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A MEDIDA DO TEMPO

EA
IDADE DA TERRA
MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
Diversidade de rochas
2

 Uma rocha é um agregado, consolidado ou não, de minerais.


 As rochas são geradas por processos naturais, desde épocas remotas, e
testemunham as condições em que se originaram.
 Atendendo às características e às condições que presidiram à sua
génese, consideram-se três grandes categorias de rochas:
sedimentares, magmáticas e metamórficas, que assumem diferentes
aspetos na paisagem.
 No decurso do tempo, múltiplos fenómenos afetaram a Terra,
modificando as suas paisagens.
Diversidade de rochas
3

Percentagem relativa de rochas sedimentares e magmáticas na crusta


terrestre

 As rochas sedimentares constituem apenas 5% do volume da crosta


terrestre e ocupam 75 % da superfície da crusta.
 As rochas magmáticas constituem cerca de 95% de volume da crosta e
ocupam apenas 25% da superfície da crusta.
Rochas Sedimentares
4

 A superfície terrestre é um local de intersecção entre a atividade


geológica resultante da energia interna da Terra e a atividade da
biosfera, da atmosfera e da hidrosfera, dinamizadas pela energia
solar. Como resultado dessa interação, as rochas são alteradas e
erodidas.
Rochas Sedimentares
5

 São formadas à superfície da terra ou próximo dela a partir de


deposições de sedimentos que, posteriormente, experimentam uma
evolução, sendo compactados e ligados entre si.
 Constituem apenas 5% do volume da crosta terrestre; ocupam 75 % da
superfície dos continentes.
 Resultam geralmente da meteorização e erosão de rochas pré-
existentes, seguida de transporte, deposição e diagénese, organizando-
se em estratos dispostos, inicialmente, na horizontal.
 Nas rochas sedimentares é normal encontrar fósseis.
Rochas Sedimentares
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Na génese das rochas sedimentares ocorrem, geralmente, duas fases:

 Sedimentogénese - Conjunto de processos que compreendem a elaboração


dos materiais que vão constituir as rochas sedimentares, o transporte e a
deposição desses materiais.

 Diagénese - Conjunto de processos físico-químicos que intervêm após a


sedimentação e pelos quais os sedimentos evoluem para as rochas
sedimentares coerentes.
Rochas Sedimentares
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Rochas metamórficas
Rochas magmáticas
Rochas sedimentares
 Meteorização
 Erosão
Sedimentogénese
 Transporte
 Sedimentação
 Compactação e desidratação
Cimentação Diagénese
Recristalização
Rochas sedimentares
Rochas Sedimentares
Sedimentogénese
8

 A meteorização pode ser física, originando partículas cada vez mais


pequenas, ou química, que modifica os seus minerais.
 A erosão, por ação de vários agentes (vento, água e seres vivos), remove
das rochas as partículas que foram alteradas.
 As partículas resultantes da erosão são transportadas por agentes
variados (água , vento ou seres vivos) para outros locais.
 Quando as condições do meio são propícias, o transporte cessa e os
sedimentos sofrem deposição, sedimentação, sendo acumulados,
geralmente, em bacias de sedimentação.
Rochas Sedimentares
Meteorização e erosão
9
Rochas Sedimentares
Meteorização e erosão
10

Diáclases
 São superfícies de fratura provocadas por tensões internas da crosta ou
por fenómenos de descompressão dos materiais rochosos (devido à
remoção das camadas superiores);
 Geralmente dividem os maciços em enormes blocos, grosseiramente
paralelepipédicos;
 Favorecem a meteorização (pois as zonas da bordadura são mais frágeis).

meteorização
. as zonas de bordadura dos blocos transformam-se em areias – arenização;
. os blocos tornam-se arredondados, formando bolas amontoadas – caos de
blocos.
Rochas Sedimentares
Meteorização e erosão
11
Rochas Sedimentares
Transporte
12

 As partículas resultantes da erosão são transportadas por agentes variados


(água , vento ou seres vivos) para outros locais.
 Ao longo do transporte as partículas sofrem modificações: diminuição de
volume e arredondamento.
Rochas Sedimentares
Diagénese
13

 Através da compactação os sedimentos


são comprimidos por ação de novos
sedimentos que sobre eles se depositam.
 O aumento da pressão provoca a expulsão
da água – desidratação – conduzindo à
diminuição da porosidade e do volume.

