O rei da Babil�nia Hamurabi em frente ao deus Shamash, num detalhe da estela do
C�digo de Hamurabi (s�culo XVIII a.C.) A ascens�o de Babil�nia d�-se com o surgimento de uma dinastia de origem amorita, que se inicia em 1 894 a.C. com um soberano de nome Samuabum (r. 1894�1881).[3] Este per�odo � designado como "paleobabil�nico" ou "babil�nico antigo". Sumulael (r. 1880�1845) foi o verdadeiro ancestral da primeira dinastia da Babil�nia, pois n�o era da fam�lia do seu predecessor e todos os seus sucessores foram seus descendentes. Estes aumentaram progressivamente o reino, que no in�cio estava limitado � cidade e aos seus arredores. Durante o reinado de Sin-muballit (r. 1812�1793), Babil�nia torna-se uma pot�ncia capaz de rivalizar com os outros grandes reinos amoritas vizinhos de Larsa, Eshnunna, Isin e Uruque. O seu filho Hamurabi (r. 1793�1750) desempenhou com intelig�ncia o seu papel no cen�rio internacional do seu tempo e foi sob o seu reinado que esta primeira dinastia babil�nica se tornou uma pot�ncia regional dominante. Durante a primeira parte do seu reinado n�o obteve qualquer vit�ria, mas depois logrou submeter os reinos que em sua volta: Larsa, Eshnunna e, mais tarde, Mari.[4][5]
O reino babil�nico tornou-se ent�o a maior pot�ncia pol�tica da Mesopot�mia. O
filho e sucessor de Hamurabi, Samsu-iluna (r. 1749�1712), manteve durante algum tempo essa supremacia, mas enfrentou v�rias revoltas que enfraqueceram o seu reino. Os monarcas seguintes viram o seu territ�rio desagregar-se devido a rebeli�es e ataques de povos inimigos, principalmente os cassitas, mas tamb�m os hurritas, ao que se somou uma crise agr�ria. O �ltimo soberano da dinastia, Samsu-ditana (r. 1625�1595), governou praticamente encurralado um territ�rio que inclu�a pouco mais do que a cidade e os seus arredores. Segundo a tradi��o babil�nica ulterior, o golpe fatal a Samsu-ditana foi infligido pelo rei hitita Mursilis I que comandou um raide � cidade em 1 595 a.C. A cidade foi saqueada, a dinastia amorita foi extinta e as est�tuas de culto ao deus Marduque e da sua consorte Sarpanitu foram levadas pelos vencedores como s�mbolo da submiss�o dos vencidos.[18]