar as cargas nele aplicado, foram usados os parâmetros de
FLM,FLT,FLA e calculado as vigas e pilares de uma plataforma (lembrando que
os valores adotados de cargas nas vigas, foram estipulados pelos alunos,
somente para a elaboração deste trabalho) atingiu-se o resultado de que o perfil
adotado para as vigas foi, perfil W 200 x 41,7 (H), W 360 x 64,0 e W 150 X 22,5 (H),
para os pilares, perfil W 410 x 67.
ANEXO I – TABELA DE BITOLAS

✓ Parte 01
✓ Parte 02
ANEXO II – FLAMBAGEM LATERAL

✓ Parte 01
ANEXO III – FLAMBAGEM LATERAL

✓ Parte 02
ANEXO IV – PARÂMETROS REFERENTES AO MOMENTO FLETOR
RESISTENTE DE CÁLCULO
ANEXO V – TABELA CALCULO PERFIL W 200 X 41,7 (H)
ANEXO VI – TABELA CALCULO PERFIL W 360 x 64,0
ANEXO VII – TABELA CALCULO PERFIL W 150 X 22,5 (H)
ANEXO VIII – PAVILHÃO A SER DIMENSIONADO

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