 Na cimentação os sedimentos são


agregados por ação de um “cimento”
resultante da precipitação de substâncias
químicas dissolvidas na água ou por
sedimentos mais finos.
Rochas Sedimentares
Estratificação
14

 Formam-se camadas horizontais de sedimentos compactados – estratos.


 Os estratos sobrepostos apresentam aspeto variado quanto à textura,
estrutura, constituição mineralógica, granularidade dos elementos e cor.
Rochas Sedimentares
15

Constituídas por sedimentos de origem


Detríticas físico-química (detritos), formados por
processos de meteorização sobre
rochas pré-existentes

Rochas Constituídas por sedimentos de origem


Sedimentares Quimiogénicas química, resultantes da precipitação de
substâncias em solução nas águas.

Constituídas por sedimentos de origem


Biogénicas biológica, produzidos pelos seres vivos
ou resultantes da sua atividade.
Rochas Sedimentares
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Tipo de rocha
Tipo de sedimento Origem
sedimentar
 Detritos Físico-química Rocha detrítica

 Substâncias dissolvidas na Química Rocha quimiogénica


água

 Substâncias produzidas pelos Biológica Rocha biogénica


seres vivos ou resultantes da
sua atividade
Rochas Sedimentares
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Tipos de sedimentos
 Sedimentos detríticos ou clastos
Fragmentos de dimensões variadas, desde partículas de pequeníssimas
dimensões até grandes blocos (argilas, areias e balastros), resultantes da
alteração de outras rochas.
Algumas rochas resultantes: argilitos, arenitos e brechas ou conglomerados.

 Sedimentos de origem química


Resultantes da precipitação de substâncias dissolvidas ou em suspensão na
água.
Algumas rochas resultantes: rochas carbonatadas como certos calcários.

 Sedimentos biogénicos
Constituídos por detritos orgânicos ou por materiais resultantes da ação
bioquímica, nomeadamente conchas, fragmentos de peças esqueléticas, …
Algumas rochas resultantes: calcários biogénicos como o calcário conquífero, carvões, …
Rochas Sedimentares
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Detríticas

Rochas sedimentares detríticas

não consolidadas D consolidadas


Blocos I
Seixos Arredondados
Calhaus
Balastros A Conglomerados
Godos
>2 mm G
Cascalho É
Areão
Angulosos
N Brechas
E
S
E
Areia (2 mm – 1/16 mm) Arenitos

Silte (1/256 mm – 1/16 mm) Silitos

Argila < 1/256 mm Argilitos


Rochas Sedimentares
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Detríticas
Rochas Sedimentares
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Quimiogénicas
Calcário – resulta da precipitação do Carbonato de cálcio (CaCO3)

Sal-gema – resulta da precipitação de cloreto de sódio (NaCl)

Gesso – resulta da precipitação de sulfato de cálcio


(CaSO42H2O)
Rochas Sedimentares
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Quimiogénicas

Composto químico Mineral Rocha

CaCO3 Calcite Calcário

NaCl Halite Sal-gema

CaSO4 Gesso Gesso


Rochas Sedimentares
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Biogénicas

Calcário recifal
 Resultante dos esqueletos calcários dos corais que vivem em águas
do mar quentes e pouco profundas.
 Os corais formam recifes constituídos por milhões de indivíduos
ligados em colónias, que edificam estruturas calcárias, a partir do
carbonato de cálcio dissolvido na água do mar.
 Quando morrem, os seus esqueletos formam este tipo de calcário.

Calcário conquífero
 Formado pela acumulação de conchas calcárias de animais, como os
moluscos, que sofreram um processo de cimentação.
 Estes seres vivos retiram carbonato de cálcio da água do mar para
construírem os esqueletos (como as conchas).
Rochas Magmáticas ou Ígneas
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 Resultam da consolidação dos magmas.


 Ao solidificar à superfície, o arrefecimento é muito rápido, gerando
rochas formadas por minerais microscópicos – rochas vulcânicas ou
extrusivas.
 Ao solidificar no interior da geosfera, o arrefecimento é muito lento,
gerando rochas com cristais macroscópicos – rochas plutónicas ou
intrusivas.
Rochas Metamórficas
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 Originadas de rochas preexistentes que experimentam transformações


mineralógicas e texturais, mantendo-se no estado sólido.

 Essas alterações são devidas a condições de pressão e de temperatura


elevadas ou à ação de fluidos circulantes.

 Estas transformações ocorrem no interior da geosfera , geralmente


entre 10 a 30 Km de profundidade.
Rochas Metamórficas
Fatores de Metamorfismo
25

 Temperatura elevada
A partir de 2000C permite o estabelecimento de novas ligações
químicas

Crescimento de minerais existentes


e/ou novas estruturas cristalinas
recristalização
Novos minerais

Altera a composição mineralógica da rocha


Rochas Metamórficas
26

 Fator de metamorfismo - Calor

Corneana Quartzito Mármore


Origem  Rocha argilosa, Arenito rico em Rocha carbonatada,
calcária ou outra sílica como o calcário
(junto à
intrusão)
Rochas Metamórficas
Fatores de Metamorfismo
27

 Tensões
As rochas são sujeitas a tensões que modificam:
- a composição mineralógica da rocha
- o arranjo dos minerais (a textura da rocha)
Rochas Metamórficas
28

Fator de metamorfismo -Tensões

 Orientação paralela de certos minerais originada por forças


compressivas;
 Esta orientação é perpendicular à direção da tensão
exercida sobre a rocha.

Foliação
Aspeto textural, resultante do alinhamento preferencial de certos minerais
(ex. micas), sob a ação de tensões dirigidas.
Em rochas de baixa granularidade só é visível ao microscópio.

Fissilidade
Capacidade da rocha se dividir em lâminas segundo os planos de foliação.
À medida que o grau de metamorfismo aumenta a fissilidade diminui.
Ciclo das rochas
29
O TEMPO,
uma questão central em Geologia
30

 Em 1664, o arcebispo irlandês James Ussher


afirmava que a Terra tinha sido criada às 9
horas da manhã do dia 26 de Outubro de 4004
a.c.
 Para chegar a estes valores baseou-se na Bíblia
(200 gerações desde Adão)

Actualmente o valor aceite, pela comunidade


científica, para a idade da Terra é de
aproximadamente 4600 M.a.
O TEMPO,
e os fósseis
31

Que informações fornecem as rochas sobre a história


da Terra?

E as rochas que contêm fósseis?


O TEMPO,
e os fósseis
32

Fósseis são restos, marcas ou vestígios da atividade de seres


vivos, que ficaram preservados nas rochas ou outros
materiais naturais
Que informações podem fornecer
os fósseis?
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Condições de fossilização
34

O isolamento dos cadáveres e restos de


seres
vivos da erosão atmosférica
Os cadáveres ou restos de seres vivos têm de
ficar rapidamente isolados dos agentes
erosivos, do seu poder oxidante e microbiano
que rapidamente os decompõem, inclusive as
partes duras mineralizadas.

A presença de esqueleto interno ou externo


mineralizado resistente
Os organismos que possuem esqueleto interno
ou externo, resistente, de natureza mineral,
têm mais hipóteses de fossilizar do que os
organismos de corpo mole.
Condições de fossilização
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A natureza dos sedimentos envolventes


Se os sedimentos que envolvem e cobrem os
cadáveres e restos de organismos são finos, como
as argilas e os siltes, a fossilização é bem sucedida.
Nos sedimentos grosseiros, como as areias e os
conglomerados, as águas de circulação destroem e
decompõem a matéria orgânica.

A geoquímica do meio
O meio oxidante não facilita a fossilização, ao
contrário do meio redutor ou anaeróbio que
propícia a conservação, inclusive das partes
moles dos organismos
Condições de fossilização
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As características do meio ambiente


Os ambientes em que há abundância de
alimentos, são, em geral, superpovoados , o que
aumenta a probabilidade dos organismos
fossilizarem.
Quando existe um grande número de
predadores e necrófagos os organismos são
consumidos como alimento de outros seres vivos.

O clima
Nos climas frios dá-se a preservação dos
organismos, uma vez que a baixa temperatura
inibe a acção de bactérias.
Nos climas tropicais quentes e húmidos a
decomposição dos organismos dá-se de forma
extremamente rápida.
Condições de fossilização
37

Inerentes ao ser vivo


• Presença de partes duras (esqueleto interno ou externo),

Inerentes ao meio
• Elevada velocidade de sedimentação,
• Sedimentos finos, como as argilas e os siltes (nos sedimentos grosseiros
as águas de circulação destroem e decompõem a matéria orgânica),
• Meio calmo, com reduzida energia hidrodinâmica (como as águas paradas
facilitadoras da sedimentação rápida),
• Meio redutor ou anaeróbio (inibe a ação das bactérias),
• Temperaturas baixas (inibem a ação das bactérias).
Processos de fossilização
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CONSERVAÇÃO Mamute
conservado no gelo
É o aprisionamento/ envolvimento de
organismos em substâncias como o âmbar,
asfalto, gelo, permanecendo aí conservados.

Este processo inclui a mumificação, em que


o cadáver sofre sobretudo desidratação.

Inseto conservado em âmbar


Processos de fossilização
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MINERALIZAÇÃO
A fossilização dá-se por transformações químicas,
pelas quais a matéria orgânica é substituída por
matéria mineral, como a calcite, a sílica e a pirite,
entre outros.

Trilobite

Estruturas de Corais
em calcite

Amonite

Cabeça de dinossauro
Processos de fossilização
40

MOLDAGEM
Não se conservam quaisquer partes do organismo, mas somente um molde da
sua estrutura interna – moldes internos, ou da sua estrutura externa – moldes
externos, resultantes da consolidação dos sedimentos que preenchiam ou
envolviam o ser vivo.

Molde Interno Molde Externo

O interior do organismo enche-


se de sedimentos que O organismo, ao morrer, cai sobre os
reproduzem os detalhes da sua sedimentos, deixando impressas as suas
estrutura interna características estruturais externas
Processos de fossilização
41

IMPRESSÃO
As impressões são moldes externos de estruturas finas (baixo relevo), como folhas
ou penas e rastos deixados por seres vivos.
A impressão é um caso particular de moldagem.

Impressão de folha

Impressão da asa de inseto


Processos de fossilização
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MARCAS OU VESTÍGIOS DE
ACTIVIDADES
Conhecidas por icnofósseis – como
pistas, pegadas, ovos, ninhos e fezes.

Pegadas

Ovos fossilizados

Coprólito - Fezes fossilizadas


A importância dos fósseis
43

Fósseis de idade – datam as rochas onde se encontram


 Fóssil de ser vivo de uma espécie que :
- viveu durante um curto período de tempo geológico,
- apresentou grande distribuição geográfica,
- teve muitos representantes

Trilobites Amonites
Era Paleozóica Era Mesozóica
A importância dos fósseis
44

Fósseis de fácies ou de ambiente – caracterizam ambientes antigos


 Fóssil de um ser vivo de uma espécie que viveu em condições ambientais muito
restritas.

Coral
Atualmente vive apenas em
ambientes de águas calmas,
quentes e pouco profundas
Datação das rochas
45

Estratigrafia
Ramo da geologia que se ocupa do estudo, descrição, correlação de
idades e classificação das rochas sedimentares.
Ramos da Geologia
46

Geologia
Ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, propriedades
físicas, história e os processos que lhe dão forma.
Engloba:

 Petrologia
é o ramo da geologia que trata da origem, ocorrência, estrutura e
história das rochas.

 Mineralogia
é a ciência que estuda os minerais.

 Estratigrafia
é o ramo da geologia que se ocupa do estudo, descrição,
correlação de idades e classificação das rochas sedimentares.
…
Datação das rochas
47

 Datação relativa (Idade relativa) – corresponde ao


estabelecimento da idade de uma formação geológica em relação a
outra.
 A datação relativa não permite obter um valor numérico, apenas um
valor comparativo com outras estruturas geológicas (outras rochas
ou fósseis).
 Diferentes princípios estratigráficos podem ser utilizados para
fazer a datação relativa de formações geológicas (princípio da
horizontalidade , princípio da sobreposição dos estratos e princípio
da identidade paleontológica).

 Datação radiométrica (Idade absoluta) - corresponde ao


estabelecimento da idade de uma formação geológica, referida em
valores numéricos, geralmente em milhões de anos (M. a.).
Datação das rochas
48
Datação Relativa
P. da horizontalidade
49

Princípio da horizontalidade
 A deposição de sedimentos ocorre numa posição
horizontal

Numa sequência estratigráfica não deformada, um estrato mais recente


sobrepõe-se a um estrato mais antigo,

os estratos serão tanto mais antigos quanto mais profundos se encontrarem


e tanto mais recentes quanto mais superiormente se encontrarem na
sequência estratigráfica.
Datação Relativa
P. da horizontalidade
50

Qualquer fenómeno que altere a horizontalidade das


camadas é sempre posterior à sedimentação
Datação Relativa
P. da sobreposição
51

Princípio da sobreposição dos


estratos
 Numa sucessão de estratos não
deformados, um estrato é mais
antigo do que aquele que o cobre
e mais recente do que aquele
que lhe serve de base.
Datação Relativa
52

 As grandes descontinuidades no registo geológico devido à ausência de


camadas (explicadas por falta de sedimentação ou por erosão) designam-se
discordâncias estratigráficas ou lacunas.
Datação Relativa
P. da identidade paleontológica
53

Princípio da identidade paleontológica


 Dois estratos apresentam a mesma idade
se apresentarem o mesmo fóssil de idade.

 A presença de um fóssil de idade em dois estratos diferentes, mesmo que


se encontrem muito distanciados, permite-nos afirmar que os dois estratos
possuem a mesma idade.
Datação Relativa
P. da continuidade lateral
54

Princípio da continuidade lateral


 Um estrato tem sempre a mesma idade ao
longo de toda a sua extensão,
independentemente da ocorrência da
variação horizontal (lateral) de fácies.
Datação Relativa
P. da continuidade lateral
55

 Se as rochas que se querem datar estão intercaladas em camadas que se


reconhecem como idênticas, pode-se estabelecer uma correlação entre
essas rochas intercaladas, de um afloramento para o outro.
 Deste modo, uma camada limitada por um muro (base) e por um teto (topo)
e definida por uma certa fácies tem a mesma idade ao longo de toda a sua
extensão lateral.
Datação Relativa
P. da intersecção
56

Princípio da intersecção
 Toda a estrutura geológica que intersecta
outra é mais recente do que ela.

 A intrusão é mais recente do que os estratos A, B, C, D e E.


 O filão é mais recente do que todas as outras formações, dado que as
intersecta.
Datação Relativa
P. da inclusão
57

Princípio da inclusão
 Fragmentos de rochas incorporadas numa
rocha são mais antigas do que a rocha que
os engloba.

 O estrato F é mais recente do que os outros pois inclui fragmentos de D,


C e B.
Datação Absoluta
58

 Os elementos químicos, que ocorrem na natureza, podem apresentar três


formas distintas, todas elas com o mesmo número de protões, mas com
distinto número de neutrões, o que lhes confere diferente número de
massa.
 Quando o número de protões é diferente do número de neutrões
designa-se de isótopo.
Datação Absoluta
59

Um elemento químico pode apresentar-se:


• com igual número de protões e de neutrões, que é a forma mais
abundante, representando cerca de 95% a 99% desse elemento;
• com diferente número de protões e de neutrões, mas estável – isótopo
estável;
• com diferente número de protões e de neutrões, mas instável, estando
em constante transformação – isótopo radiativo.

12C - 6 protões e 6 neutrões


(forma abundante);

13C - 6 protões e 7 neutrões


(isótopo estável);

14C - 6 protões e 8 neutrões


(isótopo instável).
Datação Absoluta
60

 A idade radiométrica permite obter um valor numérico para a idade


das rochas, determinado em milhões de anos (M.a.).
 Baseia-se:
• na desintegração de isótopos radioactivos naturais, geralmente
de potássio (K-40), rubídio (Rb-87), urânio (U-235 e U-238) e
carbono (C-14);
• no facto de os isótopos radioativos se desintegrarem,
espontaneamente ao longo do tempo, a uma velocidade constante
para cada um dos diferentes elementos radioativos.
 A velocidade de decaimento não é afetada pelas condições ambientais
(temperatura, humidade, pressão), o que torna o seu valor específico
do elemento e não das condições a que esse elemento está sujeito.
Datação Absoluta
61

 O isótopo radioactivo designa-se por isótopo-pai e os isótopos


resultantes da desintegração designam-se de isótopos-filhos.
 A desintegração/decaimento radioactivo ocorre sempre no sentido da
obtenção de átomos-filhos mais estáveis: isótopo-pai /
isótopo-filho.
 O tempo necessário para que metade dos isótopos-pai se transforme
em isótopos-filho é designado por tempo de semivida.
Datação Absoluta
62
Datação Absoluta
63
Datação Absoluta
64

Isótopo-filho
Isótopo-pai Decaimento radioactivo
Mais estável
Radioactivo

Uma semi-vida Uma semi-vida


Datação Absoluta
65

 Uma rocha, quando se forma, adquire uma certa quantidade de isótopos


radiativos.
 Os isótopos radiativos, por serem instáveis, começam o seu processo de
alteração (perda de partículas do seu núcleo) no momento de formação da
rocha.
 Estes isótopos vão-se desintegrando, a uma velocidade mais ou menos
conhecida, transformando-se em átomos estáveis.
 A relação entre a quantidade de isótopo-pai e a de isótopo-filho permite,
de uma forma simples, chegar à datação do início da desintegração.
 A idade da rocha será contada a partir do início da desintegração do
isótopo-pai e será dada pelo número de semi-vidas decorrido até ao
momento considerado.
Datação Absoluta
66
Datação Absoluta
67
Datação Absoluta
68
Datação Absoluta
69

 Este métodos de datação é eficaz quando aplicado a rochas


magmáticas, o mesmo não acontecendo relativamente às rochas
sedimentares e metamórficas:
- um magma no momento em que inicia o processo de solidificação, seja
em profundidade seja à superfície, incorpora uma certa quantidade de
isótopos radioativos (isótopos-pai); a quantidade de isótopos-filho,
nesse momento, é nula.
- as rochas metamórficas e as rochas sedimentares resultam da
acumulação e da transformação (diagénese ou metamorfismo) de
materiais rochosos pré-existentes, com origens e idades diferentes.
Datação Absoluta
70

 As rochas metamórficas resultam de modificações, devidas a pressão e


temperatura, sofridas por outras rochas - o metamorfismo que as afetou
não elimina os átomos-filho que elas possam conter nesse momento,

obtém-se uma idade superior à que deveria corresponder à última fase de


metamorfismo.

 As rochas sedimentares detríticas resultam de processos de meteorização


de rochas pré-existentes,

obtém-se a idade dos sedimentos que a contém, os quais têm a idade das
rochas de onde são provenientes.

 Este método não deve ser aplicado a rochas metamórficas nem


sedimentares.
Escala do Tempo Geológico
71

 São muitos e variados os acontecimentos que marcam a História da Terra


 Alguns acontecimentos assumiram proporções dramáticas

Períodos de intensa e Impacto da Terra


contínua atividade com corpos vindos do
vulcânica espaço

Períodos mais ou menos


Períodos de aquecimento prolongados de subida e
ou arrefecimento global descida do nível do mar
Escala do Tempo Geológico
72
Escala do Tempo Geológico
73
Escala do Tempo Geológico
74

 As informações resultantes tanto de datações relativas como, mais


tarde, de datações absolutas, permitiram aos geólogos a elaboração
de escalas de tempo geológico.

 Estas representações esquemáticas da história da Terra,


representam sequências de divisões do tempo geológico, sendo as
respetivas idades registadas em milhões de anos.
Escala do Tempo Geológico
75

 As informações resultantes tanto de datações relativas como, mais


tarde, de datações absolutas, permitiram aos geólogos a elaboração
de escalas de tempo geológico.

 Estas representações esquemáticas da história da Terra,


representam sequências de divisões do tempo geológico, sendo as
respetivas idades registadas em milhões de anos.
Escala do Tempo Geológico
76
Escala do Tempo Geológico
77
Escala do Tempo Geológico
78

As divisões são tanto maiores


e mais inseguras quanto mais
recuados são os tempos
geológicos
Escala do Tempo Geológico
79
Escala do Tempo Geológico
80

 Nestas escalas, as divisões mais alargadas de tempo designam-se por


eons.
 Nesses grandes intervalos de tempo consideram-se divisões de
duração inferior chamadas eras, cada uma das quais se subdivide em
períodos que, por sua vez, se dividem ainda em épocas.
 As transições entre as diferentes divisões correspondem sobretudo
a momentos de grandes extinções ocorridas no passado e
testemunhadas pelo registo fóssil.

Fósseis de muitos organismos, como os dinossauros e outros grupos animais e


vegetais, aparecem pela última vez em estratos rochosos cuja datação
absoluta revelou a idade de 66,4M. a.,

Estas espécies ter-se-ão extinto nesta época

Transição entre a Era Mesozoica e a Era Cenozoica


Escala do Tempo Geológico
81

Pré-Câmbrico
4600 M. a. – 542M. a.

 Era mais longa.


 Origem da crusta terrestre, atmosfera primordial e primeiros mares.
 Seres aquáticos sem esqueleto.
 Escassos registos fósseis.
 As primeiras cianobactérias utilizam a fotossíntese e produzem
oxigénio.
Escala do Tempo Geológico
82

Era Paleozoica
542 M. a. – 251 M. a.

 Desenvolvimento das comunidades marinhas.


 Desenvolvem-se os primeiros peixes.
 Origem dos anfíbios, insectos e répteis.
 Domínio das plantas produtoras de esporos.
 Formação do super continente Pangea.

Extinção em massa

90 % de todas as Famílias desaparecem.

Fim da Era Paleozoica


Escala do Tempo Geológico
83

Era Mesozoica
251 M. a. – 65 Ma.

 A idade dos dinossauros


 Dominam as plantas terrestres
 Origem das gimnospérmicas – plantas com sementes
 Origem das angiospérmicas – plantas com flor
 Origem dos mamíferos e das aves

Impacto de um asteroide? Vulcanismo intenso?


Extinção em massa de dinossauros e
de muitos organismos marinhos

Fim da Era Mesozoica


Escala do Tempo Geológico
84

Era Cenozoica
251 M. a. - …
 Evolução continuada e adaptações das plantas com flor, insectos,
aves e mamíferos
 Domínio dos mamíferos
 Movimentos significativos da crusta e formação de montanhas
(Alpes e Himalaias)
 Evolui o mais primitivo hominídeo (antepassado dos humanos) há
aproximadamente 4,4 milhões de anos atrás.
 Os primeiros Homo sapiens surgiram há aproximadamente 100 mil
anos atrás.
Escala do Tempo Geológico
85

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